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Manejo do Complexo Dentino-Pulpar (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
 
 
 
 
 
 
 
• A polpa e a dentina formam um complexo, por estarem 
intimamente e fisiológicamente interligadas, como se 
fosse uma única estrutura. 
Histologicamente: 
 
 
 
 
 
 
 
• Os odontoblastos formam uma camada celular uniforme 
em cima da polpa e possuem prolongamentos que 
adentram a dentina. Os túbulos dentinários são espaços 
entre essas projeções dos odontoblastos. 
• Os odontoblastos passam a vida inteira secretando pré-
dentina, que mineraliza e se transforma em dentina 
posteriormente. 
• Quando ocorre uma agressão aos odontoblastos - 
chegada de um estímulo através dos túbulos dentinários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O odontoblasto vai secretando e entrando na polpa, 
deixando os seus prolongamentos dentro da dentina. 
• Os túbulos dentinários proporcionam um contato direto 
entre a polpa e a dentina. 
• A sensação dolorosa inicia na dentina – quando ocorre a 
vibração do líquido presente dentro dos túbulos, leva à 
vibração do odontoblasto também e ocorre a geração de 
um estímulo doloroso. Por isso, é importante proteger a 
dentina e a polpa desses estímulos. 
• Como a dentina e a polpa formam uma estrutura 
integrada, é necessário conhecer toda essa estrutura, 
para que se possa utilizar materiais para protegê-la. E 
dessa forma, não causar nenhum dano ao paciente 
(Iatrogenia). 
Dentina: 
• Mineralizado (- que o esmalte); 
• Avascular; 
• Permeada por túbulos (que ficam a partir do 
prologamento dos odontoblastos); 
• Úmido; 
• 70% de tecidos inorgânicos; 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• 20% de componentes orgânicos; 
• 10% de água. 
A dentina desmineralizada após ataque ácido – apresenta os 
túbulos que surgiram das projeções dos odontoblastos e entre os 
túbulos (dentina intertubular) há tecido mineralizado e fibras 
colágenas. Deve ser mantida úmida para uma melhor adesão. 
 
 
 
 
 
• Os túbulos mais próximos do esmalte: Possuem mais 
dentina intertubular, menor teor de água e melhor 
adesão. 
• Os túbulos mais próximos da polpa: Possuem mais dentina 
intratubular, maior teor de água e pior adesão. 
 
 
 
 
 
 
 
• A deposição da dentina é radial – os odontoblastos ficam 
mais perto uns dos outros no centro da polpa e aos 
poucos dispersam a deposição da dentina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A permeabilidade vai depender de alguns fatores: 
• Idade do paciente; 
• Grau de mineralização dos túbulos – os túbulos podem 
estar mineralizados (estratégia de defesa para que os 
estímulos térmicos ou bactérias não continuem passando 
para a polpa) ; 
• Modificações teciduais na dentina (exemplo: paciente 
com bruxismo, possui uma deposição muito maior de 
dentina secundária); 
• Razão entre os túbulos e a dentina intertubular; 
• Presença de qualquer substância capaz de alterar a 
condutividade de fluidos através dos túbulos. 
• Produzida durante a odontogênese até 
a erupção do dente e completa formação do ápice 
radicular. 
• produzida após a erupção do dente 
por toda a vida em uma taxa lenta. Quanto mais velho o 
paciente, menor será a câmara pulpar. 
• é formada como resposta a agressões, 
como: 
▪ Lesão de cárie; 
▪ Traumas oclusais, funcionais ou mastigatórios; 
▪ Traumas na execução de preparos; 
▪ Materiais restauradores; 
Não apresenta padrão tubular uniforme: pode causar 
danos no prolongamento do odontoblasto e até a morte 
da célula (estímulo muito intenso). Depois de tantos 
estímulos, pode necrosar a polpa. 
 
