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02_Historia_e_Geografia

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1 
1100124 E-book gerado especialmente para DANIELLE REGINA BORGES
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Política, economia, sociedade, educação, segurança, artes, cultura, aspectos geográficos, literatura e 
suas vinculações históricas, a nível municipal..
 ....................................................................................... 1 
 
Questões
 ........................................................................................................................................... 31 
 
Respostas
 .......................................................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho 
na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em 
contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
 
Bons estudos! 
 
1100124 E-book gerado especialmente para DANIELLE REGINA BORGES
 
 1 
 
 
Duque de Caxias – Estrutura Política 
 
O Poder Legislativo 
 
O poder Legislativo é exercido, em Duque de Caxias, pela Câmara Municipal, em conformidade com 
a Constituição Federal, Estadual e a Lei Orgânica. A bancada de vereadores é composta de 29 
parlamentares eleitos dentre os cidadãos maiores de 18 anos, através do voto direto de quatro em quatro 
anos, e no exercício dos direitos políticos. O Plenário Vilson Campos Macedo, da Câmara, é o órgão 
máximo do poder Legislativo Municipal, sendo um poder autônomo e soberano em suas decisões. Cabe 
a ele, primordialmente, a elaboração de leis de interesse da coletividade. 
É de responsabilidade do Legislativo, com sanção do prefeito, dispor sobre as seguintes matérias: 
tributos municipais, bem como autorização de inserções e anistias fiscais; remissão de dívidas e 
suspensão de cobranças da dívida ativa; arrecadação e distribuição de suas rendas; Planos Plurianual e 
de Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual; fixação e modificação do efetivo da Guarda Municipal 
Metropolitana; Planos e Programas Municipais de Desenvolvimento; criação, organização e supressão 
de distritos; concessão e permissão de serviços públicos, bem como a concessão de obras públicas, entre 
outras atribuições. 
Além da função legislativa, a Câmara delibera sobre assuntos de sua competência privativa, não 
necessitando da sanção do Executivo, como por exemplo, dispor sobre matéria regimental; dispor sobre 
a sua organização, serviço, funcionamento, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções; 
autorizar o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores a se ausentarem do município; sustar os atos 
normativos do poder Executivo que exorbitarem o poder regulamentar ou os limites da delegação 
legislativa; mudar temporariamente sua sede e através de seu presidente ou de suas comissões convocar 
secretários municipais, presidente de autarquias e empresas públicas para, no prazo de oito dias, 
pessoalmente prestar informações sobre assunto previamente determinado. A Câmara também possui a 
função de fiscalizar o poder Executivo, inclusive os da administração indireta. Em Duque de Caxias, as 
sessões acontecem nas terças e quintas-feiras, a partir das 17h30. 
Processo Legislativo - As funções principais da Câmara são justamente legislar e fiscalizar a 
administração pública municipal, a cargo do poder Executivo. A Câmara legisla propondo e/ou aprovando 
projetos relativos ao interesse local e que devem passar por um procedimento específico, o processo 
legislativo. Assim, o processo legislativo é o conjunto de atos, ordenados na forma estabelecida pela 
Constituição Federal e de acordo com seus princípios, destinado a produzir normas jurídicas de natureza 
legislativa, isto é, que tramitam necessariamente pelo poder Legislativo. 
De acordo com a Lei Orgânica do Município de Duque de Caxias, atualizada em 10 de junho de 2002, 
o processo Legislativo compreende a elaboração de: Emendas à Lei Orgânica do Município, Leis 
Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Resoluções e Decretos 
Legislativos. Emenda à Lei Orgânica – Visa alterar a lei fundamental na qual se baseia a organização 
política do município. Pode ser proposta pelo prefeito ou por, no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da 
Câmara. A proposta será discutida e votada em dois turnos, com intervalo mínimo de 10 dias, 
considerando-se aprovada se obtiver, em cada um, 2/3 (dois terços) dos votos dos membros da casa. A 
Emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número 
de ordem. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser 
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
Aprovados, os projetos de Emenda à Lei Orgânica, assim como de Resolução e de Decreto Legislativo 
serão promulgados e publicados, passando a vigorar após a sua publicação. 
Política, economia, sociedade, educação, segurança, artes, 
cultura, aspectos geográficos, literatura e suas vinculações 
históricas, a nível municipal. 
Paulo Nakayama 
1100124 E-book gerado especialmente para DANIELLE REGINA BORGES
 
 2 
Lei Complementar – É a proposição expressamente prevista na Constituição Federal e na Lei Orgânica 
e nos casos de regulamentação de matérias constitucionais. São projetos de Lei Complementar: Sistema 
Financeiro e Tributário, a Lei de Responsabilidade Fiscal, etc. 
Lei Ordinária – É destinada a regular as matérias de competência do poder Legislativo com a sanção 
do prefeito. Esta iniciativa cabe a qualquer membro ou comissão da Casa, prefeito ou populares. São 
projetos de Lei Ordinária: Lei do Idoso, Lei dos Bancos, Lei de Licitações e Contratos, Lei Eleitoral, etc. 
A regra geral é elas serem apresentadas, indistintamente, dentro de certas condições, seja pelo chefe 
do Executivo, seja por membro ou órgão do Legislativo e pelos cidadãos, através de iniciativa popular. 
Para tal, haverá a necessidade de mínimo, cinco por cento, do eleitorado, distribuído, pelo menos, dois 
distritos, com não menos de um por cento dos eleitores de cada um deles. 
Todos os projetos são apresentados em plenário, tornando-se públicos pela leitura. Eles serão objetos 
de um ou dois turnos de votação, de acordo com sua complexidade até virar lei, após sanção do prefeito. 
Antes deste processo final, os Projetos de Lei passam pelas Comissões Permanentes da Câmara, que 
faz o controle prévio, manifestando-se através de parecer sobre sua constitucionalidade e legalidade. 
Caso o projeto de lei seja vetado, o chefe do Executivo explicará os motivos jurídicos e de interesse 
público que o levaram a negar seu aval. Se o projeto de lei for vetado, total ou parcialmente, ele retornará 
à Câmara, que poderá concordar com o prefeito e mandar arquivá-lo, ou derrubar o veto pela votação de 
maioria absoluta de seus membros. 
Resoluções – De iniciativa exclusiva da Câmara e que só por ela tramita. Destina-se a disciplinar 
matéria dirigida em âmbito internodo Legislativo, como serviço administrativo, criação de cargos, fixação 
de remuneração e regimento interno do Legislativo. 
Decretos Legislativos – Matéria privativa do Legislativo, com repercussão no exterior dele, sem 
precisar da sanção do prefeito. Exemplos: concessão de títulos honoríficos e honrarias. 
Medidas Provisórias – Em caso de relevância e urgência, o prefeito poderá adotar medidas provisórias 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato à Câmara Municipal, que estando em recesso, será 
convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias. 
As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a sua edição, se não forem convertidas em lei no 
prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara disciplinar as relações jurídicas delas 
decorrentes. 
Lei Delegada – Atos de competência do prefeito, que deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal. 
A delegação ao prefeito terá a forma de Resolução da Câmara, que especificará seu conteúdo e os termos 
de seu exercício. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Câmara, esta a fará em votação 
única, vedada qualquer emenda. 
Fonte: Câmara Municipal de Duque de Caxias 
 
Poder Executivo – Estrutura de Governo 
 
O Poder Executivo em Duque de Caxias é formado pelo prefeito e vice-prefeito, que governam com o 
auxílio de secretários. A principal função é executar as leis já existentes e de implementar políticas 
públicas que atendam as necessidades da população. Segundo a Prefeitura Municipal, a estrutura de 
governo no município de Duque de Caxias tem a seguinte composição: Prefeito Municipal (Alexandre 
Aguiar Cardoso), Vice-Prefeito Municipal (Laury De Souza Villar), Secretário Municipal de Governo (Luiz 
Fernando Silva de Magalhães Couto), Procurador Geral do Município (André Luís Mançano Marques), 
Secretário Municipal de Controle Interno, Ciência e Tecnologia e Sistemas (Júlio Oscar Lagun Filho), 
Secretário Municipal de Fazenda (Arthur Carvalho Monteiro), Secretário Municipal de Administração 
(Sidney César Silva Guerra), Secretária Municipal de Educação (Marcos Villaça), Secretário Municipal de 
Cultura e Turismo (Jesus Chediak), Secretário Municipal de Obras (Luiz Felipe Carneiro Leão), Secretário 
Municipal de Saúde (Camillo de Léllis Carneiro Junqueira), Secretário Municipal de Serviços Públicos 
(Tarce de Freitas Lima Filho), Secretário Municipal de Esporte e Lazer (Carlos Alberto Oliveira do 
Nascimento), Secretária Municipal de Assistência Social (Claudia Peixoto Fabiano Theodoro), Secretário 
Municipal de Meio Ambiente (Luiz Renato Vergara), Secretário Municipal de Defesa Civil e Políticas de 
Segurança (Marcello Silva da Costa), Secretário Municipal de Trabalho, Emprego e Renda e 
Desenvolvimento Econômico (Dalmar Lírio Mazinho de Almeida Filho), Secretária Municipal de Ações 
Institucionais e Comunicação (Tatyane Azevedo de Freitas Lima), Secretário Municipal de Planejamento, 
Habitação e Urbanismo (Luiz Edmundo Horta Da Costa Leite). 
 
