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CME

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Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
1 
Sumário 
AULA 1- CENTRAL DE MATERIAL DE 
ESTERILIZAÇÃO (CME): ESTRUTURA 
FÍSICA, FLUXO DO PROCESSAMENTO 
DE PRODUTOS PARA A ASSISTÊNCIA À 
SAÚDE. ............................................................. 3 
AULA2 E 3: ETAPAS DO 
PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS: 
RECEPÇÃO ,LIMPEZA E DESINFECÇÃO. 8 
AULA 4: PREPARO DOS PRODUTOS 
PARA ESTERILIZAÇÃO, 
RASTREABILIDADE, ARMAZENAGEM E 
DISTRIBUIÇÃO. ............................................ 14 
AULA 5: ESTERILIZAÇÃO DE PRODUTOS 
PARA SAÚDE REUTILIZÁVEIS ................. 19 
• Vapor Saturado sob Pressão........... 20 
-Autoclavação: ....................................... 20 
- Vapor saturado: ................................... 20 
Fases do ciclo de uma esterilização em 
autoclave ................................................. 20 
Tipos de Esterilizadoras a Vapor 
Saturado sob Pressão .......................... 20 
Esterilização por Gravidade ................. 20 
Esterilização por Alto Vácuo ................ 21 
Esterilização por Vácuo Pulsátil .......... 21 
Sistema de esterilização para uso 
imeditado (Esterilização Flash) ........... 21 
Vantagens ............................................... 22 
Desvantagens ........................................ 22 
- Práticas recomendadas SOBECC: .. 22 
oESTERILIZAÇÃO FISICO-QUIMICA ... 22 
Esterilização por óxido de etileno (eto)
 .................................................................. 22 
Preparo do material para ser submetido 
ao oxido de etileno ................................ 23 
Fases do ciclo de esterilização ........... 23 
Vantagens ............................................... 23 
Desvantagens ........................................ 23 
- Práticas recomendadas SOBECC: .. 24 
Esterilização por peróxido de 
hidrogênio .............................................. 24 
Ciclo: ....................................................... 24 
Vantagem ............................................... 24 
Desvantagem ........................................ 24 
- Práticas recomendadas SOBECC: .. 24 
Esterilização por vapor de formaldeído
 ................................................................. 25 
Vantagem ............................................... 25 
Desvantagem ........................................ 25 
Controle dos processos de esterilização
 ..................................................................... 25 
CLASSE 1 .............................................. 25 
CLASSE 2 .............................................. 26 
CLASSE 3 .............................................. 26 
CLASSE 4 .............................................. 26 
CLASSE 5 .............................................. 26 
CLASSE 6 .............................................. 26 
Monitoramento biológico .......................... 27 
Primeira Geração (1970) ..................... 27 
Segunda Geração ................................. 27 
Terceira Geração .................................. 27 
AULA 6: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA 
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO .......... 27 
Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC): 
conceito ................................................. 27 
Dados epidemiológicos .................... 28 
Conceito .................................................... 28 
ISC incisional superficial (IS): ............. 28 
ISC incisional profunda (IP): ............... 28 
ISC órgão/cavidade: ............................. 29 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
2 
Fisiopatogenia das Infecções de 
Sítio Cirúrgico ...................................... 29 
Fatores de risco para ISC ...................... 29 
Recomendações para prevenção de 
isc: Medidas De controle pré-
operatórias ................................................ 29 
Banho pré-operatório ............................ 29 
Avaliação da colonização e 
descolonização ...................................... 29 
Tricotomia ............................................... 30 
Preparo pré-operatório ou antissepsia 
cirúrgica das mãos ................................ 30 
Antibioticoprofilaxia cirúrgica ............... 30 
Outras medidas ...................................... 30 
Paramentação e circulação de pessoal
 .................................................................. 30 
Controle metabólico do paciente ......... 31 
Preparo da pele ..................................... 31 
Drenos ..................................................... 31 
Paramentação cirúrgica ........................ 31 
Outras medidas OMS ........................... 31 
Avaliação de curativos .......................... 32 
Recomendações gerais ........................ 32 
AULA 7: POSICIONAMENTO CIRURGICO 
DO PACIENTE ............................................... 32 
Conceito: ................................................. 32 
Introdução ............................................... 32 
Metas do posicionamento cirúrgico .... 33 
Passo a passo: ...................................... 33 
Fatores de risco ..................................... 34 
Dispositivos de posicionamento: ............. 34 
Mesa Cirúrgica ....................................... 34 
 Acessórios ...................................... 34 
- Sistematização da assistência de 
Enfermagem perioperatória (saep) ......... 35 
• Diagnóstico NANDA ...................... 35 
• Intraoperatório NIC ....................... 35 
Posições ..................................................... 35 
Posição supina ou decúbito dorsal .... 35 
Posição trendelenburg ......................... 36 
Posição fowler ou sentada .................. 37 
Posição litotômica ................................. 38 
Posição prona ou decúbito ventral ..... 38 
Posição kraske ou “canivete” .............. 39 
Posição lateral ....................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
3 
AULA 1- CENTRAL DE MATERIAL DE 
ESTERILIZAÇÃO (CME): ESTRUTURA 
FÍSICA, FLUXO DO 
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS 
PARA A ASSISTÊNCIA À SAÚDE. 
 
CME: tem por missão prover todos os 
serviços assistenciais e de diagnóstico 
de produtos para saúde processados, 
garantindo a quantidade e a qualidade 
necessárias para uma assistência 
segura. É uma unidade funcional 
destinada ao processamento de 
produtos para os serviços de saúde. 
Uma breve retrospectiva histórica da 
CME no Brasil: 
 Por volta de 1950 os primeiros 
CME eram parcialmente 
centralizados. 
 No início de 1970 começa a 
instalação do CME independente 
dos CC 
 Nos anos 90 ainda existiam 
unidades vinculadas ao CC, 
inclusive os Enfermeiros e TE 
respondendo pelos dois serviços. 
CME descentralizada: comum até a 
década de 1940. Todo o processamento 
dos materiais era responsabilidade de 
cada unidade hospitalar. 
CME semidescentralizada: comum a 
partir da década de 1950. O material era 
preparado (limpeza, desinfecção) nas 
unidades e levado à CME para 
esterilização. 
CME centralizada: utilizada atualmente, 
os materiais são processados no mesmo 
local, ou seja, os materiais são 
preparados, esterilizados, distribuídos e 
controlados quantitativa e 
qualitativamente na CME. 
Vantagens do CME centralizado: 
 Otimização dos recursos 
materiais e humanos 
 Maior segurança para otrabalhador e paciente, pois 
favorece o desenvolvimento de 
técnicas seguras e eficientes. 
 Maior produtividade 
 Facilidade de supervisão e 
treinamento 
 Padronização de técnicas de 
limpeza, empacotamento e 
reprocessamento 
 Manuseio correto 
 Armazenamento em condições 
ideias 
 Distribuição e coleta dos artigos 
estéreis 
 Manutenção regular 
Visa concentrar os artigos instrumental 
esterilizados ou não, tornando mais fácil 
o seu controle, conservação e 
manutenção. Padronizar técnicas de 
limpeza, preparo, acondicionamento e 
esterilização, assegurando economia de 
pessoal , material e tempo. 
Facilitar o controle do consumo, da 
qualidade dos artigos e das técnicas de 
esterilização, aumentando a segurança 
do uso; Favorecer o ensino e o 
desenvolvimento de pesquisas; Manter 
estoque de artigos, a fim de atender 
prontamente à necessidade de qualquer 
unidade do hospital. 
Estrutura física: 
O CME é uma unidade hospitalar 
independente e autônoma, que procura 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
4 
atender igualmente todas as unidades 
consumidoras. 
Resolução RDC N°.50, De 2002- 
Estrutura Física dos EAS 
Resolução RDC N°.15, De 2012- 
Requisitos de boas práticas para o 
processamento de produtos para saúde. 
A área física deve ser planejada e 
construída levando em consideração: 
 Demanda diária de produtos a 
serem processados 
 Número e especificidades de 
leitos 
 Existência de CC 
 Quantidade de salas de operação 
 Média diária de cirurgias 
 Especialidades cirúrgicas 
 Adoção ou não de material de uso 
único 
 Inventario do arsenal cirúrgico e 
forma de armazenamento e 
distribuição dos produtos às 
unidades consumidoras. 
Localização: 
A recomendação clássica é que o CME 
esteja localizado próximo das possíveis 
unidades usuárias dos PPS. Contudo, 
atualmente, acredita-se que o CME pode 
localizar-se em qualquer local, desde 
que haja sistema de comunicação ágeis 
com as unidades consumidoras. 
Tipos de CME: 
Classe I: processamento de PPS não-
críticos, semicríticos e críticos de 
conformação não complexa 
(instrumentais com lúmem > 5mm), 
passíveis de processamento. 
Classe II: processamento de PPS não-
críticos, semicríticos e críticos de 
conformação não complexa e complexa 
(instrumentais com lúmem < 5mm), 
passíveis de processamento. 
Não-críticos: contato com pele integra – 
limpeza e desinfecção com álcool a 70% 
Semicríticos: entram em contato com 
mucosa integra – limpeza e desinfecção 
com álcool 70% 
Críticos: entram com contato com local 
estéril ou pele e mucosa não integra – 
limpeza e esterilização 
 A LIMPEZA DEVE SER 
REALIZADA EM TODOS OS 
MATERIAIS 
 
Dinâmica e fluxo: 
 Não pode haver encontro do fluxo 
de material 
 Separação da área contaminada 
para área limpa 
 AREA SUJA TEM QUE SER 
PRESSÃO NEGATIVA E A AREA 
LIMPA PRESSÃO POSITIVA 
 A CME de classe I deve possuir, 
no mínimo, barreira técnica entre 
o setor sujo e os setores limpos 
 A CME de classe II deve possuir 
barreira física entre a área de 
recepção e limpeza para as 
demais áreas 
Elementos Constitutivos: 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos construtivos: 
Sala de recepção e limpeza 
 
