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CONTABILIDADE COMERCIAL U N O PA R CO N TA B ILID A D E CO M ER CIA L 9 788587 686664 ISBN 978-85-87686-66-4 CONTABILIDADE COMERCIAL U N O PA R CO N TA B ILID A D E CO M ER CIA L 9 788587 686664 ISBN 978-85-87686-66-4 CONTABILIDADE COMERCIAL U N O PA R CO N TA B ILID A D E CO M ER CIA L 9 788587 686664 ISBN 978-85-87686-66-4 Fábio Rogério Proença Contabilidade comercial Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Proença, Fábio Rogério P962c Contabilidade Comercial/ Fábio Rogério Proença – Londrina: UNOPAR, 2014. 256 p. ISBN 978-85-87686-66-4 1. Comercio. 2. Financeiro. I Título. CDD 657.839 © 2014 by Unopar Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Unopar. Diretor editorial e de conteúdo: Roger Trimer Gerente de produção editorial: Kelly Tavares Supervisora de produção editorial: Silvana Afonso Coordenador de produção editorial: Sérgio Nascimento Editor: Casa de Ideias Editor assistente: Luciane Gomide Revisão: Carla Martins Capa: Solange Rennó Diagramação: Casa de Ideias 89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:18 - January 31, 2014 - PG-4 Sumário Unidade 1 | Introdução à contabilidade comercial Seção 1 - Noções de comércio e instituições comerciais 1.1 | Atividade comercial 1.1.1 | Comércio e instituições comerciais 1.1.1.1 | Origens históricas do comércio 1.2 | Tipos de sociedade empresária 1.2.1 | Constituições de empresas 1.3 | Contabilidade comercial 1.3.1 | Contabilidade como profissão 1.3.2 | Funções e conceitos da contabilidade comercial 1.3.3 | Campo de aplicação da contabilidade 1.3.4 | Usuários da contabilidade 1.4 | Princípios, convenções e normas de contabilidade 1.4.1 | Princípios contábeis 1.4.2 | Convenções contábeis 1.4.3 | Normas brasileiras de contabilidade 1.4.4 | Comitê de pronunciamentos contábeis Seção 2 - Escrituração contábil 2.1 | Fatos contábeis 2.1.1 | Fatos permutativos/variações qualitativas 2.1.2 | Fatos permutativos/variações quantitativas 2.1.3 | Fatos mistos/variações mistas 2.2 | Métodos e critérios de escrituração 2.2.1 | Documentação contábil 2.2.2 | Contas contábeis 2.3 | Reconhecimento dos elementos patrimoniais e de resultado 2.3.1 | Ativos 2.3.2 | Passivos 2.3.3 | Patrimônio líquido 2.3.4 | Receitas e despesas 2.4 | Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis 2.4.1 | Reconhecimento de ativos 2.4.2 | Reconhecimento de passivos 2.4.3 | Reconhecimento de receitas 2.4.4 | Reconhecimento de despesas 2.5 | Erros de escrituração 2.6 | Escrituração de matriz e filial 11 14 14 14 15 17 18 19 19 20 20 21 22 22 26 27 30 36 36 36 37 37 38 40 40 43 43 43 44 45 45 46 46 47 47 48 50 Unidade 2 | Plano de contas e estática patrimonial Seção 1 - Plano de contas 1.1 | Plano de contas 1.2 | Sped contábil Seção 2 - Estática patrimonial 2.1 | Conceito de patrimônio 2.1.1 | Conceito econômico de bens 2.1.2 | Conceito contábil de bens 2.1.3 | Conceito jurídico de bens 2.1.4 | Classificação dos bens quanto à natureza 2.1.5 | Classificação dos bens quanto à disposição 57 60 60 71 73 73 74 74 75 75 75 2.2 | Equação do patrimônio 2.3 | Ativo não circulante 2.3.1 | Realizável em longo prazo 2.3.2 | Investimentos 2.3.3 | Imobilizado 2.3.4 | Intangível 2.3.5 | Depreciação 2.3.6 | Amortização 2.3.7 | Exaustão 2.4 | Capital 2.4.1 | Capital do ponto de vista contábil 2.4.2 | Subscrição do capital 2.4.3 | Capital social não subscrito 2.4.4 | Capital social integralizado 2.5 | Livro diário 2.6 | Livro-razão 2.7 | Balancete de verificação 76 76 77 77 78 81 82 90 92 93 94 95 96 96 97 99 101 Unidade 3 | Operações com mercadorias Seção 1 - Aspectos tributários 1.1 | Legislação tributária 1.1.1 | Tipos de tributos 1.2 | Tributos com características fiscais 1.2.1 | Impostos 1.2.2 | Taxas 1.2.3 | Contribuição de melhoria 1.3 | Classificação econômica dos tributos 1.3.1 | Tributos Diretos 1.3.2 | Tributos Indiretos 1.4 | Classificações dos impostos segundo a esfera de competência 1.4.1 | Impostos da Competência da União 1.4.2 | Impostos da Competência dos Estados e Distrito Federal 1.4.3 | Impostos da Competência dos Municípios 1.5 | Impostos incidentes sobre o faturamento 1.5.1 | Cofins 1.5.2 | PIS 1.5.2.1 | Créditos do PIS/Pasep Não Cumulativo 1.5.2.2 | Crédito Sobre o Valor dos Bens Adquiridos para Revenda 1.5.2.3 | Crédito Sobre o Valor de Bens e Serviços Utilizados como Insumo 1.5.2.4 | Crédito Sobre o Valor da Energia Elétrica Consumida 1.5.2.5 | Crédito Sobre o Valor de Aluguéis de Prédios, Máquinas e Equipamentos 1.5.2.6 | Crédito Sobre o Valor de Despesas de Empréstimos e Financiamentos 1.5.2.7 | Crédito Sobre o Valor de Encargos de Depreciação e Amortização 1.5.2.8 | Crédito Sobre o Valor de Encargos de Bens Recebidos em Devolução 1.5.2.9 | Crédito Sobre o Valor de Armazenagem de Mercadoria e Frete 1.5.2.10 | Contabilização do PIS/Pasep Não Cumulativo 1.5.3 | ICMS Seção 2 - Operações com mercadorias 2.1 | Operações do comprador 2.1.1 | Compras de mercadorias 2.1.2 | Fretes sobre compras 2.1.3 | Bonificações de mercadorias recebidas 2.1.4 | Abatimentos sobre compras 2.1.5 | Devoluções de compras 2.1.6 | Descontos financeiros obtidos 107 110 110 111 111 111 111 112 112 112 112 112 112 113 113 113 113 121 121 122 122 122 123 123 123 125 125 127 128 130 130 130 132 133 133 134 136 2.1.7 | Adiantamento ao fornecedor 2.1.8 | Descontos incondicionais obtidos 2.2 | Operações do vendedor 2.2.1 | Vendas de mercadorias 2.2.2 | Fretes sobre vendas 2.2.3 | Vendas por cartão de crédito 2.2.4 | Descontos incondicionais concedidos 2.2.5 | Vendas canceladas ou devolução de venda 2.2.6 | Adiantamentos recebidos de clientes 136 138 141 141 144 145 146 147 149 Unidade 4 | Estoque, CMV e folha de pagamento Seção 1 - Estoque e CMV 1.1 | Estoque e CMV 1.1.1 | Estoques 1.1.1.1 | Itens de estoques 1.1.1.2 | Tratamento contábil 1.1.1.3 | Mensuração dos estoques 1.1.1.4 | Critério de valorização dos estoques 1.1.1.5 | Reconhecimento no resultado 1.1.1.6 | Divulgação 1.2 | Provisão para ajuste do estoque ao valor de mercado 1.3 | Provisão para perdas em estoques 1.4 | ICMS nos estoques 1.4.1 | Conta-corrente do ICMS 1.4.2 | Contas ICMS a recuperar e ICMS a recolher 1.5 | Controle de estoques 1.5.1 | Inventário periódico 1.5.1.1 | Mercadoria conta desdobrada 1.5.2 | Inventário permanente 1.6 | Inventário permanente e avaliação dos estoques 1.6.1 | PEPS – primeiro que entra primeiro que sai 1.6.2 | Custo médio ponderado móvel 1.6.3 | UEPS – último que entra primeiro que sai 1.6.4 | Custo específico 1.6.5 | Fichas de controles de estoques 1.7 | Custo das mercadorias vendidas 1.8 | Resultado com mercadorias (RCM) Seção 2 - Folha de pagamento 2.1 | Legislação trabalhista 2.1.1 | Pagamento 2.1.2 | Remuneração e salário 2.1.3 | Comissões e percentagens 2.1.4 | Repouso semanal remunerado 2.1.5 | Gratificações 2.1.6 | Adicionais 2.1.7 | Adiantamento salarial 2.1.8 | Parcelas excluídas do salário 2.1.9 | Descontos nos salários 2.1.10 | Contribuição sindical 2.1.11 | Contribuição confederativa 2.1.12 | Contribuição assistencial 2.1.13 | Contribuição à previdênciasocial 2.1.14 | Alimentação, cesta básica e habitação 2.1.15 | Habitação 2.1.16 | Contribuições sociais 2.1.17 | FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 2.1.18 | Retirada pró-labore 2.1.19 | Férias 157 160 160 160 160 161 163 163 163 164 165 165 166 167 169 170 171 173 175 177 178 179 180 182 182 183 186 187 187 188 188 189 189 190 190 190 191 192 192 192 192 193 193 193 194 194 194 195 2.1.20 | Abono de férias 2.1.21 | 1/3 das férias 2.1.22 | 13º salário – gratificação de Natal 2.2 | Contabilização da folha de pagamento 2.2.1 | Adiantamentos de salários 2.2.2 | Vale-transporte 2.2.3 | INSS 2.2.4 | Provisão para férias 2.2.5 | Provisão para 13º salário 2.2.6 | Exemplo prático completo 195 196 196 197 198 198 199 201 202 204 Unidade 5 | Registro dos contábeis Seção 1 - Operações financeiras 1.1 | Operações financeiras 1.1.1 Empréstimos 1.1.1.1 | Incidência de juros e demais encargos financeiros 1.1.1.2 | Empréstimos pós-fixado 1.1.1.3 | Empréstimo pré-fixado 1.2 | Aplicações financeiras 1.2.1 | Aplicação financeira de renda fixa 1.2.2 | Aplicação financeira de renda variável 1.3 | Operações com duplicatas 1.3.1 | Desconto de duplicatas 1.3.2 | Duplicatas em cobrança simples 1.4 | Descontos financeiros 1.5 | Juros financeiros Seção 2 - Outras escriturações 2.1 | Prêmio de seguros a apropriar 2.2 | Arrendamento mercantil — leasing 2.3 | Consórcios 2.4 | Parcelamento de débito 213 216 216 216 216 217 218 219 219 220 221 