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1 
EXAMES RADIOGRÁFICOS DE TÓRAX: ABORDAGEM, INCIDÊNCIAS E 
POSICIONAMENTOS DO USUÁRIO 
 
 
MARINEI DO ROCIO PACHECO DOS SANTOS1 
 
1 Considerações Iniciais 
 
Os exames mais realizados em radiologia convencional são as radiografias de tórax. 
As incidências lateral e PA de tórax são utilizadas para o diagnóstico e avaliação de 
lesões traumáticas como a ruptura da pleura seguida de derrame pleural, dor e 
dispneia, enfisemas, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tromboses e 
aumento da área cardíaca, entre outros. 
Para um posicionamento correto, o profissional técnico em radiologia deve 
centralizar e alinhar o usuário conforme a recomendação fornecida em cada uma 
das incidências e posicionar o centro geométrico do feixe colimado (ou feixe central) 
coincidindo com o centro do receptor de imagens (RI). 
 
2 Abordagem ao Usuário 
 
Após receber a requisição do exame, o técnico em radiologia deverá organizar a 
sala e todos os objetos que serão utilizados. Em seguida ele deverá chamar o 
usuário pelo nome completo e certificar-se de que é realmente a pessoa que irá 
realizar o procedimento, pois ainda são relativamente comuns as situações de 
homônimos e trocas de exames. 
Todos os usuários devem ser tratados de forma cordial e serem informados sobre os 
procedimentos que serão realizados. 
A anamnese faz parte do processo inicial. Ela consiste em um conjunto de perguntas 
pré-definidas, que permitirão ao técnico e ao médico radiologista saber o motivo do 
exame, se o paciente já sofreu alguma cirurgia na região de interesse, queda 
recente ou algum trauma, entre outras questões relevantes para o exame e que irão 
 
1
 Tecnóloga em Radiologia e Mestre em Engenharia Biomédica, ambos pela Universidade Tecnológica Federal 
do Paraná. Professora e Coordenadora do Curso Técnico em Radiologia do Instituto Federal do Paraná. 
 2 
gerar informações importantes para os profissionais envolvidos na execução e laudo 
do exame. 
A próxima etapa é orientar o usuário a retirar quaisquer objetos radiopacos que 
possam formar artefatos na imagem, como, por exemplo, adornos usados na região 
torácica, como correntes, piercings, prender os cabelos longos para longe do tórax, 
retirar roupas espessas e/ou com botões ou sutiã e vestir-se com a vestimenta 
oferecida pelo técnico em radiologia, que consiste em um avental fornecido pelo 
serviço de radiologia. 
É obrigação do profissional técnico em radiologia fornecer ao usuário todos os 
equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários e que não interfiram na 
formação da imagem. 
Usuária ou acompanhante em idade fértil deve obrigatoriamente ser questionada se 
está grávida, por razões de proteção radiológica. Em caso de acompanhante, a 
mesma deverá ser substituída por outra pessoa. Em quaisquer casos onde 
gestantes precisem ser expostas aos Raios X, com anuência do médico, 
obrigatoriamente deverão fazer uso de todos os EPIs radiológicos possíveis para o 
bom andamento do exame. 
 
3 Características para a execução do exame 
 
As radiografias apresentam informações de objetos tridimensionais em um plano 
bidimensional; portanto, é comum utilizar no mínimo duas incidências diferentes para 
o estudo adequado da estrutura. Por exemplo, em posição anteroposterior ou 
postero-anterior e em lateral. A escolha correta de tais incidências é feita de acordo 
com as condições do usuário. 
Para formar imagens de qualidade é fundamental que o técnico em radiologia instrua 
corretamente o usuário sobre a respiração durante a exposição aos Raios X. Cada 
posicionamento/incidência descreve o método correto de respiração a ser aplicado 
para essa finalidade. 
 
As incidências básicas de tórax são: 
 Incidência PA e lateral de tórax. 
 
