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1 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ANSELMO MARCELINO CARDOSO DE OLIVEIRA JUNIOR - 1820788 JULINE LOUISE THIEM - 1825842 WILLIAN DA SILVA LIMA - 1828320 A matriz energética do estado de São Paulo: Implantação da Energia Eólica no condomínio residencial Mira Flores na cidade de Itapevi/SP em relação à sustentabilidade. Vídeo Final do Projeto Integrador: <https://youtu.be/ABLIqWwQQWE> SÃO PAULO 2019 2 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ANSELMO MARCELINO CARDOSO DE OLIVEIRA JUNIOR - 1820788 JULINE LOUISE THIEM - 1825842 WILLIAN DA SILVA LIMA - 1828320 A matriz energética do estado de São Paulo: Implantação da Energia Eólica no condomínio residencial Mira Flores na cidade de Itapevi/SP em relação à sustentabilidade. Relatório Final apresentado na disciplina de Projeto Integrador I para o curso de Engenharia de Produção da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Orientador: Edison Neves. SÃO PAULO 2019 3 JUNIOR, Anselmo Marcelino Cardoso de Oliveira; THIEM, Juline Louise; LIMA, Willian da Silva. A matriz energética do estado de São Paulo: Implantação da Energia Eólica no condomínio residencial Mira Flores na cidade de Itapevi/SP em relação a sustentabilidade. Relatório Técnico-Científico Final (Engenharia da Produção) Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP Tutor: Edison Neves. Polo Itapevi. 2019. RESUMO As fontes de energia são recursos artificiais ou naturais que são utilizados pelo mundo para a produção de algum tipo de energia. A energia é utilizada para facilitar a vida do ser humano e também serve de auxilio para praticamente tudo em nosso cotidiano como, por exemplo, em veículos, gerar calor ou até mesmo produzir eletricidade para os mais diversos fins. As matrizes energéticas do estado de São Paulo hoje são compostas por diversas fontes de energia como hidrelétrica, termelétrica, energia fotovoltaica e por fim a energia eólica. A energia eólica é uma das mais sustentáveis e renováveis, vamos analisar uma breve introdução sobre a história da energia eólica no estado de São Paulo e a implantação da Energia Eólica no condomínio residencial Mira Flores na cidade de Itapevi/SP demonstrando sua importância em relação à sustentabilidade e ao meio ambiente. Palavras-chave: ENERGIA; MATRIZ; FONTES 4 JUNIOR, Anselmo Marcelino Cardoso de Oliveira; THIEM, Juline Louise; LIMA, Willian da Silva. The energy matrix of the state of São Paulo: Implementation of Wind Energy in the residential condominium Mira Flores in the city of Itapevi / SP in relation to sustainability. Final Technical-Scientific Report (Production Engineering) Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP Tutor: Edison Neves. Polo Itapevi. 2019. ABSTRACT Energy sources are artificial or natural resources that are used by the world to produce some kind of energy. Energy is used to facilitate the life of the human being and also serves as an aid to practically everything in our daily life, such as in vehicles, to generate heat or even to produce electricity for the most diverse purposes. The energy matrixes of the state of São Paulo today are composed of several sources of energy such as hydroelectric, thermoelectric, photovoltaic energy and finally wind energy. Wind energy is one of the most sustainable and renewable sources. We will analyze a brief introduction about the history of wind energy in the state of São Paulo and the implementation of Wind Energy in the Mira Flores residential condominium in the city of Itapevi / SP, demonstrating its importance in relation to sustainability and the environment. Kaywords: ENERGY; MATRIX; SOURCES 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Matriz Energética Brasileira ................................................................ 11 Figura 2 – Moinhos de Ventos típicos da Holanda ............................................. 12 Figura 3 – Diâmetro do rotor dos Aerogeradores ao longo das décadas ............ 14 Figura 4 – Evolução da Energia Eólica no Brasil ................................................. 