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Contabilidade para Auditor Fiscal do Trabalho

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Contabilidade para Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do 
Trabalho e Emprego - MTE - Teoria e Exercícios 
Professor Marcelo Seco 
 
Prof. Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá, meus caros! 
Vamos lá, se queremos dominar a Contabilidade, não percamos tempo! 
Prosseguiremos hoje no estudo dos investimentos, analisando o nosso querido 
MEP, que é o método contábil utilizado para tratar as participações societárias 
em coligadas e controladas. Veremos também alguma coisa sobre a 
participação em não coligadas e não controladas que, como já sabemos, são 
avaliadas pelo custo de aquisição. Galera, encontrei alguns erros de digitação 
nas aulas passadas. Vou corrigi-los, mas, no momento, meu intuito é fazer 
com que absorvam o conteúdo. 
Nosso objetivo: garantir todos os pontos em contabilidade, e para isso é 
que trabalharei com vocês. 
Meus caros, a persistência terminará por levá-los à excelência. O caminho é 
pedregoso, mas a recompensa é sublime. Não desistam quando encontrarem 
um assunto que lhes pareça muito árido. Vamos adiante! 
 
 
Tente uma, duas, três vezes, e se possível tente a quarta, 
a quinta e quantas vezes for necessário. Só não desista 
nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da 
conquista. Se você quer chegar aonde a maioria não 
chega, faça o que a maioria não faz. 
Bill Gates 
 
 
 
Caso tenham comentários, críticas ou elogios sobre o curso, fiquem à vontade. 
Anotem meu email: marcelo.seco@pontodosconcursos.com.br 
Contabilidade para Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do 
Trabalho e Emprego - MTE - Teoria e Exercícios 
Professor Marcelo Seco 
 
Prof. Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br 2
Estamos na aula 04 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de contabilidade da Cespe. 
Nossas aulas 
Aula Conteúdo 
Demonstrativa CPC 00 Pronunciamento conceitual Básico CFC 1373/11. 
Componentes patrimoniais e de resultado. Itens 1.1 e 3 do edital. 
01 
Lei nº. 6.404/1976, suas alterações e legislação complementar. 
Princípios de contabilidade. Fatos contábeis e respectivas variações 
patrimoniais. Itens 1, 2 e 4 do edital. 
02 
Contas patrimoniais e de resultado. Apuração de resultados. 
Plano de contas. Funções e estrutura das contas. Destinação de resultado. 
(Tributos recuperáveis: será incluído em aula futura). Itens 5, 6, 10 e 18 
do edital. 
03 
Avaliação e contabilização de itens patrimoniais. 
CPC 12 Ajuste a Valor Presente 12 CFC 1151/09. 
CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos CFC 1292/10. 
Item 9 e 1.1 do edital. 
04 
Avaliação e contabilização de resultado de investimentos societários no 
país. Item 9 do edital. 
05 
Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação societária, pelos 
princípios fundamentais da contabilidade e pronunciamentos contábeis do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
CPC 26 Apresentação das Demonstrações CFC 1185/09. 
Balanço patrimonial. Demonstração do resultado do exercício. 
Itens 15 e 1.1 do edital. 
06 
Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação societária, pelos 
princípios fundamentais da contabilidade e pronunciamentos contábeis do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
Demonstração dos fluxos de caixa (métodos direto e indireto). 
Demonstração do valor adicionado. Item 15 do edital 
07 Fusão, cisão e incorporação de empresas. 
Consolidação de demonstrações contábeis. Itens 16 e 17 do edital. 
08 
Análise econômico-financeira. Indicadores de liquidez. 
Indicadores de rentabilidade. Indicadores de lucratividade. 
Análise vertical e horizontal. Efeitos inflacionários sobre o patrimônio das 
empresas. Itens 7 e 8 do edital. 
09 
Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
CPC 06 Arrendamento Mercantil CFC 1304/10. 
CPC 07 Subvenção Governamental CFC 1305/10. 
CPC 08 Custos de Transação e Prêmios CFC 1313/10. 
Item 1.1 do edital. 
10 
Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
CPC 04 Intangível CFC 1303/10. 
CPC 27 Imobilizado CFC 1177/09. 
CPC 16 Estoques CFC 1273/10. 
Item 1.1 do edital. 
11 
Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
CPC 24 Eventos Subseqüentes CFC 1184/09. 
CPC 30 Receitas CFC 1412/12. 
CPC 02 Efeitos da Variação Cambial CFC 1295/10. 
CPC 28 Investimentos CFC 1178/09. 
Item 1.1 do edital. 
12 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
Contabilidade para Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do 
Trabalho e Emprego - MTE - Teoria e Exercícios 
Professor Marcelo Seco 
 
Prof. Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br 3
 
 
 
Índice 
Apresentação 1 
1 - Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 4 
2 - Investimentos Societários no País 7 
3 - CPC 18 - Investimento em Coligadas e Controladas 7 
4 - O MEP na 6404 13 
5 - Aplicando o MEP 18 
6 - Lucro não realizado entre investidora e investida 26 
7 - Aplicando o Método do Custo 30 
Exercícios Resolvidos 32 
Lista das Questões Apresentadas 53 
Gabarito 62 
 
Contabilidade para Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do 
Trabalho e Emprego - MTE - Teoria e Exercícios 
Professor Marcelo Seco 
 
Prof. Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br 4
1 - Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 
 
Caros, uma aluna me alertou para o fato de que nem todos sabem o que é o 
CPC. Obrigado, Cristina! Vamos então conversar um pouco sobre eles, os 
famigerados CPCs. 
Ainda que não tenha se dado conta, quem estuda contabilidade ou auditoria já 
se deparou, mesmo indiretamente, com as regras estabelecidas naqueles 
documentos. 
A ideia é desfazer as nuvens cinzentas que se formam quando o aluno se 
encontra com a necessidade de estudar os conjuntos de regras que, 
erroneamente, o mundo das Ciências Contábeis decidiu chamar de CPCs. Para 
tanto, comecemos entendendo o que são. 
Criado em 2005, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por 
intermédio da resolução CFC Nº 1.055/05, o Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC), teve seus primeiros Pronunciamentos Técnicos (sim, 
esse é o nome correto dos documentos, mas continuemos a chamá-los de 
CPCs) aprovados pelo CFC em 2007 e 2008. 
Os CPCs passaram a fazer parte da vida dos concurseiros, mais intensamente, 
a partir de 2009. Nesse ano, FCC e ESAF organizaram grandes certames, cujos 
editais exigiam conhecimento das novas normas de contabilidade contidas nos 
CPCs. 
 
Justificativas do CFC para a criação do CPC 
Internacionalização das normas contábeis e necessidade de 
convergência. 
Tendência mundial de incluir outros atores na definição das 
normas, além dos contadores. 
Maior confiança quando uma entidade centraliza o preparo e a 
divulgação das regras contábeis. 
Tendência mundial de adoção dessa entidade única. 
Pré-existência de grupos de entidades trabalhando nesse 
processo. 
Interesse de entidades regulatórias em criar esse Comitê. 
Confiança que o setor deposita no CFC para criar e manter o 
Comitê. 
 
 
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O CPC é composto por representantes de seis importantes entidades ligadas ao 
mundo da contabilidade, e seu objetivo é a emissão de Pronunciamentos 
Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade visando à uniformização e à 
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. O CPC 
pode também emitir Orientações e Interpretações sobre as regras contábeis. 
Além dos componentes efetivos podem ser convidados a participar do CPC 
representantesde outras entidades, a critério do próprio Comitê. Até o 
momento foram convidados: Banco Central, CVM, Susep e Receita Federal. 
 
