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Remoção seletiva de tecido cariado A remoção seletiva de tecido cariado é uma técnica que preconiza a preservação do dente diante de futuros problemas que o mesmo sofrerá se for feito um preparo cavitário. A remoção seletiva é baseada em remover a dentina infectada, que não é mais passível de remineralização e deixar parte da afetada, que possui ainda suas fibras colágenas íntegras e que podem ser remineralizadas, desenvolvendo seu papel principal. Como e para quê serve a remoção seletiva de tecido cariado? A remoção parcial da dentina consiste em remover toda a dentina infectada pois ela não é mais passível de remineralização, e mantém quase toda a dentina afetada porque a mesma ainda possui as fibras e malha colágenas íntegras, sendo passível de mineralização. Com o devido selamento dessa lesão, os poucos microrganismos que habitam ali vão morrendo, restando pouquíssimos e que não irão progredir a lesão de cárie. Dessa maneira, evita-se o risco de exposição pulpar que corre quem adere ao tratamento de remoção total da cárie, que entre suas desvantagens podemos citar: o ciclo restaurador repetitivo, possível exposição pulpar, e sobretratamento. Quando deve ser feita remoção seletiva Existem alguns tipos de remoção seletiva que são: ➔ Capeamento pulpar indireto: Quando há iminente exposição pulpar. Se preconiza a remoção de toda a dentina infectada e mais 50% da dentina afetada. Depois se faz a aplicação de hidróxido de cálcio para estimular a formação de dentina reacional. Como o hidróxido de cálcio não é compatível com sistema adesivo, e quanto mais perto da polpa, mais permeável é, se faz uma base de CIV (cimento de ionômero de vidro) para então aplicar o sistema adesivo e resina composta. ➔ Remoção parcial de dentina afetada (RPDC): Se remove toda a dentina infectada e se mantém a afetada. ➔ Selamento de cavidade: Não há remoção de dentina cariada. A cavidade pode ser selada com resina flow ou CIV e proservar. Pode ser feito com ICDA’s 4 em metade externa de dentina. Técnica de remoção Nas paredes circundantes da cavidade deve ser feita a remoção total com a broca carbide esférica colocada em baixa rotação. Isso deve ser feito para ter uma melhor adesão ao futuros materiais que serão colocados ali. Na parede de fundo a remoção é feita com instrumentos manuais, escavadores de dentina, onde se remove toda a dentina infectada e se mantém a afetada em toda parede de fundo. ICDAS 4: nessas situações o critério para saber se vai restaurar é saber que está na metade interna: ver na radiografia interproximal. Pensar nos hábitos da pessoa (se tem muitas restaurações ou não), dependendo disso é possível fazer o acompanhamento se não houver raio x. Características e tipos de dentina Dentina Infectada: não é passível de remineralização, degradação da malha colágena. ➔ desmineralizada; ➔ fibras colágenas desnaturadas; (não remineraliza) ➔ grande quantidade de microrganismos ➔ deve ser removida ➔ não se mexe nela em ICDAS 4 com metade externa de dentina ➔ massa branca (pate) ➔ cor clara ➔ amolecida ➔ sem resistência ao corte. Dentina Afetada: manter a malha de colágeno e fatores de crescimento de dentina e tem em torno de 1% da quantidade de microrganismos da infectada e eles não vão ter de onde tirar nutrientes então se haver um bom selamento da cavidade é praticamente exterminados esses microrganismos, poucos restam e os que ficam não progridem a cárie Dentina saudável: logo abaixo ➔ desmineralização menor que a infectada; ➔ fibras colágenas íntegras; ➔ pode remineraliza; ➔ não precisa ser removida; ➔ mais escurecida, seca e mais dura (lembram as lesões de cárie inativa em dentina);
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