15 Figura 5 – Evolução da Energia Eólica no Brasil por estado ............................... 15 Figura 6 – Localização das Torres Eólicas no Estado de São Paulo .................. 17 Figura 7 – Residencial Condomínio Mira Flores .................................................. 18 Figura 8 – Vista Frontal local implantação do Aerogerador ................................. 19 Figura 9 – Vista Lateral local implantação do Aerogerador ................................ 19 Figura 10 – Vista Frontal do Aerogerador após implantação ............................... 20 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Cronograma do Projeto Integrador I ................................................... 21 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 08 1.1 Problema e Objetivos ...................................................................... 09 1.2 Justificativa ...................................................................................... 09 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................... 10 2.1 Aplicação das disciplinas estudadas no projeto integrador ............. 10 2.2 Matriz Energética ............................................................................. 10 2.3 O início da Energia Eólica em relação aos Aerogeradores ............. 11 2.3.1 Desenvolvimento dos Aerogeradores no século XIX ....................... 12 2.3.2 A evolução comercial dos Aerogeradores ....................................... 13 2.4 Evolução da Energia Eólica no Brasil .............................................. 14 2.4.1 Benefícios da Energia Eólica ........................................................... 16 2.5 Energia eólica no estado de São Paulo ........................................... 16 2.6 Do Condomínio Mira Flores ............................................................. 18 2.6.2 Implantação do Aerogerador no Condomínio Mira Flores ............... 18 2.6.3 Uso da Energia Eólica no Condomínio Mira Flores ......................... 20 2.6.3.1 Vantagens do uso Aerogerador ....................................................... 20 2.6.3.2 Desvantagens do uso Aerogerador ................................................. 21 3. MATERIAIS E MÉTODOS EMPREGADOS.................................... 21 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 22 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23 8 1. INTRODUÇÃO No país encontra-se em uma fase de desenvolvimento econômico robusto em relação ao processo de mudanças na sua estrutura de produção de energia. O novo quadro de matriz energética existe um enorme potencial nas fontes renováveis, como a Energia Eólica, segundo estudo do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica – CRESESB/CEPEL, o país possui um potencial de 143GW. Parte desse potencial pode ser aproveitado comercialmente nos litorais do Nordeste, Sudeste e Sul. É necessário investimentos em tecnologia para redução doscustos de implantação e geração da energia eólica. A crise ambiental que passa o planeta Terra e com o aumento das agressões ambientais, as matrizes energéticas que existem no Brasil causam danos muitas vezes irreversíveis ao meio ambiente e analisando esse cenário à energia eólica é pouco explorada no país que possui elevado potencial de geração de energia. Se tratando de um problema mundial para todos os que o habitam. Desenvolver novas ideias que atuem na conscientização sobre a importância desta fonte energética é uma alternativa que precisa ser analisada, pois não podemos usufruir de energias poluentes onde agredimos o planeta terra que é nossa única casa, demonstrar os benefícios da expansão em larga escala de aerogeradores, significa contribuir de forma grandiosa no crescimento da geração de energia limpa evitando assim utilizar formas de energias que trazem consequências para o desequilíbrio ambiental. A força motriz dos ventos vem sendo usada há muitos anos, desde os moinhos de vento ao barco a velas, o homem tem utilizado a sua energia cinética para executar tarefas, se locomover, conquistar novas terras