Entidades cujos representantes compõe o CPC 
ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas 
APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de 
Investimento do Mercado de Capitais 
BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade 
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 
FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias 
e Financeiras 
 
Então podemos dizer que o CPC emite normas com validade legal? Não! 
Os pronunciamentos do CPC, que obrigatoriamente devem ser precedidos de 
audiências públicas, passam a ter validade legal após sua aprovação pelo CFC, 
por meio da publicação de resoluções que aprovam os textos. Isso porque o 
CFC é o órgão que, no Brasil, tem a atribuição de emitir normas de 
contabilidade. Outros agentes reguladores também podem emitir resoluções 
aprovando os CPCs. 
Para promover a convergência das normas brasileiras às normas internacionais 
de contabilidade o CPC toma como base os International Financial Reporting 
Standards (IFRS), que são os documentos emitidos pelo International 
Accounting Standards Board (IASB), entidade cujas normas foram escolhidas 
como padrão pela comunidade contábil internacional. 
A diretiva principal do IASB na confecção dos IFRSs é a prevalência da 
essência sobre a forma e seu objetivo é criar normas que permitam traduzir 
na contabilidade a realidade dos fenômenos econômicos da maneira mais pura 
possível. Por serem apoiados em princípios, e não em regras específicas, os 
IFRSs permitem que sejam adotados tratamentos contábeis diferenciados para 
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Trabalho e Emprego - MTE - Teoria e Exercícios 
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situações semelhantes. Isso faz com que se torne mais fácil capturar e retratar 
a essência das transações e esse foi o caminho que a contabilidade 
internacional, e a brasileira, decidiram seguir. 
 
A Convergência 
 
Até o momento foram emitidos, pelo CPC, 45 Pronunciamentos Técnicos, 
totalizando centenas de páginas. O desafio de quem precisa estudá-los com 
vistas a enfrentar provas de concurso é encontrar e entender os principais 
pontos. Para tanto é preciso saber como os CPCs impactaram a contabilidade e 
como as bancas os têm abordado na elaboração de suas questões. Isso, meus 
caros, será feito durante nossas aulas aqui no Ponto. 
 
Agora, vamos à aula! 
Teremos pela frente o CPC 18, ou Pronunciamento Técnico 18. Como queiram. 
 
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2 - Investimentos Societários no País 
Antes de vermos como se aplica na prática o Método da Equivalência 
Patrimonial – MEP, temos que nos ater à parte teórica, pois também é alvo de 
muitas questões. Vamos, então, aproveitar para derrubar mais um CPC, e 
depois veremos os ditames mais relevantes da 6404. 
3 - CPC 18 - Investimento em Coligadas e Controladas 
Objetivo 
Estabelecer a contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e 
definir os requisitos para a aplicação do MEP. 
Deve ser aplicado por todas as investidoras (as que compram a participação, 
controladora ou coligada) com o controle individual ou conjunto de investida 
(as que vendem a participação, controlada ou coligada) ou com influência 
significativa sobre ela. 
 
CPC 18 
MEP deve ser aplicado por todas as investidoras 
controladoras e coligadas. 
 
Coligada 
É a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa. 
Demonstrações consolidadas 
São as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, 
passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da 
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem de uma 
única entidade econômica. Não está explícito como item do edital, mas 
precisamos ao menos saber do que se trata. 
Método da equivalência patrimonial – MEP 
É o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente 
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir as alterações 
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sobre nos ativos líquidos da investida. Os lucros ou prejuízos da investida 
refletirão no resultado da investidora, como receita ou despesa. Os resultados 
abrangentes da investida refletirão nos resultados abrangentes da investidora. 
A utilização do MEP traz em sua essência a necessidade de obrigar a 
investidora a reconhecer de forma ampla o retorno do investimento feito. O 
MEP afasta a possibilidade de, por exemplo, avaliar-se o investimento tomando 
por base apenas a distribuição de lucros. 
Outros resultados abrangentes 
Veremos isso em aula futura, mas, por hora, saibam que são valores que não 
passam pelo resultado na sua definição clássica (receitas e despesas na DRE). 
São valores que são contabilizados diretamente no PL (lembram do AAP?) e 
não fazem parte dos aportes de capital e nem das distribuições de lucro. Os 
exemplos clássicos são os ajustes de avaliação patrimonial e as variações 
cambiais. 
Controle conjunto (joint venture) 
É o compartilhamento contratual do controle de negócio, que existe somente 
quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento 
unânime das partes que compartilham o controle. 
Influência significativa 
É o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais 
de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas 
políticas. Quando falamos em influência significativa, estamos no terreno das 
coligadas. 
Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por 
exemplo), 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele 
tenha influência significativa. 
Se o investidor detém menos de vinte por cento do poder de voto da investida, 
presume-se que ele não tenha influência significativa. 
Como estamos falando em presunção, o contrário sempre poderá ser provado, 
fiquem atentos a isso. 
Independentemente da participação no capital votante, a influência 
significativa do investidor pode ser evidenciada por uma ou mais das seguintes 
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formas, que indicam o poder de participar das decisões financeiras e 
operacionais: 
� representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; 
� participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em 
decisões sobre dividendos e outras distribuições; 
� operações materiais (volume representativo) entre o investidor e a 
investida; 
� intercâmbio de diretores ou gerentes; 
� fornecimento de informação técnica essencial. 
 
 
Influência Significativa 
 
Participar das políticas financeiras e operacionais 
Com 20% de participação, a influência é presumida. 
 
Poder de voto potencial 
Pode acontecer uma situação em que a investidora, hoje, não tem percentual 
de participação que lhe dê poder de voto. Mas ela pode ter opções de compra 
de ações ou outros tipos de instrumentos. Se essas opções forem de livre 
exercício (sem restriçõesde tempo, por exemplo), e se, uma vez exercidas, 
puderem dar à investidora percentual necessário para que se presuma a 
influência significativa, esse fator deve ser também levado em conta na 
avaliação da existência ou não de influência. 
Resumindo: a investidora não tem participação relevante, mas tem opção de 
comprar essa participação. Essa opção é livre. Logo, existe influência 
significativa presumida. E daí, professor? Ora, influência significativa = 
coligadas = MEP! 
Perda da influência significativa 
Ocorre quando a investidora perde o poder de participar nas decisões sobre as 
políticas financeiras e operacionais da investida. Pode ocorrer com ou sem 
mudança na participação acionária. 
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Controlada 
CPC não falou muito sobre a definição de controlada, mas vamos encontrá-la 
na 6404, que diz que são controladas aquelas entidades em que a investidora 
detém, direta ou indiretamente, e de forma permanente, a preponderância nas 
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Essa 
preponderância ocorre quando alguém detém a maioria do capital votante. 
 
Controlada 
Preponderância permanente nas deliberações sociais e 
poder de eleger a maioria dos administradores, o que se 
dá pela obtenção da maioria do capital votante. 
 
Teoricamente, o controle ocorre quando a investidora detém mais de 50% do 
capital com direito a voto. Pode também ocorrer com menos de 50%, desde 
que o capital esteja pulverizado entre vários acionistas e um deles tenha um 
percentual muito maior em relação aos outros. 
Exceções ao MEP 
Não precisam aplicar o MEP, mesmo sendo caracterizadas como controladoras 
ou coligadas, as investidoras que estiverem legalmente dispensadas de 
apresentar demonstrações consolidadas, ou se, mesmo não estando 
legalmente dispensadas, satisfizerem todas as condições a seguir: 
� a investidora é controlada de outra entidade, na qual os acionistas, 
incluindo os sem direito a voto, foram informados a respeito e não 
fizeram objeção quanto à não aplicação do MEP; 
� os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade não são 
negociados publicamente; 
� a entidade não arquivou e não está em processo de arquivamento de 
suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
ou outro órgão regulador, visando à emissão e/ou distribuição pública de 
qualquer tipo de instrumentos no mercado de capitais; 
� a controladora final ou qualquer controladora intermediária da entidade 
disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis consolidadas. 
 
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Fundos de capital de risco 
Se a investidora for uma organização de capital de risco, ela pode adotar a 
mensuração ao valor justo por meio do resultado. Mas isso não nos interessa 
em detalhes. 
Participação classificada como mantida para venda 
Se uma parte do investimento vier a ser classificada como mantida para 
venda, deve ser avaliada da forma que estudamos na aula passada, ou seja, a 
valor justo. Se sair da condição de mantida para venda e voltar para 
investimento permanente, deve-se aplicar o MEP de maneira retroativa. As 
DCs dos períodos abrangidos devem ser ajustadas. 
Descontinuidade do uso do MEP 
Se deixar de existir a condição de coligada ou controlada, a investidora deve 
deixar de aplicar o MEP. 
Se remanescer parte do investimento, a entidade deve mensurá-lo ao valor 
justo, e deve reconhecer na demonstração do resultado do período, como 
receita ou despesa, qualquer diferença entre: 
� o valor justo e qualquer contraprestação advinda da alienação de parte 
do interesse no investimento; 
� o valor contábil líquido do investimento na data em que houve a 
descontinuidade do uso do MEP. 
 