221 224 226 227 229 229 231 237 242 Glossário Referências 247 250 Carta ao aluno O crescimento e a convergência do potencial das tecnologias da informação e da comunicação fazem com que a educação a distância, sem dúvida, contribua para a expansão do ensino superior no Brasil, além de favorecer a transformação dos métodos tradicionais de ensino em uma inovadora proposta pedagógica. Foram exatamente essas características que possibilitaram à Unopar ser o que é hoje: uma referência nacional em ensino superior. Além de oferecer cursos nas áreas de humanas, exatas e da saúde em três campi localizados no Paraná, é uma das maiores universidades de educação a distância do país, com mais de 450 polos e um sistema de ensino diferenciado que engloba aulas ao vivo via satélite, Internet, ambiente Web e, agora, livros-texto como este. Elaborados com base na ideia de que os alunos precisam de instrumentos didáticos que os apoiem — embora a educação a distância tenha entre seus pilares o autodesenvolvimento —, os livros-texto da Unopar têm como objetivo permitir que os estudantes ampliem seu conhecimento teórico, ao mesmo tempo em que aprendem a partir de suas experiências, desenvolvendo a capacidade de analisar o mundo a seu redor. Para tanto, além de possuírem um alto grau de dialogicidade — caracterizado por um texto claro e apoiado por elementos como “Saiba mais”, “Links” e “Para saber mais” —, esses livros contam com a seção “Aprofundando o conhecimento”, que proporciona acesso a materiais de jornais e revistas, artigos e textos de outros autores. E, como não deve haver limites para o aprendizado, os alunos que quiserem ampliar seus estudos poderão encontrar na íntegra, na Biblioteca Digital, acessando a Biblioteca Virtual Universitária disponibilizada pela instituição, a grande maioria dos livros indicada na seção “Aprofundando o conhecimento”. Essa biblioteca, que funciona 24 horas por dia durante os sete dias da semana, conta com mais de 2.500 títulos em português, das mais diversas áreas do conhecimento, e pode ser acessada de qualquer computador conectado à Internet. Somados à experiência dos professores e coordenadores pedagógicos da Unopar, esses recursos são uma parte do esforço da instituição para realmente fazer diferença na vida e na carreira de seus estudantes e também — por que não? — para contribuir com o futuro de nosso país. Bom estudo! Pró-reitoria Apresentação Este trabalho foi desenvolvido para fins de atendimento aos alunos do curso de graduação em Ciências Contábeis, sendo esta uma ciência social aplicada, que depende das ações humanas, que, mediante sua intervenção, modificam o objeto de estudo desta ciência, que é o patrimônio das entidades, assim como suas ocorrências e variações, as quais vêm a impactar de forma positiva ou negativa neste patrimônio. Diante dessa perspectiva, no curso de graduação em Ciências Contábeis, temos a disciplina de Contabilidade Intermediária, a qual contempla diversas discussões relevantes acerca do objeto de estudo da contabilidade. Esta obra está baseada na Lei 6.404, do dia 15 de dezembro de 1976, com as devidas alterações promulgadas pela Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, com algumas considerações efetuadas pela Medida Provisória n. 449, em 3 de dezembro de 2008 que finalmente foi convertida na Lei 11.941 em 27 de maio de 2009. Contempla a referida obra a harmonização da contabilidade brasileira com as normas internacionais de contabilidade, princípios contábeis, procedimentos para a elaboração e divulgação de relatórios contábeis. Os principais objetivos deste trabalho foram a didática, a simplicidade e a prática profissional, visando sempre o estudo da Contabilidade em todos os níveis curriculares e a orientação para os futuros profissionais do ramo. Abordaremos questões quanto aos métodos de escrituração contábil, planos de contas, registro de operações envolvendo mercadorias, apuração e escrituração do custo das mercadorias vendidas, contabilização da folha de pagamento e outras operações comuns às empresas cuja atividade preponderante é a comercial. Serão tratados os aspectos e procedimentos adotados para fins de elaboração do Balancete de Verificação, inclusive comentando a respeito das formalidades intrínsecas e extrínsecas do Livro Diário. A obra está dividida em cinco unidades e, ao final de cada uma, você irá se deparar com propostas de atividades para fins de aprendizagem e reflexão sobre o que foi abordado no decorrer da leitura. Unidade 1 Introdução à contabilidade comercial Apresentar noções de comércio e instituições comerciais, demonstrar a importância da contabilidade comercial para essas empresas, abordando de forma sucinta os conceitos sobre a introdução à contabilidade e os princípios e convenções que a regem. Objetivos de aprendizagem Nesta seção iremos estudar a respeito da atividade comercial, sua origem histórica, seus conceitos, a forma como procedemos à legalização dos negócios bem como a definição de contabilidade comercial, seu campo de aplicação, usuários, bem como os princípios e normas que a regem. Nesta seção iremos estudar os fatos contábeis de uma empresa, os métodos de escrituração, as contas contábeis, plano de contas para atividade comercial, veremos também os registros contábeis de empresas com filiais e, por fim, estudaremos o Livro Diário e Razão. Seção 1 | Noções de comércio e introdução à contabilidade comercial Seção 1 | Escrituração contábil Introdução à unidade Nesta unidade você será levado a uma revisão contábil geral, trataremos de conceitos de comércio, sociedades comerciais, levaremos a vocês a exposição sobre plano de contas, regimes de contabilização, bem como a abordagem sobre como proceder na abertura de empresas. Nossos estudos e discussões serão apresentados seguindo as alterações promovidas na Lei das Sociedades Anônimas. Um dos propósitos das discussões é compreender as mudanças que ocorreram a partir da lei sobre o assunto proposto. Dentro ainda desta unidade serão apresentados os conceitos e funções da Contabilidade. E ainda enfatizaremos os princípios, convenções e normas de Contabilidade. E por últimoserá discutido sobre os registros contábeis, fatos contábeis, documentação contábil, erros de escrituração, o Livro Diário e suas formalidades intrínsecas e extrínsecas bem como o Livro-Razão. Essas discussões da unidade se fazem necessárias porque cada vez mais nos deparamos com a necessidade de ter um profissional da área contábil, conhecedor tanto das origens do comércio como de sua formalização, para então estar apto a estudar as práticas contábeis dentro da legislação vigente, a qual permite direcionar o rumo que as entidades devem seguir por meio de orientações quanto à busca constante quanto a maximizar lucros, sem deixar rastros ou brechas para possíveis problemas junto ao fisco ou demais órgãos que normatizam e regem a profissão contábil. Isso porque o mercado dinâmico contribui para mudanças constantes de cenários motivados pela globalização da economia. U1 - Introdução à contabilidade comercial14 Seção 1 Noções de comércio e instituições comerciais 1.1 Atividade comercial Antes de darmos início à aprendizagem de como se contabilizam fatos contábeis de empresas que praticam a atividade comercial, devemos conhecer a origem e caracte rísticas dessa atividade, para isso iniciamos estudando a definição de “Comércio”, que podemos resumir como a troca de mercadoria por dinheiro ou de uma mercadoria por outra. No passado a sociedade tinha suas necessidades essenciais para a sua sobrevivência, mas, sem a existência da moeda, praticava a troca de bens que tinham em maior quantidade por outros que não possuíam. Atualmente com a presença do dinheiro, o comerciante, pessoa física ou jurídica, é aquele que coloca à disposição grande variedade de bens e serviços necessários à satisfação do ser humano. 1.1.1 Comércio e instituições comerciais Comércio é equivalente à troca de produtos, ele está relacionado com a economia formal praticada dentro da legislação vigente ou de forma informal, que são aqueles atos praticados por firmas sem registro e por este motivo praticam a sonegação fiscal, que é um crime que fere o Código Tributário Nacional. Quando falamos em atividade comercial devemos nos lembrar de que o ato de comércio pode ser praticado dentro do território nacional ou entre países, nesse caso chamamos de comércio exterior, dessa forma todo país possui regras de importação e exportação às quais as empresas são submetidas. Exportar significa que determinada empresa vende um produto ou bem para fora do país, já a importação é quando a empresa compra de outro país um bem ou produto. Por último devemos compreender que o comércio atacadista é aquele que compra e vende em grandes quantidades, dessa forma os valores das operações comerciais tendem a serem menores que o praticado pelo comércio varejista, que é aquele que vende para o U1 - Introdução à contabilidade comercial 15 consumidor final. 