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Defeitos de Desenvolvimento da 
Região Bucal e Maxilofacial 
Alterações de Desenvolvimento 
dos 
Tecidos Moles 
1 | Defeitos do Desenvolvimento da Região Oral e 
Maxilofacial 
- Fendas Orofaciais 
- Fossetas da Comissura Labial 
- Fossetas Labiais Paramedianas (Fístulas Congênitas do Lábio Inferior; 
*** 
 -- Fossetas Labiais Congênitas) *** 
- Lábio Duplo 
- Grânulos de Fordyce 
- Leucoedema 
- Microglossia (Hipoglossia) 
- Macroglossia 
- Anquiloglossia (Língua Presa) 
- Tireoide Lingual *** 
- Língua Fissurada (Língua Escrotal) 
-Língua Pilosa (Língua Pilosa Negra, Língua Saburrosa) 
- Varicosidades (Varizes) 
- Artéria de Calibre Persistente 
- Fístulas Laterais do Palato Mole 
- Hiperplasia Coronoide 
- Hiperplasia Condilar 
- Hipoplasia Condilar 
- Côndilo Bífido 
- Exostoses 
- Tórus Palatino 
- Tórus Mandibular 
- Síndrome de Eagle (Síndrome de Estilooide; Síndrome da Artéria 
Carótida; Estilalgia) 
- Defeito de Stafne (Cisto Ósseo de Stafne; Depressão Lingual da 
Glândula Salivar; Cisto Ósseo Latente; Cisto Ósseo Estático; Defeito 
Ósseo Estático; Defeito da Cortical Lingual Mandibular) 
Cistos do 
Desenvolvimento 
- Cistos Palatinos do Recém-
nascido (Pérolas de Epstein; 
Nódulos de Bohn) 
- Cisto Nasolabial (Cisto 
Nasoalveolar; Cisto de Klestadt) 
- “Cisto Globulomaxilar” 
- Cisto do Ducto Nasopalatino 
(Cisto do Canal Incisivo) 
- Cisto Palatino (Palatal) Mediano 
-“Cisto Mandibular Mediano” 
-Cistos Foliculares da Pele Cisto 
Dermoide (Cisto Disontogênico) 
-Cisto do Ducto Tireoglosso (Cisto 
do Trato Tireoglosso) 
- Cisto da Fenda Branquial (Cisto 
Linfoepitelial Cervical) 
- Cisto Linfoepitelial Oral 
Outras raras anomalias do 
desenvolvimento 
 
- Hemi-hiperplasia (Hemi-hipertrofia) 
-Atrofia Hemifacial Progressiva (Hemiatrofia Facial Progressiva; 
Síndrome de Romberg, Síndrome de ParryRomberg) 
- Displasia Odontomaxilar Segmentar (Displasia 
Hemimaxilofacial) 
- Síndrome de Crouzon (Disostose Craniofacial) 
- Síndrome de Apert (Acrocefalosindactilia) 
-Disostose Mandibulofacial (Síndrome de Treacher Collins; 
- Síndrome de Franceschetti-Zwahlen-Klein) 
FENDAS OROFACIAIS 
• A formação da face e cavidade oral é de 
natureza complexa e depende do 
desenvolvimento e fusão de processos teciduais 
de forma ordenada. 
 
• Fendas orais – distúrbios no crescimento e fusão 
desses processos. 
 
• Desenvolvimento da porção central da face ± na 
4ª semana de desenvolvimento humano. 
 
• 6ª/7ªsemanas de desenvolvimento – lábio superior 
é formado. União dos processos nasais medianos 
com os processos maxilares do primeiro arco 
branquial (parte média do lábio é derivada dos 
processos nasais medianos e as partes laterais dos 
processos maxilares). 
 
 
• Palato secundário – 90% do palato duro e mole, 
formado pelos processos maxilares do primeiro 
arco branquial. 
• Fenda Labial (FL) – fusão defeituosa do processo nasal 
mediano com o processo maxilar. 
 
• Fenda Palatina (FP) – falha na fusão das cristas palatinas. 
 
• FL e FP ocorrem juntas frequentemente, 45% dos casos. 
 
• FP isoladamente, 30% dos casos. 
 
• FL isolada em 25% dos casos. 
 
• Obs.: FL isolada ou FL associada a FP são condições 
relacionadas etiologicamente e podem ser consideradas como 
um grupo: FL com ou sem FP ( FL±FP). 
• A FP isolada parece representar uma entidade separada da 
FL±FP. 
• Apesar de muitas fendas serem anomalias isoladas, foram 
identificadas mais de 400 síndromes do desenvolvimento 
que podem estar associadas à FL±FP ou FO. 
 
• Estudos recentes: + de 30% dos pacientes com FL±FP e 
50% das FP isolada têm anomalias associadas. 
 
• Obs.: Algumas dessas síndromes podem ser autossômicas 
dominantes, autossômicas recessivas ou de padrão ligado 
ao cromossomo X. 
• . 
 A causa das fendas não sindrômicas não 
segue um padrão mendeliano de herança, 
mas parece heterogênea. 
 
 
• Consumo materno de álcool: > risco para desenvolvimento de fendas 
tanto as sindrômicas como as não sindrômicas. 
 
• Tabagismo materno: no mínimo dobra a chance de desenvolvimento de 
fendas em comparação com mães não tabagistas. 
 
• Deficiência de ácido fólico: > risco de FL e FP. 
 
• Uso materno de corticosteróides: > risco em 3,4 vezes para o 
desenvolvimento de fendas orofaciais. 
 