e desbravarem continentes (WALISIEWICZ, 2008). Desta forma a energia dos ventos pode ser transformada em eletricidade, sendo umas das fontes mais limpas existentes no nosso planeta sem gerar grandes impactos, porém pouco se aproveita e entende-se que o início de sua utilização é milenar mostra a pouca importância de investimento no setor. Atualmente existem duas maneiras de buscarmos a sustentabilidade energética, que seria através do uso das renováveis. A primeira seria evitar as perdas, já a segunda corresponde ao investimento em fontes naturais e que não agridem o meio ambiente, como a energia eólica (JANNUZZI, 2000). 9 Os problemas ambientais são motivos mundiais em relação a evitarmos prejudicar a terra. A energia eólica mostra-se uma fonte alternativa, renovável, e uma vez que utiliza meios naturais reduz assim os riscos de desastres ambientais causados por fontes poluentes. Assim, damos uma maior importância desta fonte e o baixo investimento público na geração de energia elétrica a partir dos ventos, este trabalho busca a despertar tal conscientização no sentido de reafirmar a relevância desta fonte energética em detrimento de outras que venham poluir o planeta, desenvolvendo uma ideia ecológica e sustentável implantando a Energia Eólica no condomínio residencial Mira Flores na cidade de Itapevi/SP. 1.1 Problema e Objetivos A energia elétrica hoje é uma energia que todos usamos em nossas casas e em diversos estabelecimentos, a maioria das energias utilizadas no Brasil não apoiam a sustentabilidade de um modo geral, as fontes de energias não renováveis são aquelas abastecidas por recursos naturais que se esgotam, a determinante da não renovação esta relacionada a muitos aspectos, mas a que predomina é a disponibilidade no meio ambiente. Analisando os impactos que o meio ambiente sofre com a utilização e implantação de energias não sustentáveis, encontramos energia eólica que é gerada a partir dos ventos que ao contrário das demais não se esgota e com um impacto ambiental baixíssimo e também influenciando de certa forma o bem estar social e gerando empregos pelo fato de sua implantação e utilização da mesma, gerando assim acesso e melhoria de vida para diversas famílias no país. Sendo assim o presente trabalho tem como objetivo apresentar brevemente uma introdução sobre a história da energia eólica no estado de São Paulo e a implantação da Energia Eólica no condomínio residencial Mira Flores na cidade de Itapevi/SP demonstrando sua importância em relação à sustentabilidade e comparando sua economia nos gastos do condomínio. 1.2 Justificativa Este projeto representa o compromisso com as energias renováveis levando em consideração e a sustentabilidade no que se refere à energia eólica, o Brasil tem 10 um enorme potencial, por ter um volume de ventos duas vezes mais a média mundial. Já tem grandes parques instalados e gradativamente aumentando a participação na matriz energética nacional. O Condomínio Mira Flores hoje tem gastos em sua conta de luz que se referem à energia hidrelétrica, isto é, energia que é gerada a partir de um gasto de uma energia que é parcialmente sustentável, isto é, que não contribui nem com o meio ambiente nem com o a economia das contas de luz do condomínio com os gastos básicos administrativos usados pelo condomínio, como uma energia eólica que seria uma energia limpa e livre de impactos severos ao meio ambiente. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Aplicação das disciplinas estudadas no projeto integrador Para iniciarmos a elaboração do projeto integrador I foram utilizados conhecimentos adquiridos em disciplinas já cursadas e cursando conforme exposto abaixo: Informática: Uso do Microsoft Word e Excel para criação e edição do trabalho; Introdução a Engenharia: Uso dos aprendizados para trabalhos em ambientes de trabalho em equipe e de planejamento e estruturação de um projeto; Produção de textos: Uso dos aprendizados sobre linguagem e ortografias de textos científicos bem como uso correto dentro das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 2.2 Matriz Energética É um conjunto de fontes de energia utilizado em uma nação para disponibilizar energia aos seus habitantes. No mundo, destaca-se a utilização de fontes não renováveis de energia, como por exemplo, as provenientes do petróleo, carvão mineral e gás natural, gerando assim graves problemas ambientais. Já o Brasil, ao contrário da maioria dos países do mundo, aposta em energias renováveis, porém tendo como base da sua produção as hidrelétricas (BRASIL, 2019). 