Buscar

APS Processo de Conhecimento Cível

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

APS – Processo de Conhecimento Cível 
 
Carolina Pedroso Alvarenga da Silva 
César Kauã das Almas Silveira 
Vanessa Stachlewski 
Atividades: 
Atividade 1 
A vedação da assim denominada ‘decisão-surpresa’ encontra lastro no art. 10, do 
CPC/15, reforçando não apenas o direito ao contraditório, mas o dever de diálogo (ou consulta) 
do julgador para com as partes, o que também é uma decorrência do direito à colaboração 
processual. À luz dessas considerações, o aluno deverá examinar criticamente o seguinte 
julgado, proferido no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, identificando se ele está 
adequado ao dispositivo legal mencionado (art. 10, CPC/15) e aos conceitos de causa de pedir, 
pedido e fundamentação da decisão: 
“O "fundamento" ao qual se refere o art. 10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico - 
circunstância de fato qualificada pelo direito, em que se baseia a pretensão ou a defesa, ou que 
possa ter influência no julgamento, mesmo que superveniente ao ajuizamento da ação - não se 
confundindo com o fundamento legal (dispositivo de lei regente da matéria). A aplicação do 
princípio da não surpresa não impõe, portanto, ao julgador que informe previamente às partes 
quais os dispositivos legais passíveis de aplicação para o exame da causa. O conhecimento 
geral da lei é presunção jure et de jure” (STJ – Quarta Turma, EDcl nos EREsp 1280825, rel. Min. 
MARIA ISABEL GALLOTTI, j. 27.6.2017). 
Resposta: 
Primeiramente, devemos analisar o contido na supramencionada norma, senão 
vejamos: 
“Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em 
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, 
ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” 
A partir da análise do referido art. 10 do CPC podemos constatar que o princípio do 
contraditório deverá ser respeitado em qualquer momento da ação, vedando assim a decisão 
de ofício ou “decisão-surpresa”. 
 Todavia, as normas corriqueiramente possuem exceções a sua regra, neste caso seria o 
art. 487, II que prevê a causa de decisão de ofício por parte do magistrado, conforme bem 
mencionado na decisão analisada, vejamos abaixo: 
 “II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou 
prescrição;” 
Desta forma, entendemos que o julgamento averiguado está conforme as diretrizes 
impostas pelo Código de Processo Civil, conforme demonstrado acima, logo, não teve lesão ao 
princípio do contraditório, como alegado pela parte recorrente. 
Além do mais, os embargos de declaração não servem para ostentar efeito 
modificativo à decisão já julgada, eles devem ser apresentados quando o parecer do 
magistrado exibir alguma obscuridade. 
 
APS – Processo de Conhecimento Cível 
 
Atividade 2 
Afrânio está movendo ação indenizatória por danos materiais e morais em face de 
Roberto, por conta de acidente automobilístico provocado por este e que teria levado ao óbito 
da esposa de Afrânio. A inicial e a contestação foram instruídas com documentação 
relacionada à propriedade dos veículos e comprovando a ocorrência do acidente, bem como os 
danos materiais causados. Mediante requerimento de autor e réu, foi admitida e produzida 
prova pericial, analisando diversos aspectos sobre a dinâmica do acidente, tais como a 
velocidade desenvolvida pelo veículo conduzido pelo réu e a utilização do cinto de segurança 
pela falecida esposa do autor. Também foi produzida a prova testemunhal. Segundo as 
testemunhas arroladas pelo autor, o veículo conduzido pelo réu trafegava em alta velocidade e 
tentou ultrapassar o veículo conduzido pelo autor sem realizar a sinalização devida. Por sua 
vez, segundo as testemunhas arroladas pelo réu, o veículo por ele conduzido obedecia aos 
limites legais de velocidade, enquanto o veículo conduzido pelo autor mudou abruptamente de 
mão, sem a devida sinalização, provocando o acidente. Se você, como juiz, julgar procedente a 
demanda, quais provas terá de analisar? Responda o problema, analisando-o a partir dos 
dispositivos legais aplicáveis do Código de Processo Civil de 2015. 
Resposta: 
Julgo procedente a demanda proposta pelo autor Afrânio tendo em vista o acidente 
automobilístico que tirou a vida de sua esposa, concedendo a ele danos materiais e morais 
contra o réu. As provas pretendidas que deverão ser analisadas são: a prova pericial e a prova 
testemunhal, ambas já colhidas durante a fase de instrução do presente pleito, que foram 
produzidas observando o disposto nos art. 369 a 374, do CPC/15 (Lei n° 13.105, 2015) ao qual 
colaciono logo abaixo: 
“Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos 
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito 
que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito 
do autor. 
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova 
APS – Processo de Conhecimento Cível 
 
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte 
a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a 
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das 
partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.”

Continue navegando