As incidências especiais de tórax são: 
 3 
 Incidência AP lordótica; 
 Incidências oblíquas anteriores de tórax (direita e esquerda – OAD e OAE); 
 Incidências das vias aéreas superiores: 
 Incidências AP; 
 Incidência lateral de vias aéreas superiores. 
 
A caixa torácica também possui uma rotina de exames radiográficos. As incidências 
para essa região são: 
 Incidência oblíqua anterior direita de esterno; 
 Incidência lateral direita ou esquerda do esterno; 
 Incidências PA das articulações esternoclaviculares; 
 Incidências oblíquas anteriores das articulações esternoclaviculares (OAD- 
OAE); 
 Incidência AP para costelas posteriores; 
 Incidência PA para costelas anteriores; 
 Incidências oblíquas posteriores ou anteriores para costelas axilares. 
 
3.1 Exames Radiográficos de Tórax 
 
- Incidência PA de tórax 
 
Um posicionamento correto para a incidência PA de tórax apresenta uma imagem 
com ausência de rotação e movimentos do usuário, a visualização do campo 
pleuropulmonar entre o 10° a 11° costelas posteriores, a visualização dos vasos 
retrocardíacos e margens de colimação nos quatro lados da imagem. 
 
Condução do exame 
 
O usuário deve ficar em pé de frente para o receptor de imagens (RI), com os pés 
paralelos aos ombros, distribuindo seu peso uniformemente entre os pés; elevar o 
queixo, apoiar o dorso das mãos sobre as asas do ilíaco, fletindo os cotovelos e 
projetando os ombros anteriormente para afastar escápulas da região pulmonar 
(Figura 1a e Figura 1b). 
 4 
O plano médio-sagital deve estar alinhado e centralizado, coincidindo com o eixo 
longitudinal do receptor de imagens vertical. Certificar-se de que o usuário não 
esteja rotacionado. Posicionar o feixe central na altura de T7, com feixes de Raios X 
perpendiculares ao receptor de imagens e uma distância foco-receptor de imagens 
(DFRI) de 1,8 m. A colimação será feita para os quatro lados do receptor de 
imagens, contemplando a vértebra proeminente (C7) e as margens laterais da pele. 
O técnico em radiologia deve instruir o usuário em relação à respiração, pois a 
exposição aos Raios X deve ser realizada ao final da segunda inspiração completa. 
 
Obs: Havendo a impossibilidade de o usuário permanecer em pé ele poderá ser 
posicionado sentado em ortostase, seguindo as mesmas recomendações em 
relação ao posicionamento e à respiração. 
 
 
Figura 1a: PA de tórax. Figura 1b: PA de tórax observado lateralmente. 
 
A radiografia PA de tórax permite observar as seguintes estruturas: pulmões, ápices 
pulmonares, brônquios, coração, diafragma, grandes vasos, caixa torácica, ângulo 
costofrênico e traqueia. 
 
 
 
 5 
- Incidência AP de tórax 
 
Um posicionamento correto para a incidência AP de tórax apresenta uma imagem 
com ausência de rotação e movimentos do usuário, a visualização do campo 
pleuropulmonar entre o 10° a 11° costelas posteriores, a visualização dos vasos 
retro cardíacos e margens de colimação nos quatro lados da imagem. 
 
Condução do exame 
O usuário deve ficar em pé com o dorso para o receptor de imagens, com os pés 
paralelos aos ombros, distribuindo seu peso uniformemente entre os pés; elevar o 
queixo, apoiar o dorso das mãos sobre as asas do ilíaco, fletindo os cotovelos e 
projetando os ombros anteriormente para afastar escápulas da região pulmonar. 
O plano mediossagital deve estar alinhado e centralizado, coincidindo com o eixo 
longitudinal do receptor de imagens vertical. Certificar-se de que o usuário não 
esteja rotacionado. Posicionar o feixe central 10 cm abaixo da incisura jugular, com 
feixes de Raios X perpendiculares ao receptor de imagens e uma distância foco-
receptor de imagens de 1,8 m. A colimação será feita para os quatro lados do 
receptor de imagens, contemplando 2 cm acima do músculo trapézio e as margenslaterais da pele. O técnico em radiologia deve instruir o usuário em relação à 
respiração, pois a exposição aos Raios X deve ser realizada ao final da segunda 
inspiração completa (Figura 2). 
Obs: Havendo a impossibilidade de o usuário permanecer em ortostase, o 
procedimento deve ser realizado em decúbito dorsal ou semiortostático seguindo as 
mesmas recomendações em relação ao posicionamento e à respiração. 
 
