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Caderno de Segurança (Legislação aplicada a riscos e emergências)

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Técnico em Segurança do Trabalho 
Artur Paiva 
 
 
 
 
2014 
Legislação Aplicada a Área 
de Riscos e Emergências 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
José Henrique Paim Fernandes 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Aléssio Trindade de Barros 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
Coordenador Rede e-Tec Brasil 
Cleanto César Gonçalves 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação e Esportes de 
Pernambuco 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Luciane Alves Santos Pulça 
 
Coordenador de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
 
Coordenação do Curso 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Eliane Azevêdo Farias 
 
Diagramação 
Roberta Cursino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 
1. COMPETÊNCIA 01 | LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA A INCÊNDIOS ............................ 5 
1.1 Consolidação das Leis Trabalhista – CLT .................................. 5 
1.2 NR-23 – Prevenção de Incêndios ............................................. 7 
1.2.1 Objetivo ................................................................................ 8 
1.2.2 Saídas ................................................................................... 8 
1.2.3 Portas ................................................................................. 10 
1.2.4 Escadas ............................................................................... 11 
1.2.5 Ascensores ......................................................................... 11 
1.2.6 Portas Corta-Fogo ............................................................... 11 
1.2.7 Combate ao Fogo ............................................................... 12 
1.2.8 Exercício de Alerta .............................................................. 12 
1.2.9 Classes de Fogo .................................................................. 13 
1.2.10 Extinção por Meio de Água (Hidrantes) ............................ 14 
1.2.11 Chuveiros Automáticos (Sprinklers). ................................. 15 
1.2.12 Extintores ......................................................................... 15 
1.2.12.1 Extintores Portáteis ....................................................... 15 
1.2.12.2 Tipos de Extintores Portáteis ......................................... 16 
1.2.12.3 Inspeção dos Extintores ................................................. 16 
1.2.12.4 Quantidade de Extintores .............................................. 17 
1.2.12.5 Localização e Sinalização dos Extintores ........................ 17 
1.2.13 Sistemas de Alarme .......................................................... 19 
1.3 COSIPE - Código de Segurança Incêndio e Pânico de 
Pernambuco ................................................................................ 20 
1.3.1 Classificação das Ocupações ............................................... 21 
1.3.1.1 Tipo A - Residencial Privativa Unifamiliar ........................ 22 
Sumário 
 
 
 
 
 
1.3.1.2 Tipo B - Residencial Privativa Multifamiliar ...................... 23 
1.3.1.3 Tipo C - Residencial Coletiva ............................................ 23 
1.3.1.4 Tipo D - Residencial Transitória ....................................... 24 
1.3.1.5 Tipo E - Comercial ............................................................ 25 
1.3.1.6 Tipo F - Escritórios ........................................................... 26 
1.3.1.7 Tipo G - Mista .................................................................. 26 
1.3.1.8 Tipo H - Reunião de Público ............................................. 26 
1.3.1.9 Tipo L - Industrial ............................................................. 27 
1.3.2 Definição dos Sistemas ....................................................... 28 
1.3.3 Dos Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndios ........... 29 
1.3.3.1 Dos Sistemas Portáteis e Transportáveis ......................... 30 
1.3.3.2 Dos Sistemas Fixos Automáticos e Sob Comando ............ 33 
1.3.3.2.1 Dos Sistemas de Hidrantes e de Carretel com 
Mangotinho ................................................................................ 33 
1.3.3.2.2 Dos Sistemas de Chuveiros Automáticos - Sprinklers.... 34 
1.3.4 Do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio .................. 34 
1.3.5 Dos Sistemas e Dispositivos para Evacuação de Edificações 35 
1.3.5.1 Acessos ............................................................................ 35 
1.3.5.2 Das Escadas de Emergência ............................................. 36 
1.3.5.3 Das Portas ....................................................................... 36 
1.3.6 Do Sistema de Iluminação de Emergência .......................... 37 
1.3.7 Do Sistema de Sinalização de Saídas de Emergência .......... 37 
1.4 Outras Normas relativas à Prevenção de Incêndios ............... 38 
1.4.1 IRB – Instituto de Seguros Privados do Brasil ...................... 38 
1.4.2 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ............. 38 
2. COMPETÊNCIA 02 l LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA A PROCEDIMENTOS DE 
EMERGÊNCIAS ........................................................................................................................ 41 
 
 
 
 
 
2.1 NBR 14.276 – Programa de Brigada de Incêndio ................... 42 
2.1.1 Objetivo .............................................................................. 42 
2.1.2 Definições ........................................................................... 42 
2.1.3 Princípios Básicos ............................................................... 44 
2.1.4 Composição da Brigada de Incêndio ................................... 44 
2.1.5 Critérios Básicos para Seleção de Candidatos a Brigadista . 44 
2.1.6 Organização da Brigada ...................................................... 45 
2.1.7 Organograma da Brigada de Incêndio ................................ 45 
2.1.8 Programa do Curso de Formação de Brigada de Incêndio .. 47 
2.1.9 Atribuições da Brigada de Incêndio .................................... 47 
2.1.9.1 Ações de Prevenção ........................................................ 47 
2.1.9.2 Ações de Emergência ...................................................... 48 
2.1.10 Procedimentos Básicos de Emergência ............................ 48 
2.1.10.1 Alerta ............................................................................. 49 
2.1.10.2 Análise da Situação ........................................................ 49 
2.1.10.3 Primeiros socorros ......................................................... 49 
2.1.10.4 Corte de Energia ............................................................ 49 
2.1.10.5 Abandono de Área ......................................................... 50 
2.1.10.6 Confinamento do Sinistro .............................................. 50 
2.1.10.7 Isolamento da Área ....................................................... 50 
2.1.10.8 Extinção ......................................................................... 50 
2.1.10.9 Investigação ..................................................................50 
2.1.11 Controle do Programa de Brigada de Incêndio ................. 50 
2.1.11.1 Reuniões Ordinárias ...................................................... 51 
2.1.11.2 Reuniões Extraordinárias ............................................... 51 
2.1.12 Exercícios Simulados......................................................... 51 
 
 
 
 
 
2.1.13 Procedimentos Complementares ..................................... 52 
2.1.14 Recomendações Gerais .................................................... 52 
2.2 NR-05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 54 
2.2.1 Do Objetivo ........................................................................ 55 
2.2.2 Da Constituição .................................................................. 55 
2.2.3 Da Organização .................................................................. 55 
2.2.4 Das Atribuições .................................................................. 56 
2.2.4.1 Da CIPA ............................................................................ 56 
2.2.4.2 Cabe ao Empregador ....................................................... 58 
2.2.4.3 Cabe aos Empregados ..................................................... 58 
2.2.4.4 Cabe ao Presidente da CIPA ............................................. 58 
2.2.4.5 Cabe ao Vice-Presidente .................................................. 58 
2.2.4.6 Atribuições Comuns do Presidente e do Vice-Presidente da 
CIPA............................................................................................. 58 
2.2.4.7 Cabe ao Secretário da CIPA ............................................. 59 
2.2.5 Do Funcionamento ............................................................. 59 
2.2.6 Do Treinamento ................................................................. 60 
2.2.7 Das Contratantes e Contratadas ......................................... 61 
3. COMPETÊNCIA 03 l LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECIFICA A ACIDENTES DO TRABALHO .. 63 
3.1 O Acidente de Trabalho na CF e na CLT ................................. 64 
3.2 Lei de Acidentes do Trabalho - Lei nº 8.213 ........................... 66 
3.2.1 Acidente do Trabalho ......................................................... 66 
3.2.2 Considera-se Acidente do Trabalho (Art. 20 da Lei nº 8.213)
 .................................................................................................... 67 
3.2.3 Não é considerado como doença do trabalho (Art. 20, §1º da 
Lei 8.213) .................................................................................... 68 
 
 
 
 
 
