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Handbook-de-Questoes-de-TI-Vol-11-Parte-2

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Questões de TI 
 comentadas para concursos
Handbook de
Além do gabarito
Processos de Negócio
Parte 2
CESPE - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos
Volume 11
Grupo Handbook
Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
Prefácio
Este é o volume 11 da série Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos – Além do
Gabarito, que traz para você uma coletânea especial de questões da área de processos, sele-
cionadas de provas organizadas pela Cespe, banca que possui vasta tradição na organização
de concursos de grande porte e de alto nível de dificuldade.
Entre as provas das quais as questões foram selecionadas, estão a prova para Analista de Sis-
tema Pleno – Processos para a Petrobras em 2006, e, também, a prova para Analista de Sistemas
Júnior – Processos de Negócio para a Petrobras aplicada em 2008.
O tema processos de negócio vem sendo cada vez mais cobrado nas provas de concursos, re-
fletindo a preocupação dos órgãos públicos em contratar profissionais capazes de implemetar
soluções de TI altamente alinhadas aos objetivos da organização.
Diante desse cenário, o Grupo Handbook de TI preparou mais este volume, com questões
da área de processos de negócio, abordando temas como Gerenciamento de Projetos, Planeja-
mento Estratégico, PMBOK, Desenvolvimento Evolucionário, Sistemas Distribuídos, Web Ser-
vices, etc. Este volume é útil para todos que desejam prestar concursos na área de processos,
em especial, aqueles organizados pela Cespe.
Bons estudos,
Grupo Handbook de TI
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
Direitos Autorais
Este material é registrado no Escritório de Direitos Autorais (EDA) da Fundação Biblioteca
Nacional. Todos os direitos autorais referentes a esta obra são reservados exclusivamente aos
seus autores.
Os autores deste material não proíbem seu compartilhamento entre amigos e colegas próxi-
mos de estudo. Contudo, a reprodução, parcial ou integral, e a disseminação deste material de
forma indiscriminada através de qualquer meio, inclusive na Internet, extrapolam os limites
da colaboração. Essa prática desincentiva o lançamento de novos produtos e enfraquece a co-
munidade concurseira Handbook de TI.
A série Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos – Além do Gabarito é uma pro-
dução independente e contamos com você para mantê-la sempre viva.
Grupo Handbook de TI
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
Canais de Comunicação
O Grupo Handbook de TI disponibiliza diversos canais de comunicação para os concurseiros
de TI.
Loja Handbook de TI
Acesse a nossa loja virtual em http://www.handbookdeti.com.br
Serviço de Atendimento
Comunique-se diretamente conosco através do e-mail faleconosco@handbookdeti.com.
br
Twitter do Handbook de TI
Acompanhe de perto promoções e lançamentos de produtos pelo nosso Twitter http://
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
1. Assuntos relacionados: Gerenciamento de Projetos, PMBOK, Ciclo de Vida de Projeto,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 47–49
De acordo com o Guia do Conjunto de Conhecimentos no Gerenciamento de Projetos (PM-
BOK), julgue os itens subsequentes.
47 Se uma indústria de automóveis criar um projeto para a elaboração de novo modelo
de veículo e esse projeto chegar ao seu final quando o novo modelo for criado, a
produção dos diversos exemplares do carro deverá ser conduzida como outro projeto,
por tratar-se de um trabalho operacional.
48 O gerente de projetos é responsável pelo controle dos recursos atribuídos ao projeto
para atender aos seus objetivos, bem como pela otimização dos recursos organiza-
cionais compartilhados entre todos os projetos.
49 O ciclo de vida de um projeto define as fases que conectam o seu início ao seu final.
O término e a aprovação de produtos caracterizam a conclusão de uma fase.
Solução:
47 ERRADO
Como o próprio nome diz, o PMBOK (Project Management Body Of Knowledge, no
português Conjunto de Conhecimento em Gerência de Projetos) é um conjunto de
normas, padrões e práticas consideradas benéficas à área de gerência de projetos. O
PMBOK surgiu de anos de observação de experiências boas e ruins vividas por profis-
sionais da área de gerência de projetos, sendo dessa forma direcionado especialmente
para esse público.
O PMBOK é mais popularmente conhecido como o Guia PMBOK. Isso porque a pub-
licação do padrão é feita na forma de um guia (A Guide To The Project Management
Body Of Knowledge – PMBOK Guide). Atualmente, esse guia está em sua 4a edição.
O primeiro conceito importante apresentado nesse guia é a definição do que vem
a ser um projeto. Segundo o PMBOK, um projeto “é um esforço temporário realizado
para se criar um produto único, serviço ou resultado”. Por produto único, entenda-se
algo com algumas características únicas, que não existiam anteriormente. Por exem-
plo, a criação e o desenvolvimento de um novo modelo de automóvel é feita por um
projeto. Já a operação de se produzir várias unidades desse automóvel não pode ser
considerada como um projeto, uma vez que nesse caso apenas se está reproduzindo
algo já existente. Além disso, a produção em escala de um automóvel não configura
um esforço temporário, mas sim uma operação contínua e repetitiva, onde todos os
processos envolvidos na fabricação são bem conhecidos e o nível de incerteza sobre
os resultados são baixos quando comparados ao da fase de projeto do automóvel.
Portanto, a questão é incorreta, uma vez que ela afirma que o trabalho operacional de
se produzir as unidades do novo automóvel deve ser feita por um projeto.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
48 ERRADO
Outro conceito fundamental abordado pelo guia PMBOK é com relação às respon-
sabilidades de um gerente de projetos. Segundo o PMBOK, o gerente de projetos
deve:
– identificar os requerimentos do projeto;
– identificar as preocupações, expectativas e necessidades dos clientes do projetos
durante a fase de planejamento;
– saber equilibrar requisitos conflitantes como, por exemplo, escopo, orçamento,
prazos e riscos.
Um gerente de projetos é responsável pela aplicação das boas práticas contidas no
PMBOK, de forma que o projeto sob sua gerência chegue ao resultados esperado da
melhor forma possível. Ainda, um gerente de projetos deve ser responsável por ape-
nas um projeto.
Quando um profissional está no controle de vários projetos, diz-se que este é um
gerente de programa de projetos. Um programa de projetos é um conjunto de pro-
jetos, que podem ou não compartilhar características em comuns. Tal profissional é
responsável por garantir que cada projeto (e seus respectivos gerentes de projetos)
obtenha os recursos necessários para sua continuidade, assim como pela otimização
dos recursos compartilhados. Logo, a afirmativa da questão é incorreta, já que ela
diz que essa tarefa é de responsabilidade do gerente de projetos e não do gerente do
programa de projetos.
49 CERTO
Apesar das características próprias de cada projeto, o PMBOK define um ciclo de vida
genérico que pode ser aplicado a qualquer tipo de projeto, independente do tamanho
e da complexidade que esse possa ter. Tal ciclo é definido de acordo com a seguinte
sequência:
– início do projeto;
– organização e preparo do projeto;
– execução do trabalho;
– fechamento do projeto.
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Handbook de Questões de TI Comentadas paraConcursos Volume 11 – Edição 1
Figura 1: ciclo de vida genérico, definido pelo PMBOK, para projetos.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
Novamente é preciso citar que esse é um ciclo de vida genérico. Cada projeto tem
suas características próprias, que influenciam diretamente no andamento do projeto.
O ciclo de vida define de maneira simples as etapas envolvidas desde o início do
projeto, onde, por exemplo, são levantados os requisitos e é proposto um documento
inicial, até o fim do projeto, onde ocorre a aceitação dos resultados e o arquivamento
de toda a documentação gerada durante a realização do projeto.
O ciclo de vida pode ser composto por uma ou mais fases. Essas são divisões re-
alizadas em pontos dentro de um projeto que geralmente necessitam de um controle
maior. O subproduto gerado em uma fase é a entrada da próxima fase, criando as-
sim uma sequência que permite obter o produto final. Assim como no ciclo de vida
total do projeto, onde a entrega e a aprovação do produto caracterizam a conclusão
do projeto, o mesmo ocorre quando se considera uma fase do projeto. Dessa forma, a
afirmativa da questão é correta.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
2. Assuntos relacionados: Gerenciamento de Projetos, PMBOK, Gerenciamento de Aquisições,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 54–56
O gerenciamento de aquisições do projeto é uma das áreas de conhecimento descritas no
PMBOK. Entre os processos dessa área, está o de seleção de fornecedores. A respeito desse
processo, julgue os itens subsequentes.
54 O processo de seleção de fornecedores recebe cotações ou propostas e aplica critérios
de avaliação para selecionar os fornecedores que sejam qualificados e aceitáveis.
55 Para minimizar os efeitos de decisões pessoais na seleção de fornecedores, utiliza-se
um sistema de ponderação. Na maioria desses sistemas, são atribuídos pesos numéri-
cos a cada um dos critérios de avaliação.
