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Trabalho de ave

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1.INTRODUÇÃO
A coturnicultura é um ramo da avicultura, onde codornas são criadas para produção de ovos ou para abate. A criação de codornas foi introduzida no Brasil no início da década de 60, visando principalmente a produção e comercialização de ovos "in natura" da ave. Existem relatos de que o interesse por esta espécie surgiu por volta dos anos 70, tendo sido grandemente divulgada através de canção popular, que exaltava as vantagens afrodisíacas dos seus ovos, em função do vigor sexual do macho. 
Nos últimos anos essa atividade tem apresentado desenvolvimento bastante elevado, com a adequação as novas técnicas e tecnologias de produção, onde uma atividade tida como de subsistência passa a ocupar um cenário de atividade altamente tecnificada (Pastore et al., 2012).
Não há estatísticas a respeito da Coturnicultura mas, sabe-se que um número elevado de pessoas entrou comercialmente nesta atividade nos últimos anos com muito sucesso mas, também existem os fracassos e a principal explicação é a falta de levantamento do mercado na região ou área de comercialização, definindo estudos para a colocação dos produtos no mercado e, somente após isso, dimensionar a sua criação.
A codorna é uma ave originária do norte da África, da Europa e da Ásia. Pertence à ordem dos Galináceos; família dos Fasianídeos (Fhasianidae), onde se incluem também a galinha e a perdiz; subfamília dos Pernicídios (Perdicinidae) e Gênero Coturnix (Pinto et al. 2002). Foi criada primariamente na China e Coréia e posteriormente no Japão por pessoas que admiravam seu canto. 
No início do século XIX japoneses iniciaram trabalhos de cruzamentos entre codornas advindas da Europa e espécies silvestres, o que levou a uma ave domesticada que foi chamada Coturnix coturnix japônica, e a partir de então deu-se o início de sua exploração.
A carne de codorna é escura, macia, saborosa e pode ser preparada da mesma maneira que a de frango de corte, apresenta grandes concentrações de Vitaminas, Ferro, Fósforo, Zinco e Cobre quando comparada à carne de frango. A quantidade de colesterol da carne de codorna atinge valores intermediários (76 mg) entre a carne de peito (64 mg) e da coxa e sobrecoxa (81 mg) do frango. A maioria dos aminoácidos encontrados na carne de codorna são superiores aos de frango. Alguns autores disceram que idade, sexo, linhagem e nutrientes da dieta afetam a composição química da carcaça dessas aves (MORAES & ARIKI, 2009).
2.EXPLORAÇÃO ECONÔMICA DAS CODORNAS
A maior vantagem da criação de codornas é a rapidez com que o investimento retorna. Essas aves, que não devem ser confundidas com a codorna do campo, ave silvestre brasileira de tamanho maior, crescem e se reproduzem em 45/50 dias e com 5 ou 6 semanas de vida estão prontas para abate. Além disso, precisam de muito pouco espaço, na área ocupada por uma só galinha podem ser criadas 42 codornas. Supondo-se que esse plantel seja composto de 21 fêmeas e 21 machos, ele produzirá, diariamente, 21 ovos com 10 a 12 gramas cada um, o que equivale a 5 ovos de galinhas. O preço de comercialização dos ovos e da carne oscila muito em função dos custos da ração e dos produtos veterinários, mas, em qualquer situação, é sempre melhor que o do frango. 
2.1Estrutura
A estrutura básica deve contar com uma boa disponibilidade de área: barracão, galpão de alvenaria. O forro desta construção pode ser tábua, as paredes devem ser caiadas e o chão de barro, tijolos ou cimento.
 As aves ficam acomodadas em gaiolas ou criadas no chão, fundamental ter água de boa qualidade, clima favorável, boa luminosidade, local livre de ruídos e correntes de ar; lembrando que, estes requisitos são indicados para o empreendedor que deseja ter uma criação comercial. A estrutura deverá ser construída em função das exigências ambientais das aves, proporcionado uma condição de conforto para que estas aves expressem ao máximo seu potencial genético de produção.