 6 
 
Figura 2 - Incidência AP de tórax. 
 
- Incidência lateral de tórax 
 
Um correto posicionamento para a incidência lateral de tórax apresenta uma imagem 
com ausência de rotação e movimentos do usuário, a visualização do ápice 
pulmonar, dos seios costofrênico e cardiofrênico com a superposição dos arcos 
costais posteriores. 
 
Condução do exame 
 
O usuário deve ficar em pé em ortostase, posicionado com o lado de interesse mais 
próximo ao receptor de imagens, com os pés paralelos aos ombros. Distribuir seu 
peso uniformemente entre os pés. Elevar os braços, cruzando-os acima da cabeça. 
Elevar o queixo. Para garantir uma lateral verdadeira o técnico em radiologia deve 
certificar-se de que o plano mediossagital esteja paralelo ao receptor de imagens. 
Ele deve estar alinhado e centralizado lateralmente em relação ao receptor de 
imagens. Certificar-se de que o usuário não esteja rodado. Posicionar o feixe central 
na altura de T7 – aproximadamente 10 cm abaixo da incisura jugular - com feixes de 
Raios X perpendiculares ao receptor de imagens e uma distância foco-receptor de 
 7 
imagens de 1,8 m. A colimação será feita para os quatro lados do receptor de 
imagens, contemplando a vértebra proeminente (C7) e as margens anterior e 
posterior da pele (Figura 3). 
O técnico em radiologia deve instruir o usuário em relação à respiração, pois, a 
exposição aos Raios X deve ser realizada ao final da segunda inspiração completa. 
 
 
Figura 3: Lateral de tórax. 
 
A radiografia em lateral de tórax mostra desde os ápices pulmonares até os ângulos 
costofrênicos posteriores, que deverão aparecer superpostos. Vértebras torácicas, 
traqueia, hilos pulmonares, coração, esterno, arcos costais, escápulas e diafragma 
também podem ser observados nessa incidência. 
 
Obs: Havendo a impossibilidade de o usuário permanecer em pé ele poderá ser 
posicionado sentado em ortostase, seguindo as mesmas recomendações em 
relação ao posicionamento e à respiração. 
 
- Incidência AP lordótica do tórax 
 
A incidência AP lordótica de tórax é utilizada para o diagnóstico e avaliação das 
regiões dos ápices pulmonares, sem a superposição das clavículas. Um correto 
posicionamento para essa incidência apresenta uma imagem com ausência de 
 8 
rotação e movimentos do usuário, lobos superiores pulmonares inclusos e margens 
de colimação nos quatro lados da imagem. 
 
Condução do exame 
 
O usuário deve ficar em ortostase. Pés paralelos e afastados, localizados entre 25 e 
30 cm do receptor de imagens, distribuindo seu peso uniformemente entre os pés. 
Cabeça, pescoço, ombros e dorso devem estar encostados no receptor de imagens. 
Apoiar o dorso das mãos na região dos flancos, fletindo os cotovelos e projetando os 
ombros para frente. (Figura 4). 
Ele deve estar alinhado e centralizado, com o plano mediossagital coincidindo com 
centro do receptor de imagens. Certificar-se de que o usuário não esteja rodado. 
Posicionar o feixe central no meio do esterno, a 9 cm abaixo da incisura jugular. 
Feixes de Raios X devem incidir perpendicularmente ao receptor de imagens a uma 
distância foco-receptor de imagens de 1,8 m. A colimação será feita contemplando a 
região pulmonar de interesse. 
O técnico em radiologia deve instruir o usuário em relação à respiração, pois, a 
exposição aos Raios X deve ser realizada ao final da segunda inspiração completa. 
 
