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288 MANUAL BÁSICO DE POSICIONAMENTO EM EXAMES ESPECIALIZADOS (CONTRASTADO) Raio-X A técnica de raio-X é um processo de imagem frequentemente utilizado na medicina ficando atrás somente da ultra-sonografia. Porém, enquanto ondas eletromagnéticas de alta energia com curtos comprimentos de onda são excelentes para a visualização de estruturas densas, como ossos, o reconhecimento dos órgãos de tecido mole é muito menos preciso. Sua imagem ao raio- X dificilmente difere daquela da área circundante. Foi este problema que estimulou pesquisas sobre o meio de contraste que poderia ajudar os médicos a distinguir detalhes dentro e entre órgãos de tecido mole. MEIOS DE CONTRASTE IODADOS Os meios de contraste iodados são substâncias radiodensas capazes de melhorar a definição das imagens obtidas em exames radiológicos. O agente de contraste "ideal" não deve produzir qualquer tipo de reação adversa, mas infelizmente; essa substância ainda não existe. Por esse motivo, é fundamental que os médicos estejam atentos quanto a indicação desses agentes, saibam optar entre os meios disponíveis no sentido de reduzir os riscos de reações adversas e, se essas ocorrerem, estejam aptos para minimizar seus efeitos colaterais. Contraste Há dois tipos de contraste iodado usados em urologia, os iônicos e os não-iônicos. A estrutura química dos dois tipos é diferente e se comporta diferentemente no organismo. IODETOS ORGÂNICOS IÔNICOS Por muitos anos, os pacientes recebiam um contraste orgânico iodado, com estrutura iônica. Esse agente contém o iodeto como elemento opacificador e outros componentes químicos para criar uma molécula complexa. O composto molecular base é um grupo carboxila, na forma de ácido benzóico, ao qual outros constituintes químicos são adicionados (cadeias laterais). O contraste iodado iônico contém uma cadeia lateral carregada positivamente, chamada de cátion. O 289 cátion é um sal, usualmente o sódio ou a meglumina, ou uma combinação de ambos. Esses sais aumentam a solubilidade do meio de contraste. O cátion é combinado com um componente carregado negativamente chamado ânion. O diatrizoato e o iotalamato são ânions comuns, que ajudam a estabilizar o composto (meio de contraste). O cátion e o ânion são cadeias laterais que se inserem ao anel base do ácido benzóico, juntamente com três átomos de iodeto, os agentes contrastantes, formando assim o termo contraste triiododo . Alta Osmolalidade e Maior Probabilidade de Reações Uma vez injetado, o cátion se dissocia do composto base, ou ânion, criando dois íons circulantes. Isso cria uma condição hipertônica, ou um aumento na osmolalidade plasmática. Esse aumento pode causar um espasmo venoso, dor no sítio da injeção e retenção hídrica. Mais importante, os contrastes iônicos aumentam a probabilidade de um paciente experimentar uma reação ao contraste. Qualquer desbalanço no delicado controle das funções fisiológicas pode resultar em uma reação. Esse conceito é à base da teoria da quimiotaxia, que diz que qualquer desequilíbrio do controle fisiológico, a homeostase, pode gerar uma reação. O aumento do número de íons plasmáticos pode prejudicar a homeostase e criar uma reação. IODETOS ORGÂNICOS NÃO-IÔNICOS Em 1984 uma nova geração de meios de contraste foi introduzida nos EUA, contendo o mesmo iodeto como elemento opacificador mas não contendo os cátions carregados positivamente. O grupo carboxila ionilado é substituído por um grupo não-dissociado, como a amida ou a glicose. Quando dissolvido em água, forma-se um composto não-iônico, com cada molécula contendo, da mesma forma, três átomos de iodo. Assim, quando administrado via intravenosa ou no interior das cavidades orgânicas, o meio de contraste não se dissocia em dois íons separados, mas permanece intacto. O termo não-iônico foi usado para descrever esse tipo de contraste, baseado nas suas propriedades não-ionizantes. Baixa Osmolalidade e Menor probabilidade de Reações: Devido à sua natureza não- ionizada, esses agentes são de baixa osmolalidade e não aumentam a osmolalidade plasmática. Os contrastes não-iônicos são quase isotônicos e mais bem tolerados pelo organismo. Pesquisas indicam que há menor probabilidade de reações, ou que essas sejam de menor grau quando se utilizam agentes não-iônicos. O custo do contraste não-iônico, entretanto, é bem maior que o do contraste iônico. Assim, embora muitos centros utilizem exclusivamente contraste nãoiônico, outros baseiam a escolha tendo em vista o histórico do doente em relação a reações ou potenciais reações ao meio de contraste iônico. 