O prefeito - Alexandre Cardoso nasceu em Duque de Caxias. É médico e bacharel em Direito, com 
pós-graduação em Medicina do Trabalho e Administração Hospitalar. É doutor honoris Causa da 
UNIGRANRIO. Foi eleito prefeito de Duque de Caxias, em outubro 2012 e assumiu a prefeitura no dia 01 
1100124 E-book gerado especialmente para DANIELLE REGINA BORGES
 
 3 
de janeiro de 2013. Foi cinco vezes Deputado Federal e duas vezes Deputado Estadual. Foi secretário 
de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos e secretário de Estado de Ciência e Tecnologia. 
Trouxe para Duque de Caxias 9 unidades do CETEP – Centro de Educação Tecnológica e 
Profissionalizante, os CVTs – Centro Vocacional Tecnológico – escolas técnicas profissionalizantes na 
área de moda, construção civil, solda, automação e polímeros. 
Foi responsável pela implantação do IST – Instituto Superior de Tecnologia, a primeira faculdade 
pública de tecnologia de Duque de Caxias. É autor do Projeto Faetec Digital, que possibilitou a 
implantação da internet gratuita em Duque de Caxias. Implantou o Museu Ciência e Vida, o primeiro 
museu interativo da Baixada Fluminense. 
É o responsável pelo projeto do Quarteirão da Ciência, iniciativa que desativou a carceragem da 59ª 
DP, tirando mais de mil presos de nossa cidade. É responsável pela implantação da ETE – Escola Técnica 
Estadual de Imbariê. Também são de Alexandre Cardoso os projetos que implantaram o Canteiro Escola 
Jardim Gramacho (programa de profissionalização do catador de lixo) e a UERJ Olímpica (programa de 
treinamento esportivo dos alunos das escolas estaduais de Duque de Caxias). Tem um trabalho sempre 
pautado na integração das ações e parcerias entre município e os governos estadual e federal. 
Foi presidente do Conselho Nacional de Secretários de Ciência e Tecnologia. Foi sempre eleito pelo 
Diap como um dos melhores deputados federais do Brasil. É autor do primeiro projeto de lei popular que 
trouxe a Linha Vermelha para Duque de Caxias. É autor do Projeto de Redução da Carga Horária de 
Trabalho da Mãe do Deficiente. É autor do projeto do Passe Gratuito para doentes crônicos. É 
reconhecido pelas ideias inovadoras e sua capacidade de gestão. 
 
O vice-prefeito - Laury Villar é funcionário público, formado em Administração de Empresas pela 
Unigranrio e bacharel de Direito, formado pela Unigranrio. Foi secretário municipal de Esporte Lazer de 
Duque de Caxias (1989 a 1999). Vereador de 2000 a 2004, líder do Governo na Câmara de Duque de 
Caxias (2000 2002), presidiu o Legislativo do município de 2002 a 2004. Em seu mandato no Legislativo, 
teve aprovadas as seguintes leis de destaque: voto aberto dos vereadores, oficialização da Feira de 
Artesanato, Forró da Feira e criação da Semana da Terceira Idade. 
 
História de Duque de Caxias 
 
 
 
No início dos anos 40, o mundo vivia grandes transformações com a tensão da Segunda Guerra 
Mundial. No nordeste, era grande o êxodo da população em direção aos grandes centros. Famílias fugiam 
da seca em busca de melhores condições de vida, trabalho e moradias nas periferias metropolitanas. As 
grandes fazendas estavam sendo fracionadas em sítios e chácaras, com os imensos laranjais e culturas 
hortifrutigranjeiras transformadas em loteamentos, com grilagem de terra e ocupações irregulares. 
Freguesias estavam sendo transformadas em distritos e estes em municípios. No Rio de Janeiro, a 
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 4 
Estação de Merity – que em 1931 havia sido declarado o 8º distrito de Nova Iguaçu – buscava sua 
emancipação. 
O nome Duque de Caxias foi iniciativa de um antigo morador, José Luiz Machado, que queria prestar 
uma homenagem ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. Nascido na região, mais precisamente na 
Taquara, Lima e Silva ingressou ainda criança no Exército, no posto de cadete de Primeira Classe. 
Disciplinado, teve grande destaque na carreira militar. Atuou com bravura na Guerra do Paraguai, 
comandando batalhas sangrentas na defesa das terras brasileiras. 
A luta pela emancipação durou muitos anos. Até que em 25 de julho de 1940, uma comissão de 
notáveis da época – formada por jornalistas, empresários, advogados, médicos e outros líderes da 
sociedade civil, denominada União Popular Caxiense (UPC) – encaminhou um memorial ao Interventor 
Federal do Estado do Rio de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto, no qual era exposta a possibilidade do 
distrito de Caxias emancipar-se de Nova Iguaçu. Entre esses notáveis estavam Silvio Goulart, Rufino 
Gomes Júnior, Joaquim Batista Linhares, José Basílio da Silva, LuizAntônio Félix, Amadeu Lanzilotti, 
Antônio Moreira de Carvalho, Mário Pina Cabral, Abílio Teixeira de Aguiar, Ramiro Gonçalves e Costa 
Maia. Contudo, o sonho da emancipação foi adiado por três anos. O documento foi considerado 
impertinente e inoportuno pelo governo, chegando a tornar-se motivo de punição aos autores. Em 31 de 
dezembro de 1943, durante o Estado Novo, por meio do decreto nº1055, a Estação de Merity foi 
emancipada e transformada na cidade de Duque de Caxias. 
Da emancipação até 1947, os prefeitos de Duque de Caxias foram nomeados pelo Interventor Federal. 
O primeiro eleito através do voto popular foi Gastão Glicério de Gouveia Reis, que governou de 28 de 
setembro de 1947 a 28 de dezembro de 1950. A Câmara Municipal foi instalada em 23 de outubro de 
1947 e os primeiros vereadores eleitos no mesmo processo em que Gastão Reis saiu vitorioso. Nesse 
período, a população da cidade já ultrapassava a casa dos 100 mil habitantes. O município já apresentava 
as características de "cidade dormitório", pois a população encontrava oportunidades de trabalho somente 
na capital do então Distrito Federal. Mas a cidade já apresentava os indícios de industrialização, que se 
ampliaria ainda mais algumas décadas depois. 
O primeiro passo para o progresso foi dado em agosto de 1928, quando o então presidente Washington 
Luiz inaugurou o trecho da estrada ligando o Rio a Petrópolis que mais tarde, em 1964, seria incluída no 
Plano Nacional de Viação, cuja redação estabelecia sua extensão até a capital, Brasília, passando por 
cidades como Juiz de Fora, Belo Horizonte. A partir de então, a rodovia passou a ser chamada BR-040 e 
conhecida também como Rio-Juiz de Fora. 
A BR-040 teve importância fundamental no crescimento industrial de Duque de Caxias. A primeira 
grande indústria a se instalar na cidade foi a Fábrica Nacional de Motores (FNM), projetada com o intuito 
de produzir motores de aviões para as tropas aliadas que combatiam na Segunda Guerra. Logo, a FNM 
seria transformada em Sociedade Anônima, passando a fabricar caminhões pesados até a década de 60, 
quando a cidade se transformou em um grande potencial em termos de comércio e indústria. No final dos 
anos 70, a FNM foi vendida para a Fiat e atualmente suas instalações abrigam a fábrica Ciferal, de 
carrocerias de ônibus. Com a instalação da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), em 1961, Duque de 
Caxias se tornou um dos mais importantes polos industriais do país. 
Na década de 70, Duque de Caxias tornou-se "Área de Segurança Nacional". Novamente os prefeitos 
passaram a ser indicados pelo governo federal, desta vez pelos militares que ocuparam o poder. O 
município só recuperou sua autonomia, em 15 de novembro de 1985, quando pode escolher seu 
governante por meio do voto. Nesta eleição, saiu vitorioso o prefeito Juberlan Barros de Oliveira, que 
governou de 1º de janeiro de 1986 a 31 de dezembro 1988. Entretanto, o real vencedor foi a população 
que, além de eleger deputados e senadores, pode votar na escolha do Presidente de República. 
 
Formação administrativa 
 
Distrito criado com a denominação de Caxias, pelo Decreto Estadual n.º 2.559, de 14-03-1931, Sede 
no povoado da estação ferroviária de Mereti, no município de Nova Iguaçu. Elevado a categoria de 
município em denominação de Duque de Caxias, pelo Decreto-lei n.º 1.055, de 31-12-1943, 
desmembrado de Nova Iguaçu. Constituído de 3 distritos: Duque de Caxias, Imbariê (ex-Estrela) e Mereti. 
Instalado em 01-01-1944. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Duque 
de Caxias, Imbariê e Meriti. 
Pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, do Estado do Rio de Janeiro, promulgado em 
20-06-1947, é desmembrado do município de Duque de Caxias o distrito de Meriti. Elevado à categoria 
de município com a denominação de São João de Meriti. 
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 5 
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município de Duque de Caxias é constituído de 2 distritos: 
Duque de Caxias e Imbariê. 
Pela Lei n.° 2.157, de 28-05-1954, são criados os distritos de Campos Elyseos e Xerém ambos 
desmembrados do distrito de Imbariê e anexado ao município de Duque de Caxias. 
Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído de 4 distritos: Duque de Caxias, 
Campos Elyseos, Imbariê e Xerém. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Duque de Caxias 
(Crédito da foto: Prefeitura Municipal de Duque de Caxias) 
 
Duque de Caxias em números 
 
População estimada 2014: 878.402 
População 2010: 855.048 
Área da unidade territorial (km²): 467,620 
Densidade demográfica (hab/km²): 1.828,51 
Gentílico: caxiense 
 