Os valores eventualmente reconhecidos no PL como resultados abrangentes 
devem ser tratados como se a entidade houvesse se desfeito da participação, 
indo para receita ou despesa. 
Transações entre investidora e investida 
Os resultados de transações descendentes (downstream, controladora vende 
para controlada) não devem ser reconhecidos na controladora enquanto o 
lucro não for realizado na controlada. 
Os resultados de transações ascendentes (upstream, controlada vende para 
controladora) devem ser reconhecidos na vendedora, mas não devem ser 
reconhecidos na controladora enquanto o lucro não for realizado. 
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Reconhecimento inicial 
O MEP deve ser aplicado a partir do momento eu que se constatar a condição 
de coligada ou controlada. Quaisquer diferenças entre o custo do investimento 
e a participação do investidor no valor justo do PL da investida devem ser 
contabilizadas como segue: 
� o pagamento a maior por ágio fundamentado em rentabilidade futura 
(goodwill) deve ser incluído no valor contábil do investimento e sua 
amortização não é permitida; 
� o pagamento a menor (ganho por compra vantajosa) deve ser incluído 
como receita na determinação da participação do investidor nos 
resultados da investida no período em que o investimento for adquirido. 
 
Quais demonstrações utilizar? 
Para aplicar o MEP a investidora deve utilizar as DCs mais recentes da 
investida. Quando o término do exercício social da investidora for diferente 
daquele da investida, esta deve elaborar DCs específicas na mesma data das 
DCs da investidora. 
Se isso for impraticável, devem ser feitos ajustes. Mesmo nesta situação, a 
defasagem máxima permitida entre as DCs da investida e da investidora é de 
dois meses (atenção, a 6404 fala em 60 dias). 
As DCs devem ser elaboradas utilizando práticas contábeis uniformes para 
eventos e transações de mesma natureza em circunstâncias semelhantes. Se a 
investida utilizar práticas contábeis diferentes daquelas adotadas pelo 
investidor, devem ser efetuados ajustes. 
Prejuízos 
No caso das coligadas e dos empreendimentos de controle conjunto, quando a 
participação do investidor nos prejuízos se igualar ou exceder o saldo contábil 
de sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o 
reconhecimento de sua participação em perdas futuras. 
Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas 
adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, 
somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais 
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ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da 
investida. 
A regra acima não vale no caso de apresentação dos balanços individuais das 
controladoras, caso em que, havendo ou não a obrigação de assunção de 
pagamentos em nome da investida, deverá ser feita, pela controladora, 
provisão para perdas futuras em virtude dos prejuízos da controlada. 
Se a investida subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o 
reconhecimento de sua participação nesses lucros somente após o ponto em 
que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua 
participação nas perdas não reconhecidas. 
Perdas por reduçãoao valor recuperável 
Após a aplicação do MEP, incluindo o reconhecimento dos prejuízos da 
investida, o investidor deve determinar a necessidade de reconhecer alguma 
perda adicional por redução ao valor recuperável do investimento 
(impairment). 
O ágio por rentabilidade futura (goodwill) integra o valor contábil do 
investimento. dessa forma, não deve ter sua recuperabilidade testada 
individualmente, como um único ativo, mas sim junto com o total do 
investimento. 
O valor recuperável deve ser determinado para cada investimento, a menos 
que a investida não gerem entradas de caixa de forma independente. 
4 - O MEP na 6404 
CPC e 6404 estão afinados no que diz respeito ao MEP, mas vamos ver alguns 
dispositivos importantes da lei: 
Art. 243 O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos 
da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as 
modificações ocorridas durante o exercício. 
Coligada 
A sociedade na qual a investidora tenha influência significativa. 
Controlada 
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A sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras 
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a 
maioria dos administradores. 
Influência significativa 
Existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas 
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. 
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou 
mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um 
mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo MEP, de 
acordo com as seguintes normas: 
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado 
com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com 
observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 dias (atenção, o 
cpc fala em dois meses), no máximo, antes da data do balanço da companhia; 
no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não 
realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras 
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas; 
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o 
valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de 
participação no capital da coligada ou controlada; 
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o 
custo de aquisição corrigido monetariamente, somente será registrada como 
resultado do exercício: 
� se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; 
� se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos; 
� no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas 
pela CVM. 
 
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O artigo 247, em seu parágrafo único, ainda traz a definição de investimento 
relevante, porém sem nenhuma utilidade pois, qualquer coligada ou controlada 
deve agora aplicar o MEP. Mas vamos dar uma olhada: 
Considera-se relevante o investimento: 
� em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou 
superior a 10% do valor do PL da companhia; 
� no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é 
igual ou superior a 15% do valor do PL da companhia. 
 
Repetindo, para aplicação do MEP, isso não precisa jamais ser 
considerado. 
 
Muito bem! Vamos ver algumas diferenças entre CPC e 6404. 
Já vimos que no que diz respeito à utilização de DCs com datas diferentes, o 
CPC fala em tolerância de 2 meses, e a 6404 fala em 60 dias. 
Quanto à obrigatoriedade, na 6404, além de coligadas e controladas, ela é 
estendida para empresas do mesmo grupo e empresas sob controle comum. 
Vamos entender isso. 
Empresas do mesmo grupo 
Vamos supor que o grupo Chico Lopes é formado pelas empresas A, B e C. 
Independentemente do percentual de participação, qualquer investimento de 
uma sociedade na outra, dentro do grupo, deverá ser contabilizado pelo MEP. 
 
Todas as participações acima são contabilizadas pelo MEP. 
 
 
A 
B 
 
C 
Chico 
Lopes 
3% 
10% 
25% 
5% 
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Empresas sob controle comum 
Vamos supor agora que a empresa Tico Tico é controladora das empresas A, B 
e C. Independentemente do percentual de participação, qualquer investimento 
entre A, B e C, deverá ser contabilizado pelo MEP. 
 
 
 
 
 
 
 
Os 5% de participação de A em B serão contabilizados pelo MEP. 
 
Não devemos confundir as situações acima com controle conjunto, que é um 
arranjo em que sociedades se unem para controlar uma outra. Seria como se 
Tico Tico e Chico Lopes se unissem para controlar A, B e C. 
 
O que é controle na 6404? 
 
Estamos falando muito em controle, mas o que é isso? O controle acionário 
pode ser entendido no artigo 15 da 6404. 
 
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram 
a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição. 
 
As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da 
companhia aberta e fechada poderão ser de uma ou mais classes. 
 
O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no 
exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas. 
 
 
A 
B 
 
C 
Tico 
Tico 
60% 
5% 
55% 
95% 
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Daí tiramos que as ações que dão direito a voto são as ordinárias, e elas 
devem ser, no mínimo, 50% do total de ações. 
Por exemplo: 
Capital Social 1000, dividido em 1000 ações de 1 cada 
Ordinárias 500 
Preferenciais 500 
Para obter com certeza o controle é preciso deter 501 ações. 
A outra possibilidade de controle que citamos, de ocorrer controle com menos 
de 50%, quando capital está pulverizado entre vários acionistas e um deles 
tem um percentual muito maior em relação aos outros, não está na 6404. É 
um posicionamento doutrinário. 
 
Quando o MEP é Obrigatório? 
 
Pela 6404 Pelo CPC 18 
Controladas 
Possuem direitos que dão 
preponderância nas deliberações sociais 
e o poder de eleger a maioria dos 
administradores Deve ser aplicado 
por todas as 
investidoras com o 
controle individual ou 
conjunto de investida 
ou com influência 
significativa sobre 
ela. 
Coligadas 
Possuem influência significativa, ou seja, 
o poder de participar nas políticas 
financeira ou operacional. A influência é 
presumida com 20% ou mais do capital. 
Mesmo Grupo 
Entidades que pertencem ao mesmo 
grupo, independente do % de 
participação. 
Controle Comum 
Entidades que estão sob controle da 
mesma entidade. 
 
