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EFEITO ILUMINAÇÃO CÊNICA

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ILUMINAÇÃO CÊNICA COMO ELEMENTO MODIFICADOR 
DOS ESPETÁCULOS: 
SEUS EFEITOS SOBRE OS OBJETOS DE CENA 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A luz é um elemento capaz de realçar as formas arquitetônicas, valorizando obras 
e otimizando as funções. No espaço cênico, é capaz de modificar um objeto 
estático e nele criar infinitos efeitos e diferentes atmosferas e, de gerar emoções 
nos espectadores. O objeto de estudo e pesquisa é a luz cênica como elemento 
modificador dos espetáculos, seus efeitos sobre os objetos de cena e sua 
utilização nos teatros. 
 
até o Teatro Elisabetano e a utilização da iluminação cênica natural nos dias de 
hoje. 
 
A seguir no segundo capítulo, a inclusão da iluminação cênica artificial nos 
primeiros espetáculos, iniciando pela a utilização das tochas e velas, 
acompanhando a evolução do espaço cênico. Ainda nesse capítulo são explicados 
os conceitos da iluminação cênica e, a utilização desta nos dias de hoje, nas mais 
modernas casas de espetáculo. 
3 
F F 
F F 
 
 
 
1. A ILUMINAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM OS ESPAÇOS 
 
 
“O homem como um ser predominantemente visual é mais fortemente afetado 
pela luz do que por qualquer outra sensação (...) Forma e cor determinam a 
percepção do entorno físico através dos olhos, e nos dão uma clara e vívida 
impressão do espaço do que os sensos táctil, auditivo e olfativo.” Walter Kholer1 
 
De acordo com Nelson Solano Vianna2, cerca de 70 % da percepção humana é 
visual. Ela faz parte de sua vida e de seu dia-a-dia, do seu modo de habitar. 
Desde que nasce, o homem está sendo submetido ao ritmo da natureza, da 
existência da noite e do dia, elementos que são condições necessárias para que 
ele se sinta pertencente ao próprio tempo. 
 
A iluminação sempre esteve presente em todos os momentos da história da 
arquitetura, embora muitas vezes desapercebida por ser considerada algo natural, 
parte da natureza em que vivemos. A luz está presente em qualquer obra da 
arquitetura, em algumas menos e em outras mais, mesmo que não nos 
preocupemos com ela. Desempenha um papel muito importante nos dias de hoje, 
embora nem sempre compreenda-se o seu significado. 
 
A presença da luz diferenciada nos espaços, através de sua distribuição, 
quantidade e intensidade, discretamente sugere as funções dos ambientes 
distintamente iluminados e, ajuda a definir a utilização destes espaços; de 
descanso, trabalho, diversão e atividades específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
A iluminação artificial e sua evolução 
 
 
Com a necessidade de iluminar o que não podia ser visto desde o momento em 
que o Sol se punha até o momento em que ele nascesse, percebeu-se que era 
preciso criar soluções para que o homem pudesse exercer tarefas das mais 
simples às mais específicas, sem depender da chegada do Sol, já que a luz 
natural não tinha acesso a todos os ambientes. Com a invenção e a evolução das 
fontes de luz artificiais, possibilitou-se a execução de atividades durante as vinte e 
quatro horas do dia. 
 
A primeira chama 
 
 
Fazer fogo e utilizá-lo de maneira produtiva foi fundamental para o homem iniciar 
seu caminho rumo à civilização. Há evidências de que o fogo já era utilizado pelo 
homem na Europa e na Ásia, no período paleolítico posterior. 
 
Os primeiros encontros do homem primitivo com o fogo devem ter ocorrido 
naturalmente ao serem observadas as árvores atingidas por raios e assistindo o 
fogo surgir na superfície de jazidas de petróleo, ou proveniente das atividades 
vulcânicas. Destes encontros casuais o homem aprendeu quais são as 
propriedades inerentes ao fogo: calor e luz, e a capacidade de alguns materiais 
secos pegarem fogo, como a madeira, por exemplo. 
 
 
Figura 1.1 - Chama incandescente 
5 
A partir deste momento, o primeiro passo foi dado para que o homem levasse o 
fogo até sua habitação. Por meio de uma tocha com uma haste de madeira e 
alguns gravetos a chama incandescente era levada de seu lugar natural até a 
caverna ou acampamento, onde o fogo poderia ser mantido indefinidamente, 
como uma fonte constante de calor, luz e proteção (fig.1.2). 
 
 
Figura 1.2- Homem primitivo utilizando o fogo 
 
 
Nestes primórdios da história, à medida que os homens se espalhavam pelo 
mundo, mudando-se para áreas de clima frio, o fogo tornou-se vital para o 
aquecimento e como fonte de luz. Foi igualmente útil para cozinhar. Nos primeiros 
lugares onde o homem se estabeleceu, a falta de provas da existência de fogo 
sugere que estes povos se alimentavam de carne crua. Foi a partir do uso do fogo 
para cozinhar que aumentou o número e a variedade de alimentos disponíveis 
para os homens primitivos. 
6 
F F F F 
H H H H 
H H H H H 
O fogo teve ainda uma outra utilidade, menos óbvia hoje em dia, mas talvez a 
mais importante de todas, quando foi descoberto pela primeira vez. O fogo 
oferecia proteção contra os animais selvagens que atacavam os homens 
primitivos. Uma fogueira ardendo constantemente em um acampamento mantinha 
os predadores afastados. Por isso que a descoberta do fogo permitiu uma maior 
mobilidade. Contando com o fogo como meio de proteção, pequenos grupos de 
homens que anteriormente tinham que viajar em grandes bandos para se 
defenderem podiam se aventurar para lugares mais distantes em busca de 
alimentos ou de moradia. 
 
Acender e transportar o fogo 
 
 
Somente muito tempo depois que o homem verificou as faíscas saindo de “dois 
galhos que eram esfregados pela ação do vento” é que surgiu a idéia de tentar se 
obter fogo através do atrito de dois pedaços de pau. Provavelmente a produção 
do fogo pelo Homo erectus, o ancestral imediato do homem moderno, só 
aconteceu no período neolítico, cerca de 7 mil anos AC. O Homo erectus 
descobriu uma forma de produzir as primeiras faíscas, através do atrito de pedras 
ou pedaços de madeira. Para reproduzir o fenômeno, tentou diferentes tipos de 
pedras, até se decidir pelas melhores, como o sílex3 e as piritas4. 
 
Utensílios foram criados, sendo que, um dos primeiros, foi uma pequena vareta de 
madeira, que era girado rapidamente entre a palma das mãos, enquanto era 
pressionado em uma lasca plana de madeira. Mais tarde, as puas de arco e corda 
foram usadas para fazer girar mais rapidamente a vareta, fazendo com que o fogo 
pegasse mais depressa. Somente tempos depois se descobriu que uma faísca 
poderia ser criada esfregando-se piritas de ferro com uma pedra. 
 
 
 
 
 
3 
Sílex é uma rocha biogênica do grupo dos acaustobiólitos (rochas de origem biológica não combustíveis), 
formada de carapaças HsilicosasH de organismos marinhos 
4 
O mineral pirita, ou pirita de ferro, é o nome comum do disulfeto de ferro 
7 
Nas cavernas, após a descoberta do fogo, tochas passaram a iluminar os homens 
primitivos. Neste tempo pré-histórico, ao descobrir que também podia fazer fogo, o 
homem logo compreendeu as vantagens de utilizar a luz, passando a valer-se de 
fachos e archotes. Com o passar do tempo, uma mecha de fibras retorcidas no 
interior de um bambu, e gordura animal em fusão, deu origem à primeira vela, que 
haveria de guiar e iluminar o caminho do homem por milhares de anos. 
 
Fogo e a civilização 
 
 
Assim como o controle inicial do fogo foi essencial para o desenvolvimento de 
seres humanos na Idade da Pedra, para os primeiros agricultores do período 
Neolítico foi um fator preponderante para o desenvolvimento de toda civilização 
humana até nossos dias. No decorrer da história, o homem encontrou formas 
diferentes de utilizar o fogo: luz e calor resultantes da rápida combinação de 
oxigênio, ou em alguns casos de cloro gasoso,com outros materiais. Também foi 
utilizado para cozinhar, para clarear a terra onde o homem ia plantar, para 
aplicação em recipientes de barro a fim de se fazer cerâmica e também a 
aplicação em pedaços de minério para se obter cobre e estanho, combinando-os 
em seguida para fazer o bronze (c. 3000 AC), e mais tarde obter o ferro (c. 1000 
AC). 
 
Nos dias de hoje pode-se dizer, que a evolução da tecnologia moderna pode ser 
caracterizada por um aumento e um controle cada vez maior sobre a energia. O 
fogo foi a primeira fonte de energia descoberta e conscientemente controlada e 
utilizada pelo homem. 
8 
F F 
1.1.2. Da vela à lâmpada incandescente 
 
 
Na Idade da Pedra, a necessidade de produzir uma chama constante que pudesse 
ser mantida acesa por longos períodos fez com que se criassem cuias providas de 
pavio que queimavam com óleos vegetais ou animais. A geração subseqüente de 
luz artificial, viria com as velas, invenção dos fenícios. 
 
