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diex_42_Estagio_de_Habilitacao_de_Identificador_de_Corpo_de_Tropa_anexo4

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ÍNDICE
ASSUNTO PAG
Processos de Identificação humana................................................................................
Notações Cromáticas, anomalias e particularidades.......................................................
Cabeça: Divisão, subdivisão, anomalias e particularidades............................................
Olhos: Divisão, anomalias e particularidades.................................................................
Mãos e dedos..................................................................................................................
Marcas particulares, cicatrizes e tatuagens.....................................................................
Lábios..............................................................................................................................
Fronte..............................................................................................................................
Nariz................................................................................................................................
Boca................................................................................................................................
Dentição..........................................................................................................................
Mento..............................................................................................................................
Orelha..............................................................................................................................
Sobrancelhas...................................................................................................................
Anomalias do Corpo Humano........................................................................................
03
12
26
29
30
40
43
45
48
52
53
55
57
61
64
MATÉRIA: CARACTERES FÍSICOS E INDIVIDUAIS
OBJETIVOS PARTICULARES DA MATÉRIA NO CURSO
 - Identificar os sinais característicos do indivíduo.
- Diferenciar indivíduos de acordo com os sinais característicos.
- Interessar-se pelo uso dos sinais característicos na identificação do indivíduo.
- Identificar um indivíduo pôr seus sinais característicos.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Processo de Identificação Humana. - Idt os principais processos de identificação humana.
- Classificar as raças humanas.
1. Introdução
Orientados pelos ensinamentos de alguns antropólogos e pelos polígrafos dos Cursos 
realizados na Chefia do Serviço de Identificação do Exército, organizamos este pequeno trabalho 
com o objetivo de facilitar ao máximo o ensimamento desta matéria, que tão importante quanto as 
demais que compõem o Currículo do C Esp S/62, muito embora considera-se a Identificação 
Datiloscópica como o meio mais seguro para obter-se a identificação do indivíduo. A importância 
da presente matéria no Currículo do C Esp S/62, está no fato de que antes de se chegar a 
Identificação Datiloscópica, a identidade do indivíduo poderá ser caracterizada pelo exame 
descritivo ou retrato falado.
2. Desenvolvimento.
Antes de conhecermos os diversos processos de identificação para se estabelecer a identidade 
de um indivíduo, aprenderemos o significado de IDENTIDADE, IDENTIFICADOR, 
IDENTIFICANDO e IDENTIFICAÇÃO.
a. Identidade:
É um conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa, animal ou coisa.
b. Identificador:
É o técnico que procede a identificação.
c. Identificando:
É a pessoa que está sendo identificada.
d. Identificação:
É o processo utilizado para se estabelecer a identidade de determinada pessoa.
Processo de Identificação
Dos processos de identificação existentes, citaremos os mais conhecidos, dentre os quais 
estão os adotados pelo Serviço de Identificação do Exército:
1 - NOME
2 - FISIONOMIA
3 - FOTOGRAFIA
4 - FERRETE
5 - MUTILAÇÃO
6 - SISTEMA ANTROPOMETRICO DE BERTILLON
7 - SISTEMA DE MATHEIOS
8 - SISTEMA DE ANFOSSO
9 - SISTEMA DE CAPDEVILLE
10 - SISTEMA OFTALMOSCÓPIO DE LEVINSOHN
11 - SISTEMA RADIOGRAFICO DE LEVINSOHN
NOTA DE AULA
CURSO: C Esp S/09 - IDENTIFICAÇÃO DATILOSCÓPICA
12 - SISTEMA OTOMETRICO DE FRIGÉRIO
13 - SISTEMA VENOSO DE TAMASSIA
14 - SISTEMA DE AMEUILLE
15 - SISTEMA ODONTOLÓGICO
16 - SISTEMA PAPILOSCÓPIO
17 - TIPO SANGUÍNEO E FATOR RH
18 - BACTERIAS
19 - RETRATO FALADO
20 - VOZ
Passaremos a estudar estes processo de identificação, dos quais o Serviço de Identificação do 
Exército adota a Datiloscopia do Sistema Papiloscópico e parte do Sistema Antropométrico de 
Bertillon.
Nome
Na vida prática a identificação é feita pelo nome, a primeira coisa que se procura saber a 
respeito de uma pessoa é o seu nome. Na realidade prática, toda pessoa tem um nome pelo qual é 
conhecida, o qual é, geralmente, designado como “nome de guerra”.
Nome: Termo ou termos com que designa qualquer pessoa, animal ou coisa.
Nome próprio: Prenome ou nome de batismo. 
Sobrenome: Nome de família, apelido, nome que se acrescenta ao nome de batismo para 
distinguir algumas pessoas que usam nome próprio idêntico.
Apelido: Alcunha ou cognome. Os apelidos e os sobrenomes, consideram-se também como 
nomes próprios. Há os que adotam os chamados nomes artísticos, os quais são diferentes do seu 
nome de batismo. Exemplo: Lima Duarte.
Nome civil: Compreende o nome e apelidos que servem para exprimir ou identificar o 
indivíduo e a personalidade social da família. Tem grande importância na ordem civil, na qual 
assegura a identificação do indivíduo e a conservação do grupo familiar. Geralmente, o nome é 
derivado da filiação. O nome do filho é constituído pelo prenome, seguido dos nomes do pai e da 
mãe, ou de um deles, permitindo assim, a composição do nome.
Pereira Braga diz que: 
Nome e prenome servem para designar o primeiro nome individual; 
Sobrenome são os outros nomes individuais; 
Apelidos são os patronímicos ou os nomes de família”
Na composição do nome, observam duas ordens de elementos que são:
Elementos: Fixos e Contingentes
Elementos fixos:- Compreendem o nome patronímico ou nome de família e o prenome.
Elementos contingentes: Compreendem os sobrenomes ou pseudônimos ou títulos.
É sabido que não existe pessoa sem nome, como não existem coisas sem nome, mas a 
identificação pelo nome tem caráter relativo, porque ele pode ser mudado facilmente, a bel prazer 
do interessado. Daí a necessidade da combinação ou da associação do nome com os caracteres do 
indivíduo.
É neste fato importante que se baseiam todos os sistemas de identificação. Ao mesmo tempo 
em que se colhem os caracteres exteriores capazes de identificar uma pessoa, toma-se o seu nome 
completo, isto é, acompanhado da respectiva filiação. A este respeito, diz o Professor Falco, citado 
por Luiz de Pina: ”Na prática, a identidade pessoal não é mais do que a soma de dois termos, o 
nome e os -caracteres; estes termos são a base de todos os documentos de identidade, de todo ato de 
identificação”.
Luiz Pina apresenta a seguinte fórmula da identidade:
I=N+C
Onde:
I= identidade N = nome C = caracteres
Ainda, para o Professor Falco a identificação consiste em unir em nossa mente ou em 
qualquer documento, os dois termos que constituem a identidade individual: nome e caracteres.
Na prática e para fins de arquivamento onomástico, o nome é dividido em duas partes, a 
saber: prenome e sobrenome.
Prenome _ Também conhecido como nome de batismo, é o primeiro nome da pessoa. 
Exemplo: Onofre, Getúlio, Jorge, etc.
Prenome Simples _ É constituído de um só substantivo. Exemplo: Onofre, Getúlio, Jorge, etc.
PrenomeComposto _ É constituído por dois ou mais substantivos. Exemplo: Ana Maria, 
Maria de Lourdes, etc.
Sobrenome _ É formado de todos os substantivos que se seguem ao prenome. O sobrenome 
pode ser constituído de um único substantivo ou de dois ou mais substantivos. Exemplos: José 
Bernardes, Pedro dos Santos Silva, etc. 
NOME = PRENOME + SOBRENOME
Fisionomia
Evidentemente, toda pessoa é reconhecida pela fisionomia. É uma conseqüência natural do 
conhecimento da pessoa.
Talvez, esse fenômeno tenha levado Bertillon a instituir o “assinalamento descritivo” no seu 
sistema antropométrico, era necessário registrar todos os dados relativos à pessoa, de modo que ele 
pudesse ser reconhecido facilmente. E, foi esse “assinalamento descritivo” que teria dado origem à 
atual “qualificação”, usada quando da identificação de uma pessoa, para qualquer fim.
Também graças a ele, a polícia de investigações utiliza-se da fotografia, quando procura uma 
pessoa desaparecida, ou no encalço de um criminoso foragido.
Ainda, esse fenômeno sugere a seguinte pergunta: se o sistema papiloscópico permite a 
identificação de uma pessoa de modo seguro, porque a anotação do seus caracteres exteriores 
(qualificação)?
Naturalmente, é necessário que a pessoa seja reconhecida pelos seus caracteres exteriores; 
entretanto, sua identidade será estabelecida pelas impressões papilares, de modo seguro.
Fotografia
Quando apareceu a fotografia, passou a ser empregada como processo de identificação.
Menciona Hany J. Myers II, que a fotografia foi empregada como processo de identificação 
nos EUA de 1854 a 1859. Em São Francisco, naquele país, essas fotografias eram colecionadas em 
álbuns contendo 500 a 600 fotografias cada um, como suplemento, era usado um livro índice, no 
qual constava um resumo histórico do criminoso.
Segundo o mesmo autor, este processo foi adotado em Londres, em 1885, em Paris, em 1888, 
em São Francisco, em 1889, em Berlim e Viena, em 1890 e Calcutá, em 1892.
A fotografia não pode constituir processo exclusivo de identificação, porque não existe um 
sistema de classificação da mesma.
