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ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO-20190812T184711Z-001

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ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO/Apostila 5- O Gasto Público.ppt
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FUNÇÕES DO GOVERNO 
Disciplina: Economia e Gestão do Setor Público (5)
Finanças Pública- Fabio Giambiagi, Ana Cláudia Além, Campus- 2. Edição,2000.
Economia do Setor Público-Alfredo Filellini, Atlas,1989.
Seguridade Social; Gasto Público; Efeito Distributivo das Políticas Sociais.
Professor Ms Regis Ximenes
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SEGURIDADE SOCIAL
 Segundo a Constituição de 1988, artigo 194, a Seguridade Social:
	“Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde pública, à previdência e à assistência social”.
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SEGURIDADE SOCIAL
 É uma obrigação constitucional do Estado Brasileiro, o que não significa que outros órgãos (filantrópicos ou com finalidade de lucro/iniciativa privada) também não possam atuar nas áreas previdenciárias (previdência privada, por exemplo), saúde pública (planos particulares) e assistência social (entidades religiosas).
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SEGURIDADE SOCIAL
A contribuição é efetuada via recolhimento compulsório (obrigatório, forçado). O governo adota este tipo de contribuição a fim de tentar amenizar as ocorrências dos problemas citados abaixo:
 Alguns indivíduos poderiam não contribuir para a previdência, preferindo consumir ao longo de seu ciclo de vida uma parcela maior de seus recursos.
 Dadas às incertezas ao longo da vida, as pessoas poderiam ser levadas a avaliar de maneira incorreta suas necessidades na velhice, subpoupando durante sua vida ativa os recursos empregados em seu sustento quando não estiverem mais trabalhando.
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A SEGURIDADE SOCIAL ENVOLVE
 Saúde Pública: é caracterizado pelas ações cujo foco é o bem estar físico e mental dos indivíduos. Ações que visem reduzir os riscos de doenças e seus agravamentos.
 A relação entre os pagamentos feitos e os serviços utilizados não é direta, visto que a população pode ou não utilizar os serviços na mesma proporção em que contribui.
 Assistência Social: refere-se aos programas de cunho distributivo, seja por meio de recursos, seja em espécie. Sua função é transferir renda dos grupos mais ricos para os menos privilegiados.
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A SEGURIDADE SOCIAL ENVOLVE 
 Art. 203. “A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.”
 A Assistência Social provê o atendimento das necessidades básicas traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, bem como a reintegração ao mercado de trabalho daqueles que necessitarem. 
 Visa garantir meios de subsistência às pessoas que não tenham condições de suprir o próprio sustento, dando especial atenção às crianças, idosos e deficientes.
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A SEGURIDADE SOCIAL ENVOLVE
 A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
 Existe certa semelhança entre Previdência Social e contrato de seguro, uma vez que a pessoa contribui e tem cobertura de certos eventos, entretanto, devemos lembrar que o seguro traz a idéia de contrato ligado ao direito privado, enquanto que a previdência social é eminentemente pública. 
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A SEGURIDADE SOCIAL ENVOLVE
 Previdência Social: “Possui as características de um seguro social, cujo objetivo é assegurar aos indivíduos, por meio de um fluxo continuado de pagamentos, as condições necessárias a sua manutenção e a de seus dependentes”.
 “É um conjunto de políticas sociais, cujo fim é amparar e assistir o cidadão e sua família em situações como a velhice, a doença e o desemprego”.
 Na Previdência Social deve haver uma relação entre as contribuições efetuadas e os benefícios previdenciários recebidos.
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SEGURIDADE SOCIAL
ASSISTÊNCIA SOCIAL – SAÚDE – PREVIDÊNCIA
 Um ponto importante que devemos nos atentar é o fato de que a assistência social e a saúde independem de contribuição, enquanto que a previdência pressupõe contribuição.
 Não podemos confundir e supor que a previdência social, mais especificamente o INSS, tem a atribuição de garantir benefícios assistenciais às pessoas que não podem prover seu sustento ou tê-lo provido por seus familiares. Isso é função da assistência social.
Atual Previdência contribui para a desigualdade, diz Banco Mundial. Setor privado tem 29 milhões de aposentados e déficit de R$150 bi; setor público tem rombo de R$ 77 bilhões para apenas 980 mil beneficiários.
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SEGURIDADE SOCIAL
ASSISTÊNCIA SOCIAL – SAÚDE – PREVIDÊNCIA
 Ao final, cabe apenas mencionar que as atividades relativas à saúde são desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Já o Ministério da Previdência Social e Assistência Social acumula as ações de previdência e assistência, sendo que as políticas da Previdência são executadas basicamente pelo INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
 Existem 2 tipos de sistema previdenciário: o Regime de Repartição e o Regime de Capitalização.
 Eles são definidos pela forma de administração dos recursos e, portanto, pela taxa de retorno da previdência social – que é a taxa que iguala os valores presentes entre as contribuições (feitas durante a vida ativa) e os benefícios (recebidos durante o período de inatividade).
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
 Regime de Repartição: as contribuições dos trabalhadores em um determinado período são utilizadas no mesmo período para o pagamento das aposentadorias aos inativos.
 Este processo, onde cada geração financia os benefícios da geração anterior, é chamado de solidariedade intergeracional compulsória ou transferência intergeracional.
 A escolha do Regime de Repartição é um reflexo do processo histórico de escolha, feito com base em condições econômicas e demográficas particulares.
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ENTENDENDO O REGIME DE REPARTIÇÃO
 A previdência social também pode ser entendida como uma forma de poupança obrigatória durante a vida ativa, cuja alíquota mínima é definida pelo Estado. Logo, como toda aplicação, possui uma determinada taxa de retorno, a qual pode ser expressa com base na seguinte equação:
 1+ r = (1+ w) (1+ n)
Onde: 	
 r é a taxa de retorno (ou remuneração)
 w é a taxa de crescimento salarial
 n é a taxa de crescimento populacional
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
 Regime de Capitalização: as contribuições de cada indivíduo são aplicadas e capitalizadas a cada período, visando a formar um fundo que custeará sua própria aposentadoria, quando passar para a inatividade. 
 O valor da aposentadoria é função direta do montante contribuído pelo indivíduo durante sua vida ativa e da taxa de juros que remunera este estoque de ativos. É imediato notar que o retorno obtido corresponde à taxa de juros da economia.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
 No Regime de Capitalização nota-se que não há solidariedade intergeracional. 
 Dados os parâmetros previdenciários básicos, como expectativa de vida, alíquota de contribuição, taxa de juros e duração da vida ativa, na média, o valor presente das contribuições deve ser igual ao valor presente dos benefícios recebidos pelos indivíduos. 
 Valendo essa condição, o regime de capitalização pode ser qualificado como atuarialmente justo.
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TRANSFERÊNCIA INTERGERACIONAL
 Utilizada no Regime de Repartição, a Transferência Intergeracional é aquela ocorrida entre indivíduos de gerações diferentes, ou seja, quando as pessoas são jovens, as contribuições por elas efetuadas financiam os benefícios dos idosos.
 Dessa maneira, o montante das contribuições depende de características como a taxa
salarial, o número de trabalhadores e a alíquota de contribuição. 
 Já o valor dos benefícios recebidos depende dessas mesmas características. Portanto, se quaisquer variáveis que afetam as contribuições de uma geração se modificarem, a geração anterior será afetada, dado que sua taxa de retorno irá sofrer uma alteração. 	
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TRANSFERÊNCIA INTRAGERACIONAL
 Também utilizada no Regime de Repartição, a Transferência Intrageracional é aquela que ocorre entre indivíduos de uma mesma geração, de forma que os benefícios são transferidos de um beneficiário a outro.
 Portanto, os indivíduos que têm uma vida mais longa, recebem implicitamente uma transferência de renda daqueles (da mesma geração) que viveram por menos tempo, dado que esses últimos receberam seus benefícios por um período menor.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
TRANSFERÊNCIA INTRAGERACIONAL
 A Previdência Social engloba um conjunto de programas que oferecem, além das aposentadorias, pensões para dependentes, auxílio acidente, auxílio doença, salário família, salário maternidade e outros benefícios. 
 Devemos entender que tais programas de cunho distributivo são beneficiados pelos mecanismos de distribuição intrageracional.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
TRANSFERÊNCIA INTRAGERACIONAL
 Para ficar melhor esclarecido, podemos pegar o salário maternidade, pago pelo INSS, como exemplo de distribuição intrageracional.
Como tal benefício obviamente não está ao alcance dos homens, fica evidente que uma parte dos recursos gerados por suas contribuições é empregada para pagar o benefício das mulheres que engravidam.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
TRANSFERÊNCIA INTRAGERACIONAL
Outro exemplo de transferência intrageracional são os benefícios pagos pela previdência rural:
 Existe um grande número de trabalhadores rurais que não contribuem para o INSS, pois muitas vezes trabalham na informalidade. 