A mais antiga do que as velas, as tochas eram usadas desde a época pré- 
histórica. Quanto à utilização das tochas, havia um domínio sobre o tempo de 
durabilidade da chama e luminosidade das mesmas. Conheciam-se os tipos de 
madeira que tinham grande quantidade de resina combustível, que não se 
consumiam com rapidez. A luminosidade era muito pequena se comparada com 
as lâmpadas a óleo que sucederam as tochas. 
 
A iluminação a óleo utilizava lâmpadas de barro, bronze, chumbo e até de ouro, 
cujas chamas tremeluzentes permitiam uma luminosidade tênue nas casas e 
palácios. Todas as lâmpadas eram muito parecidas no seu formato, tinham a 
forma de bacia com bordas onduladas e ressaltos formando os bicos onde ficavam 
as mechas combustíveis. Orifícios feitos na "bacia" permitiam a passagem do ar 
para manter a pressão e, correntes reunidas num anel serviam para sustentar a 
lâmpada no teto ou parede. Usavam-se também lâmpadas em forma de ânfora, 
enfeitadas na parte larga onde saíam as mechas. Na Roma Antiga os cristãos 
ornamentavam as peças com figuras de peixe ou pombos. 
 
Na Idade Média, o povo utilizava lâmpadas a óleo e para clarear as moradias e os 
ambientes públicos, que vieram se juntar às velas de ceras, sebo ou estearina5 
(fig. 1.3). Estes tipos de iluminação duraram até o século XVIII. As luminárias a 
querosene, gás e eletricidade, são conquistas dos séculos XIX e XX, na busca da 
luz para a vida do homem. 
 
 
 
5 
Estearina - Vela de gordura, retirando-se a glicerina dela diminui o odor e a fumaça. 
9 
 
 
Figura 1.3- Lâmpada à óleo para uso doméstico e público 
 
 
A iluminação artificial também vinha sendo utilizada nos espetáculos teatrais e, 
estes evoluíram desde a utilização das velas e candelabros, passando pelas 
luminárias a óleo (fig.1.4), mas, com a invenção das luminárias a gás, a 
iluminação artificial mostrou-se mais eficiente. 
 
 
 
Figura 1.4 - Lâmpada à óleo para uso doméstico e público 
10 
F F Somente há cerca de dois séculos, no final do século XVIII, o físico Amié Argand6 
conseguiu aumentar o potencial de luz da chama e, em 1784 introduz sua 
lâmpada utilizando o gás (fig. 1.5) 
 
 
Figura 1.5 - Luminária a gás criada por Argand 
 
 
No final do século XVIII a introdução da lâmpada de Argand trouxe melhorias a 
iluminação artificial e, passa a ser um grande diferencial. 
 
Nas ruas de Londres o gás começa a ser utilizado a partir de 1807 e, Paris em 
1819. Na iluminação doméstica, o gás passa a ser utilizado em 1840. 
 
Há pouco mais de um século, a idéia de chama como fonte de luz foi trocada pelo 
conceito de um corpo incandescente sólido. As duas maiores invenções do 
período foram à lâmpada a gás e a lâmpada elétrica incandescente em 1879. 
 
 
 
 
6 
Amie Argand, inventor suíço, empregou seus conhecimentos científicos e criou a luminária a gás. 
11 
Na segunda década do século XX, passou a ser possível produzir luz sem 
desperdício de energia com seu subproduto final, o calor. Nessa época foram 
criadas as lâmpadas de descarga elétrica em várias formas e em escala 
comercial. Elas vêm sendo aperfeiçoadas até os dias de hoje. 
 
A Iluminação natural e sua relação com os espaços cênicos 
 
 
A iluminação cênica natural, inicia-se na luz solar usada desde os gregos até os 
elisabetanos, chegando às diferentes fontes de luz empregadas a partir de 
meados do séc. XVI, quando o teatro recolheu-se pela primeira vez em salas 
fechadas. 
 
O teatro originou-se nas primeiras sociedades primitivas, em que se acreditava no 
uso de danças imitativas como propiciadores de poderes sobrenaturais, que 
controlavam todos os fatos necessários à sobrevivência (fertilidade da terra, casa, 
sucesso nas batalhas etc), ainda possuindo também caráter de exorcização dos 
maus espíritos. Portanto, o teatro em suas origens possuía um caráter ritualístico. 
 
Com o desenvolvimento, conhecimento do homem e, conseqüente domínio em 
relação aos fenômenos naturais, o teatro vai deixando suas características 
ritualistas, dando lugar às características mais educacionais. Em um estágio mais 
desenvolvido, o teatro passou a ser o lugar de representação de lendas 
relacionadas aos deuses e heróis. 
 
Na Grécia antiga, os festivais anuais em honra ao deus Dionísio (Baco, para os 
latinos) compreendiam, entre seus eventos, a representação de tragédias e 
comédias. As primeiras formas dramáticas na Grécia surgiram neste contexto, 
12 
F F F F 
H H 
F F 
F F 
inicialmente com as canções dionisíacas (ditirambos7). A tragédia, em seu estágio 
seguinte, se realizou com a representação da primeira tragédia, com Téspis8. 
 
Todos os papéis eram representados por homens, pois não era permitida a 
participação de mulheres. Os escritores participavam, muitas vezes, tanto das 
atuações como dos ensaios e da idealização das coreografias. O espaço utilizado 
para as encenações, em Atenas, era apenas um grande círculo. Com o passar do 
tempo, grandes inovações foram sendo adicionadas ao teatro grego, como a 
profissionalização, a estrutura dos espaços cênicos (surgimento do palco elevado) 
etc. Os escritores dos textos dramáticos cuidavam de praticamente todos os 
estágios das produções. 
 
Nesse mesmo período, os romanos já possuíam seu teatro, grandemente 
influenciado pelo teatro grego, do qual tirou todos os modelos. Nomes importantes 
do teatro romano foram Plauto9 e Terêncio10. Roma não possuiu um teatro 
permanente até o ano de 55 a.C., mas de acordo com os dados históricos, 
enormes tendas eram erguidas, com capacidade para abrigarem cerca de 40.000 
espectadores. Apesar de ter sido totalmente baseado nos moldes gregos, o teatro 
romano criou suas próprias inovações, com a pantomima, em que apenas um ator 
representava todos os papéis, com a utilização de máscara para cada 
personagem interpretado, sendo o ator acompanhado por músicos e por coro. 
 
 
 
 
7 
Diritambo era o nome dado ao ritual oferecido ao deus grego Dionísio. Era uma 'dança de saltos' ou dança 
de abandono, acompanhada por movimentos dramáticos e dotada de hinos apropriados. 
8 
Poeta trágico grego. Segundo a tradição ateniense, foi o criador da tragédia a introduzir nos espetáculos 
dionisíacos da primavera de 535 a.J.C. um poema que narra as aventuras de um herói. 
9 
Plauto-Titus Maccius Plautus, dramaturgo da República Romana, viveu por volta dos anos de 230 a.C. e 
180 a.C., pois suas 21 HpeçasH que se preservaram até os dias atuais datam entre os anos de H205 a.C. H e H184 
a.C. H. 
10 
Terêncio-produtor teatral da Roma antiga que em suas peças imitava o teatro grego, escreveu numerosas 
comédias, algumas vezes valendo-se das mesmas fontes gregas aque Plauto recorrera, mas dando a essas 
fontes um tratamento diverso, com fortes contribuições pessoais. 
13 
F F 
F F 
No século XVII, o teatro italiano experimentou grandes evoluções cênicas, muitas 
das quais já o teatro como atualmente é estruturado. Muitos mecanismos foram 
adicionados à infra-estrutura interna do palco, permitindo a mobilidade de cenários 
e, portanto, uma maior versatilidade nas representações. 
 
Nesta mesma época no Brasil, o teatro tem sua origem com as representações de 
catequização dos índios. As peças eram escritas com intenções didáticas, 
procurando sempre encontrar meios de traduzir a crença cristã para a cultura 
indígena. Uma origem do teatro no Brasil deveu-se à Companhia de Jesus, ordem 
que se encarregou da expansão da crença pelos países colonizados. Os autores 
do teatro nesse período foram o Padre José de Anchieta11 e o Padre Antônio 
Vieira12. As representações eram realizadas com grande carga dramática e com 
alguns efeitos cênicos, para a maior efetividade da lição de religiosidade que as 
representações cênicas procuravam inculcar nas mentes aborígines. 
 
O teatro grego e o romano: a relação entre os espaços de apresentação e a 
luz 
 
Durante séculos o teatro foi realizado à luz do sol, sem necessidade de iluminação 
artificial. O espetáculo começava de manhã, e só terminava quando o sol ia 
embora, era como se a luz natural dirigisse todo o espetáculo lá do alto. Quando 
chegava o final da tarde, essa luz se recolhia e o espetáculo cessava. Em pouco 
tempo a luz regressava às vezes pálida, nevoenta, translúcida, outras vezes clara 
e absoluta, essa luz superior projetava raios em toda as direções e refletia, nas 
superfícies, volumes e cores, assim o palco e a platéia podiam se reencontrar e, o 
espetáculo poderia continuar. Na Grécia, as apresentações eram feitas em amplos 
teatros, construídos de forma semicircular e planejados para que não 
apresentassem problemas de acústica ou de visibilidade. As arquibancadas eram 
 
11
Jesuíta, gramático e poeta lírico espanhol nascido em La Laguna de Tenerife, Ilhas Canárias, conhecido 
como o Apóstolo do Brasil, de admirável trabalho de catequização dos indígenas brasileiros 
12 
Padre, orador sacro, missionário, diplomata e escritor português nascido na Freguesia da Sé, em Lisboa, 
cuja extraordinária obra e religiosidade sempre estiveram ligadas a fatos econômicos e políticos. Filho de um 
14 
escavadas nas encostas das colinas e tanto o público quanto os atores, ficavam 
expostos à luz do sol, aos ventos e a brisa do mar. Já de manhã milhares de 
pessoas tomavam seus lugares nas arquibancadas e ali permaneciam o dia 
inteiro. Por mais que fosse o mesmo espetáculo a ser apresentado, eles eram 
únicos, já que a iluminação assim como brilho e sombra dependiam das condições 
atmosféricas; movimento das nuvens e das diferenças de intensidade e 
luminosidade da luz solar (fig.1.6). 
 