Obs: Havendo a impossibilidade de o usuário permanecer em pé, ele poderá ser 
posicionado em decúbito dorsal, com ombros inclinados para frente e braços 
posicionados para a posição lordótica. O ponto central deve ser localizado no centro 
do esterno, centralizado em relação ao receptor de imagens, com feixes de Raios X 
angulados entre 15º a 20º cefálico e seguindo as mesmas recomendações em 
relação ao posicionamento e à respiração. 
 9 
 
Figura 4: AP lordótica do tórax. 
 
A radiografia de uma incidência AP lordótica mostra os ápices pulmonares sem a 
sobreposição das clavículas, além de derrames interlobares e possíveis patologias 
sob as clavículas. 
 
- Incidências oblíquas anteriores de tórax – direita e esquerda – OAD e OAE 
 
As incidências oblíquas anteriores de tórax são usadas para estudo de toda a região 
pulmonar e estruturas vasculares dos pulmões, para avaliação de doença pulmonar 
obstrutiva crônica, enfisemas e tromboses, entre outras. 
Um correto posicionamento para as incidências oblíquas anteriores de tórax 
apresenta uma imagem com ausência de rotação e movimentos do usuário, 
traqueia, grandes vasos, coração, toda a região pulmonar inclusa e margens de 
colimação nos quatro lados da imagem. 
 
Condução do exame 
 
Usuário deve ficar em ortostase, angulado anteriormente em 45º em relação ao 
receptor de imagens. Elevar o braço direito, fletir o cotovelo e manter o antebraço 
 10 
sobre a cabeça. O outro braço permanecerá fletido, com o dorso da mão sobre o 
flanco, afastando-o ao máximo do campo pulmonar. Elevar o queixo do usuário para 
que permaneça fora do campo de colimação, que deve contemplar toda a região 
pulmonar (Figura 5). 
Posicionar o feixe central na altura de T7 – aproximadamente 8 a 10 cm abaixo de 
C7 e 4 cm para o lado, com feixes de Raios X perpendiculares ao receptor de 
imagens e uma distância foco-receptor de imagens de 1,8 m. A parte superior do 
receptor de imagens deve estar localizada a 2,5 cm acima de C7. O técnico em 
radiologia deve instruir o usuário em relação à respiração, pois, a exposição aos 
Raios X deve ser realizada ao final da segunda inspiração completa. 
 
Obs: O profissional técnico em radiologia deve ficar atento para o fato de as 
oblíquas anteriores de tórax apresentarem na imagem a região mais afastada do 
receptor de imagens. Dessa forma uma oblíqua anterior direita irá evidenciar a 
região esquerda e uma oblíqua anterior esquerda fará aparecer melhor as estruturas 
do lado torácico direito do usuário. 
 
 
Figura 5: Oblíqua anterior esquerda de tórax. 
 
As radiografias oblíquas anteriores de tórax mostram as seguintes estruturas: 
 11 
 Oblíqua anterior direita: Pulmão esquerdo, traqueia, coração e aorta, caixa 
torácica e coluna vertebral, diafragma e ângulo costofrênico direito; 
 Oblíqua anterior esquerda: Pulmão direito, traqueia, coração e aorta, caixa 
torácica e coluna vertebral, diafragma e ângulo costofrênico esquerdo. 
 
3.2 Exames Radiográficos das Vias Aéreas Superiores 
 
As radiografias das vias aéreas superiores auxiliam no estudo de doenças 
relacionas ao timo, esôfago e a laringe. 
 
