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Sujeitos_do_dip-25_05_2013

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Sujeitos do dip
 de reginaforum | trabalhosfeitos.com
 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
INTRODUÇÃO
 O Direito Internacional Público é conhecido como “Direito das Gentes”, também conhecido como “Law of Nations”. É o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores que compõem a sociedade internacional. Essas normas podem surgir por meio de costume, no entanto é certo que as regras na dimensão às relações exteriores são concebidas como princípio por meio de tratados.
1 – ORIGEM ATÉ OS DIAS ATUAIS
 Grande parte dos juristas reconhecem a existência de um direito internacional apenas a partir da Paz de Westfália (1648), marco histórico do Estação-nação moderno, mas é inegável que os povos da Antiguidade mantinham relações exteriores, comercializavam entre si, enviavam embaixadores, vinculavam-se por meio de tratados e outras formas de obrigação.
 Na Antiguidade o tratado mais antigo foi entre Lagash e Umma (cidades da Mesopotânia), relativo à fronteira comum, mas o mais famoso é, possivelmente, o de Kadesh, concluído entre Ramsés II do Egito e Hatusil III dos hititas no século XIII a.C .
 Os gregos reconheciam e praticavam os institutos da inviolabilidade dos embaixadores, do respeito aos tratados e do recurso da arbitragem.
 O “ius gentium” é apontado como indício de um direito internacional romano, que na verdade era um direito aplicado a estrangeiros por um magistrado romano, o pretor peregrino.
 Na Idade Média existiram três poderes que se opunham: Roma e seu Império (Advento do Cristianismo), Hegemonia Papal (Reforma) e o fim do feudalismo (processo unificador do reino,concentração do Poder do Rei). Nesse período houve desenvolvimento do Comércio Marítimo e Leis e Costumes Marítimos.
 Antes do tratado de Westfália tinham sido consolidadas novas regras como As leis de Rhodes (séc. VII), Consolato Del Mare, elaborado em Barcelona (meados do séc. XIV) e Liga das Cidades Comerciais para a proteção do Comércio e dos Cidadãos – Liga Hanseática.
Tratado de Westfália
 O Tratado de Westfália, como já dito, é considerado o marco histórico do Estado-nação moderno, datado de 24 de outubro de 1648, quando houve o fim da guerra dos 30 anos (1618-1648).
 Nessa episódio Hugo Grótius participou do Congresso, representando o Rei da Suécia, e teve as seguintes consequências:
a) Princípio do Equilíbrio Europeu (pela primeira vez os Estados europeus reuniram-se para deliberar);
b) o Princípio da Igualdade Jurídica dos Estados: o artigo 2, inciso I da CONU, diz: “A organização é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os membros”;
c) Primeiros ensaios de uma Regulamentação Internacional positiva e;
d) o Tratado acolheu muitos dos ensinamentos de Hugo Grótius, surgindo daí o Direito Internacional tal como hoje se conhece.
 O Tratado marcou o fim de um período e o início de outro.
Do Tratado de Westfália ao Congresso de Viena (1815)
 O Congresso de Viena teve um espírito conservador.
 Não se limitou a estabelecer uma nova ordem política na Europa com a queda de Napoleão. Com o advento novas consequências sobrevieram:
a) Princípio da proibição de escravos;
b) Princípio da liberdade da navegaçãoem certos rios internacionais (Reno, Mosa, Escalda, etc.);
c) Neutralidade perpétua da Suíça;
d) Classificação para os Agentes Diplomáticos e;
e) Surgimento da Doutrina Monroe – James Monroe enviou uma mensagem em 02/12/1823 ao Congresso dos EUA (passou tal mensagem a ser chamada de Doutrina Monroe) que continha três dispositivos:
1 – O Continente Americano não pode ser sujeito no futuro a ocupação por parte de nenhuma potência europeia.
2 – É inadmissível a intervenção de potências europeias nos negócios internos ou externos de qualquer país americano.
3 – Os EUA não intervirá nos negócios pertinentes a qualquer país europeu, em síntese: A AMÉRICA PARA OS AMERICANOS!