Área da unidade territorial: 467,620 km² 
Estabelecimentos de Saúde SUS: 82 estabelecimentos 
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 2010): 0,711 
Matrícula - Ensino fundamental – 2012: 131.810 matrículas 
Matrícula - Ensino médio – 2012: 36.447 matrículas 
Número de unidades locais: 14.172 unidades 
Pessoal ocupado total: 196.445 pessoas 
PIB per capita a preços correntes – 2012: 31.280,03 reais 
População residente: 855.048 pessoas 
População residente – Homens: 411.074 pessoas 
População residente – Mulheres: 443.974 pessoas 
População residente alfabetizada: 744.587 pessoas 
População residente que frequentava creche ou escola: 262.968 pessoas 
População residente, religião católica apostólica romana: 299.971 pessoas 
População residente, religião espírita: 19.178 pessoas 
População residente, religião evangélicas: 314.459 pessoas 
Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – 
Rural: 255,00 reais 
Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – 
Urbana: 478,20 reais 
Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento 
domiciliar, por situação do domicílio – Rural: 1.489,85 reais 
Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento 
domiciliar, por situação do domicílio – Urbana: 1.900,47 reais 
Fonte: IBGE 
 
Símbolos municipais 
 
 
1100124 E-book gerado especialmente para DANIELLE REGINA BORGES
 
 6 
Brasão 
 
No dia 30 de dezembro de 1966, o prefeito Joaquim Tenório assinou a deliberação que instituiu os 
primeiros símbolos municipais. 
Os símbolos formam a marca visual dos diversos órgãos governamentais: municípios, estados e 
nação. Para representar e valorizar nossos valores de civismo e amor à cidade, usamos os símbolos. Em 
Duque de Caxias nós temos o Brasão, a Bandeira do Município de Duque de Caxias, a Bandeira da 
Câmara Municipal, a figura do Duque de Caxias montado em seu cavalo e o Hino de “Exaltação à Cidade 
de Duque de Caxias”. 
A comissão - A pedido do prefeito Joaquim Tenório, uma comissão de funcionários municipais foi 
formada para criar o Brasão e a Bandeira. Fizeram parte do grupo Clóvis de Araújo Barreto (desenhista 
e estudioso em heráldica – brasões), Luiz Travassos e Walter Joaquim da Rocha. O pedido do prefeito 
tinha justificativa, pois apesar de emancipado em 31 de dezembro de 1943, Duque de Caxias ainda não 
dispunha de seus símbolos, mesmo com a permissão da Constituição Brasileira de 1946. 
Brasão - O significado do Brasão, segundo Clóvis de Araújo Barreto, presidente da Comissão dos 
Símbolos Municipais é: 
“O escudo português lembra a origem lusitana da nossa Pátria; a coroa ducal, em toda a sua beleza,evidencia o topônimo Duque de Caxias, cujo titular, Luiz Alves de Lima e Silva, é hoje o patrono do 
Exército Brasileiro; o trecho do imponente mecanismo da Refinaria Duque de Caxias representa, em toda 
sua pujança, a industrialização do município. As estrelas falam da povoação regional pela figura de Braz 
Cubas (direita) e à esquerda lembra o deputado Manoel Reis, que foi o mais destemido baluarte da 
emancipação política do antigo distrito de Iguaçu. A data 1566 refere-se ao início do desbravamento das 
terras onde hoje está o município e 1943 refere-se à elevação do antigo lugarejo à dignidade de cidade. 
Também os metais e esmaltes têm os seus significado: ouro representa a força, prata a candura, vermelho 
a intrepidez, azul a serenidade e, finalmente, o verde representa a abundância”. 
 
 
 
Deliberação da criação do brasão e bandeira 
 
A CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS decreta e eu sanciono a seguinte Deliberação: 
Art. 1º – Ficam instituídos o Brasão e a Bandeira do Município de Duque de Caxias. 
Art. 2º – O Brasão terá a seguinte forma: 
Escudo Português; em campo de ouro, o contorno geográfico do Município, evidenciando em campo 
de (blau) azul, um pormenor da Refinaria de Duque de Caxias, de prata, saiote de um campo se sinople 
(verde): – ladeando o assunto principal, duas estrelas de goles (vermelho), postas, uma à destra (direita) 
e outra à sinistra (esquerda); um Chefe de goles (vermelho) ostenta uma coroa ducal de ouro com suas 
pedras preciosas. 
Na base, um listel de prata com os seguintes dizeres: – 1566 – Duque de Caxias – 1943. Encimando 
o conjunto a coroa ducal de cinco torres de prata, que é representativo da cidade. 
Art. 3º – A Bandeira será constituída de duas listas azuis, em fundo branco remoso, que se cruzam no 
sentido da maior diagonal, tendo ao centro o brasão do Município, recordando suas tradições e origens 
históricas e o desenvolvimento – presente e futuro do Município, em luta serena pela industrialização. 
Art. 4º – A confecção da bandeira do Município de Duque de Caxias, obedecerá às seguintes regras: 
I – Para o cálculo das dimensões, tomar-se-á para a largura 14m (quatorze módulos) e para o 
comprimento 20m (vinte módulos). 
II – As listas transversais azuis terão 2,5m (dois e meio módulos) de largura. 
III – O Brasão do Município ficará ao centro, sobre as listas azuis, afastado de 2m (dois módulos) na 
parte superior e 3m (três módulos) na parte inferior no sentido da largura da Bandeira. 
1100124 E-book gerado especialmente para DANIELLE REGINA BORGES
 
 7 
IV – O listel terá a largura de 0,8m (oito décimos do módulo) e as letras 0,5m (cinco décimos do 
módulo). 
Art. 5º – Todos os documentos da Prefeitura e da Câmara Municipal levarão o brasão do município. 
Art. 6º – Os próprios municipais levarão em lugar de destaque o brasão do município. 
Art. 7º – Esta deliberação entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições 
em contrário. 
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS, em 30 de dezembro de 1966. 
 
Hino de “Exaltação à Cidade de Duque de Caxias” 
 
Francisco Barboza Leite é autor da letra e música do Hino de “Exaltação à Cidade de Duque de 
Caxias”. Os arranjos sinfônicos são do maestro Clóvis Ferreira Lima. Ele foi executado pela primeira vez 
no encontro de trabalhadores do município, na década de 60, no Sesi de Duque de Caxias. 
Apesar de ser tocado em vários eventos públicos, o hino só passou a ser oficial depois de mais de 40 
anos. 
A lei do vereador Laury Villar, de 28 de dezembro de 2001, formalizou o ato. 
 
“Exaltação a Cidade de Duque de Caxias" 
 
Todo o arvoredo 
é uma festa de pardais 
acordando a cidade. 
Toda a cidade 
é uma orquestra de metais 
em inesperada atividade. 
 
Caxias, ecoam clarins 
sobre tuas colinas; 
O sol, é uma oferta de flores 
em tuas campinas. 
 
Quando mal adormeces 
já estás levantada: 
és do trabalho, 
a namorada. 
Tuas fábricas 
se contam às centenas. 
 
Um grande povo 
o teu nome enaltece; 
construindo riqueza, 
inspirando beleza 
que ao Brasil 
oferece. 
 
Nesta baixada, 
onde Caxias nasceu, 
o progresso e o lema 
que o trabalho escolheu. 
 
De plagas distantes 
deste e de outros países, 
são os teus povoadores. 
Toda essa gente 
no esforço viril, 
de fazer do teu nome 
um pendão do Brasil. 
 
 
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Datas comemorativas 
 
Santo Antônio, Padroeiro (13 de junho) - Desde 1970, Santo Antônio é o padroeiro oficial de Duque 
de Caxias, apesar do culto ser anterior à data. A devoção ao santo é tão forte que o município instituiu 
um feriado para seu culto, ou melhor, o único da cidade: dia 13 de junho. O ato que definiu o feriado veio 
através da deliberação nº1543, de 16 de abril de 1970, publicada no Boletim Oficial nº517, de 27 de abril 
de 1970, assinado pelo então prefeito Moacyr Rodrigues do Carmo. Na cidade, o santo “casamenteiro” 
tem muito trabalho. A população feminina supera a masculina em 240 mil, segundo dados do IBGE de 
2000. Os cultos são realizados na Matriz da Paróquia de Santo Antônio, localizada na Avenida Presidente 
Kennedy, no Centro. A igreja foi construída no dia 13 de junho de 1939, no primeiro distrito. É difícil 
encontrar uma paróquia sem alguma capela com a sua imagem. No Brasil, são mais de 500 igrejas que 
o têm como padroeiro. Mas quem foi Santo Antônio? Fernando de Bulhões nasceu em Lisboa, no dia 15 
de agosto de 1195, e recebeu o nome de Antônio quando passou da Ordem de Santo Agostinho para a 
Ordem de São Francisco em 1220, em Pádua, na Itália. É por isso que ele é conhecido tanto como Santo 
Antônio de Lisboa quanto como Santo Antônio de Pádua. Santo Antônio dedicou a vida à religião. De 
saúde frágil, ele levou uma vida humilde e se sustentou apenas com o necessário. Ao santo são 
creditados alguns milagres, como o do peixe. Ele fez surgir milhares deles ao pregar para as águas, uma 
vez que os homens não quiseram ouvi-lo. À beira do Mar Adriático, na foz do Rio Marecchia, o religioso 
fez surgir milhares de peixes para espanto da população. Conta-se que alguns pobres bateram à porta 
do convento onde se encontrava Santo Antônio, na época em que foi eleito provincial dos franciscanos 
do norte da Itália. Eles estavam famintos e queriam pão. O cozinheiro disse que não poderia atender ao 
pedido, pois faltaria o alimento para a refeição dos frades. Santo Antônio ouviu o diálogo e ordenou ao 
cozinheiro: “Dê pão aos pobres que Deus proverá”. Quando os frades entraram no refeitório, encontraram 
uma cesta repleta de pães. O milagre foi atribuído a Santo Antônio. Daí a tradição da distribuição do “Pão 
de Santo Antônio”, às terças-feiras, que representa fartura e prosperidade. Santo Antônio morreu em 
Pádua, na Itália, a 13 de junho de 1231, sendo uma figura central da Igreja Católica e do pensamento 
europeu medieval. Desfrutava de tanto prestígio que, dez meses após o seu sepultamento, foi elevado à 
glória dos altares. Mais tarde, recebeu o honroso título de Doutor da Igreja. No fim da vida, Santo Antônio 
pregou três anos na França e pode ter sido ali que se tornou cupido. Segundo uma lenda portuguesa do 
século XVII, uma mulher buscava um marido e desesperada com o aparecimento de seus primeiros pés-
de-galinha, jogou a imagem do santo pela janela. A estatueta caiu na cabeça de um soldado que passava 
na rua. Refeito do susto, ele se apaixonou pela mulher e a conduziu ao altar. Tanto em Portugal como no 
Brasil, onde a devoção se instalou no período colonial, basta o pretendente demorar a aparecer, que as 
mulheressubmetem a imagem do santo a “castigos”. Retiram o Menino Jesus, que o santo traz no colo, 
e só o devolvem quando a graça é alcançada. Outras colocam a imagem com o rosto para a parede, 
amarram-na ao pé de uma mesa ou a mergulham na água de cabeça para baixo, até serem atendidas. 
Há também as que arrancam o resplendor (coroa luminosa que se coloca nas imagens dos santos) e o 
substitui por uma moeda. Santo Antônio é também, conhecido como o santo das coisas perdidas. Para 
achar um objeto deve-se rezar o Responso (versículos que se rezam ou cantam alternadamente pelos 
dois coros, depois dos ofícios divinos; oração a um santo para que apareçam as coisas perdidas ou não 
sucedam males) de Santo Antônio para encontrá-lo. 
 