 
3.2.4 Equiparam-se a Acidente do Trabalho (Art. 21 da Lei nº 
8.213) .......................................................................................... 69 
3.2.5 Comunicação do Acidente - CAT (Art. 22 da Lei nº 8.213) .. 71 
3.2.6 Dia do Acidente (Art. 23 da Lei nº 8.213) ............................ 72 
3.3 Da Responsabilidade sobre o Acidente de Trabalho .............. 73 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
INTRODUÇÃO 
Prezado aluno, 
Você está iniciando uma nova etapa do caminho para se tornar um Técnico 
em Segurança do Trabalho. Por isso, é importante conhecer a legislação 
aplicada à área de riscos e emergências. 
Inicialmente, você notará que a legislação brasileira tem se preocupado com 
os riscos por que passam o trabalhador e o cidadão nas diversas atividades 
que envolvem a convivência humana. 
Tanto na Constituição do Brasil de 1988, como no Direito do Trabalho e 
Previdenciário, verificamos que surgem constantemente mudanças a fim de 
adequar as leis à realidade da dinâmica das relações sociais promovidas pelos 
seres humanos tanto em seu ambiente laboral como nos demais em que se 
desenvolvem pelas mais diversas formas de relacionamentos. Esta 
convivência pode trazer, muitas vezes, riscos ou provocar acidentes. 
Sendo assim, a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, do ponto de vista da 
Segurança e Medicina no Trabalho, dedicou um capítulo tratando de 
exigências e obrigações tanto do trabalhador, como do empregador, para ver 
garantida a incolumidade e preservada a vida humana, quanto aos riscos 
advindos da atividade produtiva. 
No decorrer do nosso curso, você perceberá que as leis determinam as regras 
e limites de tolerância, para cada tipo de risco ou perigo, os padrões e 
parâmetros exigíveis à segurança do trabalhador e ambiental. Estas normas 
trazem obrigatoriedade desde a concepção de projetos de plantas industriais 
e ambientais de trabalho, até atitudes e comportamentos dos envolvidos, 
tanto na segurança, seja ela de incêndios, seja de acidentes e outras 
emergências, como na organização de métodos de trabalhos e sistemas 
 
 
 4 
Técnico em Segurança do Trabalho 
existentes na organização, quando estes trouxerem probabilidade de danos à 
saúde dos colaboradores. Assim, todos esses aspectos sugeridos 
anteriormente serão estudados em três competências. 
Na primeira, trataremos da legislação brasileira específica a incêndios. Você 
notará que há normas exigíveis comuns a todos os estados da nação, bem 
como as específicas e próprias de cada um deles, emanadas pelo Corpo de 
Bombeiros local. Também terá oportunidade de conhecer a NR-23 que fala 
sobre a prevenção de incêndios, o Código de Segurança Incêndio aplicado no 
Estado de Pernambuco, a recomendações da SUSEP (Superintendência de 
Seguros Privados do Brasil) e as normas da ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas), principalmente a NBR – 14276 – Brigada de Incêndio. 
Na competência seguinte, estudaremos sobre as recomendações para 
procedimentos de emergências que a legislação traz. Nesse contexto, você 
observará que “o primeiro propósito da lei é a redução máxima, ou seja, a 
eliminação do agente prejudicial. Quando isso for impossível, tecnicamente, o 
empregador terá de, pelo menos, reduzir a intensidade do agente prejudicial 
para o território das agressões toleráveis” (OLIVEIRA, p. 118, 1998). 
Finalmente, na competência 3, você terá a possibilidade de conhecer a 
legislação brasileira específica a acidentes do trabalho, principalmente as 
normas contidas na CLT, Lei de acidentes do trabalho e outras correlatas. 
Portanto, esperamos que o trabalho nestas próximas semanas possibilite o 
desenvolvimento dessas competências, necessárias ao seu crescimento 
profissional. Os conhecimentos produzidos em nossa disciplina serão 
necessários para você enfrentar os desafios de uma indústria e comércio cada 
vez mais exigente e, sobretudo, competitivo. Assim, convidamos você para 
juntos iniciarmos esta caminhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
1. COMPETÊNCIA 01 | LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA A 
INCÊNDIOS 
No Brasil, a legislação relativa a incêndios é bem esparsa. Encontramos alguns 
órgãos interessados no assunto, que emitem normas e recomendações cuja 
obrigatoriedade advém da lei, com o propósito de proteção seja do ser 
humano, seja da edificação e métodos por si só. 
1.1 Consolidação das Leis Trabalhista – CLT 
A CLT no capítulo da Medicina e Segurança do Trabalho, em seu art. 154, faz 
suas recomendações e obriga as empresas a cumprirem não só as normas que 
a lei federal instituir, bem como as emanadas dos poderes municipais e 
estaduais. Vejamos: 
Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, 
do disposto neste Capitulo, não desobriga as empresas 
do cumprimento de outras disposições que, com relaçãoà matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou 
regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em 
que se situem os respectivos estabelecimentos, bem 
como daquelas oriundas de convenções coletivas de 
trabalho. (grifamos) 
Desta forma, caro aluno, a Empresa deve cumprir tanto as normas que as 
posturas municipais determinarem, como as que o Estado Membro, no nosso 
caso – o Estado de Pernambuco, exigir. É por isso que o Código de Incêndio e 
Pânico do Corpo de Bombeiros do Estado - COSIPE torna-se obrigatório a 
todas as empresas fixadas no Estado. 
Por outro lado, note que a CLT impõe às mesmas empresas, indústrias e 
comércios, o cumprimento das normas relativas à segurança e medicina do 
trabalho no dizer do art. 157: 
 Competência 01 
 
 
 6 
Técnico em Segurança do Trabalho 
Art. 157 - Cabe às empresas: 
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e 
medicina do trabalho; 
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, 
quanto às precauções a tomar no sentido de evitar 
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; 
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas 
pelo órgão regional competente; 
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade 
competente. 
Agora você pergunta: E quanto aos trabalhadores, a lei nem quer saber deles? 
Espere um pouco! 
A lei não se esqueceu dos trabalhadores, posto que eles têm participação 
efetiva nas causas de acidentes e desastres nas empresas, ora como vítimas 
ora como protagonistas destes. No art. 158, a CLT cuidou de obrigar o 
empregado a cumprir as normas de segurança: 
Art. 158 - Cabe aos empregados: 
I - observar as normas de segurança e medicina do 
trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do 
artigo anterior; 
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos 
dispositivos deste Capítulo. 
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a 
recusa injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo 
empregador na forma do item II do artigo anterior; 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual 
fornecidos pela empresa. 
E sobre incêndios, a lei também fala? 
Claro que sim! 
Quando trata da prevenção a incêndios, a legislação trabalhista remete à 
responsabilidade dos órgãos específicos sobre o assunto: fazer exigir 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
procedimentos e cumprir regras que, ao menos, reduzam as possibilidades de 
ocorrer incêndios e acidentes decorrentes destes, principalmente em 
atividades com inflamáveis e explosivos. Veja-se: 
Art. 200 - Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer 
disposições complementares às normas de que trata 
este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada 
atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre: 
I - omissis; 
II - depósitos, armazenagem e manuseio de 
combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como 
trânsito e permanência nas áreas respectivas; 
III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e 
pedreiras, sobretudo quanto à prevenção de explosões, 
incêndios, desmoronamentos e soterramentos, 
eliminação de poeiras, gases, etc. e facilidades de rápida 
saída dos empregados; 
IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas 
preventivas adequadas, com exigências ao especial 
revestimento de portas e paredes, construção de 
paredes contra-fogo, diques e outros anteparos, assim 
como garantia geral de fácil circulação, corredores de 
acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente 
sinalização; 
V ao VII - omissis 
Portanto, você pode notar que a legislação ordinária brasileira que trata das 
relações de trabalho, dentre tantos aspectos, preocupa-se com a segurança e 
saúde do trabalhador. Agora, vamos ver as normas mais especificas sobre o 
assunto, tanto no âmbito local como federal. 
1.2 NR-23 – Prevenção de Incêndios 
Quando a CLT remete aos órgãos a regulamentação sobre incêndios, 
prontamente o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da Portaria 
nº 3.214 - Proteção Contra Incêndio para Locais de Trabalho, baixou a Norma 
Regulamentadora nº 23 – NR-23 que trata das especificações, exigências e 
normatização das medidas necessárias para proteger o ambiente e os 
 Competência 01 
 
 
 8 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 
 
http://portal.mte.g
ov.br/data/files/8A
7C816A2E7311D10
12FE5B554845302/
nr_23_atualizada_2
011.pdf 
trabalhadores dos riscos de incêndios. A NR 23 tem a sua base jurídica 
assegurada no art. 200, inciso IV da CLT. 
Passemos, então, a estudá-la conhecendo suas exigências, orientações, 
recomendações e parâmetros, os quais consideramos importantes ao Técnico 
de Segurança do Trabalho. 
1.2.1 Objetivo 
A NR-23 tem por objetivo estabelecer regras exigíveis a toda empresa 
(indústria ou comércio) que exerça atividades laborativas e produtivas quanto 
à proteção e combate a incêndios, visando evitar acidentes e desastres desta 
natureza. 
Também estabelece as medidas de proteção contra incêndios de que devem 
conter os ambientes de trabalho, com vista à proteção da saúde e da 
integridade física dos trabalhadores. 
Obriga esta norma que os estabelecimentos tenham: 
 Proteção contra incêndio; 
 Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso 
de incêndio; 
 Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; 
 Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. 
1.2.2 Saídas 
Segundo a NR em questão, os locais de trabalho deverão ter saídas, em 
número suficiente e dispostas de modo que as pessoas que nele se encontrem 
possam abandonar o ambiente com rapidez e segurança, em caso de 
emergência. Contendo as seguintes características: 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
 