2.1.1Instalações e Equipamentos
Irão variar de acordo com o tipo de criação, doméstica ou comercial, porém, se torna válido citar alguns tipos de instalações e equipamentos:
Galpões Fechados (laterais): Apresenta um alto custo, além do que não podem ser muito grandes e largos, pois dificultam a circulação de ar, recomenda-se que se tenha várias janelas.
Galpões Abertos (laterais): Apresentam maior economia quando implantados em regiões de alta temperatura, porém, deve-se controlar a temperatura durante o inverno.
Este tipo de instalação exige telas nas laterais, a fim de evitar a fuga das aves e impedira entrada de predadores.
Telhados: Influência na temperatura interna do galpão, as telhas de barro oferecem maior conforto térmico, porém, exigem maior gasto com madeiramento, por outro lado, as telhas de amianto são de custo mais baixo, porém aumentam a temperatura interna.
Piso: Pode ser de cimento rústico ou outro material, deve apresentar uma pequena declividade para facilitar a limpeza.
Gaiolas para Postura: Possibilita um melhor controle produtivo das aves, recomendam-se as gaiolas de arame galvanizado, são padronizadas nas medidas 1,00m x 0,50m x 0,18 m (comportando 45 aves) com três repartições. Pode-se utilizar gaiolas de madeira (com fundo de arame), tem como vantagem o baixo custo; porém, podem causar problemas de retenção de fezes nas laterais, o que aumenta a umidade e requer muito mais atenção na limpeza demandando mais tempo e mão-de-obra.
Gaiolas de Recria: São utilizadas na fase intermediária de crescimento. As aves são alojadas com 01 dia de vida e saem quando atingem os 30 dias de idade, quando serão alojadas nas Gaiolas.
Bebedouros: Na fase inicial os bebedouros devem ser do tipo copo-de-pressão, na proporção de 1:200 aves até 14 dias de idade, e 1:100 aves após esta data. No sistema de postura, o mais comum é o do tipo nipple, pois é automático e possibilita obter melhor qualidade da água, economia na sua administração e maior controle na aplicação de medicamentos; sendo o mais utilizado o do tipo Copinho, por manter a bandeja coletora de esterco mais seca. 
Comedouros: Na fase inicial se utiliza o tipo bandeja, já na fase de produção o mais utilizado no sistema de gaiolas é o do tipo calha, já no piso utiliza-se o prato e copo de pressão. Os comedouros tipo bandeja, comportam 200 a 250 aves até 14 dias de idade, após esta data deve-se utilizar comedouros pendulares infantis para frangos de corte, na proporção de 100 aves/comedouro.
2.2Sistemas de Criação
Criação Sobre Camas: É o de menor tecnologia, consiste basicamente em criar as aves sobre um material absorvente, denominado cama, geralmente de sabugo de milho picado, casca de arroz ou aparas de madeira. Utilizado na fase inicial das aves até 30 dias devido a muita perda de ovos quando começam a postura.
Criação em Gaiolas no Sistema de Baterias: Muito utilizado na fase de crescimento a partir de 30 dias e na fase de postura. Este nome bateria sobre a outra, formando andares.
Criação em Gaiolas no Sistema escada ou Pirâmide: É o sistema de criação que consiste no uso de gaiolas de arame galvanizado, idênticas as utilizadas no sistema de baterias, fixadas de maneira a dar a impressão de uma escada ou pirâmide. Apresenta como desvantagem seu alto custo.
 
2.3Biosseguridade
O programa de Biosseguriade consiste em procedimentos que contribuam para a limpeza e a higienização do ambiente da criação, a lavagem frequente dos bebedouros e comedouros, manter o ambiente livre de umidade, assim como fazer a retirada periódica das fezes nas bandejas coletoras. Deve-se lavar e desinfetar a bateria ou a gaiola toda vez que for retirado um lote de aves para renovação do plantel, fazer o vazio sanitário de pelo menos 15 dias após a desinfecção das instalações.
As codornas devem ser vacinadas contra as doenças de Newcastle e Coriza, por serem essas as responsáveis pelas principais perdas econômicas. A vacinação deve ser conduzida da seguinte forma:
 Vacinação de Newcastle
1ª dose: Aos 21 diasde idade, vacina vírus vivo, via ocular, aplica-se uma gota de vacina no olho.