1.1.1.1 Origens históricas do comércio Na antiguidade, os fenícios possivelmente foram o povo que mais se notabilizou na atividade comercial. Várias causas e fatores contribuíram para tal, alguns, inclusive, de natureza geográfica. Por exemplo, a Fenícia possuía pouca terra para o aumento de sua agricultura com uma grande qualidade. A Fenícia dispunha de pouca terra para a ampliação da agricultura de grande qualidade. Por esse motivo, passou a praticar a atividade comercial, por meio de uma enorme frota que realizava extensas práticas comerciais com as civilizações do Ocidente, e também por deslocamento por terra, com as civilizações do Oriente. Além dos fenícios, foram muitos os povos da antiguidade que exerceram com esmero a atividade comercial, como os gregos e os romanos. Portanto, a contabilidade sem caráter científico era praticada pelo homem antigo, com o objetivo principal de controlar o Patrimônio, que era representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos de riqueza, sendo os primeiros registros contábeis feitos de forma simples, na maioria das vezes na memória do homem, que, por conta da grande dificuldade de controle, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, com a utilização de gravações e outros métodos alternativos para manter por mais tempo o arquivo desses registros para consultas e comparações. São aceitas como primeiros registros contábeis algumas escrituras encontradas em escavações que datam do término da Era da Pedra Polida, momento em que o homem passou a registrar os seus primeiros desenhos e gravações. Este é um fato histórico, podendo, a título de interpretação, ser considerado outro momento o início de registros contábeis. Mais recentemente, entre os séculos XII e XVI, vários países independentes e re-públicas europeias desenvolveram intensa atividade comercial. Destacando Veneza, com seu interesse principalmente voltado para o Oriente, e Portugal, bem como outros países de tradição de descobertas e de navegação. Por vocação, por necessidade e como consequência de suas descobertas, acabaram desenvolvendo atividade comercial em níveis acima da média. U1 - Introdução à contabilidade comercial16 Atualmente o comércio é uma atividade primordial de todos os países. No Período Medieval, que foi batizado como “Era Técnica” por conta das grandes invenções, houve o crescimento e o aperfeiçoamento da contabilidade, por causa do advento do capitalismo, junto, nesse período, iniciava-se o trabalho assalariado, tornando a contabilidade mais complexa, quando surge pela primeira vez a conta “Capital”. Nessa época havia de maneira simples as figuras de Débito e Crédito. Quanto ao período moderno, pode-se dizer que foi a fase da pré-ciência, em que ocorrem vários fatos importantes como o descobrimento do Brasil e também a Reforma Religiosa, por meio da qual protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas. A contabilidade entrou em cena, então, para controlar essas riquezas. No mesmo período, na Itália a contabilidade entra no seu período científico, de forma que a Contabilidade já chegara à universidade e começou a ser lecionada junto com a aula de comércio da corte, em 1809. Desde a época da abertura dos portos, o Brasil tem desenvolvido vasta aptidão para atividades comerciais, tanto internas quanto externas, sendo beneficiado pela excêntrica variedade de produtos primários e secundários que produz, porém, até pouco tempo atrás o país era oprimido pela necessidade de importar outros bens de capital dos quais era carente. Apesar de já existir várias formas de Contabilidade no Brasil, a primeira manifestação oficial data de 1808, com a vinda da Família Real ao país. Dom João VI publicou um alvará que obrigava a adoção do método das partidas dobradas. Atualmente as funções do contabilista não se restringem meramente ao âmbito fiscal, tornando-se, por conta do mercado complexo de economia, peça vital para empresas em relação ao oferecimento de informações mais precisas possíveis para tomada de decisões. Links Nos dias atuais a atividade de comércio eletrônico vem crescendo muito em nosso país. Dentro desse contexto separamos um link com U1 - Introdução à contabilidade comercial 17 informações importantíssimas desse segmento. Acesse: <http://www. sebrae.com.br/setor/comercio-eletronico>. 1.2 Tipos de sociedade empresária A Sociedade Empresária tem seus instrumentos de constituição e alterações registrados na Junta Comercial, enquanto as Sociedades Simples são registradas em cartórios. O novo Código Civil, com relação ao nome ou denominação social das empresas, determina que conste a designação do objetivo da sociedade. Dessa forma é necessário que o nome empresarial contenha especificamente a atividade que a empresa exerce, no caso de mais de um objeto social é recomendado que conste a atividade preponderante exercida porela. As Sociedades Empresárias registradas podem exercer várias atividades, como industriais, comerciais e prestadoras de serviços e podem ser regulamentadas nos tipos mais comuns como: Sociedade Simples: constituída para a exploração de atividades de prestação de serviços decorrentes de atividades como advogados, médicos, dentistas, contadores entre outros, onde o contrato e alterações são registrados em cartórios de registro cível de pessoas jurídicas. Sociedade Limitada: esse tipo de sociedade é utilizado por mais de 90% das empresas brasileiras. A Sociedade Limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas como sócios no contrato social ou, ainda, se o contrato permitir administradores não sócios, a designação deles dependerá de aprovação em unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a integralização. O Capital Social estabelecido é dividido entre os sócios em quotas podendo ser em partes iguais ou desiguais, e a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de cada uma de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Sociedade Anônima: tem seu capital social dividido em ações e a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das ações adquiridas. Sociedade Sem Fins Lucrativos: é constituída pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos e não há entre os associados direitos e obrigações. Os associados têm direitos iguais, no U1 - Introdução à contabilidade comercial18 entanto, o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. A quantidade de associado é intransmissível e a exclusão do associado só é admissível se houver justa causa, tudo isso obede-cendo às regras do Estatuto. A importância da leitura do texto a seguir está em conhecer um pouco sobre a Eireli – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. O texto traz informações básicas para o entendimento sobre o tema e sobre os procedimentos para a transformação de empresas em Eireli, bons estudos! 1.2.1 Constituições de empresas Para que uma empresa seja constituída devemos elaborar um contrato, e nele as principais regras que regerão a sociedade, sendo esta a primeira etapa para o desenvolvimento da constituição da empresa. Antes do registro da empresa é necessário seguir algumas regras fundamentais para a elaboração do contrato, como: • tipo de sociedade: empresa individual, sociedade simples, sociedade empresarial, sendo Ltda. ou S.A.; • ramos de atividade da empresa; • o Capital Social, a participação, responsabilidade e qualificação • de cada sócio; • o nome comercial da empresa e endereço de funcionamento; • prazo de duração da sociedade, podendo ser determinado ou indeterminado; • e outras informações, como forma de integralização do capital, atitudes no caso e falecimento de um dos sócios etc. Também é importante ressaltar que, após o contrato registrado na Junta Comercial ou em cartório, é necessário obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) na Receita Federal, e após esse processo obter permissão de funcionamento do estabelecimento na Receita Estadual e Municipal. Para saber mais Vamos conhecer um pouco mais sobre constituição de empresas, modelos de contratos sociais, alterações, entre outros. Para isso, acesse U1 - Introdução à contabilidade comercial 19 1.3 Contabilidade comercial Contabilidade Comercial é uma das ramificações das Ciências Contábeis que é aplicada ao estudo e ao controle do patrimônio das entidades comerciais, tendo como objetivo primordial oferecer informações sobre sua composição e as variações do mesmo, abordando também o resultado oriundo das operações na atividade empresarial. Dessa forma fica evidente que, além de acompanhar a variação quantitativa e qualitativa do patrimônio das empresas, torna-se imprescindível compreender o quadro econômico e jurídico mais amplo de dentro do qual operam, bem como algumas características essenciais de sua gestão. A Apuração do Resultado com as mercadorias, como é o caso da empresa comercial, é muito mais do que uma diferença entre entradas e saídas, muitos mais detalhes devem ser considerados. Como vamos ver o próprio custo da mercadoria envolve muito mais que apenas os valores das compras. 