Insumos para limpeza: 
 Detergentes enzimáticos; 
 Esponjas e escovas para lúmens 
(limpeza manual); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compressas ou toalhas macias 
para secagem (limpeza manual); 
 Hampers, lixeiras; 
 Qualidade da água para enxague 
(Portaria MS nº 2.914/2011). 
Sala de preparo e esterilização: 
Preparo: 
 Inspeção dos materiais: 
sujidades, funcionalidade e a 
integridade. 
 Campo e aventais são dobrados. 
 Pacotes são montados e 
acondicionados. 
 Usar lupa- lentes intensificadoras 
de imagem 
 Dispor de mesas ou carrinhos 
com rodas para transporte de 
materiais. 
recepç
ão e 
limpez
a
prepar
o e 
esterili
zação
desinf
ecção 
quimic
a , 
quand
o 
aplicá
vel.
monito
ramen
to do 
proces
so de 
esterili
zação
armaz
enam
ento e 
distrib
uição 
dos 
materi
ais 
Expurgo: + contaminado 
do CME
• Lavatório com 
dispenser para 
sabonete líquido.
• Papel toalha
• Solução alcoólica em 
gel a 70%. 
Área de recepção:
• Bancada para 
conferência dos 
materiais 
• Recipiente para 
descarte de 
perfurocortante e 
resíduo biológico
Área de limpeza:
• Pontos de água quente 
e fria
• metodos 
automatizados para 
lavagem dos materias 
de confromação 
simples. ( lavadouras 
ultrassônicas e as de 
jato de agua são as 
mais utilizadas).
• Secadoras ou pistolas 
de ar comprimido 
medicinal.
Área contaminada: 
Recebe materiais 
sujos, procede com a 
limpeza e secagem. 
Barre
ira 
(técn
ica 
ou 
física
) 
Área limpa: artigos 
inspecionados, preparados, 
acondicionados, esterilizados, 
guardados e distribuídos. 
Manter a temperatura ambiente entre 18 e 22°C e exaustão forçada do ar da sala para o 
exterior daedificação. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
6 
 Estações de trabalho com 
cadeiras ergonômicas com altura 
regulável 
 Seladoras de sistema de barreira 
estéril (embalagens) 
Esterilização: 
 Temperatura ambiente 20-24°C 
 Autoclaves, vapor de baixa 
temperatura, formaldeído e 
outros. 
Desinfecção química: A sala deve ser 
exclusivamente para esse fim. Deve 
dispor de uma bancada com uma cuba 
para limpeza e outra para enxague do 
material desinfetado. Garantir o contato 
do desinfetante em todas as faces do 
material. A temperatura ambiente 18-
22°C. Exaustão forçada do ar. Fique pelo 
menos 30 minutos no desinfetante ( 
hipoclorito, glutaraldeído e outros) 
Monitoramento do processo de 
esterilização: 
Dispor de um sistema para guarda dos 
registros dos monitoramentos por 5 
anos. 
Sala de armazenamento e distribuição 
dos materiais: 
 Local exclusivo e de acesso 
restrito, não podendo ocorrer em 
área de circulação. 
 Local seco e limpo e sob proteção 
da luz solar direita. 
 A temperatura ambiente 18 a 22° 
 Armários, prateleiras e cestos 
aramados, escadas e 
equipamentos 
 de transporte com roldanas. 
 Armários e prateleiras: material 
não poroso, resistente à limpeza 
úmida e ao uso de produtos 
saneantes. 
 A distribuição interna e externa 
dos produtos devem ser feitas e 
recipientes fechados. 
Ambientes de apoio ao CME: 
Vestiário com sanitários e chuveiros 
para funcionários. Podem ser comuns 
às áreas suja e limpa desde que sejam 
uma barreira a área limpa e o acesso à 
área suja não seja feito através de 
nenhum ambiente da área limpa. 
Sanitário para funcionários. Não se 
constitui necessariamente em barreira à 
área suja. 
Depósito de material de limpeza - Pode 
ser comum para as áreas "suja e limpa", 
desde que seu acesso seja externo a 
essas. 
Área para manutenção de autoclave, 
exceto quando forem de barreira 
 Sala administrativa, copa, dentre 
outros. 
Estrutura física- acabamento 
 