• Uso de anticonvulsivante (fenitoína): 10 vezes mais chances de 
formação de fendas. 
Causas Ambientais de Fendas Orofaciais 
Características Clínicas e Radiográficas 
• A formação de fendas é um dos defeitos 
congênitos mais frequentes em humanos. 
• Em brancos a FL±FP 1:700-1000 nascimentos. 
• Em populações asiáticas é 1,5 vez maior que em 
brancos. 
• Em negros, FL±FP é muito inferior; 0,4:1000 
nascimentos. 
• Em norte-americanos parece ser maior; 3,6:1000 
nascimentos. 
• FP isoladas são menos comuns que FL±FP, com 
frequência de 0,4:1000 nascimentos em brancos e 
negros. 
• A FL±FP é mais comum em homens. 
 
• FL+FP 2:1, H:M. 
 
• Quanto mais grave maior a predileção por homens. 
 
• FL isolada 1,5:1 H:M. 
 
• FP isolada mais comuns em mulheres. Quanto mais grave maior a predileção por 
mulheres. 
 
• Fendas em palato mole e duro 2:1 M:H; relação quase igual quando acometem só 
palato mole (H=̃M). 
 
• =̃ 80% FL unilaterais. 20% bilaterais. 
 
• 70% das FL unilaterais lado E. 
 
• 70% FL unilaterais associadas a FP. 
 
• FL bilaterais aumenta para 85% de FP. 
 
• Fendas completas que envolvem alvéolo 
geralmente ocorrem entre incisivo lateral e 
canino. 
 
• Não é incomum a ausência do incisivo lateral. 
Dentes supranumerários podem estar presentes. 
 
• O defeito ósseo pode ser evidenciado em 
radiografias. 
• FP - variação considerável quanto à gravidade. 
Palatos duro e mole ou apenas o mole. A menor 
manifestação é a úvula fendida ou úvula bífida. 
 
• Úvula bífida muito > FP com 1:80 indivíduos 
brancos. Em asiáticos e norte-americanos é 
muito maior, 1:10. 
 
• Em negros é muito <; 1: 250 pessoas. 
 
Fenda Labial (FL). Recém-nascido com fenda bilateral do lábio superior. (Cortesia do Dr. 
William Bruce.) 
Fenda Palatina (FP). Defeito palatino resultando na comunicação com a cavidade nasal. 
Úvula Bífida 
Fenda Palatina Submucosa. Presença de uma fenda na linha média do osso palatino, porém a 
mucosa de revestimento está intacta. Uma úvula bífida também está presente. 
 
• OBS.: Fenda Palatina Submucosa: mucosa intacta; defeito na 
musculatura subjacente do palato mole; chanfradura no osso ao 
longo da região posterior marginal do palato duro. Pode estar 
associada à úvula fendida. 
Sequência de Pierre Robin 
(anomalia de Pierre Robin) 
• FP; 
• Micrognatia mandibular; 
• Glossoptose( obstrução das vias aéreas 
superiores causada pelo deslocamento posterior 
e inferior da língua). 
 
• A sequência de Pierre Robin pode ocorrer como 
um fenômeno isolado ou associado a uma 
variedade de síndromes. 
• Crescimento reduzido da mandíbula 
intrauterino; falha do deslocamento inferior da 
língua e impede a fusão das cristas palatinas. 
 
• A mandíbula retraída acarreta: 
 - Deslocamento posterior da língua; 
 - Falta de suporte para a musculatura da 
língua e 
 - Obstrução das vias aéreas. 
Sequência de Pierre Robin 
Consequências da 
Sequência de Pierre Robin 
• Aparência clínica que pode levar a complicações 
psicossociais; 
• Dificuldades na fala e na alimentação; 
• Principalmente na presença da FP; 
• Má oclusão pelo colapso do arco maxilar e 
• Possivelmente ausência de dentes, 
supranumerários, ou mesmo, ambos.Sequência de Pierre Robin. Micrognatia mandibular em um recém-nascido com fenda palatina 
(FP). (Cortesia do Dr. Robert Gorlin.) 
Tratamento e Prognóstico 
• O tratamento de pacientes com fendas orofaciais é desafiador. 
• Abordagem multidisciplinar: pediatra, otorrinolaringologista, 
cirurgião bucomaxilofacial, cirurgião plástico, odontopediatra, 
ortodontista, protesista, fonoaudiólogo e geneticista. 
• Precocemente deve ser feito o fechamento do lábio com consequente 
cirurgia do palato. 
• Cirurgias reparadoras serão executadas ao longo da vida. 
• Aconselhamento genético é imprescindível: possibilidade de 
ocorrência em um descendente ou irmão é de 3% a 5% no caso de 
nenhum outro parente de primeiro grau ser afetado. 
• O risco aumenta para 10% ou 20% se outros parentes de primeiro 
grau são afetados. 
• Os riscos podem ser maiores ainda, para aqueles com fendas 
associadas a síndromes, de acordo com possível padrão hereditário. 
Fossetas da Comissura Labial 
• Pequenas invaginações no limite do vermelhão dos lábios, nos ângulos 
da boca. 
 
• Provavelmente por falta da fusão dos processos embrionários maxilar e 
mandibular. 
 
• As Fossetas da Comissura Labial são mais frequentes em adultos 12% a 
20% da população. 
 
• Em crianças - muito menor a prevalência, de 0,2% a0,7% das crianças 
examinadas. 
 
• Apesar de serem condições em geral congênitas, estas invaginações 
desenvolvem-se tardiamente. 
 