Dir-se-ia que não existe um processo de “classificação” da fisionomia humana. Essa 
“classificação” teria a finalidade de permitir a pesquisa da mesma, independentemente do nome ou 
de qualquer outro dado, que não os próprios detalhes fisionômicos, o que não existe. Entretanto, ela 
tem servido como precioso auxiliar da identificação papiloscópica, pois:
a) a “qualificação”, para qualquer fim, é sempre acompanhada da fotografia do identificado;
b) a remessa da cópia da “Individual Datiloscópica”, em certos casos, é feita pela fotografia 
da mesma, isto é, remete-se a fotografia de “Individual Datiloscópica”;
c) as impressões papilares encontradas nos locais do crime são fotografadas para, em seguida, 
proceder-se a “pesquisa” ou “confronto”;
d) ainda neste caso, o “assinalamento dos pontos característicos” é feito sobre fotografias 
ampliadas.
Ferrete
Este processo é definido nos seguintes termos: “marca feira com o ferro em brasa”.
Consta ter sido este o primeiro processo de identificação adotado. Inicialmente, foi 
empregado para marcar os animais, o que se faz ainda hoje, posteriormente, passou a ser utilizado 
para marcar os escravos que fugissem e os criminosos. Segundo Fernando Ortiz, este processo foi 
bastante usado na França, até 1823.
Diz Hariy J. Myers II: “Em muitos países empregou-se o ferrete, a tatuagem, a mutilação, em 
diferentes épocas e graus”.
Durante os tempos coloniais nos EUA, empregou-se o ferrete. Em 1658, as Leis de 
“Plymouth Colony”, determinando o emprego do Ferrete, estabeleciam o uso de letras, como, por 
exemplo, a letra “A” para os adúlteros, e assim por diante, o que, indubitavelmente, inspirou o 
imortal “Scarlet Letter”, de Hawthome, em 1850.
Fitzroy escreveu que, William Penn, fundador da Pensilvânia, em 1698, aprovou o uso das 
“letras de fogo” para certos crimes. Em 1718, os assassinos eram marcados com um “M” (murderer) 
sobre o polegar esquerdo, enquanto os autores de felonia (traição, falsidade), eram marcados com 
um “T” (treachery). O uso do Ferrete tinha dois propósitos: a punição e a identificação.
Mutilação
Mutilar, significa privar alguém de algum membro, cortar qualquer membro ou parte dele 
(dos dicionários).
Ao lado do ferrete, empregou-se a mutilação, como processo de identificação.
Segundo Fernando Ortiz, em Havana, era costume cortar-se as orelhas dos escravos. 
Enquanto que, na Rússia, cortavam-se as narinas dos criminosos.
Refere-se Harry J. Myers II:
“O Código de 1700 previa o emprego do ferrete e da mutilação, nos casos de rapto ou roubo, 
quando houvesse ainda, um segundo crime”.
Se um casado praticasse sodomia, era castrado.
Um ato de 1718 previa a amputação das orelhas dos criminosos condenados. Não há dúvidas 
que um homem sem as duas orelhas, estaria marcado para sempre, onde quer que ele fosse. 
Encontramos o caso de um delinqüente, que apresentava as duas orelhas amputadas, por ter alterado 
o valor de um documento de 2 para l0 “shillings”. Esses processos foram largamente empregados 
durante o período de colonização dos EUA, de 1607 a 1763.
A propósito do emprego da mutilação e do ferrete, muitos autores mencionam as “Leis de 
Manu”. Realmente, essas Leis previam a aplicação de penas corporais na Lndia, ao tempo em que as 
mesmas vigoravam.
São as seguintes explicações para o autor dessas leis: Manu, o pensador, o homem tipo, ou 
seja, o primeiro homem criado por Brahma.
Na época dos brãmanes, chegou a ser o nome genérico de quatorze personagens de origem 
divina, ou semideuses.
O Código de Manu (ou Leis de Manu) constituem as fontes mais importantes do direito na 
Índia. São os antigos livros sagrados que contém os ensinamentos e as doutrinas das escolas 
bramânicas sobre os deveres civis e religiosos.
Sistema Antropométrico de Bertíllon
Este sistema foi apresentado em Paris no ano de 1882, e que consiste em três assinalamentos, 
a saber:
1) Assinalamento Antropométrico;
2) Assinalamento Descritivo; e
3) Assinalamento das Marcas Particulares.
Estudaremos, separadamente, cada um desses assinalamentos:
Assinalamento Antropométrico
Consiste em tomar as medidas do corpo, em número de onze, porém o Serviço de 
Identificação do Exército, adota apenas uma, que é a ESTATURA.
O cursor, aparafusado á haste vertical, movimenta-se ao longo desta e, colocado sobre a 
cabeça da pessoa que esta sendo identificada permite ao identificador conhecer-lhe a estatura, dado 
este que será consignado na Ficha de Identidade.
Assinalamento Descritivo
Consiste na descrição do Identificando, levando-se em conta as Notações Cromáticas, 
Notações Morfológicas e Notações Complementares, a saber:
1.Notações Cromáticas: Cor do olho esquerdo, do cabelo e da pele.
2.Notações Morfológicas: Refere-se às formas dos lábios, da fronte, do nariz, da boca, da 
dentição, do mento, das orelhas e sobrancelhas.
3.Notações Complementares: São relativas a certos traços particulares do Identificando. 
Ex: calvície, miopia, surdez, etc.
Assinalamento das Marcas Particulares
Compreende as anotações relativas as cicatrizes, manchas da pele, tatuagens, anquiloses, 
amputações, etc.
Essas marcas eram descritas e localizadas com exatidão, para que, o corpo fosse dividido em 
regiões, a saber:
1ª_ extremidade superior esquerda;
2ª_ extremidade superior direita;
3ª_ extremidade anterior do pescoço e rosto;
4ª_ peito e ventre;
5ª_ parte posterior do pescoço e costas; e
6ª_ outras partes do corpo.
As fichas antropométricas eram arquivadas, de acordo com os dados nela registrados e 
concernentes aos elementos que acabamos de descrever, isto é,os constantes dos assinalamentos 
antropométricos descritivo e de marcas particulares.
Era a seguinte a ordem adotada para arquivamento dessas fichas:
1º_ sexo;
2º_ fichas dos de maior idade e dos de menor idade;
3º_diâmetro ântero-posterior da cabeça, o que dava três subclassificações, a saber:
a) pequena menos de 185mm;
b) média de 185mm a l90mm;
c) grande mais de l90mm;
4º_diâmetro transversal da cabeça;
5º_ comprimento do médio esquerdo; 
6º_ comprimento do pé esquerdo;
7º_ comprimento do antebraço esquerdo;
8º_ estatura;
9º_ comprimento do mínimo esquerdo; e
10º_ cor dos olhos.
Bertillon adotava, ainda, um índice alfabético no qual constavam as fichas das pessoas 
identificadas, tendo em cada ficha, referência a ficha antropométrica.
Alphonse Bertillon foi o primeiro homem a introduzir métodos científicos modernos em 
criminologia.
A este respeito, assim se expressa Luiz de Pina:
“Contava Alphonse Bertillon 26 anos, quando concebeu a idéia de aplicar à Identificação 
Criminal os processos da Antropologia, cujo progresso era admirável, debaixo da segura orientação 
cientifica. O sábio Quetelet, com seus métodos antropológicos, interessou decisivamente o 
funcionário da Prefeitura de Paris, desadornado de habilitações científicas e literárias”.
“Passava-se isto em 1879: - vinte anos antes, em 1859, fundara o grande Brocca, a Sociedade 
de Antropologia de Paris; em 1832 estava criada a cadeira de Antropologia no Museu de história 
Natural daquela cidade. Em 1876 o mesmo Brocca instituía, ali, a Escola de Antropologia e em 
1865 realizava-se o primeiro Congresso Internacional de Antropologia (Spezzia). Já Brocca havia 
delineado, em 1854, as Instruções Gerais para as Observações Antropológicas”.
“Bertillon com a sua genial criação, conseguiu chamar a si as autoridades policiais de Paris e, 
no ano de 1882, é lhe permitido usar método na Prefeitura de Polícia da capital francesa. Assim se 
criou o célebre Serviço de Sinalética Antropométrica de Paris”.
“Chamado para a chefia deste posto, publicava em 1885, o primeiro trabalho sobre o seu 
sistema de identificação antropométrica. data desse ano, também, a primeira recomendação oficial 
do sistema e três anos depois, em agosto de 1888, era decretada a sua obrigatoriedade”.
“Em 1893, ano da fundação definitiva do Serviço de Identificação Judiciária, sob a direção de 
Bertillon, aparece nova edição de sua obra, muito ampliada e corrigida, com o título “ldentification 
Antropometrique - Instructions Signelétique”. Nesse volume o autor trata da sinalética descritiva, da 
sinalética por meio de marcas particulares e da sinalética antropométrica”.
“A Academia de Ciências de Paris, considerou o sistema antropométrico de Bertillon como, 
“o primeiro sistema cientifico de identificação”. Este sistema foi adotado em quase todos os países 
civilizados e predominou até o aparecimento da Datiloscopia e sua consagração como ciência 
positiva de Identificação”.
Este último processo, a princípio olhado com certa desconfiança, passou a ser adotado 
simultaneamente com o de Bertillon, até que se verificou sua superioridade.
Assim, a substituição do sistema de Bertillon pelo Datiloscópico foi lenta e, hoje, a 
papiloscopia é adotada em todos os países.
Objeções ao Sistema de Bertillon
São as seguintes as principais objeções que se fazem a esse sistema:
1º_ Não é aplicável aos menores de 21 anos. Em princípio baseava-se na fixidez do esqueleto 
humano, portanto, os menores dessa idade não podem ser identificados com segurança porque ainda 
estão em fase de crescimento;
2º_ Não é aplicável às pessoas que tenha mais de 65 (sessenta e cinco) anos, porque nessa 
idade, notam-se diferenças nas medidas;
3º_ Apresenta certas dificuldades para a identificação das mulheres, em virtude da grande 
quantidade de cabelos, o que tornam imprecisas as medidas dos diâmetros ântero-posterior e 
transversal da cabeça;
4º_ É profundamente indiscreto, porque o identificando devia ficar quase despido, para esse 
fim; e
5º_ As medidas nunca podiam ser tomadas com absoluta exatidão, mesmo porque eram 
registradas em milímetros.