290 Contrastes Contrastes radiotransparentes e radiopacos são utilizados para tornar o TGI visível radiologicamente. Meios de contraste radiotransparentes ou negativos incluem o ar deglutido, cristais de CO2 e a bolha gástrica normalmente presente no estômago. Cristais de citrato de cálcio e magnésio carbonatado são s substâncias mais comumente usadas para produzir o gás CO2. SULFATO DE BÁRIO (BÁRIO) O contraste positivo ou radiopaco mais comumente usado é o sulfato de bário (BaS04), geralmente referido apenas como bário. O sulfato de bário é um pó, lembrando o gesso. O pó é misturado à água antes da ingestão pelo paciente. Esse composto, que é um sal de bário, é relativamente inerte, graças à sua extrema insolubilidade em água e em outras soluções aquosas. Todos os outros sais de bário tendem a ser tóxicos ou venenosos para o homem. Dessa forma, o sulfato de bário usado em centros radiográficos deve Ser quimicamente puro. Uma mistura de água e sulfato de bário forma uma suspensão coloidal, não uma solução. Para uma solução as moléculas da substância adicionada à água deveriam na verdade se dissolver na água. O sulfato de bário nunca se dissolve na água. Em uma suspensão coloidal, entretanto (como o sulfato de bário e a água), as partículas suspensas na água tendem a se precipitar quando se deixa a mistura repousar por um período de tempo. Várias preparações especiais de sulfato de bário estão disponíveis comercialmente. A maior parte dessas preparações contém o sulfato de bário apropriadamente associado em uma suspensão, para que resista por um longo período antes do uso sem precipitar. Mesmo assim, toda suspensão deve ser bem misturada antes do uso. Algumas marcas têm diferentes aromas e sabores, como chocolate, baunilha, limão, lima e morango. Por que os meios de contraste são necessários? Dois órgãos de densidade e número atômico médio semelhantes não são distinguíveis ao raio-X. Os meios de contraste são, portanto, necessários para criar um contraste artificial entre o órgão a ser diagnosticado e o tecido circundante. Todos os meios de contraste são baseados no princípio de suspensão ou solução atóxica que contém proporção significativa de elementos com alto número atômico - como o meio de contraste contendo iodo. Quando raios-X atingem iodo em um meio de contraste, a área aparece branca no filme de raio-X e então destaca o detalhe do órgão por onde se espalhou. 291 Como são utilizados os meios de contraste? Há vários exames radiológicos em prática atualmente que envolvem ouso de meios de contraste. Alguns dos mais comuns são descritos seguir. Angiografia - O procedimento radiológico que investiga a condição dos vasos sangüíneos é chamado angiografia. Uma distinção entre arteriografia e venografia é geralmente feita, dependendo se artérias ou veias estão sendo examinadas. he.mo.di.nâ.ni.ca s. f. Parte da fisiologia que trata dos fenômenos mecânicos da circulação sangüínea. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS ( BONTRAGER ) ANATOMIA RADIOGRÁFICA Introdução DEFINiÇÃO Angiografia refere-se ao exame radiográfico dos vasos após injeção de um contraste. Como as várias partes moles do corpo possuem densidades radiográficas similares, o contraste tem de ser adicionado parélo estudar a distribuição normal e anormal do sistema circulatório. Por exemplo, a radiografia lateral do crânio de rotina não mostra os vasos do sistema circulatório do crânio, enquanto a arteriografia lateral da carótida claramente diferencia o cérebro dos vasos sangüíneos. Isso também é verdadeiro no que diz respeito ao sistema circulatório de outras regiões do corpo como tórax, abdome e membros superiores e inferiores (periferia).Uma boa compreensão da anatomia envolvida, conforme descrito na primeira parte deste capítulo, é essencial para a realização da angiografia. DIVISÕES OU COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO O sistema circulatório consiste nos componentes cardiovascular e linfático. A porção cardiovascular inclui coração, sangue e vasos que transportam o sangue. O elemento linfático do sistema circulatório é composto de um fluido aquoso claro chamado linfa, de vasos linfáticos e delinfonodos. Os componentes cardiovasculares e linfáticos diferem em sua função e na maneira de transportar seus respectivos fluidos no interior dos vasos.A divisão cardiovascular ou circulatória sangüínea pode ainda ser dividida em componentes cardíaco (circulação no interior do coração) e vascular 292 (vaso sangüíneo). O componente vascular ou dos vasos é dividido no sistema pulmonar (do coração para o pulmão e vice-versa) e no sistema global ou sistêmico (por todo o corpo). (Ver o quadro do sumário na coluna à direita.) SISTEMA CARDIOVASCULAR O coração é o órgão principal do sistema cardiovascular e funciona como uma bomba para manter a circulação de sangue por todo o corpo. O componente vascular é uma rede de vasos sangüíneos que carrega o sangue do coração para os tecidos corporais e vice-versa.Funções As funções do sistema cardiovascular incluem as ceguetes: 1. Transporte de oxigênio, nutrientes, hormônios e componentes químicos necessários para a atividade corporal normal. 