• > Homens - histórico familiar sugere transmissão autossômica 
dominante. 
Características Clínicas 
• Encontradas em exame físico de rotina e o 
paciente relata desconhecimento de sua 
existência. 
• Uni ou bilaterais e podem ser fístulas cegas com 1 
a 4 mm de profundidades. 
• Com líquido ao pressionadas - existência de 
glândulas salivares acessórias no fundo. 
• Não estão associadas as FL e FP. 
Fosseta da Comissura Labial. Depressão na comissura labial. 
Características Histopatológicas 
• Biópsia raramente é realizada. 
 
• Invaginação estreita revestida por epitélio escamoso 
estratificado. 
 
• Ductos de glândulas salivares menores podem drenar 
destas invaginações. 
Tratamento e Prognóstico 
• Assintomáticas e inócuas não requerem tratamento. 
 
• Exceto quando drenam saliva excessivamente e 
possibilitam infecção secundária, quando a remoção 
cirúrgica se faz necessária. 
Lábio Duplo 
• Anomalia oral rara. 
 
• Crescimento exuberante de tecido na mucosa labial, pode 
ser adquirido tardiamente durante a vida. 
 
• Mais frequentemente congênito. 
 
• Os casos congênitos desenvolvem-se durante o 2º ou 3º mês 
de gestação. 
 
• O lábio duplo adquirido pode ser componente da Síndrome 
de Ascher, traumatismo ou hábitos orais ( sugar o lábio). *** 
Características Clínicas 
• O lábio superior >>> lábio inferior. 
 
• Ocasionalmente os lábios sup e inf podem ser 
afetados. 
 
• Mais evidentes quando o paciente sorri ou os 
lábios são tensionados. 
Lábio duplo. Quando o paciente sorri, uma dobra exuberante de tecido cobre parcialmente os 
dentes anteriores superiores do lado direito. (Cortesia do Dr. Logan Barnes. 
Síndrome de Ascher 
- Lábio duplo; 
- Blefarocalásia ( edema recorrente da pálpebra 
superior que leva à flacidez da pálpebra no canto 
externo do olho – pode interferir na visão) e 
- Aumento atóxico da tireóide ( em 50% dos casos). 
 
 Causa incerta - possivelmente autossômica 
dominante alguns casos. 
Síndrome de Ascher. Edema das pálpebras superiores (blefarocalásia). 
Características Histopatológicas 
• Microscopicamente, estruturas normais com 
gls. salivares menores visíveis. 
 
• Blefarocalásia – hiperplasia de das gls. 
lacrimais e prolapso de tecido adiposo 
palpebral. 
Tratamento e Prognóstico 
• Excisão cirúrgica simples do tecido excedente 
pode ser realizada com finalidade estética, nos 
casos mais acentuados. 
Grânulos de Fordyce 
• Glândulas sebáceas que ocorrem na mucosa. 
 
• Considerados ectópicas (quando na mucosa 
oral). 
 
• 80% da população, portanto é uma variação 
anatômica normal. 
Características Clínicas 
• Múltiplas pápulas amarelas ou branco-amareladas. 
 
• Mucosa jugal e porção lateral do vermelhão do lábio 
superior. 
 
• Adulto > Crianças. 
 
• Fatores hormonais e a puberdade estimulam seu 
desenvolvimento. 
• Assintomáticas - pacientes podem relatar uma leve 
rugosidade na mucosa. 
 
• Variações nas quantidades, de pequenas a 
centenas desses “grânulos”. 
Grânulos de Fordyce. Pápulas amarelas 
no vermelhão do lábio superior. 
Grânulos de Fordyce. Lesões na mucosa 
jugal. 
Características Histopatológicas 
• Exceto pela ausência de folículos pilosos, os 
grânulos de Fordyce são semelhantes às gls. 
sebáceas normais encontradas na pele. 
Grânulos de Fordyce. Múltiplas glândulas sebáceas abaixo da superfície epitelial. 
Tratamento e Prognóstico 
• Grânulos de Fordyce são uma variação anatômica 
normal e são assintomáticos. - Nenhum tratamento é 
indicado. 
 
 
• O aspecto clínico é característico e a biópsia não é 
recomendada para o diagnóstico. 
 
 
• Os tumores que se desenvolvem dessas estruturas são 
raros. 
Leucoedema 
• Lesão branco-acinzentada opalescente na mucosa jugal 
que desaparece após o estiramento. 
 
• Etiologia desconhecida. 
 
• Condição comum da mucosa oral. 
 
• Mais frequente em negros - probabilidade de 
predisposição genética para o seu desenvolvimento. 
 
• 70% a 90% dos adultos negros e em 50% das crianças 
negras. 
• A prevalência em indivíduos brancos é consideravelmente inferior, 
embora algumas publicações tenham mostrado prevalência que 
varia de menos de 1O% a mais de 90%. 
 
• Tal variação pode refletir diferenças nos grupos populacionais, 
condições de exame e rigor do critério utilizado para a obtenção do 
diagnóstico. 
 
• Forma muito mais sutil em brancos e de difícil percepção. 
 
• A diferença da predileção pela raça (?) pode ser explicada pela 
presença de uma pigmentação na mucosa em indivíduos negros que 
torna mais visível a alteração edematosa. 
 
Observação pessoal 
• O leucoedema representa mais uma variação da 
normalidade do que uma doença. 
 
 
• No leucoedema é mais comum e mais acentuado em 
pacientes tabagistas. 
 