Duque de Caxias, Patrono (25 de agosto) - Os atos de bravura e suas estratégias de guerra, em 
defesa da pátria, fizeram de Luis Alves de Lima e Silva o militar, mais condecorado da história e o único 
a receber o título de Duque no Brasil. Lima e Silva nasceu no dia 25 de agosto de 1803, na Fazenda São 
Paulo, arraial de Porto da Estrela (hoje Taquara, Duque de Caxias). As suas vitórias foram consagradoras 
e sua ascensão meteórica. Aos cinco anos de idade já era cadete de 1º classe, figurando no 1º Regimento 
de Infantaria do Rio de Janeiro. Em defesa da nação, ele atuou tanto internamente quanto externamente. 
Abafou os rebeldes na Guerra da Independência, na Bahia, lutou contra os argentinos, na Guerra da 
Cisplatina, e pôs fim ao mais longo e sangrento combate do Brasil: a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande 
do Sul, que durou 10 anos. Mas foi a sua luta na Balaiada, no sertão maranhense, que o militar recebeu 
a sua maior condecoração. Após pacificar a Vila de Caxias, Luis Alves de Lima e Silva recebeu uma 
tríplice coroação: foi homenageado publicamente pelo governo e pelo povo ,promovido a brigadeiro e 
agraciado com o título de barão de Caxias, com o qual seria conhecido, sendo o mais precioso símbolo 
de virtudes militares. O título de Barão de Caxias significa: disciplina, administração, vitória, justiça, 
igualdade e glória. Dentro do continente travou três batalhas. Uma contra o ditador Rosas, na Argentina, 
e outra com Oribe, em Montevidéu. Caxias derrotou ambos. Mas a grande batalha de Luis Alves de Lima 
e Silva foi na Guerra do Paraguai. Francisco Solano Lopes ataca o Brasil e dá início ao confronto que 
ficou conhecido como Guerra da Tríplice Aliança (união do Brasil, Argentina e Uruguai, contra o inimigo). 
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Sob o comando argentino, a primeira batalha é vencida pelos paraguaios. Com Caxias à frente da 
operação, a guerra ganha outros rumos. Lima e Silva organiza a tropa, introduz técnicas de observações 
com balões – inédita na América do Sul -, e sabendo a posição inimiga ataca o oponente. Vence o 
confronto de Curupaiti, Humaitá, Itororó e Avaí e sai consagrado do embate. Duque de Caxias veio a 
falecer no dia 7 de maio de 1880, no Rio de Janeiro, e seu nome é consagrado até hoje pela sua disciplina, 
patriotismo e dedicação à nação. Seus restos mortais se encontram no Panteon a Caxias, em frente ao 
Ministério do Exército. Desde o dia 25 de agosto de 1923, são realizados festejos do Dia do Soldado e 
do Exército Brasileiro, mas só através do Decreto Federal de 13 de março de 1962, que se imortalizou o 
nome do invicto Duque de Caxias como Patrono do Exército. Em 31 de dezembro de 1943, através do 
Decreto-Lei nº 1.055, a cidade é emancipada não fazendo mais parte de Nova Iguaçu. Desde a década 
de 40, o município promove festejos em homenagem ao seu patrono, com desfiles estudantis e militares, 
exposição bélica, solenidade na Fazenda São Paulo, local onde ele nasceu, e a entrega do Título de 
Cidadão Duque caxiense, a maior honraria da Câmara Municipal de Duque de Caxias. Através da 
deliberação nº 1.543, de 16 de abril de 1970, o dia 25 de agosto é consagrado como ponto facultativo nas 
repartições municipais, caso a data coincida com dias úteis. 
 
Dia da Baixada (30 de abril) - O Dia da Baixada Fluminense, 30 de abril, nasceu depois de muita luta 
e discussão dos vários segmentos culturais da região: pesquisadores, artistas, escritores, historiadores e 
promotores culturais, além da imprensa. Diversas foram as tentativas de se implantar uma política de 
resgate e de promoção de nossos valores. Fóruns culturais foram feitos aos montes, mas seus resultados 
práticos não corresponderam às expectativas. Em 1999, ocorreu um encontro estadual, em Duque de 
Caxias, no Sesi. Desta reunião, saiu um documento que ficou conhecido como Carta da Baixada . A Carta 
norteava a formulação de uma política cultural para a região: resgate do patrimônio histórico e cultural 
dos municípios que compõem a região, interlocução entre o poder público e os agentes culturais e a 
qualificação profissional desses agentes. Uma comissão foi formada, mas passado um ano nada foi feito. 
A demora nas ações fez nascer a Carta Cultural da Baixada Fluminense, no dia 9 de dezembro de 2000, 
na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (UERJ), na Vila São Luiz, Duque de Caxias. Sob a 
coordenação juntamente do PINBA (Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica da Baixada 
Fluminense) e do IPAHB (Instituto de Pesquisa e Análises Históricas e de Ciências Sociais da Baixada 
Fluminense), juntamente com os diversos setores culturais, foram definidas as prioridades para a 
localidade. A Carta Cultural da Baixada Fluminense propôs a implantação dos Conselhos Municipais de 
Cultura, levantamento histórico, cultural e patrimonial de cada município, dentro de um processo de 
tombamento e conservação, criação de uma biblioteca pública em cada região, recuperação do 
patrimônio histórico- arquitetônico e a criação do Dia da Baixada , 30 de abril, entre outros itens. A pressão 
deu resultado. No dia 2 de maio de 2002, através da Lei Estadual nº 3.822, estabeleceu-se o dia 30 de 
abril como o Dia da Baixada Fluminense. A lei foi publicada no Diário Oficial, no dia 3 de maio do mesmo 
ano. A data (30 de abril) refere-se à inauguração da primeira Estrada de Ferro construída no Brasil, em 
1854, que ligava o Porto de Mauá (Estação Guia de Pacobaíba) à região de Fragoso, no pé da Serra de 
Petrópolis. A partir daí foram construídas outras ferrovias na região e a Estrada de Ferro tornou-se um 
marco histórico da ocupação urbana, dando novo perfil à ocupação do solo. Foi o começo do fim dos 
portos fluviais, de navegação pelos rios e dos caminhos de tropeiros e o início do processo de surgimento 
de vilas e povoados que se organizaram em torno das estações ferroviárias, origem de muitas das atuais 
cidades da Baixada. O Dia da Baixada Fluminense visa celebrar os valores da região e discutir os 
problemas atuais, como a participação consciente de toda a sociedade. A data tem por finalidade 
estimular o crescimento da autoestima da população da Baixada. A programação dos eventos pelo dia 
Da Baixada deverá estender-se por todos os municípios da região, por iniciativa tanto dos órgãos públicos 
quanto de toda e qualquer organização, principalmente aquelas que se dedicam às questões coletivas, 
sociais e culturais. A Baixada Fluminense possui, hoje, três milhões e trezentos mil habitantes distribuídos 
em 13 municípios (Itaguaí, Paracambi, Seropédica, Japeri, Queimados, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, 
Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti, Magé e Guapimirim), que representam o segundo 
maior colégio eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, e o quarto mercado consumidor em todo o país, 
respondendo por 12% do PIB. A pesar de sua importância econômica, a região também apresenta graves 
problemas. De acordo com estudos feitos por pesquisadores do Observatório de Políticas Urbanas e 
GestãoMunicipal, órgão do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), a 
Baixada concentra o maior número da população jovem, em sua maioria negra (60% do total), de baixo 
nível escolar (mais de 10% de sua população acima de 15 anos é analfabeta) e muito pobre, já que mais 
de 30% de seus habitantes têm uma renda mensal inferior a um salário mínimo. A população da Baixada 
possui um grande patrimônio, que precisa ser resgatado, mas outras metas também devem ser 
alcançadas como: justiça social e qualidade de vida. 
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Emancipação de Duque de Caxias 
 