2. Remoção dos produtos excretados pelos rins e pulmões, 3. Manutenção da temperatura corporal e do balanço de água e ele trólitos. Essas funções são realizadas pelos seguintes componentes sangüíneos: hemácias, leucócitos e plaquetas suspensas no plasma. Componentes Sangüíneos As hemácias, ou eritrócitos, são produzidas na medula vermelha de alguns ossos e transportam oxigênio através da proteína hemoglobina até os tecidos corporais. Os leucócitos são formados na medula óssea e no tecido linfático e defendem o corpo contra infecção e doença. As plaquetas, também originadas da medula óssea, reparam lesões nas paredes dos vasos sangüíneos e promovem a coagulação sangüínea. O plasma, a porção líquida do sangue, consiste em 92% de água e cerca de 7% de proteínas e sais plasmáticos, nutrientes e oxigênio. P R O C E D I M E N TO S AN G lOGRA FICO S Visão Global Angiografia refere-se ao estudo radiológico dos vasos após injeção de contraste. Para visualizar essas estruturas de baixo contraste, um contraste é injetado através de um cateter colocado no vaso de interesse. Contraste positivo é mais comumente usado, mas há momentos nos quais o uso de contraste negativo é indicado. Equipamento altamente especializado para o estudo é exigido para esses procedimentos. A angiografia pode ser mais especificamente descrita da seguinte forma: Arteriografia: estudo das artérias. 293 Venografia: estudo das veias. Angiocardiografia: estudo do coração e estruturas associadas. Linfografia : estudo dos vasos linfáticos/linfonodos. Este capítulo tenciona ser uma introdução à angiografia e procedimentos intervencionistas, não incluindo a variedade de técnicas, informação e procedimentos disponíveis. A EQUIPE DE ANGIOGRAFIA A angiografia é realizada por uma equipe de profissionais de saúde, incluindo (1) um radiologista (ou outro angiografista qualificado), (2) um técnico ou enfermeiro qualificado e (3) um técnico em radiologia. Dependendo do protocolo departamental e da situação específica, um médico, enfermeiro ou técnico e/ou técnico em hemodinâmica adicional pode também estar disponível para auxiliar no procedimento. A angiografia é freqüentemente uma área ou especialidade prática para técnicos ou outros profissionais de saúde. Uma equipe competente e eficiente é crucial para o sucesso do procedimento. CONSENTIMENTO E CUIDADOS DO PACIENTE PRÉ-PROCEDIMENTO Uma história clínica deve ser obtida antes do procedimento. Ela deve incluir perguntas para avaliar a capacidade do paciente de tolerar a injeção de contraste (isto é, história de alergias, condição cardíaca/pulmonar e função renal). O paciente também será entrevistado a respeito da história medicamentosa e sintomas. A história medicamentosa é importante, pois alguns medicamentos são anticoagulantes e causarão sangramento excessivo durante e após o procedimento. Conhecer a história medicamentosa é também importante durante a seleção da prémedicação. Resultados laboratoriais prévios e outros dados pertinentes são também revisados. Uma explicação detalhada do procedimento será dada ao paciente, o que é importante para garantir completa compreensão e cooperação. A explicação incluirá possíveis riscos e complicações do procedimento, de forma que o paciente fique completamente informado antes de assinar o consentimento. Alimentos sólidos são suspensos por aproximadamente 8 horas antes do procedimento a fim de reduzir o risco de aspiração. No entanto, assegurar-se de que o paciente está bem hidratado é importante para reduzir o risco da indução de lesão renal pelo contraste. 294 Pré-medicação usualmente é dada para os pacientes antes do procedimento a fim de ajuda-los a relaxar. O paciente pode ficar mais confortável na mesa com a colocação de uma esponja sob os joelhos a fim de reduzir a tensão das costas. Sinais vitais são obtidos e registrados, e o pulso na extremidade distal do local de punção selecionado é avaliado. No local da punção são realizadas tricotomia e assepsia, e, em seguida, são colocados os campos estéreis. Comunicação e monitorização contínuas do paciente pelo técnico e pelos outros membros da equipe de angiografia aliviarão muito o medo e o desconforto do paciente. ACESSO VASCULAR PARA INJEÇÃO DE CONTRASTE Para visualizar o(s) vaso(s) de interesse, um cateter deve ser introduzido na vasculatura do paciente para que o contraste seja injetado através dele. Um método comumente usadopara cateterização é a técnica de Seldinger. Essa técnica foi desenvolvida pelo Dr. Sven Seldinger na década de 1950 e permanece popular até hoje. É uma técnica percutânea (através da pele) e pode ser usada para acessos venosos ou arteriais. Três vasos são tipicamente avaliados para a cateterização: (1) femoral, (2) braquial e (3) axilar. O angiografista fará a seleção com base na presença de um pulso forte e na ausência de doença vascular. A artéria femoral é o local preferido para punção arterial devido ao seu tamanho e à localização facilmente acessível. Se uma punção femoral for contra-indicada devido a enxertos cirúrgicos prévios, presença de aneurisma ou doença vascular oclusiva, a artéria braquial ou axilar pode ser selecionada. A veia femoral seria também o vaso de escolha para acesso venoso. Arteriografia Na arteriografia, o meio de contraste é administrado dentro da artéria, que a torna opaca aos raios-X. O fluxo natural do sangue transporta o meio de contraste e, tirando um número de radiografias, o radiologista pode obter uma série de imagens semelhantes a um mapa de estradas do suprimento sangüíneo de um órgão ou membro. Estreitamento ou obstrução localizada de uma artéria podem então ser identificados e o tratamento intervencionista ou cirúrgico apropriado pode ser possível . 