 Porém, os benefícios destinados aos trabalhadores rurais correspondem a quase um terço do total de benefícios pagos pelo INSS, o que mostra que há distribuição intrageracional no sentido urbano-rural.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
TRANSFERÊNCIA INTRAGERACIONAL
 Obviamente, tais políticas de distribuição de renda têm forte impacto na redução da pobreza na área rural; porém, isto representa um custo. 
 Os dispêndios com benefícios rurais são, dentre outros, um dos grandes responsáveis pelo aumento do déficit no INSS, dado que o valor das contribuições rurais são bastante reduzidas diante do montante de benefícios recebidos.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
TRANSFERÊNCIA INTERGERACIONAL
	Arrecadação líquida e benefícios previdenciários (Valores em R$ milhões correntes)
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SISTEMAS PREVIDENCIÁRIOS
A Previdência Social Brasileira apresenta o seguinte pilar básico de sistemas: 
 RGPS (Regime Geral da Previdência Social) do INSS, responsável pelos benefícios dos empregados do setor privado, das áreas urbana e rural.
 RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social) responsável pelos regimes previdenciários dos funcionários públicos, sejam eles civis ou militares. 
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CAUSAS DO DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO
Seguem alguns exemplos para explicar a existência do déficit previdenciário do Brasil, de acordo com cada sistema (RPPS e RGPS):
Sistema RPPS:
 Até 1998, quando foi aprovada a Emenda Constitucional nº20, não havia idade mínima para a concessão da aposentadoria dos RPPSs, o que gerava a aposentadoria precoce. Desta forma, acontecia um menor tempo de contribuição para a previdência e um maior tempo de concessão de benefícios, gerando o déficit previdenciário.
 Este problema foi solucionado somente com a reforma de 1998, quando foi sancionada a EC nº20, que instituiu uma idade mínima de aposentadoria
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CAUSAS DO DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO
 A EC nº20 limitou a idade mínima para aposentadoria em 53 anos (homens) e 48 anos (mulheres), além de exigir 35 anos de contribuição para os homens e 30 para mulheres.
	Até o ano de 2003, quando foi aprovada a Emenda Constitucional nº41, os RPPSs tinham direito à aposentadoria integral e com paridade, ou seja, eles se aposentavam com o salário integral e com direito aos mesmos reajustes, bonificações e aumentos dados aos funcionários ativos – vale lembrar que a integralidade e a paridade valia para os aposentados e também para os pensionistas.
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CAUSAS DO DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO
Sistema RGPS:
 A quantidade de trabalhadores que ainda hoje trabalham na informalidade. Estas pessoas podem vir a receber benefícios assistenciais no futuro, acentuando o desequilíbrio orçamentário da previdência. Ou seja, o valor arrecadado para a previdência não supre os valores que são concedidos por meio de benefícios.
 Outra grande responsável pelo déficit do INSS é a área rural, onde menos de 10% dos beneficiários contribuíram com a previdência.
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA
NECESSIDADES E DIFICULDADES
 Reforma da previdência é uma expressão de amplo significado. Refere-se a quaisquer alterações na forma de organização do sistema previdenciário de um país. 
 Estas mudanças podem ir desde alterações nas alíquotas de contribuição até à troca de regimes previdenciários (de repartição para capitalização), ou, ainda, à unificação de regras para diferentes grupos de trabalhadores, como os funcionários públicos e empregados do setor privado.
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA
NECESSIDADES E DIFICULDADES
A reformas previdenciárias podem ser classificadas em dois tipos:
 
 Paramétricas – mantém-se o regime previdenciário até então adotado (capitalização ou repartição). O que se altera são alguns dos vários parâmetros econômicos que regem as normas relativas ao recolhimento das contribuições (alíquotas do trabalhador e do empregador, anos de contribuição etc.) e ao pagamento de benefícios (valor das contribuições, idade mínima para o recebimento dos benefícios etc.)
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA
NECESSIDADES E DIFICULDADES
Não-Paramétricas – corresponde a uma troca de regimes previdenciários, geralmente mudando-se de repartição para capitalização. 
Este tipo de reforma, bastante radical, implica em um custo de transição bastante elevado por um longo período. 
Isto ocorre devido à necessidade de pagamento aos atuais beneficiários, quando a geração ativa passar a contribuir para sua própria aposentadoria
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA
NECESSIDADES E DIFICULDADES
 Custo de transição – corresponde à soma de todos os dispêndios previdenciários referentes ao regime de repartição, tanto daqueles que já têm a condição de beneficiários no momento da mudança, quanto daqueles que têm algum tipo de direito acumulado por terem efetuado contribuições ao antigo regime.
 Fica evidente que o custo de transição deve se prolongar por um amplo período, que se estende até que o estoque de beneficiários se esgote. Este custo, que é elevado e que persiste por muitos anos, é o principal impeditivo à execução de reformas repartição-capitalização.
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA
NECESSIDADES E DIFICULDADES
 Qual seria o custo de transição para uma alteração deste tipo no Brasil?
 Se o Brasil tivesse feito tal alteração em 2001, esta mudança implicaria (no ano da mudança) em recursos da ordem de R$ 70,3 bilhões, o que representa 5,86% do PIB do mesmo ano.
 Esse enorme valor poderia ser gerado de 2 formas: contração fiscal (corte nas despesas ou elevação nos tributos) ou o financiamento por meio do aumento do endividamento público.
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA DO GOVERNO LULA
 A reforma previdenciária do Governo Lula pode ser considerada como paramétrica e tem como objetivos diminuir as disparidades entre os RPPSs e o RGPS. 
Trata-se da EC 41, promulgada em dezembro de 2003, a qual coloca os seguintes pontos:
 Aos servidores públicos ingressantes
antes da promulgação da EC 20, mantém o direito à aposentadoria integral com paridade.
 Aos atuais servidores, mantém o direito da aposentadoria integral, porém perde o direito a paridade. Exige-se também a idade mínima de 60 anos (homens) ou 55 anos (mulheres), além de períodos mínimos de permanência no serviço público (20 anos), na carreira (10 anos) e no cargo (5 anos). 
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REFORMA PREVIDENCIÁRIA DO GOVERNO LULA
 Aos futuros servidores (ingressantes após janeiro de 2004), não terá direito à paridade nem à integralidade. A aposentadoria será calculada de acordo com uma média dos salários de contribuição.
 Para os valores de pensões superiores a 10 salários mínimos, foi instituído um redutor de 30%.
 Também foi instituída a contribuição previdenciária para os aposentados e pensionistas com uma alíquota de 11% sobre a parcela do benefício que exceder R$1.440,00 (para a União) e R$1.200,00 (para estados, municípios e distrito federal) 
 Em 05/07/05 foi promulgada a EC 47 que coloca, dentre outras cláusulas, idade mínima de 60 (H) e 55 (M) e tempo de contribuição de 35 (H) e 30 (M).
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GASTO PÚBLICO
 Tipos de Classificação do Gasto Público
Pela finalidade do gasto.
Pela natureza do dispêndio.
Pelo agente encarregado da execução do gasto.
 Quanto à finalidade, os gastos são normalmente classificados em funções, programas e subprogramas, dependendo do grau de agregação adotado. 
 A classificação das despesas por funções é necessária para efetiva implantação da técnica do orçamento-programa, que objetiva aumentar a eficiência e a eficácia na programação dos dispêndios governamentais.
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GASTO PÚBLICO
 Função: maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público.
 Subfunção: Partição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. Pode ser combinada com funções diferentes daquelas a que esteja vinculada na forma do Anexo da Portaria nº 42/99 do MOG.
 Programa: Instrumento de organização da ação governamental que visa à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual.
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GASTO PÚBLICO
A classificação quanto a natureza do gasto é feita a partir de quatro categorias:
 Custeio;
 Investimento;
 Transferências;
 Inversões Financeiras;
 A classificação das despesas por categoria econômica inspira-se no esquema estabelecido na Contabilidade Nacional e objetiva dimensionar a participação do dispêndio governamental nos principais agregados da análise macroeconômica.
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CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR CATEGORIA ECONÔMICA
 Despesas Correntes
Pessoal e Encargos Sociais
Juros e Encargos da Dívida
Outras Despesas Correntes
Transferências a Estados, DF e Municípios
Benefícios Previdenciários
Outras 
 Despesas de Capital
Investimentos
Inversões Financeiras
Amortização da Dívida
Outras Despesas de Capital
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GASTO PÚBLICO
 Em termos agregados, a distribuição por categoria de gasto depende da distribuição da despesa por finalidade. Em princípio , quanto maior a parcela das despesas públicas destinadas a produção de bens públicos (ou semelhantes), maior a despesa com pessoal no total do orçamento.