A história de Duque de Caxias está diretamente ligada ao crescimento da cidade de São Sebastião do 
Rio de Janeiro. O vai e vem de pessoas pelas terras determinaram várias mudanças no perfil da região. 
Brás Cubas foi um dos primeiros nomes que receberam terras nessa região. Na segunda metade do 
século XV, começou, de fato, o povoamento dos Vales de Iguaçu, Meriti, Sarapuí, Saracuruna e Capivari. 
Com o aumento da população, as lavouras de cana-de-açúcar, milho, feijão e mandioca ofereceram 
riquezas aos proprietários de latifúndio. Em 1833, o povoado de Iguaçu elevou-se à Vila e foram anexadas 
a ela as terras do atual município de Duque de Caxias. No século XIX, foi instalado um trecho da ferrovia 
que ligava a cidade do Rio de Janeiro à Estação de Meriti. Com a abolição dos escravos em 1888, 
aconteceram vários transformações na vida econômica e social da Baixada Fluminense. As obras de 
saneamento foram abandonadas, houve um atraso nas condições propícias à saúde e várias 
enfermidades surgiram. Entre elas, a malária e a doença de Chagas. O processo de emancipação da 
cidade esteve relacionado à formação de um grupo que organizou a União Popular Caxiense (UPC): 
jornalistas, médicos e políticos locais. Em 1940, foi criada a comissão pró-emancipação: Sylvio Goulart, 
Rufino Gomes, Amadeu Lanzeloti, Joaquim Linhares, José Basílio, Carlos Fraga e Antonio Moreira. A 
reação do governo foi imediata e os manifestantes foram presos. 
O grande crescimento pelo qual passava Meriti levou o deputado federal Dr. Manoel Reis a propor a 
criação do distrito de Caxias. Em 14 de março de 1931, através do ato do interventor Plínio Casado, foi 
criado, pelo Decreto Estadual Nº 2.559, o distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti, 
pertencente ao então município de Nova Iguaçu. Em 31 de dezembro de 1943, através do Decreto-Lei 
1.055, elevou-se à categoria de município recebendo o nome de Duque de Caxias. Já a Comarca de 
Duque de Caxias foi criada pelo Decreto-Lei nº 1.056, no mesmo dia, mês e ano. 
O município de Duque de Caxias limita-se ao Norte com Petrópolis e Miguel Pereira; ao Leste com a 
Bahia da Guanabara e Magé; ao Sul com a cidade do Rio de Janeiro e ao Oeste com São João de Meriti, 
Belford Roxo e Nova Iguaçu. Caxias possui clima quente, porém, os 3º e 4º distritos (Imbariê e Xerém) 
têm temperatura amena em virtude da área verde e da proximidade da Serra dos Órgãos. 
O Rio Meriti separa o município de Duque de Caxias da cidade do Rio de Janeiro e o Rio Iguaçu 
delimita Duque de Caxias de Nova Iguaçu. Já o Rio Sarapuí faz a divisão entre o 1º e o 2º distrito e o Rio 
Saracuruna separa o 2º do 3º distrito. 
Com a emancipação, o município recebeu grande incentivo em sua economia. Várias pessoas, 
oriundas principalmente do Nordeste do Brasil, chegavam ao Rio de Janeiro em busca de trabalho e 
elegiam Duque de Caxias como residência. 
 
A origem do nome - Apesar de não participar de nenhum movimento pró-emancipação emancipação, 
foi graças à iniciativa de José Luiz Machado, mais conhecido como “Machadinho”, que Meriti passou a se 
chamar Caxias. Morador da localidade desde o início do século XX, “Machadinho” e um grupo de amigos 
foram à estação de trem, próximo à Plínio Casado, para retirar a placa que tinha o nome de Meriti e trocá-
la por Caxias, uma homenagem a Luiz Alves de Lima e Silva, que nasceu na região. 
O acontecimento histórico foi registrado pelo jornal “Tópico” (Duque de Caxias, 25/08/1958) em 
comemorações pelo 15º aniversário de emancipação político-administrativa de Duque de Caxias. O 
jornalista Waldair José de Souza, na época, assinou a seguinte matéria: “Nasce uma cidade – memórias 
do homem que lhe mudou a denominação”. 
Meriti vinha ganhando melhorias feitas por Nilo Peçanha como: bica d’água, saneamento, calçamento, 
postos de correio e telégrafos. Aos poucos, o nome “Meriti do Pavor”, como a estação ferroviária era mais 
conhecida, não era mais compatível com a antiga Meriti de abandono e malária. Acompanhando os ventos 
da mudança, no dia 6 de outubro de 1930, “Machadinho”, tendo ajuda de Jaime Fischer, Oswaldo 
Gamboa, Américo Soares e Francisco Azevedo afixou a placa como o nome de Caxias. Quatro meses 
depois, em 1931, foi criado o distrito de Caxias, 8º de Nova Iguaçu, que perdurou até 1943. 
 
Fonte: Câmara Municipal de Duque de Caxias 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Roteiro Cultural 
 
 
 
Igreja Nossa Senhora do Pilar - Localizada na Estrada Velha do Pilar, próximo ao canal do Rio 
Iguaçu, a igreja foi construída em 1720. Naquela época a presença das instituições religiosas, numa 
determinada região, demonstrava a importância que aquele território representava para o rei e para o 
papa. Com fortes traços barrocos, similares às construções feitas em Minas Gerais, em que se destacam 
os altares entalhados em madeira e pintados a ouro, a Igreja Nossa Senhora do Pilar é um importante 
patrimônio histórico da Baixada. O material para a construção da Igreja Nossa Senhora do Pilar veio do 
Mosteiro de São Bento, conforme registro no Dicionário Geográfico e Descritivo do Império do Brasil, de 
1863. O documento destaca a existência de uma olaria que produzia tijolos e telhas naquele período. 
Utilizado por D. Pedro I, o Porto do Pilar foi um importante centro de desembarque quando o imperador 
vinha do Centro do Rio de Janeiro pela Baía de Guanabara até Minas Gerais, onde fiscalizava a extração 
de ouro. historia_17pO “Caminho Novo”, como era conhecido, foi aberto em 1704 por Garcia Pais, 
próximo ao povoado de “Nossa Senhora do Caminho Velho”. Nesta época, Pilar viveu momentos de 
grande desenvolvimento econômico. As diversas embarcações, que navegavam pelo afluente do Rio 
Iguaçu, até chegar ao Rio Pilar, atracavam no local ou seguiam viagem. Endereço: Igreja Nossa Senhora 
do Pilar – BR040, KM 26, Estrada Rio-Petrópolis, bairro Pilar, 2º distrito, Duque de Caxias. Construção: 
século XVIII, Tombamento: processo nº160-T, inscrição nº76, Livro belas Artes, Fls. 14, 25 de maio de 
1938. 
 
 
 
Fazenda de São Bento - A mais antiga e importante fazenda localizada em nosso município, a 
Fazenda São Bento, também conhecida como Fazenda de Iguaçu, surgiu da compra pelo Mosteiro de 
São Bento de partes das terras de Cristóvão Monteiro, em 1591. Com a doação de outra porção feita pela 
viúva de Cristóvão, teve origem a Fazenda São Bento, em 1596. A fazenda dava início ao processo de 
colonização do Vale do Rio Iguaçu. Inicialmente, os monges Beneditinos construíram uma capela 
dedicada ao culto de Nossa Senhora das Candeias. Entretanto, no século XVIII, as terras mudaram de 
dono. Elas passaram para as mãos da irmandade de Nossa Sra. do Rosário dos Homens Pretos. Existem 
divergências em relação à Ordem Monástica dos monges beneditinos. Há uma corrente de estudiosos 
que defendem a tese deles serem cistercienses (ramo da grande família monásticade São Bento). Por 
outro lado, há quem os classifiquem como beneditinos (missionários que viviam em áreas tropicais e que 
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se vestiam de branco). Por trinta e cinco anos, um engenho funcionou na fazenda. Toda a produção era 
enviada ao Reino. Com o aparecimento dos engenhos de Campos, Vargem Pequena e Camorim, com 
mais infraestrutura e terras melhores, o engenho foi sendo desativo aos poucos. A casa grande foi 
construída anexa à capela, entre l754 e l757, constituindo um convento para abrigar padres em descanso 
ou afastados do sacerdócio. Era também sede da grande fazenda de São Bento, cuja atividade econômica 
baseava-se na produção de farinha de mandioca e na fabricação de tijolos. O terreno foi desapropriado 
em 1921 para sediar uma colônia agrícola. Em 1993, a capela desabou e hoje, em ruínas, funciona 
precariamente em parte do casarão do Patronato São Bento, apenas uma escola primária e algumas 
oficinas de trabalho escolar mantidas pela Diocese de Duque de Caxias. Do passado de importância 
religiosa, cultural e econômica só resta um cenário de ruínas, que ainda resiste às intempéries da natureza 
e ao descaso do homem. A casa grande e a capela da antiga Fazenda de São Bento abrange uma área 
de aproximadamente 100 metros de edificações. Construção: A Casa entre 1754 e 1757 e a Capela em 
1645, Tombamento: processo nº564-T, inscrição nº439, Livro Belas Artes, Fls. 86, 10 de junho de 1957. 
Endereço: Casa e Capela da antiga Fazenda São Bento – Av. Presidente Kennedy, km 8, bairro São 
Bento, 2º distrito, atrás da Fundação Educacional Duque de Caxias (FEUDUC). 
 
