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Livro Eletrônico Aula 01 (Prof. Tiago Zanolla) Conhecimentos Específicos (Blocos 1 a 3) p/ PETROBRAS (Engenheiro de Produção) Com videoaulas Daniel Saloni, Gabriel Rabelo, Heber Carvalho, Luciano Rosa, Paulo Portinho, Tiago Zanolla 71795685115 - LEANDRO SENA CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 1 106 Aula 01 GESTÌO DE SISTEMAS DE PRODUÌO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÌO 1 - Gesto de Sistemas de Produo e Operaes ........................................ 3 1.1 - Gesto de Processos Produtivos ................................................................................. 3 1.2 Ð Tipos de Operaes ............................................................................................... 4 1.3 Ð Sistemas Produtivos ................................................................................................. 9 1.4 - Ambientes de Produo e Operaes .............................................................. 13 1.5 - Razo P:D ............................................................................................................... 16 1.6 Ð Medindo a Produtividade (P) ................................................................................... 18 1.7 - Planejamento de Capacidade ................................................................................ 19 2 - Planejamento e Controle da Produo Ð PCP .......................................... 26 2.1 Ð Definies .............................................................................................................. 26 2.2 Ð O PCP como Sistema de Produo ........................................................................ 27 2.3 Ð Nveis de Planejamento e Controle da Produo ................................................. 30 2.4 - Tipos de Sistema de Planejamento e Controle da Produo ............................... 34 2.5 - Sistemas Toyota de Produo - STP .......................................................................... 35 2.6 - Just-in-Time .................................................................................................................. 41 2.7 - Teoria das Restries (TOC) ....................................................................................... 46 2.8 - Planejamento de necessidades de materiais Ð MRP I ........................................... 48 2.9 - Planejamento dos Recursos de ManufaturaÐ MRP II .............................................. 51 2.10 - Planejamento de Vendas e Operaes Ð PVO .................................................... 52 2.11 - Plano Mestre da Produo Ð PMP/MPS ................................................................. 52 2.12 - Planejamento Agregado de Produo ................................................................ 55 2.13 - Clculo das Necessidades de Capacidade ........................................................ 55 2.14 Ð Sequncia de programao ................................................................................. 55 3 - Questes ........................................................................................................ 59 3.1 Ð Questes Propostas ................................................................................................... 60 3.2 - Gabaritos..................................................................................................................... 75 3.3 - Questes Comentadas ............................................................................................. 76 4 - Bibliografia .................................................................................................. 105 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 2 106 AULA 01 Oi, amigo(a)! Tudo bem? uma imensa satisfao saber que voc aprovou nosso curso e assim receb-lo em nossa aula 01. Certamente voc fez a escolha certa! Isso ser perceptvel no decorrer das aulas, na medida em que formos desenvolvendo os assuntos. Sobre o temo de hoje, nosso edital contempla Òadministrao da produoÓ. Esse contedo , simplesmente, gigantesco. Com base na avaliao das provas anteriores, selecionamos tpicos especficos a serem trabalhados. A aula de hoje retrata grande parte desse contedo. Boa Aula! 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 3 106 1 - GESTÌO DE SISTEMAS DE PRODUÌO E OPERAÍES 1.1 - !GESTÌO DE PROCESSOS PRODUTIVOS Hammer e Champy explicam que Òum processo um grupo de atividades realizadas numa sequncia lgica com o objetivo de produzir um bem ou um servio que tem valor para um grupo especfico de clientesÓ. Segundo Vollman E.T. et at. (2006), Òo sistema produtivo uma entidade que organiza um conjunto de recursos tecnolgicos, econmicos, humanos, fsicos e financeiros em materiais, equipamentos, instalaes, processos e procedimentos, visando transformar recursos naturais, obtidos direta ou indiretamente atravs de seus fornecedores, em produtos adequados s necessidades de seus consumidores, agregando valor atravs do trabalho humano, de outros recursos naturais e de bens e servios, ao mesmo tempo em que atende, em distintos graus e naturezas, s demandas sociais, econmicas e financeiras do universo de agentes envolvidos. Assim, entendemos que o processo produtivo todo sistema que transforma alguma coisa, adicionando-lhe valor. Compreende a organizao dos setores/rgos interdependentes com funes especficas para que interajam entre si em prol do objetivo da empresa. O fluxo bsico de um sistema de produo o demonstrado abaixo: Segundo HARRINGTON (1993), pode-se dividir os processos em dois grandes grupos: Processo produtivo - qualquer processo que tem contato fsico com o produto ou servio que ser fornecido a um cliente externo da organizao, at o ponto em que o produto embalado. No inclui os processos de transporte e de distribuio; Processo empresarial - So os processos que geram servio e os que do apoio aos processos produtivos. Trata-se de um conjunto de tarefas interligadas logicamente, que utilizam recursos da organizao para gerar resultados definidos, em apoio aos objetivos da organizao. Esse sistema pode ser hierarquizado. Isso, porque, dentro da rea de produo, existem subreas que executam tarefas especficas da operao global. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 4 106 A operao global denominada de macro-operao, enquanto as subreas (ou departamentos) so chamados de micro-operaes. MACRO-OPERAÍES Ð Preocupa-se com a operao global da organizao, administrando o conjunto de micro-operaes. MICRO-OPERAÍES Ð As micro-operaes ocupam-se de suas tarefas especficas. Podem receber input externo ou tambm de outras micro- operaes internas. Da mesma forma, pode produzir outputs para fora da organizao ou para outra seo dentro da organizao. 1.2! Ð TIPOS DE OPERAÍES Apesar da maioria das operaes serem similares, existem quatro dimenses relevantes que os diferem. So os chamados 4 Vs da Produo: ¥ Volume de output; ¥ Variedade de output; ¥ Variao da demanda do output; e ¥ Visibilidade do output. 1.2.1 Ð Volume O volume quer dizer que quanto mais se produz, menor o custo de produo. A caracterstica marcante o custo unitrio baixo. Isso porque os custos fixos so diludosno grande volume de produtos ou servios. Imagine um supermercado que tem o melhor po e a melhor carne da cidade. O volume de produo to grande que permite a especializao das tarefas em virtude do grau de repetio do que as pessoas fazem. Tem uma equipe s para fazer o po, outra s para atender no balco, outras para atender o caixa, outras no aougue, outra para empacotar, uma equipe de reposio, o pessoal do recebimento de mercadoria, de limpeza e por a vai. Esse volume e a constante repetio permitem uma sistematizao do trabalho pela qual so institudos procedimentos-padres como se fossem um manual. Em consequncia dessa sistematizao, o mercado tambm pode adquirir equipamentos e mquinas especficas de panificao, ou, por exemplo, uma empilhadeira para fazer a descarga das mercadorias. Em contraste, pense no mercadinho do bairro. Certamente seu volume de produo/servios menor e ir ter menor empregados tambm. Assim, um mesmo funcionrio desenvolve uma maior variedade de tarefas e, em consequncia, o grau de repetio menor. A mesma pessoa que faz a reposio atende no caixa, faz o recebimento de materiais e ajuda na limpeza. Isso, apesar de ser interessante para o funcionrio, prejudicial sistematizao. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 5 106 A consequncia do menor volume so duas: (i) dificilmente haver investimentos em equipamentos especializados; e (ii) os custos unitrios sero maiores. 