2ª dose: Aos 45 dias de idade, vacina vírus morto, oleosa, via injetável, no músculo do peito, ou subcutânea, na dose de 0,5ml.
Vacinação de Coriza Infecciosa
1ª dose: Aos 28 dias de idade, vacina amostra morta, absorvida em hidróxido de alumínio, via injetável, no músculo do peito ou subcutânea, na dose de 0,5ml.
2ª dose: Aos 45 dias de idade, vacina amostra morta, emulsão oleosa, via injetável, no músculo do peito ou subcutânea, na dose de 0,5ml.
Vermifugação
Aos 30 dias de idade: Vermifugar as aves através da ração, com drogas à base de mebendazole. Repetir a medicação 3 semanas após. A dosagem deverá ser o dobro daquela recomendada a galinhas.
*Importante: consultar um zootecnista ou médico veterinário. Aplicar corretamente as vacinas e medicamentos necessários.
2.4Manejo de Criação das Codornas
2.4.1Manejo de Reprodução
Após o 21° dia, o macho tem plumagem do peito lisa, enquanto nas fêmeas surgem pintas da cor-de-chumbo e pretas. Além disso, quando adulto, o macho chega a pesar de 70 a 100 gramas; as fêmeas de 70 a 80 gramas. 
O acasalamento pode ocorrer durante o ano todo e se dá na proporção de um macho para três fêmeas para conseguir boa porcentagem de fertilização dos ovos, devido à grande sensibilidade das codornas à consanguinidade, recomenda-se evitar os cruzamentos entre parentes próximos. Não existe ainda no Brasil, uma seleção do material genético, ou melhor não existe alguma linhagem específica para codorna de postura e codorna para reprodução. Para evitar quedas no desempenho, os matrizeiros devem constantemente procurar linhagens novas de outros produtores para melhorar o plantel. 
O mais recomendável é através da incubação artificial, utilizando chocadeiras manuais ou digitais. Os ovos férteis devem ser armazenados a uma temperatura entre 10 e 16 graus e com umidade relativa entre 75 e 80%, por um período máximo de 7 dias e devem ser movimentados diariamente para garantir uma boa taxa de eclosão, que é por volta do 17° dia de incubação.
2.4.2Manejo dos Pintinhos
Após a eclosão, as codorninhas deve ser mantida em jejum por 24 horas. A partir deste período serão levadas para uma criadeira com aquecimento inicial de 37,8⁰C, onde receberão ração inicial contendo 26% de proteína bruta e que deverá ser oferecida à ave até 30 dias de idade. A água deve ser à vontade, tomando-se o cuidado de molhar o bico de algumas codorninhas para que estas indiquem para as outras onde beber a água. A partir do terceiro dia de vida, procede-se à redução diária de 1ºC até que a temperatura se torne ambiente.
 Antes da chegada das codorninhas de um dia, o galpão deve estar limpo e desinfetado, com todas as condições de abrigar as novas aves. Ao chegarem, as codorninhas devem ser colocadas imediatamente dentro dos círculos de proteção, com as campânulas ligadas e a temperatura estabilizada na zona de conforto (40° C).
O piso da criadeira deverá ser forrado com papel rústico ou saco de algodão durante os três primeiros dias de vida. A ração inicial será distribuída na própria forração feita por sobre o piso e a vontade, a partir deste período será oferecida em coxinhos do tipo bandeja. Os bebedouros manuais devem ser lavados e a água trocada, no mínimo, três vezes ao dia, sendo mais recomendados os bebedouros automáticos, copo infantis onde os pintinhos terão água fresca e limpa em abundância.
2.4.3Recria
A recria compreende o período entre 16 e 45 dias de idade, nesta época, as aves continuam recebendo ração e água à vontade, com o crescimento das codorninhas, deve-se ampliar o círculo de proteção, propiciando um adequado espaço às mesmas, sem ocorrer disputa por comida, água e espaço.