295 Venografia (Flebografia) As veias levam sangue ao coração, portanto, pela injeção de um meio de contraste em uma veia periférica, um mapa preciso do fluxo sangüíneo em um membro pode ser obtido. O maior tamanho e maior número de veias periféricas, e o fato de o fluxo de sangue ser mais lento nas veias que nas artérias significa que é comum para o radiologista obter várias radiografias de cada área do membro em diferentes posições. O objetivo mais comum da venografia é confirmar a suspeita diagnóstica de trombose profunda da perna. ADS (Angiografia Digital por Subtração) Na Angiografia Digital por Subtração (ADS), a imagem é produzida por meio da subtração de radiografias sem meios de contraste de radiografias obtidas após o meio de contraste ser administrado. O resultado deste processo de subtração é a visualização de vasos preenchidos por meios de contraste livres de estruturas sobrejacentes. Esses procedimentos envolvem o uso de equipamento eletrônico específico, incluindo "hardware" de computação e radiográfico, para produzir rápidas imagens seqüenciais. Tomografia Computadorizada (TC) Concebida em 1973, a Tomografia Computadorizada (TC) tornou-se um dos mais importantes exames radiológicos. A TC delineia órgãos de uma nova maneira por meio da produção de imagens de cortes transversais do paciente digitalizadas eletronicamente. Dessa forma, alcança sensibilidade maior que a normal para melhorar os contrastes radiológicos naturais entre os órgãos. A TC não pode criar contraste onde não existe. No entanto, é excepcionalmente sensível aos meios de contraste e pode detectar anormalidades relacionadas à doença pela distribuição de uma dose intravenosa de meio de contraste. De 60% a 80% de todas as TC envolvem a utilização de um meio de contraste. Mielografia Outra estrutura que não pode ser visualizada sem o uso de meios de contraste é a medula espinhal e as raízes nervosas que irradiam dela. Como resultado, um meio de contraste deve ser injetado no fluido cerebrospinal que envolve a medula e as raízes nervosas. Este fluido torna-se opaco de forma que a medula espinhal aparece como estrutura transparente dentro do canal espinal. Meios de contraste altamente especializados são utilizados para esses exames. 296 A maioria dos mielogramas são realizados para examinar somente a região lombar. A razão mais comum para tal exame é confirmar a suspeita de prolapso de disco intervertebral. Porém, alguns mielogramas são realizados para estudar lesões degenerativas em tumores altos da medula espinhal. Algumas vezes a região cervical também é examinada. Desde a introdução da TC e RM (ressonância magnética), a importância dos procedimentos mielográficos tem diminuído constantemente. Técnicas intervencionistas Uma parte dos radiologistas estão se especializando em procedimentos terapêuticos que foram desenvolvidos a partir de técnicas radiológicas. Esses procedimentos incluem a dilatação de artérias estreitas (angioplastia, angioplastia transluminal percutânea, ATP), assim como o fechamento proposital de artérias que suprem áreas anormais como tumores, aneurismas e malformações vasculares. Este procedimento, denominado embolização terapêutica, retira o suprimento sangüíneo das áreas anormais. Pode freqüentemente necessitar do uso de altas doses do meio de contraste porque vários exames dos mesmos vasos podem ser necessários para controlar o progresso terapêutico. Outros exames Os meios de contraste são também utilizados para grande variedade de outros exames. Por exemplo, podem ser utilizados para estudar a anatomia das articulações (artrografia) ou dentro do sistema de ductos de várias glândulas, como glândula salivar (sialografia). Em outros casos, o meio de contraste pode ser utilizado para examinar o sistema ductal pancreático/biliar (coledocopancreatografia retrógrada) para entender-se a causa de uma obstrução dos ductos. Pode ser introduzido diretamente na bexiga para determinar se há refluxo para o ureter (cistografia miccional). Além disso, meios de contraste diluídos podem ser utilizados para identificar órgãos como o intestino delgado ou reto. Segurança dos meios de contraste Reações adversas aos meios de contraste modernos para raio-X são muito raras. Porém, como com qualquer produto farmacêutico, elas podem ocorrer. No