Segurança do trabalhador: 
 Área de recepção: Óculos de 
proteção, máscara, luvas de 
procedimento, avental e calçado 
impermeável e antiderrapante; 
Pisos• áreas 
limpas-
pisos sem 
juntas
• pisos 
antiderrapan
tes e sem 
porosidades
• resistentes 
a abrasão e 
que 
suportem a 
aplicação de 
agente 
químico.
Paredes
• Em áreas 
lavaveis e 
úmidas-
revestiment
os 
impermeáve
is e sem 
porosidade, 
resistentes 
a abrasão.
• Proteção 
mecânica 
em áreas de 
movimentaç
ão de 
carrinhos
Tetos e forros
• o forro 
contribui 
para 
redução de 
ruídos
• deve 
permitir 
algum grau 
de limpeza
• junção 
perfeita das 
placas do 
forro, 
eliminando 
frestas.
• Portas: 
laváveis, 
resistentes 
e sujeitas a 
impactos 
mecânicos
Bancadas
• Adequadas 
à natureza 
do trabalho
• Resistentes 
a limpeza 
úmicsa 
• Proporciona
r postura 
ergonômica 
do 
trabalhador 
Cores/ 
iluminação
• Predomina
m as cores 
claras
• boa 
iluminação 
geral e em 
alguma 
bancadas. 
• Iluminação 
natural é 
desejável.
Janelas
• devem ser 
amplas, 
altas e 
teladas ( se 
aplicável)
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
7 
 Área de limpeza: Óculos de 
proteção, máscara, luvas de cano 
longo, avental impermeável de 
manga longa, protetor auricular 
tipo concha* e calçado 
impermeável e antiderrapante 
 Área de inspeção, Preparo e 
acondicionamento: Máscara, 
luvas de procedimento, protetor 
auricular, calçado fechado; 
 Área de esterilização: Luvas d 
proteção térmica 
Limpeza da CME 
Áreas críticas: Oferecem risco potencial 
de transmissão de infecção 
(procedimentos invasivos, executar 
limpeza de artigos). 
Diariamente limpeza concorrente – 
limpeza de todas as áreas verticais, 
horizontais e mobiliários; reposição de 
material de higiene e retirada de lixo. 
1x Semana Limpeza terminal – 
Desinfecção de todas as áreas (incluindo 
equipamentos) para reduzir a população 
microbiana e contaminação. 
Periodicamente Lavar as áreas do CME 
Atribuições do Enfermeiro: 
 Planejar, coordenar, executar, 
supervisionar e avaliar todas as 
etapas relacionadas ao 
processamento de produtos para 
saúde; 
 Participar da elaboração de 
Protocolo Operacional Padrão 
(POP) para as etapas do 
processamento de produtos 
parasaúde; 
 Propor e utilizar indicadores de 
controle de qualidade do 
processamento de produtos para 
saúde; 
 Avaliar a qualidade dos produtos 
fornecidos por empresa 
processadora terceirizada; 
 Acompanhar e documentar, 
sistematicamente, as visitas 
técnicas de qualificação da 
operação e do desempenho de 
equipamentos; 
 Definir critérios de utilização de 
materiais que não pertençam ao 
serviço de saúde, tais como prazo 
de entrada no CME, antes da 
utilização; 
 Participar das ações de 
prevenção e controle de eventos 
adversos no serviço de saúde, 
incluindo o controle deinfecção; 
 Garantir a utilização de 
Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI); 
 Participar do dimensionamento e 
da definição da qualificação 
necessária a os profissionais para 
atuação no CME; 
 Promover capacitação, educação 
permanente e avaliação de 
desempenho dos profissionais 
que atuam no CME; 
 Orientar e supervisionar as 
unidades usuárias dos produtos 
para saúde, quanto ao transporte 
e armazenamento dos mesmos; 
 Emitir parecer técnico relativo à 
aquisição de produtos para saúde, 
equipamentos e insumos a serem 
utilizados no CME; 
 Atualizar-se sobre as inovações 
tecnológicas relacionadas ao 
processamento de produtos para 
saúde. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
8 
AULA2 E 3: ETAPAS DO 
PROCESSAMENTO DOS 
PRODUTOS: RECEPÇÃO 
,LIMPEZA E DESINFECÇÃO. 
ETAPAS DO PROCESSAMENTO E 
LIMPEZA 
Conceitos: Limpeza é o procedimento de 
remoção mecânica de sujidades, 
realizado com água, adicionada ou não 
de detergentes, desincrostantes ou 
produtos enzimáticos, num determinado 
tempo, de forma manual ou produtos 
enzimáticos. O objetivo da limpeza dos 
artigos é:remover a sujidade, remoção, 
redução ou destruição dos 
microrganismos patogênicos, remoção 
completa de substâncias pirogênicas. 
 É fundamental que os artigos 
recebidos sejam selecionados e 
desinfetados imediatamente após o seu 
recebimento, evitando o seu acúmulo e, 
consequentemente, que matérias 
orgânicas fiquem aderidas, tornando 
mais difícil a limpeza. 
 A partir da limpeza têm-se a carga 
microbiana(bioburden) diminuída, além 
disso a sujidade age como barreira física 
e atua como fator de proteção para 
microrganismos. A carga microbiana 
varia de acordo com o local do corpo, por 
exemplo: colonoscópios tem bioburden 
de 10(elevado a 9), já em outros locais 
esse valor diminui consideravelmente. 
• LIMPEZA MANUAL: Objetos de 
matérias delicados e precede a limpeza 
ultrassônica. A desvantagem da limpeza 
manual são os riscos ocupacionais, pois 
facilitam a disseminação de 
microrganismos, as variações de 
técnicas que podem ocorrer entre os 
profissionais, a ocorrência de ferimentos, 
o contato constante com a umidade, 
produtos químicos e aerossóis gerados 
durante a escovação e com contrate 
térmico, além de maior consumo de 
tempo. 
• METODO AUTOMATIZADO: 
Vantagens: permite a repetitividade, 
aumenta a produtividade e diminui 
sensivelmente a exposição dos 
profissionais a riscos ocupacionais de 
origem biológica, especialmente a vírus 
da hepatite e da AIDS. Desvantagens: 
falhas humanas e falhas na manutenção 
das máquinas. 
Desinfecção: 
 Processo físico ou(e/ou) químico de 
eliminação de microrganismos presentes 
em objetos inanimados e superfícies, 
EXCETO os esporos bacterianos. 
• DESINFECÇÃO FÍSICA: pode ser 
através da pasteurização ou 
termodesisnfecção. Na pasteurização é 
feita a imersão em água quente, onde a 
temperatura é estável por tempo de 
exposição. Já a termodesinfecção são 
jatos de água sob pressão e 
turbilhamento associados a detergentes 
não espumantes. Dividido em pré-
lavagem, onde são feitos jatos de água 
fria ou morna com detergente enzimático 
ou alcalino. Na secagem da 
termodesinfecção é feita com água 
quente ou a vapor. 
• DESINFECÇÃO QUIMICA: A 
desinfecção química deve ser feita 
através de desinfetantes químicos no 
CME, onde neste deverá ter uma sala 
somente para esse processo. Esse 
processo pode ser prejudicial aos 
pacientes, profissionais e meio ambiente. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
9 
• Desinfecção de alto nível: 
Realizada através de aldeídos, peróxido 
de hidrogênio e ácido paracético. Capaz 
de eliminar grande parte dos esporos 
mas não todos quando estes estão em 
número elevado, bacilo da turbeculose, 
bactérias vegetativas, fungos e vírus. 
• Desinfecção de médio nível: Feita 
através de soluções cloradas e álcool a 
70%. Inativa bactérias na sua forma 
vegetativa, vírus lipídicos e não lipídicos, 
fungos, bacilo da tuberculose, mas não 
inativa esporos. 
• Desinfecção de baixo nível: 
Utiliza-se quartenário de amônia e 
Iodóforos. Elimina bactéricas 
vegetativas, vírus lipídicos e alguns não 
lipídicos e alguns fungos. Não elimina 
micobactérias ou esporos. 
DESINFECÇÃO FÍSICO-QUÍMICA: Esse 
método associa elementos químicos a 
parâmetros físicos. Usa elementos 
naturais da água, do sal e da eletricidade 
reunindo em uma câmara para originar 
uma solução. 
 Qualidade da água 
A água é o elemento essencial ao 
processamento de limpeza e deve 
atenderminimamente aos padrões de 
potabilidade segundo a portarian.1.469 
Do Ministério da Saúde. Porém por ser 
portável não é suficiente para o último 
enxague de alguns instrumentos críticos 
que entram em contato com o endotélio 
vascular e tecido ocular, além de 
cirurgias e implantes e do SNC. A água 
fria pode ser eficiente para limpeza de 
resíduos de sangue, mas a água quente 
é superior para praticamente todos os 
outros tipos de sujidade. Mas para a fase 
de pré-limpeza realizada imediatamente 
após ao uso do produto com o objetivo 
de remover a sujidade grosseiras não se 
recomenda utilizar água com 
temperatura superior a 45°C pois causa 
coagulação do sangue e de proteínas. 
• Qualidade da água e 
contaminantes: 
pH: Níveis extremos podem interferir na 
ação de detergentes e também podem 
danificar os materiais, em especial os 
delicados, como os de microcirurgia e os 
ópticos. 
Carbono orgânico: Quando a taxa de 
carbono orgânico está acima do nível 
permitido, indica que a água contém 
material proveniente de microrganismos, 
plantas e animais o que demanda 
intervenção. 
Dureza: a dureza da água decorre, 
especialmente, pela concentração de 
carbonato de cálcio e de magnésio que 
se depositam como camadas minerais 
duras quando a água é aquecida ou 
evaporada. Podem interferir na ação de 
detergentes, pois esses componentes se 
ligam aos agentes sufarctantes e 
diminuem a dispersão da sujidade. Pode 
também criar incrustações nos materiais 
causando maior dificuldade para 
remoção de sujidade e microrganismos. 
Endotoxinas: As endotoxinas não são 
destruídas pelos processos rotineiros de 
desinfecção e esterilização; portanto, 
materiais enxaguados em água com alto 
nível de endotoxina ou contaminada com 
grande quantidade de bactérias Gram-
negativas mesmo que esterilizados, 
podem causar reação pirogênica ou 
outros eventos adversos ao paciente. 
Por isso é importante o controle da água. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
10 
Íons de cloro, ferro, cobre, manganês, 
podem provocar manchas e corrosão 
aos PPs e nos equipamentos de limpeza 
e de esterilização. 
Quando a água apresenta qualidade 
insatisfatória além de prejuízos ao 
processamento do instrumental pode 
também provocar: Oxidação na câmara 
interna das lavadoras; Mudança de 
coloração dos componentes de 
polietileno das lavadoras (branco para 
bege); Oxidação do material cirúrgico; 
Manchas nos instrumentais. 
 Qualidade da água e tratamento 
Filtro de sedimentos: consistem em 
camadas de fibras com vasta distribuição 
de poros, que promovem alta retenção 
de partículas grosseiras, ferro e 
manganês. O acumulo de partículas 
grosseiras pode ocasionar a redução do 
fluxo de água, nesse caso, é necessário 
realizar a retrolavagem do sistema. 
Abrandadores: consiste em processo 
que utiliza resinas que substituem os 
íons cálcio e mangnésio da água pelos 
íons de sódio, os quais são mais 
solúveis, transformando a água dura em 
água mole. Remove também ferro e 
magnésio. Não reduz a carga microbiana 
da água, nem resíduos orgânicos. É 
considerado um pré tratamento da água. 
Deionização: tratamento realizado pela 
passagem da água por resinas 
específicas que promovem a troca iônica 
a fim de remover sais da água, tanto os 
ânions quanto os cátions. Requer 
monitoramento da água produzida e 
periodicamente regeneração ou troca 
das resinas. Não remove bactérias ou 
endotoxinas. 
Osmose reversa: sistema formado por 
membranas semipermeáveis em forma 
de espiral ou rolo, por onde passa o fluxo 
de água sob pressão controlada por 
mecanismo de bomba. A água 
transpassa a membrana que remove os 
sais inorgânicos, bactérias e 
endotoxinas, produzindo água de alto 
grau de pureza. No entanto, um volume 
significativo de água não transpassa a 
membrana e é desprezado pelo sistema, 
podendo ser reaproveitado para uso em 
lavanderia, caldeira, descargas ou 
limpeza de áreas externas. 
Destilação: requer o aquecimento da 
água até o ponto de ebulição, 
transformando-a em vapor que, 
resfriado, retorna à fase líquida e então é 
coletada em reservatório. Nesse 
processo, são removidos os sais 
inorgânicos, as bactérias, os vírus, os 
cistos e as endotoxinas. 
 
Para materiais críticos, o enxague final 
deve ser feito pelo menos em água 
deionizadas, mas o ideal seria utilizar 
água tratada por destilação ou osmose 
reversa, em especial para produtos 
utilizados na corrente sanguínea, tecido 
ósseo, ocular e neurológico. Para os 
materiais semicríticos com água potável 
e mole ou água tratada de acordo com os 
riscos associados ao procedimento e à 
complexidade dos materiais. 
 
 Qualidade da água e etapas do 
processamento 
Os estabelecimentos de saúde devem 
analisar custo-benefício para determinar 
qual o melhor sistema de tratamento, 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
11 
conforme sua realidade. Independente 
do tipo de tratamento, a água deve ser 
canalizada para cada ponto de uso no 
CME. Implementar um programa de 
monitoramento físico, químico e 
microbiológico da água fornecida ao 
CME, com periodicidade determinada 
 
