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UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Lívia de Paula Pinto Baroni
O crescimento dos brechós, um panorama de empreendedorismo sustentável
ORIENTADOR: Américo Ramos
NITERÓI – RJ
2020
1 – Introdução 
Quando pensamos na palavra brechó logo recordamos daqueles locais com artigos antigos empoeirados, principalmente de igreja e que eram realizados com doações para levantar fundos para uma instituição ou causa. Lembranças da infância onde as igrejas organizavam brechós nas quermesses e festas para ajudar na obra da mesma.
Diante da crise econômica que paira em nosso país, acarretando uma considerável redução do poder aquisitivo da população, segundo dados de pesquisa do IBGE, as pessoas ainda gastam quase duas vezes mais em moda comparativamente com resultados anteriores. Por outro lado, de acordo com estudo recente da BBC (2017), a indústria têxtil é a quinta mais poluente do mundo e além dos impactos da produção, o relatório da Harvard Business School (2016) aponta que uma peça de roupa é usada aproximadamente cinco vezes e rapidamente descartada. 
Entretanto, o cenário de consumo exagerado, no qual o ciclo de vida das roupas que são compradas não é longo, ocasionando o descarte e degradação do meio ambiente, os brechós encontraram uma oportunidade para ressignificar o consumo desta categoria de produto. Por meio de uma proposta colaborativa, estimulando o consumo consciente, combatendo o desperdício acelerado de roupas e principalmente dando acesso a roupas de qualidade por um preço abaixo do mercado, logo dando economia ao consumidor.
Segundo os registros, as primeiras lojas de segunda mão no mundo surgiram no século 19 e se popularizaram devido as crises que as 1ª e 2ª guerras mundiais causaram, principalmente através da Cruz Vermelha com a venda de objetos doados a preços bem acessíveis. 
Há muito tempo os brechós deixaram de ser associados a lugares que vendem roupas velhas. Hoje é sinônimo de consciência, exclusividade, economia e vendem não apenas produtos, mas um estilo de vida mais contemporâneo. Não é à toa que os brechós entraram na lista de tendências de negócios dos empreendedores, e os consumidores estão adorando e cada vez mais demandando essa alternativa de compra. Inclusive as personalidades no mundo dos famosos estão apoiando o reuso e as peças vintage como nunca antes.
Assim, percebemos um crescimento de mercado focado apenas nesse segmento, pois houve um grande aumento na demanda, logo a formação, inclusive de forma segmentada em moda masculina, feminina, infantil, artigos de luxo. 
Porém, com esse mundo globalizado, a modernidade dos meios de comunicação e o avanço da internet somado ao fácil acesso a mesma, os clientes acabaram ficando mais exigentes ao que e quanto consumir, onde consumir, valores dos produtos e principalmente na experiência de compra. Analisar o mercado de brechós para compreender seus pontos fortes e fracos para assim criar uma melhor experiência ao cliente é fundamental quando colocamos os mesmo em concorrência com as redes varejistas. 
2 – Delimitação do problema 
De modo a determinar os diferenciais dos brechós. Esse trabalho tem como objetivo contribuir com um método qualitativo e quantitativo sobre os consumidores e mercado de brechós.
3– Objetivos
3.1 - Objetivo geral
Analisar o mercado de brechós e entender suas estratégias de marketing. 
3.1 - Objetivo específico 
Analisar o nível de satisfação dos clientes com os brechós e o que os levam a continuar comprando nos mesmos.
Mapear os pontos fortes e os pontos fracos dos brechós 
Criar melhorias para os brechós por meio da estratégia de marketing de relacionamento, no intuito de torná-los mais competitivos e diferenciados no mercado da moda.
4– Justificativa 
Não é difícil observar que o mercado da moda é um dos mais concorridos, onde qualquer tipo de diferencial faz muita diferença para a marca. A disputa para conseguir novos clientes e fidelizar os já existentes nesse mercado é grande, fazendo-os definir muito bem seus nichos e suas propostas de marketing. 
Logo, frente a essa realidade descrita acima, o marketing se torna algo fundamental para as empresas. Para satisfazer seus clientes, é necessário conhecê-los bem para assim poder saber suas necessidades, preferências, tipo de atendimento, e seus desejos. Trabalhando assim para minimizar eventuais insatisfações de clientes ao ponto de fazerem uma propaganda negativa a possíveis futuros consumidores.