11 Figura 1 - Matriz Energética Brasileira Fonte: Matriz Elétrica Brasileira 2017 (BEN, 2018) 2.3 O início da Energia Eólica em relação aos Aerogeradores Em um contexto do primeiro histórico mundial da utilização da energia eólica foi para bombeamento de água e maceração de grãos através de cata-ventos se iniciou na Pérsia, por volta de 200 A.C.. Este tipo de moinho com eixo vertical veio a se espalhar pelo mundo sendo utilizado por vários séculos. Acredita-se que antes da invenção dos cata-ventos na Pérsia, a China (por volta de 2000 A.C.) e o Império Babilônico (por volta 1700 A.C) também utilizavam cata-ventos rústicos para irrigação (CHESF-BRASCEP,1987). (SHEFHERD, 1994). O primeiro moinho de vento foi construído em 1582 para ser utilizado para a produção de óleos vegetais. Em 1586 foi construído então o primeiro moinho de vento para fabricação de papel. No fim do século XVI, surgiram diversos moinhos de vento para acionar serrarias para processar madeiras. Já próximo ao século XIX o crescimento do número de moinhos de vento na Europa nesse período mostra a importância do seu uso em diversos países como a Bélgica (3.000), Inglaterra (10.000), França (650 na região de Anjou) e Holanda (9.000 moinhos) (CHESF- BRASCEP, 1987). 12 Figura 2 – Moinhos de Ventos típicos da Holanda. Fonte: Fotografia de Stock – depositphotos.com O importante marco para a energia eólica na Europa foi a Revolução Industrial no final do Século XIX. Com o surgimento da máquina a vapor, iniciou-se o declínio do uso da energia eólica na Holanda. Já no início do século XX, existiam apenas 2.500 moinhos de ventos em operação, caindo para menos de 1.000 no ano de 1960. Preocupados com a extinção dos moinhos de vento pelo novo modelo de imposto pela Revolução Industrial, em 1923 foi criada pela sociedade holandesaum órgão para conservação, melhoria de desempenho e utilização mais efetiva dos moinhos holandeses (CHESF-BRASCEP, 1987). 2.3.1 Desenvolvimento dos Aerogeradores no século XIX A adaptação dos cata-ventos para geração de energia elétrica teve início no final do século XIX, mais precisamente em torno de 1888, Charles F. Bruch, um industrial voltado para eletrificação em campo, ergueu na cidade de Cleveland, Ohio, o primeiro cata-vento destinado à geração de energia elétrica. Tratava-se de um cata-vento que fornecia 12kW em corrente contínua para carregamento de baterias, as quais eram destinadas, sobretudo, para o fornecimento de energia para 350 lâmpadas incandescentes, Bruch utilizou-se da configuração de um moinho para o seu invento. A roda principal, com suas 144 pás, tinha 17m de diâmetro em uma 13 torre de 18m de altura. Todo o sistema era sustentado por um tubo metálico central de 36cm que possibilitava o giro de todo o sistema acompanhando, assim, o vento predominante. Esse sistema esteve em operação por 20 anos, sendo desativado em 1908. Sem dúvida, o cata-vento de Bruch foi um marco na utilização dos cata-ventos para a geração de energia elétrica (SCIENTIFIC AMERICAN, 1890 apud SHEFHERD,1994). O invento de Bruch apresentava três importantes inovações para o desenvolvimento do uso da energia eólica para geração de energia elétrica. Em primeiro lugar, a altura utilizada pelo invento estava dentro das categorias dos moinhos de ventos utilizados para beneficiamento de grãos e bombeamento d’água. Em segundo lugar, foi introduzido um mecanismo de grande fator de multiplicação da rotação das pás (50:1) que funcionava em dois estágios, possibilitando um máximo aproveitamento do dínamo cujo funcionamento estava em 500rpm. Em terceiro lugar, esse invento foi a primeira e mais ambiciosa