Do Congresso de Viena à Primeira Guerra Mundial
 Em meados do século XIX vários fatos foram favoráveis ao DIP, como:
a) Congresso de Paris (1856) – normas relativas à guerra no mar. Aboliu o Corso.
b) 1ª Convenção da Cruz Vermelha (1864) – decidia sobre a sorte dos militares feridos e doentes na guerra terrestre. Hoje é chamada de Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
c) Declaração de Genebra (1868) – contra o uso de projéteis explosivos e inflamáveis e contra o uso de drogas asfixiantes.
d) 1ª Conferência Internacional dos Países Americanos (Washington-outubro de 1889 a abril de 1890).
e) 1ª Conferência de Paz de Haia (1899) – Criação da Corte Permanente de Arbitragem de Haia, ainda hoje existente. Não é própriamente uma Corte, visa a solução pacífica dos Litígios Internacionais. Seus julgados foram citados pela CPJI e CIJ.
O Direito Internacional nosséculos XX – XXI
 O D.I. no século XX atingiu seu pleno desenvolvimento(?)
Grandes avanços como se pode ver:
a)1906- Fauchille submeteu um relatório sobre os aspectos legais das aeronaves ( Tridimensional );
b) Criação do Instituto de Direito Internacional
As Conferências Internacionais Americanas (México-1901-1902, Rio de Janeiro-1906, Buenos Aires – 1910, Santiago do Chile – 1923, Havana – 1928);
c) 1907 – 2ª Conferência de Paz de Haia – 44 países participantes inclusive da América do Sul;
d) Conferência Naval de Londres (Dezembro de 1908 a fevereiro de 1909);
e) Conferência de Paz de Paris (1919);
f) Criação da Liga das Nações (ou Sociedade das Nações);
g) Criação da Corte Permanente de Justiça Internacional;
h) Pacto Briand-Kellog de proscrição da Guerra;
i) 1ª Conferência para a Codificação do DI (HAIA) – 1930.
Criação da ONU e de inúmeras Organizações Internacionais
j) Carta de S. Francisco de 26/6/1946. Finalidade: Busca da paz e segurança internacionais.
Registro Especial: A Conferência de Breton Woods (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e outros)
k) Criação da Comissão de Direito Internacional – C.D.I.- ( 1947 ) –
Resultados - Salto no DI:
l) Várias Convenções como Convenção de Genebra sobre o Direito do Mar:
1961 – Relações Diplomáticas
1963 – Relações Consulares
1969 – Direito dos Tratados
1975 – Representação dos estados com as OI de caráter universal
1982 – Convenção da ONU sobre o Direito do Mar de Montego Bay
1983 – Sucessão dos Estados em Matéria de Tratados
1985 – Direito dos Tratados entre Estados e OI ou entre OI X OI.Após 2ª Guerra: Além do Tridimensional. Espaço ultraterrestre, lua, corpos
celestes.
2 - PRECURSORES
Os principais precursores do DIP, são
Francisco de Vitória – nascido na cidade de Vitória, em Biscaia. Criador do direito de imigração, jus communicationis. Delineou o que se convencionou chamar de guerra justa, a soberania limitada dos Estados, a intervenção de um Estado em outro para a proteção dos direitos do homem.
Alberico Gentili – nasceu em território que hoje integra a Itália, de onde fugiu para a Inglaterra para pôr-se a salvo da Santa Inquisição. Sustentou a imunidade dos embaixadores, distinguiu a guerra pública da guerra privada, estabelecendo a condição de que tão somente se enquadrariam na primeira aquelas declaradas pelo príncipe.
Francisco Suarez – nascido na cidade de Granada-Espanha. Escreveu que a origem do DIP estaria na necessidade de regulamentar a sociedade internacional em suas múltiplas relações. Acabou por definir o DI a partir do desdobramento de sua origem, como aquele que regula as relações entre os Estados.
Hugo Grotius – Holândes da cidade de Delf. Contribuiu para o DI escrevendo sobre o direito de apreender navios estrangeiros que violassem territórios de outros Estados. Escreveu sobre a liberdade dos mares. Autor da obra De jure belle
ac pacis, tratado sobre a guerra e suas implicações. Participou do Congresso que resultou no Tratado de Westfália, representando o rei da Suécia.
3 - OS SUJEITOS DO DIP
a) Estados
 O Estado é o ente composto por um território onde vive uma comunidade humana (povo - temvínculo com o Estado) governada por um poder soberano, cuja finalidade busca o bem comum e cujo aparecimento, cabe desde logo destacar, não depende da anuência de outros membros da sociedade internacional. Os Estados são os sujeitos clássicos do DIP, alem dos mais importantes dentro do contexto das relações internacionais.
