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Higiene Corporal
PROF.ª REBECA NOGUEIRA 
DOCENTE CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Tipos de banho 
Banho de aspersão 
Banho de imersão 
Banho no leito 
Banho de aspersão 
 O banho de aspersão é o nome dado ao banho de chuveiro
 Quando o paciente está consciente e apresenta condições de sair do
leito, ele deverá ser encaminhado para o banho de chuveiro. Nesse caso,
o profissional deverá avaliar se o quadro clínico do paciente permite sua
saída do leito. O paciente não deverá permanecer sozinho no banheiro,
pois há risco de ele sentir vertigem, desmaiar ou cair. Sempre que possível,
levar o paciente para a cadeira higiênica.
 O profissional deverá permitir que o paciente cuide de sua higiene
sempre que possível, auxiliando-o apenas quando necessário
 Nos casos em que o paciente possui condições de tomar banho sozinho,
o profissional deverá permanecer no quarto, estando atento para
qualquer intercorrência. Normalmente nesses casos, o profissional
aproveita para arrumar o leito
Banho no leito
 Além de ser útil no auxílio de remoção de sujidades, o banho
confere ao paciente sensação de bem-estar e conforto.
 Com exceção de patologias restritivas, o paciente deve sempre
ser levado para o banho no chuveiro, mesmo que com o auxílio
de cadeiras especiais. O banho no leito é o ultimo recurso a ser
utilizado para higiene dos pacientes.
 Para executar a técnica com maior facilidade e conforto para o
paciente, o banho no leito deve ser feito por, no mínimo, dois
profissionais
 O maior desafio para os profissionais é manter a temperatura da
água adequada e confortável para o paciente. Atualmente,
existem equipamentos para auxiliar nesse processo.
Banho no leito
O momento do banho deve ser usado para:
 Avaliar o paciente em relação à integridade da pele;
 Massagear o corpo do paciente, promovendo melhora da
circulação sanguínea;
 Realização de exercícios passivos para a manutenção dos
movimentos dos membros inferiores e superiores;
 Realizar curativos, se necessário
Material
1. Roupa de cama: 2 lençóis (um com
elástico e outro sem), 1 forro móvel
(travessa), 1 cobertor e uma fronha
2. Luvas de procedimento
3. Roupas para o banho: 1 toalha de
rosto , 1 toalha de banho, 2 luvas de
banho ou compressas
4. 1 camisola ou pijama
5. 2 bacias de banho ou balde
6. Jarro de água quente
7. Sabonete antisséptico
8. Comadre ou papagaio
9. Biombo s/n
10. Saco de Hamper
11. Produtos de higiene pessoal: cremes,
desodorantes, perfumes, escova de
dente, creme dental, escovas de
cabelo, etc.
12. Material para curativos, s/n
Procedimento 
1. Reunir todo o material
2. Orientar o paciente sobre o procedimento
3. Colocar o biombo s/n
4. Fechar janelas e portas
5. Desocupar a mesa de cabeceira
6. Lavar as mãos
7. Calçar as luvas de procedimento
8. Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho
Procedimento 
9. Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertos, o travesseiro e a 
camisola, deixando o paciente protegido com o lençol
10. Abaixar a cabeceira da cama, se possível
11. Fazer higiene ocular do ângulo interno para o externo (algodão e SF 0,9%)
12. Fazer higiene oral
13. Fazer a higiene do couro cabeludo, s/n
14. Dividir a água morna nas duas bacias: uma será usada para ensaboar e a 
outra, para enxaguar 
15. Um profissional ensaboa, e o outro enxágua e seca
16. Molhar as luvas de banho, e o outro enxágua e seca
Procedimento
17. Ensaboar (pouco) o rosto
18. Enxaguar 
19. Secar com a toalha o rosto
20. Realizar a lavagem das mãos do paciente. Colocar a toalha de banho sob 
um dos braços do paciente e leva-lo no sentido do punho para as axilas em 
movimentos longos