A despeito destas objeções, não se pode negar que apresentou e continua apresentando, pelo 
menos certa utilidade, pois, o seu “Assinalamento Descritivo” visa a descrição da pessoa de modo a 
ser reconhecida facilmente.
Assim é que, ainda hoje, se faz o que se denomina de “qualificação”, quando se identifica 
uma pessoa pelo processo papiloscópico. Além disso, a polícia de investigações, em muitos casos, 
recorre à repartição identificadora a fim de obter detalhes relativos à pessoa que procura e obter a 
sua fotografia que é auxiliada por essa “descrição”.
Em algumas polícias adota-se, ainda, esse assinalamento, porém, alterado. O motivo, é o 
mesmo que expusemos anteriormente, é necessário que a pessoa seja reconhecida pelos seus 
caracteres exteriores para que, depois, sua identidade seja confirmada por outros meios mais 
positivos. E, talvez sentindo a realidade desse fato, Bertillon incluiu as impressões digitais na sua 
“ficha antropométrica” a título complementar.
Sistema de Matheios
Consiste este sistema nas medidas das diversas partes da face, tomadas sobre fotografias, 
essas partes consideradas fixas a partir de certa idade, excluídos os casos de enfermidades e 
deformações.
As fotografias ampliadas, sendo uma antiga e outra recente.
Na prática, o trabalho é executado da seguinte maneira:
1º_ Traça-se uma linha vertical que passa pelo dorso do nariz;
2º_ Traça-se duas linhas paralelas à primeira, passando uma em cada pupila; e
3º_ Com o auxílio de outras linhas horizontais, o traçado fica completo, procedendo-se então, 
as medidas necessárias.
Sistema de Anfosso
Foi lançado em 1896. Primeiramente, Anfosso inventou o “Taquiantropômetro”, aparelho por 
meio do qual pretende tomar todas as medidas exigidas pelo Sistema Antropométrico de Bertillon. 
Mais tarde, lançou um outro sistema que consistia:
1º_ No levantamento dos perfis cranianos, com o auxílio do “Craniógrafo”, aparelho de sua 
invenção;
2º_ Tomada do ângulo formado pelos dedos indicador e médio da mão direita.
Sistema de Capdeviile
Este sistema consistia na medida e na cor dos olhos, nos seguintes elementos:
1º_Medida da curvatura da córnea;
2º_Medida da distância interpupilar;
3º_ Medida interorbitária máxima; 
4º_Notação da cor dos olhos; e
5º_Notação dos caracteres particulares dos olhos.
As medidas exigidas pelo sistema eram tomadas com o auxílio do “Oftalmômetro” de Javal e 
Schlitz e pelo “Oftalmostatômetro”, criado pelo próprio Capdeville.
Sistema Oftalmoscópico de Levinsohn
Este sistema é baseado na fotografia dos fundos dos olhos.
Sistema Radiográfico de Levinsohn
Este sistema é baseado nas dimensões das radiografias do carpo e metacarpo.
Sistema Otométrico de Frigério
Este sistema foi lançado em 1888 e é baseado no imutabilidade e extrema variabilidade do 
pavilhão da orelha, tomando-se as seguintes medidas:
1ª_ Distância entre o pavilhão da orelha e a imediata parede craniana;
2º_ Diâmetros máximos da orelha; e
3º_ Diâmetros mínimos da orelha;
Essas medidas eram tomadas com o “Otômetro”, instrumento criado pelo próprio Frigério.
Sistema Venoso de Tamassia
Este sistema era baseado nas ramificações venosas do dorso da mão, sob o fundamento de que 
são permanentes e variáveis de mão para mão e de pessoa para pessoa, além de visíveis e serem 
inalteráveis voluntariamente ou não.
Essas ramificações venosas eram classificadas em cinco grupos:
1º_ Arco;
2º_ Configuração arboriforme;
3º_ Configuração reticulada;
4º_Configuração em forma de “V”; e
5º_ Reunião indistinta de dois ou mais tipos.
Sistema Ameuille
É semelhante aode Tamassia, baseando-se nas ramificações venosas do frontal.
Sistema Odontológico de Amoedo
Baseado no levantamento da arcada dentária e das rugas da abóbada pelatina.
Tem como principal finalidade a investigação da paternidade e a identificação dos cadáveres 
carbonizados. Evidentemente, destruída a pele por qualquer processo, o sistema papiloscópico não 
pode ser aplicado, assim, é o sistema odontológico que deve promover a identificação.
Sistema Papiloscópico
Baseia-se nas impressões papilares, sendo dividido em três grandes ramos: DATILOSCOPIA, 
QUIROSCOPIA e PODOSCOPIA.
Datiloscopia_ A Datiloscopia tem tido aplicação mais ampla, pois a tomada das impressões 
digitais é muito mais simples do que as duas outras regiões, além de que, os dez dedos que toda 
pessoa possui, normalmente, oferecem elementos abundantes para classificação e sub-classificação, 
donde as possibilidades de arquivamento de grande número de “Individuais Datiloscópicas”
Quiroscopia_ As impressões palmares não oferecem as mesmas facilidades das impressões 
digitais, daí, estar o seu uso restrito aos arquivos monodatilares, como elemento complementar.
Podoscopia_ As impressões plantares oferecem as mesmas dificuldades das impressões 
palmares, tendo sido usadas mais amplamente nas maternidades, para a identificação de recém-
nascidos.
Outros Sistemas de Identificação
Neste comentário, mencionamos alguns dos sistemas que descrevemos anteriormente. 
Deixamos de fazer comentário sobre alguns dos sistemas mencionados, porque julgamos não haver 
interesse. Todos eles não lograram aplicação técnica, já pelas dificuldades dessa aplicação, pela 
dificuldade de preparo do pessoal técnico, ou por serem muito dispendiosos.
As Raças - Antropologia Racial 
A expressão raça, ao que parece, provem de palavra italiana “razza”, cuja origem por sua vez 
é incerta e discutível. Que estende-se pelo termo raça?
Para Fróes da Fonseca, raça seria o grupo humano de característico correlativos 
hereditariamente transmissíveis e de tal modo repetidos dentro dele, que lhe imprimiriam feição 
diversas dos mais agrupamentos congéneres.
A raça, diz DE QUATREFAGES, tem como ponto de partida uma variedade primitiva, cujos
característicos se tornaram hereditários.
Segundo Brocca, a palavra raça designa o conjunto de indivíduos bastante semelhantes entre 
si, para que possa admitir que descendem de ancestrais comuns.
São inúmeras, afinal, as definições de raça. Mais prático, porém, que defini-la será estudar e 
por em evidência os seus característicos. Ora, são de considerar-se como característicos raciais as 
peculiaridades restritas a um grupo humano, suscetíveis de serem transmitidas por hereditariedade. 
Por isso que transmissíveis de pais a filhos, furtam-se de algum modo os característicos raciais à do 
meio. Não são, pois, de procuram-se entre as particularidades do sistema locomotor ou do aparelho 
mastigador, por exemplo, que com relativa facilidade, se deixam influenciar pelos fatores 
ambientais. Mas a forma do nariz, o tipo do cabelo, a feição dos lábios, estes sim, são característicos 
raciais dos mais concludentes, por serem transmissíveis por hereditariedade e dificilmente se 
modificam sob a ação dos agentes externos.
Entre os característicos raciais, apresentam E. Fischer, como sendo mais importantes, os 
seguintes:
1) A proporção do pigmento, bem como a cor da pele, da íris e do cabelo;
2) O tipo do cabelo;
3) A forma do crânio e da face e de suas partes constituintes;
4) Peculiaridades outras, de ordem fisionômica, como sejam a forma do nariz, dos lábios, da 
fenda palpebral, do pavilhão da orelha;
5) A estatura e as proporções do corpo humano.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Notações Cromáticas
- Anomalias e particularidades.
- Distinguir a cor da cútis, cabelos e olho esquerdo.
- Identificar anomalias e particularidades
Notação Cromática da Pele
O elemento cor, pode ser pesquisado na pele, nos olhos e no cabelo.
Do ponto de vista científico, a questão da cor da pele tem sua importância, por ter servido, 
desde muito tempo, a classificação das raças humanas em quatro raças básicas: a branca ou 
caucasiana, a preta ou africana, a amarela ou mongólica e a vermelha ou amerígena.
No Brasil apenas as duas primeiras são as que adotam para a identificação, porque não temos 
basicamente a amarela e a vermelha.
A pele do indivíduo assemelha-se em muitos pontos a um invólucro, servindo para diversos 
fins, inclusive a proteção dos tecidos subjacentes. Serve, entre outros, para proteger os vasos 
delicados da ação dos raios do sol e da luz. A natureza confia portanto a certos genes a tarefa de 
fornecer à pele as partículas de pigmento e, pelo fato de ser o homem um animal migrador, a 
quantidade do pigmento é regulada até certo ponto pelas necessidades do indivíduo de acordo com 
as estações e outras influências (inclusive as moléstias).
As pessoas pertencentes oficialmente as raças brancas podem ter peles cuja coloração vá, da 
dos nórdicos excessivamente claros dos climas frios a dos italianos morenos do sul da Península e 
dos árabes quase negros. A diferença da tez entre brancos de diversos países é devida em parte a 
variações dos genes, e em parte ao grau de exposição do calor do sol.
A pele escura do negro, porém, não tem por causa, semelhante exposição, embora possa ser 
modificada pela maior ou menor irradiação solar.