 Parte da doutrina defende que o surgimento da sociedade internacional e do Direito das Gentes estão estreitamente vinculados à consolidação do Estado, ente que criou parte expressiva das normas internacionais, especialmente por meio de tratados e formou as organizações internacionais, cujo funcionamento requer o aporte decisivo dos Estados. Com isso, atribui-se ao Estado personalidade internacional originária.
 O Estado continua a exercer papel importante dentro do Direito Internacional, dando ensejo a uma série de desdobramentos no campo jurídico.
b) Organizações Internacionais Intergovernamentais
 A percepção da existência de interesses comuns levou os Estados a estruturarem esquemas de cooperação, alguns dos quais exigiram a criação de entidades capazes de articular os esforços dos entes estatais, dirigidos a atingir certos objetivos. Com isso, foram concebidas as organizações (ou organismos) internacionais, que com a multiplicação das necessidades de cooperação da sociedade internacional, se tornaram um traço característico da convivência internacional a partir do século XX.
 As organizações internacionais são entidades criadas e compostas por Estados por meio de tratado, com arcabouço institucional permanente e personalidadejurídica própria, com vistas a alcançar propósitos comuns. Contam com ampla capacidade de ação no cenário internacional e, por isso, são reconhecidas como sujeitos de Direito Internacional, podendo, por exemplo, celebrar tratados e recorrer a mecanismos internacionais de solução de controvérsias. Como são estabelecidas pelos Estados, sujeitos que tem personalidade internacional originária, a doutrina entende que sua personalidade internacional é derivada.
 Os primeiros organismos internacionais surgiram no século XIX. Entretanto, a noção de que tais entidades seriam sujeitos de Direito das Gentes remonta apenas a meados do século XX e teve como marco o parecer da Corte Internacional de Justiça (CIJ) relativo à reparação, devida à Organização das Nações Unidas (ONU), pela morte de seu mediador para o Oriente Médio, Folke Bernadotte, em Jerusalém em 1948.
 E, por fim, temos que ter atenção pois, a soberania é atributo exclusivo dos Estados. Nesse sentido, a circunstância de os entes estatais estabelecerem organizações internacionais não conferem a estas o caráter de entidades soberanas.
c) Indivíduos (enfoque realista ou individualista de sujeito do DIP)
 Os indivíduos aparecem como sujeitos do DIP em questões que envolvem nacionalidade e condição jurídica do estrangeiro.
 A condição de indivíduos como detentores de personalidade jurídica internacional é uma das mais notáveis conquistas do DIP no século XX em decorrência do processo de desenvolvimento e solidificação do DIP, embora ainda é contestada. Em todo o caso, não é mais possível negar que há um rolsignificativo de normas internacionais que aludem diretamente a direitos e obrigações dos indivíduos, como evidenciado, por exemplo, pelos tratados de direitos humanos, que visam a proteger a dignidade humana e de Direito Internacional do Trabalho, que tutelam as relações laborais.
 Além disso, existe a possibilidade de que os indivíduos exijam em foros internacionais a observância de certos direitos que lhes foram conferidos pela ordem jurídica internacional, de forma direta e independentemente da anuência do Estado onde se encontrem ou do qual sejam nacionais. A título de exemplo, um brasileiro pode reclamar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos pela violação de um direito previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos, e o Brasil poderá ser responsabilizado internacionalmente pelo fato.
 Por outro lado, uma pessoa natural também está obrigada a observar as normas internacionais e, caso não o faça, pode responder pelo ato em foros internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), órgão competente para processar e julgar indivíduos por determinados crimes definidos em preceitos de Direito Internacional.
 Recorde-se que o ser humano não pode celebrar tratados e, nesse sentido, as normas internacionais que lhe dizem respeito continuam sendo criadas pelos Estados e organizações internacionais. Ao mesmo tempo, suas possibilidades de acesso direto aos foros internacionais são ainda mais restritas que a dos Estados.
d) Beligerantes
 Os beligerantes são movimentos contrários ao governo de um Estado, que visam a conquistar opoder ou a criar um novo ente estatal, e cujo estado de beligerância é reconhecido por outros membros da sociedade internacional.