 
Detergentes: 
Em geral, são compostos por agentes 
surfactantes que diminuem a tensão 
superficial da água, favorecendo a 
remoção da sujidade. Em CME, podem 
ser usados detergentes com ou sem 
enzimas, detergentes alcalinos ou 
ácidos, desde que estejam regularizados 
junto à ANVISA. Os detergentes 
precisam ser compatíveis com os 
materiais processados, sem causar 
danos (oxidação e manchas); agentes 
biodegradáveis e de baixa produção de 
espumas; não ter adição de fragrâncias 
ou corantes; não possuir componentes 
que ofereçam riscos ao paciente e 
profissionais (teratogênica, 
carcinogênica, mutagênica). 
Detergentes enzimáticos: possuem 
enzimas que facilitam a quebra da 
matéria orgânica. São proteínas que 
agem como catalizadores nas reações 
bioquímicas. As enzimas têm a 
capacidade de agir sobre sangue, 
gordura, muco, saliva, proteínas, 
produzindo um substrato mais fácil de 
ser removido pelos agentes de limpeza. 
São classificados como categoria Risco 
2 e devem atender as exigências da RDC 
n.55 de 2012, onde essa resolução 
determina que para registro do produto é 
obrigatória a apresentação de laudos de 
atividade enzimática, assim como 
documentos relativos à formulação, 
toxicidade, embalagem e rotulagem. 
Indispensável o enxágue adequado após 
a limpeza; Uso em instrumentos 
oftalmológicos devido a ocorrência de 
TASS. 
Desincrustantes: São detergentes com a 
capacidade de remover sujidade fixada 
em superfícies e instrumentos. Nessa 
categoria, há grande gama de produtos, 
que variam com relação ao pH(ácido ou 
alcalino),à apresentação(liquido ou pó), à 
indicação de uso(instrumental cirúrgico 
ou apenas para materiais de menor 
criticidade),à eficiência para a limpeza e 
potenciais danos aos materiais delicados 
(corrosão e manchas).Todos esses 
aspectos devem ser considerados para a 
utilização na limpeza. 
Detergentes alcalinos: Com pH em torno 
de 9a 14, são utilizados para a limpeza 
devido a sua capacidade de dissolver 
proteínas e gorduras. Os detergentes 
alcalinos promovem deslocamento de 
resíduos por emulsificação, 
saponificação e peptização. Deve se 
solicitar ao fabricante os laudos de 
irritabilidade e corrosão;demandam uma 
maior temperatura para atingir níveis 
ótimos de ação entre 60 e 70°C; auxiliam 
na remoção de depósitos dos 
instrumentos, renovando seu brilho 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
12 
natural, característica que permite 
dispensar o uso de produtos 
restauradores. 
Detergentes neutros: Recomendado 
para limpeza e pré-desinfecção. 
Compostos por surfactantes não iônicos, 
complexos enzimáticos e produtos 
antimicrobianos. 
Indicado para limpeza de materiais com 
pouca quantidade de matéria orgânica. 
Tipos de agentes e recomendação: 
*A troca da solução de detergente deve 
ser feita a cada uso; Nunca deixar o 
material imerso na solução por tempo 
excessivo. 
*As escovas e esponjas descartáveis ou 
reutilizáveis, de diferentes tamanhos e 
desenhos, não devem ser abrasivas ou 
ter pontas que causam danos ao 
material; a cada uso devem ser limpas e 
secas. 
*As pistolas de água sob pressão são 
utilizadas para produtos com lúmen 
*Todas as superfícies precisam estar em 
contato com a solução detergente 
(abertura, desmontagem e 
preenchimento de lumens), não 
dispensam a ação mecânica. O enxágue 
adequado é indispensável 
*O fabricante deve orientar quanto à 
diluição, à temperatura da água e ao 
tempo de contato para que a eficiência 
seja plena. 
Métodos de limpeza 
A limpeza de qualquer produto para a 
saúde precisa ser feita de maneira 
rigorosa e meticulosa, devendo-se 
desenvolver, para cada tipo de material, 
a melhor forma de executar a tarefa. É 
necessário selecionar o método que seja 
mais adequado ao produto a ser 
processado, de acordo com a demanda 
e com os recursos disponíveis no 
serviço. Uma vez que esse requisito seja 
atendido, a limpeza pode ser realizada 
manualmente ou de forma automatizada. 
Metodos de limpeza manual: Antes do 
processo de limpeza manual, é 
necessário separar o instrumental 
perfurocortantes e os pesados; os 
materiais leves e delicados devem 
sempre estar separados ou por cima dos 
mais pesados. Pré-limpeza imersão 
de materiai aplicar jatos de água 
desmontar os materiais Lavar peça por 
peça, com escovas, friccionando 
delicadamente por no mínimo 5 vezes 
submerso na solução detergente 
enxague abundante. 
 
Metodos de limpeza automatizada 
Termodesinfectadoras: Removem a 
sujidade pela ação da força do spray de 
água, com baixa produção de espumas. 
São programadas para fazer pré-
lavagem com água fria, ciclo de lavagem 
propriamente dito e enxágua. Realizam 
no final do ciclo de limpeza, a 
desinfecção térmica. O enxágue final é 
realizado utilizando água mole 
deionizada ou água purificada por 
tratamento com osmose reversa; inclui 
também secagem com jatos de ar 
quente.A equipe deve ter acesso ao POP 
do ciclo indicado para cada situação 
além de controle dos parâmetros; Maior 
produtividade; Minimiza os riscos 
ocupacionais; Cuidados: Carga 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
13 
excessiva; Sobreposição de produtos de 
saúde; Não desmontagem; Escolha 
errada do ciclo e dos detergentes; Não 
conexão dos dispositivos de fluxo 
canulados. 
Ultrassônicas: agem por ondas sonoras 
inaudíveis, e se propagam em meio 
líquido, geram bolhas microscópicas que 
ao entrarem em contato com a superfície 
do material, implodem e geram uma área 
localizada de vácuo que remove a 
sujidade aderida ao material. Esse 
fenômeno é chamado cavitação ou 
vacuolização. Como a cavitação ocorre 
em meio líquido é fundamental que haja 
contato da água com todo o instrumental, 
seja pela parte externa ou principalmente 
pela parte interna. Trata-se de um 
método efetivo de limpeza de 
instrumental cirúrgico, principalmente do 
que possui conformações complexas e 
lumens. A lavadora deve ter a cuba 
preenchida com solução detergente na 
diluição recomendada pelo fabricante até 
o nível demarcado devendo os materiais 
estarem completamente imersos. Atentar 
para o tempo de exposição de cada 
material 2 a 10 min. Cuidados: Trocar a 
solução a cada uso; Não sobrecarregar a 
cuba com excesso de materiais; 
Materiais com liga metálica diferente não 
misturar. 
RCD nº15, de 15 de março de 2012 : a 
limpeza de produtos para saúde com 
CONFORMAÇÕES COMPLEXAS deve 
ser precedida de limpeza manual e 
complementada por limpeza 
automatizada em lavadora ultrassônica 
ou outro equipamento de eficiência 
comprovada. 
Lavadoras de descarga: são um tipo de 
lavadora termodesinfetadora e se 
destinam ao processamento de 
comadres, papagaios e frascos de 
drenagem. Permitem que esses 
materiais sejam colocados na máquina 
sem manuseio prévio, pois, na fase 
inicial do processamento, os dejetos são 
removidos e despejados diretamente na 
rede de esgoto. 
Lavadora de endoscópio: A limpeza é 
realizada pela ação de jatos de água, 
detergente e recirculação contínua 
desses produtos fora e dentro dos canais 
do endoscópio. 
Controle do processo: 
A inspeção da limpeza se inicia no 
enxágue, mas continua durante as 
etapas de secagem e preparo. Se divide 
em inspeção visual onde deve ser 
realizada em local limpo, com bancada 
previamente limpa e desinfetada com 
álcool a 70% e forrada com tecido de cor 
clara para facilitar a inspeção. Deve ser 
usado um objeto para iluminação 
incidente, além de uma lente de aumento 
de até 8x.Inspeção química: Soil test –Pó 
químico misturado a água, simula o 
sangue e é aplicado no instrumento 
teste, secar por 30min. 
Des-cheque-Indicador químico que 
demonstra com alteração de cor a 
efetivação do processo de 
termodesinfecção. 
Enxague: é uma etapa indissociável do 
processo de limpeza, tanto manual 
quanto automatizada, pois, pela ação do 
fluxo de água, efetivamente são 
removidos os detritos e as sujidades 
desprendidos dos materiais e os 
resíduos detergentes. É fundamental o 
enxágue abundante, primeiramente com 
água corrente potável e, para materiais 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
14 
críticos, o enxágue deve ser 
completamente com água tratada 
purificada. Limpeza manual e por 
ultrassom: Após o enxague os materiais 
são inspecionados visualmente e 
encaminhados para secagem. 
Termodesinfetadoras: Programar o ciclo 
para efetuar a etapa de secagem total ou 
parcial, realizando inspeção após a 
secagem. 
Secagem: a secagem completa dos 
materiais, manual ou automatizada, está 
sempre indicada, pois a umidades 
residual favorece o crescimento 
microbiano nos produtos de saúde, 
interfere nos processos de esterilização 
a baixa temperatura dilui os 
desinfetantes e causa manchas na 
superfície dos produtos. Pode ser 
realizada com material absorvente, têxtil 
ou não tecido, que não libere fibras. 
Utilizar material de secagem de cor clara 
favorece a identificação de sujidade 
residual. Uma alternativa de secagem 
para, materiais delicados ou com lumens 
é a aplicação de jatos de ar comprimido. 
 
Prova 2: 
AULA 4: PREPARO DOS PRODUTOS 
PARA ESTERILIZAÇÃO, 
RASTREABILIDADE, ARMAZENAGEM 
E DISTRIBUIÇÃO. 
O preparo do produto para esterilização 
inicia-se com a inspeção Matéria 
orgânica: dos materiais. 
Matéria orgânica: Impede o contato do 
agente esterilizante, interfere na 
eficiência da esterilização e causa 
iatrogenias nos pacientes (SRIS eTASS). 
Falhas mecânicas no instrumental: 
Podem causar danos aos pacientes, 
ampliar o tempo do procedimento e gerar 
insatisfação da equipe. 
Inspeção da limpeza e funcionalidade 
dos materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
Inspeção: 
Realizar a inspeção em local próprio, 
sobre uma mesa de superfície passível 
de desinfecção com álcool 70%. 
Manter o material limpo, sem o risco de 
sujar o que foi limpo. 
Forrar a mesa, com campos de tecido de 
cor clara. Trocar os campos quando 
molhados e/ou sujos e a cada troca de 
plantão. 
 
Absorver a água e facilitar a visualização 
da sujeira. Providenciar a iluminação 
satisfatória, usar lente intensificadora de 
imagem (mínimo 8X). 
 