Os genes cromogenos entre os diversos povos diferem não só na quantidade, mas ainda no 
tipo de pigmento que produzem. No branco, o pigmento fundamental é a melanina escura, espalhada 
de modo difuso na epiderme, de maneira que os vasos sanguíneos subjacentes aparecem, dando a 
“cor de carne” que os artistas tanto se esforçam por imitar. Entre os mongóis, os esquimós e no 
índios norte-americanos, o gene escuro é completado ou substituído por um que elabora o pigmento 
amarelo ou amarelo-avermelhado. Acredita-se que no negro, vários genes elaboradoras do pigmento 
cutâneo estejam trabalhando, alguns fabricando pigmentos amarelos e escuros em quantidade maior 
do que nos indivíduos de pele clara.
O cruzamento de brancos com negros oferece exemplos da maneira pela qual funcionam os
genes “múltiplos”. Embora, à primeira vista a cor da pele dos seus descendentes pareça demonstrar 
um ação mista dos genes brancos e pretos dos pais, a análise demonstra que os genes das diversas 
cores trabalham separadamente, produzindo alguns pigmentos amarelados e escuros, com 
intensidade maior que nos povos de pele mais escura.
Temos exemplos de modo prático como os genes “múltiplos” atuam nos cruzamentos entre 
indivíduos da raça caucasiana e africana. Embora, à primeira vista, a cor da epiderme dos filhos 
pareça demonstrar uma ação difusora dos genes caucasianos e africanos paternos, a análise prova 
que os genes das cores estão trabalhando isoladamente, e que a única fusão resultante é a dos efeitos 
por eles produzidos. A separação dos genes ficará demonstrada, se, na geração subsequente, o 
descendente mulato, cruzar com outro mulato. Se o genes tivessem fundidos todos os descendentes 
teriam a cor mulato dos pais. Ao invés, esses descendentes exibem uma variedade de matizes que 
vai do negro escuro do avô mais africano ao caucasiano do avô mais claro.
Quando aparecer um descendente da raça africana, pode-se ter a certeza de que:
a) Ambos os pais tem ascendentes negros, ou
b) Os pais são duvidosos.
Inversamente, seria do mesmo modo impossível a indivíduo da raça africana com sangue 
latente caucasiano, cruzando com um negro legítimo, dar nascimento a um filho branco.
Além da elaboração do pigmento, outra função dos genes é uma possível influência sobre a 
maneira pela qual a pele reage à luz violeta do sol. Tomemos como exemplo, o caso freqüente dosempregados em escritórios durante as férias. Em um deles, quanto mais expostos ao sol, mais os 
genes reagem, intensificando a pigmentação e produzindo um belo bronzeado da pele; no outro (em 
geral um indivíduo de pele excessivamente alva), os genes poderão não estar à altura da tarefa; se o 
indivíduo não se proteger contra os raios solares, pode produzir-se um eritema ou uma verdadeira 
queima da pele de resultados sérios.
Existem indivíduos brancos que, pela exposição constante ao sol, podem torna-se tão escuros 
quanto alguns negros. A carapaça bronzeada, porém, assim adquirida, nunca os protegerá tão 
eficazmente contra o ardor do sol quanto a pigmentação natural do negro.
Quando um homem branco normalmente claro se torna queimado pelo sol, deve ficar bem 
patente trata-se unicamente de uma característica adquirida, incapaz de efeito algum sobre os filhos. 
Gerações seguidas de famílias brancas poderão viver nos trópicos, sem que os filhos ostentem ao 
nascer outra pigmentação que não a alvura da cútis da pátria setentrional de origem dos pais.
O resguardo contra o sol poderá tornar o negro mais claro?
Sim, até certo ponto. Embora seja sempre escura a cor fundamental do negro, ele pode, 
todavia, variar de intensidade, de acordo com as condições. A fusão crescente, com a mistura cada 
vez maior de genes brancos, tem provocado uma “diluição” média do elemento negro da população. 
Nos Estados Unidos, acreditando-se que a população negra do país não contenha, hoje em dia, mais 
de 5% de negros puros, complemente isentos de sangue branco.
As sardas constituem exemplos mais comuns da pigmentação “pampa” no homem, o que 
pode ter uma origem hereditária. E comumente transitória, aparecendo na infância e desaparecendo 
na idade adulta. É freqüente nos indivíduos de cabelo vermelho e pele alva, indicando a 
probabilidade de uma ação conjunta de diversos genes. Outra forma, mais rara, de “marmoreação” 
no homem, semelhante a encontrada nos animais, é a presença, desde o nascimento, de manchas 
brancas permanentes no corpo, devidas a um gene dominante excêntrico.
No processo geral de pigmentação da pele, os genes não manifestam toda sua força senão 
depois da infância. A pigmentação característica manifesta-se durante a fase embrionária. A criança 
descendente da raça negra tem, ao nascer, uma pele cor de sépia clara e a branca, é tudo menos 
branca, sua coloração rósea carregada é devida a seu pigmento ainda muito fino e muito espalhado, 
permitindo aos vasos subcutâneos se manifestarem através da pele.
Outras influências, podem provocar no decurso da vida, variações de cor da pele. A moléstia 
de Addison dá ao indivíduo, uma coloração bronzeada. A gravidez, tende a tornar a pele mais 
escura. A icterícia produz a cor amarela, assim como certas drogas. A tuberculose pode dar a pele 
uma cor lívida, com a face excessivamente vermelha. Outras enfermidades trazem as suas 
manifestações cutâneas características. Todas as alterações, porém, não o devemos esquecer, nunca 
modificarão os genes responsáveis pela coloração da pele, que o indivíduo transmiti aos seus filhos.
Segundo o Tratado de Velmont de Bonare, L. Figuier (Raças Humanas, pag 559) eis pois os 
produtos resultantes dos diversos cruzamentos:
a) Um branco com uma negra ou vice-versa, produzem o mulato de cor testada, de cabelos 
pretos, curtos e frisados;
 b) Um branco com uma mulata ou um negro com uma mulata. São o que se chama de 
quarteirão;
 c) Um branco com uma quarteirã ou um negro com uma quarteirã. produzem um oitavão;
d) Um branco com uma oitavã ou um negro com uma oitavã, produzem um ser quase 
completamente branco ou quase inteiramente negro.
Daí resultam: branco, mulato, negro em resumo, as notações cromáticas da cútis são: branca, 
parda e preta.
Quanto a anotação cromática, referente ao tipo étnico, deve como elemento primordial, 
prevalecer sobre a rubrica cor e então anota-se: Raças branca, negra, amarela ou vermelha.
A população brasileira, segundo dados publicados pelo Museu Nacional, é formada por 
quatro grupo distintos:
a) LEUCODERMOS..................................BRANCOS
b) FAIODERMOS..................................... BRANCOS X NEGROS
c) XAINTODERMOS............................... BRANCOS X ÍNDIOS
d) MELANODERMOS..............................NEGROS
Considerando-se os estudos realizados com referência a cor da pele, o Serviço de 
Identificação do Exército passou a adotar a seguinte escala cromática:
1) BRANCA
2) MORENA
3) PARDA CLARA
4) PARDA
5) PARDA ESCURA
6) PRETA
O identificador ao tomar a cor da pele do identificando deverá fazê-lo de acordo com o 
conjunto característico relativo à pessoa que está sendo identificada.
As características de uma pessoa para efeito de tomada da cor de sua tez estão ligados à 
raça os quais poderemos enumerar os seguintes aspectos:
1º) Nariz: traços fisionômicos do nariz (afilado, ou achatado, ou tendente a um destes dois 
traços);
2º) Cabelo: liso natural, anelado ou ondulado por processos artificiais, de contextura fina e 
com brilho natural, carapinha ou liso por processos artificiais, cujos fios são de contextura mais 
espessas e opacos;
3º) Lábios: finos ou normais e ou grossos; e
4º) Desenhos digitais: distância das linhas interpapilares.
Daí podemos estabelecer o seguinte critério:
a. - no branco o nariz é afilado;
- no negro o nariz é achatado, inclusive de sua descendência racial (mulato, pardo, etc);
b. - no branco os cabelos são lisos ou anelados por processos artificiais, com brilho 
próprio e contextura fina;
- no negro a sua descendência racial, os cabelos são carapinha ou alisados por 
processos artificiais, sem brilho ou opacos e cujos fios tem uma contextura mais grossa 
que a do branco;
c. - no branco os lábios são finos ou normais;
- no negro e em sua descendência racial os lábios são grossos ou tendentes a isso;
d. - no branco as linhas interpapilares tem um afastamento normal uma das outras;
- no negro essas distâncias são mais afastadas.
O identificador deve, então classificar a cor do identificando, tal como ele se apresenta 
no momento:
1) se a pessoa tem traços nitidamente da raça branca, mas apresenta a sua pele queimada 
pelo sol, diremos que ela é morena;
2) se a pessoa de tez morena, mesmo pelo efeito do sol, mas apresenta traços característicos 
da raça negra, podemos classificá-la como parda clara, ou parda, ou parda escura, de 
conformidade com a coloração mais fraca ou mais forte de sua pele.
Há também, o caso do chamado “negro aço”. É o indivíduo cujos genitores são de cor 
negra, mas que foram gerados sem os pigmentos negros hereditários (pigmento nigrum). A pele é 
branca, os cabelos carapinha loiros e, geralmente, de olhos claros, e, em alguns, azuis. Estes 
elementos nunca chegam a atingir a cor morena por ação solar. São “albinos” e, como tais, 
devem ser classificados assim no lugar correspondente à cútis na respectiva Ficha de Identidade.
Notação Cromática do Olho
Entre as características da criança, que com mais freqüência constituem enigma inesperado 
para os pais, está a cor dos olhos e do cabelo, e, às vezes a da pele.
Contudo, sendo a coloração um fator superficial e de natureza bem definida, ela nos 
proporciona um dos meios mais simples de estudo e de análise da ação dos genes.