Lembrando que, se falamos em MEP, falamos em investimentos societários 
com ânimo de permanência.Contabilidade para Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do 
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5 - Aplicando o MEP 
Pelo que vimos, teremos que aplicar o MEP, obrigatoriamente, em 4 situações: 
� coligadas 
� controladas 
� controle comum 
� mesmo grupo 
 
A 6404, quando fala em participações avaliadas pelo custo, refere-se à 
participação no capital social. Já, quando trata do MEP, refere-se à participação 
no PL. De fato, todos os cálculos para o MEP, são feitos com base no 
valor do PL, mas, se numa questão em que a participação vá ser avaliada 
pelo custo, o examinador se referir a PL, não se importe, e resolva aplicando 
as regras do método do custo. 
Vamos lá, ver como isso funciona na prática. 
5.1 - A sociedade investidora comprou 60% das ações ordinárias 
(aquelas com direito a voto) da empresa investida, adquirindo, 
portanto, o seu controle. O investimento deverá ser contabilizado pelo 
MEP. O PL da investida correspondia a 1000. 
Aquisição 
D Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
C Disponibilidades (Caixa/Bancos) 600 
Ao final do exercício, a investida apresentou lucro, e seu PL (da investida) 
passou a valer 1800. 
Ora, se eu tenho 60% da empresa e seu PL agora vale 1800, então eu tenho 
direito a participar dos 800 que foram acrescidos. E, como meu investimento é 
avaliado pelo MEP, eu já vou reconhecer esse aumento de valor. Vamos ver 
como. 
Reconhecimento do Lucro 
Lucro total da investida: 800 
Participação da investidora: 60% � 480 
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D Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
C Receita MEP 480 
Meu investimento agora vale 1080, ou seja, 60% do valor do PL da investida, 
que é de 1800. Os 480 que eu, investidora, ganhei em virtude do lucro da 
investida, foram direto para o meu resultado, como receita. 
5.2 - Suponhamos agora que a investida, ao invés de lucro, apresentou 
prejuízo, de 400. Temos que reconhecê-lo, da mesma forma. 
Reconhecimento do prejuízo 
Prejuízo total da investida: 400 
Participação da investidora: 60% � 240 
D Despesas MEP 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 240 
 
Meu investimento agora vale 360, ou seja, 60% do valor do PL da investida, 
que é de 600. Os 240 que eu, investidora, perdi em virtude do prejuízo da 
investida, foram direto para o meu resultado, como despesas. 
As despesas e receitas envolvidas na apuração do resultado com MEP são 
Operacionais. 
Quando estudamos a parte teórica, com o CPC 18, vimos que o resultado 
obtido pela investida deve ser segregado em lucro ou prejuízo (DRE) e outros 
resultados abrangentes (DRA). Na aula de DRE veremos bem esse assunto. Os 
outros resultados abrangentes é aquele que não passa pelo resultado 
(estranho, mas é assim mesmo que dizemos, pois resultado, de maneira 
genérica, diz respeito à apuração de receitas e despesas). Enfim, vamos lá! 
5.3 - A sociedade investidora comprou 60% das ações ordinárias da 
investida. O investimento deverá ser contabilizado pelo MEP. O PL da 
investida na data da aquisição correspondia a 1000. No final do 
exercício a investida apresentou lucro de 500, ajustes de avaliação 
patrimonial positivos de 400 e variações cambiais positivas de 200, 
sendo que seu PL agora vale 2100. 
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Ora, se eu tenho 60% da empresa e seu PL agora vale 2100, então eu tenho 
direito a participar dos 1100 que foram acrescidos. E, como meu investimento 
é avaliado pelo MEP, eu já vou reconhecer esse aumento de valor. Se fosse 
avaliado pelo custo eu não faria nada. Vamos ver como será. 
Reconhecimento do Lucro 
Lucro total da investida: 500 
Outros resultados abrangentes da investida: 600 
Participação da investidora: 60% 
� 300 no lucro 
� 240 em AAP positivo (resultado abrangente PL) 
� 120 em Variações cambiais positivas (resultado abrangente PL) 
O aumento do PL da investida deve ser reconhecido proporcionalmente em 
cada parcela. 
Lançamento: 
D Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 660 
C Receita MEP 300 
C AAP (PL) 240 
C Variação Cambial positiva (PL) 120 
O lançamento também pode aparecer como: 
D Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 660 
C Receita MEP 300 
C Resultado Abrangente (PL) 360 
 
Meu investimento agora vale 1260, ou seja, 60% do valor do PL da investida, 
que é de 2100. Os 660 que eu, investidora, ganhei em virtude do aumento do 
valor do PL da investida, foram segregados em lucro, que foi direto para o meu 
resultado, como receita, e resultado abrangente positivo, que foi direto para o 
meu PL, também como resultado abrangente. 
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5.4 - No final do exercício a investida apresentou prejuízo de 200, 
ajustes de avaliação patrimonial negativos de 300 e variações 
cambiais negativas de 100, sendo que seu PL, que era 1000, agora vale 
400. Temos que reconhecer a perda pelo MEP. 
Reconhecimento das perdas 
Prejuízo total da investida: 200 
Outros resultados abrangentes negativos da investida: 400 
Participação da investidora: 60% 
� 120 no prejuízo 
� 180 em AAP negativo (resultado abrangente PL) 
� 60 em Variações cambiais positivas (resultado abrangente PL) 
A diminuição do PL da investida deve ser reconhecida proporcionalmente em 
cada parcela. 
Lançamento: 
D Despesa MEP 120 
D AAP (PL) 180 
D Variação Cambial negativa (PL) 60 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 360 
O lançamento também pode aparecer como: 
D Despesa MEP 120 
D Resultado Abrangente (PL) 240 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 360 
Meu investimento agora vale 240, ou seja, 60% do valor do PL da investida, 
que é de 400. Os 360 que eu, investidora, perdi em virtude da diminuição do 
valor do PL da investida, foram segregados em prejuízo, que foi direto para o 
meu resultado, como despesa, e resultado abrangente negativo, que foi direto 
para o meu PL, também como resultado abrangente. 
Ótimo. Tudo o que vimos até aqui dizia respeito a uma controlada. Mas e as 
coligadas? 
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O tratamento é o mesmo. Exceto, no caso em que a perda de valor da 
investida exceda o valor contábil do investimento registrado na 
investidora. 
O que fazer quando as perdas excedem o valor contábil do 
investimento? 
Nesses casos temos o seguinte, conforme visto no CPC: 
Investimento em Coligada 
Quando o saldo contábil do investimento for zerado não se reconhece mais 
nenhuma perda, exceto (exceção da exceção, adoramos, não é mesmo?) nos 
casos em que a investidora assumiu obrigação legal ou construtiva (não 
formal) de fazer pagamentos pela coligada investida. Havendo essa obrigação, 
constitui-se provisão, no passivo, para suportá-la. 
Investimento em Controlada 
Quando o saldo contábil do investimento for zerado, a regra é que se constitua 
a provisão, no passivo, para suportar essas perdas. 
 
 
Em caso de perdas acima do valorcontábil: 
� Coligadas: só há reconhecimento da provisão se houver 
obrigação. 
� Controladas: sempre há reconhecimento da provisão. 
 
Já vimos o que acontece na divulgação do lucro da investida, e sabemos que é 
reconhecida nesse momento uma receita. Agora vamos ver o que acontece 
quando a investida resolve anunciar o pagamento ou pagar os dividendos. 
5.5 - A sociedade investida divulga que vai pagar dividendos de 300. A 
participação da controladora é de 60%, vamos ver como deve ser feito 
o reconhecimento na controladora. 
Lançamento no anúncio: 
D Dividendos a receber (ativo) 
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C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 180 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 180 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 180 
Atenção: Percebam que não existe conta de receita de dividendos 
envolvida nesses lançamentos. Por quê? Ora, a receita já foi reconhecida 
anteriormente, na divulgação do lucro, em contrapartida do investimento. 
Agora, o que fazemos é apenas tirar do investimento o valor relativo aos 
dividendos e mandá-lo para o caixa. Repetindo, não existe conta de receita 
de dividendos no MEP. Logo, o pagamento de dividendos pela 
investida, não afeta o PL da investidora, correto? Ocorre apenas um 
fato qualitativo (ou permutativo) entre contas do ativo. 
 