 
• Diminui quando o paciente abandona o hábito do 
tabagismo. 
Características Clínicas 
• Aparência difusa, opalescente e branco-
acinzentada cremosa da mucosa (jugal) . 
• Superfície pregueada, resultando em estrias 
esbranquiçadas ou rugosidades. 
• Não são destacáveis. 
• Acomete a mucosa jugal bilateralmente até a 
mucosa labial. 
• Facilmente diagnosticado clinicamente - aspecto 
esbranquiçado diminui ou mesmo desaparece 
quando a mucosa é evertida e distendida . 
Leucoedema. Aspecto de estrias brancas na mucosa jugal. 
Leucoedema. 
A, Aspecto esbranquiçado difuso da 
mucosa jugal. 
B, Desaparecimento do aspecto 
esbranquiçado quando a mucosa é 
esticada. 
Características Histológicas 
• Aumento da espessura epitelial, com edema 
intracelular proeminente na camada espinhosa. 
 
• Células vacuolizadas aparecem aumentadas e 
possuem núcleo picnótico. 
 
• Superfície epitelial é frequentemente 
paraceratinizada e as cristas epiteliais são 
amplas e alongadas. 
Leucodema. Paraqueratose e edema intracelular da camada espinhosa. 
Tratamento e Prognóstico 
• Condição benigna e nenhum tratamento é 
necessário. 
 
• Lesão branco-acinzentada opalescente na 
mucosa jugal que desaparece após o 
estiramento, auxilia a distingui-lo de outras 
lesões brancascomuns, como a leucoplasia, a 
candidíase e o líquen plano. (DD) 
Microglossia 
(Hipoglossia) 
• Alteração de desenvolvimento incomum. 
 
• Etiologia desconhecida, caracterizada por uma 
língua anormalmente pequena. 
 
 
• Em casos raros, a língua pode estar ausente 
(aglossia). 
Características Clínicas 
• A microglossia isolada pode ocorrer e um grau pequeno de microglossia 
pode ser difícil de diagnosticar, podendo não ser notado. 
 
• A maioria dos casos relatados tem sido associada a um grupo de 
condições sobrepostas conhecidas como síndromes de hipogênese oro-
mandibular-membros. 
 
• São síndromes associadas a anomalias dos membros, como hipodactilia 
(ausência de dedos) e hipomelia (hipoplasia de parte ou de todo o 
membro). 
 
• Anormalidades simultâneas - fenda palatina, bandas intraorais e 
transposição das vísceras. 
 
• A microglossia está frequentemente associada a hipoplasia da 
mandíbula e os incisivos inferiores podem estar ausentes. 
Microglossia. 
A, Língua anormalmente pequena 
associada ao estreitamento da arcada 
inferior. 
B, O mesmo paciente exibindo 
estreitamento da arcada superior. 
Tratamento e Prognóstico 
• Varia de acordo com a natureza e gravidade da 
condição. 
 
• Procedimentos cirúrgicos e ortodônticos 
podem melhorar a função oral. 
 
• Surpreendentemente, muitas vezes o 
desenvolvimento da fala é bom, porém varia de 
acordo com o tamanho da língua. 
Macroglossia 
• Condição incomum caracterizada pelo aumento 
da língua. 
 
• Diversas condições, incluindo malformações 
congênitas e doenças adquiridas. 
 
• Causas mais frequentes : malformações 
vasculares e a hipertrofia muscular. 
Quadro de Causas de Macroglossia 
*** *** 
*** 
*** 
*** 
Características Clínicas 
• Mais em crianças e pode variar de leve a grave . 
• Recém-nascidos: respiração ruidosa, incontinência salivar 
('baba") e dificuldade na alimentação. 
• Pode causar dislalia (gagueira). 
• Pressão da língua contra a mandíbula e os dentes - 
endentações na margem lateral da língua , mordida 
aberta e prognatismo mandibular. 
• Se a língua se projeta constantemente para fora da boca, 
ela pode apresentar ulcerações, infectar-se 
secundariamente, ou até sofrer necrose. 
• Nos casos de macroglossia acentuada pode ocorrer 
obstrução das vias aéreas. 
Macroglossia. Língua aumentada em 
um paciente com síndrome de Down. 
(Cortesia do Dr. Sanford Fenton.) 
Macroglossia. O aumento da língua 
resultou na borda crenada que 
corresponde às endentações. 
• A macroglossia é um achado característico da 
Síndrome de Beckwith- Wiedemann, uma 
condição rara que inclui outros possíveis defeitos, 
tais como: 
 - Onfalocele (protrusão de parte do intestino 
através de um defeito na parede abdominal na 
altura do umbigo) 
 - Visceromegalia 
 - Gigantismo 
 - Hipoglicemia neonatal 
• Síndrome de Beckwith-Wiedemann - risco aumentado para o 
desenvolvimento de vários tumores viscerais na infância 
(tumor de Wilms, carcinoma adrenal, hepatoblastoma, 
rabdomiossarcoma e neuroblastoma). 
 
• A maioria dos casos de síndrome de Beckwiith-Wiedemann é 
esporádica. 10% a 15% dos casos mostram herança 
autossômica dominante, com transmissão 
preferencialmente materna. 
 
• Base genética é complexa, variedade alterações dentro de 
dois domínios de genes reguladores do crescimento do 
cromossomo 11 p 15. 
• Macroglossia com aumento difuso, liso e generalizado: no 
hipotireoidismo ou síndrome de Beckwith-Wiedemann, ou 
mesmo com distúrbios neuromusculares.. 
 
• Macroglossia com aspecto multinodular: amiloidose e 
condições neoplásicas , como neurofibromatose e a 
neoplasia endócrina múltipla, tipo 2B. 
 