 Uma participação mais elevada do investimento costuma estar associada a uma ênfase em programas de melhoria e expansão da infraestrutura econômica.
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POLÍTICA FISCAL
 A arrecadação e o gasto do governo, além de viabilizar projetos importantes e corrigir externalidades, afetam a produção de uma determinada economia. 
 Este é o aspecto macroeconômico das finanças públicas. O uso da tributação e do gasto para afetar a economia como um todo é chamado de política fiscal.
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DÉFICIT NOMINAL
 O déficit nominal corresponde ao total de gastos do governo menos o total arrecadado. 
 O déficit nominal pode ser calculado pelo método “acima da linha” ou “abaixo da linha”, quando é calculado pelo último método costuma ser chamado de Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP).
 
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CÁLCULO DO DÉFICIT NOMINAL
 Método “acima da linha”: Consiste no cálculo do déficit por meio dos fluxos de receitas e despesas.
 Método “abaixo da linha”: Consiste no cálculo do déficit por meio da variação na dívida pública.
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ACIMA DA LINHA versus ABAIXO DA LINHA
As estatísticas fiscais desagregadas, que apresentam as variáveis de receita e de despesa, são chamadas “acima da linha”.
Enquanto que a variável que mede apenas a dimensão do desequilíbrio através da variação do endividamento público é denominada de estatística “abaixo da linha”. 
No Brasil, as NFSP ( Necessidades de Financiamento do Setor Público) são medidas “abaixo da linha”, a partir das alterações no valor do endividamento público.
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RESULTADO PRIMÁRIO
 Desconta a despesa com juros reais do valor das necessidades operacionais de financiamento. Se essa subtração der um resultado negativo, a explicação é que os juros reais são maiores que as necessidades de financiamento no conceito operacional, ou seja, que, não fosse o pagamento de juros, haveria um superávit operacional.
 Isso significa que o resultado primário é superavitário, ou seja, que a receita é maior do que as despesas não financeiras.
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DÉFICIT PRIMÁRIO
 O déficit primário é obtido a partir do déficit nominal. Seu cálculo exclui as despesas e receitas financeiras. Como o governo brasileiro paga mais juros do que recebe o déficit nominal é maior que o primário.
 Nos últimos anos as contas brasileiras apresentam superávit primário e déficit nominal.
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RESULTADO OPERACIONAL
Valor do resultado nominal, expurgado do componente da despesa de juros associado à atualização monetária do valor da dívida passada
DÉFICIT OPERACIONAL 
O déficit operacional é igual ao déficit primário acrescido do pagamento de juros reais. Este conceito foi muito usado no Brasil nos períodos de inflação elevada.
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GASTO PÚBLICO E DEMANDA AGREGADA
 Quando o governa aumenta seus gastos ocorre um aumento da despesa total que causa um deslocamento para direita da demanda agregada.
 De acordo com os economistas keynesianos o deslocamento da demanda agregada causa um aumento da produção, pelo menos no curto prazo. Economistas das escolas clássica e neoclássica acreditam que o deslocamento da demanda agregada apenas aumenta o nível geral de preços.
 Na perspectiva keynesiana um ajuste fiscal tende a reduzir o PIB, pelo menos no curto prazo. Na perspectiva clássica um ajuste fiscal tende a liberar mais recursos para o setor privado e pode aumentar o PIB.
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DETERMINAÇÃO DO PRODUTO E DO PREÇO
Caso Clássico
Caso Keynesiano
Caso Keynesiano Extremo
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DÉFICIT PÚBLICO E TAXA DE JUROS
 Quando o governo gasta mais do que arrecada, o déficit orçamentário resultante reduz a poupança nacional.
 Isto reduz a oferta de fundos emprestáveis a disposição das firmas e das famílias.
INFLAÇÃO E DÉFICIT PÚBLICO
 Para financiar seus gastos sem aumentar os impostos nem vender títulos no mercado o governo pode imprimir moeda.
 A “receita” obtida com a impressão de moeda é chamada senhoriagem.
 Imprimir moeda para financiar gastos causa inflação. A inflação pode ser vista como um imposto sobre as pessoas que guardam dinheiro.
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INFLAÇÃO E DÉFICIT PÚBLICO
 Efeito Oliveira-Tanzi ( Júlio Oliveira; Vito Tanzi)
 O aumento da inflação reduz o valor real da arrecadação de outros impostos devido a existência de uma defasagem entre o fato gerador do imposto e a sua coleta, ou seja; 
 O produto do imposto efetivo recolhido pelo governo, após o ajuste da inflação, será menor do que em um período de inflação normal, devido ao aumento dos custos operacionais e diminuição das receitas fiscais
das empresas.
É uma situação econômica que implica um período de inflação alta no país, que resulta em uma diminuição no volume de arrecadação tributária e uma lenta deterioração das receitas fiscais reais que estão sendo coletados pelo governo. 
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INFLAÇÃO E DÉFICIT PÚBLICO
 Efeito Patinkin
 Taxas de inflação altas ajudam a reduzir o déficit público devido a queda do valor real dos gastos públicos.
(Don Patinkin emergiu como uma das maiores autoridades sobre a teoria monetária no pós guerra, 1945). 
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A POUPANÇA DO GOVERNO E O DÉFICIT PÚBLICO
Supondo inflação nula, o déficit do governo, ou seja, as suas necessidades de financiamento, podem ser definidas como sendo:
NFG = CG + JG + IG – T
tal que:
CG	é o consumo do governo
JG	são os juros da dívida interna do governo
IG	é o investimento do governo
T	é a receita tributária, líquida de subsídios e transferências, exclusive juros.
A poupança do governo é dada por:
SG = T – (CG + JG)
Ao mesmo tempo, por:
T – (CG + JG) = IG – NFG
Então,
SG = IG – NFG ou NFG = IG - SG
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GLOSSÁRIO
Dívida Líquida do Setor Público:
Soma consolidada dos valores da dívida líquida do governo central e Banco Central, dos estados e municípios e das empresas estatais junto ao sistema financeiro público e privado, ao setor privado não financeiro e ao resto do mundo.
Ajuste Patrimonial:
Resultado da diferença entre, de um lado, ajustes como o reconhecimento de dívidas do setor público geradas no passado e que já tinham produzido impacto macroeconômico ao serem reconhecidas e, de outro, os efeitos do processo de privatização: receitas de vendas e transferências de dívidas para o setor privado, que diminuem a dívida pública..
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GLOSSÁRIO
Dívida fiscal Líquida:
Diferença entre a dívida líquida do setor público e o ajuste patrimonial.
Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP): 
Conceito nominal:
Resultado da variação da dívida fiscal líquida
Conceito operacional:
Diferença entre as NFSP nominais e a atualização monetária incidente sobre a dívida líquida do setor público.
Conceito primário:
Diferença entre as NFSP no conceito nominal e as despesas de juros nominais incidentes sobre a dívida líquida do setor público, calculadas pelo critério de competência e descontada a receita de juros relativa à aplicação das reservas internacionais.
Final desse módulo
ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO/2-Planos Econômicos.ppt
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Contabilidade Nacional 
(7) Disciplina : Economia Brasileira 
PLANOS ECONÔMICOS
Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos 
 Professor: Ms.Regis Ximenes
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PLANO BRESSER
O Plano Bresser foi uma tentativa emergencial de controlar a inflação inercial em um momento de profunda crise, logo em seguida ao colapso do Plano Cruzado. 
O ex-ministro da Fazenda e professor da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Luiz Carlos Bresser Pereira, no governo de Jose Sarney assumiu o cargo em 1987 e sinalizou o rumo da ortodoxia com uma mididesvalorização de 7,5% do cruzado em primeiro de maio.
Como o ministro dizia-se simpatizante da heterodoxia, levou várias especulações sobre novo congelamento
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ORTODOXIA
De acordo com o pensamento ortodoxo, a inflação é decorrente do processo de emissão monetária devido aos déficits públicos, o que eleva a demanda e força a alta de preços.
Sendo assim, para combater a inflação, deve-se estancar a emissão de moeda, o que só pode ser conseguido com a retração da demanda, quer do setor privado, através da elevação de impostos, quer do setor público através da queda nos gastos públicos.
Assim, o combate inflacionário é conseguido através de uma política recessiva.
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HETERODOXIA
Para estes, a inflação não decorre de excesso de demanda provocada pela emissão monetária.
A emissão monetária é vista muito mais como uma decorrência da inflação do que como causa.
Assim, a inflação poderia ser combatida sem o apelo ao controle da demanda, isto é, não haveria necessidade de uma política recessiva.
O congelamento de preços e salários é um tipo de medida (política de rendas) características dessa corrente.