Deve-se também tomar o cuidado de cobrir o círculo com uma rede ou tela de proteção para evitar que as codorninhas voem para fora do círculo. Até os 21 dias de idade, deve-se utilizar iluminação contínua, para estimular o consumo de ração, melhorando o crescimento das codorninhas, e após este período deve ser fornecido apenas luz natural, entre 30 e 35 dias de idade, as fêmeas podem ser alojadas em gaiolas onde será feito a troca da ração inicial para a ração de postura que se inicia por volta dos 46 dias.
2.4.4Postura
A quantidade de ração por ave deve ser de 30 a 35 gramas, e a água deverá ser fornecida à vontade. Para um índice elevado de postura, o ambiente da criação das codornas em produção deve ser bem iluminado por 17 horas, preferencialmente por luz natural e quando for necessário auxiliar com lâmpadas de 15 watts, sendo uma para cada 5,00 m2 de galpão, barracão ou instalação. 
Na fase de postura as aves devem ser alojadas em gaiolas, que podem ser de várias dimensões. As mais utilizadas possuem: 96 cm de comprimento, 16 cm de altura, 38cm de profundidade, compartimento de 3 boxes de 32 cm e capacidade para 27 aves (9 aves/boxe). Cada gaiola desta é composta de comedouro tipo calha, bandeja coletora de fezes e bebedouro.
 
2.4.5Manejo dos Ovos
Os ovos que serão comercializados deverão ser colhidos duas vezes ao dia. A primeira coleta realizada pela manhã e a outra no final da tarde. Eles devem ser acondicionados nos pentes próprios, mantidos sobre refrigeração, para que as suas qualidades nutritivas sejam conservadas. 
Os ovos que são destinados a incubação, devem ter um cuidado especial. Precisamos analisar detalhadamente, para então levarmos a chocadeira.
Os ovos destinados a incubação devem ser colhidos pela manhã.
Nunca segure os ovos pelas laterais, sempre pelas extremidades. 
Nunca sacuda ou faça movimentos bruscos.
Mantenha em local escuro e a uma temperatura de 10 15°C.
 
2.5Alimentação
Água: A água deve ser potável e sempre à vontade, fresca, com todos os seus componentes em perfeitas condições de conservação;
Ração: Há no mercado rações fareladas de uso exclusivo de codornas e de pintinhos de codorna. Deve fornecer uma ração contendo por volta de 26% de PB e deverá ser oferecida à ave até a idade de 30/35 dias, a partir daí começarão a receber ração de engorda e de 45 dias em diante quando os machos e descartes serão levados ao abate e as fêmeas para a produção de ovos. 
O consumo estimado no período é de 500 gramas por aves. A partir de 45 dias, as fêmeas receberão a ração de postura com cerca de 23% de proteína bruta. Devem ser oferecidos, diariamente, entre 30 a 35 gramas desta ração por ave. A ração deve ser armazenada em local seco e fresco, não ter contato direto da embalagem com o piso e não ser guardada por período superior a 30 dias. Deve-se evitar, ainda, que seja atacada por roedores.
Conter todos os princípios nutritivos (protídeos, glicídios, lipídios, sais minerais e água) em qualidade e quantidades suficientes para atender a todas as necessidades energéticas e plásticas do organismo. Para que a ração de produção seja completa, deve ter 3 classes de alimentos:
– O alimento básico ou essencial, que constitui a ração fisiológica ou de sustentação;
– O alimento concentrado ou complementar, rico em proteínas (soja, farinha de carne, etc.), que é adicionado à ração para atender às necessidades produtivas do animal;
– O alimento auxiliar ou lastro, que serve para dar volume à fórmula alimentícia e que, em geral, é celulósico, como os farelos de trigo, de arroz, etc. 
Outro fator muito importante em uma ração pra codornas é a sua relação nutritiva, ou seja, a proporção entre a matéria nitrogenada do alimento e seus outros componentes, o que pode influir também sobre o valor nutritivo da ração. O consumo alimentar das Codornas é altamente influenciado por vários fatores como: taxa de postura, peso dos ovos, peso corporal, temperatura ambiente, idade das aves, número de aves por gaiola e constituição genética. Os comedouros devem estar sempre com ração disponível, pois estas possuem baixa habilidade em estocar proteína, necessitando de um consumo diário.