Tipos de Dentina terciária: 
• 
▪ Agressões de menor intensidade; 
▪ Odontoblasto depõe matriz mineral na luz do 
túbulo – para obliterar os túbulos; 
▪ Esclerose dentinária; 
▪ Obliteração dos túbulos; 
• 
▪ Agressões maiores; 
▪ Morte dos odontoblastos; 
▪ Deposição de matriz amorfa e atubular 
(desorganizada); 
▪ Interrupção do estimulo: deposição mais 
organizada. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Quando os odontoblastos morrem, ocorre a estimulação das células 
que estão dentro da polpa (células mesenquimais 
indiferenciadas/células tronco). Elas se diferenciam e se 
transformam em células odontoblastóides que irão depositar 
matriz amorfa e atubular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na imagem, há um estímulo cariogênico. Quando a cárie chega na 
dentina, a primeira ação será produzir a dentina 
reacional/esclerosada (onde os túbulos são obliterados para 
impedir o avanço do estímulo). 
Se o estímulo continuar e chegar na polpa, vai matar os 
odontoblastos e ocorre o surgimento da dentina reparadora 
naquela região. 
Polpa: 
• Tecido conjuntivo frouxo; 
• Vascularizado; 
• Inervado; 
• 75% água; 
• 25% Matéria orgânica; 
• Odontoblastos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Inflamação e resposta humoral; 
• Deposição de dentina intratubular; 
• Deposição de dentina terciária. 
As bactérias descem do esmalte para a polpa, o que causa a cárie. 
A cárie começa de forma lenta (por conta do pouco espaço 
disponível no início da dentina) e depois acelera (por conta do maior 
espaço intratubular no final da dentina). Quando as bactérias 
chegam na dentina, os Odontoblastos produzem mais dentina (a 
dentina terciária). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Odontoblastos secretam dentina a vida inteira. 
Quanto mais velhos, menor será a câmara 
pulpar. Por isso, é necessário ter mais cuidados 
com pacientes mais jovens para atingir a polpa, 
pois é mais fácil de chegar lá. 
 
• Os materias restauradores e sistemas adesivo 
são formados por monômeros. Esses 
monômeros podem se difundir através dos 
túbulos e gerar uma inflamação. 
 
• Corte intermitente, irrigação 
abundante, instrumentos de corte efetivos. 
• Componentes químicos dos 
materiais restauradores. 
 
 
 
 
De acordo com a pesquisa: 
Análise do Desgaste de Pontas Diamantadas 1014 por Meio de 
MEV: 
Andrea Barros Tolentino 
Pedro Henrique Rezende Spini 
Ramon Correa de Queiroz Gonzaga 
Alexandre Coelho Machado 
Paulo Vinícius Soares. 
• Padronizaram o uso das pontas diamantadas. E 
estabeleceram o diferencial entre dois tipos de 
brocas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Primeira broca utilizada por 9 minutos – Não 
desgastou e realizou a sua função adequadamente. 
 
 
 
 
 
 
• A segunda marca, após os 9 minutos, 
praticamente perdeu todos os diamantes da 
ponta. Nesses casos, ela não realiza mais o 
desgaste adequadamente, apenas vai esquentar o 
substrato, podendo causar um trauma. 
Diante disso, fica claro a importância de trocar as brocas 
depois de muito utilizadas. Essas brocas desgastadas podem 
ser utilizadas para realizar o acabamento do preparo. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Proteção do CDP: 
 
 
 
 
 
 
• A proteção pulpar indireta é realizada para evitar que 
determinados estímulos cheguem a polpa. 
• A proteção pulpar direta é realizada quando os estímulos 
já atingiram a polpa. 
1. Promover isolamento térmico e elétrico; 
2. Efeito antimicrobiano; 
3. Adesividade às estruturas dentárias; 
4. Ser biocompatível; 
5. Estimular a reparação tecidual; 
6. Preservar a vitalidade; 
7. Estabilidade de cor. 
Essa proteção irá depender da profundidade da cavidade: 
• em esmalte/ até o 1º terço de dentina. 
• 2º terço de dentina. 
• 3º terço de dentina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Capeadores: que ficam em contato com a região mais 
profunda; 
• Base: ficam no meio da cavidade; 
• Selamento: faz o selamento dos túbulos na região mais 
externa. 
▪ Foram utilizados por muito tempo em 
restaurações com amálgama (passaram a ser 
pouco utilizados depois que o amálgama caiu em 
desuso); 
▪ Isolante semipermeável; 
▪ Bom isolante elétrico,mas ineficaz contra 
estímulos térmicos; 
▪ Evita escurecimento das estruturas dentárias; 
▪ Aplicação realizada em duas camadas, com um 
minuto de intervalo entre as aplicações. 
 