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O "Plano Bresser" foi apresentado por Bresser Pereira que assumiu o ministério da Fazenda em 29 de abril de 1987, com sérios problemas de inflação e um mês depois de sua posse a inflação atingiu 23,26%. 
O grande vilão era o déficit público, onde o governo gastava mais do arrecadava, então em junho de 1987 foi apresentado o "Plano Bresser" onde decretava congelamento de preços, dos alugueis e salários por 60 dias. 
E para diminuir o déficit público toma algumas medidas, como: aumentar tributos eliminou o subsidio do trigo e as obras de grande porte já planejadas foram adiadas, entre elas o trem bala entre São Paulo e Rio, Ferrovia Norte Sul, pólo-petroquímico do Rio de Janeiro,desativa o gatilho salarial e cria a URP (unidade de referência de Preços) que corrigiria o salário dos três meses seguintes, a partir de uma taxa prefixada com base na média geométrica da inflação dos três meses anteriores.
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Pretendia-se, por um lado, reduzir o déficit público, e, por outro, comprometer-se no futuro com a independência do Banco Central, mas as medidas foram frágeis, não atingindo seus objetivos.
Diferentemente do Plano Cruzado, adotou-se uma política monetária e fiscal ativa, mantendo a taxa de juros reais positiva para inibir a especulação com estoques e o aumento do consumo.
Embora tenha sido bem sucedido na recuperação da Balança Comercial, da diminuição do déficit público e na queda da inflação, o Plano Bresser provocou uma queda na produção industrial e o recrudescimento da inflação, decorrente dos desequilíbrios de preços relativos que geravam pressões de custos.
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Quando se iniciou a descompressão, voltou a aceleração inflacionária e várias pressões por reposições salariais, que praticamente acabaram com o plano, que se assentava em larga medida na concentração salarial e na elevada taxa de juros. 
Retomou as negociações com o FMI suspendendo a moratória. Mesmo com todas essas medidas a inflação chegou a 366% em dezembro de 1987. 
O Bresser deixa o ministério em 6 de janeiro de 1988 e é substituído por Mailson da Nóbrega. 
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PLANO VERÃO
O "Plano Verão" foi apresentado por Maílson da Nóbrega, em 15 de janeiro de 1989, o plano econômico cortou três zeros; criado o "Cruzado Novo"; mais um congelamento de preços. 
Maílson da Nóbrega assumiu o Ministério da Fazenda propondo uma política econômica sem medidas drásticas, tentar conviver com a inflação fazendo ajustes localizados.
Essa política foi denominada de "Feijão com Arroz", a qual deveria evitar a hiperinflação, referindo-se ao fato de que nenhuma mágica iria ser tentada,isto é, rejeitava-se a idéia de choques heterodoxos e visava-se estabilizar a inflação em 15% am e reduzir o déficit operacional do governo de 8% do PIB para 4%.
Para tal fim, adotou-se o congelamento dos empréstimos ao setor público, a contenção salarial e a redução no prazo de recolhimento dos impostos. 
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Foi extinta a correção monetária; propôs a privatização de algumas estatais e cortes nos gastos públicos, onde os funcionários contratados nos últimos cinco anos seriam exonerados. 
Os cortes não aconteceram ficou só no papel e mais um plano econômico desastroso. Em dezembro do mesmo ano a inflação atingiu 53,55%. Para se ter idéia da gravidade em que se encontrava a nossa economia, de fevereiro de 1989 a fevereiro de 1990, a inflação atingiu 2751%.
O Plano verão, a exemplo do Plano Bresser, continha tanto elementos ortodoxos como heterodoxos, visando evitar os erros do Plano Cruzado.
Os elementos ortodoxos visavam conter a demanda, através da diminuição dos gastos públicos e da elevação das taxas de juros, procurando evitar uma fuga dos ativos financeiros.
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Os elementos heterodoxos visavam promover a desindexação da economia sem a predeterminação de novas regras. Para esse último fim, determinou-se o congelamento dos preços, sendo que vários preços administrados foram aumentados, e alterou-se a data de comparação dos índices de preços para 15/1, de modo a evitar que os aumentos anteriores contaminassem o novo índice.
Fez-se uma reforma monetária com a introdução do Cruzado Novo, a partir do corte de três zeros no cruzado: NCz$ 1,00 = Cz$ 1000,00.
Os salários foram convertidos pela média dos últimos 12 meses mais a aplicação da URP (Unidade referencial de Preços) de janeiro. Esta forma de conversão impunha uma grande perda para os salários, uma vez que a URP era um índice de correção monetária prefixada para o reajuste de três meses, com base na média geométrica da inflação dos três meses anteriores.
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Assim, num contexto de aceleração inflacionária, o salário era sempre subindexado, e o congelamento impunha uma perda permanente a estes. Quanto aos financeiros, aplicou-se uma Tablita de conversão para os contratos prefixados e para os pós-fixados, expurgando-se da correção monetária destes a aceleração inflacionária; isto significava grande transferência de renda dos credores para os devedores, entre os quais o principal é o Estado.
O último aspecto do Plano Verão é a questão cambial. Promoveu-se primeiramente uma desvalorização de 18% do cruzado, para evitar pressões futuras; depois, rompeu-se com a regra das minidesvalorizações e adotou-se taxa de câmbio fixa, em que NCz$ 1,00 = US$ 1,00 . Estas medidas visavam dar mais credibilidade ao plano.
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O Plano Verão foi de curta duração. O governo não realizou nenhum ajuste fiscal, o que mantinha os elevados e crescentes déficits públicos. O descontrole fiscal levava ao descontrole monetário. Estes aspectos, juntamente com as incertezas do último ano do governo Sarney e um profundo imobilismo da política econômica, levaram a inflação a acelerar-se rapidamente, fazendo com que se caminhasse a largos passos para a hiperinflação, sendo que a taxa mensal de inflação atingiu 80% no último mês do governo. 
A principal característica de todo o governo Sarney foi um grande descontrole das contas públicas, com aumento nos déficits operacionais e crescimento do endividamento interno, a prazos mais curtos, com giro diário, e cuja necessidade de rolagem inflexibilizava a taxa de juros.
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Isso levava à adoção de uma política monetária, que visava à sustentação de taxas de juros reais elevadas, endogeneizando a oferta monetária e rompendo a possibilidade de controle da política monetária.
Verifica-se a ausência de qualquer mecanismo de política econômica, pois tanto a política fiscal como a monetária tornaram-se prisioneiras da rolagem da dívida interna.
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PLANO COLLOR
O governo Collor também tinha como preocupação básica o combate à inflação. A experiência proporcionada pelos diversos planos heterodoxos do governo Sarney e o aprendizado com seus insucessos levaram ao aparecimento de novos diagnósticos sobre a natureza da inflação e sobre as causas das tentativas de estabilização até então implementadas.
Além do diagnósticos de descontrole monetário e fiscal, uma tese começou a ganhar força crescente: o insucesso dos choques antiinflacionários do governo Sarney deviam-se à elevada e crescente liquidez dos haveres financeiros não monetários.
Outra conseqüência desta situação era a ineficácia da política cambial, uma vez que a posição líquida dos exportadores permitia o retardamento no fechamento dos negócios, que, associados ao aumento na demanda por ativos dolarizados, forçavam a desvalorização cambial.
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O medo da “fuga” dos ativos financeiros imobilizava as políticas monetárias e cambial, o que impedia romper com a indexação: espiral preço-câmbio-salário. 
Para evitar a especulação, o governo deveria manter a taxa de juros alta e estável. A necessidade de fixar as taxas de juros levava a uma política monetária passiva, impedindo o controle dos agregados monetários.
Como praticamente inexistia demanda por crédito e as operações de empréstimos do sistema financeiro reduziram-se bruscamente, a utilização das reservas compulsórias era inócua para afetar as variáveis monetárias.
O único instrumento com que contava o governo eram as operações de mercado aberto, a colocação de títulos públicos, que, devido à incerteza reinante, levava o Banco Central a formar taxas diárias no overnight, com base na expectativa de inflação corrente, o que tornava a indexação sem limite.
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Esta indexação diária dos ativos financeiros tinha impactos sobre preços e câmbio que também passavam para a indexação plena ( o que alguns autores colocavam como “financeirização” dos preços).
Assim, com a existência da chamada moeda indexada, cuja oferta cresce com a inflação, e as altas taxas de juros necessárias para sua rolagem, inviabilizavam-se as políticas monetárias, fiscal e cambial, sendo que os planos de estabilização, até então, não haviam conseguido romper com os mecanismos de indexação, ao não conseguir alterar a lógica de funcionamento da “moeda indexada”.
Nesse quadro, e com este diagnóstico, inicia-se o governo Collor, com a adoção imediata de um plano quer visava romper com a indexação da economia.