Para começar, a cor não é uma substância concreta, mas um efeito do reflexo da luz sobre 
diversas matérias. Quando falamos portanto, da produção de cores diversas por genes diversos, o 
que portanto, queremos dizer é que determinados genes tomam parte na produção de diferentes 
pigmentos. O efeito colorido deste pigmentos não tem importância para a natureza. Quando se 
forma pigmento na pele, olhos ou cabelo, é em geral com um fim protetor.O pigmento depositado 
na íris, por si transparente, do olho, fornece uma sombra protetora para a retina; o pigmento cutâneo 
protege a derma subjacente. Até o pigmento do cabelo protege as células pilosas e o couro cabeludo.
É no olho que encontramos a maior variedade de coloridos. Acreditam os genetícistas que os 
primeiros seres humanos tinham todos, olhos negros ou escuros, e por modificações sucessivas pelo 
tempo afora, os genes do pigmento ocular primitivo foram provocando as variações responsáveis 
por todos os matizes claros hoje encontrados.
Para dar lugar aos efeitos coloridos, os genes não misturam os pigmentos, nem são formados 
pigmentos distintos, correspondentes as cores oculares que conhecemos. Existem na verdade apenas 
1ou 2 pigmentos oculares fundamentais, com algumas variações dos mesmos. A aparência do olho é 
devida a quantidade destes pigmentos e a maneira pela qual eles se acham distribuídos na íris.
A Íris
Na íris se acham duas faixas ou zonas em forma de cinto, cuja coloração difere geralmente: a 
primeira, chamada circuito interno, confinando-se com a pupila; a segunda, denominada circuito 
externo, mais próxima da esclerótica. 
Na maioria das íris, nota-se uma substância mais ou menos alaranjada, que se denomina 
pigmento do olho. Quanto mais abundante é o pigmento, tanto mais a cor da íris se aproxima do tipo 
denominado castanho, e na maioria dos casos, o pigmento se condensa no circuito interno.
Quando se fala na determinação da cor dos olhos, tem-se em consideração a coloração 
propriamente da íris, considerando o exame do olho esquerdo (olho esquerdo do identificando) e 
não ambos conjuntamente.
A pupila é sempre de um preto uniforme, seja qual for a cor da íris. O olho na raça negra 
difere dos da raça branca. No negro a íris é de uma cor tão escura, que quase se confunde com o 
preto da pupila. No olho do negro, todas as suas partes tem o mesmo tom. A esclerótica é sempre 
injetada de amarelo e por isso se compreende que o órgão visual que na raça humana tão 
poderosamente contribui para que acentua a fisionomia, seja, sempre no negro, baço (sem brilho), 
inexpressivo e sem vivacidade. No europeu, a cor da íris é de tal modo acentuada que 
imediatamente reconhecemos se o indivíduo tem os olhos castanhos ou azuis.
Considerando-se que a coloração, às vezes, difere de um para outro, o exame deve ser feito 
apenas na irís esquerda, excetuando-se caso de faltar o olho esquerdo ou que este por qualquer 
motivo não possa ser examinado. No caso, a observação recairá no olho direito, cumprindo, porém, 
anotar que o exame foi feito no olho direito e por que motivo.
Para que o exame do olho seja feito sempre de um modo uniforme, o primeiro cuidado do 
examinador deve consistir em colocar-se frente ao examinado, a uns 30 cm de distância, em tal 
posição que o olho receba em cheio a luz uniforme (não os raios solares) e, convidando o 
examinado a encarar nos olhos do examinador, este com o polegar e o indicador afastará as 
pálpebras do olho do identificando, e observará as cores entre o circuito interno e circuito externo 
que define a tonalidade de cor do olho.
Como Determinar as Cores
Para a determinação da cor do olho de uma pessoa, o identificador deve levar em conta dois 
detalhes importantíssimos, na íris, que são: o circuito interno e o externo.
Em alguns casos os dois circuitos apresentam a mesma coloração e em outros um circuito se 
apresenta com uma cor e o outro, com cor diferente.
Baseando-se na coloração da íris e dos circuitos, o olho pode ser classificado da seguinte 
maneira:
1 – Azul_ Quando se apresenta uma coloração azul uniforme, tanto na íris como nos dois 
circuitos, sem qualquer outra presença cromática pigmentar.
2 – Azul claro_ Quando houver a presença de outras cores no circuito interno misturando-se 
na parte média da íris com a cor azul que é mais acentuada no circuito externo. Normalmente 
aparecem, neste caso, pigmentos castanhos claros ou verdes.
3 – Verde_ Tal como o azul, deve a pessoa apresentar a cor verde em toda íris, do circuito 
interno ao externo, sem qualquer outra presença pigmentar.
4 – Esverdeado_ A íris se apresenta com uma pigmentação castanho claro no circuito interno 
que se mistura com a coloração verde, do meio para o circuito externo do olho.
5 – Castanho claro_ Quando a íris se apresenta em sua extensão uma coloração marron clara 
sem interferência de outra cor pigmentaria.
6 – Castanho médio_ Apresenta uma cor marron médio, uniformemente distribuído.
7 – Castanho escuro_ É marron escuro, com tendência ao preto. E mais comum nas pessoas 
de raça negra por possuirem grande concentração de pigmentos negros na íris.
Obs.: Para uma fiel tomada da cor do olho de alguém o ambiente em que estiver essa pessoa 
deverá estar:
- Bem claro, se possível com luz natural;
- Paredes brancas para que não haja interferência de outras cores externas que possam dar ao 
anotador uma falsa coloração do olho nem reduzir a claridade natural do ambiente.
Os cuidados acima facilita sobremaneira o identificador porque com bastante claridade a 
pupila se retrai aumentando a área visível da íris com o maior afastamento entre os dois circuitos, 
interno e externo.
Previsao da Cor dos Olhos
Se os olhos de um dos pais 
forem:
Se os olhos do outro cônjuge forem: Os olhos do filhos serão:
Escuros ou pretos
Tipo 1 :Se a família toda deste
ascendente tivesse olhos 
escuros.
Tipo 2: Se algum membro da
família deste ascendente tiver 
olhos claros (cinzentos, verdes 
ou azuis)
 De qualquer cor Escuros quase com certeza
Escuro, tipo 2 Escuros provavelmente, mas 
talvez de outra cor.
Cinzentos, verdes ou azuis Probabilidade iguais de cores 
escuras ou mais clara 
(provavelmente a do 
ascendente mais claro).
Cinzentos ou verdes Cinzentos, verdes ou azuis
Provavelmente cinzentos ou 
verdes, mas talvez azuis (raro 
escuros)
Azuis Azuis
Quase certamente azuis 
(raramente de tonalidade mais 
escura, sendo menor a 
probabilidade se os olhos dos 
pais forem azul claro.
Albinos (sem cor) Ascendentes de olhos normais de 
uma cor qualquer
Normais, tendendo para a 
matiz normal dos olhos dos 
pais, a menos que este 
ascendente tenha genes 
“albinos” latentes, quando 
haverá probabilidades iguais 
de cor albina.
Albinos Francamente albinos
Semelhança entre um olho e uma 
Máquina Fotografica
Observe os dois desenhos: um está na 
luz fraca e o outro na luz forte. Compare a 
pupila do olho com o diafragma da máquina 
fotográfica: na luz fraca, a pupila dos olhos 
abre-se para captar mais luz, o mesmo 
acontecendo com o diafragma da máquina; 
na luz forte ocorre o inverso, pois tanto a 
pupila como o diafragma se fecham devido 
ao excesso de luz
Baseando-se nos estudos acima, o Serviço de Identificação do Exército, adotou a seguinte 
escala cromática para o olho:
1- AZUL
2- AZUL CLARO
3- VERDE
4- ESVERDEADO
5- CASTANHO CLARO
6- CASTANHO MEDIO
7- CASTANHO ESCURO
Notação Cromática do Cabelo
Os homens dão preferência, segundo se diz, às louras. Deve haver alguma verdade nesta 
asserção, senão como explicar o grande número de mulheres que freqüentam os salões de beleza, 
para tingir o cabelo?
Mais ainda do que o cabelo louro, o cabelo vermelho tem o seu valor social, o que poderia 
levantar a questão, para os pais em perspectiva: Quais as possibilidades do seu filho ter cabelo louro 
ou vermelho?
Como o aluno já terá percebido, a cor do cabelo de cada um dos pais não fornecerá, por si só, 
a resposta do problema. É preciso verificar quais os genes da cor do cabelo, de que ambos são 
portadores.
A pigmentação do cabelo obedece aos mesmos princípios gerais que a dos olhos. Muitas vezes 
até(se bem que nem sempre) os dois fenômenos estão ligados. No cabelo, trata-se da pigmentação 
das células pilosas, e, da mesma forma que nos olhos, a atuação fundamental dos genes 
cromatógenos pode ser modificada por genes intrometidos ou pelo ambiente.
O elemento principal da coloração do cabelo é do ponto de vista químico, um pigmento 
escuro denominado melanina. Se o gene cromatógeno chave provocar um depósito intenso de 
melanina nas células capilares, o resultado será cabelos negros, se for um pouco menos, castanho 
muito escuro, menos ainda, castanho claro; e muito diluído, cabelo louro. A coloração do cabelo 
depende ainda da modalidade de construção das células capilares, da quantidade de ar nelas contida, 
e da proporção de óleo natural. O cabelo vermelho é devido a um gene suplementar, que produz um 
vermelho difuso. Acha-se freqüentemente presente, com o gene chave da melanina.