 
Figura 01 – Saída de Emergência 
Fonte: https://encrypted-
tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRStthiLc7_6NYhUKLP9awzdB5nJrtEz
L_a591C5HU8qin03TKeJA 
 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um 
metro e vinte centímetros). 
 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local 
de trabalho. 
 OBS: Admite-se que a porta de acesso interno da compartimentação 
(salas, setores, departamentos, etc.) da edificação seja para o interior 
do próprio ambiente. 
 Os corredores de acesso imediato às saídas devem ter caráter 
permanente e completamente desobstruído, para que haja circulações 
internas ou corredores de acesso contínuos e seguros, com largura 
mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros). 
 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente 
assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção 
da saída. 
 A distância entre as saídas não deve ser superior a 15,00m (quinze 
metros) nas edificações de risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de 
risco médio ou pequeno. 
 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem 
degraus; as passagens serão bem iluminadas. 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 10 
Técnico em Segurança do Trabalho 
1.2.3 Portas 
 
 
 
Figura 02 – Portas 
Fonte:https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSr0quHNPt4taj2MmP5-
6fyZC9Z2YiJN-ipI2FGZxwVV_oqg2ArVQ 
 As portas de saída devem ser de batentes ou portas corrediças 
horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do 
trabalho. 
 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas 
em comunicações internas. 
 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações 
internas, devem: 
a) abrir no sentido da saída; 
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem,não impeçam as vias de 
passagem. 
 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a 
não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. 
 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, 
ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo 
ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista. 
 Nenhuma porta de entrada, de saída ou de emergência de um 
estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, 
aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho, exceto quando for 
dotada de dispositivos de segurança, que permitam a qualquer pessoa 
abri-las facilmente do interior. 
 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas 
pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
1.2.4 Escadas 
A NR-23 obriga que todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser 
feitos com materiais incombustíveis e resistentes ao fogo. 
 
 
Figura 03 – Escadas 
Fonte: https://encrypted-
tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR5OG2bGtnTzHpr6otFjLajPpI6
EfphydGD8Wk-fJdmpDM0glue 
1.2.5 Ascensores 
Tal como as escadas, os poços de elevadores (ascensores) e monta-cargas 
respectivos, nas construções de mais de dois pavimentos, devem ser 
inteiramente de material resistente ao fogo. 
 
 
 
Figura 04 – Ascensores 
Fonte: https://encrypted-
tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRsBDG3C71RMk_TGJLSBC
mLgp9ME6NZXLArVJyfCvssQ-Vqz4H-8g 
1.2.6 Portas Corta-Fogo 
As aberturas de acesso às caixas de escadas deverão ser providas por portas 
corta-fogo, com fechamento automático e podendo ser abertas facilmente 
pelos dois lados. 
 Competência 01 
 
 
 12 
Técnico em Segurança do Trabalho 
1.2.7 Combate ao Fogo 
Quando trata do combate a incêndio, a NR-23 não se preocupa com a técnica 
e a tática de combate a incêndios, porém recomenda que as equipes e 
pessoas treinadas, assim que perceberem o aparecimento do fogo, executem 
as seguintes tarefas: 
 Acionar o sistema de alarme; 
 Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; 
 Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando o desligamento não 
envolver riscos adicionais; 
 Atacar o fogo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados. 
Recomenda a referida norma que as máquinas e aparelhos elétricos não 
devem ser desligados em caso de incêndio, mas deverão conter placa com 
aviso referente a este fato, junto à chave de interrupção. 
1.2.8 Exercício de Alerta 
Ainda seguindo a linha preventiva e protetiva, a NR orienta que os exercícios 
de combate ao fogo devem ser feitos periodicamente, com o objetivo de que: 
 As pessoas memorizem o significado do sinal de alarme; 
 Saibam fazer evacuação do local em boa ordem; 
 Seja evitado qualquer pânico; 
 Sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos 
empregados; 
 Seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. 
Note-se que os exercícios para fixação de procedimentos deverão ser 
realizados sob a direção de pessoas capazes de preparar e dirigir os 
treinamentos programados, como os TST’ que deverão levar em conta as 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
características ambientais. Por isso, devem ser preparados como se fossem 
para um caso real de incêndio. 
Nas Empresas que possuem bombeiros civis nos seus quadros, os exercícios 
devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se 
aproximando, o mais possível, das condições reais de combate ao incêndio. 
Aquelas que não mantêm equipes de bombeiros deverão ter alguns membros 
do pessoal operativo, assim como guardas e vigias, especialmente treinados 
para manejar corretamente o material de luta contra o fogo e o seu emprego. 
Assim, vamos agora entender como funcionam as classes de fogo? 
1.2.9 Classes de Fogo 
 
 
 
Figura 05 – Classes do Fogo 
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-ujKgmJC5W_8/TsDz5F4Ee-
I/AAAAAAAAATc/Moqq9kre838/s1600/clip_image002.jpg) 
 
A NR-23 adota, a fim de facilitar a sua aplicação, a seguinte classificação de 
fogo: 
 Classe A - materiais sólidos de fácil combustão que queimam em 
superfície e profundidade, deixando resíduos. Exemplos: tecidos, 
madeira, papel, fibra, etc.; 
 Classe B – são os líquidos e fluidos inflamáveis que queimam somente 
em sua superfície e não deixam resíduos. Exemplos: óleo, graxas, 
vernizes, tintas, gasolina, etc.; 
 Competência 01 
 
 
 14 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Classe C – quando o fogo ocorre em equipamentos elétricos 
energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, 
fios, etc. 
 Classe D – fogo em elementos químicos pirofóricos como magnésio, 
zircônio, titânio. 
1.2.10 Extinção por Meio de Água (Hidrantes) 
 
 
Figura 06 – Hidrante 
Fonte:https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRtnQ8CCyTgvBuUP2
LNpxjhP6WFPCLQ0tL4xm3tZy_Pq1IMfRTv) 
 
Nas indústrias com 50 (cinquenta) ou mais empregados, deve haver um 
aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer 
tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A. 
Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis e situados 
ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados. Além disso, esses 
pontos e os encanamentos de alimentação deverão ser experimentados, 
frequentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos. 
A água nunca deve ser empregada em fogo de: 
 Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina; 
 Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada (muito cuidado 
com esta exceção, pois os especialistas têm restrições); 
 Classe D. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
1.2.11 Chuveiros Automáticos (Sprinklers). 
 
 
 
Figura 07 – Sprinkler 
Fonte:http://2.bp.blogspot.com/_jrntocwocpc/r4raalpxo5i/a
aaaaaaaadg/evfbkkkoyuq/s220/sprinkler.gif 
Os chuveiros automáticos, também chamados de sprinklers, devem ter seus 
registros sempre abertos, e só poderão ser fechados em casos de manutenção 
ou inspeção, com acompanhamento e supervisão do setor de segurança do 
trabalho. 
Deve haver um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) logo abaixo e 
ao redor dos pontos de chuveiros, buscando assegurar uma inundação eficaz. 
1.2.12 Extintores 
A norma do MTE de proteção a incêndios exige que os aparelhos extintores, 
utilizados pelas empresas obedeçam às normas brasileiras e sejam 
inspecionados, com a aposição do selo de conformidade do Instituto Nacional 
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO. 
1.2.12.1 Extintores Portáteis 
 
 
 
Figura 08 – Extintores 
Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSZPdiCaxTAFdq0F7t9fOVQ
aQHGemXSzGrwNJONuJf6ip5zb_aL 
 Competência 01 
 
 
 16 
Técnico em Segurança do Trabalho 
Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, 
deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em 
seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir. 
1.2.12.2 Tipos de Extintores Portáteis 
 O extintor tipo "Espuma" usado nos fogos de Classe A e B. 
 O extintor tipo "Dióxido de Carbono" usado, preferencialmente, nos 
fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de 
Classe A em seu início. 
 O extintor tipo "Químico Seco" é indicado para fogo das Classes B e C. 
As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre 
rodas. 
 Nos incêndiosClasse D, será usado o extintor tipo "Químico Seco 
Especial"; o pó químico será especifico a cada elemento pirosfórico. 
 O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás" (capacidade variável 
entre dez e dezoito litros) deve ser usado em fogos Classe A. 
1.2.12.3 Inspeção dos Extintores 
Cada aparelho extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção e ser 
inspecionado visualmente a cada mês, pelo exame dos aspectos externos, 
lacres, manômetros. Se o extintor for do tipo pressurizado, verificar se o bico 
e válvulas de alívio não estão entupidos. 
No corpo do extintor deverá ter uma etiqueta de identificação, devidamente 
protegida para se evitarem danos nos dados contidos, onde conste: 
 A data em que foi carregado; 
 A data para recarga e 
 Número de identificação. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
Deverão ser pesados semestralmente os cilindros dos extintores de pressão 
injetada. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original, 
deverá ser providenciada a sua recarga. Já o extintor do tipo "Espuma" deverá 
ser recarregado anualmente. 
1.2.12.4 Quantidade de Extintores 
Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será 
determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade 
extintora. 
ÁREA COBERTA 
P/UNID DE 
EXTINTORES 
RISCO DE FOGO 
CLASSE DE OCUPAÇÃO 
* Segundo TSIB - IRB 
DISTÂNCIA 
MÁXIMA A SER 
PERCORRIDA 
500 m2 Pequeno “A” – 01 e 02 20 metros 
250 m2 Médio “B” – 02, 04, 05 e 06 10 metros 
150 m2 Grande “C” – 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13 10 metros 
Quadro 01 – Extintores - Cobertura, Ocupação e Risco 
Independentemente da área ocupada, deverão existir pelo menos dois 
extintores para cada pavimento. 
1.2.12.5 Localização e Sinalização dos Extintores 
Os extintores deverão ser colocados em locais de: 
 Fácil visualização; 
 Fácil acesso; 
 Onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso. 
Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo 
vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. 
 Competência 01 
 