- Incidência AP de vias aéreas superiores 
 
Um correto posicionamento para a incidência AP de vias aéreas superiores deve 
incluir a laringe, traqueia, vértebras cervicais, porções mediais das clavículas, parte 
superior do tórax, mandíbula e base do crânio sobreposto e colimação nos quatro 
lados da imagem. 
 
Condução do exame 
 
O usuário permanecerá em ortostase, posicionando a cabeça, o pescoço, os ombros 
e o dorso sobre o receptor de imagens. Alinhar o plano mediossagital com a linha 
média do receptor de imagens. Elevar o queixo até que a linha acantiomeatal (LAM) 
esteja perpendicular ao receptor de imagens. A parte superior doreceptor de 
imagens deve estar 3 cm abaixo do meato acústico externo (MAE). O feixe central 
deve coincidir com a região entre T1 e T2, isto é, a 2,5 cm acima da incisura jugular, 
com distância foco-receptor de imagens de 1 m, colimando nas laterais da região 
cervical e contemplando as porções mediais das clavículas na imagem. 
O técnico em radiologia deve instruir o usuário sobre a técnica respiratória, pois a 
exposição aos Raios X deve ser executada em inspiração lenta e profunda, com a 
traqueia e as vias aéreas superiores repletas de ar (Figura 6). 
 
A radiografia AP das vias aéreas superiores evidencia a traqueia e a laringe cheias 
de ar e as regiões do timo e tireoide, além da porção superior do esôfago. 
 
 12 
 
Figura 6 - Incidência AP de vias aéreas superiores. 
 
- Incidência lateral de vias aéreas superiores 
 
Um correto posicionamento para a incidência lateral de vias aéreas superiores deve 
incluir as mesmas estruturas e condições da incidência AP de vias aéreas 
superiores. 
 
Condução do exame 
 
O usuário permanecerá em ortostase, em lateral direita ou esquerda em relação ao 
receptor de imagens, centralizando as vias aéreas superiores em relação ao 
receptor de imagens e ao ponto central. O queixo deve ser elevado para sair do 
campo de colimação e os ombros devem permanecer rodados para trás para 
evidenciar a região anterior. A parte superior do receptor de imagens será alinhada 
com o meato acústico externo (MAE). 
O feixe central deve coincidir com a região entre C6 e C7, entre a incisura jugular e a 
cartilagem da tireoide, com feixes de Raios X perpendiculares e incidindo a uma 
distância foco-receptor de imagens de 1,8 m. A exposição aos Raios X deve 
evidenciar tecidos moles dessa região, isto é, a laringe e a parte superior da traqueia 
devem aparecer cheias de ar e bem visíveis. A colimação será de forma a 
contemplar desde o MAE até T4 na porção longitudinal e os contornos da pele na 
porção transversal do receptor de imagens (Figura 7). 
 13 
O técnico em radiologia deve instruir o usuário sobre a técnica respiratória, pois a 
exposição aos Raios X deve ser executada em inspiração lenta e profunda, com a 
traqueia e as vias aéreas superiores repletas de ar. 
 
A radiografia AP das vias aéreas superiores evidencia a traqueia e a laringe cheias 
de ar e as regiões do timo e tireoide, além da porção superior do esôfago. 
 
 
Figura 7 - Incidência lateral de vias aéreas superiores. 
 
3.2 Exames Radiográficos da Caixa Torácica 
 
A caixa torácica é responsável pela proteção de órgãos vitais e funciona como uma 
câmara que se expande para as trocas gasosas pulmonares. As imagens 
radiográficas dessa região são realizadas para avaliação de lesões ósseas e 
luxações nas articulações. 
 