 
 
Teatro Armando Melo - O primeiro teatro público de Duque de Caxias foi conquistado depois de uma 
intensa queda de braço. O prefeito Moacyr Rodrigues do Carno, atendendo solicitação do jornalista Laís 
Costa Velho e do artista e escritor Barboza Leite, pressionou a incorporada do Shopping Center a construir 
o espaço. A tática deu certo e em 1967, um velho sonho da classe artística era concretizado com a 
conquista do teatro, localizado entre as Ruas Mariano Sendra e José de Alvarenga. Com 
aproximadamente 100 cadeiras, o teatro foi doado à municipalidade por 99 anos. Vinculado à Divisão de 
Educação e Cultura da Prefeitura, o local recebeu o nome de Teatro Municipal Armando Melo (TEMAM), 
uma homenagem a um dos artistas fundadores do TMC (Teatro Moderno Caxiense). O TMC impulsionou 
as artes na cidade e teve também como fundadores: Laís Costa Velho, Antônio Pacot, Wanda Freimuth, 
Afonso Fernandes, etc. Alugado por CR$ 1,00, valor simbólico, o maior problema foi arrumar alguém para 
dirigi-lo. Em plena ditadura militar e vigorando AI-1, que fiscalizavam todos os atos dos prefeitos, através 
do comando da Vila Militar, o que fazer agora? Como os nomes preferidos, Barboza Leite e Laís Costa 
Velho, não podiam se indicados para cargos do governo, por figurarem em dossiês militares, a saída foi 
nomear a esposa do Laís, Arlete Costa Velho. O seu nome foi publicado em Boletim Oficial, mas o diretor 
de fato era Laís. “Os Inimigos Não Mandam Flores”, de Pedro Bloch, foi a peça que inaugurou, em 1967, 
o teatro. No elenco estavam Elizabeth Sander, Laís Costa Velho, tendo Barboza Leite como diretor e 
cenógrafo. O Armando Mello incentivou a organização de grupos teatrais e o aparecimento de novos 
autores e artistas, principalmente entre os jovens. As programações gratuitas ajudaram a difundir a arte 
cênica na cidade, assim como os cursos, hoje, promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura. 
 
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Museu da Taquara - Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do município e do 
Exército, nasceu na Fazenda São Paulo, hoje Taquara, 3º distrito. O local foi ocupado no início do século 
passado e as terras pertenciam ao coronel Luiz Alves de Freitas Belo, avô materno do futuro Duque de 
Caxias. Construída no alto do morro, para evitar as constantes enchentes, a sede da fazenda dava frente 
para o caminho da Taquara. Este local fazia a ligação de duas importantes vilas portuárias: Pilar e Estrela. 
Edificada em um só pavimento, o casarão branco tinha uma ampla varanda com janelas azuis. Na 
paisagem grandiosa, uma capela se destacava. A sua imponência podia ser contemplada à distância, 
uma vez que a construção foi feita em um chapadão. A palmeira imperial, devidamente alinhada, dava o 
toque de requinte ao estilo da época. Muitos cavaleiros transitavam pelo local, assim como tropas de 
burros carregados, que faziam o trajeto rumo à sede da província ou para o interior do país. Brasileiros e 
estrangeiros eram acolhidos na fazenda para descansar da desgastante viagem. Na Fazenda São Paulo, 
bem como nas demais, cultivava-se milho, cana-de-açúcar, mandioca, feijão, frutas, legumes e café. A 
caça também era uma atividade regular na região. Pacas e capivaras enriqueciam as refeições. 
Administrado pela Secretaria de Cultura desde 1994, o antigo casarão virou Museu Municipal da Taquara. 
O espaço guarda pouco da memória de Luiz Alves de Lima e Silva. Peças de valor perderam-se ao longo 
dos anos. Hoje, a população encontra apenas fragmentos de uma história, como retratos do Duque de 
Caxias, foto da Capela e da Fazenda São Bento, além de uma poltrona e um busto do militar. Com a 
finalidade de atrair a população, a Secretaria de Cultura promove varias atividades para o grupo da 
terceira idade e para jovens no museu. São realizados exercícios físicos ao ar livre, cursos de teatro e 
capoeira, integrando as duas gerações. O Museu Municipal da Taquara funciona de segunda a sexta-
feira, das 9h às 17h, na Avenida Automóvel Clube, KM54, bairro Taquara. 
 
Fonte: Câmara Municipal de Duque de Caxias 
Crédito das fotos: Câmara Municipal de Duque de Caxias 
 
Instituto Histórico de Duque de Caxias 
 
Boa parte de história da cidade e da Baixada Fluminense começou a ser recuperada pela própria 
necessidade dos pesquisadores de conhecerem melhor o passado de Duque de Caxias. 
O interesse do público, que frequentava a antiga Biblioteca José do Patrocínio, localizada no terceiro 
andar do prédio da Câmara, no início da década de 70, fez surgir, em 31 de janeiro de 1973, o Instituto 
Histórico, órgão anexo à Câmara Municipal. No dia 11 de dezembro de 1980, através da resolução 494, 
o Instituto recebeu o nome de Vereador Thomé Siqueira Barreto. Para saber mais sobre Vereador Thomé 
Siqueira Barreto, clique aqui. 
Com três décadas de existência, o Instituto Histórico guarda, em seu acervo, um verdadeiro tesouro 
que conta um pouco da nossa história e da Baixada. São cerca de 6 mil reproduções fotográficas, mil 
documentos, 680 livros/periódicos, 1.700 jornais e 85 quadros. 
Também podemos encontrar um castiçal e uma imagem de Santo Antônio, remanescentes da antiga 
Igreja São João Batista de Traiaponga (hoje Santa Terezinha, no Parque Laifaiete). Fotos da chegada da 
água encanada em Duque de Caxias, a construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM), a visita de 
Juscelino Kubitschek à Reduc e o Código de Postura da Vila Estrela de 1846, constituem-se em 
documentos nobres conservados em nosso acervo. 
Objetivo é resgatar e divulgar nossos valores - Atualmente, no conjunto do acervo do Instituto Histórico, 
estão sendo desenvolvidas atividades de preservação, realizando–se um trabalho sistemático e integrado 
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de conservação e processamento técnico das obras, objetivando a catalogação precisa e, sobretudo, a 
salvaguarda das mesmas. 
O Instituto Histórico tem uma importante proposta, nos dias de hoje, que é preservar o acervo evitando 
danos que poderiam ser causados à documentação pelo tempo e, principalmente, pela ação do homem, 
aumentando a vida útil do documento. 
Com o propósito de lutar pela preservação e divulgação da cultura da região, o Instituto Histórico lança 
periodicamente a Revista “Pilares da História”, com o apoio da Associação dos Amigos do Instituto 
Histórico. A revista mostra as transformações culturais, sociais e econômicas ocorridas na Baixada, ao 
longo dos anos. A publicação, de cunho acadêmico, é doada aos interessados e às instituições culturais 
e históricas do município e da região. 
O Instituto realiza regularmente eventos em datas importantes e promove exposições de artes 
plásticas, além de incentivar a apresentação de pecas no Teatro Procópio Ferreira, da Câmara Municipal. 
A Associação dos Amigos do Instituto Histórico tem sido um importante elo entre o Instituto e a 
comunidade, contribuindo no processo de divulgação de nossa história. 
Aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, o Instituto Histórico, que funciona no subsolo da 
Câmara, é fonte obrigatória de estudo para alunos, professores e historiadores. Por ano, cerca de 5 mil 
pessoas visitam o espaço, entre visitantes e pesquisadores. 
Acervo – Entre a grande quantidade de peças expostas no Instituto Histórico de Duque de Caxias, 
destacam-se: 
Travessa de porcelana das Índias Ocidentais da Fazenda dos Telles Barreto de Menezes (século XIX) 
- A travessa foi doada, em 1974, ao Instituto Histórico por seu bisneto Romeu Menezes dos Santos, 