entanto, quaisquer reações adversas são geralmente leves a moderadas e de curta duração, e se resolvem espontaneamente sem tratamento médico. Entre as reações aos meios de contraste mais freqüentemente observadas estão: náuseas, vômitos e sintomas alérgicos. Reações adversas sérias têm sido observadas e, nesses casos, é necessária a hospitalização do paciente. Para diminuir o risco de 297 reações adversas, os profissionais de saúde questionam sobre a história médica do paciente. São perguntas como: · Está tomando alguma medicação (prescrita ou sem receita médica)? · Já teve alguma reação aos meios de contraste para raio-X ou qualquer outra substância contendo iodo? · Tem qualquer outra alergia como febre do feno, medicações, etc.? · Tem qualquer condição preexistente como diabetes, doença renal ou hepática, etc.? · Está grávida? · Está amamentando? Preparação para o exame SIALOGRAFIA DE SUBMANDIBULAR E PARÓTIDA Os métodos de Rabinov e Weber nos orientam das seguintes formas: A ponta de um cateter fino (21 a 25), ou ainda um tubo de teflon fino e maleável (gelco) com paredes delgadas e extremidade afilada, pode ser usado ainda agulhas longas de infusão com extremidade achatada e lisa e borboletas, podendo ser mantida entre os dentes e mucosa oral, todos os meios deve progredir cerca de 01 a 03cm através do ducto da glândula a ser examinada, neste caso deve ser introduzida no canal (ducto) submandibular. Posteriormenteinjeta-se cerca de 03ml de um meio de contraste iodado diluído em água. Realizando-se incidências radiográficas localizadas da região examinada em projeções de: Mandíbula oblíqua Mandíbula perfil Mandíbula frente AP Nota: Habitualmente, após a injeção de contraste e a realização das incidências, o paciente deve ingerir limão (prova de estímulo) para então se executarem novas incidências. ESOFAGOGRAMA O paciente irá ingerir uma substância radiopaca positiva, não hidrossolúvel (sulfato de bário), em pequenos goles, durante a deglutição, serão obtidas aquisições de imagens através de exposições radiográficas, ou ainda um sistema de vídeo cassete interligado no aparelho de raios- X, junto à monitoração (TV), gravará os momentos de deglutições pela TV do aparelho. Deverão ser realizadas aquisições de imagens nas projeções: Frente, Perfil e Oblíquas. 298 TRÂNSITO INTESTINAL Realizar a radiografia piloto (simples de abdômen), e posteriormente o paciente irá ingerir aproximadamente 350 ml de uma substância radiopaca positiva não hidrossolúvel (sulfato de bário), realizando em seguida radiografias do estômago (localizadas), e radiografias de abdômen de preferência com o paciente em decúbito ventral, obedecendo aos seguintes intervalos de tempos: 15 minutos (AP) 30 minutos (PA) 45 minutos (PA) 60 minutos (PA) 90 minutos (PA) 02 horas 03 horas 04 horas, etc. O trânsito completo poderá durar até 24 horas. Os tempos de intervalos das radiografias poderão ser alternados por conveniência médica e normalmente a fase considerada final, é o estudo da válvula íleocecal, a qual deverá ser estudada com e sem compressão local, nos tempos enchendo, cheio, esvaziando e vazia. - ABDÔMEM SIMPLES RAIOS - X PILOTO - LOCALIZADA - ESTÔMAGO EM AP (ESTÔMAGO E DUODENO DESCENDENTE) 15 MINUTOS EM AP - (ESTÔMADO, DUODENO E JEJUNO - INÍCIO) POSICIONAMENTO EM PA 30 MINUTOS EM PA - (DUODENO E JEJUNO COMPLETO) 45 MINUTOS EM PA - (JEJUNO E ÍLEO - INICIAL) 60, 90, 120 E 150 MINUTOS EM PA - (ÍLEO TERMINAL E CECO - INÍCIO) POSICIONAMENTO LOCALIZADO - (VÁLVULA ÍLEO-CECA) POSICIONAMENTO LOCALIZADO 299 - (VÁLVULA ÍLEO-CECA) ENEMA OPACO É o estudo radiológico contrastado do intestino grosso e requer um preparo intestinal prévio sob critério médico, variando de paciente para paciente (de acordo com a função intestinal de cada indivíduo). Realiza-se uma radiografia piloto (Simples de Abdômen), caso o preparo não seja satisfatório, é aconselhável suspender a realização do exame, exceto a critério médico. Sendo o preparo intestinal adequado: Deve-se realizar a passagem de sonda retal, através da qual será injetada uma substância radiopaca positiva, não hidrossolúvel (sulfato de bário), diluída em água ou soro fisiológico na proporção aproximada de 80% de bário e 20% de água: O meio de contraste, injetado via retrógrada no intestino grosso, deve atingir até a região do ceco (acompanhar através de escopia, ou monitoração TV) Retira-se o excesso de contraste positivo e injetam-se aproximadamente 200cc de ar , (contraste negativo - duplo contraste) até causar um enchimento das alças intestinais (distensão). Este duplo contraste é conhecido como prova de Fischer. Ao retirar a sonda reta, radiograva-se o paciente em: - Decúbito ventral (abdômen panorâmico); - Decúbito dorsal (abdômen panorâmico); - Oblíqua anterior esquerda (flexura esplênica); - Oblíqua anterior direita (flexura hepática); - Perfil de reto; Projeções axiais de sínfise púbica, chassard-Iapné e decúbitos com raios horizontais, são realizados a critério médico. Pacientes em casos pós-operatórío e com bolsas de colostomia, podem se submeter ao exame, sendo realizado via fístula da colostomia, este tipo de exame denomina-se Fistulografia Intestinal. Enema em crianças não se insufla ar, o contraste progride até onde for possível, a medida em que progride vai-se radiografando. 