Figura 1.6 - Teatro Grego 
 
 
No momento em que o teatro se recolheu dentro de uma “casa”, foi necessário 
reinventar a luz para a continuação dos espetáculos, no entanto seria muito difícil 
substituir a original. Ao mesmo tempo era o momento para criação e descoberta 
de técnicas que trouxessem de volta a fantasia e a imaginação e, aos poucos 
substituiu-se a luz natural, em fonte incandescente. 
 
Até hoje, os espetáculos realizados em ambientes externos, quando apresentados 
durante o dia, guardam as características das encenações primitivas, o que os 
olhos vêem é o real sem filtros e sem artifícios. 
 
 
servidor do governo colonial, de origem modesta e com ascendência africana, destacado como funcionário, 
para trabalhar na Bahia, no Brasil. 
15 
 
 
Figura 1.7 - Teatro atual - Teatro Romano de Orange 
O Teatro Romano em Orange é um dos mais bonitos monumentos na França e, é 
testemunha da Era Romana. Suas arquibancadas garantem uma acústica 
excepcional. Com a queda do Império Romano, este teatro deixou de ser usado e 
em 1562 ele se transformou em um espaço para refúgio da população. Próximo ao 
ano de 1800 o teatro foi restaurado. (fig. 1.7 a 1.10). 
 
 
Figura 1.8 - Teatro Romano de Orange Figura 1.9 - Teatro Romano de Orange 
16 
F F 
 
 
Figura 1.10 - Teatro Romano de Orange - Festival Corais de Orange 
 
Os corais de Orange acontecem todos os verões desde 1860, o mais antigo 
Festival da França.Sua capacidade é de 9000 pessoas. 
 
O Teatro Elisabetano 
 
 
“Frequentemente, diz-se que o Teatro Elisabetano era a imagem do 
mundo. A plataforma era um buliçoso, seu alçapão levava ao inferno, 
o interior acortinado do palco expunha as confidências da vida 
privada, o balcão era aquele nível superior do qual alguns poderiam 
olhar para baixo para que outros olhassem para cima...” Peter Brook 13 
(fonte: Revista Luz e Cena n 71, pág 40) 
 
 
A Inglaterra dos fins do século XVI era uma sociedade orgulhosa: acabava de se 
converter na grande potência marítima da Europa, derrotando a Invencível 
Armada espanhola; os marinheiros e os militares britânicos puseram-se a 
conquistar e colonizar o mundo conhecido, e o comércio e a indústria começaram 
a florescer. A rainha Elizabeth I (1558-1603) encarregou-se de promover esse 
patriotismo entre seus súditos e o teatro foi um bom instrumento para consegui-lo. 
 
 
13 
Encenador inglês redistribui o conhecimento que extrai da prática teatral. O trabalho de Brook inclui o 
compromisso de difundir idéias e métodos úteis a outros núcleos de produção teatral. 
17 
F F 
F F F 
H H H H 
H H H H H H H H 
Os autores mais notáveis deste período são Christopher Marlowe14, Ben Jonson15 
e William Shakespeare16, considerado o maior poeta dramático de todos os 
tempos. Suas peças, tradicionalmente divididas em obras históricas, comédias e 
tragédias fazem não só a crônica de seu país como também descrevem com rara 
compreensão da condição humana as relações entre indivíduos e estes com a 
sociedade. 
 
Os dramaturgos nos tempos de Shakespeare eram conhecidos como poetas, e os 
atores como jogadores. Shakespeare era uma entre várias personalidades 
extremamente talentosas do seu cotidiano. Eles transformaram o teatro de 
entretenimento itinerante onde se agrupavam os atores em rudes palcos de 
hospedaria ou feiras em uma atividade completamente profissional em teatros 
construídos em Londres. Os atores foram proibidos através de lei de viajar ao 
redor da Inglaterra como artistas sem vínculo; tiveram que formar companhias 
debaixo da proteção de um nobre. 
 
Os teatros da época tinham dois tipos básicos de arquitetura: circular ou poligonal. 
Eram construídos de madeira e sem teto. O palco podia ter até três níveis para 
que várias cenas fossem representadas simultaneamente. Ele avançava até o 
meio do edifício, de modo que o público o cercasse por três lados e teria boa 
visibilidade. Ao fundo, uma cortina modificava o ambiente. Aos espectadores mais 
abastados e aos representantes da nobreza eram destinadas as galerias 
(fig.1.11). 
 
 
 
14 
Christopher Marlowe (batizado a 26 de fevereiro de 1564 – morto em 30 de maio de 1593) foi um 
HdramaturgoH, poeta e tradutor inglês que viveu no HPeríodo Elisabetano H. Foi o maior renovador formal do teatro do 
período com a introdução dos versos brancos, e uma influência forte sobre as primeiras obras de 
HShakespeareH. 
15 
Benjamin Jonson, dramaturgo inglês mais conhecido como Ben Jonson ( Westminster, 11 de Junho de 
H1572H - HLondresH, H6 de AgostoH de H1637H), Começou a afirmar sua reputação graças à versão inicial de Cada 
homem com seu humor, de H1589H e que foirepresentada no HGlobe TheatreH pela Companhia de HShakespeareH. 
16 
Shakespeare Dramaturgo e poeta inglês (23 de Maio de 1564, 23 de Maio de 1616). Destaca-se entre os 
mais importantes da história do teatro. Nasce em Stratford-upon-Avon, onde faz os primeiros estudos. Entre 
1590 e 1594 redige a primeira peça, A Comédia dos Erros. Ainda nessa época escreve 154 sonetos, 
considerados até hoje os mais belos e mais importantes da língua inglesa. 
F 
18 
 
 
Figura 1.11 - Planta Baixa – Teatro Elisabetano 
No início, eram utilizados locais improvisados, como os pátios das hospedarias, ou 
mesmo áreas abertas. Depois as companhias teatrais foram-se estabilizando e, 
começaram a ser construídos os primeiros teatros. Os cenários ficavam no centro 
de uma grande nave circular ou hexagonal. Ao redor dispunham-se os balcões e 
as galerias; praticamente não havia decoração (fig.1.12). Os atores eram 
profissionais e não havia atrizes: seus papéis eram interpretados por jovens atores 
que assumiam um tom de voz feminino. 
 
Figura 1.12– Globe Theatre - vista interna 
19 
Existem traços comuns entre o teatro elisabetano (ou isabelino, como é conhecido 
na Espanha) e o Hteatro castelhano H do Século de Ouro: a representação de 
comédias em locais abertos, público pertencente às mais diversas classes sociais, 
a combinação de tragédia e comédia na mesma obra, e a utilização de 
argumentos históricos. Além disso, tratava-se de um teatro em versos, mas com 
grande liberdade e vivacidade nos diálogos. 
 
 
Figura 1.13- Globe Theatre (reprodução) 
 
 
Essa fase se encerra com o fechamento dos teatros por ordem do Parlamento em 
1642. 
20 
Sua utilização nos dias de hoje 
 
 
Considerado o teatro mais antigo da América do Sul (1770), a Casa da Ópera de 
Vila Rica, sua antiga denominação, foi construída em Ouro Preto, Minas Gerais, 
pelo coronel João de Souza Lisboa, dentro da tradição arquitetônica luso- 
brasileira. Utilizado até os dias atuais para apresentação de espetáculos, é 
localizado, no Largo do Carmo, não lhe dá nenhum destaque entre o casario 
vizinho (fig.1.14). 
 
 
Figura 1.14 - Fachada 
Fonte: Arquitetura do Brasil III 
 
 
Edifício de fachada singela que remete a austeridade da arquitetura civil da época. 
Apresenta empena frontal, de vaga inspiração neoclássica, em contraste com 
aberturas em arco abatido, de tradição barroca, e elementos medievais, óculo 
quadrilobado e arcaturas acompanhando a cornija da empena. Provavelmente o 
estilo eclético foi adquirido durante a remodelação interna ocorrida em 1882. 
 
Seu interior, também acanhado, segundo as palavras do viajante francês Saint- 
Hilaire, constituía-se de quatro ordens de camarotes, encerrados por balaustradas 
de madeira recortada. A sala de espetáculos, originalmente, era iluminada por 
velas entre os camarotes. 
21 
 
 
Figura 1.15 - Teatro Municipal de Ouro Preto - Vista da platéia 
 
 
A boca de cena é emoldurada com pedra, vista da platéia. A conformação quase 
retangular da sala interfere na boa visibilidade dos camarotes e frisas laterais, em 
direção ao palco (fig. 1.15). 
 
