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TEORIA JURÍDICA DO DIREITO PENAL

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Feito por Lara Emanuelle 
 TEORIA JURÍDICA DO DIREITO PENAL 
Conceito de Direito Penal 
O Direito Penal um conjunto de normas jurídicas (regras e princípios) que tem por objeto a determinação de infrações de natureza penal (crimes e contravenções penais) e suas sanções correspondentes – imposição de uma pena ou de uma medida de segurança. Essa é a definição de direito penal enquanto um direito positivo ou legislado.
A expressão Direito Penal também pode ser utilizada para caracterizar a atividade de interpretação e sistematização do direito positivo que busca estabelecer o alcance, os limites e os objetivos das normas penais, estabelecendo critérios para sua aplicação – ou seja, como Ciência do Direito Penal ou Dogmática Penal.
Numa perspectiva que leva em conta a relação do Direito Penal com a Sociedade: 
“Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias à sua correta e justa aplicação”
O Direito Penal é um ramo do Direito Público, pois é composto de normas indisponíveis e dirigidas a toda e qualquer pessoa, sendo o Estado o titular exclusivo do direito de punir (monopólio do poder punitivo).
O Direito Penal como Ciência Penal é o conjunto sistematizado (metodologicamente ordenado) de conhecimentos e princípios voltados para o estudo da norma jurídica penal.
O Direito Penal atua quando os outros ramos do Direito torna-se insuficiente no que diz respeito à proteção dos bens jurídicos indispensáveis para a sociedade em geral.
Características do Direito Penal 
a) Valorativo: porque tutela os valores mais elevados da sociedade e os dispõe em uma escala hierárquica, valorando os fatos de acordo com a sua gravidade e impondo uma sanção proporcional à gravidade do fato. 
b) Finalista: porque tem a finalidade de prevenir lesões aos bens e interesses jurídicos merecedores da tutela mais gravosa disponível ao Estado, que utiliza como meio a ameaça legal de aplicação de sanções de maior poder intimidatório – a pena. 
c) Sancionador: por meio da sanção penal reforça a tutela jurídica dos bens já regidos pela legislação extrapenal, de forma que não cria os bens jurídicos, mas apenas acrescenta/reforça sua sanção aos mais importantes. Excepcionalmente, entretanto, pode ter caráter constitutivo, protegendo bens jurídicos não tutelados pelas leis extrapenais. Para Zaffaroni, “o direito penal é predominantemente sancionador e excepcionalmente constitutivo”.
d) Fragmentário: não se aplica a todos os fatos ilícitos, mas apenas a uma pequena parcela deles, em decorrência da ideia de que a sua utilização deve ser reservada somente às lesões mais graves aos bens jurídicos mais importantes (absolutamente essenciais ao convívio social e que por isso são considerados merecedores da tutela penal).
e) Positivado: emana do próprio Estado por meio de normas que são formalizadas pela Lei. 
f) Instrumental: por ter sido estabelecido com uma finalidade própria e específica: a tutela de bens jurídicos.
g) Garantista: suas normas conformam um sistema que estabelece garantias ao cidadão diante do poder punitivo, pois exigem uma série de condições para o seu exercício, de modo que o Direito Penal – enquanto instrumento de controle social formalizado – também tem uma função de proteção e garantia, que lhe é inerente e necessária, uma vez que a partir da intervenção jurídico-penal é possível retirar direitos da pessoa humana que lhe são constitucionalmente assegurados.
h) Constitutivo: raramente é constitutivo, ou seja, raramente cria ato ilícitos.
Direito Objetivo x Direito Subjetivo
	 DIREITO OBJETIVO
	 DIREITO SUBJETIVO 
	É o próprio ordenamento jurídico penal, ou seja, o conjunto de leis aplicáveis. Exemplo: Código Penal.
	É o direito que o Estado possui de exercer a tutela penal em defesa da sociedade. É o direito de punir do Estado, o jus puniendi.
Direito Comum x Direito Especial
	 DIREITO COMUM 
	 DIREITO ESPECIAL 
	Visam toda a coletividade e envolvem quaisquer questões jurídicas. 
Exemplo: Código Penal 1945
	É mais centrado, e destinado não à toda coletividade, mas tão somente a uma parcela do todo. Se estuda em determinadas circunstâncias. Exemplo: Código Penal Militar 
Ramos do Direito
O Direito Penal perneia com vários outros ramos do Direito servindo de sistema de proteção para com os mesmos. Os principais ramos do Direito é o Constitucional e o Processual Penal.
O Direito Constitucional dá limites ao Direito Penal, desta maneira, a Constituição do país legitima a existência do Direito Penal. Noutro prisma, o Direito Penal existe para conter os excessos que o Estado tende a cometer, entretanto. o Direito Penal também visa que Estado puna em certas condutas, uma vez que os Direitos fundamentais e os mais valorativos bens jurídicos estejam ameaçados. 
Relações do Direito Penal
a) Dogmática Penal: tem a função de interpretar sistematizar e aplicar de forma lógico-racional o Direito Penal. 
b) Política Criminal: constitui a sistematização das estratégias, táticas e meios de controle social da criminalidade. 
c) Criminologia: estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento criminoso.
	Cifras Negras
	Cifras cinzas
	Cifras amarelas
	Cifras brancas
	Cifras douradas
	Cifras verdes
	Referem-se aos crimes que não chegam ao conhecimento do Estado, detentor do direito de punir.
	São os crimes que chegam ao conhecimento do Estado, contudo são resolvidos na própria delegacia de polícia.
	São aqueles crimes praticados arbitrariamente por policiais que não chegam ao conhecimento da corregedoria
	São aqueles crimes solucionados, ou seja, em que foram apuradas a autoria e materialidade.
	São os crimes conhecidos como de ‘colarinho branco’, que são aqueles praticados por membros da alta sociedade, executivos
e diretores de empresas.
	São os crimes ambientais que não chegam ao conhecimento da autoridade policial.
 