tentativa de se combinar a aerodinâmica e a estrutura dos moinhos de vento com as recentes inovações tecnológicas na produção de energia elétrica (SCIENTIFIC AMERICAN, 1890 apud SHEFHERD,1994). Um dos primeiros passos para o desenvolvimento de aerogeradores de grande porte para aplicações elétricas foi dado na Rússia em 1931. O aerogerador Balaclava (assim chamado) era um modelo avançado de 100kW conectado, por uma linha de transmissão de 6,3kV de 30km, a uma usina termelétrica de 20MW. Essa foi a primeira tentativa bem sucedida de se conectar um aerogerador de corrente alternada com uma usina termelétrica (SEKTOROV, 1934 apud SHEFHERD, 1994). A energia medida foi de 280.000kWh.ano, o que significa um fator médio de utilização de 32%. O gerador e o sistema de controle ficavam no alto da torre de 30 metros de altura, e a rotação era controlada pela variação do ângulo de passo das pás. O controle da posição era feito através de uma estrutura em treliças inclinada apoiada sobre um vagão em uma pista circular de trilhos (CHESF-BRASCEP, 1987) (SHEFHERD, 1994). 2.3.2 A evolução comercial dos Aerogeradores O comércio de aerogeradores no mundo se desenvolveu rapidamente em tecnologia e tamanhos durante os últimos 15 anos. A figura 3 nos retrata o 14 impressionante desenvolvimento do tamanho e da potência de aerogeradores desde 1980 até projeção futura da própria evolução. Figura 3 – Diâmetro do rotor dos Aerogeradores ao longo das décadas. Fonte: IEA, 2016 2.4 Evolução da Energia Eólica no Brasil O crescimento mundial da indústria da energia eólica nas últimas décadas indicam boas notícias para ao setor de energia para as próximas décadas. Mesmo considerando-se uma desaceleração no aumento da potência instalada nos últimos anos, a procura por novos mercados e o desenvolvimento de aerogeradores de maior porte mostram boas perspectivas para um crescimento mais sustentável e não tão acelerado para a próxima década, já o Brasil também está presente entre os países que tem energia eólica e existem alguns estados que hoje já tem essa tecnologia na figura 4 temos a representação da evolução da Energia Eólica no Brasil e na figura 5 temos a representação por estado. 15 Figura 4 – Evolução da Energia Eólica no Brasil. Fonte: ANEEL, 2019. Figura 5 – Evolução da Energia Eólica no Brasil por estado. Fonte: ANEEL, 2019. 16 2.4.1 Benefícios da Energia Eólica As vantagens da Energia eólica são: Energia renovável; Energia limpa, não causa emissões de gás carbônico, não contribuindo para o aquecimento global; Não traz impactos ambientais relevantes (ANEEL, 2005). A não produção de emissões perigosas ou mesmo de resíduos sólidos tóxicos, é uma energia inesgotável, dentre todas as novas fontes de energia, a eólica é considerada como uma das fontes de eletricidade mais econômicas, compensar as emissões provenientes de outras fontes de energia, ajudando a reduzir os efeitos da mudança climática, é uso de forma correta e inteligente dos meios naturais, pois preserva a fauna e a flora do terreno onde é instalada (BRASIL, 2019). A implantação desta energia em nossos sistemas de fonte energética proporcionará a geração de empregos, melhorando uma nova economia baseada na sustentabilidade, que segundo o Ministério de Minas e Energia, a cada 100 MW produzidos em parques eólicos brasileiros, são economizados 40m³/s de água na cascata do Rio São Francisco (BRASIL, 2019). 2.5 Energia eólica no estado de São Paulo O potencial de geração de energia eólica anual do Estado de São Paulo é de aproximadamente 13mil GWh, tendo um fator de capacidade médio de 31,3%. Esses dados constam no Atlas Eólico do Estado de São Paulo, estudo coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Os valores foram calculados a uma altura de 100 metros, considerando restrições pertinentes e velocidades de vento acima de 6,5 metros por segundo, ocupando uma área de 1.134 Km². Se forem consideradas todas as áreas com velocidades acima de 6 m/s, esse potencial de geração subiria para cerca de 72 mil GWh, com fator de capacidade médio de 26,6% (BRASIL, 2019). Em 2018 os primeiros