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aula 2 - Definição de Psicologia do trânsito

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Universidade Guarulhos
Curso de Psicologia – 5º semestre – 2018.1
Psicologia do Trânsito
Os jornais e telejornais frequentemente mostram acidentes e tragédias no trânsito. São motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas que, deliberadamente ou não, comportam-se de maneira perigosa. O que leva as pessoas a fazer barbaridades no trânsito? Este é o desafio de muitos profissionais, dentre eles o psicólogo. Mas, o que é psicologia do trânsito, qual seu trabalho e como se faz isso?
Psicologia do Trânsito – Definição Conceitual
Estuda os comportamentos dos participantes do trânsito e os processos psicológicos associados, considerando ainda os contextos e os lugares específicos onde ocorrem. É uma área simultaneamente de pesquisa e de aplicação. 
Segundo Rozestraten (1981) constitui-se no estudo científico do comportamento dos participantes do trânsito, entendendo-se por trânsito o conjunto de deslocamentos dentro de um sistema regulamentado. O estudo dos comportamentos internos ou externos, conscientes ou não, no ambiente do trânsito (Rozestraten, 1988). 
Psicologia do Trânsito – Definição Conceitual
A Psicologia do Trânsito pode ser conceituada como o estudo do comportamento do usuário das vias e dos fenômenos/processos psicossociais subjacentes ao comportamento. O conceito é amplo, pois o comportamento do condutor tem sido estudado em relação a uma diversidade de questões (Hoffmann, 2005).
A psicologia do trânsito é uma “área da psicologia que investiga os comportamentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes que os provocam e o alteram” (Conselho Federal de Psicologia, 2000, p. 10).
Psicologia do Trânsito – Definição Conceitual
De um modo mais geral, estuda o comportamento dos usuários nas rodovias e redes viárias urbanas, de maneira a que possa contribuir para melhorar as condições de segurança, minimizando os riscos de acidentes no trânsito e as possibilidades de ameaças a vida (Oliveira, et. al , 2015). 
 
Psicologia do Trânsito
AS QUESTÕES ENVOLVIDAS NO TRÂNSITO (DIVERSIDADE):
Procura visual, dependência de campo (Rozestraten & Pottier, 1984; Shinar, 1978); 
Estilo de percepção (Rozestraten, 1981); 
Atitudes (Fishbein & Ajzen, 1975; Macedo, 2002); 
Percepção de risco (Hoffmann, 1995; Hoffmann, Soler & Carbonell, 1994; Monterde, 1989; Sivak & Soller, 1987; Sivak, Soler, Tränkle, & Spagnol, 1989; Wilde, 1982; 2005); 
Psicologia do Trânsito
AS QUESTÕES ENVOLVIDAS NO TRÂNSITO (DIVERSIDADE):
Procura de emoções, atribuição, estilo de vida, e carga de trabalho/trabalho penoso (Sato, 1995; Vittorello, 1998); 
Estresse (Silva & Günther, 1999) e,
Representação social (Silva, 2000; Silva, Strey & Hoffmann, 1999; Souza, 2001). 
Segundo Rozestraten (1981) o objetivo é estudar e analisar todos os comportamentos relacionados com o trânsito; e em sentido restrito, o comportamento dos usuários: o do pedestre, do motorista, do ciclista e do motociclista. Todas as pessoas são alvo e poderão ter seus comportamentos estudados pela psicologia do trânsito já que todos são sujeitos, ativos ou passivos, do trânsito. Sua esfera de estudo é constituída de três sistemas principais: o homem, a via e o veículo, sendo o homem o subsistema mais complexo e, portanto, tem maior probabilidade de desorganizar o sistema como um todo. 