 A partir dessa análise, o presente trabalho se justifica como contribuição social e acadêmica. Pelo social, a chance de analisar uma situação real, coletando dados para sugerir melhorias a empresas e ter uma real visão do mercado. O lado acadêmico, parte do ponto de que a teoria aprendida em sala se pode aplicar em prática, produzindo assim resultados mais concretos.
5- Referencial Teórico 
Este tópico refere-se aos conceitos do tema em estudo, focado no marketing e no mercado da moda. 
5.1- Marketing
Marketing é conhecido por ser um conjunto de técnicas, atividades e métodos aplicados ao estudo de necessidade do mercado e cliente com seus principais componentes, como público, vendas e produtos para desenvolvimento das empresas. Ele pretende maximizar o consumo, a satisfação do consumidor, a escolha e a qualidade de vida.
“Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro. Marketing identifica necessidades e desejos não realizados. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro.” (Philip Kotler)
Segundo Kotler e Keller (2006) o marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos envolvendo a criação, interação e a entrega de valor para o consumidor, administrando a relação entre eles, buscando beneficiar a organização e seu público alvo. Para eles, o marketing relaciona a análise e o atendimento das necessidades humanas e sociais visando sempre a lucratividade.
O estudo das causas e os mecanismos que regem as relações de troca (bens, serviços ou ideias) realizadas dentro de quatro eixos principais: preço, distribuição, comunicação e produto é realizado pelo marketing.
Segundo Philip Kotler, o marketing evolui saindo de um marketing 1.0, onde o foco era no produto; passando pelo marketing 2.0, foco na informação e no serviço; chegando finalmente no marketing 3.0 com base na experiência, emoção e espiritualidade, nas palavras de marcos cobra 
· Marketing 3.0 - a ênfase são a experiência, a emoção e a espiritualização das pessoas e das organizações. Como as novas tecnologias de computadores e celulares baratos, a internet de baixo custo e fonte aberta, sugerem os prosumidores, que passam a interagir entre si, por meio das mídias sociais. As empresas passam a atuar em rede, entre fabricantes, distribuidores e clientes-consumidores. Nesse novo marketing o foco é o ser humano. E as empresas passam a ter missões, visões e valores mais grandiosos, como uma visão espiritual. Ou seja, as empresas devem ter como objetivo fornecer ao consumidor uma “cesta básica de emoções”.
No fim, as empresas devem estar preocupadas e envolvidas nas causas sociais, ter competências diferenciais que as possibilitem a oferecer emoções. Somando a ser bom, obter clientes fiéis e ter lucro proporcionando a felicidade das pessoas.
5.1.1 - Marketing Mix
Marketing Mix ou composto de marketing é a soma de variáveis que representam as atividades unidos ao marketing. Tem como propósito uma resposta do consumidor ao produto ou serviço ofertado, e como consequência ao ter conhecimento dessas variáveis as empresas podem montar estratégias e meios de se alcançar níveis desejados de vendas 
Nesse mercado atual que segue sendo tão disputado e com diversas estratégias agressivas sendo usadas pelas grandes companhias, faz-se necessária cada vez mais as empresas olharem e cuidarem com muita atenção de seus clientes criando uma rede de relacionamentos e focando completamente nos mesmos. Para tal,foram criados os 4Ps: preço, produto, praça (ou ponto de venda) e promoção. O conceito foi desenvolvido na década de 60, por Neil Borden em Mix de Marketing.
Porém, só tempo mais tarde a teoria se tornou conhecida pelos estudos de marketing Philip Kotler, que a definiu como “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo”. Os anos foram passando, e assim o mercado também foi evoluindo constatando ao ponto de os 4 p já não eram mais suficientes para atender aos produtos e serviços. 
Os 4 P s iniciais 
· Preço: Este elemento é em resumo o quanto você vai cobrar pelo produto que irá entregar para seu cliente. Porém, para chegar a decisão final, deve-se considerar diversas variáveis, que são desde os custos do produto até o preço para o consumidor.
· Produto: O produto é aquilo que se vê da empresa, definindo o conceito dele, quais são suas funções, pensar no design thinking e principalmente criar um nome, logo, marca.
· Praça: é a introdução do serviço ou produto no mercado, ou seja, como o cliente chega até o mesmo. É de grande importância realizar uma pesquisa de mercado para saber questões sobre distribuição e consumo do público alvo. 
· Promoção: pensar em que canais de consumo utilizar, melhor ponto de venda, melhores formas de se anunciar o produto ou serviço são alguns pontos que esse P aborda. Em resumo ele trata de como será promovido.