 
 
 
 
 
▪ Adesão à estrutura dentária; 
▪ Capacidade de união a múltiplos substratos 
unindo material restaurador ao dente; 
▪ Película fina do material; 
▪ Ótimo isolante térmico; 
▪ Aplicação realizada de acordo com as 
recomendações do fabricante. 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
▪ Possui 3 tipos: o R (para restauração), o C 
(para cimentação) e F (forrador); 
▪ Biocompatibilidade; 
▪ Liberação de flúor; 
▪ Propriedades físicas satisfatórias; 
▪ Deve ser utilizado o tipo para forramento; 
▪ Pode ser empregado como “dentina artificial”; 
▪ Restaurações provisórias: Restaurador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Manutenção da smear layer; 
▪ Formação de cristais no interior dos túbulos 
reduzindo a permeabilidade dentinária.; 
▪ Com exceção do HEMA, os demais 
componentes apresentam alto peso molecular, 
dificultando sua difusão através da smear layer 
e dentina subjacente; 
▪ “Promove dissolução superficial (uma necrose 
superficial) da dentina liberando fatores de 
crescimento que estimulam a formação de 
dentina reacional” 
▪ Alcalinidade – bacteriostático e bactericida; 
▪ Obliterador dos túbulos dentinários; 
▪ Estimula a ação de odontoblastos; 
▪ Favorece a reparação – necrose superficial da 
polpa; 
▪ Barreira contra estímulos térmicos e elétricos; 
▪ Biocompatível; 
 
 
 
 
 
 
▪ Ponto negativo: muito mole, baixas 
propriedades mecânicas (por isso ele está 
sendo substituído pelo ionômero de vidro, pois 
apresenta uma resistência mecânica maior); 
▪ Falta de adesão micromecânica ou química com 
a dentina; 
▪ Não realiza co-polimerização com os materiais 
restauradores resinosos; 
▪ Elevada solubilidade em meio aquoso; 
▪ Baixa resistência mecânica. 
 
 
 
 
 
 
▪ Silicato tricálcio; 
▪ Aluminato tricálcio; 
▪ Óxido de silicato; 
▪ Óxido de bismuto 
▪ Considerado padrão ouro na questão do 
estímulo de remineralização; 
▪ Estimula interleucinas IL beta e IL-8 produzidas 
pelos neutrófilos presentes: reação 
reparadora mais acelerada; 
▪ Ponte dentinária mais regular; 
▪ Menor efeito microbiano; 
▪ Maior potencial selador; 
▪ Material muito caro. 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Instrumental utilizado: 
 
 
 
v 
 
 
 
 
 
 
• Cavidade rasa: 
 
 
 
 
 
Apenas hibridização (sistema adesivo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cavidade média: 
 
 
 
 
 
Apenas hibridização (sistema adesivo) 
• Cavidade profunda: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ionômero + Adesivo + resina composta/amálgama 
 
 OBS: O adesivo é colocado após o ionômero de vidro. E o ionômero 
pode ser aplicado diretamente na dentina, sem a aplicação prévia 
do ácido poliacrílico. 
 
 
 
 
 
Rasa Adesivo Adesivo Adesivo Adesivo 
Média Adesivo Adesivo Adesivo Adesivo 
Profunda Iônomero 
de vidro e 
Adesivo 
Iônomero 
de vidro e 
Adesivo 
Adesivo * Iônomero 
de vidro e 
Adesivo 
 
• * Autocondicionante. 
Protocolo GBPD – adaptado UFRN. 
• Se a dentina estiver esclerótica, basta utilizar adesivo 
autocondicionate, mesmo na cavidade profunda, pois a 
proteção pulpar já foi dada pelo próprio dente (dentina 
terciária). 
 