aerogeradores do Estado de São Paulo entraram oficialmente em operação no mês de setembro, na área da usina Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, localizada no município de Rosana, na região de Presidente Prudente. Nesse período as torres eólicas geraram cerca de 3 megawatts médios, com investimento de R$ 8,3 milhões, as unidades têm capacidade de gerar por ano até 620 megawatts-hora (MWh), energia suficiente 17 para abastecer cerca de 500 residências com consumo médio de 100 quilowatt-hora (kWh) e possuem 30 metros de altura e pás de dez metros de comprimento (ECYCLE, 2019). “São Paulo conta com áreas de boa intensidade de ventos, onde a fonte eólica pode ser uma opção de geração de energia elétrica. Os municípios com maior potencial são Jaú, Barra Bonita e Dois Córregos, na região de Bauru; Capão Bonito e Fartura, na região de Itapeva; Votorantim, Piedade e Itu, na região administrativa de Sorocaba; Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba e; Valinhos, Cabreúva e Joanópolis, na administrativa de Campinas”, destaca o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior (ECYCLE, 2019). A atual matriz energética paulista é uma das mais limpas do mundo, com uma participação de fontes renováveis de 55%, baseada na utilização de recursos próprios de biomassa e energia hidráulica. O desenvolvimento de novas fontes renováveis de energia, com destaque para a eólica onde é proveniente do vento, irá contribuir para manter e ampliar a qualidade e a renovabilidade dessa matriz. Figura 6 – Localizaçãodas Torres Eólicas no Estado de São Paulo. Fonte: Atlas Eólico do Estado de São Paulo, 2019. 18 2.6 Do Condomínio Mira Flores Localizado na cidade de Itapevi/SP, escolhemos um condomínio para avaliar implantação da Energia Eólica para que os gastos administrativos que o condomínio hoje tem com energia normal que vem da Eletropaulo (Enel), que distribui energia que é provida da energia hídrica, passe ser energia Eólica utilizando Aerogeradores. Figura 7 – Residencial Condomínio Mira Flores. Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019. 2.6.1 Dos gastos do Condomínio Mira Flores Atualmente o condomínio conta com gastos básicos do condomínio que seriam câmeras de vigilância, energia da guarita, portão eletrônico, iluminação da rua interna, energia das churrasqueiras e salão de festas, isto incluí geladeira, televisão e tomadas diversas, totalizando um valor médio dos últimos 12 meses de R$: 600,00. 2.6.2 Implantação do Aerogerador no Condomínio Mira Flores Analisamos diversas partes do condomínio para a implantação do Aerogerador fazendo uma medição do vento para sabermos onde o vento captado geraria energia suficiente para manter os custos básicos do condomínio. A partir dai tivemos noção do local exato em que seria ideal para a instalação do Aerogerador. 19 Figura 8 – Vista Frontal local implantação do Aerogerador Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019. Figura 9 – Vista Lateral local implantação do Aerogerador Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019. 20 Figura 10 – Vista Frontal do Aerogerador após implantação Fonte: Elaborado pelo Autor, 2019. 2.6.3 Uso da Energia Eólica no Condomínio Mira Flores Após o desligamento da energia convencional que provém da hidrelétrica, tivemos um gasto para a aplicação da mesma em torno de R$ 12.000,00, porém em longo prazo tivemos uma economia do valor antes que eram em média de R$ 600,00 reais ao mês. 2.6.3.1 Vantagens do uso Aerogerador Os Aerogeradores são equipamentos que podem ser instalados em lugares propriamente fáceis como chaminé de uma casa ou em ambientes industriais, especialmente em parques eólicos para a geração e o fornecimento de energia limpa, ou até mesmo em locais altos e que possuem ventos constantes. Um gerador eólico é um equipamento de fácil manutenção, podem ser instalado em locais de fácil acesso, inclusive o trabalho de reparação não requer muitos gastos e esforços. Também não há pressão sobre a estrutura de apoio e como um gerador eólico necessita de espaço limitado, este dispositivo pode ser instalado próximo um do outro em um parque eólico, os demais fabricantes de Aerogeradores garantem que não causa poluição sonora e afirmam que é uma energia limpa e livre de impactos ao meio ambiente (BRASIL, 2019). 