1.3.1 Contabilidade como profissão As sociedades, em se tratando de empresários e investidores, concentram sua atenção em um novo recurso − a informação. Nesse ponto a Contabilidade, por excelência, sendo a ciência da informação, traz grandes perspectivas para o profissional contábil, considerando que as empresas sempre se interessam por profissionais com boa experiência, principalmente na área fiscal, custos, auditoria etc. Além disso, por ser um profissional liberal, ele pode prestar serviços às pequenas empresas. Observa-se que não há um limite de idade para o exercício dessa profissão, sendo apenas um requisito necessário ao bom profissional o constante aprimoramento de seus conhecimentos. Podemos contar com várias especializações na área contábil, onde se abre um leque bastante amplo, conforme o dom de cada profissional. o site do DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio, disponível em: <http://www.dnrc.gov.br>. U1 - Introdução à contabilidade comercial20 1.3.2 Funções e conceitos da contabilidade comercial Obedecendo às normas próprias e seus preceitos, e estando definidos os objetivos de estudo e sua finalidade, pode-se afirmar que a contabilidade faz parte das ciências econômicas e administrativas. Contudo, a contabilidade estuda os fatos econômicos e financeiros que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa, jurídica ou física, evidenciados por meio das demonstrações contábeis e relatórios específicos para determinada finalidade. Com o passar do tempo e com o progresso da contabilidade além dos valores registrados no balanço patrimonial, é indispensável a apresentação das informações complementares como quantidade de produtos vendidos ou serviços prestados, números de clientes e fornecedores, para que possamos atender as exigências da receita federal ou estadual que está cada vez mais estabelecendo esses detalhamentos e até mesmo ao empresário, que não tinha essa preocupação. Dentro dos aspectos de apuração do resultado com mercadoria de uma empresa, é muito mais do que uma simples diferença entre valores de vendas e custos das vendas, no delineamento das vendas líquidas e na apuração dos custos das vendas, muitos detalhes devem ser considerados, como o custo da mercadoria vendida envolve muito mais que os valores das compras, é um fato importante que será apresentado também nos capítulos seguintes. Entretanto, a contabilidade no sentido universal é aplicada em qualquer setor de atividade, mas neste livro será dirigida preferencialmente à contabilidade comercial. 1.3.3 Campo de aplicação da contabilidade A contabilidade possui como seu campo de aplicação todas as pessoas físicas ou jurídicas que tenham atividades econômicas, para isso ela identifica, registra, acumula, resume e interpreta todos os fatos contábeis, em outras palavras, todos os acontecimentos que interferem na situação patrimonial, econômica e financeira das entidades. A principal finalidade da contabilidade é assegurar o total controle do patrimônio da entidade e por meio desse controle fornecer as informações sobre a sua composição e variações do U1 - Introdução à contabilidade comercial 21 seu patrimônio, e dessa forma promover a apuração do resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela empresa. 1.3.4 Usuários da contabilidade As informações contábeis podem ser utilizadas por inúmeras pessoas, dentro de seus próprios interesses. Os sócios, acionistas e investidores sãopessoas interessadas e têm como maior interesse saber da rentabilidade e segurança de seus investimentos e necessitam principalmente das seguintes informações: • se a empresa oferece perspectiva de rentabilidade e segurança para os investimentos; • a taxa de lucratividade proporcionada ao investimento aplicado na empresa; • e se existem dentro das empresas alternativas mais adequadas para os investimentos. No caso dos bancos e financeiras, eles precisam basicamente das mesmas informações dos sócios e acionistas. Já o governo é com as informações contábeis que eles esboçam a política tributária, e com as estatísticas dos dados contábeis de diversas empresas que é determinada a situação de cada região do país. Os administradores e diretores atingem um grau mais elevado das análises contábeis e com maior frequência, pois são eles os responsáveis por decisões que visam o andamento da empresa; é imprescindível que saibam o que aconteceu no passado e o que está acontecendo no momento. Vale a pena ressaltar que as informações fornecidas pela contabilidade não são limitadas apenas pelas demonstrações financeiras elaboradas anualmente, e sim fornecem informações rotineiras envolvendo vários aspectos da gestão financeira e econômica da sociedade. Portanto, a contabilidade se divide em dois grandes ramos, a Contabilidade Financeira, mais utilizada pelos agentes externos da sociedade, cujos relatórios são basicamente o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, e a Contabilidade Gerencial, visada para a administração da sociedade, que é uma contabilidade mais analítica que inclui informações de custos da empresa. U1 - Introdução à contabilidade comercial22 1.4 Princípios, convenções e normas de contabilidade 1.4.1 Princípios contábeis Os princípios da Contabilidade são normas resultantes dos princípios técnicos decorridos da contabilidade dentro do seu desenvolvimento de aplicação e prática, proporcionando melhor apresentação das demonstrações financeiras. A Resolução do CFC n. 750/93 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1993) e a Resolução atualizada n. 1.282/10 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010) dispõem sobre os princípios da contabilidade, onde as normas proporcionam interpretação uniforme das demonstrações contábeis. Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades. São Princípios de Contabilidade: • o da entidade; • o da continuidade; • o da oportunidade; • o do registro pelo valor original; • o da atualização monetária (Revogado pela Resolução CFC n. 1.282/2010) (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010); • o da competência; • o da prudência. O Princípio da Entidade é tratado no art. 4 da Resolução do CFC n. 750/93 (CON-SELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1993, p. 1): O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação U1 - Introdução à contabilidade comercial 23 contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- contábil. Como resumo o patrimônio da entidade não pode ser confundido com o dos só-cios, acionistas ou proprietário individual, portanto o patrimônio pertence à Entidade. Já o Princípio da Continuidade é tratado pela Resolução do CFC n. 750/93 atualizada pela Resolução n. 1.282/10 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1), na qual dispõe: “O Princípio da Continuidade pressupõe que à Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância”. As demonstrações contábeis, embora apresentem resultado de um determinado exercício social, devem estar vinculadas a exercícios anteriores e posteriores. O Princípio da Oportunidade foi conceituado pela Resolução do CFC n. 750/93, atualizada pela Resolução n. 1.282/10, que dispõe sobre o Princípio da Oportunidade: O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1) Esse princípio objetiva evitar a omissão de lançamentos relativos a mutações patrimoniais que não tenham documentação legítima, sendo que na falta de documentação a justificativa é o registro contábil pela estimativa de valor, podendo essa contabilização representar ônus fiscal. O Princípio