1.2.2 - Variedade Para explicar a variedade, vamos usar o exemplo de um alfaiate e de uma marca de ternos famosa. Ambos atendem ao mesmo pblico, com necessidades semelhantes. Todavia, o alfaiate oferece uma grande variedade de servios e um nmero infinito de opes quanto aos seus servios. Por isso, ele mais flexvel que o fabricante de roupas. S que, quanto maior a variedade, maiores so os custos. No caso do alfaiate, seu custo o tempo despendido ao servio. claro que a fabricante de roupas pode confeccionar centenas de unidades por dia, enquanto o alfaiate leva at uma semana para fazer um terno. Assim, quanto menor for a variedade, menores os custos, maiores os volumes e maior a padronizao das atividades. 1.2.3 Ð Variao Um dos melhores exemplos para ilustrar a variao uma sorveteria. fato que a demanda ser muito maior no vero do que no inverno. Possivelmente, no pico do vero (frias), a sorveteria ter de contratar mais funcionrios para atender demanda. Se no o fizer, estar perdendo negcios. Ento, a implicao da variao nos nveis de demanda que a operao deve mudar sua capacidade. Seja por meio do aumento de pessoal ou de espao fsico. Contudo, a sorveteria pode flexibilizar suas atividades, como, por exemplo, servir buffet de sopas no inverno. Isso porque a demanda pode ser to pequena que compensaria at fechar o estabelecimento nesse perodo. Essa flexibilidade de composto a capacidade mutante do empreendimento. Tudo isso tem efeito sobre o custo. Se o estabelecimento prever errado, pode ter de pagar mais horas extras, subutilizar as instalaes ou at ter como resultado da operao, clientes insatisfeitos. Por outro lado, uma pizzaria tem sua demanda nivelada o ano todo. Assim, o estabelecimento pode planejar suas atividades com antecedncia, como, por exemplo, prevendo o dia de mais movimento. Pode, dessa forma, organizar a equipe de atendimento para esses dias, ou at mesmo preparar, antecipadamente, a massa e os ingredientes de forma rotineira. Nesse caso, o custo unitrio menor se comparado com um estabelecimento que possua demanda altamente varivel. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 6 106 1.2.4 Ð Visibilidade A visibilidade significa o quanto uma operao percebida pelo cliente. Por exemplo, uma loja de roupas. A marca pode definir ter centenas de lojas espalhadas pelo pas ou, ento, apenas vender por meio da internet. o caso da Dafiti. Cada tipo de operao tem caractersticas prprias. Na loja fsica, a visibilidade maior, pois os clientes esperam agregar valor sua compra. O Valor que o cliente d a relao pelo que ele paga e pelo que recebe. O pblico desse seguimento tem grau de tolerncia baixo, pois querem j sair da loja com o produto em mos. Eles esperam ser atendidos no menor tempo possvel. Os clientes ficaro tambm insatisfeitos se forem mal atendidos ou mesmo se no houver disponibilidade do produto que eles procuram. Assim, nos estabelecimentos com alta visibilidade, exige-se funcionrios com alta habilidade interpessoal. Tambm, nesse caso, o custo relativamente mais alto. Em comparao, a loja virtual no se trata de uma operao de baixo contato. A comunicao mais complexa nesse caso. A organizao precisa se comunicar com seu pblico por meio do site. Os clientes reagiro mal se encontrarem um site mal desenhado, lento ou que no for intuitivo. A caracterstica marcante das organizaes com baixa visibilidade que se assemelham bastante a uma operao de manufatura. Tem, assim, menor custo de operao do que as lojas fsicas. Isso porque o cliente no precisa do produto na hora, pode levar dias ou semanas para que ocorra a entrega. Isso facilita o planejamento e a padronizao das operaes. Tambm, no h a necessidade de quem vai separar e entregar o produto ter bom relacionamento interpessoal. 1.2.5 Ð Operaes Mistas Em razo da atividade, algumas organizaes possuem operaes de alta e baixa dimenso dentro da mesma operao global. Podemos citar o exemplo de uma companhia area. Os comissrios de voo, o pessoal do guich, o piloto da aeronave, todos tm alto contato com o cliente. Esse ambiente a linha de frente. Por outro lado, algumas atividades essenciais para o voo no tm contato algum com o cliente. o caso do pessoal da torre de controle, do abastecimento ou aqueles que transportam bagagens. Essa operao denominada de retaguarda (back office). Assim, no caso do aeroporto, temos operaes de alta e de baixa visibilidade. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 7 106 1.2.6 Ð Implicaes na produo Essas variveis tm implicaes diretas na produo. A posio de uma operao determinada em razo do seu tipo de atividade e do mercado. Para SLACK1, Òo volume, a variedade, a variao e a visibilidade afetam o custo de criao de produtos ou serviosÓ. Algumas organizaes podem operar nas exterminadas e outras manter-se caminhando entre as dimenses. O quadro abaixo resume bem as implicaes dos 4 VÕs na produo: DIMENSÌO MAIOR MENOR VOLUME Alta repetitividade Baixa flexibilidade Sistematizao Especializao das atividades Custo unitrio baixo Maior investimento em tecnologia Baixa repetitividade Mais flexibilidade Menor sistematizao Funcionrios executam atividades variadas Custo unitrio mais elevado Menor grau de investimento em tecnologia VARIEDADE Menor volume Mais flexvel Atende s necessidades especficas dos clientes Custo unitrio alto Mais volume Menos Flexvel Produtos padronizados Custo unitrio menor VARIAÌO Capacidade mutante Alto custo unitrio Demanda varivel Ajustado conforme a demanda Baixa utilizao dos recursos Capacidade estvel Baixo custo unitrio Demanda nivelada Alta utilizao dos recursos (funcionrio, estruturaetc.) VISIBILIDADE Maior contato com o cliente Entrega imediata ou logo aps a compra Custo unitrio alto Necessidade de pessoal treinado em relaes interpessoais Menor contato com o cliente Maior tempo de entrega Custo unitrio baixo Pouco relacionamento interpessoal. 1 SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administrao da Produo. 2». ed. So Paulo: Atlas, 2008. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 8 106 !(CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE) Com referncia s dimenses da produo elencadas por Slack, assinale a opo correta. a) O custo uma das referidas dimenses. b) A visibilidade uma dimenso relativa ao marketing de um produto ou servio e implica operaes de custo relativamente baixo. c) A visibilidade corresponde simultaneidade no contexto de produo industrial de um produto inflamvel. d) O volume, a variedade, a variao e a visibilidade afetam o custo de criao de produtos ou servios. e) A expresso flexibilidade de composto refere-se variao do mix linha de frente- retaguarda. Comentrios Vamos analisar as opes uma a uma: LETRA A Ð Errada. O custo uma implicao das dimenses da produo. LETRA B Ð Errada. A visibilidade uma dimenso relativa percepo do cliente em relao aos produtos e servios e implica custo relativamente mais alto que aquelas operaes que no possuem visibilidade. LETRA C Ð Errada. Vide letra B. LETRA D Ð Correta. A assertiva retoma o enunciado de SLACK (2008, p. 51): Òo volume, a variedade, a variao e a visibilidade afetam o custo de criao de produtos ou serviosÓ. LETRA E Ð Errada. Flexibilidade de composto significa a capacidade da organizao mudar sua operao de alguma forma, alterando sua variedade ou composto de servios e produtos. GABARITO: Letra D !(FCC Ð 2010 Ð BAHIAGAS) Um grupo de atividades realizadas numa sequncia lgica com o objetivo de produzir um bem ou servio que tem valor para um grupo especfico de clientes denominado a) processo. b) ciclo PDCA. c) kaizen. d) fluxograma. e) just-in-time. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 9 106 Comentrios Esse o conceito de processo trazido por Hammer e Champy: Òum processo um grupo de atividades realizadas numa sequncia lgica com o objetivo de produzir um bem ou um servio que tem valor para um grupo especfico de clientesÓ. GABARITO: Letra A 1.3! Ð SISTEMAS PRODUTIVOS Os sistemas so classificados de diferentes maneiras e variam em funo da sua natureza. Para nosso curso, veremos a seguinte classificao: Classificao Caracterstica Grau de Padronizao dos produtos Produtos padronizados Produtos sob encomenda ou personalizados Tipo de Operao Processos Contnuos Processos Discretos Repetitivos em massa (larga escala) Repetitivos em lote (flow shop, linha de produo) Por encomenda (job shop, funcional) Por projeto (unitrio, layout posicional fixo) Ambientes de Produo Make-to-stock Assemble-to-order Make-to-order Engineer-to-order Fluxo dos Processos Processos em linha Processos em lote Processos por projetos Natureza dos Produtos Bens Servios 1.3.1!- Pela natureza do produto Quando voltado para a produo de bens tangveis, como uma TV, um celular ou um carro, o sistema de produo uma manufatura de bens. Quando o bem intangvel, como o transporte de cargas, as consultas mdicas, o sistema de produo um prestador de servios. Anote a para no esquecer: 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 10 106 O sistema de bens tangveis orientado para o produto, enquanto a prestao de servios orientada para a ao (tem mais contato com o cliente). 