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definição de governança corporativa

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O que é a governança corporativa (GC)?
Governança tem aplicação em variados campos com sentidos diferentes. A definição geral de governança dada pelo Banco Mundial, no documento Governance and Development, de 1992, é a seguinte: “Governança o exercício da autoridade, controle, administração, poder de governo”. Uma outra definição utilizada é a seguinte: Governança é a maneira pela qual o poder e exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um pais visando o desenvolvimento”, implicando ainda “a capacidade dos governos de planejar, formular e implementar políticas e cumprir funções.
Governança Corporativa é uma aplicação do conceito de governança no campo empresarial. Conceitualmente a Governança Corporativa (GC) surgiu para superar o conflito de agência decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. O proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade.
Os interesses do gestor nem sempre estão alinhados com os do proprietário, resultando muitas vezes num conflito de agência.
As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são o CA (Conselho de Administração) , a Auditoria Independente e o Conselho Fiscal (CF). A figura abaixo ilustra o aspecto principal da governança corporativa.
A boa governança corporativa  proporciona aos proprietários (acionistas) a gestão estratégica da empresa e o monitoramento da direção executiva. As boas práticas de GC convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade.
A governança corporativa pode ser conceituada segundo um sistema de relações ou como uma estrutura de poder  :
Como um Sistema de Relações (IBGC) :GC é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle.
Como Estrutura de Poder (CADBURY) :GC é o sistema e a estrutura de poder que regem os mecanismos através dos quais as companhias são dirigidas e controladas.
Como um sistema normativo (CLAESSENS e FAN) : GC diz respeito a padrões de comportamento que conduzem à eficiência , ao crescimento e ao tratamento dados aos acionistas e a outras partes interessadas, tendo por base princípios definidos pela ética aplicada à gestão de negócios.
Os fracassos da governança corporativa estão normalmente vinculados a abuso de poder dos mais diversos;erros estratégicos decorrentes de concentração de poder;fraudes por uso de informação privilegiada.
Os princípios da governança corporativa (OCDE,IBGC) são transparência, tratamento equitativo , prestação de contas e responsabilidade corporativa. O IBGC e a PricewaterhouseCoopers sugerem uma visão de sustentabilidade para a governança corporativa ilustrada na figura abaixo :
Referência :
Cordeiro da Silva, Governança Corporativa nas Empresas, Editora Atlas : 2e, 2010.
Publicado em Governança por Manoel Veras. Marque Link Permanente.
IBGC emite nota sobre MP 892 e propõe mudança gradual de regras
Instituto se posiciona sobre o fim da obrigatoriedade de publicação de demonstrações financeiras em grandes veículos de mídia
Diante da edição da Medida Provisória 892 em agosto, que prevê a exclusão da exigência da publicação de demonstrações financeiras e relatórios de administração na imprensa, o IBGC reconheceu que com o recente avanço tecnológico e a migração de hábitos de leitura para meios digitais, a divulgação de documentos nessas plataformas perdeu sua relevância.
O IBGC propõe que o texto da MP seja alterado de forma a permitir uma mudança gradual na divulgação dessas informações e um prazo posterior para que a obrigatoriedade de publicação nos jornais impressos seja extinta. Leia a nota completa divulgada na quarta-feira (4 de setembro).
Pesquisa aponta que companhias adotam 51% das práticas recomendadas de governança corporativa
Taxa média de aderência das empresas do Novo Mercado é de 60%, ligeiramente abaixo das do Nível 2, com 62%
As companhias brasileiras de capital aberto adotam, em média, 51,1% das práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas. A taxa é resultado da análise quantitativa dos informes de governança 2019 – documento que neste ano, pela primeira vez, deveria ser entregue por toda companhia registrada na categoria A da Instrução 480 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Entre as companhias mais líquidas da bolsa, que estrearam a entrega do informe de governança em 2018, a taxa de aderência subiu de 64,6% para 67,6%. “É sinal de evolução e de que o modelo ‘pratique ou explique’, em alguns casos, está cumprindo seu papel: promover a reflexão contínua sobre as práticas de governança adotadas”, avalia Danilo Gregório, gerente de Advocacy do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), realizador da pesquisa ao lado da EY e TozziniFreire Advogados.
O levantamento apontou que as companhias integrantes do Novo Mercado não se diferenciam das listadas nos demais segmentos especiais. A taxa de aderência média das empresas do segmento foi de 60%, igual à do Nível 1 e ligeiramente abaixo do Nível 2 (62%). A pesquisa evidenciou ainda a diversidade das companhias brasileiras quando o assunto é governança corporativa. A partir dos 338 informes analisados, identificou-se que a empresa de melhor desempenho cumpre 98% das recomendações e a de pior, 8,7%.
Denise Giffoni, gerente sênior de consultoria da EY, reforça a importância de estruturar um processo para revisão de práticas de Governança Corporativa como um exercício constante de avaliação com o Conselho, Comitês e alta gestão. “Já observamos um avanço das companhias que preencheram o informe pelo segundo ano, com maior aderência às práticas mais processuais e formalização. Há espaço para discussão do aprimoramento de estruturas e suporte à tomada de decisão”, ressalta Giffoni.
A entrega obrigatória do Informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa está prevista na Instrução 480 da CVM. O documento adota o “pratique ou explique”, consagrado por códigos de governança que são referência mundial. O modelo não exige a adoção de todas as recomendações, mas prevê que as empresas se justifiquem, especialmente quando não adotam uma prática.
“O informe entra para valer na agenda das companhias abertas. Trata-se de uma reflexão que precisa acontecer de forma contínua, de modo a garantir a evolução em termos de transparência e de comunicação com o mercado”, diz André Camargo, sócio do TozziniFreire Advogados.

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