 Celso de Albuquerque Mello afirma que o “reconhecimento como beligerante é aplicado a revoluções de grande envergadura, em que os revoltosos formam tropas regulares e que tem sob o seu controle uma parte do território estatal”, como nas guerras civis, fundamentando o princípio da autodeterminação dos povos e nos valores humanitários que perpassam as relações internacionais. Exemplo histórico de beligerantes foram os Confederados da Guerra de Secessão dos EUA (1861-1865).
 O reconhecimento de beligerância é normalmente feito por uma declaração de neutralidade e é ato discricionário. Com as sensibilidades existentes nas relações internacionais, é normal que o primeiro Estado a fazê-lo seja aquele onde atue o beligerante. A prática do ato, porém, não obriga outros seres estatais a fazer o mesmo.
 As principais consequências do reconhecimento de beligerância incluem a obrigação dos beligerantes de observar as normas aplicáveis aos conflitos armados e a possibilidade de que firmem tratados com Estados neutros. O ente estatal onde atue o beligerante fica isento de eventual responsabilização internacional pelos atos desse, e terceiros Estados ficam obrigados a observar os deveres inerentes à neutralidade.
e) Insurgentes
 Os insurgentes também são grupos que se revoltam contra governos, mas cujas ações não assumem a proporção da beligerância, como no caso de ações localizadas e de revoltas de guarnições militares, e cujo status deinsurgência é reconhecido por outros Estados. Exemplo de movimento insurgente foi a Revolta da Armada (1893).
 O reconhecimento de insurgência é ato discricionário, dentro do qual são estabelecidos seus efeitos, que normalmente não estão predefinidos no Direito Internacional e que, portanto, depende do ente estatal que a reconhece. Em regra, o reconhecimento do caráter de insurgente exime o Estado onde ocorre o movimento de responder internacionalmente pelos atos dos revoltosos e impõe a todos os lados envolvidos em uma revolta a obrigação de respeitar as normas internacionais de caráter humanitário.
 Há uma clara semelhança entre a beligerância e a insurgência. Entretanto, aquela reveste-se de maior amplitude do que esta. Em suma, segundo Alfred Verdross, os insurgentes “são beligerantes com direitos limitados.”
f) Movimento de Libertação Nacional (OLP)
 Esses movimentos de libertação nacional começaram a aparecer a partir do início do processo de descolonização. As guerras de libertação nacional foram equiparadas aos conflitos internacionais pelas Resoluções da ONU. Exemplo: OLP que mantem escritórios e representações inclusive perante a ONU, a qual a Assembléia
da ONU reconheceu como representante do povo palestino perante quaisquer órgãos, ou seja, a OLP tem direito de voz e não de voto em quaisquer sessões das quais se delibere questões relativas a essa região do Oriente Médio.
g) Santa Sé e Cidade Estado do Vaticano
Personalidade internacional anômala.
 A Santa Sé e o Vaticano são dois entes distintos, que tem em comumfundamentalmente o vínculo com a Igreja Católica Apostólica Romana e a controvérsia em relação à personalidade jurídica internacional de ambos.
 A Santa Sé é a entidade que comanda a Igreja Católica Apostólica Romana. É chefiada pelo Papa e é composta pela Cúria Romana, conjunto de órgãos que assessora o Sumo Pontífice em sua missão de dirigir o conjunto de fiéis católicos na busca de seus fins espirituais. É sediada na Cidade do Vaticano e seu poder não é limitado por nenhum outro Estado.
 A personalidade internacional da Santa Sé passou a ser contestada com a incorporação dos Estados Pontifícios à Itália. Entretanto, a polêmica a respeito diminuiu a partir do Tratado de Latrão, celebrado entre a Itália e a Santa Sé em 1929, que cedeu a esta um espaço em Roma onde foi criado o Estado da Cidade do Vaticano, dentro do qual a autoridade suprema da Igreja Católica se encontra instalada.
 O Vaticano é um ente estatal e, portanto, tem personalidade jurídica de Direito Internacional. Conta com território, com nacionais e com um governo soberano, cuja maior autoridade também é o Papa. O principal papel do Vaticano é conferir o suporte material necessário para que a Santa Sé possa exercer suas funções.