 
Figura 1.16 - Facho de luz natural visto do Palco 
22 
F F 
As colunas de apoio dos pisos inferiores foram substituídas pelas de ferro, de 
seção menor, privilegiando a visibilidade dos camarotes. 
 
Ao se ver a partir da boca de cena em direção ao fundo da sala de espetáculos, 
observa-se ao alto o óculo da fachada por onde invade um feixe de luz natural, 
que ilumina a cena, possibilitando espetáculos bem iluminados, uma solução dos 
tempos sem energia elétrica (fig.1.16 e 1.17). 
 
Figura 1.17 - Vista da galeria superior 
 
 
Ao longo de sua história, sofreu inúmeras reformas, sendo a mais significativa em 
1882, quando a estrutura das quatro ordens de camarotes também alterada, 
adquirindo a forma de ferradura e recebendo piso em declive. Todas essas 
modificações visaram adaptá-lo ás exigências de conforto do século XIX. 
 
Foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1995, porém usando o nome 
Teatro Municipal de Ouro Preto. Contratador dos reais quintos17 e das entradas, 
 
17 
O rei de Portugal era, por lei, o dono do subsolo, razão pela qual cobrava o "quinto" do metal extraído. Em 
1716, depois de experimentar diversas formas de cobrança desse tributo, as Câmaras Municipais de Minas 
Gerais propuseram substituí-lo por taxas fixas impostas sobre as mercadorias "entradas" na região de 
mineração. Apesar da proposta não ter sido aceita pela Coroa, em 1º de outubro de 1718, os postos 
23 
F F 
Souza Lisboa, fascinado pela arte teatral, recebeu desde o início apoio do Conde 
de Valadares, governador da Capitania, e de seu secretário, o poeta Cláudio 
Manoel Costa. 
 
Enquanto viveu, Souza Lisboa esteve à frente da Casa da Ópera de Vila Rica, 
contratando atores em Sabará e no Tijuco, relacionando nomes de personalidades 
influentes - intelectuais, militares, políticos - capazes de prestigiá-lo em momentos 
decisivos, preocupando-se com a pintura e a decoração do prédio. Inevitável, 
portanto, que a casa da Ópera de Vila Rica morresse um pouco com seu criador, 
em 1778. 
 
Ressurgiu oito anos depois, triunfalmente, nas festas dos desposórios18 do infante 
D. João, com três noites de ópera. A partir daí, sob diferentes administradores, a 
Casa da Ópera viveu períodos de altos e baixos, sem, no entanto, deixar de 
funcionar. 
 
O teatro quase desaparece em 1885, quando o governo provincial chega a 
planejar a construção de um novo teatro em Vila Rica que como capital merecia, já 
que, segundo alguns engenheiros, este ameaçaria desabar. 
 
Nem o Teatro desabou, nem outro foi construído. E a reforma, concluída após sete 
anos, foi executada com perfeição e economia. 
 
No final do século XIX, em todo o país ocorrem mudanças com a chegada do 
fonógrafo e do cinema. Os teatros viram a freqüência reduzida, e o de Ouro Preto 
não fugiu à regra. No entanto, aos poucos a convivência entre o antigo e o novo 
foi-se estruturando, cada qual ocupando o próprio espaço. 
 
 
 
arrecadadores denominados "registros" nas estradas que levavam à região mineira. A arrecadação do tributo 
era, comumente, cedida a um "contratador", que pagava ao fisco, em parcelas, uma quantia fixa, em troca do 
direito de cobrar o imposto em seu próprio proveito. 
 
18 
Desposórios - casamentos 
24 
 Revisão histórica da iluminação artificial nos espaços cênicos 
 
 
No século XVI, quando o teatro iniciou suas atividades em espaços fechados, 
notou-se que era preciso substituir a luz natural por artifícios que clareassem o 
palco e, que permitissem que os atores e objetos de cena pudessem ser vistos. 
Fez-se necessária a utilização de fontes de iluminação artificial, a partir daí, a 
busca por soluções e técnicas que suprissem as necessidades visuais tanto para 
os artistas quantos para a platéia (fig. 1.18 e 1.19). 
 
Figura 1.18 - Candelabro da época da Renascença 
 
 
 
Figura 1.19 - Lâmpada a óleo 
25 
Em muitos destes novos espaços fechados que passaram a abrigar os 
espetáculos, existiam janelas permitindo a captação de luz externa em parte do 
dia; durante a noite eram utilizadas velas para garantir a visibilidade, sendo por 
muito tempo a única fonte de luz do teatro, produzindo no entanto; uma luz 
instável, oscilante e, difícil de ser controlada. Durante os séc. XVII e XVIII foram 
utilizados candelabros nos teatros, espalhados pelo espaço cênico e platéia 
(fig.1.20 a 1.24). Chegou-se a experimentar sebo na confecção de velas com o 
objetivo de aumentar o seu tempo de vida, mas, devido ao mau cheiro estas velasforam pouco utilizadas. Mais tarde vieram os lampiões a óleo criados por Argand, 
sua luminosidade era maior que das velas. No entanto a queima de óleo trazia 
alguns inconvenientes como a sujeira que produzia nos tetos, paredes, cortinas 
além do risco de pingar em alguém (fig.1.25). 
 
 
 
 
 
Figura 1.20 e Figura 1.21 - Candelabro com vários tipos de velas tornou-se comum no final do sec.XVI 
26 
 
 
Figura 1.22 - Luminária utilizada para aplicação de vela - luz de ribalta 
 
 
 
 
 
Figura 1.23 - Modelo do século XVII Teatro Francês abrange candelabros e luz de ribalta 
27 
 
 
Figura 1. 24 - Iluminação do Palácio Richelieu Cardeal Richelieu, rei Luis VIII e sua rainha no teatro privado 
do Cardeal em 1641.Iluminação feita através de candelabros. 
 
Figura 1.25 - Lighting in Convent Garden Theatre, 1674 
28 
F F 
Novos combustíveis foram utilizados, como óleo de baleia e querosene. Por mais 
que os artesãos, técnicos de luz e os diretores teatrais tentassem resolver as 
condições de visibilidade, as fontes de energia que se dispunha ainda eram muito 
precárias. Sua luminosidade era instável, difícil de controlar, sem direcionamento, 
bastante diferente e pouco eficiente comparando-se à iluminação hoje utilizada 
nas casas de espetáculos. 
 
Algumas idéias continuaram surgindo, assim como a utilização de vidros côncavos 
preenchidos com vinho ou líquidos coloridos e objetos com superfícies refletoras a 
fim de criar novos efeitos (fig. 1.26). A preocupação em reduzir a iluminação da 
platéia, com a finalidade de intensificar a luminosidade do palco, trouxe contrastes 
e valorizava o espaço cênico conseqüentemente, os espetáculos. 
 
Figura 1. 26 - Garrafa de vidro côncava e vela 
 
 
A utilização de novas técnicas como a controle de luminosidade das lâmpadas, 
criada por Nicola Sabbatini19(fig.1.27), trazem progressos à iluminação cênica, 
mas, é a iluminação a gás que vem resolver de forma satisfatória a questão da 
visibilidade nos teatros. 
 
 
19 
Nicola Sabbatini nasceu em 1574, em Pesaro, na Italia. Morreu em 25 de dezembro de 1654. Arquiteto e 
engenheiro, abriu caminho para novas técnicas de iluminação teatral. 
29 
 
 
 
Figura 1.27 - Lâmpada à óleo criada por Sabbatini 
 
 
A nova lâmpada trazia mais claridade do que as mais avançadas lâmpadas a óleo 
da época. As lâmpadas de Argand foram primariamente introduzidas no teatro 
francês em 1784. A partir de 1850 o gás é utilizado de forma genérica nos teatros. 
 
 
As vantagens conseguidas a partir da utilização do gás nas luminárias e 
candelabros eram muitas; um candelabro a gás equivalia a 12 velas, a luz 
produzida era mais intensa, mais estável e o controle desta operação passou a ser 
centralizado (fig. 1.28). Mesmo com todas as vantagens em relação aos sistemas 
de iluminação artificial anteriores, sua utilização trazia altos custos com 
manutenção e problemas de segurança, havia grande preocupação com incêndios 
que eram comuns. 
32 
 
 
Figura 1.28 - Luminária a gás criada por Argand 
Fonte: Hwww.stage-lighting-museum.com 
 
 
Em 1879 é criada a lâmpada incandescente por Thomas Edison com um filamento 
de carbono. As primeiras instalações elétricas nos teatros foram feitas através da 
luz de ribalta, gambiarras e laterais. Foram muitas as possibilidades de criação a 
partir desta nova descoberta (fig.1.29). 
 