Além das questões já abordadas e atendidas pelos 4 P s, o marketing começou a se interessar pelos desejos e necessidades dos clientes para assim se ter um estudo de mercado melhor, mapeando também os consumidores, incluindo mais 4 elementos: os 4 Cs. Podendo assim criar o produto certo, comunicá-lo ao cliente, levá-lo até o usuário ou comprador oferecendo o máximo de conveniência e ainda com o menor custo. Segundo Marcos Cobra, eles podem ser definidos como: 
· Cliente: Pode tanto ser o comprador quanto o canal de distribuição ou até mesmo o consumidor final, sua necessidade e desejo.
· Conveniência: o distribuidor do produto pode ser um atacadista, um lojista ou mesmo um simples distribuidor intermediário que leve o produto até o consumidor final, proporcionando tantas conveniências quantas forem possíveis, de maneira a facilitar a compra e o uso do produto. 
· Comunicação: Todo esforço de comunicação de marketing faz parte da estratégia de convencimento do consumidor. A propaganda, a promoção de vendas, a internet, a comunicação dirigida, além de outros, associam-se ao esforço de venda do produto.
· Custo: com a finalidade de não onerar o comprador, os custos de marketing devem ser estabelecidos com base no mercado, não apenas na contabilidade. 
Somado a tudo que já foi citado acima, temos os famosos 2 Ds, Diálogo e Database. Eles se completam, pois database são as informações sobre os clientes como quem são, onde estão, idade perfil, entre outras. Já o diálogo é a comunicação direcionada com o cliente através dos dados do database, mantendo assim uma interatividade com o consumidor.
Esses componentes nos disponibiliza um panorama mais completo a respeito dos pontos a serem abordados com as estratégias e ações de marketing. Por meio de tais elementos, pode-se influenciar o comportamento do consumidor, alterando sua percepção acerca do marketing utilizado. 
5.2 - Moda 
5.2.1 - História da moda
Bom, podemos dizer que a moda existe desde muito tempo como uma forma de segmentar e identificar as classes sociais, começando por exemplo no Egito onde as pessoas de hierarquia social mais elevadas usavam os melhores tecidos e em contraponto os escravos usavam apenas trapos.
Essa ideia prosseguiu pela Grécia e Roma antiga e permaneceu na Idade Média onde começou a se ter problemas, pois a burguesia tinha dinheiro para comprar os melhores tecidos porém não tinham o título de nobreza. Com isso foi-se necessário inclusive criar leis sobre padrões de vestimenta, sobrecarregando assim os artesãos, pois esses tinham que criar novos cortes e costuras para a burguesia constantemente sem desobedecer às leis e os deixarem diferentes dos outros.
Esse cenário começou a mudar com a revolução industrial no século 18, onde os valores dos tecidos diminuíram graças às fábricas, podendo-se produzir mais rápido e em larga escala. Além da criação da máquina de costura, assim o preço das roupas caiu, com isso até os mais humildes puderam comprar roupas melhores. Não se pode esquecer de salientar que tal cenário era exclusividade dos homens, pois as mulheres prosseguiram escravas das roupas sob medida.
Início dos anos de 1900 as roupas para mulheres começaram a ser confeccionadas mais rápidas e em maior quantidade também até mesmo as altas costuras. Teve-se forte influência de Coco Chanel nessa época, quebrando o dress code e aderindo a calça na vestimenta feminina inclusive na alta costura, além de imortalizar o pretinho básico, que antes era apenas usado para o luto. 
Já na segunda grande guerra as roupas ficaram mais sóbrias e brutas, tendo como inspiração os uniformes dos soldados. Os tecidos finos deram lugar aos sintéticos devido ao racionamento do momento. Foi nessa época que a venda de roupas usadas ficou mais popular, pois com a grande crise, as pessoas tinham menor poder aquisitivo e já não se tinham muitos recursos para a confecção de roupas, sendo assim o mercado de segunda mão se intensificou. Ao término da guerra, nos EUA surgiu o ready-to-wear, ou seja, a produção em escala industrial onde possibilitou que um único modelo de roupa tivesse diferentes numerações. Nessa mesma época surge Dior, que ganhou fama mundial com suas roupas inspiradas nos anos 1860, ou seja, já era a ideia de trazer novamente tendências passadas. 