 
Avaliar a qualidade da limpeza e retornar 
para o expurgo na presença de sujidade. 
E quais seriam os EPI mais adequados? 
A etapa seguinte consiste no 
condicionamento e distribuição dos produtos 
a serem esterilizados. 
Escolha do sistema de 
barreira estéril 
(embalagens) 
Garantir a integridade do 
conteúdo esterilizado até 
abertura 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
15 
Roupas privativas, gorro, luvas e 
máscaras. 
Protetor auricular quando acionar pistola 
de ar. 
As peças desmontadas para limpeza 
podem requerer lubrificação com 
produtos próprios. 
Complementar a inspeção visual de 
materiais de conformação complexa com 
testes químicos (Clean Trace Surface 
ATP) e microscópio/boroscópio. 
Os instrumentais devem ser 
minuciosamente observados - 
cremalheira, reentrâncias e as peças 
articuladas. 
Avaliar as lâminas de tesouras quanto a 
efetividade do corte. O encaixe perfeito 
de subpeças deve ser observado. 
 
Risco de se soltarem ou quebrarem. 
Aplicar produtos restauradores de 
instrumental. 
Avaliar os motivos para o aparecimento 
de manchas. 
 
Falhas na limpeza e/ou esterilização. 
Aplicação da borracha na mancha- aço 
inox. 
Os produtos devem ser secos logo após 
a lavagem com panos macios e limpos, 
absorventes e de cor clara. Na presença 
de sujidade retornar para o expurgo. 
O desempenho das lavadoras 
termodesinfetadoras deve ser 
sistematicamente avaliado - Secagem 
dos materiais e o risco da limpeza 
ineficaz. 
Se houver manchas no material, 
investigar a causa: 
Coloração iridescente: presença de íons 
e metais pesados na água de lavagem. 
Resíduos amarelados ou marrom 
escuro: detergente impróprio ou depósito 
de matéria inorgânica. 
Manchas claras ou escuras: 
Instrumentos secados ao ar livre. 
Películas escuras: Esterilização de 
materiais cromados junto com materiais 
de aço inox. 
Manchas cinza-azulados: uso incorreto 
de substâncias degermantes. 
Instrumental cirúrgico com rachaduras, 
componentes quebrados, não 
apresentam o encaixe perfeito, 
corroídos, desgastados ou com o 
funcionamento comprometido deve ser 
enviado para manutenção ou descarte. 
Os produtos têxteis devem ser 
empacotados no CME e não na 
lavandeira. 
 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
16 
Dispor os instrumentos desmontados 
nas caixas cirúrgicas; 
Na presença de várias unidades do 
mesmo instrumental, agrupá-los por 
similaridade; 
O calor latente garante a esterilização de 
pinças em posição fechada. 
Não corre o risco de trincas no material, 
porque em um ambiente pressurizado 
não há dilatação dos corpos. 
 
Material limpo, inspecionado, 
acondicionado ? 
Realizar a embalagem para manter o 
material estéril até o uso. 
Padronização (internacional) para o 
empacotamento do material. 
As funções primárias do sistema de 
barreira estéril (embalagens): 
 Permitir a esterilização do 
conteúdo. 
 Manter a esterilização até que 
sejam utilizados. 
 Permitir a retirada asséptica do 
material. 
Características de uma embalagem 
ideal. 
 Deve fornecer uma barreira 
eficiente para os microorganismos 
e para outros particulados/fluidos. 
 Permitir a saída do ar, penetração 
do agente esterilizante o contato 
com todas as superfícies e a 
posterior remoção do 
esterilizante. 
 Ser livre de ingredientes tóxicos e 
corantes não fixos. 
 A memória da embalagem deve 
ser mínima e as tampas dos 
contêineres devem ser 
removíveis. 
 Permitir acomodação segura dos 
itens, 
 Proteger as embalagens de danos 
fisícos, como amassamento, 
dobras e empilhamentos. 
 Resistir, ao máximo, a danos que 
possam provocar rasgos, cortes, 
delaminações. 
 Possibilitar vedação hermética 
adequada 
 Ser inviolável e capaz de selar 
uma única vez. 
 Permitir a remoção completa do ar 
do interior da embalagem. 
 
 
 Quando possível ter indicador 
químico de processo impregnado 
na embalagem. 
 Ser de fácil e prática utilização. 
 Permitir a transferência sob 
técnica asséptica da embalagem. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
17 
 Relação custo-benefício 
favorável. 
 Ter disponível no mercado sem 
descontinuidade. 
 Ter disponível a data de validade 
da embalagem e as instruções 
para o seu uso. 
Empacotamento: 
 
 
 
 
 
Funções da Enfermagem: 
• Regulamentado pela ANVISA 
• Enfermeiro é responsável pela escolha 
do sistema de barreira e o tipo de 
esterilização; 
• Controlar as evoluções dos sistemas de 
barreira e avaliar custo benefício para 
troca de uma mais atual; 
Fechamento das embalagens 
A termosselagem dos envelopes Tyvek e 
papel grau cirúrgico 
A termosselagem do papel deve 
promover hermeticamente o fechamento 
do pacote, sem rugas, fissuras e sinais 
de queima do papel. 
A temperatura pode variar 
A selagem térmica deve obedecer a 
largura total de 6 mm, podendo ser linha 
simples, dupla ou tripla, distante 3 cm da 
borda e do material. 
Utilizar fita adesiva de qualidade para o 
fechamento de pacotes de algodão 
tecido, SMS e papel crepado. 
Adicionar fita adesiva impregnada com 
tinta termocrômica (zebrada), como 
indicador químico classe I, de exposição. 
 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
18 
 
 
Cover-bag (embalagem de proteção do 
material esterilizado) 
Recomendado para materiais pesados, 
como caixas cirúrgicas, durante a vida de 
prateleira do material. 
Constituem coberturas plásticas 
protetoras (em forma de filmeplástico 
aderente utilizado para alimentos ou 
saco plástico), sendo um sistema de 
barreira secundário. 
 
 
Escolher um tamanho de invólucro que 
proteja todo o conteúdo. 
• A embalagem e o material devem estar 
secos depois da esterilização. 
Material e Embalagens Úmidos 
drenagem do vapor; 
departamento de engenharia clínica; 
carga do esterilizador; 
vagarosamente; 
sobre superfícies frias. 
Identificação e Registro: 
 Identificar o sistema de barreira 
estéril com rótulos ou etiquetas. 
 O rótulo deve se manter legível e 
afixado na embalagem após o 
processamento. 
 Identificação do rótulo: nome do 
produto, número do lote, data da 
esterilização, data limite de uso, 
método de esterilização. 
Armazenamento e distribuição: 
 Local limpo e seco; 
 Proteção da luz solar direta; 
 Manipulação mínima; 
 Acesso restrito e centralizado; 
 Armazenamento em prateleiras 
ou cestosaramados, sem 
empilhamento, fácil identificação, 
com o mínimo de manuseio e um 
responsável pela guarda e 
distribuição do material. 
 Prateleiras ou armários não 
poroso; 
 A perda da esterilidade de um 
item embalado associa-se ao 
evento relacionado e não ao 
tempo de vida da prateleira; 
 Adotar métodos para que os 
materiais esterilizados não fiquem 
sujeitos a eventos relacionados no 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
19 
transporte, armazenamento e 
distribuição. 
Eventos relacionados: 
• Ruptura da termosselagem ou de outro 
sistema de fechamento do pacote/caixa; 
• Perda da integridade da embalagem 
por compressão; 
• Empilhamento, dobras, penetração de 
umidade; 
• Exposição direta aos raios solares ou 
outros agressores ambientais; 
• Uso de elástico durante o 
armazenamento e apalpação dos 
materiais; 
Pacotes e caixas esterilizadas devem ser 
consideradas adequadas para uso até 
que um evento ocorra e comprometa a 
integridade da embalagem. 
O usuário final deve inspecionar 
visualmente a integridade da 
embalagem. 
O responsável pelo CME deve 
estabelecer regras para o controle dos 
eventos. 
Cada EAS deve estabelecer o prazo 
máximo de vida de prateleira para os 
produtos esterilizados. 
Mudança de paradigma : 
Prazo de validade relacionado ao tempo 
 X 
Esterilidade relacionado aos eventos 
TRANSPORTE 
• Recipientes fechados e em condições 
que mantenha a identificação e a 
integridade da embalagem. 
• Encaminhamento para empresas 
processadoras ou CME centralizada: 
recipiente rígido, liso, com sistema de 
fechamento e a lista dos materiais à 
serem processados e o nome do serviço. 
• Empresa processadora- hospital: 
recipiente fechado e resistente 
Os recipientes devem estar identificados 
com o nome da empresa processadora, 
o nome do serviço a que se destina e a 
lista de produtos processados. 
Veículo de uso exclusivo e higienizado 
Contrato entre o serviço e a empresa 
processadora que envolve transporte 
intermunicipal e interestadual 
Vigilância sanitária 
AULA 5: ESTERILIZAÇÃO DE 
PRODUTOS PARA SAÚDE 
REUTILIZÁVEIS 
Esterilização é o processo que promove 
a completa eliminação ou destruição de 
todas as formas de microrganismos 
presentes em um 
artigo/equipamento/material: vírus, 
bactérias, fungos, protozoários, esporos, 
para um nível aceitável de segurança. O 
processo de esterilização pode ser físico 
e físico-quimico. 
 