O preço é um dos fatores mais importantes no preparo de uma ração que, necessariamente, deve se tornar economicamenteviável, sem comprometer o lucro do criador. Desta forma, dentro do possível, podem ser feitas substituições de seus componentes.
 
2.6Mercado
A criação de codornas tem apresentado um desenvolvimento bastante acentuado nos últimos tempos. Os principais fatores que contribuem para isso são: o rápido crescimento da ave, maturidade sexual precoce, alta produtividade, grande número de aves em um pequeno espaço, longevidade na produção, baixo investimento, rápido retorno financeiro, além do excepcional sabor exótico de sua carne, responsável por iguarias finas e sofisticadas, podendo se tornar uma fonte de renda complementar dos pequenos produtores rurais.
Do lado técnico-econômico, torna-se ainda mais atrativa, ao verificar-se o rápido crescimento e chegada à idade de postura, a elevada taxa de fecundidade, o pequeno consumo de ração e a rusticidade (alta resistência a doenças).
2.7Localização
Na escolha da localização deve-se levar em consideração a facilidade de abastecer a granja com os insumos necessários, o escoamento da produção e a facilidade de acesso aos consumidores. O clima da região escolhida não poderá ter bruscas variações climáticas nem ter altas taxas de umidade relativa do ar. O local escolhido deverá ter boa ventilação, ser provido de energia elétrica, não deve correr risco de alagamento nem exposição a ventos encanados. Geralmente criações deste tipo são aconselháveis em áreas rurais. Porém este fator irá depender das prefeituras de cada localidade, cada uma terá seu plano diretor urbano.
3.CONCLUSÃO 
A codorna vem se destacando nos últimos tempos, como uma promissora fonte de renda para os produtores, devido à sua grande precocidade, alta produtividade, pequenos investimentos iniciais, e principalmente ao rápido retorno financeiro. Outro fator verificado, é a crescente procura de alimentos saudáveis para a saúde humana, onde tanto a carne, quanto os ovos da codorna, podem ser fontes viáveis de produtos de ótima qualidade. Entretanto, o conhecimento e planejamento são importantes para se obter sucesso na produtividade, uma vez que a viabilidade econômica dos investimentos está intimamente ligada com o profissionalismo do criador.
As perspectivas para a coturnicultura são de grande crescimento, pois é uma opção viável para as grandes empresas avícolas, sem deixar de ser uma atividade atrativa também para pequenos e médios criadores.
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística. Produção da Pecuária Municipal (PPM).
Pastore, S.M.; Oliveira, W.P. de; Muniz, J.C.L. Panorama da coturnicultura no Brasil. Revista eletrônica nutritime. vol.9, n.6, p.2041–2049.
GARCIA, E. A. Codornas para produção de carne. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE COTURNICULTURA, 1., 2002, Lavras. Anais.
MORAES, V.M.B.; ARIKI, J. Importância da nutrição na criação de codornas de qualidades nutricionais do ovo e carne de codorna. Universidade estadual paulista, Jaboticabal-SP, p.97-103, 2009. 
SILVA, J.H.V.; FILHO, J.J.; COSTA, F.G.P. et al. Exigências nutricionais de codornas. In: XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA - Zootec 2011. Maceió: Anais... Maceió – Al, 2011.
BERTECHINI, A. G. Coturnicultura. Carnes e Ovos no Brasil. Avisite. 
FUJIKURA, W. A Posição de São Paulo no Mercado Nacional de Ovos de Codorna e o Perfil do Consumidor Paulistano. II SIMPÓSIO INTERNACIONAL E I CONGRESSO BRASILEIRO DE COTURNICULTURA. Anais... Lavras: UFLA/NECTA, 2004. p.11-12.
LEANDRO, N.S.M., VIEIRA, N.S., MATOS, M.S., CAFÉ, M.B., STRINGHINI, J.H., SANTOS, D.N. Desempenho produtivo de codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) submetidas a diferentes densidades e tipos de debicagem. Acta Scientiarum Animal Sciences, Maringá, v. 27, n.1, p. 129-135, 2005.

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