 
Não existe conta de receita de dividendos no 
reconhecimento do MEP. 
 
No momento inicial o investimento aumenta no mesmo valor do lucro que cabe 
à investidora, e a contrapartida é a receita MEP. Depois, com os dividendos, o 
valor do investimento diminui no mesmo valor dos dividendos que cabem à 
investidora, e a contrapartida é em caixa ou bancos. 
Essa sequência de lançamentos deve fica muito clara, e tem que ir com 
vocês, debaixo do braço, para a prova, pois é muito explorado pelas bancas. 
Existe um tipo de questão que eles adoram, em que a resposta é uma 
alternativa que descreve dois créditos, e a tendência é o candidato errar, por 
achar que deve sempre haver um crédito e um débito. Nesse caso os créditos 
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são em receita de dividendos e em investimentos, o primeiro no momento do 
anúncio dos lucros e o segundo no momento do pagamento dos dividendos. 
Ágio 
Vamos agora nos adiantar um pouco, e avançar sobre um assunto referente ao 
CPC 15, que fala de combinação de negócios. O ágio. Isso se faz necessário 
para fecharmos o conjunto de lançamentos referentes às participações 
societárias. 
Ágio pode ser definido como valor pago acima do valor patrimonial da 
ação, numa operação de aquisição de participação societária. 
Na escrituração do investimento, o ágio deve ser segregado. Na verdade, os 
ágios, porque, temos três tipos deles. O ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (ou good will) e o ágio por mais valia. Temos também o deságio, ou 
compra vantajosa. Vou falar rapidamente sobre o que são, pois ainda serão 
assunto de outra aula. 
Trataremos com 3 valores: 
� O valor pago pela investidora 
� O valor justo (valor de mercado) 
� O valor contábil (valor da ação) 
O cálculo é o seguinte: 
� Valor pago menos valor justo 
� se positivo = good will (paguei mais que o justo) 
� se negativo = compra vantajosa (deságio, paguei menos que o justo) 
� Valor justo menos valor contábil = mais valia 
Situações de ágio 
 VL Contábil VL Justo VL Pago 
Não há ágio 1 1 1 
Há deságio 1 2 1 
Só há Mais valia 1 2 2 
Só há Good Will 1 1 2 
Há Mais Valia e 
Good Will 
1 2 3 
 
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Não pode haver deságio em relação ao valor contábil, pois ele nunca 
será maior do que o justo (lembrem das regras de avaliação de ativos). 
Existindo deságio, caso permaneça como realidade no investimento, deve ser 
reconhecido no resultado, no exercício em que ocorreu a aquisição. 
Na investidora, todos eles ficam em contas separadas, no ANC/Investimentos, 
representando a participação societária. Na divulgação do balanço da 
investidora, o valor do investimento pode aparecer pelo total. 
Atenção, o ágio fica no investimento, e não no intangível. 
O good will só vai para o intangível na consolidação dos balanços, mas isso é 
uma outra história. 
Outra característica do good will, é que ele não é amortizado, e fica sujeito ao 
teste de recuperabilidade, no mínimo, anual. 
O ágio por mais valia pode ser baixado proporcionalmente à sua realização. 
Ágios 
 Mais Valia Good Will 
Compra 
Vantajosa 
Fórmula VL Justo – VL 
Contábil 
VL Pago – VL Justo 
(positivo) 
VL Pago – VL Justo 
(negativo) 
Onde contabilizar ANC/Investimentos 
ANC/Investimentos 
Na consolidação vai 
para Intangível 
ANC/Investimentos 
 
Vamos analisar alguns eventos dessa natureza. 
5.6 - A sociedade investidora realizou uma aquisição de participação 
societária nas seguintes condições: 
Valor pago: 200 
Valor justo: 150 
Valor contábil: 120 
Identificamos então: 
VL pago – VL justo = 200 – 150 = 50 good will 
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VL justo – VL contábil = 150 – 120 = 30 mais valia 
Lançamento: 
D Investimento valor contábil 120 
D Investimento mais valia 30 
D Investimento good will 50 
C Disponibilidades (Caixa ou Bancos) 200 
5.7 - A sociedade investidora realizou uma aquisição de participação 
societária nas seguintes condições: 
Valor pago: 300 
Valor justo: 400 
Valor contábil: 250 
Identificamos então: 
VL pago – VL justo = 300 – 400 = -100 deságio, compra vantajosa 
VL justo – VL contábil = 400 – 250 = 150 mais valia 
Lançamento: 
D Investimento valor contábil 250 
D Investimento mais valia 150 
C Investimento deságio 100 
C Disponibilidades (Caixa ou Bancos) 300 
 