Tempos depois tivemos a geração pós-guerra ou os baby boomers, nos anos 60, onde a quebra de padrões e a liberdade de escolha das mulheres são palavras chaves. Os jovens dessa época queriam se desvincular de toda a repressão e autoritarismo comportamental e estilo, pela primeira vez na história a juventude não se vestia como seus pais. Teve forte influência da rebeldia do rock`n`roll com o ilustre Elvis Presley e do movimento Hippie, tendo como marco o festival Woodstock. Tal movimento tinha como principal bandeira ser contra a guerra do Vietnã e a volta e valorização da natureza, dando preferência por tecidos mais naturais e leves e sendo contra o consumo desenfreado. Nessa década foi criada a minissaia, visando a liberdade das mulheres.
Na próxima década, anos 70, tivemos 3 grandes movimentos: disco, rock glam e o punk. O disco nada mais foi do que toda a extravagância contida durante os anos de guerra, muito brilho, sapatos plataformas e plumas predominaram. Outro movimento que andava de mãos dadas com ele é o rock glam, porém esse tinha o plus da androginia, a mesma peça podia ser usada por homens e mulheres. Vale ressaltar que esses dois movimentos tiveram forte influência da globalização para serem tendência no mundo inteiro com o filme “os embalos de sábado a noite” e artistas como Elton John e David Bowie. 
O punk foi um caso atípico, pois o movimento tinha como principais características indignação, a auto expressão, a experimentação e o caráter agressivo, eram contra tudo e todos que tentavam lhe impor regras e principalmente contra o sistema capitalista, logo sua vestimenta era marcada com roupas rasgadas, trajes mais carrascos. Porém, a moda se inspirou muito no estilo punk, principalmente com a estilista Vivienne Westwood.
Se os anos 60 foram marcados pelos hippies e pela ideia de oposição ao consumismo desenfreado, a década de 80 foi o oposto com os yuppies (Young Urban Professional), consumir peças de marca e de grandes estilistas era o que motivava os jovens. Marcada por grande merchandising e ações publicitárias que fomentavam cada vez mais o consumo usando os meios de comunicação e os famosos nomes da época. Foi uma década de muitas extravagâncias tanto na vestimenta com ombreiras, sobreposições e várias cores com o disco e o quando no consumo. 
Anos 90 foi a década da diversidade eonde todas as referências passadas conviviam juntas, porém o grunge acabou se destacando principalmente devido a banda Nirvana. 
5.2.2 - Negócios de moda 
Como abordado no item anterior, é visível que a moda sempre esteve presente e fomentando todo um mercado Segundo Marcos Cobra os artigos de têxtil e de vestuário são um dos que mais impulsiona o comércio mundial, onde entre 1900 e 2001, cresceu de US$ 212 bilhões para US$ 342 bilhões, corresponde a um crescimento de 62% no total e de em média 6,2 % ao ano. 
Não há como negar que a globalização teve forte influência, onde os estilistas, designers e varejistas têm seu local de destaque. Mas, o principal mesmo, como na maioria dos mercados, é a tecnologia, onde os profissionais a usam como apoio como busca constante de inovações. 
Um assunto que se é constantemente abordado no mercado de moda é a responsabilidade social, seja na questão das peças de roupas mesmo ou nas condições de trabalho. Os consumidores têm cada vez mais se posicionado quanto a isso, e até mesmo dando boicotes às marcas caso a mesma não esteja alinhada a tal ideia. Um exemplo recente é o da marca 3, que após todo o escândalo envolvendo racismo e condições de trabalho teve que fechar algumas de suas lojas e mudar o posicionamento no mercado.
Segundo Kotler (1998,p 48) “as empresas devem responder às tendências do mercado e, ao mesmo tempo, assumir responsabilidade pela proteção ambiental”Quando abordamos a responsabilidade social na questão das peças de roupas, o ciclo de vida delas é algo gritante, pois as marcas já as fabricam pensando em sua obsolescência, ou seja em meses aquela blusa que comprou já não servirá mais para a próxima coleção. E é aí que o mercado de segunda mão aparece. 
Devemos ressaltar que no momento atual onde inovação, sustentabilidade, responsabilidade social e economia criativa estão em alta, os brechós se adequam a essa nova filosofia que está a cada dia se tornando mais comum em nosso cotidiano. É uma opção de se consumir peças de vestimenta de maneira mais responsável, numa negociação onde ambos os lados saem ganhando : vendedores e consumidores, pois as peças são vendidas mais baratas e reduzimos a circulação da matéria-prima no mercado. Como resultado dessa equação temos também uma melhora para o meio ambiente.