 
 18 
Técnico em Segurança do Trabalho 
Deverá ser pintada de vermelho uma área do piso embaixo do extintor, no 
mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro), a qual deverá estar 
totalmente desobstruída. 
A parte superior dos aparelhos não deverá estar a mais de 1,60m (um metro e 
sessenta centímetros) acima do piso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 09 – Fixação de Extintores 
Fonte: http://www.dinamicasistemas.com.br/upload/images/ES-
TO+D+4640+2012+Figura1.bmp 
As normas não aceitam que os extintores estejam fixados e localizados dentro 
das escadas. Bem assim, os extintores sobre rodas precisam ter sempre o livre 
acesso a qualquer ponto do ambiente que protege. Os extintores não poderão 
ser encobertos por pilhas de materiais. 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
1.2.13 Sistemas de Alarme 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Alarme de Incêndio 
Fonte: https://encrypted-
tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSBje6hPzB2vIQwKNFPX7YX
7xaU86lAsoKAJ9r0LkOzPNkDs_C0 
Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema 
de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. 
Devendo cada pavimento do estabelecimento ser provido de um número 
suficiente de pontos capazes de colocar em ação o sistema de alarme 
adotado, sendo as campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som 
distinto em tonalidade e altura, de todos os outros dispositivos acústicos do 
estabelecimento. 
Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns 
dos acessos dos pavimentos, bem assim em lugar visível e no interior de 
caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta 
caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência". 
Caro aluno, você certamente notou que a NR-23 tratou de estabelecer 
padrões mínimos e não se aprofundou nas questões mais técnicas e 
especificações construtivas, seja da edificação seja do equipamento. 
Naturalmente você se pergunta: Então a legislação brasileira não cuidou de 
regulamentar e fazer as exigências relativas às proteções estruturais e 
dimensões dos equipamentos da proteção e prevenção a incêndios? 
 Competência 01 
 
 
 20 
Técnico em Segurança do Trabalho 
Cuidou sim, apenas a NR-23 não se aprofundou, deixando para que a 
legislação de cada Estado e as normas de seguro fizesse todas as demais 
exigências. Igualmente, as normas do IRB – Instituto de Resseguro do Brasil, 
através da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, pela TSIB – Tarifa 
de Seguro Incêndio do Brasil apresentam outra série de obrigações às 
empresas, não mais procedimentais e sim especificadoras de equipamentos e 
condições construtivas e estruturais das edificações. 
Vamos ver então essas normas? 
1.3 COSIPE - Código de Segurança Incêndio e Pânico de Pernambuco 
Cada Estado do Brasil tem sua norma própria de prevenção e combate a 
incêndio, que são aplicadas e exigidas pelo Corpo de Bombeiros local, 
principalmente quanto aos aspectos construtivos da edificação como: 
aberturas de portas, sua largura e material que deve ser construída; largura 
de rotas de fuga; escadas, sua construção, ventilação, iluminação e proteção; 
equipamentos de prevenção a incêndios, tais como extintores, hidrantes, 
sistemas de detecção e alarmes e sistemas de chuveiros automáticos 
(sprinklers), dentre outros. 
O COSIPE, norma de Segurança, Incêndio e Pânico adotada no Estado de 
Pernambuco, traz consigo uma série de obrigações e padrões para serem 
cumpridas nas edificações residenciais coletivas, estabelecimentos industriais 
e comerciais, escolas e similares, repartições públicas, hospitalares e outras, 
visando dotar a edificação das condições mínimas de segurança, 
implementando a chamada proteção estrutural ou física (aquelas que se 
incorporam a estrutura do prédio e coloca-se à disposição do ocupante para 
enfrentamento das situações de acidentes ou riscos ambientais). 
O COSIPE se apresenta organizado em 04 livros, dispostos em títulos que, por 
sua vez, apresentam-se em capítulos. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
 
 
http://portal.mte.g
ov.br/data/files/8A
7C816A2E7311D10
12FE5B554845302/
nr_23_atualizada_2
011.pdf 
O Livro I – Das disposições Gerais – vem dizer da finalidade do Código, da 
competência do Corpo de Bombeiros de Pernambuco para estabelecer e 
exigir regras de proteção e prevenção a Incêndios e pânico. Mais adiante 
expõe as definições dos riscos de incêndios, da classificação das ocupações e 
da definição dos sistemas. 
O Livro II trata do Sistema de Segurança contra Incêndios e Pânico, 
apresentando os Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndios, o Sistema de 
Detecção e Alarme de Incêndio, o Sistema e Dispositivos para Evacuação de 
Edificações, o Sistema de Proteção de Estruturas e o Isolamento entre 
edificações e entre os compartimentos destas. 
Já o Livro III - Das Ações Administrativas – trata da Regularização e da 
Fiscalização; Das Irregularidades; Dos Prazos; Das Penalidades e suas 
aplicações; Do Direito de Defesa e Do Cadastro e Credenciamento junto ao 
Corpo de Bombeiros. 
Finalmente, o Livro IV – Das Disposições Finais – ocupa-se das atividades 
internas do Corpo de Bombeiros e outras disposições. 
Em seguida trazemos a você, caro aluno, uma síntese dos assuntos que 
entendemos serempertinentes à formação do técnico de segurança do 
trabalho (TST). 
Inicialmente, o COSIPE vem falando sobre a classificação de risco incêndio, e 
remete ao que o IRB considera sobre o assunto, assim para as normas de 
Pernambuco a classificação de risco incêndio é conforme a TSIB – IRB as quais 
veremos no próximo item. 
1.3.1 Classificação das Ocupações 
A Norma faz a seguinte classificação e as define como: 
 Competência 01 
 
 
 22 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Tipo A - Residencial Privativa Unifamiliar; 
 Tipo B - Residencial Privativa Multifamiliar; 
 Tipo C - Residencial Coletiva; 
 Tipo D - Residencial Transitória; 
 Tipo E - Comercial; 
 Tipo F - Escritório; 
 Tipo G - Mista; 
 Tipo H - Reunião de Público; 
 Tipo I - Hospitalar; 
 Tipo J - Pública; 
 Tipo K - Escolar; 
 Tipo L - Industrial; 
 Tipo M - Garagem; 
 Tipo N - Galpão ou Depósito; 
 Tipo O - Produção, manipulação, armazenamento e distribuição de 
derivados de petróleo e/ou álcool e/ou produtos perigosos; 
 Tipo P - Templos Religiosos; 
 Tipo Q - Especiais. 
Vejamos algumas destas ocupações: 
1.3.1.1 Tipo A - Residencial Privativa Unifamiliar 
As Edificações Residenciais Privativas Unifamiliares (casas) são aquelas 
destinadas à residência de uma só família, independentemente do número de 
pavimentos ou área construída. 
Para efeito do disposto no Código, estas serão isentas de instalações de 
sistemas de segurança contra incêndio e pânico. 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
 
 
 
Figura 11 – Residência Unifamiliar 
Fonte: https://encrypted-
tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQcopwpJeQn87Vb7iXEldF
w2tRMUPbW18A5tgx-OeOAylwvVd8x) 
1.3.1.2 Tipo B - Residencial Privativa Multifamiliar 
As Edificações Residenciais Privativas Multifamiliares são aquelas formadas 
pelo conjunto de unidades habitacionais - apartamentos - reunidos em um só 
bloco ou edifício, apresentando como característica básica, a existência de 
áreas coletivas (de uso comum a todos os moradores, como: hall dos 
pavimentos, escadas, elevadores, áreas de lazer, pavimentos vazados, salão 
de festas, garagens.), cobertas no interior da edificação ou fazendo parte da 
mesma. 
 