6 - Lucro não realizado nas transações entre investidora e investida 
Vamos pensar no seguinte: A sociedade investidora vendeu para a investida, e 
a mercadoria objeto dessa venda ainda está na investida. Houve lucro real? Na 
essência, ainda não. Na verdade a mercadoria só mudou de lugar, mas 
continua sob o domínio do mesmo dono, digamos. O lucro só vai ser realizado 
e só vai realmente melhorar a situação patrimonial do grupo a que pertencem 
investida e investidora, quando essa mercadoria passar para as mãos de 
terceiros. 
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Chamamos essa situação de lucro não realizado (LNR), e ela é bastante 
explorada em concursos. O LNR pode ocorrer em quatro situações, então, 
meus caros, vamos a elas! 
6.1 - Controlada vendendo para controladora - upstream 
Se você tiver que escolher uma situação para estudar, que seja essa. É de 
longe a mais pedida. 
Independentemente do percentual de participação da controladora, 100% do 
valor do LNR vaiser eliminado, diminuindo o valor do investimento. 
A regra a ser utilizada é a seguinte: encontra-se o valor da participação, 
aplicando o percentual de participação sobre o PL da controlada. Desse valor, 
subtrai-se o total do LNR existente na controlada, chegando-se ao valor da 
participação. 
Exemplo: 
Controlada efetua vendas para controladora. Parte desse estoque ainda se 
encontra na controladora, e apura-se um LNR de 500. O PL da controlada é 
1000. A participação da controladora é 70%, ou seja, 700. 
Na controlada temos o seguinte lançamento 
D Despesa com LNR 
C Lucros a apropriar (PNC) 500 
Na controladora não há lançamento. Porém, na hora de calcular o resultado 
pelo MEP, o valor do LNR será totalmente debitado da parte da controladora. 
O valor da participação será reconhecido por: 700 – 500 = 200. 
Nesse caso, o lançamento não interessa muito. A maioria dos exercícios pede 
para indicar o valor da participação. É isso que precisamos saber. 
Apenas para conhecimento de vocês, devo observar que essa forma de cálculo 
que indiquei é recomendada pela CVM, e é a pedida nas provas de concurso. A 
6404 estabelece outra forma, que não deve ser usada. 
Pela 6404, o cálculo do exemplo anterior seria o seguinte: 
PL da controlada 1000 
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LNR 500 
PL a ser utilizado: 1000 – 500 = 500 
Participação da controladora 500 X 70% = 350. 
Percebam que haveria diferença favorável à controladora. Mas, dessa forma, 
não estaríamos eliminando todo o reflexo do LNR, que é o recomendado pelo 
CPC. 
6.2 - Controladora vendendo para controlada - downstream 
A regra é a mesma. Independentemente do percentual de participação da 
controladora, 100% do valor do LNR vai ser eliminado, diminuindo o valor do 
investimento. 
Encontra-se o valor da participação, aplicando o percentual de participação 
sobre o PL da controlada. Desse valor, subtrai-se o total do LNR existente na 
controladora, chegando-se ao valor da participação. 
Exemplo: 
Controladora efetua vendas para controlada. Parte desse estoque ainda se 
encontra na controlada, e apura-se um LNR de 500. O PL da controlada é 
1000. A participação da controladora é 70%, ou seja, 700. 
Na controladora temos o seguinte lançamento 
D Despesa com LNR 
C Lucros a apropriar (Retificadora do Investimento) 500 
Note que esse lançamento diminui o investimento (por causa da retificadora) e 
diminui o resultado (por causa da despesa). 
Então, se a Cespe afirmar que a existência de LNR na venda de controladora 
para controlada diminui o resultado e o valor do investimento, a resposta é: 
Certo! Pau neles! 
Na controlada não há lançamento. 
Na hora de calcular o resultado pelo MEP, o valor será 700, mas haverá o 
lançamento na retificadora, no valor do LNR, que será totalmente debitado da 
parte da controladora, assim como no exemplo anterior. Na prática, o 
resultado é o mesmo nas duas situações. 
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O valor da participação será reconhecido por: 700 – 500 = 200. 
Também nesse caso, a maioria dos exercícios pede para indicar o valor da 
participação. É isso que precisamos saber. 
Temos que gravar a forma de fazer o cálculo do MEP em caso de haver LNR: 
� Aplicar o % de participação da controladora sobre o PL da controlada 
� Subtrair o total do LNR 
Pronto, esse é o valor do MEP. 
6.3 – Coligada investida vendendo para investidora - upstream 
O procedimento é o mesmo. A diferença aqui, é que não vamos retirar 100% 
do LNR, mas apenas o percentual relativo à participação da investidora. 
Exemplo: 
Investida efetua vendas para investidora. Parte desse estoque ainda se 
encontra na investidora, e apura-se um LNR de 200. O PL da controlada é 
1000. A participação da controladora é 30%, ou seja, 300. 
Na investida temos o seguinte lançamento 
D Despesa com LNR 
C Lucros a apropriar (PNC) 60 
Na investidora não há lançamento. Na hora de calcular o resultado pelo MEP, o 
valor do LNR será debitado da parte da investidora na proporção de sua 
participação. Dessa forma, a participação vai ser diminuída em 60 (200 x 
30%). 
O valor da participação será reconhecido por: 300 – 60 = 240. 
6.4 - Coligada investidora vendendo para investida - downstream 
O procedimento é o mesmo. A diferença aqui, é que não vamos retirar 100% 
do LNR, mas apenas o percentual relativo à participação da investidora. 
Exemplo: 
Investidora efetua vendas para investida. Parte desse estoque ainda se 
encontra na controlada, e apura-se um LNR de 200. O PL da controlada é 
1000. A participação da controladora é 30%, ou seja, 300. 
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Na investidora temos o seguinte lançamento 
D Despesa com LNR 
C Lucros a apropriar (Retificadora do Investimento) 60 
Na investida não há lançamento. 
Na hora de calcular o resultado pelo MEP, o valor aparentemente será 300, 
mas haverá o lançamento na retificadora, no valor proporcional da participação 
sobre o LNR, debitando-o da parte da investidora, como no exemplo anterior. 
Na prática, o resultado é o mesmo nas duas situações. 
O valor da participação será reconhecido por: 300 – 60 = 240. 
As questões pedem sempre o valor da participação. Às vezes temos que 
calcular também o LNR. 
 
7 - Aplicando o Método do Custo 
Já vimos na última aula quando ele deve ser utilizado, mas vamos dar uma 
relembrada para deixar o assunto completo. 
Se tivermos um investimento em outra empresa, representado por 
participações societárias, e que não esteja obrigado ao MEP, ele será 
registrado pelo custo de aquisição. 
Sua avaliação será feita mantendo o valor de aquisição deduzido de provisão 
para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver 
comprovada como permanente, e não vier a ser modificada em razão do 
recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas. 
Temos aqui dois requisitos para reconhecer a perda: ela deve ser permanente 
e não reversível por meios que estejam à disposição da investidora. 
Vamos ver alguns eventos relacionados a esse caso. 
 
A sociedade investidora faz um investimento de 4% em uma empresa cujo 
capital social é de 1000, pagando 40 por essas ações. 
 
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Lançamento: 
D Investimentos Societários avaliados pelo custo (ANC) 
C Disponibilidades (Caixa/Bancos) 40 
Após 6 meses, a investida obteve êxito com um novo produto, e seu valor de 
mercado passa a ser de 1500. 
Não há nada a fazer. Não se mexe no valor do investimento avaliado pelo 
custo quando há valorização. Esse aumento no valor da empresa investida, só 
será reconhecido no momento em que o lucro for realizado, ou seja, quando eu 
vender a participação e embolsar o dinheiro. 
Um ano depois o novo produto da investida apresentou graves falhas, e seu 
valor de mercado despencou para 800, sem expectativas de recuperação. A 
investidora tem que rever o valor de seu investimento, pois ele agora só vale 
32. 
Lançamento: 
D Despesa com perdas em investimento 
C Provisãopara perdas em investimentos 8 
A sociedade investida anuncia o pagamento de dividendos no valor de 100, 
fazendo o pagamento algum tempo depois. A parte da investidora é 4%. 
Lançamento no anúncio: 
D Dividendos a receber (ativo) 
C Receita Dividendos 4 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 4 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Receita de dividendos 4 
É como se o anúncio e o pagamento fossem concomitantes. 
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Bem diferente do MEP, não é mesmo? Existe aqui a conta de receitas, e, 
portanto, há alteração do PL. Fato quantitativo aumentativo. 
E o que acontece com ágio no método do custo? 
Nada. Não se reconhece ágio nesse método. Só que, se você paga acima do 
valor justo, na hora de fazer a primeira avaliação de recuperabilidade vai ficar 
com uma despesa por ajuste ao valor recuperável. Se pagar menos, não vai 
ganhar nada enquanto não vender. 
 
 
Ufa! Terminamos o blá blá blá. Vamos exercitar os conhecimentos. 
Caros, para escolher nossos exercícios estou pesquisando todas provas de 
contabilidade da Cespe de 2013 até 2010. Não são muitas as questões 
referentes a esse assunto. Hoje complementaremos com algumas da FCC e da 
Esaf. 
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Exercícios Resolvidos 
1 – CESPE 2013 CNJ - Quando o investimento em coligada, previamente 
classificado como mantido para venda, não se enquadrar mais nas condições 
requeridas para essa classificação, deve ser aplicado o método da equivalência 
patrimonial retrospectivamente, a partir da data de sua classificação como 
mantido para venda. Logo, as demonstrações contábeis para os períodos 
abrangidos desde a classificação do investimento como mantido para venda 
devem ser ajustadas de modo a refletir essa informação adequadamente. 
 
Perfeito! É o que diz o CPC 18. 
Participação classificada como mantida para venda 
Se uma parte do investimento vier a ser classificada como mantida para 
venda, deve ser avaliada da forma que estudamos na aula passada. Se sair da 
condição de mantida para venda e voltar para investimento permanente, deve-
se aplicar o MEP de maneira retroativa. As DCs dos períodos abrangidos devem 
ser ajustadas. 
 