Sendo assim, o mercado de brechós, roupas usadas, entra como uma verdadeira opção de negócio sustentável. É por meio dele que a vida útil das peças, ou seja, o ciclo de vida dos produtos, se prolonga através dos 3 Rs ( reciclar, reutilizar, reduzir). 
Por Sanches e Cerqueira (2012) complementam que o normal nos brechós é encontrar as famosas second hand, ou seja as roupas de segunda mão, e quem busca este estilo de consumo, está preocupado principalmente com o preço e a qualidade. 
Vale ressaltar que o mercado de brechós é de baixo risco, visto que ainda há pouca concorrência; o investimento inicial é baixo, ainda mais se for de forma virtual; e atinge uma gama de público bem diversificada. Sem dúvidas algumas, para quem deseja trabalhar e empreender na área da moda, o mercado de segunda mão é uma excelente oportunidade, tendo em visto ainda que o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) tem oferecido diversas cartilhas sobre brechós. 
Conforme o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o mercado de artigos usados está cada dia mais crescendo no Brasil, de 2009 a 2014 houve um crescimento de 210%, ou seja uma quantidade considerável de novos empreendimentos nesse mercado, inclusive alguns já segmentando e indo para um nicho mais específico, como brechós de luxo. A facilidade de empreender nesse mercado de segunda mão, se vem pelo baixo custo para começar, não sendo necessário um investimento alto para inicial, e segundo os dados dados disponíveis pelo serviço de apoio a empresa, se calcula que os brechós produzem por volta de R$ 3,6 milhões por ano no país, esse crescimento se deve tanto pelo surgimento de novas lojas ( 2007 eram 3619 e em 2012 eram 11469) quanto pela expansão das lojas que já existiam no mercado.
Sendo assim será uma tendência do mercado os consumidores ponderarem suas escolhas, ou seja as lojas de marcas e fast-fashion ainda continuarão existindo e sendo consumidas, porém os clientes vão passar a repensar ao comprar desses locais dando preferência assim aos brechós. 
6 – Metodologia de pesquisa 
Como metodologia de pesquisa para este trabalho será utilizada a pesquisa descritiva do nosso objeto de estudo, que é o mercado de brechós e seus consumidores, com a finalidade de realizar uma análise através do composto de marketing. A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever e analisar dados podendo assim chegar a conclusão sobre algo (Didio, 2014).
Para iniciar, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e de campo, sendo essa composta por análises em matérias de revistas, artigos científicos, livros, meios eletrônicos que serviu de fundamentação teórica deste trabalho. Aprofundando-se nos temas de marketing com foco em marketing mix, comportamento do consumidor e mercado de moda, mais especificamente no de segunda mão.
 Para maior compreensão das opiniões dos consumidores a respeito dos brechós, será utilizada uma pesquisa quantitativa como uma pesquisa de campo do tipo survey, com os consumidores de brechós. A plataforma utilizada foi o Google Forms para coleta de dados em forma de questionário. O mesmo foi realizado com 8 perguntas múltiplas escolhas e disponibilizado de forma virtual, sendo compartilhado no 1º semestre de 2021 via links nas redes sociais e aplicativos de comunicação, obtendo assim uma amostra superior a 100 pessoas. 
Com o intuito de entender melhor os empreendedores de brechós, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva com 8 proprietários de brechós no estilo de entrevista, com o objetivo de obter informações que interessam à pesquisa. Por meio de uma entrevista semiestruturada e perguntas previamente formuladas é possível uma maior informalidade, resultando num maior aprofundamento nos temas abordados. 
Com relação ao tratamento dos dados, as questões serão fechadas e as respostas inseridas e tabuladas no Excel, com elaboração de gráficos diversos, tabulações para a análise e conclusão dos resultados.
7 - Análise dos resultados 
Entrevistas com os empreendedores 
4 ps 
· Praça
A grande maioria preferiu investir no brecho online por ter uma maior facilida em chegar em mais pessoas, e um baixo custo inicial, nao precisando pagar alugar, reforma ou gastos iniciais para montar um local.
Ja os que tem online e presencial procuraram locais que fossem mais baratos para iniciar, inlcusive aproveitando o ponto que ja pertenciam a familia, ou locais que fossem mais proximo das suas resenciais. Mas, todos os que tem ponto oferecem tambem a venda online.