 
 
Figura 12 – Residência Multifamiliar 
Fonte: https://encrypted-
tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ19e1CKSMS-
ZC9UrSea5AvgmY177ALidrM94QNvL8AM-hRzpaWng) 
1.3.1.3 Tipo C - Residencial Coletiva 
As Edificações Residenciais Coletivas são aquelas que abrigam grupos de 
pessoas, com aproveitamento e ocupação de áreas coletivas, apresentando 
como característica básica, a ocupação domiciliar de intenção permanente, 
por tempo não inferior a 06 (seis) meses. 
 
 Competência 01 
 
 
 24 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 
 
 
Figura 13 – Residência Coletiva 
Fonte: https://encrypted-
tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcROXRyprGF4hpEa-
ceApN3FaJURL4uN7ChJL8uVuyqngIaPgCvH) 
As edificações previstas neste artigo, dentro de suas respectivas ocupações, 
podem apresentar áreas privativas, para fins exclusivos de pernoite ou 
pousada. Estão incluídas nas edificações definidas as de ocupações seguintes: 
 Pensionatos e congêneres; 
 Internatos e congêneres; 
 Estabelecimentos penais e congêneres; 
 Conventos, seminários e congêneres; 
 Outras, com denominação diversa, enquadradas por este artigo. 
1.3.1.4 Tipo D - Residencial Transitória 
As Edificações Residenciais Transitórias são aquelas que abrigam, em regime 
residencial ou domiciliar exclusivamente transitório, considerando como parte 
integrante de uma população temporária dessas edificações. Ou seja, a 
população que venha a ocupar um imóvel, por domicílio, em geral por um 
tempo não superior a trinta dias, podendo, em casos particulares, ocorrer 
permanência por período maior. 
As edificações previstas neste artigo, dentro de suas respectivas ocupações, 
devem apresentar áreas privativas, para fins exclusivos de pernoite ou 
pousada. Estão incluídas nas edificações definidas no presente artigo, entre 
outras de denominação diversa, as de ocupações seguintes: 
 hotéis e congêneres; 
 apart-hotéis e congêneres; 
 motéis e congêneres; 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
 albergues exclusivos de pernoite ou pousada. 
 
 
 
Figura 14 – Residência Transitória 
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRZiK-
39bPSza13_f-Q5RHEx_uaDx41rPUy9duuG0ypK06T_1nG 
1.3.1.5 Tipo E - Comercial 
 
 
 
 
 
Figura 15 - Shopping 
Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRrdd_mwf9j_n0MWyHMDWg
_ZpN33D3B3_dPpR7rUv8VFW9crTAFCQ 
As Edificações Comerciais são aquelas em que são desenvolvidos processos de 
trabalho mercantil, de compra e venda e de oficinas de consertos ou serviços. 
Poderão ser incluídas na presente classificação as pequenas lanchonetes, 
desde que não realizem trabalhos de fornecimento de refeições, sendo o 
atendimento desenvolvido exclusivamente no balcão, e que possuam área 
total inferior a 50 m². 
Estão incluídas nas edificações definidas no presente artigo, entre outras de 
denominação diversa, as de ocupações seguintes: mercados e supermercados; 
lojas; armarinhos e congêneres; casas comerciais diversas; casas lotéricas; 
sapatarias e congêneres; padarias e congêneres; livrarias, papelarias e 
congêneres; agências de veículos e congêneres; farmácias, perfumarias e 
 Competência 01 
 
 
 26 
Técnico em Segurança do Trabalho 
congêneres; açougues, frigoríficos e congêneres; agências de locação de 
filmes, fitas e veículos; dentre outros. 
1.3.1.6 Tipo F - Escritórios 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 – Residência Transitória 
Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRZiK-39bPSza13_f-
Q5RHEx_uaDx41rPUy9duuG0ypK06T_1nG 
As Edificações de Escritórios são aquelas destinadas à condução de negócios e 
prestação de serviços pessoais. 
1.3.1.7 Tipo G - Mista 
As Edificações Mistas são aquelas que abrigam ocupações residenciais 
privativas conjugadas com comerciais ou de escritórios. 
1.3.1.8 Tipo H - Reunião de Público 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Clube social 
Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSfzItHJME4Z4pkfWUBHRyiur
-fSvcADcFFBPH0uOP-Udf2O4Lg 
As Edificações de Reunião de Público são aquelas cuja natureza de ocupação 
específica venha a congregar uma população flutuante ou temporária em um 
dado momento, provocada por um evento isolado esporádico, transitório ou 
descontínuo. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
Apresentam a característica de reunir um público flutuante ou temporário 
com objetivos comuns. Estão incluídas nestas edificações: cinemas e similares; 
teatros e similares; ginásios de esportes; clubes sociais; bares, restaurantes e 
similares; estádios; boates e similares; auditórios e similares; circos, parques 
de diversões e similares; etc. 
1.3.1.9 Tipo L - Industrial 
 
 
 
Figura 18 – Industria 
Fonte: https://encrypted-
tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSCKhnKyd5YNROVjovD8k4IT
NW1hsQpymDp3YG9O5wSEwMtj6KN 
As Edificações Industriais são aquelas destinadas às ocupações com processos 
de industrialização, atividades fabris, e similares. 
Os processos industriais característicos de cada edificação, diz a norma que 
serão classificados em conformidade com a Tarifa de Seguro-Incêndio do 
Brasil - TSIB. 
Incluem-se na classificação das edificações definidas nesteartigo as indústrias 
gráficas e as tipografias. 
As indústrias de panificação serão tratadas como comerciais se a produção se 
destinar, exclusivamente, à venda a varejo no balcão do próprio 
estabelecimento. 
 
 
 Competência 01 
 
 
 28 
Técnico em Segurança do Trabalho 
1.3.2 Definição dos Sistemas 
Os sistemas de prevenção a incêndios e pânicos são dispositivos e 
equipamentos que, conjugados ou não, servem a proteger as pessoas e as 
edificações dos efeitos dos incêndios, permitindo, principalmente, que haja 
uma evacuação do local afetado pelo sinistro de forma a garantir 
minimamente a integridade física dos ocupantes. 
Promovem o isolamento do local sinistrado dos demais não atingidos na 
edificação, além de possibilitar o combate a incêndios imediato evitando a sua 
propagação e permite uma adequada ventilação do local envolvido. Este é o 
objetivo dos sistemas. 
O COSIPE prevê os seguintes Sistemas de Segurança Contra Incêndios e 
Pânicos: 
 Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndios 
o Sistemas Portáteis e Transportáveis - Extintores 
o Sistemas Fixos, Automáticos e Sob Comando de Combate a 
Incêndios 
 Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos 
 Sistemas de Chuveiros Automáticos - Sprinklers 
 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndios 
 Sistema e Dispositivos para Evacuação de Edificações 
o Sistemas e Dispositivos 
 Acessos 
 Escadas de Emergência 
 Áreas de Descargas 
 Áreas de Refúgio 
 Portas 
 Unidades de Passagens 
 Rampas 
 Elevadores de Emergência 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
o Sistema e Dispositivo de Iluminação de Emergência 
o Sistema de Sinalização de Saídas de Emergência 
o Helipontos 
 Sistema de Proteção de Estruturas 
o Sistema de GLP e/ou GNV 
o Sistema de Dispositivos de Descargas Atmosféricas (Pára-Raios) 
 Isolamento 
As edificações terão seus sistemas de segurança contra incêndio e pânico 
definidos conforme suas respectivas ocupações e em função de alguns 
parâmetros, tais como: 
 área total construída e/ou coberta; 
 área construída por pavimento; 
 número de pavimentos; 
 altura da edificação; 
 número total de unidades habitáveis por pavimento edificado; 
 natureza específica de sua ocupação, nos casos de indústrias, depósitos, 
galpões e casas comerciais, isoladas ou não, e edificações congêneres. 
Vamos então conhecer cada um destes sistemas em específico, 
principalmente aqueles que afetam diretamente as atividades que serão o dia 
a dia do Técnico de Segurança do Trabalho. 
1.3.3 Dos Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndios 
As edificações terão seus sistemas de segurança contra incêndio e pânico 
definidos conforme suas respectivas ocupações e em função de alguns 
parâmetros, tais como: área total construída e/ou coberta; área construída 
por pavimento; número de pavimentos e outros. 
 Competência 01 
 