Gaba: Certo 
 
2 - CESPE 2012 TJ - Uma companhia adquiriu 80% das ações ordinárias de 
certa empresa, desembolsando, nesse investimento, uma quantia equivalente 
ao patrimônio líquido registrado na contabilidade da investida, composto 
apenas pela conta capital social. Após o referido investimento e por ocasião da 
elaboração das demonstrações contábeis, a empresa investida apurou lucro 
líquido de R$ 2.000,00 e sua diretoria propôs a distribuição de dividendos no 
valor total de R$ 1.000,00, ainda pendente de deliberação pela assembleia 
geral. Considerando que o capital social da investida é de R$ 3.000,00, 
assinale a opção correspondente ao lançamento contábil correto do 
reconhecimento da equivalência patrimonial na investidora. 
a) Receita de dividendos 
 a investimento em coligadas e controladas .... R$ 800,00 
b) Investimentos em coligadas e controladas 
 a receita de equivalência patrimonial ........R$ 1.600,00 
c) Banco conta movimento 
 a investimento em coligadas e controladas . . . R$ 1.600,00 
 
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d) Investimento em coligadas e controladas 
 a diversos 
 a receita de equivalência patrimonial ........R$ 1.600,00 
 a dividendos recebidos.................... R$ 800,00 
e) Investimento em coligadas e controladas 
 a banco conta movimento.................R$ 1.600,00 
 
Vamos aos dados: 
Participação: 80% - Controladora – MEP 
Lucro : 2000 
Dividendos: 1000 
Capital Social: 3000 
A questão nos pede o lançamento do reconhecimento da equivalência, ou seja, 
o registro da parte do lucro que cabe à investidora. Para isso precisamos 
apenas de duas coisas: a participação e o valor do lucro. 
Reconhecimento do Lucro 
Lucro total da investida: 2000 
Participação da investidora: 80% � 1600 
D Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
C Receita MEP 480 
Não se importem com as pequenas diferenças de nomenclatura nas contas. 
Cada examinador faz pequenas alterações. O importante é que o conceito 
esteja correto. 
 
Gaba: B 
 
3 - CESPE 2012 TRE - Os investimentos em coligadas sobre cuja 
administração determinada empresa tenha influência significativa somente 
devem ser obrigatoriamente avaliados pelo método da equivalência patrimonial 
quando a empresa controladora participar com pelo menos 20% do capital 
votante da controlada. 
 
Errado! Vejam que existe ali um “somente” que estraga tudo. 
 
 
Quando o MEP é Obrigatório? 
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Pela 6404 Pelo CPC 18 
Controladas 
Possuem direitos que dão 
preponderância nas deliberações sociais 
e o poder de eleger a maioria dos 
administradores Deve ser aplicado 
por todas as 
investidoras com o 
controle individual ou 
conjunto de investida 
ou com influência 
significativa sobre 
ela. 
Coligadas 
Possuem influência significativa, ou seja, 
o poder de participar nas políticas 
financeira ou operacional. A influência é 
presumida com 20% ou mais do capital. 
Mesmo Grupo 
Entidades que pertencem ao mesmo 
grupo, independente do % de 
participação. 
Controle Comum 
Entidades que estão sob controle da 
mesma entidade. 
 
De acordo com o CPC 18, a influência significativa presume-se com 20%, mas 
isso não quer dizer que ela não possa ocorrer com 1%. Também não se pode 
dizer que 49% de participação são certeza absoluta de influência significativa. 
 
Gaba: Errado 
 
4 - CESPE 2012 TJ - Com a aplicação de critérios contábeis homogêneos 
advindos das normas internacionais de contabilidade e dos pronunciamentos 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas e os contadores 
procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões contábeis em relação 
ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A respeito desse assunto, 
julgue os itens. 
 
As circunstâncias previstas em que o empreendedor pode deixar de 
compartilhar o controle de uma joint venture, é a alienação de sua participação 
no investimento ou ainda quando houver a imposição de restrições externas 
que impliquem na perda do controle conjunto. Considerando que houve a 
perda do controle conjunto em razão de uma alienação parcial, e que o 
investimento remanescente não tenha se tornado nem em uma controlada ou 
coligada; contabilmente o investimento deverá ser classificado como uma 
participação permanente em outras sociedades avaliadas pelo custo. 
 
 
Errado. Deve ser avaliado pelo valor justo. Vamos ver: 
 
 
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Descontinuidade do uso do MEPSe deixar de existir a condição de coligada ou controlada, a investidora deve 
deixar de aplicar o MEP. 
Se remanescer parte do investimento, a entidade deve mensurá-lo ao valor 
justo, e deve reconhecer na demonstração do resultado do período, como 
receita ou despesa, qualquer diferença entre: 
� o valor justo e qualquer contraprestação advinda da alienação de parte 
do interesse no investimento; 
� o valor contábil líquido do investimento na data em que houve a 
descontinuidade do uso do MEP. 
Os valores eventualmente reconhecidos no PL como resultados abrangentes 
devem ser tratados como se a entidade houvesse se desfeito da participação, 
indo para receita ou despesa. 
Gaba: Errado 
 
5 - CESPE 2011 TJ - O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, constituído 
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e por entidades privadas, é 
responsável pela emissão de pronunciamentos técnicos, orientações e 
interpretações, tendo, entre outras funções, a de promover a centralização das 
normas contábeis brasileiras e a sua convergência com as normas 
internacionais. Seus pronunciamentos vinculam obrigatoriamente as 
orientações do CFC e de demais órgãos e entidades reguladores e 
fiscalizadores oficiais. 
 
Opa. Olha o CPC aí. Tudo certinho, menos o último parágrafo. O CPC não tem 
poder de editar normas legais (vinculantes). Para ganhar força legal, os 
pronunciamentos devem ser reproduzidos e publicados por CFC, CVM e outros 
reguladores. 
 
Gaba: Errado 
 
6 - CESPE 2010 TRT - Quando adquire participação no capital social de outra 
empresa na forma de ações negociáveis em bolsa de valores, com a intenção 
de vendê-las no curso do exercício financeiro seguinte, a empresa adquirente 
deve registrar o direito pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, 
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atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor 
provável de realização, quando este for inferior. 
Errado. A situação descrita diz respeito a investimentos disponíveis para venda 
futura. Portanto, a avaliação deve ser por valor justo. O método do custo ou o 
MEP aplicam-se a participações permanentes. 
 
Gaba: Errado 
 
7 - CESPE 2010 INMETRO - Considerando que as participações em outras 
empresas são contabilizadas e avaliadas de formas diversas, assinale a opção 
correta. 
a) As bonificações recebidas sem custo para a companhia devem ser 
escrituradas como receita não operacional. 
b) Classificam-se como investimentos as participações permanentes em ações 
que se destinem à manutenção das atividades precípuas da companhia. 
c) O valor justo dos investimentos é o valor despendido na sua aquisição, 
acrescido de atualização monetária. 
d) Para efeito de relevância do investimento, deduzem-se do custo de 
aquisição os saldos dos débitos da companhia contra as coligadas. 
e) A coligação é caracterizada por influência significativa, que se presume 
existir quando a investidora detiver pelo menos 20% do capital votante da 
investida, sem controlá-la. 
Vamos lá! 
A – Receita operacional 
B – O que se destina à manutenção das atividades da empresa é classificado 
como imobilizado 
C – A definição de valor justo não é essa, já sabemos, não é mesmo? 
D – relevância não tem mais nada a ver com a forma de contabilização 
 
Gaba: E 
 
8 - CESPE 2010 MPU - Uma empresa cujo processo produtivo dependa de 
matéria prima controlada por produtor monopolista é considerada empresa 
coligada da fornecedora de matéria prima, ainda que a participação de uma na 
outra seja ínfima. 
Perfeito! Nesses casos, a participação não é fator essencial. Vamos ver: 
Independentemente da participação no capital votante, a influência 
significativa do investidor pode ser evidenciada por uma ou mais das seguintes 
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formas, que indicam o poder de participar das decisões financeiras e 
operacionais: 
� representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; 
� participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em 
decisões sobre dividendos e outras distribuições; 
� operações materiais (volume representativo) entre o investidor e 
a investida; 
� intercâmbio de diretores ou gerentes; 
� fornecimento de informação técnica essencial. 
 
Gaba: Certo 
 
9 - CESPE 2010 Bco Amazônia - Quando a data de encerramento da 
controladora for diferente da data da controlada, esta última deve elaborar, 
para fins de consolidação, demonstração contábil adicional na mesma data das 
demonstrações da controladora, a menos que isso seja impraticável. 
 
Exato. Isso consta no CPC 18 e na 6404. 
Se for impraticável, devem ser feitos ajustes, mas o prazo máximo de 
diferença entre as DCs não pode passar de 60 dias (6404) ou 2 meses (CPC). 
 