 O Vaticano reúne capacidade de atuação internacional, podendo celebrar tratados e participar de organismos internacionais. Tem ainda direito de legação, o qual no entanto, é exercido pela Santa Sé, que age em nome do Estado da Cidade do Vaticano, ocupando-se, na prática da diplomacia vaticana. Aliás, pela estreita vinculação entre ambos, é certo que os compromissosinternacionais assumidos pelo Vaticano influenciam os destinos da Santa Sé e vice-versa.
4 - IMPORTÂNCIA DO DIP
 O Direito Internacional Público merece grande destaque vez que se trata de um tema complexo e envolve diretamente a paz mundial, visto englobar e atingir a soberania dos Estados.
 A partir da década de 80, com a globalização, o capitalismo conheceu um processo de aceleração sem precedentes que passou a definir a nova tendência do mundo atual: a globalização da economia. A globalização da economia é a expressão máxima do processo de mundialização das relações entre as nações, ao mesmo tempo em que representa a mudança na concepção do papel dos Estados nacionais. A formação dos Estados nacionais tinha como pressuposto uma unidade territorial, comandada por uma autoridade política única e integrada por uma economia de base nacional. O processo de globalização, que avança em diferentes tempos para diferentes direções, é extremamente contraditório, porque assim como promove a modernização de um país, tende a formar uma sociedade padronizada, hierarquizada e excludente. A globalização transforma a economia, a política e a cultura de um país, marcando as sociedades nacionais com uma nova realidade que pode ser constatada por meio da presença de inúmeras empresas multinacionais e de seus executivos vindos do país de origem dessas empresas, das transformações ocorridas no setor comercial facilmente verificadas pelo aumento de shopping centers, da variedade de produtos importados encontrados à venda, da utilização de modernas tecnologias, da divulgação de informaçõespor meio da Internet, de revistas estrangeiras e de jornais escritos e falados que circulam entre os diferentes países.
 A globalização originou vários tipos de integração entre os países, como a Zona de Livre Comércio que caracteriza-se pela redução ou eliminação das taxas aduaneiras ou restrições ao intercâmbio. Entre estas destaca-se o NAFTA; a União Aduaneira, como exemplos temos o Pacto Andino (1969: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela); o Mercado Comum, exemplos Comunidade europeia, até 1992 e Mercosul em 1991; União Econômica e Política; Integração Federalista X Funcionalista, exemplo o dilema da União Européia.
 Formaram-se assim vários Blocos Econômico-Comerciais, que são associações de países, em geral de uma mesma região geográfica, que estabelecem relações privilegiadas entre si e atuam de forma conjunta no mercado internacional. Os principais blocos são o da Comunidade Econômica Européia (embrião da atual União Européia) criado em 1957, a atual União Européia, o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o MERCOSUL (Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela), a ALCA (Área de Livre Comércio para as Américas), a APEC (Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) e a CEI (Comunidade dos Estados Independentes, formado por países originários da ex-União Sociética, com exceção das três nações bálticas). Aparecem ainda em menor grau o Pacto Andino, CARICOM (Comunidade do Caribe e Mercado Comum, ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático, SADC (Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento) e COMESA (Mercado Comum dosPaíses do Leste e Sul da África que incluem 18 países).
 No plano mundial as relações comerciais são reguladas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
 Finalizando: embora o Direito Internacional Público tenha importante papel nas questões econômicas impostas pelo processo de globalização, seu avanço mostra-se cada vez mais necessário nas relações entre os Estados no que diz respeito à defesa de territórios, à questões religiosas, à não proliferação de armamento bélico que produzem mortes “em massa” e, consequentemente, muito importante se mostra para evitar as guerras entre os Estados e estabelecer a paz naqueles que já estão. Ao longo do tempo importantes passos foram dados em direção a esses objetivos como a celebração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a criação do Tribunal de Nuremberg (punindo os responsáveis pelos crimes contra a humanidade), mais recentemente a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial de 1965 e a Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes de 1984, entre outros. Mas muito ainda se tem a avançar no campo diplomático. Atualmente ainda se faz presente as constantes e intermináveis guerras e ameaças no Oriente Médio e mais recentemente a ameaça da Coréia do Norte contra a do Sul e Estados Unidos, portanto podemos verificar que o DIP pode contribuir nesses litígios atuais buscando a pacificação, embora seja muito difícil as negociações com a Coréia do Norte, visto ser um país “fechado” e conservador em suas relações internacionais.

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