Passo a passo para o sistema adesivo: 
• Condicionamento ácido: 15s em tudo; 
• Lavagem pelo mesmo tempo do condicionamento; 
• Secagem com papel absorvente; 
• Aplicação de uma camada de sistema adesivo (5ª 
geração); 
• Volatilização por 10s; 
• Aplicação da segunda camada de adesivo (5ª 
geração); 
• Volatilização por 10s; 
• Fotoativação por 20s; 
5ª geração: sistema adesivo mais comum. 
Autocondicionantes: condicionamento seletivo- ácido apenas 
em esmalte! 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
• Objetivo: bloquear as agressões que atingem a polpa 
através da cavidade da cárie, túbulos dentinários, inativar 
bactérias, remineralizar parte da dentina, estimular a 
formação de dentina terciária, permitindo assim 
posterior remoção da cárie sem exposição pulpar; 
• Atualmente não é mais preconizado remover toda a 
dentina cariada. Deve-se, sempre que possível, buscar 
por um tratamento conservador (sem desgastar dente); 
• Então, deve-se remover todo o tecido cariado das 
paredes circundantes, o tecido mais cariado da parede 
de fundo e deixar um pouco de dentina amolecida (não é 
tão mole, possui consistência de couro) nessa região mais 
profunda. A dentina muito amolecida (pastosa) não deve 
ser deixada. 
• Principalmente as paredes circundantes devem ser 
limpas, pois o selamento ocorrerá nessas paredes. Se 
elas não estiverem bem seladas, ocorrerá infiltração. 
• Raio - X inicial; 
• Anestesia; 
• Isolamento do campo operatório; 
• Remoção de parte do tecido cariado; 
• Limpeza da cavidade; 
• Aplicação de hidróxido de cálcio pasta (porta amálgama) 
– nos casos em que está quase havendo uma exposição 
da polpa (visualização uma coloração rosada) deve-se 
utilizar a pasta de H. cálcio; 
• Cimento de ionômero de vidro; 
• Restauração final com resina/amálgama – estudos vêm 
comprovando que o tratamento de lesões cariosas 
profundas pode ser realizado em uma única sessão, com 
a colocação da restauração definitiva, mesmo sem a 
completa remoção da dentina cariada; 
• Ajuste oclusal; 
• Raio - X de controle. 
Antigamente, costumava-se colocar o ionômero de vidro 
provisoriamente e depois trocar pela resina permanente. Mas 
estudos comprovaram que o tratamento de lesões cariosas 
profundas pode ser realizado em uma só sessão, com a colocação 
da restauração definitiva mesmo sem a completa remoção da 
dentina cariada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Indicação: exposição mecânica ou acidental recentes 
estando a polpa com vitalidade e num estágio de 
reversibilidade; 
• Fatores importantes: diagnóstico correto, ausência de 
contaminação bacteriana, emprego de materiais 
adequados e selamento efetivo da cavidade (deve haver 
saúde pulpar); 
• Sangramento forte e com sangue vivo representa uma 
polpa saudável. Um sangue escurecido e com consistência 
pastosa, retrata uma polpa que está quase necrosando. 
• Deve-se avaliar a idade do paciente – quanto mais jovem, 
maior é a possibilidade de exposição da polpa (possui 
menos dentina secundária – câmara pulpar maior); 
• Diagnóstico e prognóstico; 
• Diferentes níveis de inflamação pulpar definem o 
tratamento – Uma polpa com uma inflamação 
irreversível, não adianta mais realizar a remoção seletiva 
do tecido cariado; 
• Anamnese; 
• Detalhar a dor: localização, frequência, intensidade e 
duração; 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Exame clínico; 
• Exame radiográfico; 
• Testes específicos: frio e calor. 
 
 
 
Pulpite reversível 
-Responde positivamente ao 
teste térmico, cessa ao fim 
do estímulo; 
-Dor: provocada, pontual; 
-Percussão vertical: negativa. 
 
 
 
Pulpite irreversível 
-Responde positivamente e de 
forma exacerbada, não cessa 
ao fim do estímulo; 
-Dor: espontânea, decúbito 
(piora quando paciente está 
deitado), não cessa com 
medicamento; 
-Percussão vertical: positiva. 
 
O exame clínico é primordial, é soberano! 
• Isolamento absoluto; 
• Remoção do tecido cariado circundante; 
• Lavagem da cavidade com solução de Ca(OH)2 – gera 
hemostasia; 
• Seca cavidade com bola de algodão estéril; 
• Otosporin por 5 minutos – anti-bacteriano e anti-
inflamatório; 
• Lava com solução de Ca(OH)2 – promove cauterização; 
• Pasta de Ca(OH)2 (pó com água) ou MTA; 
• Cimento de Ca(OH); 
• Cimento de ionômero de vidro; 
• Restauração definitiva; 
• Contatos oclusais. 
 