• Linfangiomas: aspecto papular ou granular com múltiplas 
elevações semelhantes a vesículas ( vasos linfáticos 
superficiais dilatados). 
 
• Síndrome de Down: aumento da língua com superfície 
fissurada e papilar. 
PRINCIPAIS CAUSAS 
LINFANGIOMA 
Aparência pedregosa e semelhante a vesículas 
na margem lateral direita da língua. 
Menino com higroma cístico envolvendo 
primariamente o lado direito da face Neville,et al. 2016 
OUTRAS CONDIÇÕES 
• Nos pacientes com Hiperplasia Hemifacial, o 
aumento da língua é unilateral. 
 
• Alguns pacientes com neurofibromatose também 
podem apresentar aumento unilateral da língua. 
 
• Nos pacientes edêntulos, a língua apresenta-se 
muitas vezes elevada e tende a se espalhar 
lateralmente devido à perda dos dentes, podendo 
trazer dificuldades no uso de próteses. 
Características Histopatológicas 
• Varia de acordo com a causa específica - na síndrome de Down e nos 
pacientes edêntulos, o aumento da língua não exibe anormalidades 
histológicas. 
 
 
• Quando a macroglossia é devido a um tumor, uma proliferação 
neoplásica de um tecido em particular pode ser observada (vasos 
linfáticos, vasos sanguíneos, tecido nervoso). 
 
• Aumento muscular – na hemi-hiperplasia e na síndrome de Beckwith-
Wiedemann. 
 
• Nos pacientes com amiloidose, um material proteináceo anormal 
deposita-se na língua. 
 
Tratamento e Prognóstico 
• Dependem da causa e da gravidade da condição. 
 
• Nos casos brandos, o tratamento cirúrgico pode 
não ser necessário, embora a fonoaudiologia 
possa ser útil quando a fala é afetada. 
 
• Nos pacientes sintomáticos, pode haver 
necessidade de redução da língua através da 
glossectomia. 
Anquiloglossia 
(Língua Presa) 
• Anomalia de desenvolvimento da língua. Freio lingual, curto, 
resultando na limitação dos movimentos da língua. 
 
• 1,7% a 10,7% dos recém-nascidos e é quatro vezes mais comum 
em meninos. 
 
• Em adultos não é raro observar casos leves de anquiloglossia. 
 
• Anquiloglossia grave é muito rara, 2 a 3 casos em 10.000 
indivíduos. 
 
• Em alguns casos a influência genética pode ser a causa. 
Características Clínicas 
• Manifestações clínicas variadas, desde casos 
leves e com pouco significado clínico, até casos 
raros de anquiloglossia completa, onde a língua 
é totalmente fusionada ao soalho bucal. 
 
• Ocasionalmente o freio estende-se 
anteriormente e insere-se no ápice lingual, 
podendo ser observada uma discreta fenda 
nesta região. 
Anquiloglossia. Inserção anormal do freio lingual, limitando o movimento da língua. 
• Alguns autores relatam que a anquiloglossia 
possa contribuir para o desenvolvimento da 
mordida aberta anterior (incapacidade da 
língua de elevar-se até o palato impede a 
deglutição normal). 
 
• A inserção mucogengival alta do freio lingual 
pode desencadear problemas periodontais. 
• Pode resultar em problemas de fonação (dificuldades menores, 
porque a maioria das pessoas pode compensar as limitações dos 
movimentos da língua). 
 
• Raros casos de pacientes que experimentaram uma melhora 
notável na fala imediatamente após a correção cirúrgica da 
anquiloglossia. 
 
• Como aumento da popularidade do aleitamento materno ao longo 
das últimas décadas, alguns clínicos relacionaram a anquiloglossia 
com problemas na amamentação, tais como dor no mamilo ou 
dificuldade do bebê de se acoplar ao seio. 
 
Tratamento e Prognóstico 
• Como a maioria dos casos causa pouco ou nenhum problema clínico, não há 
necessidade de tratamento. 
 
• Para recém-nascidos com problemas específicos de amamentação, uma frenectomia 
(um "corte" ou apenas a liberação do freio) pode ser realizada. 
 
• Em crianças ou adultos com dificuldades funcionais ou periodontais, a frenectomia 
(liberação do freio com reparo plástico) pode permitir maior facilidade aos 
movimentosda língua. 
 
• Frequentemente, em crianças pequenas, recomenda-se que a cirurgia seja adiada até 
os quatro ou cinco anos de idade. 
 
• Como a língua é sempre curta no nascimento, é diflcil avaliar o grau de limitação da 
língua causada pela anquiloglossia. Conforme a criança cresce, a língua torna-se mais 
alongada e fina no ápice , muitas vezes diminuindo a extensão da anquiloglossia. 
 
• Provavelmente, a condição é corrigida espontaneamente em muitos casos, por isso, é 
menos comum nos adultos. 
Língua Fissurada 
(Língua Escrotal) 
• Presença de várias fissuras ou sulcos na superfície dorsal da 
língua. 
 
• Relativamente comum. 
 
• Causa incerta (hereditariedade parece ter um papel 
significante). 
 
• Múltiplas causas e AD com penetrância incompleta. 
 
• Fatores ambientais e idade também podem contribuir para 
o seu desenvolvimento. 
Características Clínicas 
• Múltiplos sulcos ou fissuras, na superfície da língua, variando de 
2 a 6 mm de profundidade. 
 
• Variações consideráveis. 
 
• Casos mais graves - fissuras numerosas cobrem completamente 
a superfície dorsal e dividem as papilas linguais em múltiplas 
"ilhas". 
 