- Incidência oblíqua anterior direita de esterno 
 
Uma imagem adequada da incidência oblíqua anterior direita de esterno deve 
permitir a visualização de todo o esterno superposto à região cardíaca e não 
superposto a nenhuma vértebra. 
 14 
Condução do exame 
 
O usuário deve estar em ortostase, de frente para o receptor de imagens, angulado, 
em oblíqua anterior direita, entre 15º a 20º, ou em semidecúbito lateral direito com o 
braço esquerdo afastado do corpo. O esterno deve estar centralizado em relação ao 
receptor de imagens de forma que a coluna vertebral não se sobreponha a ele, por 
isso é realizada a angulação do corpo. 
O feixe central deve estar lateralizado, para a esquerda da linha média do usuário, 
com feixes de Raios X perpendiculares ao receptor de imagens. Será posicionado 
de forma a coincidir com o centro do esterno, entre a incisura jugular e o processo 
xifoide. A distância foco-receptor de imagens utilizada é de 1 m e a colimação deve 
contemplar toda a região do esterno (Figura 8). 
O profissional técnico em radiologia deve instruir o usuário a realizar a técnica 
respiratória para causar borramento das estruturas pulmonares sobrejacentes; para 
isso, ele deve respirar de maneira curta e rápida. 
A radiografia em oblíqua anterior direita do esterno permite a visibilização de todo o 
esterno – manúbrio, corpo do esterno e processo xifoide - em sobreposição com a 
região cardíaca. 
 
 
Figura 8 - Incidência oblíqua anterior direita de esterno. 
 
 15 
- Incidência lateral direita ou esquerda do esterno 
Uma imagem adequada da incidência lateral de esterno deve permitir a visualização 
de todo o esterno em perfil, sem superposição de costelas ou tecido mole. 
 
Condução do exame 
 
O usuário deve estar em ortostase, posicionado com a lateral direita ou esquerda 
contra o receptor de imagens com ombros e braços para trás. Certificar-se de que 
não há rotação da caixa torácica para garantir que o esterno esteja em lateral 
verdadeira. Alinhar o esterno em relação ao centro do receptor de imagens. Este 
deve estar com a parte superior a 4 cm acima da incisura jugular. O feixe central 
deve ser posicionado de forma a coincidir com o centro do esterno, entre a incisura 
jugular e o processo xifoide, com feixes de Raios X perpendiculares ao receptor de 
imagens. A distância foco-receptor de imagens utilizada é de 1 m e a colimação 
deve contemplar toda a região do esterno (Figura 9). 
O profissional técnico em radiologia deve instruir o usuário a interromper a 
respiração durante a exposição aos Raios X. 
Radiografias da incidência lateral de esterno permitem estudar as regiões de 
manúbrio e ângulo do manúbrio, o corpo do esterno e o processo xifoide, todos em 
posição lateral. 
 
 
Figura 9 - Incidência lateral esquerda do esterno. 
 
 16 
- Incidência PA das articulações esternoclaviculares 
 
Para uma imagem adequada da incidência PA das articulações esternoclaviculares 
a mesma deve se apresentar com ausência de movimento ou de rotação do usuário 
e ambas as articulações devem aparecer centralizadas em relação ao receptor de 
imagens. 
 
Condução do exame 
 
Para a incidência PA das articulações esternoclaviculares o usuário deve 
permanecer em ortostase, com a parte anterior do corpo contra o receptor de 
imagens ou em decúbito ventral, elevar o queixo e afastar para baixo os braços. 
Centralizar o plano mediossagital em relação ao eixo longitudinal do receptor de 
imagens. O feixe central deve coincidir com a região das articulações 
esternoclaviculares, centralizado em relação a elas. Certificar-se de que o usuário 
esteja em AP verdadeiro, isto é, sem rotação do corpo. Os feixes de Raios X devem 
incidir perpendicularmente e a uma distância foco-receptor de imagens de 1 m. 
Colimar de forma precisa incluindo ambas as articulações esternoclaviculares na 
imagem (Figura 10). 
A radiografia em AP das articulações esternoclaviculares devem contemplar ambas 
as articulações, as porções mediais das clavículas e o manúbrio. 
 
 17 
 
Figura 10 - Incidência PA das articulações esternoclaviculares. 
 