- Qual método utilizar: 
• Todo material termorresistente 
obrigatoriamente por vapor saturado sob 
pressão. 
• Escolher o método que reúna o maior 
número de pre- requisitos para a 
eficiência da esterilização a baixa 
temperatura, checando as seguintes 
características: difusibilidade, 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
20 
compatibilidade com a matéria prima, 
toxidade, monitoramento, adaptável e 
custo-benefício. 
• Independente do esterilizador, as 
qualificações são imprescindíveis 
(qualificação de instalação, operação e 
desempenho) e o monitoramento a cada 
ciclo também. 
ESTERILIZAÇÃO FISICA – Calor úmido 
(autoclave): ideal para artigos 
termorresistentes. 
RDC nº 15 de 2012 
Art.92 Não é permitido o uso de estufas 
para a esterilização de produtos para 
saúde. 
• Vapor Saturado sob Pressão 
-Autoclavação: 
é o método de escolha nos hospitais. É 
usada em PPS críticos e, sempre que 
possível, em produtos para saúde 
semicríticos. 
-Destruição dos microrganismos pela 
coagulação da proteína celular 
-Indicado para artigos termorresistentes: 
instrumental cirúrgico, teflon, tecidos, 
silicone, vidro, motores blindados, etc. 
- É o método preferencial para a 
esterilização de produtos para saúde 
críticos 
- Vapor saturado: 
é a camada mais próxima da superfície 
líquida, encontra- se no limiar do estado 
líquido e gasoso; 
- A pressão pré-estabelecida na 
autoclave permite o vapor saturado 
atingir temperaturas acima da ebulição 
da água, 121 a 135ºC, em um tempo 
mais curto; 
- Variáveis de avaliação do processo: 
temperatura, tempo e pressão. 
- Autoclave: câmara em aço inox, com 
uma ou duas portas, possui válvula de 
segurança, manômetros de pressão e 
um indicador de temperatura 
(termostato). 
- Na autoclave, o vapor fica retido sob 
pressão, atingindo a temperatura mais 
elevada do que seu ponto de ebulição, 
sem entrar em ebulição. 
Fases do ciclo de uma esterilização em 
autoclave 
- Remoção ou drenagem do ar: por 
gravidade ou vácuo; 
- Admissão do vapor ou período de 
exposição: penetração do vapor, pelo 
tempo de esterilização determinado; 
- Exaustão do vapor: por válvula ou 
condensador; 
- Secagem dos artigos: é obtida pelo 
calor das paredes da câmara em 
atmosfera rarefeita; 
Tipos de Esterilizadoras a Vapor 
Saturado sob Pressão 
- Esterilização por Gravidade; 
- Esterilização por Alto-vácuo; 
- Esterilização por Vácuo Pulsátil; 
- Esterilização Flash. 
Esterilização por Gravidade 
- A gravidade é usada para deslocar o ar 
da câmara da esterilizadora e de 
dispositivos embalados 
- Tº 121/123 - tempo de exposição: 15 a 
30min; 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
21 
- Tº 132/135 - tempo de exposição: 10 a 
25 min; 
- Tempo do ciclo de esterilização: 
depende do fabricante. 
- Pode ocorrer a permanência de ar 
residual neste processo, sendo a 
esterilização comprometida, 
principalmente, para materiais densos ou 
porosos; 
- Umidade ao final do processo; 
- O tempo de esterilização é maior, pois 
o aquecimento é gradual, de fora para 
dentro; 
- ANVISA desaconselha. 
Esterilização por Alto Vácuo 
- Antes da entrada do vapor o ar é 
removido pela formação de vácuo, 
através de uma bomba. Assim, quando o 
vapor é admitido, penetra 
instantaneamente nos pacotes. 
- O ar é removido de uma única vez em 
pequeno espaço de tempo; 
- Tº 132/135 - tempo de exposição: 3 a 4 
min; 
- Tempo do ciclo de esterilização: 
depende do fabricante. 
- É mais segura que o gravitacional, mas 
pode haver formação de bolsas de ar 
(remoção apenas uma vez). 
- Após a esterilização a bomba de vácuo 
remove todo vapor e umidade interna, 
tornando a secagem mais rápida. 
Esterilização por Vácuo Pulsátil 
- Antes da entrada do vapor o ar é 
removido pela formação de vácuo 
fracionado. A remoção do ar é mantida 
por períodos intermitentes, com injeção 
simultânea de vapor. 
- A formação de bolsas de ar é menos 
provável; 
- Após a esterilização a bomba de vácuo 
remove todo vapor e umidade nterna; 
- Todo o ciclo é mais rápido e seguro que 
os métodos anteriores. 
- O tempo de esterilização só começa a 
ser contado após retirada completa do ar 
dos pacotes; 
- Tº 121/123 - tempo de exposição: 
20min 
- Tº 132/135 - tempo de exposição: 3 a 4 
min; 
- Tempo do ciclo de esterilização: 
depende do fabricante. 
Sistema de esterilização para uso 
imeditado (Esterilização Flash) 
- Esterilização ultrarrápida, utilizada em 
situações emergenciais de PPS não 
poroso e/ou canulado; 
- De forma geral o ciclo é dividido em 
duas fases: remoção do ar e 
esterilização (não há exaustão e 
secagem); 
- Materiais são utilizados imediatamente 
após o processamento, sem ser 
armazenados. 
- RDC n°15/2012: O ciclo deesterilização 
a vapor para uso imediato deve ser 
documento contendo data, hora, motivo 
do uso, nome do instrumental cirúrgico 
ou produto para saúde, nome e 
assinatura do profissional responsável 
pelo CME e identificação do paciente. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
22 
- Este ciclo não deve ser utilizado como 
primeira opção nos estabelecimentos de 
saúde; 
- Indicadores químicos, físicos e 
biológicos (B. stearothermophillus), 
garantem a segurança desse processo. 
Vantagens 
• Penetração em têxteis; 
• Destruição de esporos em curto 
período de tempo; 
• Econômico e de fácil controle de 
qualidade; 
• Isento de substâncias tóxicos; 
• Compativél com várias embalagens 
Desvantagens 
• Danos à fibras opticas 
• Efeito deletério sobre os 
termosseníveis; 
• Oléos e pós – impermeáveis ao vapor 
- Práticas recomendadas SOBECC: 
• Para autoclave com capacidade 
superior a 100 litros, a existência do 
sistema de remoção do ar é obrigatória; 
• Esterilizar líquidos em ciclos próprio, 
não os submetendo à fase de pré-vácuo 
e nem a secagem; 
• A câmara do equipamento deve ser 
preenchida no máximo em 80% da sua 
capacidade total, sem os materiais 
encostarem na parede. 
• Os materiais não devem encostar nas 
paredes; 
• A remoção de ar é dificultada para 
cargas com tamanhos e pesos 
excessivos (máximo: 11kg e tamanhos: 
55x33x22cm); 
• Artigos côncavos-convexos (bacia, 
cuba rim) posicionados na vertical e 
artigos como jarras, cálices e frascos 
emborcados com a abertura para baixo; 
• A água utilização para formação do 
vapor deve ser pura (NBR ISO 17.665-1). 
• Seguir os tempos mínimo de exposição 
e temperatura oficialmente 
recomendados e validados no momento 
de qualificação da carga e desempenho. 
(121ºc por 15 minutos; 134ºc por 3,5 
minutos ou 134ºc por 18 minutos – 
suspeita de príons). 
• Abrir a porta da autoclave só após o 
processo final de secagem; 
• Os artigos, após a esterilização, não 
devem ser tocados, movidos ou 
colocados em outra superfície até 30 a 
60 minutos (pode levar à condensação). 
Esterilização físico-químico gasoso 
(baixa temperatura) 
oESTERILIZAÇÃO FISICO-QUIMICA 
 
Esterilização por óxido de etileno (eto) 
Características: 
- Gás incolor 
- Volatil e com odor adocicado 
- Inflamável e explosivo no Ar e O2 
- Mais pesado que o ar 
- Extremamente toxico 
- Grande poder de penetração 
- Solúvel em água, acetona, éter, 
solventes orgânicos, pH ácido. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
23 
- O gás pode ser usado puro (100%) ou 
misturado com gases inertes, como o 
hidroclorofluorcarbonos (HCFC) e 
dióxido de carbono (CO2). 
- A sua letalidade vai depender: 
temperatura, umidade relativa, tempo de 
exposição e da concentração. 
- As faixas operacionais desses 4 
parâmetros críticos variam dentro dos 
seguintes limites: 
Concentração de 450 a 1200 mg/l 
Temperatura: 37 a 63°C Umidade 
relativa: 40 a 80% Tempo de 
exposição: 1 a 6 horas 
 