Se o gene da melanina for muito ativo, tornando o cabelo negro ou castanho escuro, a ação do 
gene vermelho será completamente aclipsada. (Tem sido aventada a hipótese, porém, de que um 
gene vermelho latente possa trair a sua presença nos indivíduos de cabelo negro, pelo brilho do 
mesmo). Quando o gene da melanina for mais fraco, o gene vermelho consegue manifestar-se, 
dando uma coloração vermelha-escura ou castanho. Se o gene castanho escuro for fraco ou estiver 
ausente, o resultado será um cabelo fracamente vermelho.
Quando aos efeitos do gene vermelho sobre o gene louro, não temos tanta certeza. 
Teoricamente, deverá dominá-lo, mas temos casos em que pais louros tem filhos de cabelo 
vermelho. Com raras exceções, porém, o gene louro é francamente subordinado a todos os de cores 
escuras.
Chegamos portanto as seguintes conclusões:
Se o identificando tiver cabelo louro, terá latentes os dois genes de cabelo louro.
Se o identificando tiver cabelo vermelho, terá latentes um ou dois genes escuros, além de 
genes louros ou escuros.
Se tiver cabelo escuro, terá latentes os dois genes de cabelo escuro, ou um escuro e um outro 
de matiz qualquer.
Os genes das cores fundamentais do cabelo encontram-se entre todos os povos, embora, de 
forma alguma, nas mesmas proporções, mesmo entre os negros, e muitas vezes entre os latinos, 
encontram-se cabelos vermelhos. Apesar de não serem raros os indivíduos louros entre os latinos e 
outro povos de cabelo escuro, não dispomos de meios para saber até que ponto o gene louro possa 
ter aparecido entre eles, por mutação ou pelo cruzamento das raças. A teoria da mutação parece a 
mais plausível, no caso dos índios louros encontrados entre certas tribos de cabelo preto, sobretudo 
no Panamá.
O cabelo branco pode ser devido a diversos fatores, genéticos ou outros. Na sua forma mais 
notável, é devido ao gene albino, o qual, conforme vimos, rouba também aos olhos a sua coloração. 
O cabelo branco poderia também ser devido ao gene louro excessivamente débil, ou a gene ou 
estado “inibidor”, que desvirtuasse o processo de pigmentação do cabelo. As pessoas de cabelo 
branco desse tipo, muito comuns entre os Noruegueses. Suecos, etc, diferem dos albinos no fato de 
possuírem pigmentação normal dos olhos e da pele. E por fim, há cabelo branco devido a idade, 
enfermidades, etc. Em todas as colorações do cabelo, existe mesmo a possibilidade constante de que 
outros fatores venham o modificar a atuação do gene chave.
A idade representa um papel muito importante na cor do cabelo do que na dos olhos. Os genes 
da cor do cabelo podem custar a revelar-se. Muitas vezes as mães se lamentam por terem visto os 
cachos dourados dos seus filhinhos tomarem mais tarde um castanho escuro. De outra parte, uma 
criança nascida com cabelo preto pode ter o segundo crescimento dos cabelos muito mais claro.
O cabelo claro tende a escurecer da infância para a idade adulta. Isto se estende também ao 
cabelo vermelho. É muito raro que o cabelo da criança fique mais claro com a idade. A exposição 
constante ao sol, o alvejamento pela água salgada, os agentes químicos ou outros meios artificiais, 
poderão naturalmente embranquecer ou alterar a coloração do cabelo, assim como o clima. 
Independentemente, porém, das modificações superficiais, as partículas de pigmento continuarão aí, 
de modo que ao microscópico poderá dizer se sempre, se um determinado louro é verdadeiro ou 
artificial.
A alteração da cor do cabelo proveniente da idade é conseqüência do processo de 
descoramento. Não só o pigmento, mas ainda o conteúdo do óleo e a estrutura do cabelo sofrem. A 
época em que a pigmentação do cabelo começa a manifestar-se parece freqüentemente ser 
governada pela hereditariedade. Quando um pai encanece cedo, muitas vezes o filho encanece na 
mesma idade.
Como é determinada a cor do cabelo
As desordens glandulares ou nervosas, as enfermidades e outros fatores fisiológicos podem 
também alterar a coloração do cabelo. É muito antiga a crença de que uma emoção repentina pode 
tornar branco da noite para o dia, o cabelo de um indivíduo. É muito possível que alguma desordem 
nervosa possa afetar o processo de pigmentação capilar, provocando o crescimento do cabelo 
branco, mais um estudo superficial da estrutura do cabelo, mostrará que nenhum choque pode ser 
comunicado instantaneamente em todo comprimento de cada fio de cabelo, de maneira a destruir o 
pigmento já existente. Por falta de casos idênticos, as histórias do cabelo que “virou branco da noite 
para o dia” terão que ser guardadas nos mesmos armários em que, já se encontram as dos mitos das 
crianças nascidas com cabelo branco, por causa do susto que as mães levaram durante a gravidez.
Salientaremos de passagem que as condições locais do ambiente, nas diversas partes do 
organismo, poderão explicar as diferenças de cor ou matiz entre a cabeleira e os pêlos. A ação pode 
motivar semelhantes diferenças: interessante é que, ao passo que no homem os pêlos da região 
púbica tendem a ser mais claros que os da cabeça, na mulher loura, dá-se justamente o contrário. A 
ação das glândulas, a transpiração, a menor exposição ao ar, etc, bem pode motivar semelhantes 
diferenças.
Estendemo-nos com alguma minúcia as influências do ambiente, por causa da importância, 
para os pais, da eliminação destes fatores, antes de poderem verificar quais os genes capilares que 
possuam, e que possam transmitir aos filhos. A menos que as modificações do cabelo paterno sejam 
produzidas pelos genes, não podem ter importância alguma, na coloração do cabelo do filho.
Sistema Piloso
O estudo dos pêlos e cabelos tem a máxima importância e o seu conhecimento não deve ser 
desconhecido pelo identificador.
Não se confundem os cabelos “castanhos escuros” com os de cor preta pura (asa de corvo).
Os cabelos pretos, de cor negra pura (asa de corvo) são comuns entre os nossos silvícolas, dos 
mestiços e dos negros, sendo que nos primeiros a cor é mais uniforme e de um símile perfeito. 
Como dizia José de Alencar, Iracema tinha os cabelos tão negros como as asas de graúna.
O cabelo da raça negra, conquanto muito preto, não tem brilho e o viço muito peculiares ao 
negro asa de corvo, devido, naturalmente, ao fato observado por Brocca, isto é, que o aspecto de 
uma mecha de cabelos resulta ao mesmo tempo de sua cor, dos reflexos múltiplos dos fios que a 
compõem e de suas sombras lineares.
Previsão da Cor do Cabelo
Se um dos pais tiver o cabelo: Sendo a cor do cabelo do 
outro ascendente:
O filho terá o cabelo:
Escuro ou preto:
Tipo 1: Se todos da família 
deste ascendente tiveram 
cabelo escuro.
Tipo 2: Se existirem entre 
outros menbros da família, 
matizes mais claros. 
Qualquer cor Escuro quase com certeza
Escuro, tipo 2 Provavelmente escuro, mas
possivelmente de algum matiz 
mais claro.Vermelho Probabilidade mais ou menos igual
de escuro ou vermelho escuro, com 
alguma possibilidade de louro.
Louro Provavelmente escuro, mas talvez 
louro, raramente vermelho.
Vermelho Vermelho Provavelmente vermelho, as vezes
negro claro ou loiro.
Louro Probabilidades iguais de vermelho, 
negro claro ou louro.
Louro:
Tipo 1: Se de cor 
intermediária.
Tipo 2: Se cor de milho ou branco.
Louro Vermelho quase certamente, ou 
escuro, raramente (vermelho 
possível, se esta cor existir na 
família de qualquer dos pais).
Louro - Cor de milho ou branco Certamente louro, mas 
provavelmente com matiz de
ascendente mais escuro.
Baseando-se nos estudos acima o Serviço de Identificação do Exército, adotou a seguinte 
escala cromática para o cabelo:
1_LOUROS 6_ CASTANHO MÉDIOS
2_ALOURADOS 7_ CASTANHO ESCUROS
3_RUIVOS 8_ PRETOS
4_ AVERMELHADOS 9_ ENCANECIDOS
5_ CASTANHOS CLAROS. 10_ TINGIDOS
Anomalias e Particularidades
Anomalias da Pele
Albinismo
É uma anomalia de organização que consiste na diminuição ou ausência da matéria corante da 
pele. Pode ser total ou parcial. Não há tratamento que a cure; minora, porém, com a idade. Previne-
se o deslumbramento da vista de que sofrem os albinos, pelo emprego de óculos ou estenopeicos. 
Dá-se este último nome aos óculos, ordinariamente, cujos vidros são substituídos por lâminas 
metálicas tendo no centro uma pequena abertura circular.
Vitíligem ou Vitiligo
Consiste no descoramento parcial da pele, em malhas brancas e irregulares, lisas e canícies 
dos pêlos correspondentes. Não há indicação contra essa afecção.
Anomalias do Olho
Daltonismo
A anomalia de visão, no caso particular das cores, chama-se Daltonismo. 
Dalton, foi um dos grandes sábios do seu tempo (1766-1844). Tendo Juan 
Dalton verificado que sua visão era para as cores, diferentes dos demais, 
examinou o espectro solar e logo se convenceu de que em vez das 7 cores, não 
via senão 3: o amarelo, o azul e a púrpura. Dizia ele: “Meu amarelo encerra o 
vermelho, o laranja e o verde de todo mundo. Meu azul confunde-se de tal 
maneira com a púrpura que vejo nos dois, uma mesma cor. A parte que tem o 
nome de vermelha, mal me parece uma sombra ou ausência de luz”.
Nas clínicas oftalmológicas registam-se muitas variedades quanto à percepção defeituosa das 
cores pelo olho humano:
a) ACROMOPSIA_ É chamada assim, quando haver a cegueira total para todas as cores.
b) ANERITROPSIA _ É chamada assim, quando haver cegueira apenas para o vermelho.
c) ACROPSIA _ É chamada assim, quando haver a cegueira para o verde.
d) ANIANTINOPSIA_ É chamada assim, quando haver cegueira para o violeta.