21 2.6.3.2 Desvantagens do uso Aerogerador A altura mais baixa de instalação destes Aerogeradores torna esses dispositivos dependentes de ventos de nível baixo, as chances de esses geradores eólicos pararem de funcionar quando submetidos a fortes ventos não devem ser descartadas. Os modernos Aerogeradores são eficientes, contudo sua implantação é de custo muito elevado, consequentemente em sua grande maioria os projetos param seu andamento devido ao custo (BRASIL, 2019). 3. MATERIAIS E MÉTODOS EMPREGADOS O presente trabalho é de natureza bibliográfica, reflexiva e utilizamos livros, artigos científicos, jornais digitais, pesquisa de internet e pesquisa de campo no condomínio Mira Flores. Tabela 1 – Cronograma do Projeto Integrador I. Fonte: Elaborado pelo Autor 22 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A energia eólica é uma energia importante no quesito defesa do meio ambiente para redução do aumento na exploração das fontes energéticas que causam danos ao nosso meio ambiente. Esta energia que é extremamente limpa e sustentável não vem recebendo a devida importância, sendo que a mesma não está entre as mais exploradas, devido a seu alto valor para sua confecção, implantação e monitoramento. A parte mais preocupante é que existem duas fontes que são extremamente poluentes, nuclear e termelétrica, que a superam em potencial atualmente instalado no país. Com a implantação de Aerogerador no condomínio Mira Flores na cidade de Itapevi/SP, teve uma economia de energia significativa e com aplicação do protótipo contribuímos para o meio ambiente não utilizando mais a energia hidrelétrica, contribuindo para o consumo econômico e financeiro do condomínio, desta forma contribuindo também para a sustentabilidade do planeta em prol das próximas gerações e promovendo a energia limpa. 23 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Matriz energética e Elétrica, 2019. Disponível em: <http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica#ENERGETICA> Acesso em: 09/04/2019. ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas da Energia Elétrica do Brasil, 2005. 2ª ed. Brasília, 2005. CHESF-BRASCEP, 1987. Fontes Energéticas Brasileiras, Inventário/Tecnologia. Energia Eólica. V.1 De cata-ventos a aerogeradores: o uso do vento, Rio de Janeiro. SHEFHERD, D.G.,1994, “Historical Development of the Windmill”. In Wind Turbine Technology – Fundamental Concepts of Wind Turbine Engineering. SPERA, S.A, (ed), 1 ed. New York, ASME Press, pp 1-46. SCIENTIFIC AMERICA, Dec. 20, 1890, “Mr. Brush’s Windmill Dynamo” Vol. LXIII, n. 25 cover and p. 389. apud SHEFHERD, 1994 Op. cit. SEKTOROV, V. R., 1934, “The First Aerodynamic Three-Phase Electric Power Plant in Balaclava”, L’Elettrotecnica, 21(23-24), pp. 538-542; Traduzido por Scientific Translation Service, NASA TT-F-14933, Washington, DC: National Aeronautics and Space Administration, pp. 13 apud SHEFHERD, 1994 Op. cit. ANEEL, 2019. Evolução da energia eólica no Brasil. Disponivel em: <http://www.aneel.gov.br/aneel-essencial/- /asset_publisher/c4M6OIoMkLad/content/evolucao-da-energia-eolica-no- brasil?inheritRedirect=false> acesso em: 20/04/0219 WALISIEWICZ, Marek, 2008. Energia Alternativa. Publifolha. JANNUZZI, Gilberto de Martinho. Políticas Públicas para Eficiência e Energia Renovável no Novo Contexto de Mercado. Editora Autores Associados, 2000. 24 BRASIL, 2019. Fragmaq: Energia Eólica e os seus benefícios. Disponível em: <https://www.fragmaq.com.br/blog/energia-eolica-e-os-seus-beneficios/> Acesso em: 22/04/2019. BRASIL, 2019. Infraestrutura e meio ambiente do estado de São Paulo, 2019. Disponível em: <http://dadosenergeticos.energia.sp.gov.br/portalcev2/intranet/Renovaveis/index.htm l> Acesso em: 27/04/2019. BRASIL, 2019. Vantagens e Desvantagens de Aerogeradores, 2019. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=18&Cod=1709> Acesso em: 07/05/2019.