56 Sistemas de triagem envolvem a eliminação prévia de fornecedores, em virtude de
desempenho passado, avaliação de qualidade e atendimento de contratos anteriores,
bem como de lições aprendidas de outros projetos acompanhados pelo escritório de
projetos.
Solução:
54 CERTO
O PMBOK define também 9 áreas de conhecimento dentro de gerência de projetos.
São elas:
1. Gerenciamento de integração do projeto;
2. Gerenciamento do escopo do projeto;
3. Gerenciamento de tempo do projeto;
4. Gerenciamento de custos do projeto;
5. Gerenciamento de qualidade do projeto;
6. Gerenciamento de recursos humanos do projeto;
7. Gerenciamento das comunicações do projeto;
8. Gerenciamento de riscos do projeto;
9. Gerenciamento de aquisições do projeto.
Para cada uma dessas áreas, o PMBOK discute sua função, assim como os processo
envolvidos na área. Por exemplo, a nona área, que trata do gerenciamento de aquisições
do projeto tem como função gerenciar comprar, aquisições de produtos ou serviços
que sejam necessários para o andamento do projeto. Nesse sentido, é essa a área re-
sponsável por exemplo por realizar cotações de produtos, selecionar qual a melhor
opção, contratar serviços e verificar se há necessidade de alteração nos termos dos
contratos firmados. Os processos envolvidos nessa área são:
– Planejamento de Aquisições: cujo o objetivo é verificar quais produtos devem
ser comprados ou quais serviços devem ser adquiridos pela equipe do projeto;
– Planejamento de Contratações: cujo objetivo é preparar a documentação necessária
para os processos de solicitação de respostas dos fornecedores e de seleção de
fornecedores;
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
– Solicitação de Respostas dos Fornecedores: cujo o objetivo é receber as cotações
enviadas pelos fornecedores sobre produtos e serviços que foram pedidas pelo
projeto;
– Seleção de Fornecedores: cujo o objetivo é receber as propostas ou cotações e,
através da aplicação de critérios de avaliação, selecionar quais serão os fornece-
dores escolhidos;
– Administração de Contratos: cujo o objetivo é cuidar para que os contratos esta-
belecidos sejam cumpridos da forma como foi estipulado;
– Encerramento de Contratos: cujo o objetivo é dar suporte à etapa de encerra-
mento do projeto, verificando que todos os produtos ou serviços foram entregues
de forma aceitável.
Da discussão acima, pode-se concluir que a afirmativa feita é correta.
55 CERTO
Como mencionado na questão anterior, o processo de seleção de fornecedores é feito
com base na aplicação de critérios de avaliação. A definição desses critérios depende
das características de cada projeto. O PMBOK cita alguns exemplos, dentro os quais
citamos:
– quão bem o que o fornecedor oferece está de acordo com o que foi pedido?
– a seleção do fornecedor trará redução de custos ao resultado final do projeto?
– o fornecedor tem, ou terá, a capacidade e o conhecimento necessários para fornecer
aquilo que está sendo pedido?
– quais os riscos envolvidos na contratação do fornecedor?
– o fornecedor possui processos gerenciais que garantam o sucesso do projeto?
– qual a garantia provida pelo fornecedor?
– qual a experiência de mercado ou referências que o fornecedor possui?
Como já mencionado, esse são apenas alguns dos critérios que podem ser usados
para a seleção. Afim de se garantir imparcialidade no processo, cada critério recebe
um peso numérico de acordo com sua importância. Por fim, cada fornecedor recebe
uma nota em cada critério e o de melhor desempenho é escolhido. Desse forma, pode-
se concluir que a afirmativa é correta.
56 ERRADO
Um sistema de triagem consiste em estabelecer critérios mínimos de requerimentos
para um ou mais critérios de seleção e, com base nesses, eliminar fornecedores que
não atendem a tais exigências. O uso de um sistema de triagem permite reduzir o
trabalho envolvidos na decisão de quais fornecedores serão escolhidos, uma vez que
aqueles que forem eliminados de antemão nessa etapa, não terão de ser analisados
mais profundamente.
Visto isso, a questão é incorreta uma vez que ela afirma que sistemas de triagem
levam em consideração somente experiências passadas, com fornecedores já conheci-
dos e que não tenham cumprido contratos anteriores. Isso não deixa de ser um critério
de avaliação. Entretanto, em um sistema de triagem, fornecedores que nunca foram
contratados podem ser eliminados também por não cumprirem os requisitos míni-
mos.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
3. Assuntos relacionados: Sistemas Distribuídos, Common Object Request Broker Architecture
(CORBA), Java Remote Method Invocation (Java RMI), Distributed Component Object Model
(DCOM), Web Services,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 63–67
Os sistemas de computação estão passando por uma evolução. Desde 1945, quando começou
a era moderna dos computadores, até aproximadamente 1985, os computadores eram
grandes e caros. Contudo, mais ou menos a partir de meados da década de 80, dois
avanços tecnológicos começaram a mudar essa situação. O primeiro foi o desenvolvi-
mento de microprocessadores de grande capacidade. O segundo desenvolvimento foi a
invenção de redes de computadores de alta velocidade. Nesse cenário, surgem os sistemas
distribuídos, os quais são plataformas formadas por um conjunto de computadores in-
dependentes que se apresenta a seus usuários como um sistema único e coerente. Com
relaçãoàs arquiteturas distribuídas, julgue os itens a seguir.
63 Na arquitetura cliente-servidor, todos os processos envolvidos em uma tarefa ou ativi-
dade desempenham funções semelhantes, interagindo cooperativamente, sem dis-
tinção entre os processos nem entre os computadores em que são executados.
64 Em uma arquitetura distribuída, middleware é definido como uma camada de soft-
ware cujo objetivo é mascarar a heterogeneidade e fornecer um modelo de progra-
mação conveniente para os programadores de aplicativos. Como exemplos de mid-
dlewares é correto citar: Sun RPC, CORBA, RMI Java e DCOM da Microsoft.
65 Multicomputadores são populares e atrativos porque oferecem um modelo de comu-
nicação simples; todas as CPUs compartilham uma memória comum. Os processos
escrevem dados na memória, os quais podem ser lidos por outros processos depois.
66 Em sistemas distribuídos, a arquitetura cliente-servidor é implementada com uma
variação na execução dos processos servidores, por meio de código móvel. Nesse
caso, o código móvel é um programa em execução (incluindo código e dados) que
decide passar de um computador para outro em um ambiente de rede, realizando
uma tarefa em nome de alguém e finalmente retornando com os resultados obtidos a
esse alguém para a máquina origem.
67 Em uma arquitetura cliente-servidor, os pedidos são enviados em mensagens dos
clientes para o servidor, e as respostas são enviadas do servidor para o cliente. Assim,
uma interação completa entre um cliente e um servidor, desde o momento em que
o cliente envia seu pedido até o momento em que recebe a resposta do servidor, é
chamada de requisição remota.
Solução:
Um sistema distribuído é aquele em que componentes localizados em uma rede de com-
putadores se comunicam e coordenam suas ações através da passagem de mensagens (ou
troca de mensagens). Três características destacam-se nesses sistemas: concorrência entre
os componentes, falta de sincronismo (relógio) global e falhas independentes dos compo-
nentes.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
O compartilhamento de recursos é a principal motivação para a construção de sistemas
distribuídos. Tais recursos podem ser gerenciados por servidores e acessados por cliente
ou podem ser encapsulados como objetos e acessados por outros objetos clientes, por ex-
emplo.
Os desafios na construção de sistemas distribuídos envolvem heterogeneidade de seus
componentes (diversas arquiteturas e sistemas operacionais coexistindo), segurança, es-
calabilidade (resposta satisfatória à medida que o sistema cresce), gerenciamento de falhas
(manutenção do serviço na presença de falhas), concorrência (compartilhamento simultâ-
neo de recursos) e transparência.
A heterogeneidade, em particular, considera diferentes arquiteturas de rede, múltiplos
hardwares de computadores, sistemas operacionais diversos, várias linguagens de progra-
mação existentes, dentre outros aspectos. Além disso, programas escritos por diferentes
desenvolvedores podem não se comunicar adequadamente se não utilizarem padrões co-
muns.
O termo middleware descreve uma camada de software que proporciona abstração de
programação em sistemas distribuídos, mascarando a heterogeneidade de seus diversos
componentes. Adicionalmente, provêem um modelo computacional uniforme a ser uti-
lizado pelos programadores de aplicações servidoras e distribuídas.
A arquitetura de um sistema é a sua estrutura em termos de componentes especificados
separadamente. A divisão de responsabilidade entre os componentes (aplicações, servi-
dores e outros processos), paralelamente à “alocação” dos componentes nos computadores
da rede, é, talvez, o aspecto mais evidente no projeto de sistemas distribuídos. Os princi-
pais tipos de modelos de arquitetura utilizados são:
• Modelo Cliente-Servidor. Os processos clientes interagem com processos servidores
individuais (localizados em computadores distintos) com o objeto de acessar recursos
compartilhados. Eventualmente, servidores podem ser clientes de outros servidores.