professor das redes estadual e municipal de ensino. A peça de 50 centímetros de comprimento por 30cm 
de largura retrata, em pintura azul marinho, o cotidiano, as pessoas, a natureza e a arquitetura, 
configurando-se numa importante peça da época do período colonial. Atualmente, nas terras da antiga 
Fazenda do Telles funciona um colégio. 
Castiçal e imagem de Santo Antônio, da Igreja São João Batista de Trairaponga - A partir de 1647 
começou a ação cristianizadora na região de Meriti, sendo erguida a Cruz de Cristo no povoado de São 
João Batista de Trairaponga, marcando o início de um trabalho religioso. Atualmente, no local, encontra-
se a Igreja de Santa Terezinha, situada no Parque Lafaiete, Duque de Caxias. Estima-se que o castiçal e 
imagem de Santo Antônio possam ser remanescestes deste período. 
Roupas e objetos de Joãosinho da Goméa: décadas de 50/60/70 - Na mostra permanente do Instituto 
Histórico são exibidas peças pertencentes a Joãosinho da Goméa, como o troféu do Terreiro Ogum Niger 
ao Termo Sol Oriente, de 1979. Há também uma guia de santo – usada nas sessões de candomblé -, e 
uma de xícara de chá, pires e um prato de sobremesa, de 1959. O espaço também preserva um disco 
gravado por Joãosinho e roupas utilizadas nos cultos, que atraíam aproximadamente 6 mil pessoas. 
Ademar de Barros, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek eram algumas das personalidades que 
frequentavam as sessões públicas promovidas pelo pai de santo. 
Farda e medalhas do Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo (II Guerra Mundial) - Estudante de Medicina, na 
década de 40, Moacyr Rodrigues do Carmo foi designado para servir na Força Expedicionária Brasileira 
(FEB), durante a II Guerra Mundial. No dia 2 de julho de 1944, seguia para Nápoles, Itália, o primeiro 
escalão da FEB. Em fevereiro de 1945, o Brasil tinha em solo italiano mais de 25 mil homens. Junto com 
a FEB, surgiu também o primeiro Grupo de Caça, esquadrão aéreo composto de 42 oficiais, pilotos e 400 
homens de apoio, com 28 aviões. No dia 15 de setembro de 1944, os brasileiros entram em confronto no 
vale do Rio Pó, onde ocorreram as batalhas do Monte Castelo, Montese e Collecchio. Na guerra, 
morreram 430 praças e 21 oficiais, sendo que os feridos chegaram a quase 3 mil. Segundo registros, 34 
praças e um oficial foram feitos prisioneiros e 23 praças foram dados como desaparecidos. No mundo, o 
conflito matou mais de 30 milhões de pessoas. A boina, a farda e as medalhas de eficiência, honra e 
lealdade, Cruz de Combate e a Medalha de Campanha da FEB relembra um pouco da presença humana 
num cenário de intolerância. 
Revista “Terra Fluminense” (1924) - A redação da empresa funcionava no antigo Estado do Rio de 
Janeiro, em Niterói , na Rua Regente Feijó, 62. Em uma de suas edições, o diretor e proprietário Ramiro 
Gonçalves destacou um ano de administração do prefeito de Nova Iguaçu, Sebastião de Arruda 
Negreiros. Em outra manchete, a revista enfatiza o fracasso do smoking feminino em Paris, enquanto que 
no Brasil o modelo foi considerado um sucesso. 
Jornal “Correio de Iguassú” (1931) - Sob o comando de Sylvio Goulart, o “Correio de Iguassú” foi um 
dos primeiros jornais que circularam na região. Com forte conteúdo político, o impresso mencionou o 
projeto de lei eleitoral e exaltou a figura de Getúlio Vargas. Como nos dias atuais, as doenças sexualmente 
transmissíveis também preocupavam as autoridades e tinha espaço na mídia. Na década de 30, a 
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fundação Graffré Guinle registrou 93.336 consultas de doenças venéreas, 2.486 de sífilis e 6.113 de 
gonorreia. A informação está na edição de 20 de setembro de 1931 do jornal. 
Chegada da água em Duque de Caxias - A primeira gota do precioso líquido chegou em Meriti no dia 
13 junho de 1916, através do então presidente da província do Rio de Janeiro, Dr. Nilo Peçanha. Após 
entregar o prêmio de destaque na produção de frutas a Antônio Telles de Bittencourt, no atual Parque 
Lafaiete, o presidente ficou impressionado com a falta do líquido e mandou instalar a primeira bica d’água 
na região. A água, que vinha de Vigário Geral, chegou à esquina da Rua Joaquim Lopes de Macedo com 
Plínio Casado, próximo à estação ferroviária. Após a emancipação em 1943, Duque de Caxias começou 
a crescer de forma progressiva. A continuidade do progresso dependia da instalação de uma rede d’água 
e não apenas de uma bica. Depois de muitas promessas, finalmente, em 1960, o governador do Rio, 
Roberto Silveira, inaugurou a água encanada na Praça do Pacificador. A instalação da água tornou-se 
um importante marco de desenvolvimento local. 
Selo em homenagem ao bicentenário do Duque de Caxias - Para comemorar o bicentenário de 
nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, a Câmara Municipal de Duque de Caxias, em parceria com os 
Correios, lançou, no dia 27 de agosto de 2003, em sessão solene, um selo em homenagem a seu patrono. 
O selo traz em primeiro plano, a imagem de Duque de Caxias tendo, à frente, a espada entrelaçada com 
louros e, ao fundo, a imagem da Guerra dos Farrapos, representando mais uma vitória alcançada. Para 
a confecção da peça, foram utilizadas técnicas de lápis de cor e computação gráfica. A empresa Brasileira 
de Correios e Telégrafos imprimiu 3 milhões de selos que foram colocados a venda em todo o território 
nacional a R$ 0,60. O lançamento na Câmara Municipal de Duque de Caxias foi o segundo feito no Estado 
do Rio de Janeiro, de apenas quatro no Brasil. A empresa também doou ao Instituto Histórico um álbum 
com selo, edital de publicação e uma cartilha. 
Relatórios da Escola Regional de Meriti - “Mate com Angu” - Criada por Armanda Álvaro Alberto no dia 
13 de fevereiro de 1921, o colégio foi o pioneiro na América Latina a utilizar o projeto da Escola Nova e 
da aplicação do método montessoriano, com horário integral. Inovou ao distribuir para os alunos “mate 
com angu” como merenda, para que os estudantes permanecessem mais tempo na escola. Iniciativaque 
mereceu elogios dos mais importantes educadores e intelectuais do Brasil. 
Auto de exumação de Luiz Alves de Lima e Silva - O Instituto Histórico possui cópia do auto de 
exumação de Luiz Alves de Lima de Silva, o militar mais condecorado do Brasil, nascido no município. O 
documento destaca a última homenagem do Exército ao marechal que teve seus restos mortais 
transladados do cemitério da Venerável Ordem Terceira de Paula para o Pantheon, em frente ao 
Ministério da Guerra. Duque de Caxias nasceu na antiga Vila de Estrela, na Fazenda São Paulo, hoje 
Museu Municipal, em 25 de agosto de 1803. 
Código de posturas da Vila de Estrela de 1846 - Documento onde constam as principais leis da Vila 
de Estrela, como tabela de ordenados de seus empregados, pedido de criação da primeira escola de 
ensino público para meninos e a exigência de diploma para se exercer as profissões de médico, cirurgião 
ou boticário (farmacêutico). A Vila de Estrela teve importante porto nos séculos XVIII e XIX e ligava a 
capital do Império, Rio de Janeiro, à região das Minas Gerais. 
Jornais “O Municipal”, “Folha da Cidade” e “Luta Democrática” - No Instituto Histórico existem vários 
jornais dos anos 50, que destacaram o cotidiano de uma cidade em formação. Nestes impressos, você 
vai encontrar a defesa do Jornal Municipal em favor do voto feminino, a campanha da Folha da Cidade 
em favor da água encanada e as manchetes sensacionalistas da Luta Democrática, além da festa de 25 
de Agosto, a fala de Getúlio Vargas à nação, bem como a construção da Igreja Santo Antônio. 
 