 
Figura 1.29 - Lâmpada Incandescente 
Fonte: Hwww.stage-lighting-museum.com
33 
F F 
2. A iluminação cênica artificial 
 
 
Diferente dos demais sistemas sígnicos1 teatrais, a iluminação é um artifício 
bastante recente. Sua introdução no espetáculo teatral, deu-se apenas no séc 
XVII, aperfeiçoando-se com a descoberta da eletricidade. Uma das principais 
funções da iluminação é delimitar o espaço cênico. Quando um facho de luz incide 
sobre um determinado ponto do palco, significa que é ali que a ação se 
desenrolará naquele momento. Além de delimitar o lugar da cena, a iluminação se 
encarrega de estabelecer relações entre o ator e os objetos, o ator e os 
personagens em geral. A iluminação "modela" através da luz o rosto, o corpo do 
ator ou um fragmento do cenário. (fig. 2.1 a 2.7) 
 
 
Figura 2.1 - Foto do espetáculo Telhado de Vidro - Tanzhaus 
Fonte: Mauro Kury 
 
 
 
1 
Relativo a signos; unidade principal constitutiva da linguagem humana, representada pela associação entre 
um significado e um significante, ou seja, entre um conceito e uma imagem acústica. 
34 
 
 
Figura 2.2 - Foto do espetáculo Matulao – Trupe do Passo 
Fonte: Mauro Kury 
 
Figura 2.3 - Espetáculo da Universidade da Califórnia – Santa Barbara 
Fonte: Lighting the Stage, Art and Practice 
35 
 
 
Figura 2.4 – Foto – Espetáculo Teatral Figura 2.5 – Foto – Espetáculo de Dança 
Fonte: www.luxious.com/portifolio Fonte: Hwww.blainekimball.com/images/theater_lighting.jpg 
 
Figura 2.6 – Espetáculo de Dança 
Fonte: www.luxious.com/portifolio 
 
Figura 2.7 – Foto de espetáculo Musical 
Fonte: www.luxious.com/portifolio 
36 
F F 
A inclusão da iluminação cênica nos primeiros espetáculos 
 
 
Por dois mil anos, 500 A.C e 1500 D.C., o teatro não necessitou de outra luz que 
não fosse o sol, apenas raras exceções como nas Igrejas na Idade Média, Europa 
no século IX, onde se fazia teatro na própria Igreja. 
 
À vela, invenção dos fenícios, foi durante muito tempo à única iluminação que os 
teatros possuíam. 
 
Não havia necessidade de iluminação artificial para o teatro, pois a arte cênica 
acontecia durante o dia e era desenvolvida em locais abertos. Entretanto quando o 
espetáculo se prolongava, era preciso recorrer ao fogo para iluminá-lo no meio 
para o final, através de tochas ou fogueiras. Os espetáculos feitos nas Igrejas 
eram iluminados com velas ou círios2. 
 
Representações como comédias satíricas, apresentações circenses, que eram 
executadas em tavernas e castelos, eram iluminadas com tochas e archotes. No 
inverno em que os dias eram menores, a iluminação artificial também era usada 
no final dos espetáculos; tocha amarrada à gaiola de ferro que segurava o material 
flamejante. 
 
Os dramas litúrgicos desenvolviam-se nas igrejas e a iluminação era favorecida 
pelos vitrais. Dramas Medievais feitos ao ar livre, performances em locais 
fechados faziam uso da lâmpada a óleo, tochas e vela. 
 
A iluminação do palco ao longo de todo caminho desde a toda flamejante do teatro 
elisabetano até a lâmpada de óleo italiana, começou na renascença com 
equipamento de fazer alusão ao grego. 
 
 
 
2 Círios, velas compridas. Antigamente feitas de sebo de boi. 
37 
F F 
F F F F 
A produção do teatro renascentista ficava na mão do arquiteto do teatro, 
responsável pelo cenário e iluminação e, algumas idéias importantes como: o 
humor específico como uma tragédia, iluminação indireta com a utilização de 
espelhos, escurecimento do auditório, passo muito importante. 
 
Lâmpadas a óleo foram largamente usadas para iluminação doméstica e pública, 
incluindo o teatro da idade média até o fim do século XVIII. O pavio quando imerso 
em pequena quantidade de óleo, produzia não só luz mas também fumaça e um 
cheiro desagradável. Óleos vegetais de alta qualidade, como óleo de oliva, 
produziam mais luz com menos fumaça, assim como melhor odor. 
 
A lâmpada a gás, que foi introduzida em 1784 pelo inventor suíço Argand, foi um 
grande progresso comparado às tradicionais lâmpadas a óleo de chama aberta. 
Argand empregou conhecimento científico no papel do recentemente descoberto 
oxigênio em combustão. As lâmpadas de Argand foramprimariamente 
introduzidas no teatro francês. 
 
Nos teatros, o gás é empregado de forma generalizada a partir de 1850. A 
primeira adaptação bem sucedida em 1803 no Lyceum Theatre de Londres (fig. 
2.8 e 2.9), foi realizada por um alemão chamado Frederick Winsor3. 
 
Em 1876, pela primeira vez, durante a representação de suas óperas em 
Bayreuth4, Richard Wagner5, mergulha a sala no escuro. Essa medida é pouco a 
pouco adotada na Inglaterra, na França e no restante dos teatros europeus. Com 
um destaque maior ao espetáculo e diminuiu-se a luz na platéia, com isso o 
espectador perdeu a consciência da realidade e entrou em estado parcial de 
hipnotismo. 
 
 
 
3 
Frederick Winsor, R.L. 1888, Fundador da Middlesex School , professor de teatro. 
4 
Bayreuth cidade situada na Alemanha 
5 
Wilhelm Richard Wagner (22 de maio de 1813 - Leipzig, 13 de fevereiro de 1833 - Veneza) compositor 
clássico alemão. 
38 
 
 
 
 
Figura 2.8 - Lyceum Theatre de Londres – Vista Palco 
Fonte: Hwww.unlikelymoose.com 
 
 
 
 
 
Figura 2.9- Lyceum Theatre de Londres - Vista Platéia 
Fonte: Hwww.unlikelymoose.com 
39 
No século XIX as inovações cênicas e infra-estruturais do teatro tiveram 
prosseguimento. O teatro de Booth de Nova York (fig. 2.10) já utilizava os recursos 
do elevador hidráulico. Os recursos de iluminação também passaram por muitas 
inovações e experimentações, com o advento da luz a gás. 
 
 
Figura 2.10 - Teatro de Booth NY 
Fonte: Hwww.ckbphoto.net/family/washingtondc/crw_2756.htm 
 
 
Em 1879 quando Edson fabrica a primeira lâmpada de incandescência com 
filamento de carbono, permite a generalização do uso da eletricidade nos teatros. 
Até o final do séc XIX a luz elétrica já havia se tornado comum nos grandes 
teatros. As primeiras instalações elétricas em palco italiano utilizavam luzes de 
ribalta, gambiarras e laterais. Em 1881, o Savoy Theatre (fig.2.11) de Londres foi o 
primeiro a utilizar iluminação elétrica. 
A Iluminação elétrica passa a ser um dos principais instrumentos de estruturação 
e animação do espaço cênico. A luz elétrica fez com que toda a estrutura teatral 
mudasse radicalmente. 
 
As primeiras mesas de controle apareceram em Londres e no Boston Theatre nos 
EUA. 
40 
 
 
Figura 2.11 - Savoy Teatre 
Fonte: Hwww.hotelsoftheworld.com 
 
 
 
 
2.1.1. A importância da iluminação cênica artificial no teatro 
 
 
Somente nos últimos quatro ou cinco séculos que o teatro tem geralmente sido 
realizado em ambiente fechado e, a luz tem sido usada para iluminar o palco e os 
atores. Velas, tochas, lâmpadas a óleo e a gás, cada uma por sua vez, contribuiu 
com meios de produzir esta luz e, permitiu algum grau de efeito. A eletricidade 
chegou, e com ela novas idéias. 
 
Sem a iluminação nada pode ser visto; é o primeiro dos estímulos da mente 
humana e, o homem é sensível a todas as suas nuances. 
 
Por séculos, são escritas nos espetáculos a luz que o homem tem conhecido em 
suas vidas; agora esta luz pode ser “manipulada“ no palco. Seu efeito visual e 
emocional pode ser usado para acompanhar e influenciar a atuação, como a 
evolução da técnica mostra, é sem limite. 
41 
F F 
A iluminação cênica artificial nos dias de hoje 
 
A luz elétrica veio proporcionar melhores condições para visibilidade e abrir novos 
caminhos não só para a iluminação como para o teatro em geral. Ela provocou 
mudanças no conceito de cenografia, figurinos, alterando completamente o 
aspecto visual do espetáculo. 
 
Com o objetivo de otimizar ainda mais a iluminação cênica, novos aparelhos 
dotados de lentes e lâmpadas especiais foram surgindo, em conseqüência disto 
muitas vantagens como; a focagem, lentes de abertura do foco, direcionamento 
preciso, regulagem de posição fixa ou móvel e em todas as direções que facilitava 
cobrir o objeto de cena e artistas de qualquer ângulo e suporte para filtros 
coloridos. 
 
Seus Elementos 
 
 
Hoje em dia são utilizados vários equipamentos como o spotlight, que permitiu 
isolar e precisar as zonas de ação, pôs o artista em evidência, detalhou cenários e 
objetos e, iluminando as cenas de vários ângulos valorizou as três dimensões. 
 
Em sua maior parte, as lâmpadas usadas são as lâmpadas incandescentes 
halógenas de alta potência que são utilizadas nos refletores para lâmpadas par, 
palito, lâmpadas de descarga.. 
 
Hoje são muito utilizados os projetores plano-convexos para fachos difusos assim 
como o Projetor Fresnel6. Em longas distâncias surgiram os canhões seguidores 
formados por lâmpadas de descarga ou halógenas. Permitindo a reprodução de 
formas geométricas e efeitos, os projetores elipsoidais estão entre os mais 
especificados pelos criadores de iluminação cênica nos espetáculos. 
 
