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Aula 4 - Aspectos psicológicos da morte e do morrer

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Aspectos psicológicos da 
morte e do morrer
A percepção de si e do outro nas vivências de mortes simbólicas
Profª Liana Ribeiro Disciplina: Tanatologia Curso: Enfermagem
O que você entende sobre morte?
O ser do homem é um "ser que caminha para 
a morte“
Martin Heidegger
Como vocês lidam com a morte?
O autoconhecimento é 
fundamental para a vivência 
do processo de morte e 
morrer!
 Durante a vida, o ser humano passa por perdas naturais
do desenvolvimento, que o preparam para a vivência de
perda e finitude.
 Ao longo do processo de desenvolvimento, convive-se com os
pólos vida e morte.
 A passagem de cada fase de vida (infância, adolescência,
idade adulta e velhice) caracteriza-se por um processo de
morte simbólica ou morte em vida, à medida em que se perde
características e atividades de uma fase para iniciar outra e
atingir uma nova vida.
Kovács (1996) 
 Nosso crescimento não se origina do fato de percorrermos
tais estágios, mas de nos deixarmos amar no ponto em que
nos encontramos, de modo a curarmos todas as perdas,
mágoas, ressentimentos, raivas vivenciadas em cada
processo de “morte” ao longo da vida.
 Desta forma, a criança que é poupada de frustrações terá
mais dificuldade de viver perdas, lutos e a morte
propriamente dita.
Livro: O Pato, a Morte e a tulipa
 REFLETINDO...
O que o vídeo retrata?
 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
❖ Percepção de si e do outro.
❖ Percepção de inserção em uma cultura.
 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
❖ Noção de limite é fator estruturante
da identidade, e a noção máxima
desse limite é o da própria vida.
❖ Lidar com a morte é lidar com a
noção do limite, de plenitude, de
imortalidade.
O que é limite para você?
A noção de limite e de imortalidade
E imortalidade?
A noção de limite e de imortalidade
 O homem se angustia com a certeza da finitude e
busca defender-se desse mal-estar projetando
idéias de imortalidade: através de sua
descendência, de suas obras, de grandes feitos.
A noção de limite e de imortalidade
Mortes simbólicas
 Ao longo da vida, lidamos com vários fins ou com várias mortes:
MORTE REAL X MORTE SIMBÓLICA
 Quando acontece a morte de
uma pessoa amada ou algo
concreto (privação do que foi
perdido).
 Há uma ausência física, são
perdas tangíveis.
Por exemplo: além da morte, perda
de um membro ou parte do corpo
por amputação ou trauma,
separação, divórcio, perda de
emprego ou uma posição
importante.
 São perdas de natureza psicossocial.
 Algumas experiências vivenciadas ao
longo do desenvolvimento humano
apresentam analogia com a idéia de
morte
Exemplo: velhice, gravidez e o nascimento do
filho, final da infância, o final da
adolescência, etc.
 Ao longo do processo de desenvolvimento,
convive-se com os pólos vida e morte.
 A passagem de cada fase de vida (infância,
adolescência, vida adulta e velhice) caracteriza-se
por um processo de morte simbólica ou morte em
vida, na medida em que se perde características e
atividades de uma fase para iniciar uma outra e
atingir, assim, uma nova vida.
(KOVÁCS, 1996)
MORTES SIMBÓLICAS
Segundo Kovács (2002), as mortes simbólicas são mortes em vida que
ocorrem desde a mais tenra idade (por exemplo, a ausência da mãe
para o bebê), passando pelas mudanças próprias de cada fase do
desenvolvimento
humano.
Exemplos:
❖ O nascimento - a 1ª perda! - a do cordão umbilical;
❖ a morte do desmame;
❖ a morte do corpo infantil quando entramos na adolescência;
❖ a morte de um relacionamento quando alguém se separa de nós;
❖ a morte de um emprego quando somos despedidos etc.