do Registro pelo Valor Original é encontrado na Resolução do CFC n. 750/93 atualizada pela Resolução n. 1.282/10 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1) que trada do assunto em seu art. 7, a seguir transcrito: U1 - Introdução à contabilidade comercial24 O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, des-contado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item nocurso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo U1 - Introdução à contabilidade comercial 25 valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. São resultantes da adoção da atualização monetária: – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conse-quência, o do Patrimônio Líquido; e – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. O Princípio da Competência está na Resolução do CFC n. 750/93 atualizada pela Resolução n. 1.282/10 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1), que trata o princípio da competência no artigo descrito a seguir: O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação das receitas e das despesas correlatas. No que diz respeito ao princípio da competência, as receitas e despesas devem ser compreendidas na apuração do resultado dentro do período em que ocorreram, independente do recebimento ou pagamento. Já o Princípio da Prudência visa proteger o capital total da empresa, evitando que sejam distribuídos lucros não verídicos, um exemplo desse princípio é o “custo ou mercado, o mais baixo”, ou U1 - Introdução à contabilidade comercial26 melhor, menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, como diz a Resolução do CFC n. 750\93 atualizada pela Resolução n. 1282\10 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010, p. 1). O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 1.4.2 Convenções contábeis As convenções contábeis, por sua vez, são definidas por modificar parcialmente o conteúdo dos princípios, precisando mais claramente seu significado. Os conceitos servem como um guia da área contábil, padronizando a escrituração dos fatos contábeis, tais como: Convenção da Consciência ou da Uniformidade: uma vez adotado esse critério de contabilização, ele não pode ser modificado com frequência, para que a comparação dos relatórios contábeis não seja prejudicada. Convenção do Conservadorismo ou da Prudência: sempre que houver a possibilidade de o profissional contábil avaliar um elemento do ativo ou do passivo, por motivos de precaução, deverá optar pelo mais baixo para o ativo e o mais elevado para o passivo. Convenção da Materialidade ou da Relevância: devem-se registrar na contabilidade apenas eventos dignos de atenção e na ocasião oportuna, evitando, assim, desperdício de tempo e dinheiro, porém cabe ao contador aplicar esse princípio sempre utilizando alto grau de julgamento. Convenção da Objetividade: entre um critério subjetivo de valor, mesmo ponderável, e outro objetivo qualquer, o responsável U1 - Introdução à contabilidade comercial 27 técnico deverá optar pela hipótese objetiva. Convenção da Periodicidade: os exercícios contábeis deverão ser de igual duração, permitindo correta avaliação da eficácia da gestão, como exercício-padrão constitui-se doze meses, podendo variar conforme a atividade ou necessidade. 1.4.3 Normas brasileiras de contabilidade A classificação das Normas Brasileiras de Contabilidade se dá em normas Profissionais e normas Técnicas, que estabelecem os meios de conduta profissional, bem como os padrões e também os procedimentos técnicos necessários para o perfeito exercício da profissão. A Resolução CFC n. 1.328 de 2011 definiu a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, e discorre em seus artigos os seguintes conteúdos: As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados Técnicos. As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e Técnicas. As Normas Brasileiras de Contabilidade, sejam elas Profissionais ou Técnicas, estabelecem preceitos de conduta profissional e padrões e procedimentos técnicos necessários para o adequado exercício profissional. As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se estruturam conforme segue: Geral – NBC PG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade; do Auditor Independente – NBC PA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes; do Auditor Interno – NBC PI – são as Normas Brasileiras de Con-tabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos; do Perito – NBC PP – são as Normas Brasileiras de U1 - Introdução à contabilidade comercial28 Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como peritos contábeis. As Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas se estruturam conforme segue: Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade con-vergentes com as normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais; do Setor Público – NBC TSP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais; de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica – NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente, emitidas pela IFAC; de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão convergentes com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC; de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Asseguração con-vergentes com as Normas Internacionais deAsseguração emitidas pela IFAC; de Serviço Correlato – NBC TSC – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC; de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna; de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Perícia; de Auditoria Governamental – NBC TAG – são as Normas Bra- sileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Gover-namental emitidas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI). (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011a, p. 1) U1 - Introdução à contabilidade comercial 29 As normas de que trata o inciso I do caput são segregadas em: a) Normas completas que compreendem as normas editadas pelo CFC a partir dos documentos emitidos pelo CPC que estão convergentes com as normas do IASB, numeradas de 00 a 999; b) Normas simplificadas para PMEs que compreendem a norma de PME editada pelo CFC a partir do documento emitido pelo IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre o assunto, numerados de 1000 a 1999; c) Normas específicas que compreendem as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre entidades, atividades e assuntos específicos, nu-merados de 2000 a 2999. A Interpretação Técnica tem por objetivo esclarecer a aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, definindo regras e procedimentos a serem aplicados em situações, transações ou atividades específicas, sem alterar a substância dessas normas. O Comunicado Técnico tem por objetivo esclarecer assuntos de natureza contábil, com a definição de procedimentos a serem observados, considerando os interesses da profissão e as demandas da sociedade. Art. 7º. As Normas são identificadas conforme segue: I. a Norma Brasileira de Contabilidade é identificada pela sigla NBC, seguida das letras conforme disposto nos arts. 3º e 4º, nu-meração específica em cada agrupamento, seguido de hífen e denominação. Por exemplo: NBC PA 290 – “Denominação”; NBC TG 01 – “Denominação”; II. a Interpretação Técnica é identificada pela sigla IT, seguida da letra ou letras e numeração do grupo a que pertence conforme disposto nos arts. 3º e 4º, seguida de hífen e denominação. Por exemplo: ITG 01 – “Denominação”; ITSP 01 – “Denominação”. III. o Comunicado Técnico é identificado pela sigla CT, seguida da letra ou letras e numeração do grupo a que pertence conforme disposto nos arts. 3º e 4º, seguido de hífen e denominação. Por exemplo: CTG 01 – “Denominação”; CTSP 01 – “Denominação”. Art. 8º. As Normas Brasileiras de Contabilidade, U1 - Introdução à contabilidade comercial30 com exceção dos Comunicados Técnicos, devem ser submetidas à audiência pública com duração mínima de 30 (trinta) dias. Art. 9º. A inobservância às Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas de “c” a “g” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alte-rado pela Lei n.º 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador. Art. 10º. As Normas Brasileiras de Contabilidade, tanto as Profissionais quanto as Técnicas, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade continuarão vigendo com a identificação que foi definida nas Resoluções CFC n.º 751/93, n.º 1.156/09 e n.º 1.298/10 até serem alteradas ou revogadas mediante a emissão de novas normas em conformidade com as disposições previstas nesta Resolução. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011a, p. 2-3) 1.4.4 Comitê de pronunciamentos contábeis Por intermédio da Resolução CFC n. 1.055, de 7 de Outubro de 2005 (DOU de 24/10/2005) (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2005), alterada pelas Resoluções CFC n. 1.075/06 e 1.339/11, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Com o objetivo de adequar a contabilidade brasileira às normas Internacionais de contabilidade, o CPC trouxe, por meio de seus Pronunciamentos, normas que, além de estabelecer parâmetros à contabilidade, trouxe também conceitos pelos quais a contabilidade deve ser estruturada. Com um olhar voltado para os usuários da contabilidade, o CPC busca de uma forma abrangente uma maneira de defender os interesses desses usuários, definindo com especificidades quem são eles. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis aprovou com a maioria dos votos das entidades que o compõe, que outras instituições ligadas a contadores, representantes de universidades que possuam cursos de Contabilidade, reconhecidos como de alta qualidade, U1 - Introdução à contabilidade comercial 31 auditores, institutos de pesquisas na área contábil vinculados a universidades que mantenham tais cursos, analistas de investimentos ou Demonstrações Contábeis, relacionadas ao mercado financeiro em geral, ou ao mercado de capitais, poderão ser convidadas a participar do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), assim como também podem ser excluídas observando a manutenção de equilíbrio entre os setores nele representados. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) assume a função de estudar, pesquisar, deliberar, discutir, elaborar sobre o conteúdo e o texto dos Pronunciamentos Técnicos, ele poderá emitir orientações e interpretações além dos Pronunciamentos Técnicos, prevendo que todos poderão ser utilizados em Norma Brasileira de Contabilidade emitidas pelo CFC e em Atos normativos pelos órgãos reguladores brasileiros, tais como a SUSEP, tendo sempre o objetivo de tirar as dúvidas quanto à implementação desses Pronunciamentos Técnicos. Outra função inerente ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) está ligada a dar ampla divulgação dos documentos que produzir. Os Pronunciamentos Técnicos e as Orientações e de suas Interpretações serão aprovados segundo o regulamento interno, mas sempre por, no mínimo, 2/3 dos seus membros que os compõem. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) deverá submeter à audiência pública as minutas dos Pronunciamentos Técnicos. A seguir, apresentamos os CPC emitidos e suas correlações aos outros órgãos de classe regulamentadores: U1 - Introdução à contabilidade comercial32 Quadro 1.1 | Demonstrativo CPC 16 C O N T A B I L I D A D E C O M E R C I A L A seguir, apresentamos os CPC emitidos e suas correlações aos outros órgãos de classe regulamentadores: Quadro 1.1 Demonstrativo CPC CPC Pronunciamento Técnico IAS CVM Delibera- ção CFC Resolução BACEN Resolução SUSEP Circular ANELL Despacho e Ofício Circular ANTT Comuni- cado SUREG ANS Instru- ção Norma- tiva CPC 00 Estrutura Con- ceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis Fra- mework 539/08 1.212/08 NBC TG 424/11 4.796/08 E 2.775/08 01/09 — CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos IAS 36 639/10 1.292/10 NBC TG 01 3.566/08 424/11 — — 37/09 CPC 02 (R2) Efeitos das Mu- danças nas Taxas de Câmbio e Conversão IAS 21 640/10 1.295/10 NBC TG 02 — — — — 37/09 CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa IAS 7 641/10 1.296/10 NBC TG 03 3.604/08 424/11 — — 37/09 CPC 04 (R1) Ativo Intangível IAS 38 644/10 1.139/08 NBC TG 04 — 424/11 — — 37/09 CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacio- nadas IAS 24 642/10 1.297/10 NBC TG 05 3.750/09 424/11 — — 37/09 CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil IAS 17 645/10 1.304/10 NBC TG 06 — 424/11 — — 37/09 CPC 07 (R1) Subvenções e Assistência Gover- namentais IAS 20 646/10 1.305/10 NBC TG 07 — 424/11 — — 37/09CPC 08 Gastos de Transa- ção e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobi- liários IAS 39 (partes) 649/10 1.313/10 NBC TG 08 — 424/11 — — 37/09 CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado — 557/08 1.138/08 NBC TG 09 — — 4.796/08 2.755/08 01/09 37/09 continua 89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:18 - January 31, 2014 - PG-28 U1 - Introdução à contabilidade comercial 33 I n t r o d u ç ã o à c o n t a b i l i d a d e c o m e r c i a l 17 CPC Pronunciamento Técnico IAS CVM Delibera- ção CFC Resolução BACEN Resolução SUSEP Circular ANELL Despacho e Ofício Circular ANTT Comuni- cado SUREG ANS Instru- ção Norma- tiva CPC 10 Pagamento Ba- seado em Ações IFRS 2 650/10 1.314/10 NBC TG 10 — 424/11 — — 37/09 CPC 11 Contratos de Seguro IFRS 4 563/08 1.150/09 NBC TG 11 — 424/11 4.722/09 01/09 CPC 12 Ajuste a Valor Presente — 564/08 1.151/09 NBC TG 12 — 424/11 4.722/09 01/09 37/09 CPC 13 Adoção inicial da Lei n. 11.638/07 e da Medida Provi- sória n. 449/08 — 565/08 1.152/09 NBC TG 13 — 424/11 4.796/08 2.755/08 01/09 37/09 CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase 1) ESTE PRONUNCIAMENTO ESTÁ ATUALIZADO E CORRESPONDE À ORIENTAÇÃO OCPC 03 E DEIXA DE TER APLICABILIDADE APÓS A UTILIZAÇÃO DO CPC 38, CPC 39 E CPC 40 CPC 15 Combinação de Negócios IFRS 3 530/09 1.175/09 NBC TG 15 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 16 (R1) Estoques IAS 2 575/09 Alt. 624/10 1.170/09 alt. 1.279/13 NBC TG 16 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 17 Contratos de Construção IAS 11 576/09 1.171/09 NBC TG 17 — — 4.722/09 — 37/09 CPC 18 Investimentos em Coligada e em Controlada IAS 28 605/09 1.241/09 NBC TG 18 — 424/11 — — 37/09 CPC 19 Investimentos em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) IAS 31 606/09 1.242/09 NBC TG 19 — 424/11 — — 37/09 CPC 20 Custos de Emprés- timos IAS 23 577/09 1.172/09 NBC TG 20 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 21 Demonstração intermediária IAS 34 581/09 1.174/09 NBC TG 21 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 22 Informações por segmento IFRS 3 582/09 1.176/09 NBC TG 22 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 23 Políticas Contá- beis, Mudanças de Estimativas e Retificação de Erro IAS 8 592/09 1.179/09 NBC TG 23 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 24 Evento Subse- quente IAS 10 593/09 1.184/09 NBC TG 24 3.973/11 424/11 4.722/09 — 37/09 continua continuação 89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:18 - January 31, 2014 - PG-29 U1 - Introdução à contabilidade comercial34 18 C O N T A B I L I D A D E C O M E R C I A L CPC Pronunciamento Técnico IAS CVM Delibera- ção CFC Resolução BACEN Resolução SUSEP Circular ANELL Despacho e Ofício Circular ANTT Comuni- cado SUREG ANS Instru- ção Norma- tiva CPC 25 Provisão, Passivos Contingentes e Ativos Contin- gentes IAS 37 594/09 1.180/09 NBC TG 25 3.823/09 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis IAS 1 595/09 alt. 624/10 1.185/09 alt. 1.273/10 NBC TG 26 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 27 Ativo Imobilizado IAS 16 583/09 1.177/09 NBC TG 27 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 28 Propriedade para investimento IAS 40 584/09 1.178/09 NBC TG 28 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola IAS 41 596/09 1.186/09 NBC TG 29 — — — — 37/09 CPC 30 Receitas IAS 18 597/09 1.187/09 NBC TG 30 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 31 Ativo não Cir- culante Mantido para Venda e Operação Des- continuada IFRS 5 598/09 1.188/09 NBC TG 31 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 32 Tributos sobre o Lucro IAS 12 599/09 1.189/09 NBC TG 32 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 33 Benefícios a Em- pregados IAS 19 600/09 1.193/09 NBC TG 33 — 424/11 4.722/09 — 37/09 CPC 35 Demonstrações Separadas — 607/09 1.239/09 NBC TG 35 — 424/11 — — 37/09 CPC 36 (R1) Demonstrações Consolidadas IAS 27 608/09 alt. 624/10 1.240/09 alt. 1.273/10 NBC TG 36 — 424/11 — — 37/09 CPC 37 (R1) Adoção inicial das Normas interna- cionais de Conta- bilidade IFRS 1 647/10 1.306/10 NBC TG 37 — 424/11 — — 37/09 CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimen- tos Financeiros Reconhecimento e Mensuração IAS 39 604/09 1.196/09 NBC TG 38 — 424/11 — — 37/09 CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apre- sentação IAS 32 604/09 1.197/09 NBC TG 39 — 424/11 — — 37/09 CPC 40 Instrumentos