 
 30 
Técnico em Segurança do Trabalho 
1.3.3.1 Dos Sistemas Portáteis e Transportáveis 
Os Sistemas Portáteis e Transportáveis são constituídos por extintores de 
incêndio, manuais e sobre rodas. Extintor de incêndio manual destina-se a 
combater princípios de incêndios, já o extintor de incêndio sobre rodas é 
aquele, provido de mangueira com, no mínimo, 5,0 m de comprimento, e 
dotado de difusor, esguicho ou pistola, apresente-se montado sobre carretas. 
O agente extintor é a substância eficaz para a extinção do fogo. Já o aparelho 
extintor é o recipiente que acomoda e transporta-o até o local de sua 
aplicação. 
O sistema de proteção por extintores será dimensionado pela necessidade de 
Unidades Extintoras - UE - para os locais a serem protegidos. 
Constitui-se uma Unidade Extintora um aparelho contendo o mínimo de 
capacidade da substância ou agente, a seguir especificado: 
SUBSTÂNCIA OU AGENTE CAPACIDADE DO EXTINTOR 
Água ou Espuma 10 litros 
Gás Carbônico – CO² 06 quilos 
Pó Químico 04 quilos 
Quadro 02 – Extintores – Agente e Capacidade 
Nos casos de riscos protegidos em parte por extintores manuais e em parte 
por extintores sobre rodas, deverão ser observados dentre alguns critérios, 
principalmente: 
A. Para o cálculo do número de Unidades Extintoras, dos extintores sobre 
rodas, apenas será computada metade de sua carga em unidades 
extintoras do tipo correspondente, devendo-se, em caso de fração, ser 
o valor arredondado para menos; 
B. Do número total de Unidades Extintoras exigido para cada risco, 50% 
deverá ser constituído por extintores manuais; 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
C. Um mesmo extintor sobre rodas não poderá proteger local ou riscos 
isolados situados em pavimentos diferentes. 
Não será admitida a proteção de riscos unicamente por extintores sobre 
rodas. 
Será exigido o mínimo de duas Unidades Extintoras para cada pavimento, 
mezanino, jirau ou risco isolado. 
Cada Unidade Extintora (EU) tem a área máxima de proteção em 
conformidade com a classificação do risco e adiante especificada: 
CLASSE DE RISCO ÁREA DE COBERTURA DISTÂNCIA MÁX. PERCORRER 
A 500 m² 20 m 
B e C 250 m² 15 m 
Quadro 03 – Extintores - Cobertura, Distancia e Classe de Risco 
Para efeito de instalação do sistema: 
A. Os extintores não devem ter a sua parte superior acima de 1,60 m do 
piso; 
B. Os extintores não devem ser instalados nas escadas e nas antecâmaras 
das escadas a prova de fumaça; 
C. Os extintores devem ser instalados em locais onde: 
 Haja menor probabilidade do fogo bloquear seu acesso; 
 Sejam visíveis; 
 Conservem-se protegidos contra golpes e intempéries; 
 Não fiquem encobertos ou obstruídos. 
Os extintores devem ser devidamente sinalizados, para fácil visualização, 
permitindo-se uma rápida localização e identificação do equipamento e de 
seu agente extintor. A sinalização é feita através de discos de sinalização ou 
setas indicativas, com dimensões mínimas de 0,070 m², afixados, no mínimo, 
 Competência 01 
 
 
 32 
Técnico em Segurança do Trabalho 
a 0,50 m acima do extintor e de forma que permitam sua fácil visualização e 
identificação. 
Os discos de sinalização deverão ser formados por um círculo interno, que 
terá a cor identificadora do agente extintor correspondente, com a indicação 
do numero de emergência do Corpo de Bombeiros (193) e circunscrito por 
outro na cor vermelha, em cores firmes. 
O círculo interno dos discos de sinalização deverá obedecer à seguinte 
configuração: 
 BRANCA – agente extintor a base de água; 
 AMARELA – agente extintor gás carbônico; 
 AZUL – agente extintor pó químico. 
IMPORTANTE – NUNCA ESQUEÇA! 
 Cada pavimento tem que haver pelo menos um aparelho 
extintor; 
 Será exigido o mínimo de duas Unidades Extintoras para cada 
pavimento; 
 Os aparelhos extintores não poderão estar bloqueados, 
encobertos ou obstruídos e devem estar visíveis; 
 Os extintores devem ser devidamente sinalizados, para fácil 
visualização, permitindo-se uma rápida localização e 
identificação do equipamento e de seu agente extintor; 
 Os discos de sinalização deverão ser formados por um círculo 
interno, que terá a cor identificadora do agente extintor 
correspondente, com a indicação do numero de emergência do 
Corpo de Bombeiros (193). 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
1.3.3.2 Dos Sistemas Fixos Automáticos e Sob Comando 
Os sistemas fixos automáticos e sob comando para combate a incêndios são 
formados por sistemas de hidrantes, de mangueiras semi-rígidase de 
chuveiros automáticos. 
Os sistemas de proteção por espargidores, nebulizadores, canhões monitores, 
gás carbônico, pó químico, espuma, vapor e sistemas de alta pressão serão 
considerados como sistemas especiais, complementares. 
A exigência e a instalação dos Sistemas Especiais serão reguladas por normas 
técnicas emitidas pelo CBMPE, ou, na falta destas, por normas brasileiras e/ou 
internacionais, desde que aceitas e adotadas pela Corporação. 
1.3.3.2.1 Dos Sistemas de Hidrantes e de Carretel com Mangotinho 
São conjuntos formados por canalizações, reservatórios de água, mangueiras 
ou mangotinhos, esguichos e acessórios hidráulicos, destinado 
exclusivamente para a extinção de incêndios. 
Poderão ser internos e/ou externos. Considera-se interno o hidrante ou 
carretel instalado no interior das edificações, e externo o hidrante ou carretel 
instalado fora da projeção dessas edificações. 
O abastecimento d’água para os sistemas de hidrantes e de carretéis com 
mangotinhos deverá ser feito, a princípio, através de reservatórios elevados. 
Quando o abastecimento for efetivado por reservatório subterrâneo ou de 
superfície, os sistemas deverão ser dotados de bombas. 
Da Canalização 
Por sua vez a canalização destinada a combate a incêndios deve ser 
completamente independente das demais existentes na edificação. O material 
 Competência 01 
 
 
 34 
Técnico em Segurança do Trabalho 
empregado na canalização da rede de combate a incêndios deve ser de ferro 
fundido ou galvanizado, aço galvanizado ou preto, cobre ou latão. 
Admitir-se-á, exclusivamente para redes externas subterrâneas, tubos ou 
condutos e conexões hidráulicas de cloreto de polivinila - PVC - rígido, e os de 
categoria fibrocimento e equivalentes. 
Sobre as mangueiras que compõem o sistema de hidrantes, bem assim os 
diâmetros delas e dos esguichos, dimensionamento de bombas de recalque 
d’água, pressão de trabalho e outros dados técnicos, sugerimos consultar o 
COSIPE. 
1.3.3.2.2 Dos Sistemas de Chuveiros Automáticos - Sprinklers 
É um conjunto formado por canalizações, válvulas, reservatório d’água, 
chaves de fluxo, bicos dos chuveiros, e, quando for o caso, sistema de 
bombas, destinado à proteção contra incêndio e pânico. 
O sistema de proteção por chuveiros automáticos deverá estar 
permanentemente pressurizado, de forma a possibilitar, em caso de um 
princípio de incêndio. O acionamento automático dos chuveiros, quando 
exigido nas edificações tem por finalidade: 
 Proteger áreas de maior risco; 
 Evitar a propagação dos incêndios; 
 Garantir um caminhamento seguro às rotas de fuga. 
1.3.4 Do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio 
O sistema de detecção e alarme de incêndio, automático e sob comando, é 
aquele formado por componentes eletro-eletrônicos, que possibilita uma 
identificação e uma localização rápida do incêndio ainda em sua fase inicial. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
1.3.5 Dos Sistemas e Dispositivos para Evacuação de Edificações 
Os sistemas e dispositivos para evacuação das edificações serão exigidos em 
função de sua classe de ocupação e destinam-se a: 
A. Possibilitar que sua população possa abandoná-las, em caso de sinistro, 
no menor espaço de tempo possível, e protegida em sua integridade 
física; 
B. Permitir o fácil acesso de auxílio externo, para o combate ao sinistro e a 
retirada da população. 
O objetivo dos sistemas e dispositivos de evacuação é garantir, nas 
edificações, um caminhamento seguro e protegido, desde os pontos mais 
afastados até às saídas de emergência, em cada pavimento, e destas até as 
áreas de descarga. 
1.3.5.1 Acessos 
Acessos são os caminhos a serem percorridos pela população do pavimento 
de uma edificação para alcançar a saída de emergência, e podem ser 
constituídos de: 
 Corredores; 
 Passagens; 
 Vestíbulos; 
 Antecâmaras - recinto que antecede a caixa da escada a prova de 
fumaça 
 Balcões - parte da edificação em balanço em relação à parte perimetral 
do prédio, tendo pelo menos uma face aberta para o exterior ou para 
uma área de ventilação. 
 Competência 01 
 