300 COLECISTOGRAMA ORAL E o estudo radiológico contrastado da vesícula biliar por via oral, a qual veio a ser realizada a primeira vez em 1924, e requer um preparo intestinal e jejum absoluto ,antecedendo-o, a critério médico. O meio de contraste utilizado deverá ser positivo, hidrossolúvel, hepatotrópico oral (ácido iopanóico ou ácido iocetâmico), que equivalem a 06 comprimidos tomados no almoço e 06 no jantar, de aproximadamente 15 a 20 horas antes do exame. Paciente Ictérico (taxa de bilirrubina inferior a 20mg e taxa de retenção da BSP inferior a 45% em 45 minutos). Não devem tomar o meio de contraste positivo hepatotrópico (telepaque I colebrina), nem por via venosa (ioglicamato de meglumina). Aproximadamente 15 horas após o paciente ter ingerido o meio de contraste/será submetido a uma radiografia simples localizada da loja biliar, ou deve-se realizar simples de abdômen quando a vesícula não for visualizada nos raios X localizada. A radiografia inicial poderá ser realizada em decúbito dorsal, ou em oblíqua posterior direita (posição Manoel de Abreu, que serve para dissociar loja biliar de loja renal). Caso a vesícula não tenha sido contrastada a algum fator qualquer, tais como: obstrução do canal cístico, diarréia, úlceras estomacais, etc. Poderá recorrer ao método de TWISS, que consiste em manter jejum sólido no paciente, dobrar a dose de meio contraste ingerida, fazendo radiografias com 24hs após a primeira dosagem. Sendo observado nítida imagem da vesícula biliar e ducto cístico, solicita-se ao paciente deglutir uma substância gordurosa (ovo, iogurte, etc) conhecida como prova de Boyden, provocando um esvaziamento da vesícula, sendo que é sempre bom atentarmos para o risco de se executar tal prova em pacientes portadores de cálculos biliares multiformes, o que não é aconselhável. A prova de Boyden nunca deve ser realizada com apenas uma só radiografia, mas também com 10, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos após a ingestão da substância gordurosa, pesquisando assim uma possível adenomiose e colesteterose, além da chamada vesícula preguiçosa e até mesmo um possível esvaziamento exagerado da vesícula biliar correlacionada com uma colecistose (alteração da parede). Para o estudo de cálculo que não sejam do tipo porcelana, aconselha-se realizar a manobra de AKERLUND KIRKLIN, que consiste em examinar o paciente em decúbito lateral direito com 301 raios horizontais, e a manobra de AKERLUND, onde o paciente será examinado em posição ortostática e se possível recebendo uma leve compressão localizada na loja biliar, caso o paciente não fique ortostático, podendo recorrer à manobra de Kirklin. Este exame é considerado um método em desuso, pois se consegue um bom diagnóstico da vesícula bíliar através do ultra-som. FASE INICIAL PROVA DE ESTÍMULO COLANGIOGRAFIA VENOSA Embora sendo um exame ultrapassado e de alto risco, consiste em um estudo radiológicos das vias biliares via venosa, por um agentede contraste positivo hepatotrópico (ioglicamato de meglumina), normalmente realizado posteriormente a um colecistograma oral negativo (não contrastou a vesícula). Exame por infusão contínua: Consiste em injetar 30g do meio de contraste via endovenosa lentamente, utilizando um buterfly, de modo que a injeção demore cerca de 10 minutos durante a administração (aproximadamente 20ml). Exame Gota/Gota: Consiste em diluir 02 (duas) ampolas de contraste 60g em aproximadamente 200ml de soro fisiológico, corridos endovenosamente durante 0 mínimo 60 minutos e no máximo 120 minutos, onde serão obtidas aquisições de imagens em ambos os casos com: 30, 60, 120, 150, 180, 240 e 300 minutos, o encerramento fica sob o critério médico. O exame realizado em pacientes colecistectomizados recomendasse a manipulação do paciente apenas em decúbito durante todo o exame (método Robert Wiser - não colocar o paciente em posição ortostática) . Em pesquisas recentes os pacientes que tenham uma taxa de bilirrubina menor que 03mg e maior que 05mg não devem submeter-se a este tipo de exame, do mesmo modo os pacientes que fazem o uso de anticoncepcionais e antibióticos. COLANGIOGRAFIA VIA DRENO É o estudo radiológico contrastado das vias biliares, principalmente em casos pós- operatório. Os exames contratados intra e pós-operatórios de vias biliares devem ser realizados após uma boa assepsia do orifício externo do dreno ou fístula, e a completa retirada de ar do trajeto, para tanto; devemos entre outros cuidados observar o refluxo da bile (suco biliar) através 302 do dreno (pós-operatório). Em seguida conectar uma seringa com aproximadamente 15ml de