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As principais medidas adotadas foram:
Reforma monetária- centrou-se basicamente na drástica redução da liquidez da economia, através do bloqueio de cerca de metade dos depósitos a vista, 80% das aplicações de overnight e fundos de curto prazo e cerca de um terço dos depósitos de poupança. Bloqueou-se em torno de 70% do M4 da economia.Visava-se com isso evitar as pressões de consumo e retomar a capacidade do Banco Central de fazer política monetária ativa, em vez de ficar à mercê do mercado financeiro e da necessidade de rolar a dívida pública- atender às necessidades da moeda indexada.
Reforma administrativa e fiscal, que tinha por objetivo um ajuste fiscal da ordem de 10% do PIB, eliminando um déficit projetado de 8% do PIB e gerar um superávit de 2%.Este ajuste se faria através da redução do custo de rolagem da dívida pública, suspensão dos subsídios, incentivos fiscais, isenções e ampliação da base tributária.
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3) Congelamento de preços e desindexação dos salários em relação à inflação passada, definindo uma nova regra de prefixação de preços e salários que entrariam em vigor a partir de 1-5-1990.
4) Mudança do regime cambial para um sistema de taxas flutuantes, definidas livremente no mercado.
5) Mudança na política comercial, dando início ao processo de liberalização do comércio exterior ( a chamada abertura comercial), com redução qualitativa das tarifas de importação de uma média de 40% para menos de 20% em quatro anos.
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Mantiveram-se os mecanismos de indexação dos ativos financeiros e dos contratos
O confisco da liquidez parece ter sido a grande âncora do plano. Buscou-se retomar a capacidade de fazer política monetária ativa congelando o estoque de moeda.
O impacto imediato foi uma grande desestruturação do sistema produtivo com corte nas encomendas, semiparalisia na produção, demissões, férias coletivas, redução nas jornadas de trabalho, redução nos salários, deflação, atraso nos pagamentos de dívidas, expansão no volume e no prazo dos créditos comerciais, desenvolvimento de meios de pagamento alternativos.
Enfim, o choque sobre os estoques monetários gerou profunda desestruturação em termos de condições de emprego e de produção.
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Se se pretendia fazer uma política monetária ativa, deveriam ser retiradas do mercado monetário todas as imperfeições, de modo que a taxa de juros passasse a refletir o grau de
liquidez da economia, funcionando como uma variável de ajuste, o que implicaria o fim da zeragem.
Não se observou nenhuma alteração no mercado monetário nem a instituição de regras para a expansão monetária, isto é, não se criaram mecanismos para viabilizar o controle dos fluxos. 
A política monetária buscou manter fixa a taxa de câmbio real, o que tornava endógena a oferta monetária e, com a volta da entrada de recursos externos a partir de 1991, o próprio déficit público através do crescimento do endividamento interno e com ele o caráter financeiro do déficit público.
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Sucedeu o Plano Collor I uma nova tentativa heterodoxa imediata: O Plano Collor II. A aceleração inflacionária levou à mudanças do ministério, saindo Zélia Cardoso de Mello e entrando Marcílio Marques Moreira, que adotou o que alguns chamaram de “Plano Nada” , uma volta à ortodoxia e uma tentativa de combate gradualista à inflação, maior preocupação com a negociação da dívida externa e maior reaproximação do país com o sistema financeiro internacional.
De qualquer forma, o período Collor de Mello, embora marcado pela crise política do impeachment , trouxe à baila a discussão sobre a privatização e a mudança na estratégia de comércio exterior, com a liberalização das importações ( a chamada abertura comercial).
Com o impeachment de Collor, assumiu a presidência o vice-presidente Itamar Franco, que se colocava como um governo de transição, demorando para dar qualquer rumo à política econômica.
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Uma série de ministros passaram pelo comando da economia: Gustavo Krause, Paulo Haddad, Eliseu Resende, que muito pouco fizeram pelo próprio espaço de tempo que tiveram.
O último plano de estabilização implantado no país começou a ser gerado e foi implantado ainda no período de Itamar Franco, na gestão de Fernando Henrique Cardoso no Ministério da fazenda: O Plano Real. 
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PLANO REAL
Contando com algumas vantagens herdadas do período anterior, como a abertura comercial e a folga cambial, o Plano Real dividiu o ataque ao processo inflacionário em três fases:
1) A primeira fase (ortodoxa) trata do ajuste fiscal, para equacionar o desequilíbrio orçamentário da União. A criação do IPMF ( Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) e do FSE (Fundo Social de Emergência) deveria ser suficiente para equilibrar o orçamento em 1994 e 1995. O primeiro é um novo imposto, de caráter temporário, sobre movimentações financeiras ( conhecido por alguns como o “imposto do cheque”) com um alíquota de 0,25% sobre o valor de toda operação. Já o FSE corresponde a uma diminuição nas transferências da União, possibilitando assim aumento dos recursos livres de que dispõe o governo federal.Paralelamente, procurou-se continuar com o acúmulo de reservas cambiais, para dar condições ao Banco Central de administrar as políticas monetárias e cambiais.
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2) A segunda fase (heterodoxa) é a tentativa de eliminar a inércia inflacionária, através da introdução de uma nova unidade de conta, a URV (Unidade Real de Valor). O Objetivo desta fase de indexação completa da economia era o de promover todos os ajustes de preços relativos com base nesta moeda indexada e acomodar a participação dos diversos agentes na renda, eliminando o conflito distributivo. Todos os preços passaram a ser cotados em outro referencial ( a URV), que exerceu a função de unidade de conta, mas não de meio de troca, que continuou ainda por algum tempo sendo exercida pelo cruzeiro real.
3) A terceira fase iniciou-se com a transformação da URV em Real, fundindo-se neste (no Real) as três funções básicas da moeda: meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. A expectativa era de que nesse momento se romperia a indexação e, portanto, a inflação inercial. Assim como outros planos deste caráter, o sucesso só estaria garantido na ausência de novos choques.
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Nesta fase, deveria ser criada uma regra monetária que permitisse o controle da oferta monetária e impedisse o recurso ao financiamento inflacionário, em caso de persistência do déficit público. Adotou-se uma regra relativamente flexível, em que foram estipuladas metas monetárias, com a possibilidade de serem ampliadas em caso de emergência, o que ocorreu algumas vezes após a edição do plano.
A condução do plano pode ser dividida em duas fases:
A primeira combinando âncora cambial com crescimento econômico e a segunda combinando uma âncora monetária com a diminuição das taxas de crescimento e aumento das taxas de desemprego.
Inicialmente, procurou-se evitar o erro dos demais choques heterodoxos, qual seja, a grande expansão do crédito e da demanda após a queda da inflação. Para tal adotou-se uma política de taxas de juros reais elevadas. Estas medidas, contudo, não impediam que ocorresse, como nos demais planos, uma grande expansão da demanda com a queda da inflação, destacando-se o setor de bens de consumo duráveis.
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O aumento da demanda neste setor se deve à grande expansão do crédito bancário, o que também revelou a insensibilidade do consumidor para a taxa de juros real, sendo a certeza sobre o valor da prestação e o número de prestações mais importantes do que o próprio custo do financiamento.
Uma questão importante a colaborar com a sustentação do plano é a folga cambial do país devido ao grande afluxo de recursos nos últimos anos, fruto do excesso de liquidez internacional, que viabilizou o acúmulo de um volume de reservas de quase US$ 40 bilhões, o que permitiu uma valorização cambial pós-plano, viabilizando amplo processo de importações para suprir a demanda interna e forçar a concorrência. Assim, a folga cambial e a valorização do real foram importantes elementos para conter a inflação.
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No governo Collor, num quadro de recessão econômica, como foram os anos de 1991/1992, teve fortes impactos sobre a lógica de formação de preços na economia, tanto no que diz respeito à capacidade dos empresários de repassarem os aumentos de custos para preços, como ao poder dos sindicatos em suas pretensões salariais.Esta ameaça, levou a novas formas de organizações, cujo auge foi o Acordo Automobilístico, em que empresários, sindicatos e governo acordaram reduções no preço dos automóveis através da diminuição dos impostos ( por parte do governo- IPI e ICMS), redução das margens de lucro das empresas e contenção nos reajustes salariais por parte dos trabalhadores; com isso, visava-se estimular a produção de automóveis e garantir o emprego. Em segundo lugar, há a renegociação da dívida externa e as transformações no sistema financeiro internacional, que permitiu a volta do país ao fluxo voluntário de recursos externos, levando a um acúmulo de reservas da ordem de US$ 40 bilhões no momento da reforma monetária.
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A folga cambial e a abertura comercial viabilizaram a rápida queda da inflação logo após a reforma monetária que introduziu o real. A possibilidade de importação forçou os preços internos a acomodarem-se aos internacionais. É interessante observar que a política cambial adotada serviu para aprofundar esta ancoragem dos preços. Ao contrário da Argentina, que fixou uma taxa de câmbio nominal de 1 peso= 1 US$, no Brasil não se fixou a paridade e deixou-se o R$ valorizar em relação ao US$ em um momento que continuavam as entradas de recursos.