 
 36 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Varandas - parte da edificação que não está em balanço, limitada pela 
parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma face aberta para 
o exterior ou para uma área de ventilação. 
 Terraços - espaço descoberto sobre uma edificação ou ao nível de um 
de seus pavimentos acima do térreo. 
Os balcões, as varandas e os terraços podem compor uma antecâmara, desde 
que antecedam a caixa de escada à prova de fumaça e garantam ventilação e 
exaustão dos gases e fumaça para o exterior da edificação. 
1.3.5.2 Das Escadas de Emergência 
As escadas de emergência permitem que a população atinja os pavimentos 
inferiores, e consequentemente, as áreas de descarga de uma edificação, de 
forma a preservar sua integridade física. Classificam-se em quatro tipos: 
 Escada tipo I - escada comum; 
 Escada tipo II - escada protegida - aquela devidamente ventilada, cuja 
caixa é envolvida por paredes resistentes ao fogo, possuindo acesso e 
descarga dotados de paredes e portas resistentes ao fogo. 
 Escada tipo III - escada enclausurada - aquela cuja caixa é envolvida por 
paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo 
 Escada tipo IV - escada a prova de fumaça - escada enclausurada 
precedida de antecâmara, de modo a evitar, em caso de incêndio, a 
penetração de fogo e fumaça. 
1.3.5.3 Das Portas 
As portas, e respectivas ferragens, das escadas enclausuradas, escadas a 
prova de fumaça, antecâmaras e paredes corta-fogo, deverão ser do tipo 
corta-fogo. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
As portas das saídas de emergência e as portas das salas e compartimentos 
com capacidade acima de 50 (cinquenta) pessoas, e em comunicação com os 
acessos, devem abrir no sentido de trânsito de saída. 
Em salas com capacidade acima de 200 pessoas, a porta de comunicação com 
o acesso deverá ser dotada de ferragens ou dispositivos do tipo antipânico. 
1.3.6 Do Sistema de Iluminação de Emergência 
O sistema de iluminação de emergência é formado por componentes 
eletroeletrônicos, com fonte de alimentação própria, e destinada a 
proporcionar iluminação das rotas de fuga, sempre que a rede predial de 
eletricidade for cortada, ou pela falta de energia da concessionária local. 
A alimentação do sistema deverá ser efetivada por bateria de acumuladores, 
devendo entrar em funcionamento automaticamente. 
As luminárias do sistema de iluminação de emergência serão distribuídas 
pelos acessos, escadas, áreas de refúgio, descargas e antecâmaras das 
edificações, de forma a proporcionar um caminhamento seguro. 
1.3.7 Do Sistema de Sinalização de Saídas de Emergência 
O sistema de sinalização de saídas de emergência tem como finalidade 
proporcionar a indicação visual do caminhamento das rotas de fuga das 
edificações. Poderá ser luminoso, com fonte alimentadora própria, ou 
fosforescente. 
O Código estabelece que sejam instaladas nas paredes das rotas de fuga das 
edificações ou penduradas no teto das rotas de fuga das edificações. Devendo 
as placas fosforescentes conter a palavra SAÍDA e uma seta indicando o 
sentido do caminhamento. As letras e a seta da sinalização deverão ser na cor 
 Competência 01 
 
 
 38 
Técnico em Segurança do Trabalho 
vermelha sobre fundo branco, e em dimensões que garanta perfeita 
identificação. 
1.4 Outras Normas relativas à Prevenção de Incêndios 
No Brasil encontraremos outrosórgãos que também regulam as empresas e 
indústrias em relação à proteção contra incêndios, tais como: 
1.4.1 IRB – Instituto de Seguros Privados do Brasil 
As empresas, via de regra, fazem seguro de proteção de seu patrimônio junto 
a alguma Seguradora ou grupo delas, visando garantir a continuidade de suas 
atividades e a solvência de seu patrimônio, quando da ocorrência de algum 
sinistro. 
Dentre tantos sinistros, como inundação, raios, desmoronamento, etc. 
encontraremos o sinistro incêndio que merece por parte do IRB uma atenção 
especial por ser deles o mais recorrente e que leva cifras significativas, 
portanto através da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados do Brasil 
baixou um regulamento que diz como serão assegurados os patrimônios a 
partir de regras obrigatórias referente à proteção de incêndios. 
Veja a TSIB – IRB, disponível para consulta no AVA. 
1.4.2 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
O A ABNT emite normas técnicas que não têm força de exigibilidade, ou seja, 
não são por si só, obrigatórias, mas ajudam em muito fornecendo parâmetros 
e padrões construtivos e equipamentos necessários, informações técnicas 
imprescindíveis que, de alguma forma contribuem e regulamentam a 
proteção a sinistros e acidentes. 
A seguir você encontrará algumas NBR relativas à Proteção a Incêndios. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
 NBR 10897 - Proteção contra Incêndio por Chuveiro Automático - 
http://www.abnt.org.br/cb24/comentario/admin/NBR10897_04_2003.
PDF 
 NBR 10898 - Sistemas de Iluminação de Emergência - 
http://www.histeo.dec.ufms.br/materiais/nbr/NBR%2010898%20-
%20Sistema%20de%20Iluminacao%20de%20emergencia.PDF 
 NBR 11742 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência - 
http://www.maragabrilli.com.br/files/90772001.pdf 
 NBR 12615 - Sistema de Combate a Incêndio por Espuma. 
 NBR 12692 - Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de 
Incêndio; 
 NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio - 
http://pt.scribd.com/doc/22553595/nbr-12693-sistemas-de-protecao-
por-extintores-de-incendio 
 NBR 13434 - Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico - 
Formas, Dimensões e Cores; 
 NBR 13435 - Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico; 
 NBR 13437 - Símbolos Gráficos para Sinalização contra Incêndio e 
Pânico; 
 NBR 13523 - Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo; 
 NBR 13714 - Instalação Hidráulica Contra Incêndio, sob comando - 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAJP8AI/nbr-13714-sistema-
hidrantes-mangotinhos-acessorios 
 NBR 13714 - Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob comando, por 
Hidrantes e Mangotinhos; 
 NBR 13932- Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - 
Projeto e Execução - 
http://www.grupoanpla.com.br/Infraestrutura/arquivos/nbr/Instalacoe
s_Internas_de_GLP_NBR_13932_-_1997.pdf 
 NBR 14039 - Instalações Elétricas de Alta Tensão 
 Competência 01 
 
 
 40 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 
 
http://www.youtub
e.com/watch?v=-
xyewGX9hWY – 
Prevenção de 
Incêndios 
 
http://www.youtub
e.com/watch?v=pA
gYGSJ2qtE - 
Incêndios 
 NBR 14276 - Programa de brigada de incêndio - 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABOzEAD/nbr-14276-2006-
programa-brigada-incendio 
 NBR 14349 - União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos 
de ensaio 
 NBR 5410 - Sistema Elétrico. 
 NBR 5419 - Proteção Contra Descargas Elétricas Atmosféricas; 
 NBR 5419 - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (para-
raios.) 
 NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificações - 
http://www.maragabrilli.com.br/files/90772001.pdf 
 NBR 9441 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - 
http://www.grupoanpla.com.br/Infraestrutura/arquivos/nbr/Execucao
_de_Sistemas_de_Deteccao_e_Alarme_de_Incendio_NBR_09441_-
_1998.pdf 
Que legal chegamos ao final de nossa primeira competência, esperamos que 
vocês tenham aproveitado bem os estudos. 
Para complementar e ampliar os seus conhecimentos sugerimos assistir os 
vídeos e ler os artigos abaixo indicados, por serem bastante explicativos e 
interessantes. 
Por isso, gostaria que você, agora, assistisse à videoaula e mantivesse 
bastante atenção à atividade semanal e à aula-atividade. Vamos continuar 
estudando! 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
2. COMPETÊNCIA 02 l LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA A 
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIAS 
Que legal ultrapassamos a primeira etapa de nossos estudos, onde pudemos 
conhecer as normas relativas à prevenção de incêndios, como a NR-23 e as 
normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros em relação à segurança de incêndio 
e pânico. 
Agora, caro aluno, irá conhecer e aprender como se procede nas situações 
emergenciais e, principalmente, como organizar grupos para o enfrentamento 
às situações de emergências que devem estar treinados para usar os 
equipamentos e retirar pessoas das áreas de riscos. 
A legislação brasileira não dedicou uma norma específica para os 
procedimentos de emergências. Porém, em cada compêndio, cuidou de deixar 
várias orientações e recomendações para que condutas e atitudes sejam 
observadas na busca de reduzir e mitigar os acidentes, tanto pela condição 
insegura do ambiente laboral, como pelos atos inseguros. 
Em face disso, buscamos reunir as normas que melhor orientam e propõem 
procedimentos para enfrentamento das emergências como as da ABNT – 
Associação Brasileira de Normas Técnicas e as do Ministério do Trabalho e 
Emprego – as NRs. 
Estudaremos, especificamente, a NBR – 14.276 - Programa de Brigada de 
Incêndio e a NR-05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 
ENTÃO VAMOS LÁ? 
 