O Daltonismo (DISCROMATOPSIA) é mal congênito, isto é: o indivíduo já nasce com os 
olhos talhados para confundir as cores; desde que a criança começa a ver, erra nas cores, tomando o 
verde pelo vermelho, ou não suspeitando haver gradações entre um e outro tom.
Nas populações em que o casamento consangüíneo é freqüente, a proporção de Daltonismo é 
mais elevada. Seja como for o Daltonismo é mal dos homens: enquanto neles a proporção de casos 
verificados, oscila de 3 a 8%, já. nas mulheres a cifra não vai além dos 0,4%, isto é, 4 casos para 
mil mulheres.
Segundo alguns cientistas, o Daltonismo pode também ser adquirido por uma infecção grave 
ou intoxicação crônica, de onde uma nebrite ótica retro bulbar, então aparecem, às vezes, alterações 
do senso cromático. Isso pode acontecer em conseqüência de certas sinusites, em afecções dentárias, 
na esclerose em placas e sobretudo, na ambliopia dos grandes fumantes, que são ao mesmo tempo 
inveterados alcoólatras.
A história também pode ter sua culpa no caso, bem como as comoções. Ficou registrada nos 
anais da ciência, aquela observação referente a um médico que caíra de um cavalo, depois do caso, 
nunca mais pode distinguir pela cor, uma rosa das folhas verdes do ramo.
Finalmente, chega-se a conclusão, através de estudos realizados por cientistas, que o 
Daltonismo pode se apresentar nos indivíduos, de duas maneiras, a saber:
1ª) Daltonismo Absoluto - O portador desta anomalia, confunde as cores.
2ª) Daltonismo Relativo - O portador desta anomalia, só consêgue perceber grosseiramente as 
cores.
Astigmatismo
Esta anomalia consiste na impossibilidade de seu portador ver ao mesmo tempo as imagens 
nos dois planos, horizontal e vertical. Essa anomalia pode ser corrigida com lentes, que funcionam 
como vidros planos no sentido de suas geradoras e como convergentes no sentido perpendicular às 
geradoras. O olho normal, desprovido de Astigmatismo, recebe o nome de ANASTIGMATICO.
Presbitismo
Vista cansada, defeito das pessoas que somente percebem objetos à distância; defeito 
produzido pelo excessivo achatamento do cristalino (corpo transparente que tem mais ou menos a 
forma de uma lente e fica localizado imediatamente detrás da pupila). Corrige-se pelo uso de óculos 
com lentes convexas.
Miopia
Vista curta, as pessoas portadoras desta anomalia, só conseguem ver os objetos à pequena 
distância. É corrigível com o uso de lentes côncavas.
Hipermetropia
A hipermetropia é o inverso da miopia. O poder de convergência é insuficiente e o globo 
ocular muito achatado. Corrige-se a hipermetropia com lentes convexas, que convergem e 
concentram os raios luminosos.
Procidência
É o abaixamento da região palpebral superior, esquerda ou direita, ou ainda de ambas.
Estrabismo
Esta anomalia consiste no desvio da íris para o canto externo do olho ou para a região 
lacrimal. O Estrabismo pode ser:
Convergente - Direito ou esquerdo: Íris voltada para a região lacrimal.
 - Ambos: As duas íris voltadas para a região lacrimal.
Divergente - Direito ou esquerdo: Íris voltada para o canto externo do olho.
- Ambos: As duas íris voltadas para o canto externo do olho.
Estrabismo - Convergente: Direito, esquerdo, ambos.
- Divergente: Direito, esquerdo, ambos.
DIREITO DIVERGENTE
ESQUERDO DIVERGENTE
DIREITO CONVERGENTE
ESQUERDO CONVERGENTE
AMBOS CONVERGENTES
AMBOS DIVERGENTES
Outros Defeitos Classificados como Anomalias
-Olho de vidro
-Falta de olho (por amputação ou extração)
-Amaurose_ É a perda total da vista, sobretudo sem haver obstáculo de acesso dos raios 
luminosos ao fundo dos olhos.
- Ambliopia_ É quando há só enfraquecimento da vista, sem lesão apreciável.
Particularidades do Cabelo
Nas fichas utilizadas pelo Serviço de Identificação do Exército, os identificadores deverão 
anotar, sempre entre parênteses e após a forma do cabelo, da barba e do bigode, as seguintes 
particularidades:
a) Grisalhos
b) Ligeiramente grisalhos
Os cabelos grisalhos apresentam mais ou menos a metade dos fios com a cor natural e a outra 
metade embranquecidos.
Os cabelos ligeiramente grisalhos apresentam alguns fios embranquecidos, entre os da cor 
natural.
Independentemente do ponto de vista cromático ou de particularidades, o sistema piloso 
apresenta uma série de fatores que se presta a notação complementares, referente a:
- Forma do cabelo - Liso, ondulado, crespo e carapinha ou acarapinhado.
- Implantação do cabelo - Circular, retangular, triangular ou em ponta.
- Grau de pilosidade - Falta ou abundância.
- Calvície - Pelada ou falta de cabelo.
- Forma da barba - Lisa ou crespa.
- Corte e uso habitual da barba - Raspada ou rapada
Aparada
Cavanhaque
Suiça
Andó
Mosca
Etc.
- Bigode - Raspado ou aparado.
Caracteres Físicos Individuais Usados no Serviço de Identificação do Exército
Cútis (Cor) - Branca
Morena
Parda clara
Parda
Parda escura
Preta
Olho - Cor - Azul
Azul claro
Verde
Esverdeado
Castanho claro
Castanho médio
Castanho escuro
- Anomalias - Daltonismo (Absoluto ou Relativo)
Astigmatismo
Presbitismo
Miopia
Procidência
Estrabismo: Convergente - direito,esquerdo ou ambos
Divergente – direito, esquerdo ou ambos
Cabelos - Cor - Louros
Alourados
Ruivos
Avermelhados
Castanhos claros
Castanhos médios
Castanhos escuros
Pretos
Encanecidos
Tingidos
- Natureza - Lisos
Ondulados
Crespos
Carapinha
- Particularidade - Ligeiramente grisalhos
Grisalhos
Calvície - Frontal
Parietal
Coronal
Ocipital
Fronto-parietal
Fronto -coronal
Fronto-ocipital
Corono-ocipital
Tonsural
Total
Obs: O sexo feminino não é posto a natureza do cabelo;
A calvície é uma particularidade da cabeça.
Barba - Cor - Idem quanto ao cabelo.
- Natureza - Lisa
Crespa.
- Quanto ao corte e uso - Raspada ou rapada
Aparada
Cavanhaque
Suíça
Mosca
Pêra
Bigode - Quanto ao corte e uso - Raspado ou rapado e aparado.
Imberbe – Ausência e pelos
RAPARA OU RASPADA APARADA CHEIA
PÊRA CAVANHAQUE SUIÇA
ANDÓ MOSCA
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Cabeça:
- Divisão
- Subdivisão
-Anomalias e particularidades
- Descrever a divisão e subdivisão da cabeça.
- Identificar anomalias e particularidades.
Divisão – Subdivisão - Anomalias e Particularidades
O estudo da cabeça é um ponto importante na identificação, uma vez que sobre as suas 
diversas regiões devemos anotar a calvície, as marcas, as cicatrizes e todas as suas particularidades, 
a dentição e seus fenômenos de conformação, os lábios, etc, cujo assinalamento é freqüentemente 
empregado como modo identificativo.
Como elemento subsidiário de identificação Datiloscópica foi adotado o exame das partes 
descobertas do corpo humano. É fato que a adoção na ficha desses elementos, não deve ser 
considerado como recurso imprescindível, a prova mais precisa da identificação humana. No 
entanto, como nem sempre na vida prática, o indivíduo tem necessidade da perícia Datiloscópica 
para certos comuns na sociedade, basta tão somente, o reconhecimento de sua identidade por meios 
claros e simples, ao alcance de qualquer leigo, foi introduzido com complemento, parte do processo 
adotado por Bertillon, no tocante ao retrato falado. Lendo-se na ficha de identidade os dados 
sinaléticos de um indivíduo, poder-se-á fazer rapidamente uma idéia da formação e constituição do 
mesmo.
Além do mais, existem certas particularidades visíveis a olho nu em certas pessoas que as 
distinguem, em qualquer ocasião, servindo como sinal identificativo. Passou-se então a integrar a 
individual Datiloscópica com o exame das partes visíveis do identificando.
Divisão e Subdivisão da Cabeça
Segundo nomenclatura adotada pela Diretoria de Saúde do Exército, publicada em Boletim do 
Exército n0 64, de 1933, para os processos de Atestado de Origem, a cabeça foi divida em duas 
partes principais: ANTERIOR e POSTERIOR, as quais por sua vez, foram subdivididas conforme o 
esquema abaixo:
I) Parte Anterior
1 - Região Frontal
2 - Região Orbitária (direita e esquerda)
3 - Região Nasal
4 - Região Malar (direita e esquerda)
5 - Região Masseterina (direita e esquerda)
6 - Região Auricular (direita e esquerda)
7 - Região Bucinadora (direita e esquerda)
8 - Região Labial (superior e inferior)
9 - Região Mentoniana
10 - Região Supraioidéia
11 - Região Infraioidéia
12 - Região Carotidiana (direita e esquerda)
13 - Região Supraclavicular (direita e esquerda)
II) Parte Posterior
1 - Região Parietal (direita e esquerda)
2 - Região Occipital
3 - Região Temporal (direita e esquerda)
4 - Região Mastoidéia (direita e esquerda)
5 - Nuca
Esquema da Divisão e Subdivisão
1 - Região Frontal
2 - Região Orbitária (direita e esquerda)
3 - Região Nasal
4 - Região Malar (direita e esquerda)
5 - Região Masseterina (direita e esquerda)
6 - Região Auricular (direita e esquerda)
7 - Região Bucinadora (direita e esquerda)
8 - Região Labial (superior e inferior)
9 - Região Mentoniana
10 - Região Supraioidéia
11 - Região Infraioidéia
12 - Região Carotidiana (direita e esquerda)
13 - Região Supraclavicular (direita e esquerda)
1 - Região Parietal (direita e esquerda)
2 - Região Occipital
3 - Região Temporal (direita e esquerda)
4 - Região Mastoidéia (direita e esquerda)
5 - Nuca
Anomalias da Cabeça
Como anomalias de cabeça, podemos anotar:
- Macrocefalia (Desenvolvimento anormal)
Consiste no aumento do crânio
- Microcefalia (Desenvolvimento anormal)
Consiste na diminuição do crânio.