Psicologia do Trânsito - Objetivo
Psicologia do Trânsito - Pesquisa
Produz conhecimentos científicos junto aos indivíduos, aos grupos e às comunidades. Por exemplo:
 observam e registram comportamentos nas ruas; 
entrevistam usuários do trânsito; 
aplicam questionários ou, ainda, pesquisam documentos oficiais e relatórios técnicos para diagnosticar determinada situação; 
realizam experimentos de campo e de laboratório para estabelecer possíveis relações de causa e efeito, e aplicam testes psicológicos para avaliar características dos futuros motoristas (como a personalidade).
Psicologia do Trânsito - Aplicação
Todas as intervenções do psicólogo do trânsito visam a colaborar com a qualidade de vida das pessoas, ajudando a promover a segurança viária ou o transporte sustentável e democrático.
 A maioria dos psicólogos do trânsito no Brasil trabalha na avaliação psicológica de motoristas no processo de aquisição da carteira nacional de habilitação, de renovação (no caso dos motoristas profissionais) ou de mudança de categoria. 
Pesquisas aplicadas, na tentativa de diagnosticar e sugerir medidas para resolver problemas (por exemplo, grupos de pesquisa);
Orientação, que inclui a disseminação de informações relevantes sobre problemas do trânsito, buscando mudanças sociais (como cursos de educação, especializações em trânsito, participação em ações políticas e assessoria aos órgãos privados ou públicos) e;
Tecnologia social, isto é, desenvolvimento de soluções com foco no comportamento (por exemplo, consultoria a empresas de transporte, psicoterapia com foco em pessoas com medo de dirigir ou com estresse pós-traumático decorrente de acidente).
Essa diversidade de ações demonstra que a Psicologia do Trânsito possui grande relevância social e a sociedade precisará cada vez mais do seu suporte para enfrentar os desafios que o trânsito lhe impõe no século XXI.
Psicologia do Trânsito - Pesquisa
 Segundo, Thielen (2011), já é possível visualizar algumas respostas às questões iniciais propostas para instigar o debate sobre o tema: a psicologia do trânsito tem como tarefa compreender e intervir no comportamento humano no trânsito. É a psicologia aplicada às situações de trânsito, do qual todos são participantes. Portanto, ela é mais ampla do que se pensa. À psicologia cabe investigar diferentes aspectos relacionados ao comportamento humano, no exercício do direito de ir e vir com segurança de cada um e de todos, e em todas as situações nas quais o comportamento humano exerce influência.
Já é possível também identificar algumas vertentes de investigação e intervenção junto a cada um dos grupos de pessoas envolvidas nas mortes violentas no trânsito. Cada uma das pessoas vivencia sofrimentos que devem ser compreendidos e orientados. E a psicologia também tem referenciais para atuar com o sofrimento humano em diferentes perspectivas. Mas essa possibilidade de atuação se refere a um “depois”. Depois que um ato imprudente, imperito ou negligente foi perpetrado. 
Psicologia do Trânsito – Áreas de Atuação 
Mas à psicologia cabe também prover respostas em relação aos fatores que orientam as decisões para agir “dessa ou daquela” maneira, adotando comportamentos mais ou menos arriscados. Ou seja, a psicologia tem também um papel importante na prevenção da violência no trânsito.
A trajetória histórica da psicologia também indica uma atuação voltada para a avaliação psicológica utilizada para o processo de habilitação de condutores, com o intuito de identificar características psicológicas que poderiam verificar condições prévias para o exercício da atividade de dirigir veículos (Hoffman & Cruz, 2003; Monterde i Bort, 2008; Risser, 2004; Rozestraten, 1988).
Em outra vertente, mas sem esgotar as possibilidades de atuação, há o campo de estudos da psicologia voltado para todas as relações que se estabelecem entre os sujeitos e seus lugares, a análise da mobilidade urbana, das escolhas individuais dos modais de transporte, dos posicionamentos ideológicos, da força grupal e de fatores interpessoais orientando percepções e decisões acerca da ocupação de espaços e da vinculação dos sujeitos.