Com isso, o início do ano de 1995 foi marcado por mudanças de prioridade do governo que buscava em primeiro lugar evitar a crise cambial, mas sem perder o controle sobre a inflação, encerrando-se aqui a primeira fase da condução do Plano Real, e inaugurando-se a segunda fase.
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Neste sentido, iniciou-se uma série de medidas de contenção da demanda interna, principalmente com restrições ao crédito, elevação das taxas de juros e também gradual alteração na política cambial. Além disso, buscaram-se alguns incentivos para se estimular os exportadores.
Nesta fase, o principal instrumento foi a política monetária buscando conter
a demanda e com isto impedir que os déficits comerciais se tornassem muito elevados, além de ter um papel importante na contenção dos preços, agora num quadro de leve desvalorização do câmbio nominal. A manutenção de juros elevados também se mostrou importante no sentido de continuar mantendo o país atrativo ao capital estrangeiro, que continuou financiando os déficits comerciais.
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Outro ponto que merece ser analisado é a questão das reformas estruturais e do ajuste fiscal do setor público. O sucesso destas estratégias de estabilização depende de se impedir o aparecimento de novos choques na economia, e criar condições de condução da política econômica que permitam dissipar os choques, ou seja, evitar que estes se propaguem. Para tal, torna-se necessário um ajuste fiscal duradouro do setor público, que envolve reforma fiscal, reforma administrativa e privatizações, de modo a impedir a contaminação da política monetária e a criação de instrumentos de controle monetário que, juntamente com a desindexação, teríamos a solução da questão dos bancos estaduais, os recursos para o financiamento agrícola, o que permitiria evitar a propagação de choques.
FIM DESSE MÓDULO.
ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO/Apostila 6- As falhas de Governo.ppt
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FUNÇÕES DO GOVERNO 
Disciplina: Economia e Gestão do Setor Público (6)
Finanças Pública- Fabio Giambiagi, Ana Cláudia Além, Campus- 2. Edição,2000.
Economia do Setor Público-Alfredo Filellini, Atlas,1989.
As falhas do Governo, Teoria da Escolha Pública, Corrupção e Produção de Bens Públicos, Gestão do Setor Público.
Professor Ms Regis Ximenes
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
 A “Teoria da Escolha Pública” surgiu como uma disciplina independente,ou quasi-independente da Economia Política. Buchanan define escolha Pública como uma perspectiva do campo político que emerge de uma extensão da aplicação de ferramentas e métodos econômicos para decisões coletivas ou tomada de decisões fora do mercado. Em resumo, a Escolha Pública não é nada mais do que a aplicação de ferramentas econômicas à política.
 É o estudo dos processos de decisão política numa democracia, utilizando o instrumental analítico da economia, fundamentalmente os conceitos de comportamento racional e auto-interesse que definem o homo economicus. A TEP constitui uma abordagem interdisciplinar da relação entre economia e política.
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
"O político é aquele indivíduo que pede dinheiro aos ricos e votos aos pobres, prometendo, se eleito, defender uns dos outros.” (James Buchanan)
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
 Pois, o que a “Teoria da Escolha Pública” fez foi testar, para os políticos e burocratas - com base nos princípios elementares da Ciência Econômica, aceitos desde os tempos de David Hume e Adam Smith - a mesma hipótese de comportamento individualista válida para a maior parte da espécie humana.
 Afinal, como é tênue a pressão exercida pelos eleitores sobre seus representantes, principalmente em democracias pouco maduras, políticos e burocratas estão livres para cuidar apenas de suas vantagens pessoais (pecuniárias e ideológicas) e dos interesses de “lobbies” que se organizam na busca de privilégios, sem temer a represália das urnas.
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
 Buchanan enumera dois elementos distintos da perspectiva da Escolha Pública: o primeiro elemento é a abordagem generalizada da catalaxia aplicada à economia; o segundo é o postulado do homo economicus. 
 A abordagem da catalaxia (ciência das trocas) à economia chama a atenção aos processos de troca, acordos, ou contratos. Esta abordagem redireciona a ênfase do campo econômico para além do mercado, ou seja, para todos os processos de acordo voluntário entre as pessoas. A perspectiva da Escolha Pública estuda o processo político de uma maneira diferente da Ciência Política. Enquanto esta estuda os processos políticos sob o ponto de vista do poder e da força, aquela considera os processos de troca que emergem dentro de um processo político.
(James Buchanan, Jr. - 15º Presidente dos EUA)
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
 O postulado do homo economicus diz que os indivíduos agem conforme os seus próprios interesses no sentido de maximizar a sua utilidade,de acordo com as restrições que eles encontram. Este postulado tem guiado os economistas, desde o século XVIII, na análise do comportamento das pessoas nos mais variados mercados. Entretanto, somente quando a política deixou de ser vista como uma relação exclusivamente pautada pela coerção, e o postulado do homo economicus passou a ser combinado com o paradigma da catalática, que surgiu a teoria econômica da política. De acordo com esta teoria, todas as escolhas são privadas.
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
 A Escolha Pública aplica métodos econômicos para analisar o comportamento das pessoas com capacidade de tomar decisões políticas, o que envolve um estudo interativo de todo o processo. A Escolha Pública difere da Escolha Constitucional. Enquanto a primeira faz uma análise positiva, a última faz uma análise normativa. A análise da Escolha Pública revela que a reforma ou o aperfeiçoamento dos resultados políticos é possível com a mudança nas regras e nas restrições, em nível constitucional,segundo as quais, as escolhas são feitas, dificultando as mudanças ocasionais implementadas por políticos oportunistas.
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TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA
 Logrolling: 
 Trocas legislativas ou (logrolling) é a idéia básica de que o indivíduo pode "vender" seu voto em determinado ponto da agenda, assegurando, em contrapartida, os votos de outros indivíduos em temas de seu próprio interesse. O Congresso, seria portanto, o locus onde a motivação econômica no comportamento político tornar-se-ia mais evidente para Buchanan, a dimensão forte da barganha sustentar-se-ia na pressuposição de que as intensidades diferenciadas das preferências devem prevalecer no cômputo das decisões. 
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BENS PÚBLICOS E RECURSOS COMUNS
 Bens gratuitos (tipo segurança pública) são um desafio para a análise econômica. Para os bens alocados em mercado, que são a maioria em nossa economia, os preços são os sinais que guiam as decisões de compradores e vendedores. Entretanto, quando os bens são gratuitos as forças de mercado deixam de funcionar e não servem como guia.
 Bem Não Rival: Um bem não-rival é aquele que o consumo deste por um consumidor não impede o consumo por outro consumidor. Ex: ondas de rádio, paisagem e outros usos não consuntivos da água.
 Bem Rival: Um bem é dito rival quando o uso por uma pessoa ou firma prejudica seu uso por outras pessoas ou firmas. Ex: uma peça de vestuário feita para uma pessoa, ela não pode ser usada por duas pessoas ao mesmo tempo,entretanto podem ser partilhada, desde que o tempo e uso seja dividido. 
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BENS PÚBLICOS E RECURSOS COMUNS
 Bem Excluível: Aquele em que é possível impedir uma pessoa de usá-lo.Ex: Pedágio
 Bem Não Excluível: Um bem não exclusivo é aquele que não é possível/viável excluir as pessoas de consumi-lo. Ex: luz solar, peixes para pesca..
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BENS PÚBLICOS E RECURSOS COMUNS
Rival?
sim
não
sim
não
Excluível?
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PROBLEMA DO CARONA (FREE-RIDER)
 Uma pessoa que se utiliza de um bem mas se recusa a pagar por ele. Um exemplo é alguém que se recuse a pagar uma taxa para a queima de fogos no final do ano mas sempre assiste ao espetáculo.
 Devido ao problema do carona o setor privado não consegue ofertar bens públicos em uma quantidade socialmente desejável.
 O governo pode resolver o problema da provisão de bens públicos produzindo estes bens e financiando os custos por meio de tributação.
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RECURSOS COMUNS
 Tragédia dos comuns: 
Uma parábola que ilustra porque os recursos comuns são mais utilizados do que seria
desejável do ponto de vista social.
 A solução para o problema de uso excessivo de recursos comuns é descer direito de propriedade. Caso não seja possível o governo pode criar impostos que diminuam o uso do recurso.
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RESUMO
 Em geral as alocações determinadas pelo mercado são eficientes;
 Entretanto existem casos onde o mercado falha em determinar a alocação socialmente ótima;
 Nestes casos o governo deve agir ou regulando o mercado ou ofertando diretamente alguns bens.