Fonte: Câmara Municipal de Duque de Caxias 
 
A cidade – Informações Gerais 
 
Situado na Baixada Fluminense, Duque de Caxias abriga atualmente quase um milhão de habitantes 
em seus 465 km2. Seus limites estendem-se, atualmente, aos municípios de Miguel Pereira, Petrópolis, 
Magé, Rio de Janeiro, São João de Meriti e Nova Iguaçu. A hidrografia pode ser resumida em quatro 
bacias principais: Iguaçu, Meriti, Sarapuí e Estrela. 
O município é dividido em quatro distritos: 1º- Duque de Caxias, 2º- Campos Elíseos, 3º- Imbariê, 4º- 
Xerém. Em cumprimento à Lei Orgânica, a sede municipal, que se encontrava no 1º distrito, foi transferida, 
a partir de 29 de maio de 1991, para o 2º distrito. 
A história de Duque de Caxias confunde-se com a dos municípios que lhe são vizinhos. Isso porque, 
até a década de 1940, Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis, juntos com Nova Iguaçu, 
formavam um só município. 
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A região onde está inserido o município, desde o período da ocupação europeia, teve sua história 
estreitamente relacionada à da cidade do Rio de Janeiro. Situando-se às margens da Baía da Guanabara, 
teve seu desenvolvimento ligado à extensa rede hidrográfica que a cortava. Através dos rios, realizava-
se o escoamento da produção local e estabeleciam-se os elos de comunicação entre o interior e o litoral, 
favorecendo a ocupação das cercanias da Baía pelo interior serrano. 
O povoamento da região data do século XVI, quando foram doadas sesmarias, durante a expulsão 
dos franceses que haviam invadido a Baía de Guanabara. Um dos agraciados foi Cristóvão Monteiro que 
recebeu terras, em 1565, às margens do rio Iguaçu, que formaram a Fazenda do Iguaçu, sendo a mesma, 
mais tarde, adquirida pela Ordem de São Bento, tornando-se então a mais antiga e importante fazenda 
localizada na região que hoje constitui o município de Duque de Caxias. 
A atividade econômica que incentivou a ocupação da região foi a do cultivo da cana-de-açúcar. O 
milho, o feijão, a mandioca e o arroz tornaram-se, também, importantes produtos durante esse período e 
abasteceram a cidade do Rio de Janeiro, assim como a lenha retirada da região. 
Já no século XVIII, a relação da cidade carioca com a região da Baixada se estreitou ainda mais, 
através dos caminhos que ligavam a região das Minas Gerais, quando o eixo econômico do Brasil em sua 
relação com Portugal voltou-se para o ouro do planalto mineiro. Com a necessidade do escoamento do 
ouro e o abastecimento da província mineira, a região da Baixada da Guanabara passou a ter importância 
estratégica, pois se tornou área obrigatória de passagem, por conta de seus rios, bem como pelas 
estradas que foram abertas através das serras para que o trânsito de mercadorias se desenvolvesse. O 
Caminho Novo do Pilar, aberto devido às necessidades oriundas da mineração, entre elas a de se abrir 
um caminho rápido, econômico e seguro, que ligasse o Rio de Janeiro à região das Minas Gerais, 
intensificou as relações daquela cidade com os portos da Estrela, Pilar e Iguaçu. 
Apesar da decadência da mineração, a região manteve-se ainda como ponto de parada e 
abastecimento de tropeiros, assim como local de passagem de mercadorias. Até o século XIX, o 
desenvolvimento das áreas no entorno da Baía foi notável. Entretanto, a impiedosa devastação das 
matas, assoreamento e obstrução dos rios, e o consequente transbordamento destes, favoreceram o 
surgimento de epidemias de doenças endêmicas da região, como a malária e o cólera. Muitos 
abandonaram a região que, praticamente, ficou inabitável. 
Em meados do século XIX, Meriti, área do atual 1º distrito de Duque de Caxias, representava apenas 
um ponto de escoamento de poucos produtos, dentre os quais a lenha e o carvão vegetal. Até meados 
do século XX, a área que corresponde ao município era um espaço rural, uma área periférica que sofreu 
o impacto de algumas propostas de saneamento no início do século, mas que, no entanto, passou por 
um processo de ocupação desordenado, facilitado pela Estrada de Ferro Leopoldina Railway. 
A recuperação de Meriti começou a se insinuar com o advento da estrada de ferro, que ditava novos 
traçados nos caminhos, modificando por completo as relações comerciais e a ocupação do solo. Foi o 
início do processo de surgimento de vilas e povoados que se organizaram em torno das estações 
ferroviárias, origem dos muitos bairros das nossas atuais cidades. Quando a ferrovia atingiu o vale de 
Meriti, a região começou a sofrer os efeitos da expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro. Com a 
inauguração da Estrada de Ferro Leopoldina, em 23 de abril de 1886, a localidade ficou definitivamente 
ligada ao antigo Distrito Federal. 
No início do século XX, as terras da Baixada serviram para aliviar as pressões demográficas da cidade 
do Rio de Janeiro, já prenunciadas no “Bota Abaixo” do Prefeito Pereira Passos. Os dados estatísticos 
revelam que, em 1910, a população de Meriti era de 800 pessoas, passando em 1920, para 2.920, e em 
1930, para 28.756 habitantes. O rápido crescimento populacional provocou o fracionamento e loteamento 
das antigas propriedades rurais, naquele momento, improdutivas. 
Localizado estrategicamente junto às principais rodovias do país, Presidente Dutra, Washington Luís, 
Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela, o município de Duque de Caxias ocupa o segundo lugar no 
ranking de arrecadação de ICMS do estado do Rio de Janeiro, perdendo somente para a capital, de 
acordo com pesquisas da Fundação CIDE. Segundo dados do IBGE, Duque de Caxias possui uma 
população de 872.762 habitantes e um Produto Interno Bruto na ordem de R$25.001.454,00, sendo o PIB 
per capita de R$33.398,00. 
A arrancada no desenvolvimento econômico do município teve início com a implantação da Refinaria 
de Duque de Caxias na década de 60. A empresa atraiu também outros gigantes do setor de petróleo: 
Shell, Texaco, Mobil, Petroflex. Os principais segmentos industriais no município são 
químico/petroquímico, metalúrgico/gás, plástico, mobiliário, têxtil/vestuário. Atualmente, empresas de 
vários segmentos têm se instalado em Duque de Caxias, taiscomo Jornal O Globo, Carrefour, Casas 
Bahia, aproveitando a privilegiada posição do município, sendo o número de 11.763 unidades de 
empresas cadastradas, segundo dados do IBGE. 
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Duque de Caxias ocupa o décimo lugar na classificação estadual do IQM (Índice de Qualidade dos 
Municípios), que analisa os noventa e dois municípios do estado do Rio de Janeiro. Segundo a Fundação 
CIDE, “a análise geográfica tem demonstrado que a oferta de bens e serviços está mais desenvolvida em 
determinados pontos do território, formando concentrações econômicas e demográficas, que geram, 
muitas vezes, acentuados desequilíbrios regionais e inter-regionais. No estado do Rio de Janeiro, esse 
quadro foi determinado, entre outros fatores, pelo histórico da sua ocupação e da sua economia, pela 
carência de infraestrutura, assim como pela falta de investimentos em pontos diferenciados do território, 
o que acarretou, consequentemente, no passado, o acentuado crescimento da Região Metropolitana e, 
por outro lado, o incipiente dinamismo da economia em grande parte dos municípios fluminenses”. 
Importante frisar que a análise desta classificação, além de demonstrar que o município é um dos 
primeiros colocados em qualidade, tem potencial para, na prática da gestão pública, auxiliar nas ações 
de planejamento visando a melhoria das condições sociais. 
A população caxiense encontra-se dividida em 41 bairros e quatro distritos. O bairro de maior 
população é Gramacho, no primeiro distrito, e o bairro de menor população é Lamarão, no quarto distrito, 
segundo dados da Prefeitura. Os bairros dividem-se da seguinte forma: 
1º DISTRITO: Jardim 25 de Agosto, Parque Duque, Periquitos, Vila São Luiz, Gramacho, Sarapuy, 
Centenário, Centro, Dr. Laureano, Olavo Bilac, Bar dos Cavaleiros, Jardim Gramacho. 2º DISTRITO: 
Jardim Primavera, Saracuruna, Vila São José, Parque Fluminense, Campos Elíseos, Cangulo, Cidade 
dos Meninos, Figueira, Chácaras Rio-Petrópolis, Chácara Arcampo, Eldorado. 3º DISTRITO: Santa Lúcia, 
Santa Cruz da Serra, Imbariê, Parada Angélica, Jardim Anhangá, Santa Cruz, Parada Morabi, Taquara, 
Parque Paulista, Parque Equitativa, Alto da Serra, Santo Antônio da Serra. 4º DISTRITO: Xerém, Parque 
Capivari, Mantiqueira, Jardim Olimpo, Lamarão, Amapá. 
A saúde financeira de Duque de Caxias é alimentada principalmente pelas altas receitas do ICMS das 
empresas que vêm crescendo a cada ano. No entanto, as pesquisas que medem o Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH), índices direcionados às análises educacionais, de renda e de 
longevidade de uma população, indicam que o município é o 52º do estado. 
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a elaboração do IDH tem 
como objetivo oferecer um contraponto a outro indicador, o Produto Interno Bruto (PIB), e parte do 
pressuposto que para dimensionar o avanço não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas 
também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. 
A metodologia de cálculo do IDH envolve a transformação das três dimensões pesquisadas em índices 
de longevidade, educação e renda, que variam entre 0 (pior) e 1 (melhor), e a combinação destes índices 
em um indicador síntese. Quanto mais próximo de 1 o valor deste indicador, maior será o nível de 
desenvolvimento humano do país ou região. O valor síntese do município de Duque de Caxias é 0,753, 
valor estimado em médio, mas ficando atrás de municípios como Niterói, Volta Redonda, Iguaba Grande, 
Armação dos Buzios, Arraial do Cabo, Mangaratiba, Cordeiro e Itaperuna. 
A partir dos anos 1930, durante a era Vargas, o território do atual município de Duque de Caxias 
experimentou intensivo processo de remodelação de sua área, incorporando-se ao modelo urbano-
industrial. O desenvolvimento pelo qual passava Meriti levou o Deputado Federal Dr. Manoel Reis a propor 
a criação do Distrito de Caxias. Dessa forma, através do Decreto Estadual nº 2.559, de 14 de março de 
1931, o Interventor Federal Plínio Casado elevou o local a 8º Distrito de Nova Iguaçu. 
Os anos 1940 encontraram o Distrito com uma população que já atingia a casa dos 100.000 habitantes. 
Em 31 de dezembro de 1943, através do Decreto Lei nº 1.055, foi criado o Município de Duque de Caxias, 
porém somente em 1947, foi eleito o primeiro Prefeito por voto popular, tendo a Câmara Municipal sido 
instalada no mesmo ano. 
 
A Fábrica Nacional de Motores 
 
Em 1942, em pleno Estado Novo, a Fábrica Nacional de Motores (FNM) implantou suas bases em 
Xerém, Duque de Caxias. O projeto ambicioso de colonização e desenvolvimento industrial começou com 
a produção de motores de aviões para fins militares. Era dado o primeiro passo para uma época de 
ostentação, luxo e crescimento. 
A fábrica deixou marcas profundos na localidade, que o tempo ainda não conseguiu apagar. Por onde 
se ande, ainda hoje é fácil notar a importância da FNM no crescimento do distrito. As casas dos operários, 
as vilas luxuosas dos engenheiros, o hotel construído em estilo italiano, a igreja e a delegacia são alguns 
exemplos do que representou a passagem da fábrica para a região. 
Na década de 40, começou a construção da FNM. Os pioneiros encontraram pela frente barreiras 
impostas pela própria natureza: mata densa e uma área pantanosa, que criava condições propícias para 
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a proliferação da malária. Isso obrigou a fábrica a construir uma carpintaria, onde se confeccionavam 
caixões para os funcionários que morriam contaminados. 
Sob os horrores da II Guerra Mundial, começou em ritmo intenso a produção dos motores de aviões 
“Wright” (450 HP), os mais modernos fabricados no país. Um aeroporto foi construído para pouso e 
decolagem dos aviões. Eles transportavam os motores das aeronaves que abasteciam a guerra. Hoje, o 
mato encobriu a pista, mas o velho hangar ainda resiste à ação do tempo. 
Dois fatores contribuíram na transformação da fábrica em sociedade anônima, em 1947: o fim da II 
Guerra Mundial e a compra da Força Aérea Brasileira (FAB) de centenas de aviões americanos, 
exatamente iguais aos produzidos em Xerém. Através do Decreto Lei 8.699, de 16 de janeiro de 1946, 
que entrou em vigor um ano depois, acabava o período militar da FNM. 
Começava uma nova era na indústria e no distrito. Uma romaria de trabalhadores se dirigiram para a 
região em busca de emprego na estatal. A presença da FNM na vida do operário era total. Foram 
construídas duas vilas para os funcionários: Santa Lúcia e Nossa Senhora das Graças, além de um 
acampamento para os solteiros, no morro que ficava em frente à entrada de Xerém. A fábrica dava aos 
funcionários toda a estrutura e facilidade. Foi construído um posto médico, escola para os funcionários, 
uma granja, que fornecia aves e porcos, além de criação e abate de gado na Fazenda São Lourenço. 
Na Vila dos engenheiros, o toque de requinte e luxo não foram esquecidos. São 13 casas que 
circundam uma área de vista privilegiada. Pedras decorativas nas escadas, lampiões, lustres, quadra de 
futebol de salão e piscina completavam o cenário vivido pelos engenheiros. A igreja e o hotel – em estilo 
italiano -, também são construções que marcaram a fartura e a suntuosidade da época. 
Em 1947, a FNM constrói os primeiros caminhões brasileiros, após ter assinado um contrato com a 
fábrica italiana Isota Franchini, que cedeu licença especial para a produção dos veículos. Quatro anos 
depois, a FNM firma contrato com a Alfa Romeu, de Milão, na

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