 
 
 
 
Esse protocolo só é realizado quando o dente apresentar 
características que permitam o procedimento e características 
que representem uma pulpite reversível.Se for uma pulpite 
irreversível, deve-se partir para o tratamento endodôntico. 
 
 
• A curetagem pulpar e pulpotomia são procedimentos 
mais invasivos, com grandes chances de erro. É 
necessário um diagnóstico muito seguro. 
• Objetivo: Remoção superficial de pequena quantidade de 
tecido conjuntivo pulpar, expondo um tecido subjacente 
sem inflamação e bactérias e aumentando a área 
exposta para contato com o material de proteção; 
• Indicação: Exposição por traumatismo dental e se projeta 
para fora da superfície dentinária, especialmente em 
pacientes com ápice incompleto. 
• Remoção da parte superficial da polpa. 
• Anamnse; 
• Raio X inicial e condição pulpar; 
• Anestesia; 
• Isolamento e Antissepsia do campo; 
• Irrigação da cavidade com solução de Ca(OH)2; 
• Curetagem superficial da polpa exposta; 
• Irrigação abundante com solução de Ca(OH)2; 
• Controle da hemostasia; 
• Aplicação de Otosporin; 
• Pó de Ca(OH)2; 
• Cimento de Ca(OH)2/ MTA; 
• Cimento de ionômero de vidro e Controle radiografico e 
de sensibilidade. 
• Objetivo: Remoção do tecido pulpar coronário inflamado, 
com manutenção da integridade da polpa radicular. 
• Indicação: Dentes com rizogênese incompleta que 
apresentam exposição pulpar por cárie, com polpa 
exposta por mais de 24 horas. Não havendo alterações 
periapicais e o dente apresentando-se 
macroscopicamente vital. 
• Pode ser realizado em sessão única (imediata) ou em duas 
sessões (mediata). 
• Anamnse; 
• Raio X inicial e condição pulpar; 
• Anestesia; 
• Isolamento e Antissepsia do campo; 
• Remoção do tecido pulpar coronário; 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Irrigação da cavidade com solução de Ca(OH)2; 
• Controle da hemostasia; 
• Aplicação de Otosporin por 10 minutos ou 48 horas; 
• Nova lavagem; 
• Pó de Ca(OH)2; 
• Cimento de Ca(OH)2; 
• Cimento de ionômero de vidro; 
• Restauração definitiva na mesma sessão ou após 60 dias; 
• Controle radiografico e de sensibilidade. 
Existem situações clínicas em que a polpa, apesar de estar 
clinicamente normal, necessita ser removida. Essa situação é 
definida como pulpectomia eletiva: 
• Indicações protéticas; 
• Indicações periodontais; 
• Indicações cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
Capeamento pulpar indireto Quando não há exposição da 
polpa. 
 
 
Tratamento expectante/ 
remoção seletiva 
Para cavidades profundas que 
estão quase acessando a polpa 
– Deixar restos de dentina 
cariada (dentina amolecida) para 
estimular a formação de 
dentina terciária. 
Capeamento pulpar direto Em casos de exposição acidental 
da polpa ou cavidades muito 
profundas 
Curetagem pulpar Remoção superficial de pequeno 
tecido conjuntivo pulpar. 
Pulpotomia Remoção do tecido pulpar 
coronário inflamado, mantendo 
a polpa radicular. 
Pulpectomia Remoção total da polpa dentária. 
 
 
 
 
Conclusões: 
• A proteção pulpar é de grande importância para a 
manutenção da vitalidade do dente e não pode ser 
negligenciada; 
• É preciso conhecer bem os materiais utilizados para 
fazer uma correta aplicação; 
• É preciso muita leitura e busca na literatura em estudos 
clínicos para indicar os procedimentos! 
Referências: 
CONCEIÇÃO; E. N. e COLS. - Dentística - Saúde e 
Estética. 2a Edição. Porto Alegre. Artes Médicas. 2007. 
Aula teórica de Dentística laboratorial. Faculdade 
Maurício de Nassau, Professor Rodolfo Xavier de 
Sousa Lima, Odontologia, 2021. 
 
Pulpectomia: remoção de toda a polpa. 
Pulpotomia: remove todo o tecido pulpar coronário 
inflamado, com manutenção da integridade da polpa 
radicular.

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