Psicologia do Trânsito – Áreas de Atuação 
O fortalecimento das identidades e o desenvolvimento de vínculos e concepções compartilhadas em direção à convivência harmônica a partir das diferenças também pode ser foco de investigação e intervenção, principalmente com o objetivo de prevenção da violência no espaço onde se transita.
E, finalmente, a psicologia pode contribuir nas pesquisas e intervenções com os acidentados visandoà reabilitação, estabelecendo investigações nas relações no campo das organizações, e até mesmo intervenções clínicas.
Psicologia do Trânsito – Áreas de Atuação 
Psicologia do Trânsito – Síntese Histórica
Primeira Etapa: Das primeiras aplicações psicológicas à regulamentação da Psicologia como profissão (1924 – 1962);
Segunda Etapa: A consolidação da Psicologia do Trânsito (1963 – 1985);
Terceira Etapa: Desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em ações interdisciplinares (1985 – 1998);
Quarta Etapa: Diversidade de Caminhos para ações Efetivas da Psicologia do Trânsito (1998 em diante 
De acordo com Holffmann et. al (2003) os fatos mais relevantes ocorridos ao
longo da história, a evolução da Psicologia do Trânsito no Brasil pode ser estruturada em quatro grandes etapas, a saber:
Psicologia do Trânsito – Síntese Histórica 
Primeira Etapa: Das primeiras aplicações psicológicas à regulamentação da Psicologia como profissão (1924 – 1962);
A gestação da Psicologia científica no Brasil (1920 – 1930)
Instrumentalização do conhecimento psicológico no meio pedagógico – utilização de conceitos e instrumentos no exame das condições cognitivas para a aprendizagem e desenvolvimento da linguagem;
Produção científica no meio acadêmico das faculdades e universidades;
Mundo social do trabalho – introdução progressiva do conhecimento oriundo da psicologia industrial e do trabalho (taylorismo – administração científica) – No Brasil, destaque ao trabalho de Roberto Mange na seleção e orientação de ferroviários (São Paulo) – marco potencial ao desenvolvimento da Psicologia do Trânsito;
Psicologia do Trânsito 
Primeira Etapa: Das primeiras aplicações psicológicas à regulamentação da Psicologia como profissão (1924 – 1962);
As características mais importantes desta primeira etapa histórica foram: 
A criação de instituições de seleção e treinamento industrial e de trânsito, (Laboratório de Psicotécnica na Estrade de Ferro Sorocabana – Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) – Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional (CFESP));
Criação da Companhia Municipal de transporte Coletivo (CMTC) em São Paulo, (instalado o Serviço Psicológico destinado à seleção de condutores de veículos);
Cria-se o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP - FGV), (Em 1951 começou a examinar os candidatos para obtenção da CNH por meio de entrevistas, provas de aptidão e personalidade;
Psicologia do Trânsito 
Em 8 de junho de 1953 é aprovada uma resolução pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), tornando obrigatório, em todo o País, do Exame Psicotécnico para todos os aspirantes à profissão de motorista;
Minas Gerais foi o Estado pioneiro em organizar e sistematizar um serviço na área de avaliação de condutores. Foi criado o Gabinete de Psicotécnica em Trânsito, com a criação de uma revista científica: “Revista do Gabinete de Psicotécnica em Trânsito”;
Em 1962, o CONTRAN estendeu o exame psicotécnico a todos os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
Em 1962 ocorre o reconhecimento da Psicologia como profissão;
As características mais importantes desta primeira etapa histórica foram: 
Psicologia do Trânsito 
Segunda Etapa: A consolidação da Psicologia do Trânsito (1963 – 1985):
Ampliação do conceito de psicologia “aplicada” – os problemas psicológicos passaram a ser encarados segundo condições metodológicas diferenciadas;
Como consequência, o exame de aptidões ou dos interesses (psicotécnico) passa a ser reconhecido como uma das “possibilidades” de se avaliar a personalidade, mas não o único método disponível;