1.3.2! - Pelo grau de padronizao Quanto ao grau de padronizao dos produtos, os sistemas so classificados em: Produtos padronizados - So aqueles produzidos em larga escala e apresentam alto ndice de estandardizao (uniformidade). Nesse caso, o sistema produtivo organizado para padronizar os recursos e os mtodos de trabalho e de controle. Exemplo disso so os itens que encontramos em supermercados ou em lojas de departamentos. Produtos sob medida Ð No so produzidos em quantidades e so customizados de acordo com o gosto do cliente. Como trabalham sob encomenda, dificilmente conseguem padronizar os mtodos de trabalho. Exemplo disso so as roupas sob medida, bolos para festas sob encomenda etc. PARA FIXAR: PADRONIZADO SOB MEDIDA Alta produtividade Baixa Produtividade Baixa Customizao Alta customizao Grande padronizao Baixa padronizao 1.3.3! - Pelo tipo de operao A classificao dos processos produtivos pelo tipo de operao leva em conta as caractersticas de cada processo, ou seja, seu volume e sua variedade. Por exemplo, quando o volume baixo, a variedade maior. Quando a variedade menor, o volume maior. So os ditos sistemas de produo em manufatura e classificam-se em contnuos e discretos. Os discretos so subdivididos em sistemas de produo em manufatura: de produo em massa; de produo em lotes; de jobbing; ou por projeto. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 11 106 1.3.3.1! - Processos de Produo Discretos Os processos discretos envolvem a produo de bens que podem ser individualizados, em lotes ou unidades, podendo ser identificados visualmente. Produo em Massa Ð os processos repetitivos em massa tm como caracterstica essencial a produo em grande escala, o alto grau de padronizao e a baixa variao do produto final. um processo padronizado e no guarda relao com os pedidos dos clientes, pois as variantes do produto final no afetam o processo bsico da linha produtiva. Um exemplo disso a fabricao de celulares. As variaes de cor, de memria RAM e de capacidade de armazenamento. Produo por Jobbing Ð caracterizada por produtos sob encomenda. Tem altssimo grau de variedade e baixos volumes. Por atender s necessidades dos clientes, a maioria dos produtos ser nica. No jobbing, os produtos compartilham as mquinas com diversos outros produtos. Como exemplo, podemos destacar as marcenarias, a alfaiataria, a grfica etc. Produo em Lotes Ð Tambm conhecido como sistema de processamento em bateladas ou intermitentes, pode parecer com a produo por jobbing, porm, sem o mesmo grau de variedade. Sua caracterstica marcante a produo em determinada quantidade de determinado produto (sempre tem mais de um produto), tendo, por isso, maior variedade do que outros tipos de processos. O sistema produtivo flexvel, uma vez que as mquinas so do tipo genricas (universais), podendo ser ajustadas (setup) para produzir determinado produto. Como exemplo, citamos a indstria de peas, de componentes eletrnicos ou de carros. Produo por Projeto Ð A produo por projeto tem baixo volume e lida com itens bastante customizados, atendendo com quantidades, prazos e necessidades especficas dos clientes (grandes projetos), sendo que cada projeto nico. Via de regra, o tempo para produo do produto relativamente longo, sem contar que tem recursos e tempo dedicadosquele projeto especfico. Os prazos de incio e de fim so bem definidos e o intervalo de tempo entre um e outro produto longo. Exemplo: construo de turbinas, de navios, construtoras, desenvolvimento de software para uma empresa etc. 1.3.3.2! - Processos de Produo Contnuos Os processos de produo contnuos tm como caracterstica principal a produo contnua, alto grau de automao e tecnologia e a produo de bens que no podem 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 12 106 ser identificados individualmente. Via de regra, operam em volumes ainda maiores e em menor variedade que na produo em massa. Em linhas gerais, processa produtos lquidos ou gasosos. Um exemplo clssico so as refinarias de petrleo, as unidades geradoras de energia etc. Os processos so altamente uniformizados; e o fluxo, altamente previsvel. H grande investimento de capital e a mo de obra pequena, pois empregada apenas para a manuteno e pequenos ajustes nas instalaes. Esse assunto bastante cobrado em provas. Quero que voc use o quadro abaixo para facilitar na hora de resolver as questes. Tipo de produo Customizao Produtividade Variedade Em massa No (Alta padronizao) Grande escala Baixa Lote (bateladas) Mdia Mdio Mdio Jobbing Alta (Produtos sob encomenda) Baixo Alta Projeto Altssima Baixo Altssima Contnuo No Altssima Quase zero Essa representao tambm pode ser feita graficamente da seguinte forma: 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 13 106 Esses so os principais tipos de sistemas que so cobrados em provas. Mas, como que esses sistemas so gerenciados? necessrio fazer a programao e o controle da produo, independentemente do tipo de sistema. Vamos tratar disso no tpico Planejamento e Controle prximo item. ! (CESGRANRIO Ð 2011 Ð Petrobras) Sistemas de Produo podem ser definidos como conjuntos de pessoas, equipamentos e procedimentos organizados para a realizao de operaes de manufatura ou servios em uma empresa. Os principais Sistemas de Produo em manufatura so: a) Sistema de Produo em Massa - Sistema de Produo de Posio Fixa b) Sistema de Produo por Lotes ou Encomendas - Sistema de Produo de Servios Funcionais c) Sistema de Produo em Massa - Sistema de Produo de Posio Fixa - Sistema de Produo para Pequenas Quantidades d) Sistema de Produo por Lotes ou Encomendas - Sistema de Produo em Massa - Sistema de Produo para Mdios ou Pequenos Projetos e) Sistema de Produo para Grandes Projetos - Sistema de Produo por Lotes ou Encomendas - Sistema de Produo em Massa Comentrios A classificao dos processos produtivos pelo tipo de operao leva em considerao as caractersticas de cada processo, bem como o seu volume e a sua variedade. Classificam-se em: Portanto, a nica assertiva correta a letra E. GABARITO: Letra E 1.4! - AMBIENTES DE PRODUÌO E OPERAÍES Os ambientes classificam-se de acordo com a estratgia da organizao. Os ambientes podem ser classificados como: Produo em massaContnuos Processo produtivo pelo tipo de operao Discretos Produo em lote Produo por Jobbing Produo por Projeto 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 14 106 MTS - produo para estoque (make to stock): Nessa modalidade, a produo ocorre antes da venda e no h customizao, ou seja, h alto nvel de padronizao. Apresentam rapidez na entrega dos produtos e altos nveis de estoque. ATO - montagem sob encomenda (assemble to order): Nesse ambiente, as empresas estocam os componentes e montam o produto aps o pedido do cliente. Por exemplo, tente comprar um computador no site da APPLE. Voc pode customizar o produto final. ETO - engenharia sob encomenda (engineering to order): No ETO, o projeto, a produo e a montagem so definidos a partir do projeto/pedido do cliente. H alto nvel de customizao e no h estoque. MTO - fabricao sob encomenda (make to order): O produto montado a partir das definies do cliente, tendo-se, todavia, o projeto pronto. O prazo de entrega longo. MTM Ð Produo para o mercado (make-to-market): Os produtos e servios so produzidos sem pedido e padronizados de acordo com a previso de vendas. A produo segue direto para o mercado, assim, no h formao de estoques. Um exemplo so os programas de entretenimento. RTO Ð Obter recursos contra pedido (resource-to-order): A matria prima s adquirida aps a confirmao dos pedidos. Um exemplo a fabricao de mveis. O marceneiro s vai adquirir o MDF aps fechar o pedido com os clientes. Assim, para cada tipo de estratgia, existe uma tipologia de produo diferente. Uma sob a previso e outra sob os pedidos dos clientes. NEUMANN relaciona os ambientes de produo com seus tipos de estoque e principais caractersticas. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 15 106 NEUMANN ainda faz os seguintes comentrios2: Se a empresa produz para estoque (MTS), o horizonte de planejamento deve ser de mdio ou longo prazo, portanto, deve haver um foco em planejamento. Se a empresa produz sob encomenda (MTO), ela deve ter um foco em programao. Se a empresa produz sob encomenda, alta a variedade de produtos finais e importa insumos ou exporta parte significativa da sua produo, ento ela deve ter um foco tanto em planejamento como em programao. As necessidades das industrias que produzem sob encomenda (MTO) so muito diferentes, e, em geral, existe uma necessidade latente de essas empresas serem muito mais geis e enxutas do que aquelas com produo voltada para estoque (MTS). Se um negcio est indo na direo do modelo MTO de produo enxuto, a necessidade de se alterar a maneira como so feitos o planejamento e a programao da produo enorme. Nas empresas que produzem contra pedido (RTO), cada minuto desperdiado fazendo estoque desnecessrio consome os materiasi e a capacidade que as UM precisam para entregar os pedidos dos clientes nas datas prometidas. As empresas que produzem para estoque (MTS) esto sempre vendendo capacidade de produo. Constata-se, portanto, que o negcio das empresas que operam no modelo MTO , de fato, gerenciar e vender sua capacidade produtiva. Se a empresa produz para estoque, o horizonte de planejamento deve ser de mdio ou longo prazo, portanto deve haver um foco em planejamento. Se a empresa produz para estoque, o horizonte de planejamento deve ser de mdio ou longo prazo, portanto deve haver um foco em planejamento. Se a empresa produz sobe encomenda, ela deve ter um foco em programao. Se a empresa produz sob encomenda ou alta a variedade de produtos finais e importa insumos ou exporta parte significativa da sua produo, ento ela deve ter um foco tanto em planejamento como em programao. A passagem da lgica de produo MTS para MTO originou, nas organizaes, uma necessidade crescente de troca de informao entre as reas comercial e de produo, informao essa que dever ser detalhada e de acesso just-in-time. O setor industrial vem se aproximando cada vez mais do modelo do setor de srvios, procurando fabricar o produto medida que o consumidor faa o pedido. Eiso que LAUGENI e PETRïNIO falam sobre isso. Caso a definio da empresa seja MTS, o PCP inicia-se com a previso de vendas dos produtos acabados e programam-se os acabados. Caso a empresa defina uma estratgia ATO, deve ser feita a previso dos componentes e dos subconjuntos (e no dos produtos acabados) e deve ser programada a fabricao e a compra daqueles componentes. Caso a definio seja MTO, a empresa dever fazer previses a respeito das matrias primas e dos componentes mais crticos, adquiri-los e estoca-los. No caso do ETO, a programao da produo utilizar as tcnicas especficas de redes (CPM e PERT) e dever dar muito ateno sua capacidade instalada para a manuteno dos prazos contratados com os clientes. Nos ambientes de manufatura discreta interessante verificar a evoluo que as empresas industriais tm apresentado com o passar dos anos. Exemplificando a questo, os produtores de veculos, tempos atrs, intitulavam-se fabricantes. A estrutura de produo era a de fabricar todos (ou muitos) dos componentes a serem utilizados, e 2 Gesto de Sistemas de Produo e Operaes. NEUMANN, Clvis. Elselvier, Rio de Janeiro, 2013. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 16 106 a programao da produo era funo dos nveis de estoques dos produtos acabados. Essa estrutura era claramente de uma manufatura MTS. Atualmente, esses produtores intitulam-se montadores de veculos e esforam-se para fabricar alguns componentes crticos ou estratgicos, deixando a fabricao dos componentes e conjuntos para seus fornecedores e sistemistas (que fornecem conjuntos montados, por exemplo, o painel inteiro do veculo). Apesar de ainda na maioria das vezes, o PPCP ser desenvolvido em funo dos de produtos acabados, existe uma forte tendncia para fabricar sob encomenda, por mejo da utilizao da Internet, o que caracteriza uma manufatura ATO. Ainda assim, acreditamos que, dificilmente, uma montadora de veculos em massa consiga migrar para uma manufatura MTO ou ETO, que seria uma manufatura sob encomenda pura, mas outras empresas industriais tm se direcionado para esses ambientes. Empresas que fabricam veculos especiais (Ferrari, Porsche) utilizam claramente um sistema de produo MTO, no qual mantm estoques de componentes estratgicos. A Dell Computer e a ltautec utilizam um sistema de manufatura ATO, mantendo componentes e subconjuntos em estoque e montando o produto final de acordo com as especificaes de seus clientes. J a Nike utiliza, praticamente, o sistema ETO. uma empresa que detm a tecnologia de fabricao de seus produtos e licencia fabricantes no mundo inteiro para que produzam o calados. 1.5! - RAZÌO P:D SLACK traz a regra Razo P:D, em que P o tempo total do processo (soma dos tempos para projetar, comprar insumos, montar e entregar os produtos). Em uma operao tpica do tipo fazer-para-estoque, tal como as que fazem produtos de consumo no durveis, o tempo de demanda, D, a soma dos tempos de transmisso do pedido ao armazm da companhia, ou ao ponto de estoque, pegar e embalar o pedido e transportar fisicamente o pedido ao consumidor - o ciclo de "entregar". Por trs desse ciclo visvel de pedido h outros ciclos. A reduo de estoque de bens acabados acionar a deciso de manufaturar um lote de reabastecimento. Esse ciclo - o ciclo de "fazer" - envolve programar o trabalho nos vrios estgios do processo de manufatura. Fisicamente, isso envolve retirar materiais e peas dos estoques de entrada e process-los ao longo dos vrios estgios do roteiro de produo. Por trs do ciclo de "fazer" h o ciclo de "comprar" - o tempo para reabastecimento dos estoques de entra- da -, que envolve transmisso do pedido para os fornecedores e espera pela entrega. Assim, para esse tipo de manufatura, o tempo de "demanda" D que o consumidor v muito pequeno, comparado com o ciclo total P. Comparemos isso com uma operao do tipo obter recursos-contra-pedido. Aqui D o mesmo que P. Ambos incluem os ciclos de "comprar", "fazer" e "entregar". A operao do tipo fazer-contra-pedi- do fica no meio. Algumas operaes so hbridas. Tomemos, por exemplo, uma empresa de manufatura de acoplamentos industriais, cuja faixa de produtos muito mais ampla do que a faixa de componentes, porque ela pode configurar componentes de muitas maneiras diferentes. Devido a sua ampla faixa de produtos acabados, a companhia no os mantm em estoque. Em vez disso, faz a maioria de seus componentes para "estoque" e, ento, monta seus produtos (um processo relativamente curto) "contra pedido". Entretanto, nem todos os produtos da empresa so feitos dessa forma. Alguns tm demanda to pouco frequente que ela os faz inteiramente contra pedido, como "especiais". A maioria das operaes opera com razes P:D diferentes para diferentes classes de produtos ou servios. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 17 106 !(INDITA Ð Elaborada pelo Autor) Uma empresa de manufatura atuante h vrios anos na rea de tecnologia tem como caracterstica marcante entre seus clientes a rpida entrega. Para isso, sempre tem produtos em estoques. O ambiente de produo escolhido pela organizao a a) Montagem sob encomenda (ATO). b) Fabricao sob encomenda (MTO). c) Engenharia sob Encomenda (ETO). d) Produo para o estoque (MTS). e) Produo para o Mercado (MTM). Comentrios Para responder questo devemos prestar ateno em um trecho-chave do enunciado. dito que a empresa Òsempre tem produtos em estoquesÓ. Assim, o ambiente escolhido pela empresa o MTS Ð Montagem para estoque. GABARITO: Letra D 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 18 106 1.6 Ð MEDINDO A PRODUTIVIDADE (P) A produtividade a relao entre o que produzido e os recursos empregados. Assim, a medida da eficincia com que as entradas esto sendo convertidas em sadas denominada de produtividade. Ela calculada como a razo entre as sadas e as entradas: � = Σ �������Σ ������ A produtividade pode ser classificada como: ¥ Produtividade Parcial Ð a medio da produtividade de uma s varivel, ou seja, a relao entre o produzido e o consumido de apenas um dos recursos, como, por exemplo, mo de obra, mquinas etc. ¥ Produtividade Total Ð quando calculado sobre todas as entradas. ¥ Produtividade multifatorial Ð quando a produtividade calculada sobre um grupo de entradas, como, por exemplo, mo de obra + material. Veja como cobrado em provas: !(CESGRANRIO Ð 2010 Ð Petrobras) Em janeiro, uma empresa produziu 300 toneladas de um produto, sendo utilizados 40 funcionrios na produo. Em fevereiro, foram 360 toneladas, com o aumento de 5 funcionrios na produo. A partir dessas informaes, conclui-se que a: a) produtividade parcial da mo de obra apresentou um aumento inferior a 2%; b) produtividade parcial da mo de obra apresentou um aumento superior a 6%; c) produtividade da empresa no aumentou, pois a produo e a mo de obra aumentaram; d) capacidade da empresa foi reduzida, de forma proporcional ao aumento do nmero de trabalhadores; e) capacidade e a produtividade permanecem constantes. Resoluo A produtividade calculada como a razo entre as sadas e as entradas: � = Σ �������Σ ������ Aplicando os dados da questo, temos: � (�������) = 30040 = 7,51013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 19 106 � (���������) = 36045 = 8,0 O clculo do aumento da produtividade inversamente proporcional: � (�������) = 17,518,0 = 1,0666 (6,66%) Conclumos que o aumento da produtividade foi de 6,66%. GABARITO: Letra B 1.7 - PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE O planejamento da capacidade nada mais do que o mximo de produo possvel em uma determinada unidade em determinado espao de tempo. O planejamento e controle da capacidade a tarefa de determinar a capacidade efetiva de toda a operao produtiva, de forma que ela possa responder demanda. Isto normalmente significa decidir como a operao ir reagir a flutuaes na demanda.