 Atualmente, ela é vista como fraqueza e punição, tendo em vista
a interrupção à produção. De qualquer forma, a doença coloca o
indivíduo em contato com sua fragilidade e finitude; ou seja, ele
é afastado das suas atividades rotineiras, pode sofrer paralisias,
mutilações, enfrenta muitas vezes a dor ao longo do tratamento
e percebe-se enquanto ser mortal (COMBINATO; QUEIROZ, 2006,
p. 212).
 A doença também é um tipo de morte.
 Em outras épocas, a doença teve uma fase
glamourosa (por exemplo: a tuberculose): "a
doença era vista como um refinamento, o
sofrimento dignificando o homem"
(KOVÁCS, 1996, p. 21). 
 A separação pode ser vivenciada através de vários tipos de
experiências, desde a separação com a figura materna até a
separação de namorados e de casais.
 Ela envolve aspectos semelhantes ao luto; a diferença é que,
na situação de luto, houve a morte concreta de alguém,
enquanto, na separação, não. Apesar disso, "é preciso matar
o outro dentro de si" (Kovács, 1996, p. 14).
 Segundo Kovács (1996, p. 15), "o risco da
separação depende da possibilidade de se
perder, junto com o perdido, o significado da
vida".
 É preciso, nesse momento, construir uma nova
vida – agora, sem o outro; o que significa elaborar
a perda, retomar as atividades cotidianas, investir
em novas relações.
Amor X Perdas
 Por que temos ciúme?
 Porque tememos perder quem amamos?
SEPARAÇÃO
A morte do outro em minha consciência e a minha morte 
na consciência do outro. 
Há os que evitam o aprofundamento das relações: preferem não viver a
experiência amorosa para não ter de viver com a morte
Amputação
 A amputação é multifatorial e pode se dar em decorrência de traumatismos, 
acidentes ou degenerações, porém é característico do processo que a pessoa 
amputada tenha de lidar com a finitude da vida ao ter de considerar que uma 
parcela de si entrou em óbito.
 A pessoa confronta-se com nova transformação, que exigirá esforço para 
vivenciar luto e morte, decorrente da perda de um órgão ou membro. 
A comunicação sobre a amputação desperta o sentimento de perda e 
luto (Cavalcanti, 1994), compara-se “a perda do membro com a 
perda de uma pessoa querida” (MACEDO; CREPALDI, 2009, p. 64).
 Em algumas situações, para potencializar a assimilação da perda e
elaborar o luto, o membro perdido é protagonista de um rito de
passagem, incluindo funeral, féretro e deposição em túmulo, com
lápide pertinente. Tais ritos não são apenas dramatizações, mas
mecanismos que possibilitam o enlutado de escoar sua dor, uma vez
que a sociedade, de modo geral, não avalia a real dimensão do
sofrimento que esta transformação gera.
“Contudo, o luto pela perda do membro não é aceito socialmente como
o luto pela morte de um ente querido, visto que a sociedade não espera
que o indivíduo fique enlutado pela perna como ficaria por sua esposa”
(PARKES apud MACEDO; CREPALDI, 2009, p. 63).
 Para elaborar este processo ocorre o estado
de luto, que consiste em uma elaboração da
consciência da perda, ou seja, num processo
de absorção da experiência e a
reestruturação de sua vida (processo que leva
o enlutado a uma ação, em outras palavras, a
se adaptar a nova realidade a ser vivida).
 O luto é uma reação natural e saudável à
perda. Na maioria dos casos, este é
descomplicado, com sinais, manifestações ou
expressões de luto saudáveis. Porém, quando
este é extensamente prolongado por anos a
fio, diz-se que seja um luto patológico, uma
vez que a pessoa não se torna capaz de
concluir este processo (RANGEL, 2008).
Viver essas mortes é vivenciar a frustração!
 Quanto melhor for a capacidade do sujeito em lidar com a
frustração e quanto mais criativas forem suas respostas para os
problemas que a vida lhe apresentar, mais saudável será a
pessoa.
 A vivência dessas mortes simbólicas nos prepara para a vivência
da morte real, além de nos proporcionar melhor qualidade de
vida e consciência de nossas reais possibilidades
Nem toda perda é um mal.Ela pode 
representar transformações, crescimentos. 
O nascimento, as perdas e as separações.

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