Funções do Direito Penal 
a) Proteção de bens jurídicos: não se admite a criação de norma incriminadora que não vise à proteção de um bem jurídico. É a principal função. Não é qualquer bem jurídico que merece a proteção do Direito Penal, apenas os bens jurídicos mais relevantes é que podem ser protegidos. O legislador penal realiza uma tarefa seletiva (juízo de valor positivo).
b) instrumento de controle social: a ameaça de penalização de condutas danosas, em teoria, contribui para a paz pública. No entanto, ante a incerteza da efetiva aplicação da norma e da ausência de políticas públicas que visem à redução da criminalidade, não se consegue promover um efetivo controle social.
c) função ético-social: parte minoritária da doutrina entende que o Direito Penal exerce função ética, fornecendo uma base de valores à sociedade. Trata-se, entretanto, da reafirmação dos éticos da sociedade e não da imposição de uma ética não aceita pela coletividade. Também chamada de função criadora ou configuradora dos costumes. A função ético-social busca o chamado efeito moralizador (“mínimo ético”).
d) função de garantia: o Direito Penal também tem como função limitar o poder punitivo estatal, de modo a garantir ao cidadão que não será alvo de arbitrariedades por parte do poder público. No entendimento de Franz Von Liszt, “o Código Penal é a magna carta do delinquente”, pois, antes de punir, o Código Penal serve para proteger contra o arbítrio do Estado.
e) função simbólica (função bastante cobrada em provas): é o efeito psicológico que a proibição gera na sociedade. A criminalização de uma conduta vem carregada de um simbolismo que visa produzir um efeito psicossocial nos cidadãos de que o Estado está agindoefetivamente para reprimir determinados comportamentos. Essa função não produz efeitos externos (efeitos concretos), só produz efeitos internos (na mente das pessoas, tanto dos governantes quanto dos governados). Ex.: lei dos crimes hediondos. Crítica da doutrina: a curto prazo, ela serve para fazer propaganda de programas de governo (e isso não é papel do Direito Penal). E a médio e longo prazo, essa função simbólica leva ao descrédito do Direito Penal, pois se constata que o Direito Penal não ‘serviu para nada’, mesmo com a criação da lei dos crimes hediondos a criminalidade continuou amentando.
f) função promocional: uma corrente minoritária da doutrina vê no Direito Penal uma função de transformação social, promovendo certos valores sociais. Assim, a criminalização não depende dos valores da sociedade, pois a criação de delitos serve justamente para transformar tais valores.
g) prevenção de vingança privada: o Direito Penal, ao conferir ao Estado o monopólio da pretensão punitiva, exerce o papel de evitar que vítimas façam justiça com as próprias mãos.
h) função motivadora: por meio da ameaça de uma sanção, o Direito Penal motiva os indivíduos a não realizarem determinadas condutas.
i) função de redução da violência estatal (Silva Sanchez): a aplicação de uma sanção penal pelo Estado, embora legítima, representa uma violência do Estado contra o cidadão e sociedade. O Direito Penal deve ser cada vez mais de intervenção mínima, reservados somente para os casos estritamente necessários.
Fontes do Direito Penal 
O que é Fonte? 
Fonte –sob um aspecto geral— é de onde provem o Direito; de onde nasce todo o ordenamento jurídico. A Fonte do Direito Penal é dividida em Fonte material (substantiva ou de produção) ou Fonte formal (de conhecimento ou cognitiva). 
Fonte Material (substantiva ou de produção) é quem cria o Direito. Nos termos da Constituição Federal de 1988 é competência privativa da União legislar sobre o material penal. 
Fonte Formal (de conhecimento ou cognição) é a forma pela qual o Direito Penal revela-se ao seu destinatário; forma em que o Direito Penal se exterioriza. Este, por vez, é dividido em Fonte imediata (ou direta) ou Fonte mediata (ou indireta). 
Fonte imediata: cria o Direito Penal A Lei devido ao Princípio da Legalidade.
Fonte mediata: pode influenciar na criação costumes, princípios gerais do Direito, atos administrativos, referendo e plebiscitos,
ATENÇÃO: A doutrina, a jurisprudência e a equidade são formas de interpretação, mas há pensamento minoritário que as indicas como fontes.
	Leis Complementares 
	Emenda Constitucional
	Leis Delegadas
	Medida Provisória 
	Resoluções e decretos Administrativos 
	Leis Ordinárias 
	podem regular matéria penal
(controverso)
	podem regular matéria penal
(Controverso)
	não podem regular matéria penal. 
	não podem regular matéria penal. 
	não podem regular matéria penal.
	podem regular matéria penal

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