contraste radiológico positivo Hidrossolúvel no cateter (dreno). Existem maneiras diferentes referentes à aquisição de imagens nestes exames. Exemplos: 1- Quando realizados em aparelhos de raios-x convencionais sem TV (escopia) a procedência deverá ser a seguinte: -Injetar de 03 a 05ml do meio de contraste e radiografar as vias biliares (pequeno enchimento)- -Aguardar de aproximadamente 03 minutos e efetuar nova radiografia da região biliar (esvaziamento). -Injetar o restante do contraste, de aproximadamente 10ml, e novamente radiografar as vias biliares, obtendo imagem panorâmica de enchimento, com extravasamento pela papila de valer para o duodeno 2- Quando realizados em aparelhos de raios-X telecomandados ou com dispositivos de imagem digital (subtração de imagem) a procedência será a seguinte: -Aquisições de imagens 1 por segundo durante 20 segundos, documentado e tomando visível todo o trajeto. COLANGIOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA É o exame contrastado das vias biliares realizados via fibroduodenoscópio, é indicado aos pacientes ictéricos. Do ponto de vista anatômico a bile produzida no fígado, alcança os dúetulos bilíferos intra- hepáticos os quais, após confluências sucessivas, terminam por formar os ductos hepático, direito e esquerdo; esta ao nível da veia porta do fígado se une para formar o ducto hepático comum, um dos elementos do pedículo hepático. O dueto hepático comum conflui com o ducto colédoco (biliar principal), este último se abre no duodeno, quase sempre juntamente com o ducto pancreático principal, através do músculo esfíncter colédoco (papila duodenal). A bile não flui diretamente do fígado para o duodeno. Isto é possível porque na desembocadura do colédoco há um dispositivo muscular (papila de Oddi) que controla a abertura e o fechamento deste dueto. 303 Quando fechado, a bile reflui para a vesícula biliar, onde é armazenada e concentrada. A contração da vesícula biliar eliminando o seu conteúdo no colédoco através do dueto cístico coincide com a abertura da papila. A extirpação da vesícula biliar (colecistectomia) afeta pouco a excreção biliar, porque ela se regulariza rapidamente. Este exame é realizado por um médico gastroendoscopista, o qual introduzindo fibroscópio (fibroduodenoscópio) na boca do paciente, passa pelo esôfago, atravessa todo o estômago, até o duodeno localizando a papila duodenal (Vater-oddi) onde será injetado um meio de contraste positivo hidrossolúvel diretamente dentro das vias biliares via retrógrada. Este exame deve ser realizado em aparelhos de raios-x com intensificador de imagem (TV). Obs. : Através do fibroduodenoscópio. poderão ser realizado vários exames de vias hepáticas. UROGRAFIA EXCRETORA É o estudo radiológico contrastado dos rins, ureteres e bexiga e tornou-se possível de ser realizado a partir de 1930, necessita de um ótimo preparo intestinal, na véspera do exame. 1- Solicitar ao paciente que esvazie a bexiga (miccione) e realizar uma radiografia piloto (simples de abdômen). 2- O exame será cancelado a critério médico, devido às condições do preparo. 3- O meio de contraste positivo hidrossolúvel será injetado via endovenosa de acordo com o peso e idade do paciente (aproximadamente 01 a 1,5ml p/kg) Urografia Intravenosa (pielografia intravenosa, UIV, PIV) A urografia intravenosa é o exame radiológico básico do trato urinário e seu propósito principal é avaliar a forma, estrutura e função dos rins. Quando injetados de modo intravenoso, muitos meios de contraste são rapidamente excretados pelo rim, portanto uma série de radiografias obtidas após a injeção irão destacar o trato urinário. Em comparação com a arteriografia e venografia, a urografia intravenosa requer pouco tempo do radiologista e é comum vários desses exames serem realizados em uma única sessão. As crianças podem ser investigadas para anormalidades congênitas do trato urinário utilizando-se a urografia intravenosa. Serão realizadas radiografias após o inicio da administração do meio de contrastes com os seguintes tempos de intervalos; 304 Fase nefrográfica -Técnica de Poutasse: -1 minuto (localizado das lojas renais, é aconselhável realizar está radiografia com corte medial dos rins utilizando um planigrafo) -2 minutos (localizado das lojas renais, é aconselhável realizar está radiografia com corte medial dos rins utilizando um planigrafo ). -3 minutos (localizado das lojas renais, é aconselhável realizar está radiografia com corte medial dos rins utilizando um planigrafo). Fase estudo aparelho urinário panorâmico: -5 minutos (visualizando todo o abdômen panorâmico) -10 minutos (localizada das lojas renais e se possível com compressão na região distal dos ureteres-compressão das lojas renais). -15 minutos (abdômen panorâmico e com descompressão das lojas renais). -20 minutos (abdômen panorâmico) radiografia pós miccional (residual), também conhecida como prova de Brasch. A prova de Brasch é especialmente