Ação: inativa e inibe as enzimas 
celulares e replicação do DNA 
Preparo do material para ser submetido 
ao oxido de etileno 
Acesso restrito/sem cruzamento de 
artigos 
1. Área de comando 
2. Sala de esterilização 
3. Sala e aeração ambiental 
4. Área de armazenamento dos 
cilindros 
5. Área de tratamento do gás 
Fases do ciclo de esterilização 
• Pré-umidificação 
• Equilíbrio da temperatura (aquecimento 
da câmara) 
• Pré-vácuo 
• Equilíbrio da umidificação 
• Introdução de gás 
• Tempo de exposição (depende da 
densidade do material e carga) 
• Vácuo final (utilização do nitrogênio- 
gás inerte) – remoção do oxido de etileno 
• Aeração (ambiente aquecido) 
Autoclave – ar comprimido filtrado; 
2h30min aproximadamente 
Ambiente apropriado (sala de aeração) – 
Aeração por 8 a 12h sob temperatura de 
50 a 60°C; 25 trocas de ar/hora. 
Equipamento de proteção individual: 
- Mascara de ar positivo 
- Vestimenta de PVC 
- Lucas de PVC 
- Calçados de PVC 
Vantagens 
• Esterilização a baixa temperatura; 
• Materiais termossensíveis não 
danificam; 
• Custo reduzido quando encaminhado 
grande volume de PPS; 
• Ampliação do tempo de esterilidade 
(controle de evento relacionado). 
Desvantagens 
• Alta toxidade (efeito residual); 
• Alto custo quando esterilizado pouco 
PPS 
• Subprodutos: etilenoglicol e 
etilenocroridrina 
 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
24 
- Práticas recomendadas SOBECC: 
• Materiais termossensíveis com 
conformação complexa, com lumens 
longos, estreitos e de fundo cego devem 
ser esterilizados em ETO; 
• Auditar sempre as empresas 
terceirizadas por ETO, especialmente 
quanto à segurança da aeração dos 
PPS; 
• O transporte dos materiais deve seguir 
as recomendações previstas pela 
legislação. 
Esterilização por peróxido de hidrogênio 
•Solução líquida conhecida, 
comercialmente, como água oxigenada. 
• Catalase: H2O2 = O2 + H2O 
• São radicais livres que atacam a 
membrana lipídica e DNA. 
• A solução de peróxido de hidrogênio na 
concentração de 59% (variável de 
acordo com fabricante) é distribuída no 
interior da câmara do equipamento e 
vaporizada. 
A aplicação de um campo 
eletromagnético produz o gás plasma. 
• O gás plasma constitui-se de gases 
altamente ionizados, compostos de íons, 
elétrons e partículas neutras. 
Ciclo: 
- Vacuo: retirada do ar 
- Injeção: ampola de H2O2 de 1,8ml à 
58% é liberada na câmara (6mg/l) 
- Difusão: U2O2 por toda a câmara 
- Plasma: formado por aplicação de 
energia 
- Ventilação: interrompe-se a emissão de 
energia e é injetado ar tratado na 
câmara. 
Vantagem 
• Esterilização a baixa temperatura ( 45 
a 55ºc); 
• Rapidez na esterilização (28 a 72 
min); 
• Baixa toxidade; 
• Compatibilidade com inúmeros 
materiais (incluindo componentes 
elétricos e eletrônicos). 
• Equipamento alocado no CME 
Desvantagem 
• Alta custo; 
• Incompatível com as embalagens de 
algodão, grau cirúrgico e papel crepado; 
• Incompatível com líquidos e materiais 
de fundo cego; 
• Difusibilidade inferior ao óxido de 
etileno. 
- Práticas recomendadas SOBECC: 
• Em função das incompatibilidades, 
deve-se seguir restritamente as 
orientações do fabricante; 
• Utilizar como sistema de barreira o 
Tyvek, SMS ou conteiners; 
• Solicitar ao fabricante do equipamento 
e do produto a validação da esterilização 
a cada novo produto termossensível a 
ser esterilizado pelo método. 
• Secar os produtos antes de serem 
esterilizados 
 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
25 
Esterilização por vapor de formaldeído 
• Gás incolor utilizado como agente 
esterilizando gerado por pastilhas de 
formaldeído ; 
• A duração total do ciclo é de 5 horas; 
• Controle dos resíduos do agente 
esterilizando fundamental devido ao seu 
efeito carcinogênico. 
- Recomendações SOBECC: validação 
com fabricantes de produto e do 
equipamento a compatibilidade com o 
material. 
Vantagem 
• Compatibilidade com diversas matérias 
primas; 
• Mais rápida que o ETO; 
• Aeração na própria máquina; 
• Equipamento pode ser alocado no 
CME. 
Desvantagem 
• Altamente tóxico; 
• Menor difusibilidade que o ETO.Controle dos processos de esterilização 
- Independente do método de 
esterilização, todo equipamento deve ser 
aprovado pela Anvisa. 
- Monitorado antes de ser utilizado 
diariamente 
- Manutenção preventiva 
- Reparos 
- No processo de esterilização é possível 
utilizar indicadores que controlam e 
evidenciam os resultados do 
desempenho de cada ciclo. É diferente 
da desinfecção - Indicadores que 
controlam o processo 
 
• Controle da concentração do princípio 
ativo e do pH da solução (reuso) 
• Tempo de imersão 
• Contato da solução, inclusive 
canulados 
• Enxágue abundante com água potável 
ou pura 
 
Toda CME deve implantar um programa 
de controle do processo de esterilização 
– monitorar os parâmetros critico do 
ciclo. 
- Controle da concentração do agente 
esterilizante; 
- Monitoramento dos parâmetros físicos- 
impressora acoplada ao esterilizador; 
- Monitoramento químico por meio de 
indicadores químicos (classe 1 a 6); 
- Monitoramento biológico. 
 
Monitoramento químico (apresentam 6 
classes) 
CLASSE 1 
Indicador de processo – indicador 
externo de exposição 
Tintas termocrômicas impregnadas 
- Fitas adesivas (zebradas) 
- Sistema de barreira estéril 
- Objetivo: identificar e diferenciar os 
produtos para saúde que foram 
processados dos que ainda não foram. 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
26 
- Fixado externamente ao material junto 
com a identificação do pacote. 
- Não garante que as condições para 
esterilização foram alcançadas. 
- Usado em todos os pacotes ou caixas 
de instrumental esterilizados. 
- R$ 4 – 13,00 
CLASSE 2 
Teste específicos - Bowie-Dick - Verifica 
a remoção do ar nas autoclaves com o 
sistema pré-vácuo 
- Quando realizar o teste: 
• Diariamente, após manutenção 
corretiva ou preventiva. 
• Antes da primeira carga a ser 
processada 
• Autoclave vazia 
• Pré-aquecer a câmara 
- Disponíveis em pacotes prontos do 
teste e folha teste. 
- Coloca-la no centro geométrico do 
campo de algodão recém lavado e 
empilhado até atingir altura de 25-28cm. 
- Como realizar o teste: 
• Colocar o pacote próximo a porta, de 10 
a 20 cm acima do dreno e com a câmara 
vazia. 
• O ciclo próprio para esse teste é de 3,5 
a 4 minutos a 134ºC, sem a fase de 
secagem. 
• A folha-teste deve ser examinada, a fim 
de verificar se existe homogeneidade no 
escurecimento do indicador. 
• Formação de “bolsões” de ar- autoclave 
não deve ser utilizada. 
- R$ Teste Bowie & Dick (folha) Caixa 
com 50 unds- r$ 500,00 
Pacotes pronto TESTE DESAFIO (6 
unidades) - R$ 250,00 
CLASSE 3 
Indicador de parâmetro único – reage 
com um parâmetro específico 
Não é um indicador comumente usado. 
CLASSE 4 
Indicadores multiparamétricos (tempo, 
temperatura e vapor) 
- Reage com dois ou mais parâmetros 
críticos do ciclo de esterilização 
- É indicado para todos os pacotes 
contendo materiais não críticos. 
CLASSE 5 
Indicadores integradores 
- Reage com todos os parâmetros 
críticos de um ciclo de esterilização 
(temperatura, tempo, vapor). 
- Colocar os indicadores nos locais de 
maior desafio 
- Finalidade para liberação da carga: 
colocar no centro geométrico de um 
pacote-teste, confeccionado com pilha 
de tecido com 15cm de altura. 
CLASSE 6 
Indicadores emuladores (simuladores) 
- Reagem com todos os parâmetros 
críticos de um ciclo específico de 
esterilização, ou seja, só devem ser 
utilizados no tempo e na temperatura 
descritos do indicador. 
- Monitoram ciclos específicos e não 
possuem a flexibilidade de atender a 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
27 
vários ciclos ou reagir com a morte 
microbiana como os integradores classe 
Monitoramento biológico 
• Os indicadores biológicos (IB) 
controlam ciclos de esterilização por 
meio de preparações padronizadas de 
esporos bacterianos. 
•Os esporos são utilizados como IB - 
Geobacillus stearotermophilus. 
•O monitoramento biológico deverá ser 
realizado diariamente para controle das 
cargas. 
•Aos implantáveis deve ser adicionado 
um indicador biológico, a cada carga. 
- Classificação dos IB 
Primeira Geração (1970) 
Tiras de papel inoculadas com esporos – 
acondicionado em envelopes de papel. 
Leitura em 7 dias. 
Segunda Geração 
Tiras de papel inoculadas com esporos 
Autocontidas com meio de cultura 
Indicador colorimétrico para mudança de 
pH do meio 
Cor violeta transparente para amarelo 
turvo 
Leitura em 48 horas 
Terceira Geração 
Tiras de papel inoculadas com esporos 
Auto-contidas com meio de cultura 
Baseada em identificação de enzimas 
Interação da enzima alfa-D-glicosidase 
(associada a germinação do esporo 
bacteriano sobrevivente), com o 
substrato presente no meio de cultura 
Leitura> Incubadora específica: 1 a 3 
horas, à temperatura de 37 a 56ºC. 
A leitura é feita por meio da incidência de 
luz ultravioleta. 
Ausência de fluorescência esporos 
destruídos 
 
 - Suporte impregnado com os esporos 
no fundo de um frasco, separado do meio 
de cultura contido em uma ampola de 
vidro. 
 