 
6 
Refletor com um tipo de lente dotada de sulcos prismáticos concêntricos, dele se obtem uma luz muito 
constante, seus fachos se misturam sem deixar marcas ou contornos acentuados. 
42 
Outros refletores bastante usados são as carcaças usadas com lâmpadas Par (fig. 
2.12), a utilização de cores tornou-se cada vez mais presente nos espetáculos e, 
estes refletores permitem a utilização de gelatinas coloridas de forma bastante 
satisfatória. 
 
 
 
Figura 2.12 - Refletor para lâmpada Par 64 
Fonte: www.iar.unicamp.br/lab/luz/equipamentos/par.htm 
 
 
Paralelo a todo este avanço para atingirmos as condições de visibilidade em 
teatros fechados, foram surgindo mesas de controle. 
 
A iluminação cênica tem expressão própria. A intenção é dotar o conjunto da 
maior possibilidade de uso, considerando um rigor técnico nas angulações e uma 
disponibilidade de equipamentos, recursos técnicos e recursos operacionais. A 
excelência do material instalado fica ao dispor do processo criativo que será, 
então, o agente estimulador da resposta emocional do espectador. 
 
43 
3. A Iluminação Cênica como Elemento Modificador 
 
 
A luz tem a capacidade de mudar a aparência das coisas. Uma paisagem vista 
num dia ensolarado pode parecer brilhante, cheia de contrastes fortes e 
tonalidades diferentes, no entanto esta mesma paisagem vista em um dia nublado 
apresenta características completamente diferentes. O mesmo acontece com a 
iluminação artificial em ambientes internos, onde lâmpadas utilizadas apresentam 
índice de reprodução de cor e temperaturas diferentes, assim como a posição de 
luminárias e quantidade de luz aplicada no palco, podendo torná-lo quente, frio, 
aconchegante ou impessoal. 
 
Além de modificar a aparência física dos objetos e dos ambientes que ilumina, a 
luz tem também o poder de agir sobre as pessoas, alterando seu estado de 
espírito, seu humor, através das impressões psicológicas que causa. 
 
As pessoas, os objetos e principalmente os lugares são vistos de modo diferente, 
dependendo do tipo de luz que recebem (fig. 3.1 a 3.7). Se na vida real 
observamos esse duplo papel da luz, agindo sobre a aparência física dos 
elementos por ela iluminados e, causando as mais variadas reações psicológicas 
nas pessoas, no teatro, a importância da luz é ainda maior. 
 
 
Figura 3.1 – Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
44 
 
 
Figura 3.2 – Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
 
 
Figura 3.3 - Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
 
 
Figura 3.4 – Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
45 
 
 
Figura 3.5 - Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
 
 
Figura 3.6 - Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
 
 
Figura 3.7 - Foto Palco Iluminado - Luz diferenciada 
46 
A iluminação cênica é planejada com a finalidade de causar envolvimentoe 
provocar impressão psicológica aos espectadores. A começar pelo tipo de 
lâmpada empregada. Um espetáculo a luz de velas causa uma impressão 
completamente diferente de espetáculo iluminado com lâmpadas halógenas, em 
conseqüência do tipo de luz emitida. A mesma cena é vista então sob claridades 
diferentes despertando as mais diversas reações. 
 
Quando se ilumina um objeto com uma luz incidente, mas que não ilumina por 
igual todos os lados do seu corpo, estabelece-se diferenças entre os lados mais 
iluminados e os que recebem menos quantidade de luz, essa diferença denomina- 
se contraste de iluminação. Através deste contraste modificam-se os objetos 
iluminados, dá-se a estes formas aparentemente diferentes e possibilitando 
também a criação de cenas diferenciadas. Iluminando o mesmo objeto estático de 
diferentes ângulos e de forma seqüenciada, pode-se dar a este a aparência de 
estar em movimento. Lembrando ainda da utilização de cores, que auxiliam a 
iluminação cênica e criam diversas atmosferas, cenas iluminadas com cores 
diferentes, podem retratar aparentemente situações térmicas distintas (fig. 3.8 e 
3.9). 
 
Figura 3.8 - Cena de espetáculo iluminada – The Poor Sailor 
47 
 
Figura 3.9. - Cena do espetáculo Áse – Ana Vitória Companhia de Dança 
 
Objetos de Cena e Suas Características 
 
 
A luz reinventa o objeto, como ele estivesse sendo visto pela primeira vez. Revela 
sua configuração, materialidade, textura; realça os contornos, as dobras, as, 
curvas, as ondulações, o arredondamento, largura, espessura, profundidade, cor, 
peso, brilho e transparência. O espectador, mesmo sem sair do lugar, pode ter 
uma impressão visual completa dos objetos, como se os estivesse vendo sob 
todos os ângulos. Uma simples mesa, sem a menor importância perceptiva, pode 
transformar-se num objeto interessante e admirável. 
 
A luz possui uma participação fundamental na visualidade dos elementos cênicos, 
porém se o artista da luz não levar em consideração os demais elementos 
expressivos que compõe esse todo, corre risco de desarmonizar o encontro 
estético entre eles. 
48 
A cenografia, os objetos, os atores, os figurinos, o palco, na sua tonalidade visual, 
possuem uma claridade local inerente a ele próprio. Uma luz ambiente, 
aparentemente uniforme, revela que alguns objetos são mais claros e outros mais 
escuros, tornando evidente as características destes objetos (fig. 3.10 e 3.11). 
 
Figura 3.10 - Intrépida Trupe Figura 3.11 – Foto - Espetáculo de Dança 
 
A iluminação rege os elementos visuais do palco, determinando a importância de 
cada um destes e revelando sua plasticidade. A cenografia, os figurinos e os 
objetos de cena e principalmente os atores com seus gestos e expressões que 
adquirem destaque e importância ao receberem luz. 
 
Aplicação de Cores 
 
 
A cor faz parte da simbologia e do imaginário do ser humano, mas, sem luz é 
impossível compreendê-la, no escuro as cores não podem ser observadas. A 
qualidade e a quantidade da luz utilizada, responsável por projetar uma 
determinada luz colorida, influi diretamente no reconhecimento e resultado da cor 
sobre os objetos. 
 
A utilização das cores na iluminação cênica, além de mostrar diferença nos 
objetos iluminados, traz também diferentes emoções. A aplicação de outras cores 
49 
F F 
às mesmas cenas apresentadas, aos olhos de seus espectadores, é capaz de 
trazer sensações de diferentes temperaturas (fig. 3.12). 
 
O estudo das cores é extremamente importante na composição plástica dos 
espetáculos, a luz influência o restante dos elementos cênicos, alterando sua 
composição. 
 
 
Figura 3.12- Esfera branca exposta a cores quentes e frias; Lavander 57, Fire 19 e Médium Âmbar 20 
 
Para obter o resultado da “luz colorida” como na figura acima, podem ser 
utilizadas lâmpadas que apresentam seu bulbo já colorido, filtros de vidro, cristal e 
material plástico de diferentes cores, mas, na iluminação cênica principalmente em 
ambientes fechados, são utilizadas folhas de gelatinas1, que apresentam uma 
infinidade de cores e que podem ser aplicadas a muitos modelos de refletores e 
projetores, apresentando resultados eficientes e diferenciados. 
 
Hamilton Saraiva, em tese, comenta: 
“As cores na iluminação, interferem na leitura emocional de cenas apresentadas. 
As cores podem criar uma linguagem própria e, ainda, ajudar ou prejudicar o 
resultado final de uma cena ou peça teatral, consoante o uso apropriado ou 
impróprio dos matizes, com relação ao sentimento almejado, pelo criador, por 
parte da platéia.” 
 
 
 
1 
Folha de material transparente, geralmente de poliester ou policarbonato, posicionada em frente aos 
refletores para colorir ou filtrar luzes. Encontram-se disponíveis no mercado gelatinas de inúmeras cores, em 
diversos tons. Fundamental quando se deseja utilizar cor para desenhar a cenografia. 
51 
 
F F 
F F 
Hamilton Saraiva2, em sua obra cita: 
“Quando Leone de Sommi, em 1565 ou 1566 em seu livro 
Quatro Dialoghi in Materia di Representazioni Sceniche, 
sugere que “estaria melhor a comédia com a iluminação 
colorida e o drama com a luz branca”, já havia uma relação 
entre a cor e os gêneros dramáticos pretendidos. Estas 
relações primárias entre as cores da natureza e o nosso 
sistema sensorial são alguns princípios que nos interessam 
para um estudo com as cores nas luzes”. Ricardo Kosovski3 
 
3.2.1. Criação de atmosferas 
 
 
As pessoas, os objetos e principalmente os lugares são vistos de modo diferente 
dependendo do tipo de luz que recebem, no caso deste estudo; os espetáculos 
teatrais e seus objetos de cena (fig. 3.13). 
 