21. Enxaguar e secar com a toalha de banho 
22. Repetir a operação com o outro braço 
23. Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a 
região púbica 
24. Com uma das mãos, suspender a toalha; com a outra, lavar o tórax e 
abdome 
Procedimento
25. Enxaguar, secar e cobrir o paciente com o lençol
26. Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações 
27. Atenção: massagear as proeminências ósseas e a panturrilha 
28. Flexionar o joelho do paciente e lavar seus pés, secando bem entre os dedos
29. Colocar o paciente em decúbito lateral, ficando de frente para as costas do 
paciente, protegendo-as com a toalha; lavar, enxugar e secar
30. Fazer massagem de conforto
31. Colocar o paciente em posição dorsal 
32. Colocar a toalha de banho e a comadre sob o paciente 
33. Oferecer luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene íntima 
(se tiver limitação, calçar as luvas e fazer a higiene para o paciente)
Procedimento
34. Vestir a camisola no paciente
35. Usar os produtos de higiene conforme a preferência o paciente 
36. Trocar a roupa conforme técnica específica 
37. Recolocar o travesseiro e deixa-lo em posição confortável
38. Desprezar o material: roupas no Hamper, luvas no lixo e água no vaso 
sanitário 
39. Lavar as mãos 
40. Anotar no prontuário o procedimento e quaisquer alterações observadas 
Higiene do couro cabeludo 
 A higiene do couro cabeludo deve ser feita antes do
banho no leito. Quando possível, o paciente deve ser
encaminhado ao banho completo no chuveiro
 A frequência da higiene do couro cabeludo depende
dos hábitos do paciente, sendo realizada, no mínimo,
uma vez por semana
Material 
 Material necessário:
1. Balde para despejar a água utilizada
2. Shampoo e condicionador de preferência do paciente 
3. Toalha para enrolar os cabelos 
4. Secador de cabelos, s/n
5. Escava de cabelo 
Procedimento 
1. Separar o material necessário 
2. Orientar o paciente sobre o procedimento 
3. Lavar as mãos 
4. Calçar as luvas 
5. Posicionar a bacia a baixo da cabeça do paciente
6. Umedecer os cabelos 
7. Ensaboar com shampoo
8. Enxaguar os cabelos
9. Enxugar os cabelos com a toalha e depois com o secador s/n
10. Seguir a técnica do banho no leito 
11. Secar e pentear os cabelos do paciente quando necessário 
Higiene oral 
 A higiene oral deve ser feita em todos os pacientes, estando eles 
conscientes ou não
 Em pacientes que estejam recebendo dieta por via oral, a higiene 
deve ser feita após as refeições ou, no mínimo 3 vezes ao dia 
 Em pacientes inconscientes, mesmo com intubação orotraqueal, 
a higiene deve ser feita, no mínimo, duas vezes ao dia 
 O serviço de controle de infecção Hospitalar especifica o produto 
a ser usado em pacientes inconscientes e isolados
 Ao realizar o procedimento, o profissional deve estar atento para a 
presença de lesões na cavidade oral e sangramentos 
Material 
 Escova de dente
 Creme dental 
 Copo descartável com água 
 Toalha de rosto
 Cuba-rim
 Espátula 
 Lubrificante labial 
 Antisséptico oral 
 Luva de procedimento
 Gaze 
Procedimento 
1. Reunir todo o material
2. Orientar o paciente
3. Lavar as mãos
4. Calçar as luvas
5. Colocar o paciente em posição Fowler (sentado)
6. Proteger o tórax com a toalha de rosto
7. Colocar a cuba-rim sob o queixo do paciente
8. Solicitar para o paciente abrir a boca ou abri-la com auxilio da espátula
9. Utilizar a escova com movimentos da raiz em direção a extremidade dos
dentes. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental, com
pressão constante da escova
Procedimento 
10. Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a
língua com espátula protegida com gaze, s/n
11. Oferecer o copo com água para enxaguar a boca