Por exemplo, servidores Web são clientes de servidores DNS, que traduzem nomes
de domínios Internet para endereços de rede;
• Serviços providos por múltiplos servidores. Serviços podem ser implementados
como múltiplos processos servidores em computadores distintos interagindo quando
necessário para prover um serviço a um processo cliente. Os servidores podem par-
ticionar o conjunto de objetos no qual o serviço é baseado e distribuí-los entre si, ou,
alternativamente, podem manter réplicas desses objetos em diversos servidores. A
Web é um exemplo desta arquitetura, na medida em que cada servidor gerência sua
porção das páginas existentes. A replicação é utilizada para incrementar o desem-
penho e a disponibilidade e melhorar a tolerância a falhas;
• Servidores proxy e caches. Um cache é um “armazém” de cópias de objetos de dados
utilizados recentemente que se localiza mais próximo dos clientes do que os próprios
dados. Caches são utilizados intensamente na prática: navegadores Web mantêm um
cache de páginas visitadas recentemente, por exemplo;
• Processos pares (peers processes). Nesta arquitetura, todos os processos desem-
penham papéis similares, interagindo cooperativamente como pares para executar
uma tarefa ou computação distribuída, não havendo distinção entre clientes e servi-
dores. Existem variações do modelo cliente-servidor que consideram “código móvel”
e “agente móvel” em suas implementações.
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O termo “código móvel” refere-se a um código que pode ser enviado de um computador
a outro e, em seguida, ser executado neste computador-destino. Os applets Java são os
exemplos mais comuns. Uma vantagem em se executar localmente códigos baixados de
outros computadores é o fato de que esta estratégia proporciona uma boa resposta inter-
ativa, já que não sofre os atrasos e variações característicos de comunicações através das
redes de computadores com baixa largura de banda.
Um “agente móvel” é um programa em execução (código e dados) que se transfere de
um computador a outro em uma rede, transportando um tarefa (coleta de informações,
por exemplo) e, eventualmente, retornando resultados para a origem. Comparando esta
arquitetura com a de “clientes estáticos” tradicional, observa-se uma redução no custo e
no tempo de comunicação ao substituir as invocações remotas de procedimentos (Remote
Procedure Calls – RPC) pelas execuções locais.
63 ERRADO
Este item está incorreto, pois atribui características da arquitetura de processos pares
à arquitetura cliente-servidor. A “ideia geral” explanada está de acordo com a teoria
relativa ao modelo de pares, apesar de o gabarito oficial da banca examinadora in-
dicar a anulação da questão. Possivelmente, tal fato tenha se dado pelo uso do termo
“função” durante a assertiva, posto que há um entendimento geral da palavra como
“atividade” e outro específico (considerando o contexto de programação) como “pro-
cedimento”. Em termos de atividades, os pares realizam funções semelhantes tanto
de servidores quanto de clientes. Contudo, em termos de procedimentos, as aborda-
gens são diferentes para ambos os papeis.
64 CERTO
Este item está correto na definição e na contextualização do termo middleware. Pode-
se acrescentar à lista de exemplos a tecnologia SOAP, middleware direcionado a apli-
cações envolvendo Web Services.
65 ERRADO
Este item está incorreto, pois descreve multiprocessadores sob o termo multicom-
putadores. Os multicomputadores, comumente utilizados para acomodar sistemas
distribuídos para execução de uma tarefa específica e paralelizável (clusters de com-
putadores, por exemplo), são constituídos por computadores individuais conecta-
dos em uma rede de altavelocidade. Assim, cada computador possui sua própria
memória e as tarefas distribuídas precisam ser sincronizadas por meio de mecanis-
mos eficientes de controle dados.
66 ERRADO
Este item está incorreto, haja vista descrever as características de um agente móvel
e atribuí-las à arquitetura cliente-servidor de código móvel, conforme a teoria ex-
planada anteriormente esclarece.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
67 CERTO
Este item está correto, apresentando adequadamente a definição da arquitetura cliente-
servidor e seus conceitos básicos.
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4. Assuntos relacionados: Banco de Dados, SGBD, Modelo Relacional, Modelo Entidade-Relacionamento,
Isolamento entre Transações, Seriabilidade entre Transações, Durabilidade em Transação, Atomici-
dade em Transação, Primeira Forma Normal (1FN), Segunda Forma Normal (2FN), Terceira Forma
Normal (3FN),
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 75–79
Julgue os itens de 75 a 79, acerca de sistemas de bancos de dados.
75 Uma característica de sistemas de bancos de dados é o suporte a transações, as quais
têm as propriedades de atomicidade, durabilidade, isolamento e seriabilidade. A
seriabilidade, entretanto, não é relevante em sistema em que não haja concorrência
no acesso aos dados.
76 No modelo relacional, os termos relação, tupla, cardinalidade, atributo, grau, domínio
e chave primária estão relacionados com a estrutura dos dados. Nesse sentido, é
correto afirmar que a quantidade de atributos de uma relação determina o seu grau e
que o número de tuplas determina sua cardinalidade.
77 No modelo entidade-relacionamento, as entidades têm propriedades que tiram seus
valores de um conjunto de valores correspondente e são representadas por meio de
atributos. Uma das propriedades desses atributos é a impossibilidade de multivalo-
ração.
78 Para que uma relação esteja na segunda forma normal, é suficiente observar que todos
os seus atributos sejam funcionalmente dependentes da chave primária.
79 Para garantir a atomicidade de uma transação, um sistema gerenciador de banco de
dados pode fazer uso de bloqueios, que, por sua vez, podem introduzir um problema
conhecido como deadlock.
Solução:
Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é uma coleção de dados (arquivos)
inter-relacionados e de um conjunto de programas para acessar tais dados. A coleção de
dados, geralmente chamada de banco de dados (ou base de dados), pode conter as infor-
mações relevantes de uma empresa, por exemplo.
A principal motivação para o uso de um SGBD é a possibilidade de proporcionar uma
forma eficiente e conveniente de armazenar e recuperar informações. O gerenciamento
de dados envolve tanto a definição de estruturas para armazenamento de informação (o
modelo físico) quanto a disponibilização de mecanismos para manipular tais informações.
Adicionalmente, o SGBD deve garantir a segurança da informação armazenada, mesmo
na presença de falhas ou tentativas não autorizadas de acesso.
Sobre o modelo físico, apóia-se o modelo de dados, que pode ser entendido como uma
coleção de ferramentas conceituais para descrever dados, relações entre os dados, a semân-
tica dos dados e as restrições de integridade. Dois modelos muito utilizados são o “modelo
entidade-relacionamento” e o “modelo relacional”.
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Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1
O modelo de dados “entidade-relacionamento” (modelo E-R) é baseado na percepção e
abstração do mundo real, que é composto por uma coleção de objetos (as entidades) e pe-
los relacionamentos entre tais objetos. As entidades são descritas por atributos, que podem
ser simples, compostos ou multivalorados.
O modelo relacional utiliza um conjunto de tabelas para representar tanto os dados quanto
os relacionamentos (ou relações) entre os dados. Cada entidade (ou objeto) é descrita por
atributos restritos a seus respectivos tipos de dados (os domínios associados). Cada in-
stância de entidade (os dados armazenados em si) é chamada de tupla (ou tuplo). A quan-
tidade de atributos de uma tabela (ou relação) indica o grau da relação, ao passo que o
número de tuplas indica sua cardinalidade.
Toda tabela deve possuir um atributo, ou conjunto de atributos, que funcione como um
identificador único, promovido a chave-primária, e que identifique de forma unívoca cada
tupla da relação. Este conceito é essencial para a obtenção de formas normais.
A normalização é uma técnica utilizada para produzir um conjunto de relações que possui
certo conjunto de propriedades que minimizam dados redundantes e preservam a integri-
dade do conteúdo armazenado à medida que ele recebe manutenção (inclusão, atualização
e exclusão). Há três formas normais básicas.
Para que uma relação esteja na 1a Forma Normal, é necessário que:
• cada atributo de uma tupla contenha apenas um valor;
• cada tupla seja composta da mesma quantidade de atributos; e
• cada tupla seja diferente das demais.
A chave-primária consegue garantir a terceira exigência, pois é um identificador único de
cada tupla.
Para que uma relação esteja na 2a Forma Normal, é necessário cumprir os requisitos para
a 1a Formal Normal e, adicionalmente, garantir que todos os atributos sejam funcional-
mente dependentes da chave-primária, isto é, que não exista valores distintos de atributos
associados ao mesmo valor de chave-primária em um dado momento.
Para adequar-se às regras da 3a Forma Normal, uma relação precisa cumprir os requisi-
tos da 2a Forma Normal e garantir que os atributos não-chaves sejam independentes uns
dos outros e dependentes do identificador único.