 
 
Figura 3.13 – Espetáculo da Lumini Cia de Dança 
 
 
 
2 
Hamilton Figueredo Saraiva, Interações Físicas e Psíquicas geradas pelas cores na iluminação teatral . Tese de 
Doutorado, Escola de Com. e Artes, 1999 São Paulo. 
3 
Teatro e Comunicação: Aspectos de cena”, 1995, UFRJ 
52 
Em muitos casos selecionamos ambientes que iremos freqüentar de acordo com a 
iluminação deste, às vezes sem percebermos. Uma iluminação aconchegante 
torna um ambiente mais agradável. Os estudos de iluminação ambiental mostram 
a importância e o poder da luz na divisão dos espaços, na criação de 
compartimentos, na sugestão de profundidade, altura, extensão, no destaque dos 
objetos, no contraste de tons, na valorização dos detalhes, texturas, volume, 
transparência e brilho (fig. 3.14). 
Figura 3.14- Intrépida Trupe - Sonhos de Einstein 
 
 
A noção de proximidade e distância também está relacionada com a luz. Focos 
fechados são concentradores e aproximativos; cores frias e tonalidades escuras 
atuam como distanciadores; luz frontal produz achatamento; luz vertical dá sombra 
no rosto; luz balanceada produz naturalidade; enfim, a luz tem a capacidade de 
mudar as aparências. Se sem ela não há espetáculo, podemos dizer que com ela, 
o espetáculo muda muito, condicionando os olhos a enxergarem apenas aquilo 
que está sendo iluminado e de maneira “como” está sendo iluminado. 
53 
F F 
A importância da sombra na iluminação 
 
 
As sombras trazem profundidade aos objetos iluminados e textura, dependendo 
da iluminação elas podem ter cor. 
 
No momento em que os iluminadores fazem seu trabalho de iluminação, eles são 
responsáveis por resultados opostos luzes e sombras. Ao escolher as áreas que 
devem iluminar, devem preocupar-se também com as áreas que não querem que 
sejam iluminadas. Então, escolhido o tipo de luz, deve-se escolher também o tipo 
de sombra que será criada, pois ao se projetar à luz a um objeto, se produzirá um 
outro efeito que deve ser bastanteobservado; a sombra (fig. 3.15). 
 
 
Figura 3.15 – Foto de Espetáculo Musical 
 
Quando a luz, encontra obstáculos na superfície, criam-se locais com queda de 
luminância que são percebidos pela nossa retina; as sombras, sem elas não 
perceberíamos o volume dos objetos. Existem tipos de sombras diferentes. 
 
Leonardo da Vinci já no século XVI, havia diferenciado os três tipos de sombra, 
que o americano Michael Baxandall4 classificou como: sombra projetada, auto- 
 
4 
Michael Baxandall - Professor de arte renascentista italiana, nasceu em 1933 na cidade de Cardiff, 
Inglaterra. 
54 
sombra, e sombreamento. Todos os objetos ganham volume ao combinar em 
graus diferentes essas formas de sombras. 
 
A sombra projetada é causada por um obstáculo entre uma superfície e uma fonte 
de luz. Por exemplo, quando se afina um foco em determinado ator, tem-se a 
sombra dele no palco. Aqui, o ator seria o obstáculo que causaria a sombra no 
piso do palco (fig. 3.16 a 3.19). 
 
Figura 3.16 – Luz de Frente Figura 3.17 – Luz a Pino 
 
Figura 3.18 – Luz de chão Figura 3.19 – Luz Chapada 
55 
A auto-sombra é aquela de uma superfície que fica fora do alcance do facho de 
luz. Em um contra-luz (fig. 3.20), iluminação posicionada por detrás do objeto a ser 
iluminado, o rosto do ator está em situação de auto-sombra. A sombra projetada é 
mais escura que a auto-sombra, pois, a contraluz haverá sempre um pouco de 
reflexo da luz rebatida do chão, no rosto do ator. Já o sombreamento se dá pelo 
ângulo que a luz forma com a superfície a ser iluminada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.20 – Contra-luz 
 
 
 
 O teatro de sombras 
 
 
Esta é uma técnica utilizada com as sombras projetadas por algum foco de luz 
através de uma cortina. Nos palcos a "sombra chinesa" é a utilização desse efeito 
como linguagem plástica e de cena. 
 
Efeitos de sombras "chinesas" devem ser bem estudados para que o resultado 
final seja satisfatório, tanto plasticamente quanto em termos de linguagem cênica. 
Alguns conhecimentos básicos de comportamento da luz e de materiais são 
necessários para a realização desse efeito. 
56 
 
 
Figura 3.21 - Visão interna da sombra projetada Figura 3.22 - Visão externa da sombra projetada 
 
 
Alguns materiais permitem a passagem de determinadas partes da luz incidente 
sobre eles, tais como tecidos, plásticos, vidros leitosos, filtros de difusão etc. São 
esses materiais os mais utilizados nesse efeito exatamente porque seus graus de 
opacidade e textura determinarão comportamentos diferentes da luz no anteparo. 
 
Quando se emite um foco de luz frontalmente a esses materiais, seus versos 
apresentarão as sombras dos objetos dispostos entre eles e a luz. Conhecendo e 
testando materiais e luzes diferentes os lighting designers podem obter efeitos 
satisfatórios no palco. 
 
 
Figura 3.23 -Visão int. sombra proj. sobre projeção Figura 3.24-Visão ext. sombra proj. sobre projeção 
57 
 
 
A quantidade, direção e ângulo de iluminação, determinarão as sombras criadas. 
Pode-se observar que a dimensão da sombra criada é inversamente proporcional 
à distância entre a fonte de luz e o anteparo material, assim como dos objetos 
utilizados. 
 
É importante saber que a quantidade de sombras de um objeto projetada no 
anteparo dependerá exclusivamente da quantidade de fontes luminosas e as 
distâncias e dimensões entre as sombras dependerão das distâncias entre essas 
fontes. 
 
 
Figura 3.25 -Visão int. sombra proj. 02 focos Figura 3.26 -Visão ext. sombra proj. 02 focos 
67 
 
 
ANEXO 1 – LÂMPADAS, REFLETORES E EQUIPAMENTOS AUXILIARES 
1. Refletor PAR 
 
Figura 1 – Refletores para lâmpada PAR 
Esse refletor é assim chamado, por ser utilizado com lâmpadas com um espelho 
parabólico (Parabolic Alumized Reflector). O feixe de luz gerado por este refletor depende 
do tipo da lâmpada usada. 
 
Já que a lâmpada utilizada pode ser substituída, com a mesma luminária poderemos ter 
dispersões de feixe de luz que vão desde iluminar uma grande área, até criar o efeito da 
luz do sol ou da lua em um pequeno espaço, efeito do “Dedo de Deus”. 
 
O modelo das lâmpadas é determinado pelo diâmetro do bulbo (fig. 2). O modo de 
dispersão é função do tipo da lâmpada que é definida pelo seu diâmetro externo. 
 
 
Figura 2 – Lâmpadas PAR – diferentes tamanhos 
 
68 
 
0 BRefletor PAR can 1000w com lâmpada PAR 64 
 
 
Lamp Feixe Área iluminada a 6m 
FFN VNSP:Very Narrow Spot 3 1/2' x 8 1/2' 
FFP NSP: Narrow Spot 5' x 9' 
FFR MFL: Medium Flood 7 1/2' x 16' 
FFS WFL: Wide Flood 12' x 18' 
 
De acordo com o quadro acima, a lâmpada Narrow Spot bulbo tem um feixe mais 
pronunciado devido à alta concentração de energia e permite ver com riqueza de detalhes 
as cores de fundo do cenário. Wide Flood Bulbs são usadas para iluminar uma área 
grande ou onde houver poucas luminárias para cobrir uma grande área. Em pequenos 
teatros recomenda-se o tipo MFL (medium flood) e a NSP (Narrow spot) que resolvem a 
maior parte das situações. 
 
Os tipos mais comuns de lâmpadas usadas em teatros são; 
PAR38:150 watt 
PAR56: 300 watt 
PAR56(Q) e PAR64 lâmpadas halógenas: 500 watt 
PAR64(Q): 1000 watt 
69 
F F 
 
2. Elipsoidal 
 
 
 
Figura 2 – Refletor Elipsoidal 
 
 
 
O refletor Elipsoidal está entre os mais complexos não automáticos refletores encontrados 
em iluminação teatral, são usados por sua forte e bem definida luz e sua versatilidade. 
 
Equipamento cujo foco é bem definido proporcionando luz dura. Utilizado geralmente para 
projeção e recortes de imagens no fundo de estúdios e para efeitos no teatro, é também 
utilizado para gerais de frente. Para abertura focal o equipamento possui uma íris 
mecânica; para os recortes, jogos de facas e, para projeções; porta-gobos. Projeções são 
feitas através de gobos1 de aço, duralumínio ou gobos de vidro coloridos. 
 
Alguns modelos podem suportar porta-gobos rotatórios com encaixes para duas lâminas. 
Existem também máquinas de efeitos para acoplagem na parte frontal do canhão. 
 
O Elipsoidal tem uma eficiência maior do que o Fresnel devido o bulbo ser rodeado por 
um reflector elipsoidal diferente do esférico do fresnel. Isto resulta num maior controle do 
feixe de luz. Outra grande vantagem é o baixo consumo de energia onde lâmpadas de 
750-575W iluminam igual a de 1000W de outras luminárias. 
 
 
 
1 
Gobo- mascara com desenhos em metal ou outro material para projeção de imagens 
70 
 
3. Projetor Plano-Convexo (PC) 
 
 
Figura 3 – Projetor Plano-Convexo 
 
 
 
 
O PC um refletor bastante utilizado em teatro, leva esse nome por que utiliza uma lente 
plano-convexa para fazer com que os raios luminosos tenham uma incidência focalizada 
em determinado campo e produza uma fonte luminosa bastante definida. 
 