 
 Competência 02 
 
 
 42 
Técnico em Segurança do Trabalho 
2.1 NBR 14.276 – Programa de Brigada de Incêndio 
 
 
Figura 19 – Brigada de Emergência 
Fonte: http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-
BR&biw=1152&bih=706&tbm=isch&tbnid=yNmoqg_NBtxoYM%
3A&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.delpozo.com.br%2F%3Fse
tor%3DSEGURANCA&docid=MJyKEGm_x-
UV1M&imgurl=http%3A%2F%2F 
 
2.1.1 Objetivo 
Esta Norma estabelece as condições mínimas para a elaboração de um 
programa de brigada de incêndio e procedimentos de emergência, visando 
proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do 
sinistro e dos danos ao meio ambiente. 
Esta Norma é aplicável em toda e qualquer planta. 
2.1.2 Definições 
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 
Bombeiro Profissional Civil: Pessoa que presta serviços de atendimento de 
emergência a uma empresa. 
Bombeiro Público (militar ou civil): Pessoa pertencente a uma corporação de 
atendimento a emergências públicas. 
Bombeiro Voluntário: Pessoa pertencente a uma organização não 
governamental que presta serviços de atendimento a emergências públicas. 
Brigada de Incêndio: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, 
treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono e combate a um 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área 
preestabelecida. 
Combate a Incêndio: Conjunto de ações táticas, destinadas a extinguir ou 
isolar o incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos. 
Emergência: Sinistro ou risco iminente que requeira ação imediata. 
Exercício Simulado: Exercício prático realizado periodicamente para manter a 
brigada e os ocupantes dasedificações em condições de enfrentar uma 
situação real de emergência. 
Plano de Segurança Contra Incêndio: Conjunto de ações e recursos internos e 
externos ao local, que permite controlar a situação de incêndio. 
População Fixa: Aquela que permanece regularmente na edificação, 
considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como 
os terceiros nestas condições. 
População Flutuante: Aquela que não se enquadra no item de população fixa. 
Será sempre considerada pelo pico. 
Prevenção de Incêndio: Uma série de medidas destinadas a evitar o 
aparecimento de um princípio de incêndio ou, no caso de ele ocorrer, permitir 
combatê-lo prontamente para evitar sua propagação. 
Risco: Possibilidade de perda material ou humana. 
Risco Iminente: Risco com ameaça de ocorrer brevemente, e que requer ação 
imediata. 
Sinistro: Ocorrência de prejuízo ou dano, causado por incêndio ou acidente, 
em algum bem. 
 Competência 02 
 
 
 44 
Técnico em Segurança do Trabalho 
2.1.3 Princípios Básicos 
Para a elaboração do programa de brigada de incêndio devem ser atendidos 
os seguintes requisitos: 
 A edificação deve dispor de sistema de proteção e combate a incêndio, 
de acordo com a legislação vigente. 
 O Mapa de Riscos Ambientais deve estar disponível, em local de fácil 
acesso e visível, próximo à entrada principal; 
 Um resumo atualizado do programa de brigada de incêndio contendo: 
os principais riscos (carga-incêndio e produtos perigosos), memorial 
complementar, meios de fuga e combate a incêndio, contendo inclusive 
a reserva de água para combate a incêndio. 
2.1.4 Composição da Brigada de Incêndio 
A brigada de incêndio deve ser composta levando-se em conta a população 
fixa, o grau de risco e o número de empregados e população flutuante em 
cada setor ou pavimento, em conformidade com os parâmetros contidos no 
anexo da NBR – 14.276. 
2.1.5 Critérios Básicos para Seleção de Candidatos a Brigadista 
Os candidatos a brigadista devem atender aos seguintes critérios básicos: 
 Permanecer na edificação; 
 Possuir experiência anterior como brigadista; 
 Possuir robustez física e boa saúde; 
 Possuir bom conhecimento das instalações; 
 Ter responsabilidade legal; 
 Ser alfabetizado. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
2.1.6 Organização da Brigada 
A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente como segue: 
 Brigadistas: membros da brigada que executam as ações de 
emergência; 
 Líder: responsável pela coordenação e execução das ações de 
emergência em sua área de atuação (pavimento/compartimento); 
 Chefe da brigada: responsável por uma edificação com mais de um 
pavimento/compartimento; 
 Coordenador geral: responsável geral por todas as edificações que 
compõem uma planta. 
2.1.7 Organograma da Brigada de Incêndio 
O organograma da brigada de incêndio da empresa varia de acordo com o 
número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o 
número de empregados em cada pavimento/compartimento. 
Perceba que não há um modelo predeterminado quanto à organização de 
uma brigada de emergência. Há uma necessária de adequação ao risco, 
numero de pessoas que trabalham e frequentam os ambientes (clientes, 
fornecedores, etc.), a área e o layout da edificação. 
A disponibilidade de trabalhadores que tenham conhecimento em prevenção 
e enfrentamento a sinistros é muito importante para se dimensionar e 
distribuir tarefas na organização dos trabalhos de uma brigada. Assim, logo 
abaixo apresentamos um simples organograma para que o aluno possa 
entender, sabendo que há organogramas mais complexos, cuja atividade 
exige. 
 Competência 02 
 
 
 46 
Técnico em Segurança do Trabalho 
As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com 
apenas um pavimento, compartimento ou setor, devem ter um líder que deve 
coordenar a brigada. A NBR 14.276 sugere o organograma da figura 20-A. 
 
Figura 20-A – Organograma de uma Brigada de Emergência 
Fonte: NBR 14.276 
Nas empresas que possuem em sua planta apenas uma edificação, porém 
com mais de um pavimento, compartimento ou setor, a NBR sugere que 
devam ter um líder a cada pavimento, compartimento ou setor, que é 
coordenado pelo chefe da brigada dessa edificação. 
 
 
Figura 20-B – Organograma de uma Brigada de Emergência 
Fonte: NBR 14.276 
Para as empresas que têm em sua planta mais de uma edificação com mais de 
um pavimento, compartimento ou setor, devem ter um líder por pavimento, 
compartimento ou setor e um chefe da brigada para cada edificação, que 
devem ser coordenados pelo coordenador geral da brigada. 
 
 
 
 
Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
Líder
Brigadista Brigadista
Líder
Brigadista Brigadista
Líder
Brigadista Brigadista
líder
Chefe da
Brigada
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
Líder
Brigadista Brigadista Brigadista
Líder Líder
Chefe da
Brigada
Brigadista Brigadista Brigadista
Líder
Chefe da
brigada
Coordenador
de brigada
 
 
 
 
 
Figura 20-C – Organograma de uma Brigada de Emergência 
Fonte: NBR 14.276 
NÃO ESQUEÇA! 
O organograma da brigada de incêndio da empresa varia de acordo com o 
número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o 
número de empregados em cada pavimento, compartimento ou setor. 
2.1.8 Programa do Curso de Formação de Brigada de Incêndio 
Os candidatos a brigadista devem frequentar curso com carga horária mínima 
de 16h, sendo a parte prática de no mínimo 8 h. Exceção para classe 
residencial e estacionamentos, quando a carga horária total deve ser de 4 h, 
enfocando apenas a parte de prevenção e combate a incêndio. 
A periodicidade do treinamento deve ser de no máximo 12 meses ou quando 
houver alteração de 50% dos membros da brigada. 
2.1.9 Atribuições da Brigada de Incêndio 
As atribuições da brigada de incêndio são as seguintes: 
2.1.9.1 Ações de Prevenção 
- Avaliação dos riscos existentes; 
 Competência 02 
 
 
 48 
Técnico em Segurança do Trabalho 
- Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio; 
- Inspeção geral das rotas de fuga; 
- Elaboração de relatório das irregularidades encontradas; 
- Encaminhamento do relatório aos setores competentes; 
- Orientação à população fixa e flutuante; 
- Exercícios simulados. 
2.1.9.2 Ações de Emergência 
- Identificação da situação; 
- Alarme/abandono de área; 
- Corte de energia; 
- Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; 
- Primeiros socorros; 
- Combate ao princípio de incêndio; 
- Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros. 
2.1.10 Procedimentos Básicos de Emergência 
Para dar início aos procedimentos básicos de emergência, devem ser 
utilizados os recursos disponíveis. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Legislação Aplicada a Áreas de Riscos e Emergências 
2.1.10.1 Alerta 
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, 
através dos meios de comunicação disponíveis, os ocupantes, os brigadistas e 
apoio externo, inclusive o Corpo de Bombeiros. 
2.1.10.2 Análise da Situação 
Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o final do 
sinistro, e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser 
priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de 
brigadistas e os recursos disponíveis no local. 
2.1.10.3 Primeiros socorros 
 
 
 
 
 
Figura 21 – Maleta de Primeiros Socorros 
Fonte:https://encrypted-

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