Maior intercâmbio da Psicologia Industrial com outras áreas da Psicologia, ocorrendo modificações nos métodos de atuação;
Aumento nas pesquisas sobre novos materiais para exame psicológico, especificamente sobre validade e fidedignidade dos testes psicológicos;
Psicologia do Trânsito 
Segunda Etapa: A consolidação da Psicologia do Trânsito (1963 – 1985):
As características mais marcantes para a Psicologia do Trânsito foram:
Aprovação do Código Nacional de Trânsito (1966) em substituição ao de 1941, ratificando a obrigatoriedade da introdução de exames psicológicos para obtenção da CNH, bem como unificou e uniformizou a avaliação psicológica de condutores;
Criação do CFP e CRPs, estes atuando como órgãos-chave de incentivo à luta e ao desenvolvimento da Psicologia do Trânsito no Brasil – questões de ordem legal, controle e observação à ética na atividade de avaliação de condutores pelos psicólogos;
Em 1981 cria a Comissão Especial do Exame Psicológico para Condutores, visando obter dados e critérios para oferecer ao CONTRAN uma proposta de reformulação normativa; 
Psicologia do Trânsito 
Segunda Etapa: A consolidação da Psicologia do Trânsito (1963 – 1985):
Diversos pesquisadores podem ser destacados como percursores da Psicologia do Trânsito: Roberto Mange, Emílio Mira Y Lopez, Alice Galland de Mira, José Astolpho Amorim, Roberto Suchaneck, José Nava, Alfredo de Oliveira Pereira, José Silveira Pontual, Suzana Ezequiel Cunha, entre outros;
A grande maioria deles limita o papel da Psicologia do Trânsito à natureza instrumental da avaliação da personalidade e das habilidades do condutor, relegando a um segundo plano a questão dos “acidentes”;
A psicogênese do comportamento do condutor no trânsito e sua relação com fatores cognitivos e ambientais não tinham consideração no trabalho destes pesquisadores;
Psicologia do Trânsito 
Segunda Etapa: A consolidação da Psicologia do Trânsito (1963 – 1985):
Reiner Rozestraten, neste período, propicia a criação de raízes profundas para a Psicologia do Trânsito, tornando-a amplamente conhecida no Brasil – publicações nacionais e internacionais, participação em congressos e a realização de cursos para psicólogos dos DETRANS, empresas, universidades, polícias, etc;
Sob sua direção cria-se, no âmbito universitário, diversos núcleos de pesquisa em Psicologia do Trânsito, bem como cursos em nível de pós-graduação;
A partir dos anos 80 (século XX) começa a se notar mais fortemente a presença dos temas da Psicologia do Trânsito e Segurança Viária no meio universitário; 
Psicologia do Trânsito 
Terceira Etapa: O desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em ações interdisciplinares (1985 – 1998).
Característica básica desta etapa: 
“aumento na sensibilidade da sociedade brasileira e da administração pública para avaliar o fator humano nos acidentes, e mobilização da categoria dos psicólogos do trânsito, fundamentalmente aqueles vinculados aos DETRANS, com vistas a assumirem o papel de profissionais responsáveis por pensar a segurança viária brasileira”.
Produção crítica e reflexiva sobre o papel e imagem dos psicólogos que atuam nos departamentos de trânsito – “psicometristas e testólogo” construídas com base na desgastada e desacreditada imagem de sua atividade nos DETRANS: o exame psicotécnico 
Psicologia do Trânsito 
Terceira Etapa: O desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em ações interdisciplinares (1985 – 1998).
Aspectos mais importantes desta etapa:
III Congresso Brasileiro de Psicologia do Trânsito (São Paulo, 1995) – reavivamento das discussões entre psicólogos do trânsito sobre as condições técnicas e políticas e a necessidade urgente de reformular a Resolução 584/81, de 16/09/1981; 
(1986) Governo de Sta. Catarina – Secretaria de Segurança Pública – introduz o concurso público para psicólogos atuarem no DETRAN e nas circunscrições regionais de trânsito;
1987 – Ação conjunta do CFP e CONTRAN – Resolução 670 – conta com reivindições antigas dos psicólogos atuantes na área;
Psicologia do Trânsito 
Terceira Etapa: O desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em ações interdisciplinares (1985 – 1998).