Em um SGBD típico, muitas transações ocorrem simultaneamente e é necessário haver
um controle eficiente para a manutenção da integridade dos dados. Uma transação é uma
coleção de operações que formam uma unidade lógica de trabalho. Para manter a integri-
dade dos dados durante a execução de transações, um SGBD precisa manter as seguintes
propriedades (conhecidas pelo acrônimo ACID):
• Atomicidade. Uma transação deve ocorrer por completo ou não deve ocorrer, isto é,
execuções parciais são inadmissíveis;
• Consistência. As transações não devem quebrar as regras de integridade do banco
de dados;
• Isolamento. O resultado da execução de transações concorrentes deve ser o mesmo
que se obteria caso as execuções fossem isoladas;
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• Durabilidade. Mesmo na presença de falhas, as transações completamente execu-
tadas devem persistir na base de dados.
Uma outra característica das transações em um SGBD é a seriabilidade, que auxilia a
manutenção da consistência em bancos de dados na presença de concorrência. O escalona-
mento das transações (processo de agendamento das operações que compõem uma transação)
determina a ordem de execução das mesmas. Para garantir a seriabilidade, o SGBD deve
efetuar escalonamentos cujos resultados sejam equivalentes a execuções seriais das transações
envolvidas.
Uma técnica para garantir a seriabilidade de transações é requisitar que os itens de dados
sejam acessados de uma maneira mutualmente exclusiva, ou seja, enquanto uma transação
estiver acessando um conjunto de dados, nenhuma outra transação pode modificá-lo. Um
método comumente utilizado para efetuar esta implementação é através de um bloqueio
dos dados.
Contudo, o uso de bloqueios pode gerar uma situação indesejada, conhecida por dead-
lock. Um sistema é dito em estado de deadlock quando existe um conjuntode transações
no qual cada transação está esperando por alguma outra no mesmo conjunto. Nesta situ-
ação, nenhuma transação consegue progredir.
75 CERTO
Este item está correto ao listar algumas propriedades das transações, bem como ao
descrição de uma delas. A questão pode confundir o candidato por não apresentar as
clássicas características ACID (a seriabilidade aparece no lugar da consistência). En-
tretanto, as características não são apresentadas como necessárias para a manutenção
da integridade dos dados, o que não invalida a assertiva.
76 CERTO
Este item é apontado como correto no gabarito oficial. Entretanto, existiria a pos-
sibilidade de interposição de recurso ao candidato que indicasse a sentença como
falsa, pois as tuplas (e, consequentemente a cardinalidade) não fazem parte da estru-
tura dos dados, e sim, compõem os próprios dados. A sutileza do raciocínio não foi
levada em consideração pela banca examinadora, que optou por considerar todos os
elementos citados como componentes da estrutura dos dados em um modelo rela-
cional. As definições de grau e cardinalidade estão corretas.
77 ERRADO
Este item também está incorreto ao afirmar que os atributos não podem ser multi-
valorados, fato aceito pelo modelo entidade-relacionamento.
78 ERRADO
Este item está incorreto, pois, para estar na 2a Forma Normal, além da citada de-
pendência funcional, uma relação também deve cumprir os requisitos da 1a Forma
Normal.
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79 CERTO
Apesar do gabarito oficial apontar o item 79 como correto, uma análise mais detal-
hada revela uma informação incorreta na assertiva. A garantia da atomicidade está
relacionada ao gerenciamento de recuperação de falhas do SGBD, isto é, na presença
de falhas, o SGBD deve garantir que uma transação será executada completamente ou
não será executada. Não há o emprego de bloqueios para tal intento. Já o isolamento
e a seriabilidade podem ser beneficiados pelo uso de bloqueios.
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5. Assuntos relacionados: Engenharia de Software, Desenvolvimento em Cascata, Desenvolvi-
mento Evolucionário,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 84–86
O ciclo de vida de um software descreve sua existência desde sua concepção até sua de-
sativação. A respeito da produção e dos processos de desenvolvimento de software, julgue
os itens que se seguem.
84 A construção de um produto de software pressupõe o compromisso com um con-
junto de requisitos antes do início do desenvolvimento de tal produto, seguido de
um processo que é finalizado com a implantação do referido produto.
85 Em um processo de desenvolvimento em cascata, os testes de software são realizados
todos em um mesmo estágio, que acontece após a finalização da fase de implemen-
tação.
86 Em uma empresa que tenha adotado um processo de desenvolvimento de software
em cascata, falhas no levantamento de requisitos têm maior possibilidade de gerar
grandes prejuízos do que naquelas que tenham adotado desenvolvimento evolucionário.
Solução:
84 ERRADO
O processo de desenvolvimento de software consiste em uma série de atividades,
que tem como objetivo a produção de um software. Não há um consenso sobre a
quantidade e a função de cada atividade (etapa) do processo, no entanto, pode-se
selecionar as atividades fundamentais, ou seja, que são descritas pela maioria dos
autores. Dentre essas, pode-se destacar:
– Análise de Requisitos;
– Especificação;
– Projeto do Sistema (Arquitetura);
– Implementação;
– Testes;
– Documentação;
– Manutenção.
A análise de requisitos é uma das etapas mais importantes, visto que, é nela que são
definidas as necessidades que o software deve atender, ou seja, a função do software.
No entanto, não é uma etapa simples, haja visto que muitas vezes o cliente não sabe
corretamente o que quer, dessa forma, o profissional que analisará isso deverá ser ca-
paz de extrair os requisitos removendo as ambiguidades e contradições.
A especificação é a etapa em que o engenheiro de software descreve de forma rig-
orosa o que de fato o software fará. Nessa etapa é realizada a especificação funcional
formal do sistema.
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O projeto do sistema é a etapa de descrição abstrata do software. Nela é definida
a arquitetura do sistema, módulos, interfaces e outras informações.
A implementação é a parte de codificação, é a tradução do que está definido na ar-
quitetura.
Os testes são as verificações que o software é submetido a fim de validar os requi-
sitos técnicos, não funcionais (p.e. Estabilidade) e funcionais (p.e. Requisitos).
A documentação é uma etapa que, normalmente, ocorre em paralelo às outras, ini-
ciando juntamente com a análise de requisitos e finalizando com a desativação do
sistema.
Por fim, a manutenção é a etapa realizada após a implementação e visa corrigir falhas
do sistema, nesse ponto, o software fica em um ciclo que abrange as etapas anteriores.
Dessa forma, a primeira parte da afirmação é correta, ou seja, são assumidos req-
uisitos antes do desenvolvimento (a semântica da palavra indica a fase de imple-
mentação), no entanto, a finalização do produto não se dá na implantação, ou seja, o
processo ainda fica na etapa de manutenção até a descontinuação do mesmo. Assim,
a afirmação é falsa.
85 ERRADO
O modelo de desenvolvimento em cascata segue a ordem sequencial de atividades
apresentada na questão 84. A Figura 2 abaixo apresenta a sequencia de atividades.
Observe que uma etapa move-se para a próxima fase somente quando a fase anterior
está completa.
Figura 2: diagrama de blocos do modelo de desenvolvimento em cascata.
Figura 3: diagrama de blocos do estágio de manutenção.
Aparentemente os testes do modelo em cascata são realizados apenas na etapa de
testes, no entanto, após a implantação do sistema, o mesmo passa para o estágio de
manutenção, no qual também são realizados testes. Dessa forma, a afirmação é falsa
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pelo fato de não considerar a manutenção do software como parte do processo.
86 CERTO
Conforme descrito na questão 85, se houver uma falha na análise de requisitos, fatal-
mente isso incorrerá em grandes prejuízos, visto que a falha impactará alterações em
todas as etapas seguintes. Um exemplo é a construção de um prédio de 10 andares,
imagine que por uma falha na análise de requisitos não foram construídos banheiros,
e apenas quando a fase de implementação estava no desenvolvimento do 3o andar
isso foi percebido.
Nesse caso, o impacto é enorme, visto que será necessário refazer todo o projeto de
arquitetura (ou tentar adaptá-lo) e ainda será necessário modificar os 3 andares já con-
struídos. Da mesma forma, no desenvolvimento do software, quanto mais avançado
nas etapas, maior o prejuízo.
No entanto, um modelo evolucionário, ou seja, que aumenta o sistema incremental-
mente, o sistema passa várias vezes pelas etapas (vide Figura 4). Assim, a cada ver-
são, o software incorpora mais funcionalidades, e, se houver uma falha na análise de
requisitos, os problemas são solucionados em uma próxima versão (iteração), dessa
maneira, apenas uma versão (ou iteração) é perdida.
Figura 4: diagrama de blocos do modelo de desenvolvimento evolucionário.
Usando o exemplo da construção do prédio, se ao fazer o 1o andar fossem realizados
os testes, o prejuízo seria muito menor.
Por fim, a questão está correta.