Fi- nanceiros: Eviden- ciação IFRS 7 604/09 1.198/09 NBC TG 40 — 424/11 — — 37/09 continuação continua 89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:19 - January 31, 2014 - PG-30 U1 - Introdução à contabilidade comercial 35 I n t r o d u ç ã o à c o n t a b i l i d a d e c o m e r c i a l 19 CPC Pronunciamento Técnico IAS CVM Delibera- ção CFC Resolução BACEN Resolução SUSEP Circular ANELL Despacho e Ofício Circular ANTT Comuni- cado SUREG ANS Instru- ção Norma- tiva CPC 41 Resultado por ação IAS 33 636/10 1.287/10 NBC TG 41 — 424/11 — — — CPC 43 Adoção inicial dos Pronuncia- mentos Técnicos CPCs n. 15 a 40 IFRS 1 651/10 1.315/10 NBC TG 43 — 424/11 — — 37/09 CPC PME (R1) Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas IFRS for SMES — 1.255/09 1.285/10 1.319/10 NBC TG 1000 — — — — 37/09 Fonte: Do autor (2013). O CPC tem contribuição direta no avanço contábil no país, principalmente na adoção de Normas Internacionais de Contabilidade. Como as empresas e os profissionais da área empresarial poderão se beneficiar dessas contribuições? Explique o que é harmonização contábil e quais seus objetivos para o contexto contábil e econômico. Quais seriam as vantagens, para um país, de adotar as Normas Internacionais de Contabilidade? Questões para reflexão continuação 89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:19 - January 31, 2014 - PG-31 Fonte: Do autor (2013). Questão para reflexão O CPC tem contribuição direta no avanço contábil no país, principalmente na adoção de Normas Internacionais de Contabilidade. Como as empresas e os profissionais da área empresarial poderão se beneficiar dessas contribuições? Explique o que é harmonização contábil e quais seus objetivos para o contexto contábil e econômico. Quais seriam as vantagens, para um país, de adotar as Normas Internacionais de Contabilidade? U1 - Introdução à contabilidade comercial36 Seção 2 Escrituração contábil Desde que iniciamos nosso curso vocês vêm contabilizando fatos ocorridos dentro das mais diversas empresas, correto? Sim, é claro, e dentro desse contexto temos a escrituração contábil que nada mais é do que a técnica utilizada pela Contabilidade para obter seus objetivos, não é mesmo? Vamos estudar um pouco sobre essa técnica, mas antes vamos ver o estudo do patrimônio das entidades. 2.1 Fatos contábeis Podemos conceituar fatos contábeis como eventos que provocam alterações no patrimônio da entidade e, portanto, devem ser registrados pela contabilidade. Classificam-se os fatos contábeis em fatos permutativos,fatos modificativos e fatos mistos. As modificações no patrimônio geradas pelos fatos contábeis geram as variações patrimoniais, que se classificam em variações qualitativas, quantitativas e variações mistas, como vamos descrever a seguir. Os fatos contábeis resultam, consequentemente, nas variações patrimoniais definidas e exemplificadas a seguir: A = ATIVO P = PASSIVO PL = PATRIMONIO LÍQUIDO 2.1.1 Fatos permutativos/variações qualitativas Os fatos permutativos e as variações qualitativas apenas trocam os componentes patrimoniais do ativo ou do passivo, ou somente o patrimônio líquido, sem que haja alterações no Patrimônio Liquido, como os exemplos a seguir. Aquisição, à vista, de um terreno por R$ 1.000,00: imobilizado (+) R$ 1.000,00 = Caixa (-) R$ 1.000,00 ou (+) A R$ 1.000,00 = (-) A R$ 1.000,00 U1 - Introdução à contabilidade comercial 37 Aquisição a prazo de mercadoria para revenda de R$ 50,00: Estoques (+) R$ 50,00 = Fornecedores (+) R$ 50,00 ou (+) A R$ 50,00 = (+) P R$ 50,00 Pagamento em dinheiro de uma dívida de R$ 30,00 ao fornecedor: Caixa (-) R$ 30,00 = Fornecedores (-) R$ 30,00 ou (-) A R$ 30,00 = (-) P R$ 30,00 Fornecedor A (-) R$ 40,00 = Fornecedor B (+)R$ 40,00 ou (-) P R$ 40,00 = (+) P R$ 40,00 Troca de credor, onde é transferido o direito do fornecedor A para o B, no valor de R$ 40,00: 2.1.2 Fatos permutativos/variações quantitativas Os Fatos Modificativos e as variações quantitativas alteram o patrimônio líquido em importância igual e o ativo ou passivo, como exemplos aumentativos ou positi-vos quando provocam o aumento do patrimônio líquido e diminutivos ou negativos quando provocam a diminuição do patrimônio líquido. Veja a seguir: Aumentativos ou Positivos: recebido R$ 50,00 de rendimento, referente à aplicação financeira: (+) A R$ 50,00 = (+) PL R$ 50,00 Diminutivos ou Negativos: registro pelo regime de competência do aluguel correspondente ao mês de dezembro, no valor de R$ 160,00. (+) P R$ 160,00 = (-) PL R$ 160,00 2.1.3 Fatos mistos/variações mistas Os Fatos Mistos e as Variações Mistas trocam os componentes patrimoniais e, ao mesmo tempo, alteram o Patrimônio Líquido para mais ou para menos, e são: Aumentativos ou positivos quando provocam o aumento do Patrimônio Líquido (+PL); U1 - Introdução à contabilidade comercial38 Diminutivos ou negativos quando trazem diminuição do Patrimônio Líquido (-PL). Veja alguns exemplos: a) vendas de mercadoria com lucro adquirida por R$ 100,00 e vendida à vista por R$ 120,00. + A (120) > -A (100) = +PL (20) b) Pagamento da duplicata ao fornecedor com cobrança de acréscimos legais de R$ 10,00 sendo que o valor original era de R$ 70,00. - A (80) > -P (70) = -PL (10) Dessa forma, podemos concluir que os Fatos Contábeis são eventos que provocam alterações no patrimônio da empresa, e as Variações Patrimoniais são as modificações no patrimônio geradas pelos fatos contábeis. 2.2 Métodos e critérios de escrituração A Resolução CFC n. 1.330 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b, p. 1), de 22 de Março de 2011, e os procedimentos descritos na ITG 2000 dispõem sobre os critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para “[...] a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade”. Os procedimentos descritos na ITG 2000 devem ser aplicados por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade, e o seu nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de informação de seus usuários. Nesse sentido, a Resolução CFC n. 1.330 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b) não estabelece o nível de detalhe ou mesmo sugere um plano de contas a ser observado. U1 - Introdução à contabilidade comercial 39 O detalhamento dos registros contábeis é absolutamente proporcional à complexidade das operações da entidade e dos requisitos de informação a ela aplicáveis exceto nos casos em que uma autoridade reguladora assim o solicite, não devem necessariamente observar um padrão predefinido. A escrituração contábil deve ser elaborada: a. em idioma e moeda corrente nacionais; b. em forma contábil; c. em ordem cronológica de dia, mês e ano; d. com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e e. com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. f. A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo: g. data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu; h. conta devedora; i. conta credora; j. histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio; k. valor do registro contábil; l. informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil. O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. As nomenclaturas utilizadas nos registros contábeis devem expressar a profundeza econômica da transação. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b, p. 3) U1 - Introdução à contabilidade comercial40 2.2.1 Documentação contábil Para que a escrituração contábil seja realizada de forma legítima, é necessário que a documentação contábil esteja em perfeita ordem. Portanto, a documentação contábil compreende em todos os documentos, livros, papéis registros dentre outros implementos que possam apoiar a escrituração contábil. Conforme a Resolução do CFC n. 1.330/11 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b), a Documentação Contábil pode ser de origem interna quando gerada dentro da própria empresa, ou externa, quando proveniente de terceiros. A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos ”usos e costumes”. Os documentos em papel no caso dos livros podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde que assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitada devendo ser submetidos ao registro público competente. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011b, p. 5) 2.2.2 Contas contábeis Conta é o instrumento utilizado para registrar os fatos de idêntica natureza que alterem o patrimônio da empresa. Como exemplo, temos a entrada e saída de dinheiro, a compra de mercadorias, as despesas administrativas, pagamento de fornecedores etc. No século XIV, o registro das variações patrimoniais consolidou- se na Itália pelo trabalho elaborado por Frei Luca Pacioli, com a divulgação do Método das Partidas Dobradas, que se mostrou o mais adequado para produzir informações úteis e capazes de atender às necessidades dos usuários na gerência do patrimônio, tornando-se um marco na evolução contábil. Conforme o método, para um ou mais débitos, haverá, simultaneamente, um ou mais créditos de igual valor, do mesmo modo que a soma dos valores debitados será igual à soma dos valores creditados, assim como a soma dos saldos devedores será igual à soma dos saldos credores. Portanto, não há débito sem crédito correspondente. U1 - Introdução à contabilidade comercial41 É importante saber que as contas são divididas em contas patrimoniais e de resultado. As contas patrimoniais são aquelas que representam as que compõem o Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Já as contas de resultado são representadas pelas contas de receitas, custos e despesas. Vamos ver as diferenças entre elas: As Contas Patrimoniais representam a situação estática, ou seja, o próprio Patrimônio. Já as contas de resultado são aquelas que exprimem a situação dinâmica, ou seja, fatos que alteram o Patrimônio Líquido. As contas patrimoniais devedoras são representadas pelas contas do Ativo com raras exceções que também podemos classificar no Passivo ou Patrimônio Líquido conforme sua função. Como exemplos podemos citar a conta caixa, bancos conta movimento, terrenos, computadores etc. Dessa forma, concluímos que as contas do Ativo representam bens e direitos da empresa, ou seja, as disponibilidades e os recebimentos futuros. As contas patrimoniais credoras são representadas pelas contas do Passivo e de Patrimônio Líquido, com algumas exceções no Ativo conforme sua função. Como exemplos citamos fornecedores, impostos a recolher, capital social, lucros acumulados etc. Dessa forma, podemos concluir que as contas do Passivo representam as obrigações da empresa, ou seja, tudo que ela tem a pagar. Vamos conhecer um pouco mais das contas de resultado. Essas contas são de extrema importância para mensurar o resultado operacional das empresas, pois o valor da diferença entre os saldos de suas contas devedoras em confronto com as de saldo das credoras irá mensurar o resultado do exercício, ou seja, o lucro ou o prejuízo. As contas de resultado devedoras são representadas pelas contas de custos e despesas. Essas contas são sempre debitadas quando há saídas de elementos do Ativo ou quando a empresa assume um novo Passivo. Esses acontecimentos diminuem o resultado do período em questão. Como exemplo podemos citar as contas de salários e ordenados, compras de mercadorias, despesas com materiais de consumo etc. Já as contas de resultado credoras são representadas pelas receitas, que são sempre creditadas quando há entrada de U1 - Introdução à contabilidade comercial42 elementos no ativo ou a extinção de um Passivo sem redução do Ativo. Como exemplo de contas de receitas, temos, as contas de receitas de vendas, juros ativos etc. Agora, um resumo para você não ficar em dúvida na hora de realizar o lançamento contábil, são regrinhas simples e que funcionam mesmo, facilitando seu entendimento quanto à sistemática de escrituração contábil: BENS E DIREITOS = ATIVO OBRIGAÇÕES = PASSIVO Quadro 1.2 | Resumo para a contabilização Quadro 1.3 | Regra do efeito sobre o saldo 24 C O N T A B I L I D A D E C O M E R C I A L terrenos, computadores etc. Dessa forma, concluímos que as contas do Ativo represen- tam bens e direitos da empresa, ou seja, as disponibilidades e os recebimentos futuros. As contas patrimoniais credoras são representadas pelas contas do Passivo e de Patrimônio Líquido, com algumas exceções no Ativo conforme sua função. Como exemplos citamos fornecedores, impostos a recolher, capital social, lucros acumu- lados etc. Dessa forma, podemos concluir que as contas do Passivo representam as obrigações da empresa, ou seja, tudo que ela tem a pagar. Vamos conhecer um pouco mais das contas de resultado. Essas contas são de ex- trema importância para mensurar o resultado operacional das empresas, pois o valor da diferença entre os saldos de suas contas devedoras em confronto com as de saldo das credoras irá mensurar o resultado do exercício, ou seja, o lucro ou o prejuízo. As contas de resultado devedoras são representadas pelas contas de custos e despesas. Essas contas são sempre debitadas quando há saídas de elementos do Ativo ou quando a empresa assume um novo Passivo. Esses acontecimentos dimi- nuem o resultado do período em questão. Como exemplo podemos citar as contas de salários e ordenados, compras de mercadorias, despesas com materiais de consumo etc. Já as contas de resultado credoras são representadas pelas receitas, que são sempre creditadas quando há entrada de elementos no ativo ou a extinção de um Passivo sem redução do Ativo. Como exemplo de contas de receitas, temos, as contas de receitas de vendas, juros ativos etc. Agora, um resumo para você não ficar em dúvida na hora de realizar o lançamento contábil, são regrinhas simples e que funcionam mesmo, facilitando seu entendimento quanto à sistemática de escrituração contábil: BENS E DIREITOS = ATIVO OBRIGAÇÕES = PASSIVO Quadro 1.2 Resumo para a contabilização Grupo Débito Crédito Ativo Entrada de bens ou direitos Saída de bens ou direitos Passivo e Patrimônio Líquido Redução das obrigações com terceiros ou do capital social Aumento das obrigações com terceiros ou do capital social Receitas Somente em caso de estornos ou de transferências Registro das vendas de merca- dorias Custos e Despesas Registro dos gastos pelo regime de competência Somente em caso de estornos ou de transferências Fonte: Do autor (2013). 89793-Contabilidade_Comercial_27jan2014.pdf, page 203 @ Preflight Server ( Book_Contabilidade_Comercial.indb ) - 04:48:19 - January 31, 2014 - PG-36 Fonte: Do autor (2013). Fonte: Do autor (2013). Em resumo a regra básica do efeito sobre o saldo é: Para entender melhor o Quadro 1.3, acompanhe: Vamos simular o pagamento de uma duplicata a fornecedor à vista pelo caixa. Nessa situação debitamos a conta contábil intitulada “Fornecedores” e creditamos a conta “Caixa”. Vamos entender a prática do quadro. Primeiro a conta “Fornecedores” é uma obrigação, portanto, classificamos no Passivo. Muito bem, agora, o ato de pagar o fornecedor significa dizer que estaremos diminuindo o Passivo. Veja no quadro, que, se o Passivo diminuir, devemos debitar a conta correspondente à operação. O mesmo acontecerá com a conta “Caixa”, que é uma conta do Ativo. Veja I n t r o d u ç ã o à c o n t a b i l i d a d e c o m e r c i a l 25 Em resumo a regra básica do efeito sobre o saldo é: Quadro 1.3 Regra do efeito sobre o saldo Grupo Débito Crédito Ativo Aumenta Diminui Passivo e Patrimônio Líquido Diminui Aumenta Receitas Diminui Aumenta Custos e Despesas Aumenta Diminui Fonte: Do autor (2013). Para entender melhor o Quadro 1.3, acompanhe: Vamos simular o pagamento de uma duplicata a fornecedor à vista pelo caixa. Nessa situação debitamos a conta contábil intitulada “Fornecedores” e creditamos a conta “Caixa”. Vamos entender a prática do quadro. Primeiro a conta “Fornecedores” é uma obrigação, portanto, classificamos no Passivo. Muito bem, agora, o ato de pagar o fornecedor significa dizer que estaremos diminuindo o Passivo. Veja no quadro, que, se o Passivo diminuir, devemos debitar a conta correspondente à operação. O mesmo acontecerá com a conta “Caixa”, que é uma conta do Ativo. Veja que quando as contas do Ativo diminuem, significa que elas deverão ser creditadas. 2.3 Reconhecimento dos elementos patrimoniais e de resultado Os elementos patrimoniais e de resultado nada mais são do que as contas do Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e as Contas de Resultado. Para tratar desse assunto, vamos estudar a Resolução CFC n. 1.374/11 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011c), mais precisamente o seu capítulo 4, que dispõe sobre os elementos e sua respectiva mensuração dentro das demonstrações contábeis. 2.3.1 Ativos Ativo − é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos pas- sados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade. Quando dito recurso controlado pela entidade como resultado de eventos pas- sados vale lembrar que, embora a contabilidade tenha valor preditivo, ela tem a capacidade
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