• Alguns pacientes - fissuras localizadas preferencialmente na 
porção dorsolateral da língua. 
 
• Outros - fissura central ampla, com fissuras menores 
ramificando-se perpendicularmente. 
Língua Fissurada. Fissuras extensas envolvendo toda a superfície dorsal da língua. (Cortesia de 
Chris Neville 
• Assintomática, embora alguns pacientes queixem-se de 
uma ardência discreta ou dor. 
 
• Prevalência da língua fissurada varia de 2% a 5% da 
população. 
 
• Crianças e adultos, porém a prevalência e a gravidade 
parecem aumentar com a idade (30% dos adultos mais 
velhos). 
 
• Em algumas pesquisas, observou-se uma predileção 
pelo gênero masculino. 
. 
• Associação de língua fissurada com língua 
geográfica foi encontrada, com vários pacientes 
apresentando ambas as condições. 
 
 
• A língua fissurada pode ser um componente da 
síndrome de Melkersson-Rosenthal. 
Síndrome de 
Melkersson-Rosenthal 
• Granulomatose orofacial (queilite granulomatosa); 
 
• Paralisia facial (paralisia de Bell) e 
 
• Língua fissurada. 
 
• O envolvimento dos lábios isoladamente é chamado 
de queilite granulomatosa (de Miescher). 
 
Granulomatose Orofacial ( Síndrome de 
Melkersson-Rosenthal). Aumento 
persistente do lábio inferior. ( Cortesia do 
Dr. Richard Ziegle.) 
Granulomatose Orofacial (Síndrome de 
Melkersson-Rosenthal). Mesmo paciente. 
Observe os vários sulcos na superfície dorsal da 
língua. (Cortesia do Dr. Richard Ziegler.) 
Características Histopatológicas 
 
• Leucócitos polimorfonucleares podem ser 
observados migrando para o epitélio, formando 
muitas vezes microabscessos nas camadas 
epiteliais superiores. 
 
• Infiltrado inflamatório misto está presente na 
lâmina própria. 
Tratamento e Prognóstico 
• A língua fissurada é uma condição benigna, e 
nenhum tratamento especifico é indicado. 
 
• O paciente deve ser orientado a escovar a 
língua, pois restos alimentares retidos podem 
atuar como fonte de irritação. 
Língua Pilosa 
(Língua Pilosa Negra; Língua Saburrosa) 
• Acúmulo acentuado de ceratina nas papilas 
filiformes do dorso lingual assemelhando-se a 
pelos. 
• 0,5% dos adultos. 
• Causa incerta, mas muitos pacientes são 
tabagistas crônicos. 
• Outros possíveis fatores : debilitação geral, 
higiene oral deficiente e um histórico de 
radioterapia na região de cabeça e pescoço. 
Características Clínicas 
• Mais comum na linha média anterior às 
papilas circunvaladas, espalhando-se para as 
margens lateral e anterior. 
 
• Papilas alongadas geralmente acastanhadas, 
amareladas ou enegrecidas (bactérias 
cromogênicas, pigmentos do tabaco e 
alimentos. 
Língua Pilosa. Papilas filiformes alongadas e amarelo-esbranquiçadas 
no dorso da língua 
Características Clínicas 
• Algumas vezes, a maior parte do dorso da língua 
pode estar envolvida, resultando em uma 
aparência espessada. 
• As múltiplas papilas filiformes podem ser 
elevadas utilizando-se uma gaze ou um 
instrumental. 
• Assintomática, mas alguns pacientes queixam-se 
de uma sensação de náusea ou de um gosto 
desagradável na boca. 
• A biópsia é desnecessária na maioria dos casos, 
pois o diagnóstico é devido ao aspecto clínico. 
Língua Pilosa. Papilas filiformes acastanhadas muito alongadas, resultando na aparência 
semelhante a pelos. 
• Evitar a confusão entre a língua pilosa e a leucoplasia pilosa 
(classicamente na margem lateral da língua). 
 
• A leucoplasia Pilosa é causada pelo vírus Epstein- Barr e geralmente 
está associada à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana 
(HIV) ou outras condições imunossupressoras. 
 
• Língua Saburrosa - bactérias acumulam·se no dorso da língua, 
porém sem as projeções filiformes semelhantes a pelos , também 
podem ser a fonte de halitose. 
Língua Saburrosa. Dorso lingual com aparência branca e espessada devido ao acúmulo de 
queratina e bactérias na superfície. 
Características Histopatológicas 
• Alongamento pronunciado e hiperparaceratose 
das papilas filiformes. 
 
• Frequentemente, observa-se o crescimento de 
várias bactérias na supefície epitelial. 
Língua Pilosa. Alongamento e hiperqueratose acentuada das papilas filiformes, 
com acúmulo de bactérias na superfície. 
Tratamento e Prognóstico 
• A língua pilosa e a língua saburrosa são condições benignas que não 
trazem sequelas relevantes. 
 
• A preocupação principal é a aparência estética da língua, 
possivelmente associada à halitose. 
 
• Quaisquer fatores predisponentes, como tabaco, antibióticos, ou 
antissépticos bucais, devem ser eliminados, e uma excelente higiene 
oral deve ser efetuada. 
 
• A descamação das papilas hiperceratóticas pode ser realizada com a 
raspagem periódica ou limpeza com escova de dentes ou raspador de 
língua. 
 
• Agentes ceratolíticos, como a podofilina, também têm sido utilizados, 
porém por medidas de segurança a sua utilização não deve ser 
recomendada. 
Varicosidades 
(Varizes) 
• Varicosidades ou Varizes - veias anormalmente dilatadas e tortuosas. 
 