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6. Assuntos relacionados: Engenharia de Software, Engenharia de Requisitos, Requisito Funcional,
Requisito Não-Funcional, Prototipação,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 87 e 89
Na engenharia de software, a engenharia de requisitos é o processo de descobrir, analisar,
documentar e verificar os serviços prestados por um sistema e suas restrições operacionais.
A respeito dos conceitos de requisitos, julgue os seguintes itens.
87 O documento de requisitos de software, que é uma declaração oficial do que deve ser
implementado, deve incluir os requisitos não funcionais do sistema. Esses requisitos
não funcionais podem refletir necessidades legais e até princípios éticos.
89 A utilização da técnica de prototipação no processo de requisitos consiste da criação
de um modelo do sistema a ser apresentado para usuários finais e clientes com a
finalidade de validação dos requisitos.
Solução:
87 CERTO
Os requisitos de um sistema podem ser, simplificadamente, divididos em dois gru-
pos:
– Requisitos funcionais: descrevem as ações um sistema. Deve ser capaz de exe-
cutar, sem levar em consideração restrições físicas. Esses especificam, portanto,
as transformações dos dados (p.e. comportamento de entrada e saída) de um
sistema;
– Requisitos não funcionais: estão quase sempre associados a um requisito fun-
cional. Descrevem como uma transformação se dará. Exemplos típicos desses são
usabilidade, performance, estética, consistência na interface do usuário, confiabil-
idade, acessibilidade, adaptação a outras culturas, impedir corrupção de dados.
Por fim, a afirmação é verdadeira, visto que, os requisitos não funcionais são funda-
mentais para definição do software e esbarram em questões éticas e legais.
89 CERTO
A técnica de prototipagem é uma excelente forma de apresentar aos clientes os requi-
sitos capturados na análise de requisitos. Ele consiste em um sistema básico capaz de
demonstrar o que o sistema fará. Esse modelo pode não executar a tarefa de fato, ou
seja, apenas emular o que seria o resultado. Dessa forma, o cliente é capaz de analisar
se o que ele quer foi compreendido antes do prosseguimento do projeto.
As metodologias evolutivas são também chamadas de modelo de prototipagem, visto
que, a cada iteração um subproduto é apresentado e validado.
Assim, a afirmação é correta.
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7. Assuntos relacionados: Planejamento Estratégico, Matriz SWOT,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 101–104
Julgue os itens a seguir, referentes ao planejamento estratégico.
101 Na matriz SWOT, as ameaças são características que impedem que a empresa ou
unidade de negócio tenha um bom desempenho e, portanto, precisam ser tratadas/
minimizadas.
102 Estratégia é a ação ou o caminho mais adequado a ser executado para se alcançar um
objetivo.
103 O planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação
metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização,
visando aperfeiçoar a interação entre a empresa e o ambiente.
104 A missão corresponde aos limites que os principais responsáveis pela organização
conseguem vislumbrar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem
mais ampla.
Solução:
101 ERRADO
A análise de SWOT é um método utilizado no planejamento estratégico que iden-
tifica as Forças (Strentgh), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Oportunities) e
Ameaças (Threats) da empresa. Tem como objetivo sintetizar a análise interna e ex-
terna, identificar pontos chaves para gestão e preparar opções estratégicas para al-
cançar um objetivo.
Forças e fraquezas são fatores internos, como por exemplo ativos, habilidades e re-
cursos que a empresa tem a sua disposição comparativamente com seus concorrentes.
Já as oportunidades e ameaças são fatores externos que não estão sob o controle da
entidade e são provenientes de fatores de mercado ou demográficos, tecnológicos, so-
ciais, etc.
A análise normalmente é realizada utilizando-se uma MATRIZ de SWOT, que facilita
a visão sistêmica e a visualização das relações entre os fatores. Segue um exemplo de
uma Matriz de SWOT.
Com a combinação dos ambientes externo e interno e de seus componentes aprimora-
se a análise e tomada de decisões estratégicas da organização. Assim, utiliza-se a Ma-
triz SWOT para auxílio das decisões com o intuito de maximizar as oportunidades do
ambiente externo em torno dos pontos fortes e minimizar ou acabar com os pontos
fracos para reduzir os efeitos das ameaças.
Dessa forma, ameaças não são características (fraquezas seriam características) e sim,
fatores externos que podem atrapalhar o alcance dos objetivos.
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Figura 5: exemplo de Matriz de SWOT.
102 CERTO
Estratégia é uma palavra de origem militar que se refere a um plano de ação para
atingir um determinado objetivo. Apesar da origem militar ela é muito usada na área
de negócios. No plano dos negócios, pode-se definir como o conjunto de planos que
a cúpula da corporação adota para alcançar resultados condizentes com os objetivos
e com a missão da mesma.
Segundo Chandler, primeiro pesquisador da estratégia empresarial, estratégia é: “a
determinação das metas e objetivos básicos e de longo prazo de uma empresa; e a
adoção de ações e alocação de recursos necessários para atingir esse objetivo.”
103 CERTO
Planejamento estratégico é um processo de uma organização que define suas dire-
trizes, decidindo sobre as alocações de recursos para alcançar a relação pretendida
com seu ambiente. Compreende a tomada de decisões sobre o curso de ação que a
organização deve seguir: produtos e serviços que pretende oferecer e clientes que
pretende atingir. Nesse processo esclarece-se os caminhos que serão seguidos pela
empresa e quais objetivos devem ser alcançados.
Normalmente o planejamento estratégico passa pelas seguintes etapas:
1. análise da situação estratégica da organização (Onde estamos? Como chegamos
aqui?). As perspectivas dessa análise são a situação estratégica (o que o passado
afeta o presente) e o plano estratégico (as decisões do presente que afetarão o
futuro). Os componentes avaliados são o escopo ou modelo de negócio, produtos
e mercados, vantagens competitivas, desempenho e uso de recursos;
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2. análise do ambiente ou análise externa. ( Quais são as ameaças e oportunidades
do ambiente presente e futuro?). Faz parte do SWOT. Os componentes analisados
são: ramo de negócios, ações do governo, tecnologia, conjuntura econômica e
sociedade;
3. análise interna (Quais os pontos fortes e fracos?). É a outra ponta do SWOT.
Normalmente realizado por análises de áreas funcionais e benchmarking;
4. definição do plano estratégico: objetivos e estratégias. (Para onde devemos ir? O
que devemos fazer para chegar lá?). Os componentes do plano são negócio ou
missão, objetivos, vantagens competitivas e alocação de recursos.
104 ERRADO
Missão é o propósito, o que dá significado e direciona a existência de uma empresa.
Está ligada a seus objetivos institucionais e aos motivos pelos quais foi criada, repre-
sentando a razão de ser da organização.
A missão deve responder o que a organização faz e para quem faz. Deve ser um
enunciado contendo o propósito e as responsabilidades perante seus clientes.Nor-
malmente responde as seguintes perguntas:
O que, para quem, para quê, como, onde e com qual responsabilidade social deve
fazer?
O que a organização pretende atingir (os limites) ou se tornar em um determinado
período de tempo é a Visão. É aquilo que se espera alcançar em um determinado
tempo e espaço. A missão é algo perene e que se mantém, a visão é algo mutável e
concreto que visa-se ser alcançado.
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8. Assuntos relacionados: Planejamento Estratégico, BSC,
Banca: Cespe
Instituição: INMETRO
Cargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia da
Informação
Ano: 2009
Questão: 105–110
Com relação ao BSC (balanced scorecard), julgue os próximos itens.
105 O BSC mede o desempenho organizacional sob quatro perspectivas equilibradas: fi-
nanceira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento.
106 Os objetivos e medidas do BSC derivam das atividades operacionais da empresa.
107 Exemplos de medidas genéricas referentes à perspectiva financeira do BSC são a qual-
idade e o tempo de resposta.
108 O modelo de BSC a ser utilizado por uma organização em nenhuma hipótese deve
agregar mais do que as quatro principais perspectivas propostas por esse modelo.
109 De acordo com o modelo do BSC, as medidas financeiras e não-financeiras devem
fazer parte do sistema de informações para funcionários de todos os níveis da orga-
nização.
110 Uma das finalidades do BSC é comunicar e obter o comprometimento de executivos
com a estratégia de uma empresa.
Solução:
Como as 6 questões seguintes são todas referentes ao mesmo assunto, abordaremos a teo-
ria antes e em cada questão comentaremos apenas o porquê de estarem certas ou erradas.
O Balanced Scorecard foi desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton, professores
da Havard Busines Scholl, e é um sistema de gestão estratégica, uma metodologia que re-
aliza medição e gestão de desempenho.
Quando concebido em 1992, era um modelo de avaliação de desempenho empresarial,
mas com a experiência de aplicações em diversas empresas foi revisado e tornou-se um
sistema de gestão estratégica.
Empresas inovadoras estão utilizando o scorecard para administrar estratégias a longo
prazo e viabilizar processos gerenciais críticos: esclarecer e traduzir a visão e a estratégia;
comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas; planejar e estabelecer metas e alin-
har iniciativas estratégicas; melhorar o feedback e o aprendizado estratégico.
