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Atividade Prática Supervisionada- processo de conhecimento

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Atividade Prática Supervisionada
Processo de conhecimento
Aluno: Daniel Farias de Lima
Professor: Bruno Tavares Padilha Bezerra
Turma: 3NA/JM
Atividade 1
A vedação da assim denominada ‘decisão-surpresa’ encontra lastro no art. 10, do CPC/15, reforçando não apenas o direito ao contraditório, mas o dever de diálogo (ou consulta) do julgador para com as partes, o que também é uma decorrência do direito à colaboração processual. Á luz dessas considerações, o aluno deverá examinar criticamente o seguinte julgado, proferido no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, identificando se ele está adequado ao dispositivo legal mencionado (art. 10, CPC/15) e aos conceitos de causa de pedir, pedido e fundamentação da decisão: “O "fundamento" ao qual se refere o art. 10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico - circunstância de fato qualificada pelo direito, em que se baseia a pretensão ou a defesa, ou que possa ter influência no julgamento, mesmo que superveniente ao ajuizamento da ação - não se confundindo com o fundamento legal (dispositivo de lei regente da matéria). A aplicação do princípio da não surpresa não impõe, portanto, ao julgador que informe previamente às partes quais os dispositivos legais passíveis de aplicação para o exame da causa. O conhecimento geral da lei é presunção jure et de jure” (STJ – Quarta Turma, EDcl nos EREsp 1280825, rel.
Min. MARIA ISABEL GALLOTTI, j. 27.6.2017).
 Sim, um dos requisitos da petição inicial (PI) é a fundamentação legal, que encontrasse no art. 319, III do CPC, onde se é falado que a PI deverá indicar o fato e os fatos jurídicos nos pedidos. 
 Ofenderá, pois o juiz deferiu a decisão sem oitiva das mesmas, isso se contraria ao art. 10 informa “O Juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado ás partes oportunidades de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre o qual deva decidir de ofício. ” E feriria o princípio da não surpresa, pois o seu conceito é sempre quando o juiz for decidir alguma questão deverá ouvir as partes e os demais envolvidos. Vale ressaltar que o juiz pode usar fundamentação legal diferente das apresentadas pelas partes para decidir, já que o ordenamento jurídico é de conhecimento presumido de todos que estão sujeitos à legislação que se alinha ao “jure et de jure”, mas que tenha feito a oitiva previa da mesma.
Afrânio está movendo ação indenizatória por danos materiais e morais em face de Roberto, por conta de acidente automobilístico provocado por este e que teria levado ao óbito da esposa de Afrânio. A inicial e a contestação foram instruídas com documentação relacionada à propriedade dos veículos e comprovando a ocorrência do acidente, bem como os danos materiais causados. Mediante requerimento de autor e réu, foi admitida e produzida prova pericial, analisando diversos aspectos sobre a dinâmica do acidente, tais como a velocidade desenvolvida pelo veículo conduzido pelo réu e a utilização do cinto de segurança pela falecida esposa do autor. Também foi produzida a prova testemunhal. Segundo as testemunhas arroladas pelo autor, o veículo conduzido pelo réu trafegava em alta velocidade e tentou ultrapassar o veículo conduzido pelo autor sem realizar a sinalização devida. Por sua vez, segundo as testemunhas arroladas pelo réu, o veículo por ele conduzido obedecia aos limites legais de velocidade, enquanto o veículo conduzido pelo autor mudou abruptamente de mão, sem a devida sinalização, provocando o acidente. Se você, como juiz, julgar procedente a demanda, quais provas terá de analisar? Responda o problema, analisando-o a partir dos dispositivos legais aplicáveis do Código de Processo Civil de 2015.
 Julgo procedente a demanda de Afrânio por danos materiais e morais contra Roberto por conta de acidente automobilístico. A requerimento do autor e do réu analisarei a prova pericial e também a testemunhal que foram produzidas me baseando nos artigos 369, 370, 371, 372, 373, 374, do NCPC 2015.

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