recomendada em pacientes do sexo masculino, com idade superior a 40 anos. Obs.: Para visualizar melhor os ureteres poderemos realizar a radiografia de 20 minutos em decúbito ventral ou solicitar ao paciente, tossir antes da exposição radiográfica. A prova de Wast-out consiste em administrar um agente diurético durante a realização da Urografia Excretora, a injeção deve ser aplicada em tomo de 10 minutos, após o meio de contraste ter percorrido pelo sistema urinário do paciente,efetuando as demais exposições radiográficas descritas acima. URETROCISTOGRAFIA MICCIONAL É o estudo radiológico contrastados da uretra, bexiga e refluxo vesico ureteral, realizado em pacientes de ambos os sexos. Caso seja solicitada a fase miccional e retrógrada, a fase retrógrada deverá sempre anteceder a fase miccional nos pacientes do sexo masculino, sendo que somente estes se submetem à fase retrógrada. Realizar radiografia piloto, com bexiga vazia (abdômen simples). Após a passagem de uma sonda vesical (uretral), o meio de contraste positivo hidrossolúvel será diluído (aproximadamente 60 ml) em um frasco de soro fisiológico (aproximadamente 250ml) é conectada a sonda vesical, deixar fluir até obter o pequeno, médio e grande enchimento da bexiga, documentando radiograficamente todos esses enchimentos. 305 Estas radiografias proporcionarão estudos de possíveis refluxos vesicos ureterais e estudo da parede da bexiga. Principalmente as radiografias de grande enchimento devem conter todo o trato urinário (abdômen panorâmico). URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA É o estudo radiológico contrastado da extensão da uretra masculina e pesquisa de cálculos, estenoses, etc. Fazer radiografia piloto da região pélvica (bexiga vazia). Tomar os devidos cuidados assépticos da região genital principalmente ao redor da glande e meato urinário. Usar o meio de contraste positivo hidrossolúvel, diluído em soro fisiológico na cuba, rim em proporção aproximada de 60% contraste e 40% soro, obtendo um total de aproximadamente 100ml. Conectar o equipamento no meato urinário (garra metálica), estendendo a uretra o máximo possível e não permitir a entrada de ar na uretra e também no embolo da seringa (risco de causar pseudo-imagem). O paciente será submetido ás exposições radiográficas em O.A.D e O.A.E. Exposições Radiográficas: -Injetando-se aproximadamente 50ml do meio de contraste, ao se aproximar dos 30ml, efetua-se a exposição de raios-X em oblíqua, em filme 24x30 ou 35x35, contendo a uretra e bexiga. -Injetando-se aproximadamente 50ml do meio de contraste, ao se aproximar dos 20ml, efetua-se, em filme 24x30 ou 35x35, contendo a uretra e bexiga. Neste exame obteremos o pequeno enchimento da bexiga (aproximadamente 80 a 100ml). Em certos casos poderá ser realizada a radiografia pós-miccional, sob acompanhamento médico. URETROCISTOGRAFIA COM CORRENTINHA É o estudo radiológico contrastado da incontinência de esforço urinário feminino, prolapso na base bexiga e tem também o objetivo de mensurar o ângulo entre a uretra e a bexiga. Após preparo intestinal, jejum sólido de 12 horas e boa restrição líquida, e se possível tricotomia da região genital antes da realização do exame, procedência está que fica a critério médico. Em seguida: - Realizar a passagem da correntinha pela uretra e posteriormente da sonda vesical. 306 - Encher a bexiga na proporção aproximada de 40% com um meio de contraste positivo hidrossolúvel e 60% de soro fisiológico (fazendo um total aproximado de 250/300ml). - Conectar o equipo de soro diluído com contraste, na sonda vesical. - Deixar fluir o soro e observar que cesse o gotejamento no equipo, para que se obtenha o enchimento normal da bexiga. - Retira-se a sonda com cuidado, ficando somente a correntinha. - Realizar radiografias com a paciente em AP e Perfil absoluto. Radiografias: - Frente AP e Perfil absoluto da bexiga em repouso (relaxada) - Frente APe Perfil absoluto da bexiga com esforço simulando a saída da urina - Radiografias miccionando e pós-miccional fica a critério médico. Obs.: Na falta da correntinha, poderá como recurso: Após a introdução do meio de contraste na bexiga utilizar uma sonda uretral com contraste não Hidrossolúvel (sulfato de bário) dentro dela (na quantidade suficiente apenas para enche-Ia) mantendo-a na uretra. PIELOGRAFIA ASCENDENTE OU RETRÓGRADA É o estudo radiológico contrastado do sistema urinário em pacientes onde não se obteve uma boa visualização renal e ureteral em exames anteriores (normalmente urografia excretora insatisfatória). O preparo intestinal fica a critério médico. Exame: Um Cateter retrógrado é introduzido via uretra, durante cistoscopia, sob efeito anestésico no paciente. O médico urologista injetará o meio de contraste positivo hidrossolúvel nefrotrópico através do cateter, na quantidade apropriada ao paciente diretamente no lado da via urinária a ser estudada.
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