Gaba: Certo 
 
10 – FCC 2009 TCE - A Cia. Piraju possui 40% das ações da Cia. Andradina, 
registradas em sua contabilidade por R$ 800.000,00, o investimento é avaliado 
pelo método de equivalência patrimonial. No final do exercício, o valor do 
patrimônio líquido da investida, apurado no seu Balanço Patrimonial, é de R$ 
2.300.000,00. A investidora, em decorrência, deverá registrar em sua 
contabilidade: 
A)ganho de capital de R$ 300.000,00 
B)perda na equivalência patrimonial de R$ 30.000,00 
C)resultado positivo na equivalência patrimonial de R$ 120.000,00 
D)dividendos a receber no valor de R$ 120.000,00 
E)resultado não-operacional de R$ 300.000,00 
 
Vamos aos dados: 
Participação da Investidora � 40% 
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Valor da participação � 800 000 
PL da Investida no fim do exercício: 2 300 000 
Primeiro precisamos achar o valor do PL inicial da investida, para saber se 
houve lucro ou prejuízo: 
40 % � 800 000 
100 % � X 
X = 2 000 000 
Logo, se era 2 000 000 e passou para 2 300 000, houve lucro de 300 000 
Participação da investidora no lucro: 
300 000 x 40% = 120 000 
Resultado do MEP = 120 000 positivo 
 
Gaba: C 
 
11 – FCC 2007 ISS SP - O recebimento de dividendos de participações 
societárias avaliados pelo custo deve ser registrado, na escrituração da 
empresa investidora, a crédito de conta representativa: 
a)de receita operacional. 
b)de receita não-operacional. 
c)de resultado da equivalência patrimonial. 
d)da própria participação societária. 
e)de deságio na aquisição de investimentos. 
 
Reparem que estamos falando em avaliação pelo Custo, e não pelo MEP. 
Dividendos no Método do Custo 
Lançamento no anúncio: 
D Dividendos a receber (ativo) 
C Receita Dividendos 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 
ou 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Receita de dividendos 
 
Receita de dividendos é uma conta de receita operacional. Sempre. 
 
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Gaba: A 
 
12 – ESAF 2012 AFRFB- A Empresa Controladora S.A., companhia de capital 
aberto,apura um resultado negativo de equivalência patrimonial que 
ultrapassa o valor total de seu investimento na Empresa Adquirida S.A. em R$ 
400.000,00. A Empresa Controladora S.A. não pode deixar de aplicar recursos 
na investida, uma vez que ela é a única fornecedora de matéria-prima 
estratégica para seu negócio. Dessa forma, deve a investidora registrar o valor 
da equivalência 
a) a crédito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do 
investimento efetuado. 
b) a crédito de uma provisão no passivo, para reconhecer a perda no 
investimento. 
c) a crédito de uma provisão no ativo, redutora do investimento. 
d) a débito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do 
investimento efetuado. 
e) a débito de uma reserva de capital, gerando uma cobertura para as perdas. 
 
Prejuízos 
No caso das coligadas e dos empreendimentos de controle conjunto, quando a 
participação do investidor nos prejuízos se igualar ou exceder o saldo contábil 
de sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o 
reconhecimento de sua participação em perdas futuras. 
Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas 
adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, 
somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais 
ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da 
investida. 
Vejam que o caso exposto no enunciado da questão é uma situação de 
obrigação construtiva. A controladora não pode deixar reconhecer as perdas, 
pois depende da investida para manter as suas operações. Nesse caso, deve 
fazer a provisão no passivo. 
 
D Despesa Perdas MEP 
C Provisão perdas 
 
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Gaba: B 
 
13 – FCC APOFP 2010 - Ao contabilizar os dividendos distribuídos por 
investidas avaliadas pelo método do custo, a investidora debita a conta 
Disponível e credita a conta: 
A) Investimentos. 
B) Receita Eventual. 
C) Receita de Investimentos. 
D) Receita de Dividendos. 
E) Receita de Equivalência Patrimonial. 
 
Reparem que estamos falando em avaliação pelo Custo, e não pelo MEP. 
Dividendos no Método do Custo 
Lançamento no anúncio: 
D Dividendos a receber (ativo) 
C Receita Dividendos 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 
ou 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Receita de dividendos 
 
Receita de dividendos é uma conta de receita operacional. Sempre. 
 
Gaba: D 
 
14 – FCC 2010 BA GAS - Recebimentos de dividendos de investimentos 
avaliados pela equivalência patrimonial devem ser contabilizados como: 
A) Crédito da Conta Investimentos. 
B) Receitas Eventuais. 
C) Débito da Conta Investimentos. 
D) Recuperação de Custos. 
E) Receitas não operacionais. 
 
Dividendos no MEP 
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D Dividendos a receber (ativo) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
 
Percebam que não existe conta de receita de dividendos envolvida 
nesses lançamentos. 
 
Gaba: A 
 
15 – FCC 2010 ICMS RO - Ao contabilizar os dividendos distribuídos por 
controladas, a controladora debita Caixa/Contas a Receber e credita: 
A) Receita Eventual. 
B) Receita de Dividendos. 
C) Investimentos. 
D) Outras Receitas. 
E) Receita de Equivalência Patrimonial. 
 
Fixando!!! 
Dividendos no MEP 
Lançamento no anúncio: 
D Dividendos a receber (ativo) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
 
Percebam que não existe conta de receita de dividendos envolvida 
nesses lançamentos. 
 
Gaba: C 
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16 – FCC 2009 TRT - O Patrimônio Líquido da Cia. B é composto apenas pelo 
Capital Social, cujo valor é de R$ 300.000,00. Sabe-se que a Cia. B possui 
apenas ações ordinárias, que a Cia. A adquiriu 70% das ações da Cia. B por R$ 
210.000,00 em 31/12/X7 e que, durante X8, a Cia. B obteve um lucro de R$ 
100.000,00 e distribuiu R$ 30.000,00 em dividendos. Com base nestas 
informações a Cia. A, durante X8: 
A) creditou receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 70.000,00 e 
creditou a conta investimento no valor de R$ 21.000,00. 
B) creditou receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 49.000,00 e 
creditou receita de dividendos no valor de R$ 21.000,00. 
C) debitou a conta investimento no valor de R$ 70.000,00 e creditou a conta 
caixa no valor de R$ 21.000,00. 
D) creditou receita de dividendos no valor de R$ 21.000,00 e debitou a conta 
investimento no valor de R$ 49.000,00. 
E) creditou a conta investimento no valor de R$ 100.000,00 e debitou a conta 
caixa no valor de R$ 30.000,00. 
 
Vamos aos dados: 
Participação da Investidora � 70% 
PL Inicial da Investida � 300 000 
Valor da participação � 210 000 
Lucro da investida � 100 000 
Dividendos distribuídos � 30 000 
Calculamos: 
Parte da Investidora no lucro � 100 000 X 70% = 70 000 
Dividendos distribuídos � 30 000 X 70% = 21 000 
Lançamentos: 
Reconhecimento do Lucro 
D Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
C Receita MEP 70 000 
Reconhecimento dos dividendos 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 21 000 
 
Dois créditos na alternativa correta, lembram? 
 
Gaba: A 
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17 – FCC 2009 INFRAERO - A Cia. Garopaba recebeu dividendos no valor de 
R$ 20.000,00 de sua controlada, a Cia. Baiacu, no exercício de 2008. O 
registro correto desse fato contábil na investidora: 
A) terá como consequência um aumento no total do Ativo de R$ 20.000,00. 
B) terá como consequência um aumento no Patrimônio Líquido de 
R$20.000,00. 
C) terá como consequência uma diminuição no total do Ativo de R$ 20.000,00. 
D) terá como consequência um aumento no Patrimônio Líquido menor que 
R$20.000,00. 
E) não apresentará aumento no total do Ativo e no Patrimônio Líquido. 
 
Fixando!!! 
Controlada, usamos MEP. 
Dividendos no MEP 
Lançamento no anúncio: 
D Dividendos a receber (ativo) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
Lançamento no pagamento: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Dividendos a Receber (ativo) 
Em alguns casos você vai ver um lançamento único, mas também correto: 
D Disponibilidades (Caixa ou Banco) 
C Investimentos Avaliados pelo MEP (ANC) 
 
Percebam que não existe conta de receita de dividendos envolvida 
nesses