· Promoção 
Todos os brechos entrevistados usam as redes sociais para promoção, seja para chamar novos consumidores, ou ate mesmo para promover suas peças de roupas. A grande maioria pretender investir mais nas redes sociais, pois a mesma é fundamental para a sobrevivencia do negocio. 
So vale ressaltar, que a todos os brechos entrevistados, nenhum conversa com o consumidor para entender quais sao suas preferencias, seus gostos e principalmente tamanho. 
· Preço 
Os brechos entrevistados, tem ciencia de que o preço é fundamental para seus clientes, sendo assim todos eles estao sempre em busca de uma precificação justa e fazendo um curadoria precisa em suas peças. 
· Produto 
Todos os entrevistados tem ciencia que eles nao vendem apenas uma peça de roupa, mas sim uma filosofia, um estilo de vida, que somada aquela peça tem toda uma questão ambiental de consumo consciente por tras. Alem, das clientes que procuram roupas vintages tem toda uma memória afetiva por aquele estilo. 
Pesquisa com os consumidores
· Análise com 131 pessoas 
4 cs 
· Cliente 
· Mais de 60% dos entrevistados compram em brechós
· Grande maioria jovens mulheres de até 25 anos
custo 
· ao considerar também os quevotaram em todos, temos mais de 60% que se importam mais com o preço das peças, logo preferem baixo custo, pois gastam em média de 50 a 100 reais em 2 peças. 
Conveniência
· A grande maioria compra nos 2 modelos, tanto online quanto presencial, claro que o online a comodidade é maior, pois você não precisa ir fisicamente até o local podendo assim consumir inclusive brechós de outras cidades. E normalmente os brechós somente online oferecem um preço mais baixo nas peças, devido a um custo mais baixo no negócio. 
Comunicação 
· Como foi observado, ao somarmos os consumidores que compram das duas formas e so compram online, temos mais de 70% que se comunicam virtualmente com os brechós, pode ser os seguindo nas redes sociais ou participando dos grupos nos aplicativos de comunicação virtual.
· Em contra ponto percebemos que a frequência anual de consumo em brechós é baixa, talvez seja pela falta de comunicação dos brechós com seus clientes para entender as maiores necessidades e o perfil de seus consumidores. 
9 – Referencias 
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. 14. ed. São Paulo: Futura, 1999.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2008.
COBRA, Marcos, Henrique Nogueira. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas. 1997.
COBRA, Marcos. Marketing & Moda. 3. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo; Cobra Editora & Marketing. 2014.
COSGRAVE, Bronwyn. Coco Chanel; Tradução Ricardo Lisias. São Paulo: Globo. 2012
SINCLAIR, Charlotte. Christian Dior; Tradução Ricardo Lisias. São Paulo: Globo. 2012
CARVALHAL, André. Moda com propósito: manifesto pela grande virada. 1 ed. São Paulo: Paralela, 2016.
WEBER, Caroline. Rainha da moda: como Maria Antonieta se vestiu para a Revolucao; Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
CRANE, D. Ensaios sobre moda, arte e globalização cultural. São Paulo: Editora Senac, 2011.
TRIGUEIRO, André. Mundo sustentável 2: novos rumos para um planeta em crise. São Paulo: Globo Livros, 2012.
Bôas, A. J. V., & Lemes, T. T. (2012). Desenvolvimento de produtos de moda a partir da valorização dos brechós. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Apucarana, PR, Brasil.
Sanches, R.; Cerqueira, T. B. (2012). Garimpo carioca - Um estudo sobre a moda de brechó. Anais do VIII Colóquio de Moda – 5o Congresso Internacional. SENAI/CETIQT, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
BERLIM, Lilyan. Moda e sustentabilidade: uma reflexão necessária. São Paulo: Espaço das Letras e Cores, 2012.
DE CARLI, Ana MerySehbe; VENZON, Bernadete Lenita Susin. Moda, sustentabilidade e emergências. 1ed. Caxias do Sul: Educs, 2012.
CONHEÇA os 4 Cs do marketing e saiba como ultilizar o conteito a seu favor. Rockcontent, 2017. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/4-cs-do-marketing/> Acesso em: 17 de fevereiro de 2021.
DIAS, Maria Clara. Os 8 Ps do marketing digital: a nova visão do mix de marketing. Rockcontent, 2016. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/8-ps-do-marketing-digita> Acesso em: 03 de fevereiro de 2021.

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