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RESUMO
 Os organismos internacionais têm defendido e disseminado a idéia de que para alcançar o desenvolvimento não basta canalizar capitais para investimentos em economias emergentes. São necessárias reformas institucionais que reduzam a ineficiência na alocação de recursos por parte dos governos e possibilitem maior controle dos governantes, reduzindo ou eliminando os problemas de corrupção e clientelismo que afetam o desempenho econômico. 
É a partir dessa preocupação que a problemática de accountability democrática emerge no contexto da chamada segunda geração de reformas do Estado, que objetiva tornar os governos não só mais eficientes no provimento de suas políticas públicas, mas também mais responsivos às demandas dos eleitores.
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DEMOCRACIA & ACCOUNTABILITY
Democracia pode ser entendida pela busca de três ideais, tomados como princípios orientadores:
O governo deve emanar da vontade popular, que se torna a principal fonte de soberania;
Os governantes devem prestar contas ao povo, responsabilizando-se perante ele, pelos atos ou omissões cometidos no exercício do poder;
O Estado deve ser regido por regras que delimitem seu campo de atuação em prol da defesa de direitos básicos dos cidadãos, tanto individuais quanto coletivos.
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DEMOCRACIA & ACCOUNTABILITY
Por seu turno, existem três formas de garantir a accountability, ou seja, a responsabilização política ininterrupta do Poder Público em relação à sociedade:
O processo eleitoral, garantidor da soberania popular;
O controle institucional durante os mandatos, que fornece os mecanismos de fiscalização contínua dos representantes eleitos e da alta burocracia com responsabilidade decisória, e
Criação de regras estatais intertemporais, pelas quais o poder governamental é limitado em seu escopo de atuação, a fim de garantir os direitos dos indivíduos e da coletividade que não podem simplesmente ser alterados pelo governo de ocasião.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
Financiamento de Campanhas Eleitorais:
Consolidação do horário eleitoral gratuito.
Reforço do papel dos tribunais eleitorais e das leis de moralização das campanhas, de maneira que, nos últimos anos aconteceram, pela primeira vez em nossa história, cassações de mandato vinculadas ao abuso do poder econômico.
Desde 1993, todos os candidatos são obrigados a fazer, ao final da eleição, uma declaração detalhada das contribuições de campanha.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
Processo orçamentário e prestação de contas por parte do Poder Executivo:
Limitação do número de emendas.
Fixação de valor máximo para cada uma.
Criação de relatorias.
Exigência de reuniões de bancada.
Instituição de audiências públicas.
Incentivo à rotatividade dos membros da Comissão Mista do orçamento, para evitar o controle dos recursos públicos por determinados indivíduos ou grupos.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
Mecanismos de restrição orçamentária e accountability, com destaque para a LRF, que trata de:
 Limitação de gastos com pessoal, estabelecendo não somente o quanto pode ser gasto por cada nível de governo em relação à receita líquida, mas também – e aí está a sua novidade – o percentual equivalente a cada um dos Poderes, eliminando, assim, a distorção existente anteriormente, em especial nos governos estaduais.
 Reafirmação dos limites mais rígidos para o endividamento público estabelecidos pelo Senado Federal, com retenção de transferências constitucionais e a proibição de empréstimos e de convênios com o governo federal.
 Definição de metas fiscais anuais e exigência de apresentação de relatórios trimestrais de acompanhamento.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
 Estabelecimento de mecanismos de controle das finanças públicas em anos eleitorais.
 Proibição de socorro financeiro entre os níveis de governo, reduzindo o risco moral entre agentes públicos e desses com os privados.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
 
Tribunal de Contas:
 Neste particular aspecto, existe uma forte influência de indicações políticas para a composição e provimento dos membros dos tribunais de contas. Por sua vez, a vitaliciedade não significa garantia de dedicação, eficiência e moralidade pública por parte dos nomeados, pois acaba funcionando como aposentadoria para políticos, mantendo o sentido que Getúlio Vargas atribuía a essa instituição: “um armário onde se arquivam os amigos”.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs):
 Visam o aumento da transparência e da accountability do poder público, reforçando a vigilância sobre a classe política, podendo chegar à punição dos infratores ou, ao menos, alterando a distribuição do poder público. Têm sido um instrumento pelo qual o Legislativo obriga o poder público a prestar contas à sociedade, não necessariamente por intermédio da punição de envolvidos nas irregularidades constatadas. Constituem hoje o melhor mecanismo de accountability horizontal existente no Brasil, o que não significa dizer que estejam livres de problemas, vinculados à falta de transparência e ao abuso de poder legar, tal como ocorreu na CPI do Banestado.
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Instrumentos de accountability nas finanças públicas e a experiência brasileira
O Orçamento Participativo (OP):
 Trata-se de um instrumento de controle social por meio do qual a população participa da discussão e deliberação sobre a distribuição dos recursos públicos durante o mandato dos governantes.
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GESTÃO DO SETOR PÚBLICO
ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO
 A estrutura do Poder Legislativo Federal é definida no Capítulo I do Título IV da Constituição Federal.
 O Poder Legislativo a nível federal é exercido pelo Congresso Nacional, sendo este composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
 A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
 O Senado Federal é composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo princípio majoritário.
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ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO
Cabe ao Congresso Nacional a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta.
A fiscalização deverá ocorrer em relação à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas.
O Tribunal de Contas da União deverá auxiliar o Congresso Nacional a realizar o controle externo.
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
 As competências do Tribunal de Contas da União estão definidas no Art. 71 da Constituição Federal, entre elas destacam-se:
 julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
 fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
 aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário
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PODER LEGISLATIVO NOS ESTADOS
 O poder legislativo nos Estados é exercido pela Assembléia Legislativa. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
 Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
 Outras atribuições da Assembléia Legislativa são definidas pelos Estados. As atribuições da Assembléia Legislativa de São Paulo podem ser encontradas na página: 
http://www.al.sp.gov.br/portal/site/alesp/menuitem.0774a36fcc9b5ea4176679cd560041ca/
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PODER LEGISLATIVO NOS MUNICÍPIOS
 Nos Municípios a função legislativa é exercida pelas Câmaras Municipais. Esta é composta por vereadores que são eleitos a cada quatro anos.
 Além da função legislativa cabe à Câmara Municipal fiscalizar a executivo municipal.
 O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
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CÂMARA MUNICIPAL
 Cabe a Câmara Municipal regulamentar o vencimentos dos vereadores, respeitados os limites impostos pelos incisos VI e VII do Art. 29 da Constituição federal.
 O Art. 29-A da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional número 5 de 2000 estabelece os limites para os gastos das Câmaras Municipais.
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LICITAÇÃO
 A licitação é um instituto extremamente formal, de rigor excessivo. É através dele que a Administração Pública efetuará concessões, permissões, obras e aquisições. É um ato estritamente vinculado à Lei 8666/93.
 O parágrafo único do art. 1.º da Lei 8666/93 estabelece que são obrigados a lançar mão desse instituto os órgãos da administração direta, os fundos especiais, as Autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios
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PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
 Igualdade
veda o estabelecimento de condições que impliquem preferência em favor de determinados licitantes, em detrimento dos demais. Garante, assim, a igualdade aos participantes do processo na seleção da proposta mais vantajosa. 
 Legalidade
a licitação deverá ser processada e julgada em estrita observância à lei. Assim, o licitante que se sinta lesado pela inobservância da norma pode impugnar judicialmente o processo.
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PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
 Impessoalidade
o processo de licitação deve ter julgamento impessoal, sem favorecimentos. Deve a Administração, em suas decisões, pautar-se por critérios objetivos, sem levar em consideração as condições pessoais do licitante ou as vantagens por ele oferecidas, salvo as expressamente previstas na lei ou no instrumento convocatório.
 Moralidade
para processar e julgar as propostas, a administração deve possuir um comportamento não apenas lícito, mas também consoante com a moral, os bons costumes e os princípios de justiça e eqüidade.
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PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
 Publicidade
deve haver divulgação do processo para o conhecimento de todos os interessados. Além disso, os atos da administração praticados nas várias fases do processo, devem ser abertas aos interessados, para assegurar a todos a possibilidade de fiscalizar sua legalidade.
 Probidade Administrativa
trata-se de um dever do agente. Deve-se processar e julgar a licitação de maneira honesta, de acordo com os interesses da Administração Pública, possuindo um comportamento consoante com as regras de boa administração e com a idéia comum de honestidade no seu modo de proceder.
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PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
 Vinculação ao Instrumento Convocatório
o edital constitui a regra da licitação. A Administração Pública, no processamento e julgamento da licitação, deve estar estritamente vinculada ao edital, não podendo descumprir suas normas e condições, sob pena de nulidade do processo.