Aspectos mais importantes desta etapa:
1987 – Criação do Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito – Volvo do Brasil – Motores e Veículos S.A. – objetivo: premiar anualmente os melhores trabalhos e temas de trânsito;1º Congresso Internacional de Segurança no Trânsito (Uberlândia – MG) – Participação de Professores doutores da Universidade de Valência e, pelo lado brasileiro, a participação de Maria Helena Hofmann (uma das maiores especialistas do país em Psicologia do Trânsito);
1989 – 5º Congresso Brasileiro de Psicologia do Trânsito e 1º Congresso de Educação e Fiscalização do Trânsito (Goiânia – GO)
Psicologia do Trânsito 
Terceira Etapa: O desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em ações interdisciplinares (1985 – 1998).
Aspectos mais importantes desta etapa:
1989 – Ministério da Justiça aprova projeto para considerar o referido ano, como o “Ano Brasileiro de Segurança no Trânsito”;
Por fim, três fatos relevantes para a Psicologia do Trânsito:
Criação da Associação Nacional de Psicologia do Trânsito
Criação do 1º curso interdisciplinar de trânsito (Universidade Dom Bosco – Campo Grande – MS)
Anteprojeto de lei propondo novo Código de Trânsito Braisleiro (1993 –Congresso Nacional) 
Psicologia do Trânsito 
Quarta Etapa: Diversidade de caminhos para ações efetivas da Psicologia do Trânsito (1998 em diante).
Seu início se da com a aprovação do Código de Trânsito Brasileiro em 1997 e em vigor a partir de 1998, e propiciou:
Grande debate nacional sobre as questões ligadas à circulação humana;
O repensar o papel do psicólogo frente às decorrências sociais e técnicas dele advindas;
Intensificação dos estudos e análises da circulação humana não mais a partir do automóvel, metro ou avião, mas sim, dos seres humanos (visão humanizada da circulação;
 Os problemas de circulação humana começam a ser debatidos e tratados na universidades, principalmente nos cursos de Psicologia;
Psicologia do Trânsito 
Quarta Etapa: Diversidade de caminhos para ações efetivas da Psicologia do Trânsito (1998 em diante).
Passam a ser percebidos como uma realidade que demanda políticas de saúde e de educação e não mais somente de segurança pública (visão mais humanizadada circulação);
Nesta etapa destacam-se os seguintes fatos:
O papel e maior envolvimento das Universidades no ensino, pesquisa e extensão na área do comportamento humano no trânsito;
Oferta de cursos de pós-graduação (lato sensu) em trânsito (educação, Psicologia, Administração);
Oferta de curso Psicólogo Períto Examinador de trânsito, conforme CTB e Resolução.... 
Psicologia do Trânsito 
Quarta Etapa: Diversidade de caminhos para ações efetivas da Psicologia do Trânsito (1998 em diante).
80/98 para atuar na avaliação de candidatos à obtenção da CNH;
Criação de Núcleos de Estudos e Pesquisa sobre Psicologia do Trânsito (Universidade Federal do Paraná) Núcleo de Estudos sobre o Comportamento Humano no Trânsito (Universidade Federal de Sta. Catarina);
Incremento de Dissertações e Teses (Mestrado e Doutorado) em temas ligados ao trânsito e transporte em programas de pós-graduação;
Inclusão de disciplinas optativas ou de tópicos especiais na matriz curricular dos cursos de graduação em Psicologia (Universidade do Vale do Itajaí – SC, UnB – DF, Universidade Católica Dom Bosco – MS, Universidade Estadual do RJ; Universidade Federal SC.) 
Psicologia do Trânsito 
Quarta Etapa: Diversidade de caminhos para ações efetivas da Psicologia do Trânsito (1998 em diante).