(NEUMANN) O gerenciamento da capacidade lida com a desarmonia entre a demanda e a habilidade de harmoniza-la. Conforme SLACK, Ò a habilidade que uma operao ou processo tem para suprir seus clientesÓ. A ideia essencial prover a demanda atual e futura. Essa atividade envolve toda a empresa, pois concilia a estrutura, inputs, fora de trabalho, capacidade de distribuio da produo etc. Por isso, algumas vezes chamada de planejamento e controle agregados (pois no diferencia o tipo de produto ou servio). Quando falamos em planejamento e controle agregado, imagine uma indstria txtil de camisetas. Quando agregamos o planejamento, ignoramos os tamanhos, cores etc. Para Stevenson, capacidade de produo refere-se ao teto de carga que uma unidade operacional pode suportar. A capacidade nominal (capacidade terica que est no projeto) no a quantidade de outputs, pois afetada por fatores redutores de capacidade. A quantidade de sadas depende de duas medidas: Mister informar que a capacidade sempre leva em conta a dimenso TEMPO. Explico: Imagine um Shopping. Sempre vemos vastos estacionamentos nesse tipo de 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 20 106 empreendimento. Digamos que a estrutura conte com 1500 vagas de estacionamento. A capacidade instalada no de 1500, pois necessrio calcular o nmero do pesas que utilizam o estacionamento durante curtos perodos de tempo para fazerem suas compras (cerca de 1h), enquanto outras utilizam por perodos superiores noite para irem ao cinema e jantarem (cerca de 4 horas noite). Dessa forma, calcula-se de forma diferente a capacidade para o perodo noturno (naturalmente menor do que a durante o dia). Outro exemplo de uma linha fabril. Digamos que a unidade capaz de produz 1000 unidades por hora, entretanto, a cada lote necessrio uma hora para limpeza e setup, a capacidade de 12.000 unidades dirias. Logo, conforme lecionado por SLACK, Òa capacidade de uma operao o mximo nvel de atividade de valor adicionado em determinado perodo de tempo que o processo pode realizar sob condies normais de operaoÓ. Para Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 258): Se a capacidade inadequada, uma empresa pode perder clientes pela lentido no servio ou por permitir que competidores entrem no mercado. Se a capacidade excessiva, uma empresa pode ter que reduzir seus preos para estimular a demanda, subutilizar sua fora de trabalho, produzir estoque em excesso ou buscar produtos adicionais e menos lucrativos para continuar no negcio. [...] O planejamento de capacidade pode ser visualizado em trs espaos de tempos: longo alcance (maior que um ano) alcance intermedirio (os prximos 6 a 18 meses) e curto alcance (menos de seis meses) 1.7.1 - Demanda Demanda o termo utilizado para se referir ao consumo de bens e servios. Alguns produtos mantm suas mtricas constantes, enquanto outros sofrem bastante variaes. Em linhas gerais, existem dois tipos de demanda: DEMANDA DEPENDENTE - So aqueles itens cuja demanda depende de outro item. Nessa hiptese, a demanda no precisa ser prevista j que pode ser calculada na demanda do item ao qual dependente. DEMANDA INDEPENDENTE - o oposto da dependente. A demanda independente no depende de nenhum outro item e sua previso depende do mercado consumidor Outro aspecto que me parece bastante caro mencionar que o termo Òplanejamento e controle da capacidadeÓ est atrelada a demanda. Basicamente, significa operar de acordo com as flutuaes da demanda. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 21 106 Apesar de na imensa maioria das vezes o planejamento da demanda ficar a cargo do departamento de vendas (e a ÒProduoÓ ficar de fora), para o planejamento e controle da capacidade um insumo (input), pois, ao invs de estimar a produo de acordo com a estimativa de demanda, apenas reagiramos a ela. Quanto a demanda flutuante, entenda o seguinte: Chocolate consumido o ano todo, entretanto, na Pscoa que o consumo maior. Outro item fcil de ilustrar o espumante. consumido o ano todo, mas no fim do ano que a demanda maior. Quase que todos os produtos e servios tem algum tipo de sazonalidade da demanda. Alguns outros tem sazonalidade de fornecimento de insumos. A sazonalidade est atrelada a diversos fatores, seja por fatores climticos, datas festivas, situao financeira etc. Algumas podem ser previsveis (climtica, festiva etc) enquanto outras variaes podem ser inesperadas (financeira, desastre natural, poltica econmica etc). Destaque-se que a sazonalidade pode ser por perodo (meses) at diria, podendo um mesmo estabelecimento ter que trabalhar com todos os tipos. A exemplo, um supermercado entende o consumo de seus clientes. Segundas e teras so dias com menor movimento, enquanto fins de semana so os dias com maior venda de carnes e bebidas, por exemplo. O supermercado tambm sabe que nas datas festivas h maior consumo de produtos, desde os mais bsicos at aqueles especficos. 1.7.2 - Medidas para clculo de capacidade De forma diferente, PEINADO ensina o seguinte: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Exemplo de Flutuações na Demanda Chocolate Espumante 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 22 106 Capacidade disponvel ou de projeto - a quantidade mxima que uma unidade produtiva pode produzir durante a jornada de trabalho disponvel, sem levar em considerao qualquer tipo de perda. A capacidade disponvel, via de regra, considerada em funo da jornada de trabalho que a empresa adota. Quando se opera prximo aos nveis mximos da capacidade disponvel, a empresa corre srio risco de faturar mais, porm com menores resultados ou at prejuzo. Por que isto acontece? Porque os custos de produo aumentam. No se trata apenas de custos de pagamento com horas-extras, adicional noturno e aumento do overhead, acumulam-se os custos da falta de produtividade e qualidade, em um fenmeno que conhecido como Òdeseconomia de escalaÓ. O aumento da capacidade instalada pela expanso do parque instalado recomendado quando a demanda de mercado tende a continuar em cresci- mento e no haver ociosidade deste investimento, o aumento de capacidade por meio da adoo de mais jornadas de trabalho pode ser mais interessante quando os investimentos em equipamentos forem elevados e no houver certeza do comportamento da demanda. A capacidade realizada obtida subtraindo- se as perdas no planejadas da capacidade efetiva, em outraspalavras, a capacidade que realmente aconteceu em determinado perodo. Grau de disponibilidade: a capacidade instalada e a capacidade disponvel permitem a formao de um ndice, denominado grau de disponibilidade. Que indica, em forma percentual, quanto uma unidade produtiva est disponvel, conforme a frmula abaixo: ���� �� ��������������� = ���������� ����������������� ��������� Capacidade efetiva ou carga - A capacidade efetiva representa a capacidade disponvel subtraindo-se as perdas planejadas desta capacidade. A capacidade efetiva no pode exceder a capacidade disponvel, isto seria o mesmo que programar uma carga de m- quina por um tempo superior ao disponvel. Grau de utilizao: a capacidade disponvel e a capacidade efetiva permitem a formao de um ndice, denominado grau de utilizao. Que representa, em forma percentual, quanto uma unidade produtiva est utilizando sua capacidade disponvel, conforme ���� �� �������çã� = ���������� ����������������� ������í��� Capacidade realizada - A capacidade realizada obtida subtraindo-se as perdas no planejadas da capacidade efetiva, em outras palavras, a capacidade que realmente aconteceu em determinado perodo. êndice de eficincia: a capacidade realizada, quando comparada capacidade efetiva, fornece a porcentagem de eficincia da unidade produtora em realizar o trabalho programado, conforme Í����� �� �����ê���� = ���������� ������������������� ������� NEUMANN ensina as seguintes medidas para clculo de capacidade: a) Capacidade de Projeto (CP) 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 23 106 O sistema considerado ideal, como se no houvesse perdas. Neste caso no so consideradas atividades, tais como: setups, manutenes programadas, transporte entre setores e limitaes relacionadas ao fluxo produtivo. b) Capacidade Efetiva (CE) So levadas em considerao as necessidades e as perdas do sistema. Neste caso consideram-se as necessidades de processo (perdas programadas), entretanto, sem considerar questes relativas ao fluxo fabril a ao tamanho dos lotes. CE = CP Ð Perdas Programadas c) Taxa de Utilizao (U) a relao entre o volume de produo (ou % de produo) realmente conseguido por uma operao e a sua capacidade de projeto. Tanto as perdas/falhas planejadas como as no planejadas so consideradas para o clculo da taxa de utilizao. U= CE Ð Perdas no Programadas d) Eficincia (E) a razo entre a utilizao e a capacidade efetiva. E = U/CE e) Capacidade Operacional (CO) a capacidade com que de fato o administrador da planta pode contar para o seu planejamento. CO = CP x E x U 1.7.3 - Polticas Alternativas de Capacidade Com a demanda em mos, devemos considerar dos meios possveis para responder as sazonalidades. H, basicamente, trs opes: POLêTICA DE CAPACIDADE CONSTANTE - Nessa hiptese, ignora-se as flutuaes e mantem os nveis de processamento constantes. Podemos dividir em duas: Capacidade constante com formao de estoques - nesse modo, a produo antecipada para atender a demanda futura. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 24 106 Capacidade constante com subutilizao de capacidade - Nessa hiptese, mantem-se os nveis de processamento elevados para atender a mxima prevista. SLACK ensina o seguinte: Os outputs (sadas) podem ser mantidos nivelados, ignorando as flutuaes de demanda. Isso resultar na subutilizao de capacidade, quando as sadas no podem ser estocadas, ou no surgimento de estoques, quando as sadas podem ser estoca das. Depreende-se que na hiptese de subutilizao, diferentemente da formao do estoque, trata essencialmente de servios, os quais, pele perecibilidade, no podem ser estocados. 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 Capacidade constante com formação de estoques DEMANDA PRODUÇÃO 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 Capacidade constante com subutilização DEMANDA PRODUÇÃO 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 25 106 POLêTICA DE ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA - Acompanhar a demanda muito mais difcil do que a capacidade constante, pois envolve diferente nmero de pessoas, diferentes horas de trabalho etc. Em virtude disso, a poltica de acompanhamento da demanda ser dificilmente incorporada por operaes de produtos-padro no perecveis. POLêTICA DE GESTÌO DA DEMANDA - Nesse caso, temos em mos uma demanda estvel e uniforme. Isso reduz os custos e melhora os servios, pois a capacidade pode ser melhor administrada. Basicamente, transfere a demanda de perodos de pico para os de baixa ÒtemporadaÓ. Na prtica, a organizao controla a demanda atravs do preo e do marketing. Obviamente, mais fcil aplicar a gesto de demanda em servios do que em produtos (os hotis, por exemplo, oferecem preos mais em conta em baixa temporada). !(CASA DA MOEDA - 2012) Uma grfica tem uma linha de produo que opera 24 horas por dia e 5 dias por semana. Os registros para uma semana de produo mostram que foram perdidas 5 horas, devido manuteno preventiva, e 2 horas para amostragens de qualidade. A proporo entre o volume de produo conseguido por uma operao em horas e a sua capacidade de projeto, tambm em horas, est compreendida entre: a) 0,50 e 0,54; b) 0,60 e 0,65; c) 0,70 e 0,76; d) 0,80 e 0,87; e) 0,90 e 0,96. Comentrios 2 2,5 3 3,5 4 4,5 Acompanhamento da demanda DEMANDA PRODUÇÃO 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 26 106 A capacidade do projeto dada pelo total de horas x o total de dias: CP = 24x5 = 120 horas semanais Como consta no enunciado, perdeu-se 7 horas: �������çã� = (ΟΠΘΡΣ)ΟΠΘ = ΟΟΤΟΠΘ = 94,16% Portanto, a proporo entre o volume de produo e a sua capacidade de projeto de 94,16% (entre 0,9 e 0,96) GABARITO: Letra E !(UFES - 2017 - UFES) Sob a perspectiva do Gerenciamento de Capacidades, a) a capacidade a anlise do potencial de produo e da eventual ociosidade de determinado produto, seja ele um material ou servio. b) a capacidade diz respeito ao potencial de um recurso, material ou humano, de suprir a demanda de uma produo, em linha ou em lote. c) a capacidade o gerenciamento de insumos, a fim de evitar que uma operao seja paralisada. d) a capacidade a habilidade que uma operao ou processo tem para suprir seus clientes. e) a capacidade a quantidade de material ou servios que sero utilizados em um processo em uma dada unidade de tempo. Comentrios O gerenciamento da capacidade lida com a desarmonia entre a demanda e a habilidade de harmoniza-la. Conforme SLACK, Ò a habilidade que uma operao ou processo tem para suprir seus clientesÓ. GABARITO: Letra D 2 - PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÌO Ð PCP 2.1! Ð DEFINIÍES Segundo ZACCARELLI (1987, p.18), o PCP um conjunto de funes que, alm de planejar e controlar, comanda e coordena a produo. O Planejamento e Controle , acima de tudo, uma rea de decises da produo. o PCP que vai administrar e coordenar, no nvel dirio, o fluxo dos recursos produtivos, somando os esforos de vrios setores, para atender s necessidades da operao e 101397871795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 27 106 dos consumidores de acordo com o estabelecido nos nveis estratgico, ttico e operacional. Por isso, o PCP tambm um sistema de transformao de informaes, j que opera interligado com os demais sistemas da organizao e utiliza as informaes organizacionais no planejamento e no controle da produo. Tubino (1997, p. 23) descreve o objetivo do Planejamento e Controle da Produo e sua influncia no Sistema Produtivo: Em um sistema produtivo, ao serem definidas suas metas e estratgias, faz-se necessrio formular planos para atingi-las, administrar os recursos humanos e fsicos com base nesses planos, direcionar a ao dos recursos humanos sobre os fsicos e acompanhar esta ao, permitindo a correo de provveis desvios. No conjunto de funes dos sistemas de produo aqui descritos, essas atividades so desenvolvidas pelo Planejamento e Controle da Produo (PCP). 2.2!Ð O PCP COMO SISTEMA DE PRODUÌO Um sistema de produo o conjunto de atividades interdependentes que atuam sobre os inputs a fim de produzir outputs. O PCP um sistema porque est constantemente envolvido com o composto organizacional. Para isso, o PCP concilia as exigncias de volume, de tempo e de informaes por meio da tomada de decises. Portanto, o PCP no pode ser tratado como um sistema isolado. Para BURDIDGE3, Òo sistema de PCP corresponde a uma funo da administrao que vai desde o planejamento at o gerenciamento e controle do suprimento de materiais e atividades de processo de uma empresa.Ó O sistema PCP pode ser decomposto em subsistemas. Como dito na aula anterior, um sistema produtivo tem trs partes essenciais: Entradas (inputs), processos e sadas (outputs). Os processos representam a essncia dos sistemas de operaes e so empregados para transformar os inputs em outputs, que podem ser bens ou servios. Acrescenta-se a esses os subsistemas de planejamento e de controle. 3 BURBIDGE, J. L. Planejamento e Controle da Produo. So Paulo: Atlas, 1983. Outputs TRANSFORMAÌORecursos Bens e servios Inputs Processo SUBSISTEMA DE PLANEJAMENTO SUBSISTEMA DE CONTROLE SISTEMA DE PRODUÌO 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 28 106 O subsistema de Planejamento cuida do planejamento das quantidades, da qualidade e dos tempos de produo. J o subsistema de controle preocupa-se com o cumprimento das programaes por meio da utilizao eficaz dos recursos. Esses subsistemas seriam o ponto fulcral do PCP. Alguns autores defendem que no possvel analisar planejamento e controle separados. Todavia, preferimos a viso de ERDMANN4, que defende que possvel decompor em Planejamento, Programao e Controle. Planejamento - So aquelas funes de longo alcance ou mais genricas, que alimentaro a programao. Constitui-se da criao ou do projeto do produto (o que vai ser produzido), da definio do processo (como e com que recursos vamos produzi-lo) e da definio de quantidades (projeo de mdio ou longo prazo) a serem produzidas. Programao e controle Ð So funes interdependentes que, valendo-se do planejamento, definem as quantidades a serem produzidas a cada perodo (curto prazo), as necessidades de materiais, os prazos e as capacidades do sistema de produo requeridos, liberam as ordens e executam o controle propriamente dito. PLANEJAMENTO PROGRAMAÌO E CONTROLE Projeto do Produto Necessidades de materiais Definio do Processo Prazos e as capacidades do sistema Definio de Quantidades em Mdio e longo prazo Definio de Quantidades em curto prazo Esse entendimento j foi cobrado em provas. !