Ele possui um espelho esférico e um sistema de deslocação da lâmpada no interior de 
sua carcaça. O espelho aumenta o desempenho da luminosidade; a deslocação da 
lâmpada em relação à lente aumenta o grau do facho de luz. Afastando-se a lâmpada da 
lente, o facho diminui. Dependendo do modelo, a variação do facho fica entre 5º a 50º. 
 
Sua utilização é bastante variada, pois esse equipamento possui grande versatilidade. 
Gerais, banhos, focos com definição (luz dura), focos indefinidos (luz soft), back lights 
(contra-luzes), podem ser criados com esse "pincel". 
 
Para criação de luz soft, adicionam-se filtros difusores ou silk, assim como, para desenhos 
retangulares, utilizam-se bandoors. Outros efeitos podem ser conseguidos com prática e 
experiência, tais como:sombras projetadas, vitrais projetados, máscaras, etc. Os plano- 
convexos podem ter diferentes potências, os mais comuns são os de 500 W, 1000W, 
2000W. 
71 
F F 
 
4. Fresnel 
 
 
 
Figura 4 – Refletores Fresnel 
 
 
 
Como o plano-convexo, o fresnel é um equipamento cuja luz pode ser considerada "dura", 
porém, devido às características difusoras de sua lente, o equipamento fornece um 
detalhamento focal menos acentuado, diluindo a iluminação do centro à periferia. 
 
Sendo sua luz mais suave, suas sombras são menos definidas. Encontramos esse tipo de 
equipamento em utilização nos teatros, estúdios de vídeo, tv e no cinema. Suas potências 
variam muito e no cinema criam uma iluminação muito apropriada para efeitos de luz do 
dia com utilização de lâmpadas hmi2 de alta potência. Muito útil na construção de gerais, 
contra-luzes, banhos e walls. 
 
 
Figura 5 - Lâmpada HMIl 
 
 
 
 
2 
HMI - São lâmpadas de tipo descarga contendo mercúrio, metais raros e iodo. 
72 
 
 
A lente Fresnel tem a espessura de lente reduzida devido ela ser dividida em diversos 
círculos concêntricos, preservando a curvatura da face convexa de um teórico anel total. 
 
Figura 6 – Lente Fresnel 
A imagem projetada pela lente fica distorcida, devido aos cortes existentes em cada anel 
concêntrico. 
 
Geralmente estes refletores possuem ajustes internos, que permitem movimentar a 
lâmpada através de um pequeno trilho e assim obter tanto um facho luminoso bem aberto 
como um facho bem fechado e intenso. 
 
5. Canhão Seguidor 
 
Figura 7 – Canhão seguidor 
73 
 
Refletor de grande potência utilizado para projeção de focos definidos em atores e 
cenários. Pouco utilizado em estúdios, a não ser em programas de televisão e cinema 
(efeitos específicos). 
 
Geralmente manuseado manualmente sobre um tripé de apoio. Possui sistema de troca e 
mistura de cores. 
 
6. Scoop 
 
 
 
 
Figura 8 – Refletores Scoop 
 
 
 
O Scoop é um dos mais simples equipamentos usados no teatro. Consiste de uma 
lâmpada (em geral incandescente para baixa potência ou halógena) colocada dentro de 
um refletor parabólico. 
 
O principal uso é prover uma inundação difusa de luz em uma grande área através de 
uma única fonte. 
74 
 
Na pratica é uma luz de preenchimento onde o foco não é o mais importante. As 
luminárias PAR permitem um foco melhor. 
 
Scoops de grande potência (1000w e 16”) são geralmente usados para iluminar o 
ciclorama ou iluminar o cenário. 
 
 
1 B7. Ciclorama 
 
 
Figura 9 – Refletores ciclorama de chão 
 
 
 
 
Figura 10 – Refletores ciclorama aéreo 
 
 
O Ciclorama é constituído de luminárias retangulares cuja função é de “inundar” de luz 
uma superfície vertical 
 
 
Podemos fazer a iluminação por baixo ou por cima de acordo com o modelo. 
75 
 
 
8. Border Lights 
 
 
 
 
Figura 11 – Refletores borderlight 
 
O borderlight é um conjunto de lâmpadas compartimentadas em luminárias para o uso de 
banho de luz. 
 
Em geral tem vários circuitos, em cada um podemos então colocar lâmpadas diferentes. 
Assim cada conjunto do borderlight pode preencher uma área com uma cor e outro com 
outra cor. 
 
9. Moving Light 
 
 
Figura 32 – Moving light 
76 
F F 
 
Equipamento com controle digital que tanto pode transferir uma iluminação soft (wash) 
como focos definidos, projeções de gobos (lâminas vazadas de duralumínio para projeção 
de imagens) e luzes estroboscópicas. 
 
Seu controle é feito através de mesas com protocolos de comunicação DMX (protocolo de 
transferência de dados de mesas digitais para equipamentos). Utilizados geralmente em 
shows e programas de televisão ao vivo para efeitos de banho no palco e em alguns 
casos específicos também em estúdios. 
 
Os Moving Lights são divididos em Moving Heads e Scanners. 
 
 
Scanners são os Moving Lights com espelho que possuem um movimento de PAN e TILT 
muito mais rápidos do que os Moving Heads. Através de slides metálicos ou dicróicos 
(gobos) podemos projetar logotipos ou até fotos em qualquer superfície. 
 
10. Mesas e Dimmers 
 
Figura 13 - Dimmer com 12 canais 
 
A diferença que a iluminação cênica proporciona, é bastante expressiva tanto para os 
equipamentos quanto a forma de instalação, operação e utilização. O sistema de 
iluminação cênica pode ser dividido em 2 grupos ou categorias: sistema digital onde todo 
o processamento é feito com a utilização de softwares e linguagem de comunicação 
própria entre dimmer3 e mesa e, o sistema analógico que engloba sistemas de pequeno 
porte. 
 
 
3 
Recurso elétrico que controla a quantidade de eletricidade, podendo diminuir ou aumentar a intensidade da lâmpada 
do refletor. 
77 
 
Rack é a parte destinada ao controle da potência, podendo atuar sobre qualquer 
equipamento resistivo ou indutivo, (pois atua sobre a tensão média do sinal elétrico.) 
Geralmente este equipamento é passivo e seus únicos ajustes são as chaves disjuntoras 
para proteção dos canais de entrada e saída. Os dimmers analógicos possuem ajustes de 
intensidade mínimo e máximo e para os equipamentos digitais, a chave para 
endereçamento, sendo os ajustes de mínimo e máximo realizados através da mesa mixer. 
 
Mesa Mixer Local onde toda a programação é processada. Análoga ao sistema de 
dimmer, a mesa também pode variar quanto ao sistema, podendo ser analógica ou digital. 
Suas principais características são o número de canais e cenas que se pode programar 
(fig.14 e 15). 
 
Figura 14 - Mesa analógica 
 
 
Hoje em dia a sofisticação de hardware e software nos permite ter como exemplo o 
conjunto abaixo: 
 
Figura 15 - Mesa Computadorizada 
 
 
 
78 
 
As fotos abaixo apresentam exemplos de palcos iluminados por diferentes refletores e 
projetores; refletor para lâmpada Par, plano-convexo, elipisoidal, moving light entre outros. 
Alguns destes acrescidos de filtros de cores, outros apenas lâmpadas, sem filtros ou 
gobos. 
 
São muitas as possibilidades de criação de luz, utilizando equipamentos disponíveis hoje 
no mercado. 
 
 
Figura 16 - The Lakewood Church in Houston, Texas 
 
 
 
Figura 17 – Foto Palco – Iluminado 
 
 
 
 
Figura 18 – Foto Palco - Iluminado 
 
 
 
 
 
Figura 19 – Foto Palco – Iluminado Figura 20 – Foto Palco - Iluminado 
 
 
 
 
Figura 21 - Foto Palco – Iluminado Figura 22 - Foto Palco - Iluminado 
 
 
 
79 
	ILUMINAÇÃO CÊNICA COMO ELEMENTO MODIFICADOR DOS ESPETÁCULOS:
	INTRODUÇÃO
	A iluminação artificial e sua evolução
	A primeira chama
	Acender e transportar o fogo
	Fogo e a civilização
	1.1.2. Da vela à lâmpada incandescente
	A Iluminação natural e sua relação com os espaços cênicos
	O teatro grego e o romano: a relação entre os espaços de apresentação e a luz
	O Teatro Elisabetano
	Sua utilização nos dias de hoje
	Revisão histórica da iluminação artificial nos espaços cênicos
	A inclusão da iluminação cênica nos primeiros espetáculos
	2.1.1. A importância da iluminação cênica artificial no teatro
	A iluminação cênica artificial nos dias de hoje
	Seus Elementos
	Objetos de Cena e Suas Características
	Aplicação de Cores
	3.2.1. Criação de atmosferas
	A importância da sombra na iluminação
	O teatro de sombras
	ANEXO 1 – LÂMPADAS, REFLETORES E EQUIPAMENTOS AUXILIARES
	0BRefletor PAR can 1000w com lâmpada PAR 64
	2. Elipsoidal
	3. Projetor Plano-Convexo (PC)
	4. Fresnel
	5. Canhão Seguidor
	6. Scoop
	1B7. Ciclorama
	8. Border Lights
	9. Moving Light
	10. Mesas e Dimmers

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