• A idade parece ser um fator etiológico importante. Raras em crianças, 
mas comuns em adultos. 
 
• Tal fato sugere que o seu desenvolvimento possa ser uma degeneração 
relacionada à idade. 
 
• As varizes orais não têm sido associadas à hipertensão sistêmica ou outras 
doenças cardiopulmonares (estudo relaciona pacientes com varizes 
nas pernas mais propensos a varizes na língua). 
 
• Mais prevalentes em pacientes com histórico de doenças cardiovasculares 
e tabagismo. 
Características Clínicas 
• O tipo mais comum é variz sublingual, ocorre em dois terços das 
pessoas com mais de 60 anos de idade. 
• Varicosidades sublinguais - classicamente como vesículas papulares 
ou elevadas múltiplas, azul-purpúreas, na margem lateral e no 
ventre da língua. 
• Aassintomáticas, exceto em circunstâncias raras quando ocorre 
trombose secundária. 
• Com menos frequência, varizes solitárias ocorrem em outras regiões 
da boca, especialmente nos lábios e na mucosa jugal. 
• Variz trombosada - aumento de volume azul-purpúreo, firme, 
indolor, que pode ser semelhante a um fragmento de projétil de 
chumbo abaixo da superfície mucosa. 
Varicosidades. Múltiplas veias purpúreas dilatadas na superfície lateral e ventral da língua. 
Varicosidade. Variz trombosada firme no lábio inferior. 
Características Histopatológicas 
• O exame microscópico de uma variz revela uma veia dilatada, cuja paredeexibe pouco músculo liso e tecido elástico pouco desenvolvido. 
 
• Se a trombose secundária tiver ocorrido, a luz do vaso pode conter 
camadas concêntricas de plaquetas e hemácias (linhas de Zahn). 
 
• O coágulo pode sofrer organização com tecido de granulação, e 
subsequente recanalização. 
 
• Trombos mais antigos podem apresentar calcificação distrófica, 
resultando na formação de flebólitos (phebo =veia; litho = pedra). 
Tratamento e Prognóstico 
• Assintomáticas e não há indicação de 
tratamento. 
 
• Nas varicosidades solitárias dos lábios e da 
mucosa jugal pode haver necessidade de 
remoção cirúrgica para confirmação do 
diagnóstico, por causa da formação de trombo 
secundário ou por razões estéticas. 
EXOSTOSES 
 Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas 
que surgem da cortical óssea. 
 
Crescimentos benignos frequentemente afetam a 
maxila e a mandíbula. 
 
As exostoses orais mais conhecidas são o tórus 
palatino e o tórus mandibular. 
 
Características Clínicas e Radiográficas 
• Mais frequência em adultos. 
• Exostoses Vestibulares - aumentos de volume ósseos bilaterais ao 
longo da face vestibular dos rebordos alveolares da maxila e/ou 
mandíbula. 
• Exostoses vestibulares são assintomáticas (exceto por ulceração 
traumática secundária). 
• Um estudo mostrou que as exostoses vestibulares foram 
encontradas em quase um a cada 1.000 adultos (0,09%); entretanto 
um estudo mais recente encontrou uma prevalência muito maior, 
de quase 19%. 
• Essa variação pode ser devido a populações estudadas distintas ou 
devido ao critério clínico utilizado para o diagnóstico. 
Exostoses. Exostoses vestibulares múltiplas do rebordo alveolar da mandíbula e maxila. 
• Exostoses palatinas (tubérculos palatinos) - 
protuberâncias ósseas semelhantes que se 
desenvolvem no lado lingual das tuberosidades 
palatinas. 
• Geralmente bilaterais, mas podem acometer 
apenas um lado. 
• Mais comuns nos homens, e sua prevalência 
varia de 8% a 69%. 
Exostoses. 
A, Exostose palatina 
secundariamente ulcerada. 
B, Radigrafia mostrando uma 
radiopacidade oval, distal ao 
molar 
Características Histopatológicas 
• O histopatológico revela massa densa de osso 
cortical lamelar com uma pequena quantidade de 
medula óssea fibroadiposa. 
Tratamento e Prognóstico 
• O aspecto clínico é suficiente para o diagnóstico, tornando a 
biopsia desnecessária. 
 
• Em dúvidas no diagnóstico, a biópsia deve ser realizada para 
excluir outras lesões ósseas. 
 
• Exostoses estão expostas a traumatismo constante ou 
quando existe ulceração e dor, há indicação de remoção. 
 
• A remoção cirúrgica pode ser necessária para acomodar 
uma prótese dentária ou permitir a adaptação apropriada 
de um retalho durante uma cirurgia periodontal. 
TÓRUS PALATINO 
• Tórus Palatino - exostose comum que ocorre na 
linha média do palato duro. 
• Patogênese incerta - origem genética ou 
influência de fatores ambientais (estresse 
mastigatório). 
• Alguns autores - tórus palatino é herdado como 
AD. 
• Outros – desenvolvimento multifatorial 
(incluindo tanto influências genéticas como 
ambientais). 
P 58 
Características Clínicas e Radiográficas 
 Massa dura de osso que surge na linha média do palato duro . 
 