(CESGRANRIO - 2010 - Petrobrs) O Planejamento e Controle da Produo (PCP) um conjunto de funes que, alm de planejar e controlar, comanda e coordena a produo. O PCP pode ser decomposto em Planejamento, Programao e Controle. Por Planejamento, deve-se 4 ERDMANN, Rolf Hermann. Modelo organizativo para sistemas de planejamento e controle da produo. Florianpolis UFSC, 1994. Tese (doutorado em engenharia da produo) - programa de ps-graduao em engenharia da produo, UFSC, 1994. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 29 106 entender aquelas funes de longo alcance ou mais genricas que alimentaro a Programao. Assim, o Planejamento se constitui na(o) a) definio das quantidades a serem produzidas a cada perodo, das necessidades de materiais e dos prazos. b) programao das atividades que sero realizadas ao longo do processo produtivo. c) controle sobre os itens que comporo o processo produtivo, de forma integrada. d) projeto do produto, definio do processo e das quantidades a serem produzidas. e) controle sobre o processo e as quantidades a serem produzidas no prazo determinado. Comentrios ERDMANN defende que o PCP pode ser decomposto em Planejamento, em Programao e em Controle. ¥ Planejamento - deve-se entender aquelas funes de longo alcance ou mais genricas, que alimentaro a programao. Constituem-no a criao ou o projeto do produto (o que vai ser produzido), a definio do processo (como e com que recursos vamos produzi-lo) e a definio de quantidades (projeo em mdio ou longo prazo) a ser produzida. ¥ Programao e o controle - so funes interdependentes que, valendo-se do planejamento, definem as quantidades a serem produzidas a cada perodo (curto prazo), as necessidades de materiais, os prazos e as capacidades do sistema de produo requeridos, liberam as ordens e executam o controle propriamente dito. Nesse contexto, vamos analisar as assertivas: LETRA A Ð Errada. a programao e o controle que iro definir as quantidades a serem produzidas em cada perodo, das necessidades de materiais e dos prazos. LETRA B Ð Errada. A assertiva j comea falando de programao. nesse momento que se define as atividades que sero realizadas ao longo do processo produtivo, liberando ordens e executando o controle. LETRA C Ð Errada. O controle sobre os itens que comporo o processo produtivo, de forma integrada, faz parte da programao e controle. LETRA D Ð Correta. O projeto do produto, a definio do processo e das quantidades a serem produzidas so concebidas na parte do Planejamento. LETRA E Ð Errada. O controle sobre o processo e as quantidades a serem produzidas no prazo determinado, ou seja, a cada perodo, relativa programao e ao controle. GABARITO: Letra D. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 30 106 2.3!Ð NêVEIS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÌO A natureza do planejamento e do controle varia com o tempo. SLACK ensina que o propsito do planejamento e do controle garantir que os produtos estejam disponveis na quantidade, no momento e no nvel de qualidade adequados. Para que se conciliem essas necessidades, o planejamento divide-se em longo, em mdio e em curto prazo. Esses horizontes temporais geram diferentes nveis de planejamento. 2.3.1 - Longo Prazo Conhecido como planejamento estratgico, vislumbrado em meses e anos. Nessa etapa, o foco mais em planejamento do que em controle e deve estar alinhado com a estratgia da organizao.Busca-se a maximizao dos recursos, combinada com a minimizao dos riscos das tomadas de decises. montado com base na previso de venda em longo prazo, e a organizao deve direcionar seus esforos (recursos fsicos e financeiros) nesse sentido para que possa ser sustentvel. Conforme Gaither e Frazier (2002)5, a estratgia de produo Ò um plano de longo prazo para a produo de produtos e servios de uma empresa e constitui um mapa daquilo que a funo de produo deve fazer se quiser que suas estratgias de negcios sejam realizadasÓ. Esse planejamento estratgico, baseado no perodo de tempo, de estimativa de vendas e de disponibilidade de recursos financeiros e produtivos ir gerar o planejamento de vendas e de operaes (do ingls Sales and Operating Planning Ð S&OP). Em linhas gerais, o S&OP integra os planos de ao de todos os setores. Vou te dar um exemplo. Em 2008 trabalhava com logstica internacional em uma das maiores empresas exportadoras do Pas. L acontecia o seguinte: VENDAS preocupava-se em vender, PRODUÌO em produzir e LOGêSTICA em transportar. S que isso, na maioria das vezes, no era sincronizado, pois cada setor tinha uma viso e objetivos diferentes. VENDAS tinha que vender para bater a meta. PRODUÌO recebia as ordens de servio, colocava em sua programao e satisfazia-se em concluir o produto. O importante para ela era produzir. A LOGêSTICA, por sua vez, tinha que embarcar esse produto. Durante muito tempo, preocupamo-nos em embarcar os contineres e pronto, misso cumprida. 5 GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administrao de produo e operaes. 8. ed. So Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 31 106 Fora isso, VENDAS ainda negociava e, s vezes, jogava no meio da produo ordens ÒurgentesÓ ou coisas do gnero. A olha s: diversas vezes presenciei produtos que, por exemplo, embarcariam dia 20, sendo produzidas dia 05. E ordens que embarcariam dia 15, sendo produzidas dia 10. Naquela poca, contando o tempo de trnsito at o porto, o prazo para desembarao da documentao e embarque dos contineres era de 3 a 5 dias. Outras muitas vezes, vi ordens sendo produzidas Òem cima do laoÓ e que perdiam o ÒdeadlineÓ de embarque (prazo fatal). Com a ajuda da faculdade de engenharia, (rs), idealizei e coordenei um projeto de S&OP, que consistia, basicamente, em administrar os recursos de vendas (previso), de produo e de logstica. O que eu fiz foi o seguinte: Com a projeo de vendas, com a capacidade produtiva das plantas e com a possibilidade de embarques, programamos a forma e o fluxo de trabalho. Com isso, passamos a gerenciar a INFORMAÌO (que tambm um recurso). Isso foi em longo prazo. Com isso em mos, em mdio e em curto prazo organizvamos a produo de acordo com os prazos de embarque. Mas no s isso. Eu fui l e negociei com dois ou trs transportadores martimos que tinham datas de embarques diferentes para o mesmo destino (por exemplo, segunda, quarta e sbado). Negociamos preo e quantidades. Isso me dava uma comodidade, pois, caso perdssemos alguma data de embarque, eu tinha como mudar rapidamente de navio (sim, podemos embarcar o continer de uma companhia em outra). Quanto a vendas, antes de confirmarem grandes pedidos ou ordens que deveriam ser encaixadas, eu era consultado. Muitas vezes renegocivamos at o preo caso a ordem no pudesse ser antecipada. Era muito simples. Ës vezes, um desconto de cinquenta dlares nos fazia economizar 500 reais em despesas. Era uma otimizao excelente de custos (viu como o custo uma varivel?). O resultado: tivemos uma drstica reduo de dias em que o produto ficava parado no porto (porque l se cobram dirias), alm de uma boa reduo nas perdas de embarque. Mas, por que estou lhe contando isso? que esse plano administrava os conflitos internos da organizao. Veja, nesse simples exemplo, tnhamos integrado produo, logstica, vendas e financeiro em longo, mdio e curto prazos. Em longo prazo, por exemplo, o planejamento estratgico estava sendo cumprido. Isso porque nos baseamos na previso de vendas, na capacidade de produo e tambm na capacidade de embarque que a logstica tinha. 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 32 106 2.3.2 - Mdio Prazo Aqui a programao em semanas e meses. As decises so amplas e avalia-se a demanda de forma que se tenha o Plano-Mestre da Produo. Esse planejamento trata da disponibilidade de recursos produtivos que iro impactar na demanda, tais como mquinas, insumos, mo de obra etc. tratado como planejamento ttico ou intermedirio, ou, como ensina MENIPAZ, planejamento agregado da produo. Em breve sntese, no planejamento agregado no se levam em conta as especificidades de cada produto ou servio. Por exemplo, em um hotel, leva-se em conta a quantidade de quartos ocupados em determinado perodo, desconsiderando-se a quantidade de hspedes em cada um deles. Em uma fbrica de roupas, considera-se o nmero de peas, no levando em conta as cores e os tamanhos. Por outro lado, tambm temos o planejamento desagregado, em que se busca ditar a quantidade e o momento de cada produto em um espao menor de tempo. A desagregao ocorre no curto prazo. No exemplo da fbrica de roupas, busca-se definir cores e estilos de cada pea. Tambm necessrio um plano de contingncia. Esse plano nada mais que manter recursos de reserva em caso de desvios do plano de produo. Nesse programa temos a presena do MRP, que trata do planejamento das necessidades de materiais, ou seja, a lista tcnica dos itens necessrios (ingredientes) fabricao dos produtos. 