12. Orientar para desprezar a água na cuba-rim
13. Secar o rosto do paciente
14. Deixa-lo confortável15. Desprezar o material
16. Lavar as mãos
17. Anotar no prontuário
Higiene Intima 
A higiene intima é feita na região genital do paciente. É um
procedimento realizado:
 Nas trocas de fraldas
 Após uso de comadres (evacuação)
 Antes de sondagem vesical
 Antes da aplicação de medicamento local
Material 
 Comadre ou papagaio
 Luvas de procedimento
 Jarro com água morna
 Toalha 
 Papel higiênico 
 Sabonete 
 Lençol para troca , s/n
 Gazes ou luva de banho
Procedimento 
1. Reunir todo o material 
2. Orientar o paciente 
3. Lavar as mãos 
4. Calçar as luvas
5. Posicionar a comadre 
6. Aguardar o paciente urinar e/ou evacuar
7. Fazer limpeza com papel higiênico, s/n
8. Umedecer a região pubiana 
9. Ensaboar a região
Procedimento 
10. Enxaguar a região
11. Retirar a comadre
12. Enxugar o paciente
13. Trocar o lençol, s/n
14. Deixar o paciente confortável
15. Desprezar o material
16. Lavar as mãos
17. Anotar no prontuário
EPI’s
Equipamento de 
Proteção individual
PRECAUÇÃO PADRÃO (PP)
 Medidas tomadas para evitar que doenças contagiosas conhecidas,
sejam transmitidas de um paciente para outro, ou para profissionais de
saúde, e/ou visitantes, ou de outras pessoas. Utilizar com todos pacientes,
independente de sua condição infecciosa – presença ou não de
doenças transmissíveis. Deve ser utilizada quando há risco de contato
com sangue, secreções e excreções, pele com solução de continuidade
e mucosas.
Passos das Precauções Padrão
Lavar as mãos:
 Antes e após contato com paciente.
 Após retirar luvas.
 Entre um e outro paciente, um e outro procedimento.
 Diferentes procedimentos no mesmo paciente.
 Após contato com sangue e secreções, ou artigos contaminados por 
estes.
Uso de barreiras
 Luvas (caso haja contato com sangue ou líquidos infectantes).
 Avental (sempre que houver possibilidade de respingos).
 Máscara, óculos e protetor de face (sempre que houver possibilidade de 
respingos)
 Prevenção de acidentes com perfuro-cortantes.
 Descontaminação de superfícies (presença de sangue e líquidos 
infectantes).
 Limpeza, desinfecção ou esterilização.
PRECAUÇÃO POR CONTATO
 Medidas tomadas para evitar que doenças contagiosas conhecidas
sejam transmitidas de um paciente para outro, profissionais de saúde, e os
visitantes, ou de outras pessoas. Lavar as mãos antes e após qualquer
procedimento, uso de luvas, para qualquer contato com paciente, uso
de avental se houver possibilidade de contato das roupas do profissional
com material infectante. Utilizar máscara, óculos de proteção ou protetor
facial, sempre que houver possibilidade de respingos. Utilizar com todos
pacientes independente de sua condição infecciosa – presença ou não
de doenças transmissíveis.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS
 As infecções transmitidas por via respiratória são muito frequentes e 
ocorrem em todos os países do mundo. A gripe, sarampo, varicela, 
difteria, tuberculose, doença meningocócica, entre outras, são doenças 
com transmissão por via respiratória. Este tipo de transmissão se divide em; 
Transmissão por Aerossóis e Transmissão por gotículas.
PRECAUÇÃO POR AEROSSÓIS
 São indicadas para pacientes com suspeita ou infecção comprovada por
microrganismos transmitidos por aerossóis (partículas de tamanho < 5
microns), que ficam suspensos no ar e que podem ser dispersos a longas
distâncias. (Exemplo: varicela, sarampo e tuberculose). Uso de Respirador
(N95) e quarto privativo. Ou internação de pacientes com mesma
doença. Precauções padrão quando risco de exposição com pacientes
e\ou materiais biológicos e objetos contaminados.