 Tórus Palatinos podem ser classificados de acordo com a sua 
aparência morfológica: 
- Tórus plano - base ampla e uma superfície lisa, ligeiramente 
convexa. Ele se estende de forma simétrica para os dois lados da 
rafe palatina. 
- Tórus alongado - crista na linha média ao longo da rafe palatina. 
Algumas vezes há um sulco central. 
- Tórus nodular - protuberâncias múltiplas, cada uma com sua base. 
Essas protuberâncias podem coalescer, formando sulcos entre si. 
- Tórus lobular - massa lobulada, porém origina-se de uma base 
única. O tórus lobular pode ser séssil ou pediculado. 
Tórus Palatino. Nódulo ósseo na linha 
média do palato duro 
Tórus Palatino. Grande massa palatina 
lobulada 
• A maioria é pequena- menos de 2 cm de diâmetro; 
podem aumentar lentamente de tamanho ao longo 
da vida, às vezes ocupando toda a extensão da 
abóbada palatina. 
• A maioria é assintomática (alguns casos, a mucosa 
de recobrimento fina pode se apresentar ulcerada 
devido a um trauma). 
• Em geral não aparece em radiografias dentárias de 
rotina. 
• Pode ser observado como uma radiopacidade em 
radiografias periapicais quando o filme é colocado 
por detrás do tórus durante a tomada radiográfica. 
• A prevalência de tórus palatino varia muito oscilando de 9% a 60% 
(critério utilizado). 
• Diferenças significativas na distribuição racial, com prevalência 
maior entre os asiáticos e esquimós. 
• Nos Estados Unidos - prevalência de 20% a 35%, embora 
provavelmente tenha sido incluído um número significativo de 
lesões relativamente pequenas. 
• Relação mulher-homem de 2:1. 
• Os picos de prevalência ocorrem durante o início da vida adulta, 
diminuindo ao longo dos últimos anos. 
• Tal achado reforça a teoria de que os tórus são lesões dinâmicas, em 
parte relacionadas a fatores ambientais; no decorrer da vida, alguns 
podem sofrer reabsorção remodeladora em resposta ao decréscimo 
do estresse funcional. 
Características Histopatológicas 
• O exame microscópico do tórus mostra uma 
massa de osso cortical lamelar denso. 
Tratamento e Prognóstico 
• Diagnóstico clínico com base no seu aspecto clínico 
característico (biopsia é necessária em casos raros). 
• Em pacientes edêntulos, a remoção cirúrgica pode 
ser necessária para acomodar a prótese. 
• A cirurgia também pode ser indicada para o tórus 
palatino que apresente ulceração recorrente ou que 
interfira na função oral. 
• Observação: tórus palatino apresenta tendência ao 
desenvolvimento de osteonecrose induzida por 
medicamentos. 
TÓRUS MANDIBULAR 
• Exostose comum ao longo da superfície lingual 
da mandíbula. 
 
 
• Assim como no tórus palatino, a causa do tórus 
mandibular é provavelmente multifatorial, 
incluindo influências ambientais e genéticas. 
Características Clínicas e Radiográficas 
• Protuberância óssea ao longo da superfície lingual da 
mandíbula acima da linha miloióidea, na região de pré-
molares. 
 
• Bilateral em mais de 90% dos casos. 
 
• Nódulos únicos ou múltiplos. 
 
• Geralmente, os pacientes não sabem que apresentam tórus 
mandibular, a menos que a mucosa de recobrimento se 
torne secundariamente ulcerada por trauma. 
Tórus Mandibular. Protuberâncias ósseas lobuladas bilaterais no rebordo alveolar lingual da 
mandíbula. 
Características Clínicas e Radiográficas 
• Raros casos bilaterais podem se tornar tão 
grandes que quase se encontram na linha 
média. 
• Pode aparecer em radiografias periapicais como 
uma radiopacidade superposta às raízes 
dentárias, especialmente em radiografias da 
região anterior (região de pré-molares 
inferiores). 
• São facilmente visualizados nas radiografias 
oclusais. 
Tórus Mandibular. Tórus acentuados “se 
beijando” na linha média. 
Tórus Mandibular. O tórus está causando 
uma radiopacidade superposta às raízes 
dos dentes inferiores. 
Tórus Mandibular. Radiografia oclusal 
mostrando tórus mandibular bilateral. 
• Tórus mandibular < tórus palatino (prevalência variando de 5% a 
40%). 
• Assim como o tórus palatino, o tórus mandibular parece ser mais 
comum nos asiáticos e esquimós. 
• Prevalência nos EUA - 7% a 10%, com pequena diferença entre 
brancos e negros. 
• H>M ( pouco mais) 
• O pico de prevalência do tórus mandibular ocorre no início da 
vida adulta, diminuindo ligeiramente nos últimos anos. 
 
• Prevalência temsido correlacionada tanto com o bruxismo, como 
com o número de dentes presentes. 
• Tais achados reforçam a teoria de que o tórus mandibular é de 
origem multifatorial e responde ao estresse funcional. 
Características Histopatológicas 
• O aspecto histopatológico do tórus mandibular 
é semelhante ao das outras exostoses, 
consistindo principalmente em uma densa 
massa lamelar de osso cortical. 
Tórus Mandibular. Massa nodular de osso cortical denso. Alguma medula gordurosa é visível 
na base do espécime. 
Tratamento e Prognóstico 
• A maioria dos tórus mandibulares é bem diagnosticada 
clinicamente, e não há necessidade de tratamento. 
 
• A remoção cirúrgica pode ser necessária para acomodar 
uma prótese total ou parcial. 
 
• Em alguns casos, o tórus mandibular pode recorrer se 
os dentes permanecerem no local. (???) 
Bibliografia 
• Neville BW, Damm DD, Allen CM et al. 
Patologia bucal e maxilofacial. 4. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier; 2016.

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