Pacote teste desafio 
É um método sugerido pela Associação 
de instrumentação cirúrgica – Desafia a 
autoclave em situações de maior 
dificuldade de penetração do vapor 
(simula 16 campos de algodão). 
Possui um indicador Químico Integrador 
e um Indicador Biológico. 
AULA 6: ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E 
CONTROLE DA INFECÇÃO DE SÍTIO 
CIRÚRGICO 
 
Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC): 
conceito 
• Avanço das técnicas cirúrgicas. 
• Concomitantemente a esses 
avanços estão as complicações 
destes procedimentos cirúrgicos, 
que apesar do avanço das 
técnicas cirúrgicas e de 
esterilização permanece uma 
inquietação para a saúde pública. 
 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
28 
Dados epidemiológicos 
• OMS - Problema de saúde 
pública acometendo 1/3 de
 todos os pacientes 
submetidos a cirurgia; 
• Nos EUA a ISC acomete 31% dos 
pacientes internados; 
No Brasil: 
• Taxa de ISC é de 11% do total de 
procedimentos cirúrgicos 
analisados; 
• A ANVISA diagnostica ISC em 14 
a 16% dos pacientes 
hospitalizados; 
 
Impacto 
Para o sistema de saúde 
• Aumento do custo – 5x 
reinternação 
• Maior tempo de internação – 5,6 
dias 
• Maior consumo de 
antimicrobianos 
• Redução da produtividade 
hospitalar 
• Procedimentos adicionais (UTI – 
60%) 
Para o paciente 
• Acomete o bem estar 
• Deiscências 
• Aumento da dor 
• Maior número de procedimentos 
invasivos 
• Internações em isolamento 
 
Conceito 
ISC incisional superficial (IS): 
ocorre nos primeiros 30 dias após o 
procedimento cirúrgico (sendo o 1° dia a 
data do procedimento), envolve apenas 
pele e tecido subcutâneo e apresenta 
pelo menos um dos critérios: 
 Drenagem purulenta da incisão 
superficial; 
 Cultura positiva de secreção ou 
tecido da incisão superficial, 
obtido assepticamente; 
 A incisão superficial é 
deliberadamente aberta pelo 
cirurgião na vigência de pelo 
menos um dos seguintes sinais ou 
sintomas: dor, aumento da 
sensibilidade; edema local; 
hiperemia ou calor, EXCETP se a 
cultura for negativa. 
 Diagnostico da infecção 
superficial pelo cirurgião ou outro 
médico assistente. 
-Não será considerado os resultados de 
culturas positivasquando coletadas 
através de swabs; 
- Não são definidos como ISC superficial 
o abscesso do ponto (inflamação mínima 
ou drenagem) 
 
ISC incisional profunda (IP): 
 ocorre nos primeiros 30 dias após o 
procedimento cirúrgico (sendo o 1° dia a 
data do procedimento) ou até 90 dias, se 
houver colocação de implantes, envolve 
tecidos moles profundos à incisão (ex: 
fáscia e/ou músculos) e apresenta pelo 
menos um dos seguintes critérios: 
 Drenagem purulenta da incisão 
profunda, mas não originada de 
órgão/cavidade 
 Deiscência espontânea profunda 
ou incisão aberta pelo cirurgião e 
cultura positiva ou não realizada, 
quando o paciente apresentar 
pelo menos 1 dos seguintes sinais 
e sintomas: febre (>38°C), dor ou 
tumefação localizada. 
 Abscesso ou outra evidencia de 
infecção envolvendo tecidos 
profundos detectados durante 
exame clínico. anatomopatológico 
ou de imagem 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
29 
 Diagnóstico de infecção incisional 
profunda feito pelo cirurgião ou 
outro médico assistente. 
 
ISC órgão/cavidade: 
Ocorre nos primeiros 30 dias após a 
cirurgia ou até 90 dias, se houver 
colocação de implantes, envolve 
qualquer órgão ou cavidade que tenha 
sido aberta ou manipulada durante a 
cirurgia e apresenta pelo menos um do 
seguintes critérios: 
 Cultura positiva de secreção ou 
tecido do órgão/cavidade obtido 
assepticamente 
 Presença de abscesso ou outra 
evidencia que a infecção envolve 
planos profundos da ferida 
identificada em reoperação, 
exame clinico, anatomopatológico 
ou de imagem. 
 Diagnostico de infecção de 
órgão/cavidade pelo médico 
assistente 
 
 
Fisiopatogenia das Infecções de Sítio 
Cirúrgico 
 
Risco de ISC= Dose de contaminação 
bacteriana X Virulência/Resistencia do 
paciente 
- Procedimento cirúrgico 
- Fonte exógena: pessoal, instrumentos e 
equipamentos 
- Características do paciente; fonte 
endógena: pele, mucosa e vísceras 
 
 Fatores de risco para ISC 
- Paciente: 
• Extremos de idade; 
• Desnutrição; 
• Obesidade; 
• Diabetes; 
• Hipotermia; 
• Infecção remota; 
• Corticoterapia; 
• Operação recente; 
• Inflamação prévia 
• Colonização 
- Pré-operatórios: 
• Hospitalização prolongada; 
• Ausência de banho pré-
operatório; 
• Tricotomia precoce; 
• Terapia antibiótica prévia; 
• Tabagismo 
• Controle inadequada da glicemia . 
- Intra-operatório 
• Contaminação intra-operatória; 
• Operação prolongada; 
• Uso excessivo de eletrocautério; 
• Corpo estranho; 
• Presença de drenos; 
• Hipotermia intra-operatória 
• Tipo de cirurgia 
• Tempo de cirurgia 
- Pós-operatório 
• Curativo 
 
Recomendações para prevenção de 
isc: Medidas De controle pré-
operatórias 
 
Banho pré-operatório 
Anvisa: tomar banho com água e sabão 
antes da realização do procedimento 
cirúrgico, noite anterior ou manhã da 
cirurgia 
OMS: Banhar os pacientes antes da 
cirurgia é uma boa pratica clinica. Os 
especialistas sugerem que, para isto, 
seja utilizado sabão comum ou 
antimicrobiano (força condicional e 
evidencia moderada). 
 
Avaliação da colonização e 
descolonização 
Anvisa: Realizar descontaminação 
nasal com mupirocina intranasal 
associada à descolonização extra-nasal 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
30 
com clorexidina degermante em paciente 
diagnosticado como portador nasal de 
Staphylococcus aureus resistente a 
metcilina (MRSA). 
OMS: Recomenda que pacientes 
submetidos a cirurgias cardiotorácicas e 
ortopédicas e que sabidamente são 
portadores nasais de S. aureus recebam 
aplicações intranasais perioperatórias de 
pomada de mupirocina a 2%, 
combinadas ou não à lavagem corporal 
com CHG (recomendação forte e 
evidencia moderada) 
Considerar estre tratamento também a 
pacientes que sabidamente são 
portadores nasais de S aureus e que 
sejam submetidos a outros tipos de 
cirurgia (recomendação condicional e 
evidencia moderada). 
 
Tricotomia 
Anvisa: não deve ser feita de rotina. Se 
os pelos tiverem que ser removidos, 
deve-se fazê-lo imediatamente antes da 
cirurgia, utilizando tricotomizadores 
elétricos, e fora da sala de cirurgia. O uso 
de laminas está contraindicado. 
OMS: recomenda que, em pacientes 
submetidos a qualquer procedimento 
cirúrgico, os pelos não sejam removidos 
ou, se absolutamente necessário, que 
sejam apenas aparados. A remoção com 
lamina é fortemente desencorajada em 
todos os momentos – seja no pré 
operatório ou no CC (recomendação 
forte e evidencia moderada). 
 
Preparo pré-operatório ou antissepsia 
cirúrgica das mãos 
Anvisa: o procedimento pode ser feito 
com o uso de esponjas para a realização 
da fricção da pele com antisséptico 
degermante (clorexidina 2% ou 
polivinilpirrolidona-iodo – PVPI) ou por 
meio do uso de produto à base de álcool 
(PBA). 
OMS: recomenda o uso de soluções 
antissépticas à base de álcool com CHG 
para a preparação da pele do sitio 
cirúrgico (recomendação forte e 
evidencia de baixa a moderada). 
 
Antibioticoprofilaxia cirúrgica 
Anvisa: Administrar dose efetiva de 0 a 
60 minutos antes da incisão cirúrgica; 
Recomendações: avaliar a microbiota 
para escolha do ATB, verificar 
resistência, verificar tempo de meia vida, 
APC não deve ser estendida por mais de 
24hrs. 
OMS: recomenda a administração da 
PAC até 120 minutos antes da incisão, 
considerando também a meia vida do 
ATB. E não prolongar após o termino da 
cirurgia com o objetivo de prevenir ISC 
(recomendação forte e evidencia 
moderada). 
 
Outras medidas 
Anvisa: Tempo de internação pré-
operatória; obesidade; diabetes (níveis 
glicêmicos < 180mg/dl); tabagismo; uso 
de esteroides ou imunossupressores; 
presença de infecções 
OMS: Sugere que ATB cirúrgicos pré-
operatórios, combinados à mecânica do 
cólon, sejam utilizados para reduzir o 
risco de ISS em pacientes adultos 
submetidos a cirurgia colorretal eletiva 
(recomendação condicional e evidencia 
moderada); Interrupção de 
imunossupressores (recomendação 
condicional e evidencia muito baixa); 
formulas orais para desnutridos 
(recomendação condicional e evidencia 
muito baixa). 
 
Paramentação e circulação de pessoal 
Anvisa: Manter as portas das salas 
cirúrgicas fechadas durante o ato 
operatório; limitar o numero de pessoas 
na sala operatória (manter o numero de 
Laylla Meireles 
 
RESUMO – ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO EM SITUAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS 
31 
pessoas necessário para atender o 
paciente e realizar o procedimento); 
evitar abrir e fechar a porta da sala 
operatória desnecessariamente; não 
levar celular para dentro da sala 
cirúrgica. 
 
Controle metabólico do paciente 
Anvisa: Realizar controle glicêmico 
(níveis glicêmicos <180mg/dl), controle 
da temperatura corpórea (>35,5°C) e 
suplementação da oxigenação tecidual, 
bem como a manutenção adequada do 
volume intravascular. 
OMS: Recomenda que pacientes adultos 
com intubação endotraqueal recebam 
uma fração de oxigênio de 80% no ar 
inspirado no período intra-operatório e, 
se viável, no período pós-operatório 
imediatamente durante 2 a 6 horas para 
reduzir o risco de ISS (recomendação 
forte, evidencia moderada); controle da 
temperatura (recomendação condicional, 
evidencia moderada); controle glicêmico; 
controle do volume. 
 
Preparo da pele 
Anvisa: O procedimento pode ser feito 
com o uso de esponjas para a realização 
da fricção da pele com antisséptico 
degermante (clorexidina 2% ou 
polivinilpirrolidona-iodo – PVPI) ou por 
meio do uso de produto à base de álcool 
(PBA). 
OMS: Recomenda o uso de soluções 
antissépticas

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