O BSC tem como objetivo medir a estratégia da empresa, dessa forma ele começa com
a visão ou com a estratégia da organização. Para tal, olha-se a estratégia, normalmente,
a partir de 4 referenciais: Financeiro, clientes, processos internos e aprendizado e cresci-
mento.
Ele tem início com a administração da organização traduzindo a estratégia de sua unidade
em objetivos e metas estratégicas. O financeiro, ao estabelecer tais metas deve priorizar
a receita e o crescimento de mercado, a lucratividade ou a geração de fluxo de caixa. No
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caso da perspectiva do cliente deve-se deixar claro qual o segmento de clientes e mercados
deseja atingir.
Após o financeiro e de clientes deve-se definir medidas e objetivos para seus processos
internos. Essa é a área mais inovadora do BSC, onde destaca os processos mais críticos
para desempenho para clientes e acionistas. As metas de aprendizado e crescimento ex-
põem os motivos para investimentos tecnológicos, reciclagem de pessoal, na melhoria dos
procedimentos organizacionais e nos sistemas de informação.
A Figura 6 ilustra as quatro perspectivas e como elas se relacionam:
Figura 6: ilustração das quatro perspectivas do BSC.
105 CERTO
Como explicado na teoria acima, essas são as 4 perspectivas básicas.
106 ERRADO
Os objetivos e medidas derivam do planejamento estratégico e da visão. As ativi-
dades operacionais serão guiadas para atingir as metas estabelecidas.
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107 ERRADO
Esses são exemplos de medidas genéricas da perspectiva de processos internos. Para
cada perspectiva temos exemplos abaixo de medidas genéricas:
1. Financeira - Retorno sobre o investimento e o valor econômico agregado;
2. Cliente - Satisfação, retenção, participação de mercado e participação de conta;
3. Processos Internos - Qualidade, tempo de resposta, custo e lançamento de novos
produtos;
4. Aprendizado e conhecimento - Satisfação dos funcionários e disponibilidade dos
sistemas de informação.
108 ERRADO
As quatro perspectivas do Balanced Scorecard se revelaram adequadas em diversas
empresas e setores de mercado, mas não são um modelo ou uma camisa-de-força.
Não há nenhuma regra ou teorema matemático que diga que as 4 perspectivas são
necessárias e suficientes.
Há exemplos de que, se altamente necessário, é possível incluir, por exemplo, uma
perspectiva ambiental e comunitária. O que deve ficar claro é que os interesses de-
vem ser vitais para o sucesso da estratégia da unidade de negócios. Além disso, todas
as medidas que aparecem no BSC devem estar totalmente integradas à cadeia de re-
lações causais que definem e retratam a história da estratégia da unidade de negócios.
109 CERTO
A estrutura do BSC (formadas pelas 4 perspectivas discutidas acima) deixa claro que
as medidas financeiras e não financeiras devem fazer parte do sistema de informações
para funcionários de todo os níveis da organização.
Segundo Kaplan e Norton, os funcionários da linha de frente devem compreender
as consequências de suas decisões e ações; os altos executivos precisam reconhecer os
vetores de sucesso a longo prazo.
110 CERTO
O BSC deve ser entendido por todos os membros da organização. Nesse intuito a
comunicação do BSC deve aumentar a compreensão de todos na organização a re-
speito da estratégia e a motivação para agir em prol de atingir os objetivos. Parte-se
do princípio de que quando os funcionários entendem as medidas de alto nível e
os objetivos, é possível para eles criar metas locais que apóiem a estratégia global e
assim, comunicar e obter comprometimento de executivos e diretores em relação à
estratégia estabelecida.
Por outro lado, segundo Kaplan e Norton, o BSC pode e deve SER o mecanismo pelo
qual os altos executivos apresentam suas estratégias corporativas e setoriais ao con-
selho de administração. Essa forma de comunicação não se limita a informar ao con-
selho em termos específicos sobre a existência de estratégias de longo prazo voltadas
para o sucesso competitivo. Ela também serve de base para o feedback e a respons-
abilização diante do conselho. Ou seja, gera comprometimento do corpo executivo,
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além de ser a ferramenta de comunicação.
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9. Assuntos relacionados: Banco de Dados, Normalização de Banco de Dados, Primeira Forma
Normal (1FN), Segunda Forma Normal (2FN), Terceira Forma Normal (3FN),
Banca: Cespe
Instituição: IPEA
Cargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de Negócios
Ano: 2008
Questão: 74, 75, 77, 78 e 79
Com relação ao banco de dados, que é uma coleção de dados relacionados, e que os da-
dos são fatos que podem ser gravados e que possuem um significado implícito, julgue os
próximos itens.
74 Metadados descreve a estrutura do banco de dados primário. Em alguns tipos de
sistemas de bancos de dados os usuários podem estabelecer operações sobre os dadoscomo parte de sua definição. Este é o caso dos SGBD orientados a objeto e o objeto-
relacional.
75 Um SGBD distribuído pode ter o banco de dados e o software distribuídos em vários
sítios conectados pela rede, exceto quando for capaz de suportar múltiplos usuários.
77 O processo de normalização envolve a análise das dependências entre os atributos de
um banco de dados, em conformidade aos critérios de cada forma normal. A primeira
forma normal é com base no conceito de dependência transitiva.
78 Cada entidade possui atributos que, entre outras classificações, podem ser simples ou
compostos. Os atributos compostos podem ser divididos em subpartes menores, que
representam a maioria dos atributos básicos com significados independentes.
79 Uma linha é chamada tupla, enquanto um cabeçalho de coluna é conhecido como
relação, e a tabela é chamada atributo. O tipo de dado que descreve os tipos de val-
ores que podem aparecer em cada coluna é representado pelo domínio de valores
possíveis.
Solução:
74 CERTO
Seguindo a etimologia da palavra Metadado, podemos concluir que Metadado sig-
nifica dados sobre outros dados. Nesse contexto, um banco de dados pode atribuir
dados sobre, p.e., uma coluna. Esses dados são os metadados da coluna.
Um exemplo clássico de metadado presente em quase todos os bancos de dados é
o tipo da coluna (dado primário do banco). Alguns bancos possuem colunas do tipo
Data, Hora, Dinheiro e outros.
Além disso, bancos de dados orientados a objetos e objeto-relacionais (Oracle, SQLServer,
...) permitem que sejam criadas funções e ações sobre dados (p.e. limitar idade, ver-
ificar CPF), assim criando mais informações (dados) sobre os dados armazenados no
mesmo.
Sendo assim, a questão está correta.
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75 ERRADO
A questão é incorreta, visto que, um banco de dados tradicional é um sistema mul-
tiusuário, dessa forma, um banco de dados distribuído (ou seja, espalhado pela rede
LAN e WAN) deve suportar múltiplos usuários.
A grande dificuldade de funcionamento de um banco distribuído é manter a con-
sistência das bases tendo muitos acessos simultâneos. No entanto, esses bancos pos-
suem grande capacidade de armazenamento e performance de acesso, o que justifica
o propósito dos mesmos.
77 ERRADO
Os bancos de dados utilizam a normalização de dados para aumentar o desempenho
em consultas e evitar redundâncias.
O processo de normalização visa eliminar os dados redundantes e garantir que as
dependências entre entidades tenham coerência (armazenando apenas dados logica-
mente relacionados em uma tabela).
Os bancos de dados dividem a normalização em 5 estágios. Um banco de dados
encontra-se em dos estágios (ou forma normal) quando suas tabelas atendem alguns
requisitos. Esses requisitos são cumulativos, ou seja, para um banco de dados estar
na 3o forma normal, ele deve atender os requisitos da 2o e 1o formas e os da 3o forma
normal.
Um atributo B possui uma dependência funcional do atributo A se, para cada valor
do atributo A, existe exatamente um único valor do atributo B. A dependência fun-
cional é representada por A→ B.
Exemplo: considerando os atributos CPF e Nome.
Observe que existe uma dependência entre os valores dos conjuntos, ou seja, nome é
função do CPF. Dessa forma, dado um número do CPF, poderei encontrar o nome da
pessoa correspondente.
Essa dependência é expressa por: CPF → Nome
Primeira Forma Normal (FN1)
Uma relação encontra-se na primeira forma normal se seus valores de seus atribu-
tos são atômicos (simples, indivisíveis) e monovalorados, ou seja, FN1 não permite
“relações dentro de relações” ou “relações como atributos de tuplas”. Além disso, os
atributos não podem conter grupos de repetição (p.e. Telefone, uma pessoa pode ter
mais de um número associado).
Segunda Forma Normal (FN2)
Uma relação está na FN2 quando duas condições são satisfeitas: 1 - A relação está
na FN1; 2 - Todo atributo da tabela seja dependente funcional da chave completa e
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não de parte da chave. Todos os atributos não-chave dependem funcionalmente de
toda a chave primária.