- Incidências oblíquas anteriores das articulações esternoclaviculares (OAD - 
OAE) 
 
Um correto posicionamento para as incidências oblíquas anteriores das articulações 
esternoclaviculares permite a visualização da porção medial da clavícula, do 
manúbrio e da articulação esternoclavicular sem sobreposição com a coluna. 
 
Condução do exame 
 
Para as incidências oblíquas anteriores (direita ou esquerda) das articulações 
esternoclaviculares o usuário deve permanecer em decúbito ventral, em oblíqua 
anterior (OAD ou OAE) entre 15º e 20º. O braço do lado próximo ao receptor de 
imagens deve ficar para baixo e o braço oposto deve ser levado para frente da face. 
As pernas devem ficar cruzadas, caso essa sejauma posição de conforto para o 
usuário. 
O feixe central deve coincidir com o centro do receptor de imagens e estar 
posicionado lateralmente em relação ao plano mediossagital do usuário, de modo 
que a articulação esternoclavicular de interesse, que é a que está mais próxima ao 
receptor de imagens, coincida com o feixe central. Os feixes de Raios X devem 
 18 
incidir perpendicularmente e a uma distância foco-receptor de imagens de 1 m. 
Colimar contemplando somente a região de interesse (Figura 11). O técnico em 
radiologia deve orientar o usuário para que a exposição seja realizada em apneia e 
em inspiração. 
 
As radiografias em oblíquas anteriores - direita e esquerda - das articulações 
esternoclaviculares devem contemplar cada uma dessas articulações de cada vez. A 
angulação do usuário permite o afastamento da coluna para melhor visualização da 
articulação que está mais próxima ao receptor de imagens, isto é, para a incidência 
em oblíqua anterior direita, por exemplo, a articulação esternoclavicular estudada 
será a direita. 
 
 
Figura 11 - Incidência oblíqua anterior das articulações esternoclaviculares. 
 
-Incidência AP para costelas posteriores 
 
Um correto posicionamento para essa incidência apresenta uma imagem com 
ausência de rotação e movimentos do usuário e a correta visualização das costelas 
em ambas as incidências - acima e abaixo do diafragma. 
 
 
 19 
Condução do exame 
 
O usuário permanecerá em pé, em ortostase, caso a região de interesse seja aquela 
acima do diafragma ou em decúbito dorsal, se o estudo for o da região abaixo do 
diafragma. Centralizar o plano mediossagital em relação ao eixo longitudinal do 
receptor de imagens. O feixe central deve coincidir com a região de T7, com a parte 
superior do receptor de imagens a 4 cm acima dos ombros para radiografar a região 
acima do diafragma (Figura 12). Caso o interesse seja a região abaixo do diafragma, 
então o feixe central deve coincidir com a região de T12 e a margem inferior do 
receptor de imagens ficará na altura das cristas ilíacas. 
Certificar-se de que o usuário esteja em AP verdadeiro, isto é, sem rotação do 
corpo. Elevar o queixo para afastá-lo da área exposta aos Raios X. Os feixes de 
Raios X devem incidir perpendicularmente e a uma distância foco-receptor de 
imagens de 1 m. Colimar de forma precisa. 
O profissional técnico em radiologia deve instruir o usuário a interromper a 
respiração durante a exposição aos Raios X usando o seguinte critério: 
 Apneia em inspiração se a radiografia for da região acima do diafragma; 
 Apneia em expiração se a radiografia for da região abaixo do diafragma. 
 
Radiografias das incidências AP para costelas posteriores mostram as costelas 
posteriores, abaixo e acima do diafragma, sem evidências de rotação ou de 
movimentação do usuário. 
 
 20 
 
Figura 12 - Incidência AP para costelas posteriores 
 
-Incidência PA para costelas anteriores 
 
Um correto posicionamento para a incidência PA para costelas anteriores mostra 
uma imagem com ausência de rotação e movimentos do usuário e a correta 
visibilização da primeira a oitava ou nona costelas posteriores acima do diafragma. 
 