2.3.3 - Curto Prazo O prazo temporal de semanas at dias. A demanda totalmente desagregada e d origem ao Programa de Produo. Aqui so estabelecidas as ordens de servio, ordens de compra, e traam-se planos sobre as especificidades dos produtos. De forma complementar, acredito que seria interessante uma rpida lida no que diz SLACK: A natureza do planejamento e controle muda ao longo do tempo. No longo prazo, os gerentes de produo fazem planos relativos ao que eles pretendem fazer, que recursos eles precisam e quais objetivos eles esperam atingir. A nfase est mais no planejamento do que no controle, porque existe ainda pouco a ser controlado. Eles vo usar previses da demanda provvel, descritas em termos agregados. O hospital vai fazer planos para "2.000 pacientes", sem necessariamente ir aos detalhes da necessidade individual deles. De maneira semelhante, os recursos sero planejados de forma agregada. Por exemplo, o hospital pode planejar ter 100 enfermeiras e 20 mdicos, mas, novamente. sem decidir a respeito de seus atributos especficos. Ao levar adiante suas atividades de planejamento, os gerentes de produo estaro 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 33 106 preocupados principalmente com atingir as metas financeiras. Oramentos sero desenvolvidos, que identifiquem as metas de custos e receitas que se pretende alcanar. O planejamento e o controle de mdio prazo esto preocupados com planejar em mais detalhes (e replanejar, se necessrio). Eles olham para frente para avaliar a demanda global que a operao deve atingir de forma parcialmente desagregada. Nesse momento, por exemplo, o hospital deve distinguir os diferentes tiposde demanda. O nmero de casos de pacientes que chegam por acidentes e emergncia precisar ser separado do nmero de casos que exigem tratamento de rotina. Similarmente, os recursos tero que ser definidos em termos mais desagregados. Por exemplo, diferentes categorias de pessoal devero ser identificadas, e as quantidades de pessoal de cada categoria precisaro ser definidas. No menos importante, planos contingenciais tero que ser pensados de forma que permitam leves desvios dos planos. Essas contingncias agiro como recurso de "reserva" e faro o planejamento e controle mais fcil a curto prazo. No planejamento e no controle a curto prazo, muitos dos recursos tero sido definidos e ser difcil fazer mudanas de grande escala nos recursos. Todavia, intervenes a curto prazo so possveis se as coisas no correm conforme os planos. Nesse estgio, a demanda ser avaliada de forma totalmente desagregada. O hospital estar tratando de todos os tipos de procedimentos cirrgicos como atividades individuais. De maneira mais importante, os pacientes estaro sendo identificados por nome e estaro sendo defini- dos tempos especficos para seus tratamentos. Ao fazer intervenes e mudanas no plano a curto prazo, os gerentes de produo estaro tentando equilibrar a qualidade, a rapidez, a confiabilidade, a flexibilidade e os custos de suas operaes de forma ad hoc. improvvel que eles tenham tempo para fazer clculos detalhados dos efeitos de suas decises de planejamento e controle de curto prazo sobre todos esses objetivos, mas uma compreenso geral das prioridades formar o pano de fundo para sua tomada de decises. Prazo Planejamento Programa Fundamentos Longo Estratgico Planejamento de vendas e operaes Previso de vendas (S&OP) Capacidade produtiva Disponibilidade de recursos Planejamento Agregado6 Mdio Ttico Plano-mestre de produo Demanda agregada (MRP) 6 Uma vez definido o plano agregado, este deve ser desdobrado para elaborar o programa mestre de produo (MPS). Significa que o plano agregado de uma dada famlia de produtos transformado em um MPS para cada um dos itens que compe a referida famlia. O horizonte de planejamento de um programa mestre de produo cobre, normalmente, 6 a 12 'meses de produo, em base semanal. (LAUGENI) O que chamamos aqui de planejamento e controle de capacidade s vezes tambm chama do de planejamento e controle agregados. (SLACK) 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 34 106 Plano de contingncia Previso real Curto Operacional Programa de produo Demanda desagregada 2.4!- TIPOS DE SISTEMA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÌO Dentro do sistema de CURTO PRAZO deve-se definir como se executaro as atividades. So dois os tipos: o sistema empurrado e o sistema puxado. 2.4.1 - Sistema Empurrado (push system) No sistema empurrado, os centros de trabalho enviam (empurram) sua produo para o centro seguinte assim que so processados. Caso a estao sucessora tenha demanda menor do que o produzido pela antecessora, faz-se estoque. As atividades so executadas em cima da previso de demanda do consumidor interno (prevista), ou seja, a produo comea antes da demanda pelo produto. Geralmente, controlado por um sistema central (via de regra o MRP - Material Requirement Planning). 2.4.2 - Sistema Puxado (pull system) Nesse sistema, a produo s vai ao prximo centro quanto solicitada. A base de produo de acordo com a demanda externa (real). Diz-se que o consumidor puxa o trabalho da estao anterior, no gerando filas de materiais processados. No sistema puxado, a possibilidade de estoque nfima (j que s se produz o que se consome). um sistema de produo enxuto e um dos favoritos do sistema JUST-IN-TIME. EMPURRADO PUXADO Produo Contnua Produz quando requerido Demanda prevista Ð consumidor interno Demanda real Ð consumidor externo Tem estoque Sem estoque Ð produo enxuta Gera filas de espera No gera filas de espera 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 35 106 !(CESGRANRIO Ð 2011 Ð Petrobras) Em um sistema de planejamento e controle da produo empurrado, um fato relevante que: a) esse sistema acarreta a reduo do nmero de agentes no canal de fornecimento; b) cada centro de trabalho empurra o trabalho, sem levar em considerao se o centro de trabalho seguinte pode utiliz-lo; c) a produo comea efetivamente quando os estoques atingem 50% dos estoques de reserva; d) a demanda empurrada para trs ao longo das etapas da produo, minimizando os estoques; e) o consumidor, no momento em que efetua a compra, inicia o processo de produo. Comentrios Vamos analisar as alternativas: LETRA A Ð Errada. O nmero de agentes no canal de fornecimento aumenta, no diminui. LETRA B Ð Certa. No sistema empurrado, os centros de trabalho enviam (empurram) sua produo para o centro seguinte assim que so processados. LETRA C Ð Errada. A produo segue independente do nvel dos estoques (a no ser que acabe o insumo, claro, rsrs) LETRA D Ð Errada. A demanda empurrada para frente, o prximo passo fabril. O Backward Scheduling a programao para trs e envolve iniciar o trabalho no ltimo momento possvel sem que ele sofra atraso. LETRA E Ð Errada. Essa a caracterstica do sistema puxado. GABARITO: Letra B 2.5!- SISTEMAS TOYOTA DE PRODUÌO - STP Tambm conhecido como Produo Enxuta ou Lean Manufacturing, o Sistema Toyota de Produo surgiu no Japo, aps a Segunda Guerra Mundial. O sistema que buscava um sistema de administrao para coordenar a produo de acordo com a demanda especfica, modelo e cor (CORRæA et al, 2012). O objetivo primordial do STP vai desde a reduo dos custos at uma maior flexibilidade em atender demanda do mercado. Para Shingo (1985), o STP consiste tem: a) uma combinao sem desperdcios entre trabalhadores, mquinas e objetivos; b) a utilizao de trabalhadores e mquinas somente em atividades que agregam valor ao produto; 1013978 71795685115 - LEANDRO SENA Prof. Tiago Zanolla Aula 01 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ PETROBRAS www.estrategiaconcursos.com.br 36 106 c) reduo ao mnimo possvel do lead-time; Assim, os pilares do STP so a automao, qualidade total e o Just in Time, que so bastante visveis dentro do sistema. Com o objetivo de comum de produzir no tempo exato est o sistema de Kanban, o qual d o suporte necessrio para sua concretizao. Segundo Slack et al. (2009), a Toyota, visando sincronizar todos os seus processos para atingir a qualidade, tempos rpidos de atravessamento e alta produtividade, desenvolveu um conjunto de prticas que a prpria empresa denominou como Toyota Production System (TPS), possuindo dois temas principais: just-in-time e jidoka Segundo Liker (2005), O sucesso da Toyota proporcionou uma reputao de qualidade percebida pelos clientes, isto , as pessoas podiam confiar que um automvel Toyota iria funcionar bem na primeira vez e continuar operando continuamente sem apresentar problemas. Essa reputao s foi possvel devido a transformao da operao em um diferencial competitivo e estratgico baseado em ferramentas e mtodos de melhoria continua na manufatura, tais como: just in time - JIT, JIDOKA Ð autonomao, Kaizen, fluxo continuo, e outras mais. Essas tcnicas ajudaram a implementar a revoluo da produo enxuta.
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