Terceira Forma Normal (FN3)
A FN3 exige que não existam atributos transitivamente dependentes da chave e aten-
dam a FN2 e FN1.
Portanto, a questão está incorreta.
78 CERTO
Os atributos são propriedades que identificam as entidades de um banco de dados.
Uma entidade é representada por um conjunto de atributos, os quais, podem ser sim-
ples ou compostos.
– os atributos simples não possuem qualquer característica especial, eles são, nor-
malmente, tipos básicos do banco de dados. A maioria dos atributos de uma
entidade são simples, um exemplo desse tipo é a altura de um indivíduo. Essa
propriedade é simples e, normalmente, é representada por um número de ponto
flutuante;
– os atributos Compostos possuem um conteúdo que é formado por vários itens
menores.Um exemplo clássico é o endereço. Esse pode ser dividido em vários
outros atributos, como: Rua, Número, Complemento, Bairro, CEP, Estado, Cidade.
Dessa forma, como o autor da questão coloca a expressão “entre outras classificações”
pode-se considerar a questão correta.
Alguns autores subdividem essa classificação em mais dois tipos, os atributos mul-
tivalorados, no qual o mesmo pode possuir mais de um valor (p.e. Telefone, uma
pessoa pode ter mais de um), e os atributos determinantes, os quais determinam de
forma única um indivíduo (p.e. CPF, RG, CNPJ e outros). No entanto, a maioria dos
autores admitem apenas as duas primeiras formas ou, consideram essa classificação
como outra forma de classificar atributos.
79 ERRADO
Uma linha de um banco de dados é matematicamente chamada de tupla (um con-
junto de dados com tipos diferentes), contudo, um cabeçalho de coluna do banco
de dados é chamada de atributo, pois descreve o tipo de informação que será ar-
mazenada naquela posição da tupla.
Além disso, uma tabela é chamada de entidade, pois representa um conjunto de atrib-
utos.
Portanto, a afirmação é incorreta.
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10. Assuntos relacionados: Qualidade de Software, Análise de Pontos de Função, Índice de Maturi-
dade de Software,
Banca: Cespe
Instituição: IPEA
Cargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de Negócios
Ano: 2008
Questão: 90–93
Qualidade de software pode ser compreendida como a satisfação de requisitos funcionais e
de desempenho estabelecidas pelo projeto de software. É derivada de uma série de fatores
que variam de acordo com a aplicação e os clientes que os encomendam. Acerca desse
assunto, julgue os itens de 90 a 93.
90 A análise de pontos por função contempla três formas de contagem: a estimativa, a
indicativa e a detalhada. Ao medir a funcionalidade entregue por um sistema, consid-
era as entradas, saídas e consultas externas bem como o número de arquivos lógicos
internos e as interfaces externas. A avaliação da complexidade considera mais 14
fatores de ajuste de valor.
91 A análise de pontos por função utiliza a contagem com base nas linhas de código
de um programa. Uma função pode ser definida como uma coleção de declarações
executáveis que realizam uma tarefa.
92 Os fatores que afetam a qualidade do software podem ser medidos indiretamente,
como é o caso do número de defeitos do software ou diretamente por meio de atrib-
utos de qualidade como usabilidade, manutenibilidade, confiabilidade, integridade
entre outras.
93 O índice de maturidade de software avalia a estabilidade de um produto de software.
Para tanto, baseia-se nos módulos existentes, naqueles que foram modificados, adi-
cionados e descartados.Solução:
Qualidade é um conceito complexo, de difícil avaliação, pois muitas vezes envolve noções
subjetivas acerca de elementos e fatores não-mensuráveis. O Gerenciamento de Qualidade
de Software pode ser estruturado em três atividades principais: garantia de qualidade,
planejamento de qualidade e controle de qualidade.
A garantia de qualidade é o processo de definição da estratégia para atingir a qualidade
do software e informar sobre o nível de qualidade alcançado. Já o planejamento de qual-
idade é o processo de desenvolvimento de um plano de qualidade para um projeto. Por
fim, o controle de qualidade envolve a monitoração do processo de desenvolvimento para
assegurar a qualidade desejada.
Existem duas abordagens (complementares) geralmente utilizadas para verificar a qual-
idade dos produtos de um projeto de software: revisões de qualidade e medição de soft-
ware.
Nas revisões de qualidade, o software, sua documentação e os processos usados para
produzi-lo são revisados por um grupo de pessoas. Esse processo é oneroso, demorado
e, inevitavelmente, atrasa a conclusão de um sistema de software.
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A medição de software busca obter um valor numérico para algum atributo de um pro-
duto ou de um processo de software. A comparação desses valores com outros de projetos
semelhantes permite a conclusão sobre a qualidade de software e dos processos de soft-
ware. Uma métrica de software é qualquer tipo de medição relacionada a um sistema de
software, processo ou documentação correlata. Alguns exemplos são: medidas de taman-
hos de um produto em linhas de código (LOC – lines of code), quantidade de defeitos
relatados em um produto entregue, análise por pontos de função, etc.
A métrica de análise por pontos de função (ou pontos de função – PF) contabiliza as
funcionalidades criadas para avaliar um software. Para determinar o número de PFs,
considera-se a contagem de dados (arquivos lógicos internos e arquivos de interface ex-
ternos) e de transações (entradas externas, saídas externas e consultas externas). Métodos
alternativos de contagem foram desenvolvidos ao longo do tempo, como a Contagem An-
tecipada de Pontos de Função, de autoria da NESMA (Neterlandse Software Metrieken
Associatie), que considera a contagem de pontos de função detalhada, estimativa e indica-
tiva. Após identificados e contabilizados, esses fatores têm sua complexidade classificada
como baixa, média ou alta, quantificados de acordo com algum padrão estabelecido previ-
amente pela equipe de desenvolvimento.
Buscando diferenciar funcionalidades com características de execução distintas (cálculos
custosos de conversões triviais, por exemplo), após o cálculo de PF é aplicado um fator de
ajuste (FA) ao valor encontrado. Esse FA é baseado em 14 Características Gerais do Sistema
(CGS), como comunicação de dados, interface com o usuário, processamento complexo,
reusabilidade, etc.
Evidentemente, a variedade de aspectos a considerar e a presença de muitos elementos
intangíveis são dificuldades para a obtenção de medidas de software eficientes. De qual-
quer forma, a finalidade destas medições é auxiliar na obtenção de um produto confiável
que, em termos práticos, traduz-se como “um produto que não falha”.
O software que é capaz de evitar falhas em virtude de defeitos é tido como um programa
robusto, de alto nível de maturidade. O termo “maturidade” também é utilizado para de-
screver um produto extensivamente utilizado por vários usuários e no qual as falhas já
foram encontradas e corrigidas.
90 ERRADO
Este item apresenta informações pertinentes referente à métrica de análise por pontos
de função. Contudo, tenta confundir o candidato ao misturar a classificação/avaliação
de complexidade das funções (baixa, média e alta) com a avaliação de 14 caracterís-
ticas gerais do sistema (que efetua um ajuste considerando o quanto o sistema pode
ser complexo). A assertiva está incorreta.
91 ERRADO
Este item está incorreto ao afirmar que a análise por pontos de função (ou análise
de pontos por função) utiliza a contagem de linhas de código. Essa estratégia é con-
hecida como LOC, conforme teoria apresentada.
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92 ERRADO
Este item está incorreto pelo simples fato de inverter as posições dos termos “dire-
tamente” e “indiretamente”: a medida do número de defeitos do software é uma
medida direta, ao passo que atributos como usabilidade, manutenibilidade, confia-
bilidade e integridade são medidos de forma indireta e subjetiva.
93 CERTO
Este item está correto. O Índice de Maturidade de Software (Software Maturity Index
– SMI) pode ser utilizado como métrica para para um planejamento das atividades
de manutenção do sistema, sendo que seu cálculo considera o número de módulos na
versão atual, de módulos alterados, de módulos adicionados e de módulos suprimi-
dos.
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11. Assuntos relacionados: Workflow, SOA, Sistemas Distribuídos,
Banca: Cespe
Instituição: IPEA
Cargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de Negócios
Ano: 2008
Questão: 94–99
Relativos a arquitetura e tecnologias de sistemas de informação, julgue os itens que se
seguem.
94 Na arquitetura cliente-servidor de duas camadas, o nível servidor inclui a parte do
software SGBD responsável pelo armazenamento de dados em páginas de discos,
controle de concorrência local e recuperação, buferização e caching de páginas de
disco e outras funções.
95 A arquitetura cliente-servidor de três camadas divide a funcionalidade do SGBD en-
tre cliente, servidor de aplicação e servidor de banco de dados. O servidor de apli-
cação assegura a atomicidade das transações globais por meio da execução da recu-
peração global quando certos sítios falharem.