Máscara - N95
PRECAUÇÃO POR GOTÍCULAS
 São indicadas para pacientes portadores de microrganismos transmitidos
por gotículas de tamanho superior a 5 microns, que podem ser geradas
durante tosse, espirro, conversação ou realização de diversos
procedimentos. (Exemplo: coqueluche, difteria, meningites e caxumba).
Uso de máscara cirúrgica e quarto privativo, ou pacientes com mesma
doença.
Máscara Cirúrgica
RISCO DE TRANSMISSÃO 
OCUPACIONAL
 As primeiras precauções para se evitar a infecção do HIV foram
publicadas em 1981 e eram direcionadas à médicos e profissionais que
trabalhavam em laboratório e, por isso, expostos ao HIV enquanto
trabalhavam. Pouco depois, estas precauções foram estendidas a todos
os profissionais da área da saúde que cuidavam de pacientes infectados
pelo HIV, ou suspeitos de estarem infectados pelo novo vírus, incluindo
dentistas e técnicos de necropsia. Essas recomendações e precauções
são utilizadas pelos diversos setores prestadores de serviços de saúde e
enfatizam principalmente a prevenção e a atenção para prevenir
acidentes de trabalho.
Principais acidentes ocupacionais na 
enfermagem
 Os profissionais que trabalham em instituições de saúde estão
potencialmente expostos a uma diversidade de agentes
desencadeadores de doenças, como os agentes químicos, físicos e
biológicos. Quando o fator de exposição é um agente biológico, o
profissional de saúde pode ser visto como suscetível de adquirir infecção
ou como fonte de transmissão dela. Dentre as infecções, ressalta-se a
importância da transmissão do HIV e HBC, aos trabalhadores da área da
saúde. Os profissionais de enfermagem são os mais atingidos por
acidentes com material biológico, sobretudo, através de acidentes com
materiais perfuro cortantes. Em relação aos fatores predisponentes,
concluíram que o reencape de agulhas, a inadequação dos dispositivos
utilizados para descarte e o manuseio de agulhas foram os principais
fatores identificados em acidentes pesquisados.
Fatores de risco
 Outros fatores de risco que os profissionais estão expostos, são: O contato
com material biológico na higienização, aspiração, sondagens vesical,
nasogátrica e nasoenteral, transporte de materiais para exames e uma
série de outros fatores, no entanto, foram atribuídos como predisponentes
à ocorrência de acidentes de trabalho dessa natureza tais como:
situações de urgência, a falta de capacitação dos profissionais,
sobrecarga de trabalho, fadiga, transporte de material perfurocortante,
má qualidade dos materiais, desconhecimento dos profissionais sobre os
riscos das infecções, desconsideração das precauções padrão
recomendadas e a desatenção
Cuidados pós-acidente ocupacional
 Imediatamente após o acidente com material biológico, o local deverá ser
lavado com água corrente em abundância sem que se faça a ordenha do
local. No caso de mucosas, lavar com solução fisiológica. No momento do
acidente, deverá ser feita a notificação à coordenação imediatamente,
seguida do CAT ou da ficha de notificação, com posterior avaliação da CCIH
ou do setor responsável pela avaliação desses acidentes, de preferência, nas
primeiras duas horas após o acidente. Os serviços relativos à avaliação e
conduta devem estar disponíveis 24 horas. O Departamento de pessoal deve
emitir a CAT, cujo verso será preenchido pelo médico do trabalho que irá
atender o funcionário acidentado, a fim de documentar o acidente para
efeitos legais. O profissional exposto, deve realizar o teste anti-HIV e sorologia
para hepatites B e C no momento do acidente para verificar sua condição
sorológica. Caso negativo, repetir com seis e doze semanas, e finalmente
após seis meses.

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