Condução do exame 
 
O usuário deve permanecer em pé, em ortostase, com os braços afastados e ao 
lado do corpo. Centralizar o plano mediossagital do usuário em relação ao eixo 
longitudinal do receptor de imagens. Remover as escápulas da região pulmonar – 
projetando os ombros para frente. Certificar-se de que não há rotação do corpo. O 
feixe central deve coincidir com o centro do receptor de imagens e incidir em T7 com 
distância foco-receptor de imagens de 1 m. Colimar nas margens torácicas (Figura 
13). O técnico em radiologia deve orientar o usuário para que a exposição seja 
realizada em apneia e em inspiração. 
 21 
 
Figura 13: PA para costelas anteriores. 
 
Radiografias das incidências PA para costelas anteriores mostram as costelas 
anteriores, abaixo e acima do diafragma, sem evidências de rotação ou de 
movimentação do usuário. 
 
- Incidências oblíquas posteriores ou anteriores para costelas axilares 
 
Um correto posicionamento das incidências oblíquas posteriores ou anteriores para 
costelas axilares mostra uma imagem com ausência de movimentos do usuário e a 
correta visibilização das costelas. 
 
Condução do exame: 
Para as incidências oblíquas anteriores (direita ou esquerda) das costelas axilares o 
usuário deve permanecer em ortostase, em oblíquas anterior ou posterior, direita ou 
esquerda (OAD, OAE, OPD ou OPE) a 45º com o receptor de imagens, obedecendo 
ao seguinte criterio: 
 Oblíqua anterior direita (OAD) (Figura 14): Região de interesse para a 
imagem (lado esquerdo) mais afastada do receptor de imagens, com braço 
mais próximo ao receptor de imagens para baixo e afastado do corpo e o 
braço oposto elevado; 
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 Oblíqua anterior esquerda (OAE) Região de interesse para a imagem (lado 
direito) mais afastada do receptor de imagens, com braço mais próximo ao 
receptor de imagens para baixo e afastado do corpo e o braço oposto 
elevado; 
 Oblíqua posterior direita (OPD): Região de interesse para a imagem (lado 
direito) mais próxima do receptor de imagens, com os braços para baixo e 
afastados do corpo; 
 Oblíqua posterior esquerda (OPE): Região de interesse para a imagem (lado 
esquerdo) mais próxima do receptor de imagens, com os braços para baixo e 
afastados do corpo. O ponto central deve coincidir com o centro do receptor 
de imagens e incidir na altura de T7, 5 cm para o lado afetado. 
O feixe central deve incidir perpendicularmente ao receptor de imagens em todos os 
posicionamentos, seguindo os critérios a seguir: 
 Região de interesse acima do diafragma: feixe central incide em T7; 
 Região de interesse abaixo do diafragma: o feixe central incide medialmente 
em um ponto entre a margem costal inferior e o processo xifóide. 
Colimar seguindo as bordas do receptor de imagens para evitar possíveis perdas de 
imagens. O profissional técnico em radiologia deve instruir o usuário a interromper a 
respiração durante a exposição aos Raios X usando o seguinte critério: 
 Apneia em inspiração se a radiografia for da região acima do diafragma; 
 Apneia em expiração se a radiografia for da região abaixo do diafragma. 
 
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Figuras 14: oblíqua anterior direita (OAD) para costelas axilares. 
 
As radiografias para costelas axilares mostram esses ossos sem sobreposições 
entre eles. 
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REFERÊNCIAS 
 
BALLINGER, Philip W., FAERS, Frank. Pocket Guide to Radiography, 5th Ed. 
Elsevier Health Sciences, 2003. 
 
BONTRAGER, Kenneth L Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 
Guanabara Koogan. 4º Ed. 1999. 
 
BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 5. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 
 
NOVELLINE, R. A..Fundamentos de Radiologia de Squire. Artmed. 5º ed. 1999.

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