96 Sistemas de workflow tratam a informação relativa ao fluxo de trabalho de modo a
imprimir a ele maior eficiência por meio de seu gerenciamento, coordenação e con-
trole. Neles, a sequência de atividades é pré-definida e podem ser com base em re-
spostas e regras.
97 A arquitetura orientada a serviços (SOA) proporciona maior agilidade nos processos
e redução nos custos a partir da integração de dados distintos, inclusive com bases de
dados de sistemas legados. Como favorece a interoperabilidade, propicia à empresa
independência de fornecedores.
98 A arquitetura distribuída é caracterizada pelo compartilhamento de recursos com-
putacionais e serviços por meio da comunicação direta e descentralizada entre os
sistemas envolvidos e inclui, entre outras coisas, a troca de informações, ciclos de
processamento e espaço de armazenamento em disco.
99 O tempo e o esforço para desenvolver um sistema complexo levam os sistemas de
grande porte a serem projetados para uma duração longa. Tais sistemas possuem
hardware, software processos e procedimentos legados e as decisões por mantê-los
muitas vezes se deve ao alto risco em substituí-los.
Solução:
A representação das estruturas que definem um software, abrangendo seus componentes e
suas características, é chamada de arquitetura de software. Essa arquitetura proporciona,
dentre outros benefícios, a redução dos riscos associados à produção de um sistema de
computador. Um componente de software pode ser tanto uma classe orientada a objetos
quanto um middleware de comunicação entre clientes.
A organização de um sistema reflete a estratégia básica usada para estruturá-lo e as de-
cisões sobre o modelo geral organizacional de um sistema devem ser tomadas com ante-
cedência, durante o processo de projeto de arquitetura. Existem diversos estilos arquitetu-
rais que podem servir como modelos.
A arquiteturacliente-servidor é um modelo que separa clientes e servidores. Serviços es-
pecíficos são oferecidos pelos servidores para que outros subsistemas (clientes) possam
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usufruir de suas funcionalidades. Os principais componentes deste modelo são os servi-
dores, os clientes e a infraestrutura de rede que os interliga.
Essa arquitetura divide os papéis de cada componente de forma bem definida. Os servi-
dores são elementos passivos no processo de comunicação, aguardando alguma solicitação
dos clientes para oferecerem seus serviços. Em geral, a carga de processamento nos clientes
é baixa, restringindo-se a exibir adequadamente os resultados obtidos.
Numa elaboração em três camadas, é possível dividir as tarefas entre uma camada de
apresentação (clientes), uma camada de negócio (servidores de aplicação) e uma camada
de dados (servidores de banco de dados). A camada de apresentação interage diretamente
com o usuário do sistema, permitindo, dentre outras atividades, a execução de consultas.
As funcionalidades do sistema (regras de negócio) são oferecidas pela camada de negócio,
responsável pela lógica da aplicação. Por fim, a camada de dados responsabiliza-se pela
persistência das informações, armazenando adequadamente os dados manipulados pelo
sistema.
É possível basear o desenvolvimento de sistemas considerando o seu fluxo de trabalho
característico. A arquitetura workflow está relacionada com a automação de procedimen-
tos onde documentos, informações ou mesmo tarefas são encaminhadas entre diversos
“participantes” (pessoas, setores, sistemas, etc.) obedecendo um conjunto de regras pré-
definidas para atingir um objetivo global.
Um Sistema de Gerenciamento de Workflow é aquele que proporciona a automação dos
processos de negócio através do gerenciamento da sequência de atividades de trabalho e
da solicitação apropriada de recursos humanos e/ou tecnológicos associados com as várias
etapas das atividades. Tais sistemas são modelos dinâmicos, interpretados em “tempo de
execução”, e capturam tanto o fluxo de controle quanto o fluxo de dados.
A Arquitetura Orientada a Serviços (SOA – Service-Oriented Architecture) propõe a in-
teroperabilidade entre sistemas por meio de interfaces de serviços (fracamente acoplados),
sem necessidade do conhecimento de detalhes técnicos das plataformas envolvidas para
efetuar a troca de informações. A ideia-chave deste modelo é a integração entre as “áreas
de negócio” e o “setores tecnológicos” através dos componentes (serviços) oferecidos pelos
sistemas.
Tecnologicamente, SOA pode ser entendida como uma coleção de serviços distribuídos,
coesos e fracamente acoplados uns aos outros. Conceitualmente, esta arquitetura é com-
posta por um provedor de serviços (service provider), responsável por publicar uma de-
scrição formal dos serviços; por um consumidor de serviços (service consumer), o usuário
propriamente dito do serviço; por um registro de serviços (service resgistry), um cadastro
de serviços; e por um “corretor de serviços” (service broker), cuja responsabilidade é man-
ter o registro de serviços, intermediando interações.
SOA não traz em si tão somente uma motivação tecnológica. A grande motivação para
utilização de SOA é pelo valor que agrega à área de negócios. Em sua concepção, possi-
bilita o aumento na velocidade de implementação das mudanças, facilitando as conexões
de negócios e melhorando o controle destes mesmos negócios.
Um estilo arquitetural que permeia diversos outros é aquele conhecido por arquitetura
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distribuída, caracterizado, principalmente, pelo compartilhamento de recursos computa-
cionais. Em um sistema distribuído, as informações em fase de processamento são dis-
tribuídas por vários computadores.
Esta arquitetura permite o compartilhamento de recurso de hardware e software associ-
ados a diferentes computadores em uma rede. Pela possibilidade de adição de recursos
para atender novas demandas, garante-se a escalabilidade dos sistemas distribuídos. Além
disso, a tolerância a falhas é favorecida, na medida em que múltiplos servidores podem
oferecer simultaneamente as mesmas funcionalidades aos clientes.
94 e 95 CERTOS
Tanto a assertiva 94 quanto a 95 estão corretas ao expor os conceitos das arquiteturas
cliente-servidor de duas e de três camadas, respectivamente. Nestas arquiteturas, as
funcionalidades de SGBD são distribuídas entre as camadas com o intuito de definir
adequadamente os papéis de cada elemento envolvido no processo. O cliente é re-
sponsável por efetuar consultas, exercendo o mesmo papel em ambas as arquiteturas.
O dúvida por parte do candidato poderia surgir ao avaliar o papel do servidor de apli-
cação (camada de negócio). Deve-se, contudo, atentar para o fato de que as transações
globais precisam ser “acompanhadas” por esta camada, pois ela será responsável por
informar eventuais falhas aos usuários (que não se comunicam diretamente com as
bases de dados).
96 CERTO
Esta assertiva apresenta corretamente os conceitos relativos à arquitetura workflow,
valorizando a informação de “eficiência” agregada pelo uso deste modelo de desen-
volvimento.
97 ERRADO
Esta questão, que apresenta conceitos sobre a Arquitetura Orientada a Serviços (SOA),
põe em discussão um assunto divergente entre os estudiosos ao abordar o aspecto
“custo”. Apesar da possibilidade de integração de bases de dados distintas, inclusive
considerando sistemas legados, a reusabilidade é a característica associada à econo-
mia de recursos durante o desenvolvimento direcionado pela SOA. Além disso, a
integração preconizada por essa arquitetura refere-se, em sua essência, às áreas de
negócio e de tecnologia, geralmente separadas pelos contextos de trabalho distintos.
Adicionalmente, a interoperabilidade está mais relacionada à troca de informações
independentemente de plataformas do que à aquisição de produtos junto a fornece-
dores. Assim, a questão 97 deve ser considerada errada.
98 CERTO
Este item está correto, expondo adequadamente alguns conceitos referentes à Ar-
quitetura Distribuída.
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99 CERTO
A substituição de sistemas de grande porte é uma tarefa extremamente arriscada para
a continuidade das atividades de uma empresa. As chances de panes, incongruências
de dados e períodos longos sem uso do sistema são proporcionais à complexidade
do software utilizado. Evidentemente, sistemas complexos (em termos de hardware,
software, processos e procedimentos, dentre outros) devem ser projetados para durar
bastante tempo, evitando desgastes entre o setor tecnológico e as áreas de negócio de
uma empresa. A assertiva 99 está correta ao expor a teoria envolvendo sistemas de
grande porte.
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12. Assuntos relacionados: XML, HTML, Data Warehouse, Data Mining, OLAP, Online Transac-
tion Processing (OLTP), Sistemas de Apoio a Decisão,
Banca: Cespe
Instituição: IPEA
Cargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de Negócios
Ano: 2008
Questão: 115–120
Com o desenvolvimento das tecnologias da informação foi possível realizar a comunicação
multi-plataformas aumentando a complexidade do controle dos dados operacionais. Rel-
ativos a arquitetura e tecnologias de sistemas de informação, julgue os itens a seguir.
115 O modelo XML (extended markup language) usa estruturas de árvores hierárquicas,
combina conceitos de banco de dados com os de modelos de representação de docu-
mentos.
116 As aplicações para a WEB podem utilizar arquiteturas de três camadas,

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