Incremento de formação específica em matérias interdisciplinares de trânsito e de avaliação psicológica;
Maior envolvimento do CFP e CRPs na discussão sobre a responsabilidade social da Psicologia e dos psicólogos em relação às questões do trânsito e da circulação humana (planejamento urbano, meio ambiente, saúde e educação), destacando-se 2 aspectos:
Criação de câmeras ou comissões de Avaliação Psicológica e de Trânsito nos CRPs, com ampliação dos espaços de interlocução com os profissionais e auxílio na organização de eventos regionais;
Realização do Seminário “Psicologia, Circulação Humana e Subjetividade” (2001-SP)
Psicologia do Trânsito 
Quarta Etapa: Diversidade de caminhos para ações efetivas da Psicologia do Trânsito (1998 em diante).
Conclusão do autor:
Necessidade da construção de novas referências e perspectivas de avanço da Psicologia nas questões relativas à circulação humana;
A Psicologia e seus profissionais precisam avançar qualitativamente na discussão dos aspectos sociais, econômicos, éticos e tecnológicos relativos à Psicologia do Trânsito, como um exercício profissional, social e cientificamente comprometido;
Ações e intervenções pautadas em princípios estruturados em conceitos claramente definidos e estrategicamente orientados para possibilitar um quadro teórico e técnico que suporte à prática profissional dos psicólogos que se destinam à essa área de atuação;
Psicologia do Trânsito 
Referência bibliográfica:
Conselho Federal de Psicologia (2000). Resolução CFP nº 012/2000. Disponível em: http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumentos/ resolucao2000_12.pdf.>. Acesso em: 30/12/2017.
Hoffmann, M. H. e Cruz, R. M. (2003). Síntese histórica da Psicologia do Trânsito no Brasil. In: M. H. Hoffmann et al. (orgs). Comportamento Humano no Trânsito. (pp. 17-29; 4º ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Hofmann, M. H. (2005). Comportamento do condutor e fenômenos psicológicos. Psicologia: Pesquisa & Trânsito, v. 1, nº 1, p. 17-24.
ROZESTRATEN, R.J.A. (1981). Psicologia do Trânsito: O que é e para que serve. Ribeirão Preto. Psicologia: Ciência e Profissão, vol. 1 no 1. 
Psicologia do Trânsito 
Referência bibliográfica:
Hofmann, M. H. (2005). Comportamento do condutor e fenômenos psicológicos. Psicologia: Pesquisa & Trânsito, v. 1, nº 1, p. 17-24.
Oliveira, G. F.; Batista, H. M. T.; Rufato, D. O.; Maranhão, T. L. G.; Braga, I. B.; Guedes, J. D. (2015). Psicologia do Trânsito: uma revisão sistemática. Caderno de Cultura e Ciência, Ano IX, v.13, nº2, 124 – 145.
Rozestraten, R.J.A. (1981). Psicologia do Trânsito: O que é e para que serve. Ribeirão Preto. Psicologia: Ciência e Profissão, vol. 1 no 1.
Rozestraten, R.J.A. (1988). Psicologia do Trânsito: Conceitos e Processos Básicos. São Paulo: E.P.U. 
Thielen, I. P. (2011) . Perspectivas para a Psicologia do Trânsito. Interação em Psicologia, nº 15( especial), p. 77-86 77 
Psicologia do Trânsito 
Leituras recomendadas:
Silva, F. H. V. C. e Günther, H. (2009). Psicologia do trânsito: de onde veio e para onde caminha? Temas em Psicologia, vol. 17, nº 1, 163 – 175.
Silva, M. A. (2010). Psicologia do trânsito ou avaliação psicológica no contexto do trânsito. Encontro: Revista de Psicologia, vol. 13, nº 19, 199 – 208. 
Silva, F. H. V. C. (2012). A Psicologia do Trânsito e os 50 anos da profissão no Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão, vol.32 (num. esp.), 176-193.

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