 Julgamento Objetivo
a licitação deve ser julgada nos termos do edital, sem qualquer discricionariedade por parte do agente. O julgamento das propostas deverá ser objetivo, de acordo com os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e conforme os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle
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FASES DA LICITAÇÃO
 Edital
primeira fase da licitação, onde são estabelecidas as regras. Cumpridas todas as exigências da fase externa do edital, os interessados vão se habilitar a fornecer o que a Administração Pública pretende, entregando a ela suas propostas. O art. 27, da Lei 8666/93 estabelece as exigências para a habilitação, dispondo sobre a documentação necessária para a participação no certame.
 Julgamento
apresentados os documentos e obedecidas as exigências, haverá o julgamento das propostas, de acordo com o aspecto subjetivo (análise dos documentos) e objetivo (qualificação técnica do produto e capacidade do participante de fornecê-lo). Nos casos de exclusão de participantes, eles tem direito à apresentação de recursos, conforme dispõe o art. 109, da Lei 8666/93.
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FASES DA LICITAÇÃO
 Homologação
verificado o vencedor da licitação, a Administração Pública homologará o resultado.
 Adjudiação
a Administração Pública assume o compromisso de adquirir o produto
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO
 Concorrência
 É a modalidade de licitação utilizada para aquisições de grande porte e que se realiza com ampla publicidade para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital (art. 22, parágrafo 1.º).
 A publicidade, nos termos do art. 21, Lei 8666/93, é assegurada pela publicação do aviso do edital, no mínimo uma vez.
 A universalidade significa a possibilidade de participação de quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto (art. 22, parágrafo 1.º, Lei 8666/93).
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO
 Tomada de Preços 
 É a modalidade de licitação utilizada para aquisições de médio porte e que se realiza entre interessados previamente cadastrados ou que preencham os requisitos para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (art. 22, parágrafo 2.º, Lei 8666/93).
 Concurso
 É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores (art. 22, parágrafo 4.º, Lei 8666/93).
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO
 Convite
 É a modalidade de licitação utilizada para aquisições de pequeno porte e que se realiza entre, no mínimo, três interessados do ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados pela unidade administrativa, e da qual podem participar também aqueles que, não sendo convidados, estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas (art. 22, parágrafo 3.º, Lei 8666/93). É a
única modalidade de licitação em que a lei não exige publicação de edital, já que a convocação se faz por antecedência, por meio da chamada carta-convite.
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO
 Leilão
 É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem possa oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação (art. 22, parágrafo 5.º, Lei 8666/93).
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DISPENSA E INEXIBILIDADE
 A dispensa pode ocorrer, por exemplo, em casos de extrema urgência, para o atendimento de situações de calamidade pública, ou grave perturbação da ordem.
 A inexigibilidade pode ocorrer, por exemplo, nos casos de contratação de pessoa conhecida do meio artístico, ou ainda nos casos em que a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros só possam ser fornecidos por um produtor, dada a exclusividade do produto.
 A diferença básica entre os dois casos está no fato de que, na dispensa, há possibilidade de competição que justifique a licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na competência discricionária da administração. Nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração Pública; a licitação é, portanto, inviável.
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PENALIDADES
 A não observância dos dispositivos da Lei 8666/93 acarretas penas que vão desde Sanções Administrativas a pena de Detenção.
 Uma listagem completa destas punições encontra-se no Cap. 4 da Lei 8666/93. As penas são descritas nos artigos 89 a 99.
AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 A compreensão do processo orçamentário e das suas instrumentalidades – planejamento e programação,gerência e administração, contabilidade e administração financeira, controle e avaliação – decorre da evolução da sua condição de instrumento político. Dessa maneira, a forma com que tais instrumentalidades vêm sendo praticadas, ao longo do tempo, depende da natureza do Estado,da estrutura institucional do setor público e da própria cultura administrativa local, que são decorrentes da dinâmica da História.
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AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 O orçamento público remonta à Constituição inglesa,outorgada em 1217 pelo rei João Sem Terra,e que em seu Artigo 12 estabelecia restrições para a criação de tributos, os quais deveriam ser aprovados pelo Conselho Comum do Reino. 
 Os barões feudais e o clero, integrantes desse conselho, órgão de representação da época, não estavam preocupados com as despesas do rei, mas com os tributos que este lhes impusera. Para vários autores,foi a partir dali que se iniciou a luta pelo controle parlamentar das finanças públicas. Desse modo,as origens do orçamento público estão associadas à natureza do controle, já que a nobreza se interessava por controlar o então poder ilimitado do rei em matéria tributária.
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AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 Em função da revolução gloriosa na Inglaterra,da Revolução Francesa e do surgimento do Estado liberal, as práticas orçamentárias passam a ser aperfeiçoadas. O sistema orçamentário francês, em sua fase inicial, apresenta algumas regras que hoje são consideradas como princípios básicos doutrinários do orçamento público, conforme discriminação a seguir:
 a)a anualidade do orçamento, que deve ser elaborado e autorizado para um período determinado, geralmente um ano, e que coincide com o ano civil de 1° de janeiro a 31 de dezembro;
 b) a universalidade, em que o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, princípio fundamental para o controle parlamentar sobre as finanças públicas; e 
 c) a votação do orçamento antes do início do exercício, que pressupõe a elaboração e aprovação da lei orçamentária para a execução no ano seguinte.
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AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 Ainda que em 1827 se tenha produzido a primeira lei orçamentária no Brasil, foi em 1831, mediante aprovação do Decreto Legislativo de 15/12/1830, que se consolidou o primeiro orçamento público brasileiro, considerando- se o conceito de ser uma lei de iniciativa do Poder Executivo, estimadora da receita e fixadora da despesa da administração pública para o período de um ano, já que as dificuldades de comunicações e os deficientes mecanismos arrecadadores em relação as províncias frustraram a lei orçamentária de 1827. 
 Com o advento da República surge a Constituição de 1891, passando a elaboração do orçamento a ser privativa do Congresso Nacional, bem como para a fiscalização das contas do Executivo e para auxiliar o Congresso no controle foi instituído o Tribunal de Contas.
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AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 Com a redemocratização do país foi promulgada uma nova Constituição, em 1946, em que a União passou a ter a competência para legislar sobre direito financeiro e o orçamento voltou a ser elaborado pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo.
 Um outro exemplo de prática de planejamento governamental foi a implementação, pelo governo federal, a partir de 1957, do Plano de Metas, representando forte fomento à industrialização mediante a participação dos capitais estatal, multinacional e privado nacional, com o Estado assumindo a responsabilidade pela infra-estrutura básica.
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AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 Em função de iniciativas e estudos procedentes de diversas áreas, a exemplo do projeto da Terceira Conferência de Técnicos em Contabilidade Pública e Assuntos Fazendários, realizada em 1949, e do Manual das Nações Unidas, o Congresso Nacional aprovou, em 17 de março de 1964, a Lei n° 4.320, consolidando o modelo orçamentário padrão para os três níveis de governo. 
 Apresentando 115 artigos, essa lei passa a ser um marco na legislação orçamentária brasileira, estatuindo normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
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AS ORIGENS DO ORÇAMENTO
 A inovação da classificação funcional-programática nos três níveis de governo, a partir de 1975, representa a iniciativa de aproximar o planejamento do orçamento, através do fornecimento de informações mais amplas sobre as programações de governo nas leis orçamentárias anuais e, ao mesmo tempo, uniformizar a terminologia entre a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal. As práticas do orçamento-programa surgiram.
 No final da década de 50 nos Estados Unidos, sob a denominação PPBS (planning, programming and budgeting system), sistema de planejamento, programação e orçamento que visava à integração entre o planejamento e o orçamento através da quantificação dos objetivos e da pluralidade das alternativas programáticas.
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LEIS ORÇAMENTÁRIAS (C. F. ART. 165)
 Plano Plurianual (PPA): Estabelece o planejamento de médio prazo (quatro anos).
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): Faz a ligação entre o plano e o orçamento do ano.
 Lei Orçamentária Anual (LOA): Trata-se do orçamento propriamente dito, com a previsão de toas as receitas e despesas do ano.
 
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LEIS ORÇAMENTÁRIAS (C. F. ART. 165)
 Até o dia 31 de agosto do primeiro ano de mandato presidencial, o Poder Executivo envia o projeto do PPA ao Congresso Nacional, que vigorará de seu segundo ano de mandato até o fim do primeiro ano de mandato do próximo Presidente da República.
 O projeto da LDO é encaminhado ao Congresso até 15 de abril de cada ano. Entre outras atribuições, essa lei estabelece metas e prioridades para a elaboração do orçamento, limita as despesas de capital e estabelece as políticas de aplicações das agências financeiras oficiais para o ano seguinte.
 O Poder Executivo envia o projeto de LOA ao Congresso Nacional até 31 de agosto de cada ano, acompanhado de mensagem em que se analisam a macroeconomia e a situação

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