Particularidades da Cabeça
Como particularidade da cabeça deverão ser anotados os diversos tipos de calvícies, que são 
as seguintes:
- FRONTAL, PARIETAL, CORONAL, OCIPITAL , FRONTO-PARIETAL, CORONAL, 
FRONTO-OCIPITAL, CORONO-OCIPITAL, TONSURAL e TOTAL
FRONTAL PARIETAL CORONAL TONSURAL
FRONTO - 
PARIETAL
FRONTO - 
CORONAL
FRONTO - 
OCIPITAL
CORONO - 
OCIPITAL
OCIPITAL TOTAL
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Olhos:
- Divisão
-Anomalias e particularidades
- Descrever a divisão dos olhos.
- Identificar anomalias e particularidades dos olhos
Olho
 Divisão
Neste capítulo estudaremos apenas a divisão do olho, como complemento da identificação. O 
olho, para fins de estudo, foi dividido em 11 partes, que são:
1_ ARCADA SUPERCILIAR.
2_ REGIÃO PALPEBRAL SUPERIOR.
3_ REGIÃO PALPEBRAL INFERIOR.
4_ REGIÃO LACRIMAL.
5_ CANTO EXTERNO.
6_ ESCLERÓTICA (branco do olho).
7_ÍRIS (cinta circular colorida).
8_ PUPILA (pequeno círculo preto, parte central da íris).
9_ CIRCUITO INTERNO (da íris).
10_ClRCUITO EXTERNO (da íris).
11_CANTO INTERNO.
Cuidados a serem observados no exame dos olhos:
Tendo-se chegado a conclusão que a coloração, às vezes difere de um para outro olho, o 
exame deve ser feito apenas na íris esquerda, desprezando-se a direita, salvo quando acontecer a 
falta do olho esquerdo ou que este por qualquer motivo não possa ser examinado. Neste caso, o 
exame recairá no olho direito, devendo, porém o examinador anotar que o mesmo foi feito na íris do 
olho direito e por qual o motivo.
Para que o exame dos olhos seja sempre feito de um modo uniforme, o primeiro cuidado do 
examinador deverá consistir em colocar-se de frente ao examinando, a uma distância de 30 cm e em 
tal posição que o olho receba em cheio a luz uniforme (não os raios solares) e, convidando o 
examinando a encarar os olhos do examinador, este com o polegar e o indicador, afastará as 
pálpebras do olho do -identificando e observará a região entre o Circuito Interno e Circuito Esterno 
da íris.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Mãos e dedos: - Descrever a divisão e subdivisão das mãos.
- Identificar anomalias das mãos e dedos.
- Registrar as anomalias nos documentos de Identificação.
Mãos
Divisão - Subdivisão e Anomalias
 Divisão
Para efeito de anotação de marcas particulares e anomalias a mão foi dividida em duas partes 
principais, pelo método do Dr. Pires de Lima, adotado pelo Serviço de Identificação do Exército:
1- REGIÃO ANTERIOR OU PALMAR
2- REGIÃO POSTERIOR OU DORSAL
Subvisão
A região PALMAR subvidi-se em 8 (oito) Regiões:
1- FACE ANTERIOR DA MUNHECA OU PULSO (CARPO)
2- REGIÃO HÍPOTENAR
3- REGIÃO PALMAR
4- REGIÃO TENAR
5- PREGAS DÍGITO-PALMARES
6- FALANGE OU PRIMEIRA FALANGE
7- FALANGINHA OU SEGUNDA FALANGE
8- FALANGETA OU TERCEIRA FALANGE
A região DORSAL subdividi-se em 9 (nove) Regiões:
1- FACE POSTERIOR DA MUNHECA OU PULSO (CARPO)
2- METACARPIANOS OU METACARPIOS
3- INTEROSSOS OU IINTEROSSEOS
4- PRIMEIRAS ARTICULAÇÕES
5- FALANGES OU PRIMEIRA FALANGE
6- SEGUNDAS ARTICULAÇÕES
7- FALANGINHAS OU SEGUNDA FALANGE
8- TERCEIRAS ARTICULAÇÕES
9- FALANGETAS OU TERCEIRA FALANGE
Obs.: Os polegares não possuem a 3ª articulação nem 2ª falange.
Obs:As pregas interfalangeanas encontram-se entre as falanges 1ª, 2ª e 3ª.
Para a localização das marcas particulares e anomalias, examinam-se primeiramente a Região 
Anterior ou Palmar e depois a Região Posterior ou Dorsal (costas da mão).
As falangetas são em número de trêspara os dedos indicador, médio, anular e mínimo e duas 
para os polegares. Tem nomes particulares de falanges (as que confinam com os metacarpianos), 
falanginha (as que ficam no meio, nos dedos em que há três) e falangetas (as que ficam nas 
extremidades, sobre as quais assentam as unhas).
Acima da prega dígito-palmar está situada do lado do dedo mínimo a Região Hipotenar; na 
base do polegar, a Região Tenar; no centro a Região Palmar ë por cima desta a munheca ou pulso 
(carpo) que serve de ponto de referência para indicar a distância das marcas, cicatrizes, tatuagens, 
etc, que se encontram nas regiões acima mencionadas, tomando-se por base a linha do pulso. Feito o 
exame da Região Palmar, passa-se à Região Dorsal. O exame dos dedos é exatamente igual, com 
diferença apenas de que as bordas mudaram de posição, por estarem em sentido oposto. Quando a 
Região Palmar se encontrar voltada par o identificador, o bordo externo está localizado na parte 
externa do polegar e quando em sentido contrário, isto é, a Região Dorsal, o bordo externo está 
localizado na parte externa do mínimo.
Anomalias das Mãos
Em seu tratado “Dactiloscopia Comparada - La Plata - 1904” - Juan Vucetich, refere-se as 
anomalias das mãos e, apoiado em Guiot Daubés, classificou-as nos três tipos gerais: Sindactilia, 
Polidactília e Ectrodactília.
Nesse assunto vamos orientar-nos principalmente pelo que doutrina o Dr. J. Pires de Lima, 
abalizado Professor da Universidade do Porto, em sua interessante obra “As anomalias dos 
membros dos Portugueses - Porto – 1927”. O autor, secundando a doutrina de Dubreuil, ocupando-se 
da diferenciação e nomenclaturas dos vícios das mãos, classifica-as nos seis grupos seguintes:
1 - Variação quanto ao número de raios digitais:
a) Aumento de número.............................................HIPERDACTÍLIA
b) Diminuição de número.........................................HIPODACTÍLIA
2 - Variações de comprimento digital, sendo normal o número de falanges:
a) Aumento de comprimento.....................................MEGALODACTÍLIA
b) Diminuição de comprimento.................................BRAQU1DACTÍLIA
3 - Variação do volume digital:
a) Aumento de volume................................................MACRODACTÍLIA
b) Diminuição de volume............................................MICRODACTÍLIA
4 - Variações de direção do eixo digital:
a) Desvios antero-posteriores......................................CAMPODACTÍLIA
b) Desvios laterais........................................................VAROS ou VALGOS
5 - Variações do número de falanges:
a) Aumento de número.................................................HIPERFALANGIA
b) Diminuição de número.............................................HIPOFALANGIA
6 - Variações na interdependência dos dedos ..............SINDACTÍLIA
Quando ao 1º grupo, observa o professor Pires de Lima, a HIPERDACTLLLA ou 
(POLIDACTILIA) é muito vulgar e o número de dedos nas extremidades polidactilas pode ser 
desde seis até dez e mesmo treze dedos.
A HIPODACTÍLIA (também chamada de ECTRODACTÍLIA) é um vício de conformação 
antônima à HIPERDACTÍLIA, isto é, enquanto nesta há quantidade superior a cinco dedos, (6, 7, 8, 
9, 10, 11, 12 e até 13), naquela há apenas 4, 3, 2, 1 ou mesmo nenhum.
A SINDACTÍLIA é a união de dois ou mais dedos. Esta anomalia apresenta dois graus, ou 
consiste na simples ligação do segmento proximal por meio de uma membrana parecida com a dos 
palmípedes ou então apresenta coalescência digital mais profunda, ou seja, fusão de dois ou mais 
dedos, geralmente entre os dedos indicador e médio.
A mão ainda pode ser torta ou bota.
As mãos de gengibre são os lesos-manos portadores do mal de Lázaro, vítimas de efeito 
fagedênico lepróide, que lhes corrói os dedos deformando-os.
A forma mais freqüente de POLIDACTÍLIA é a HEXADACTÍLIA (seis dedos) ou 
SIDÍGITUS. A conformação, o lugar, o modo de implantação dos dedos supranuméricos tem sido a 
base de várias classificações polidáctilas.
A HIPERFALANGIA pode acompanhar a POLIDACTÍLIA, mas raramente.
A HEMIMELIA é a falta congênita dos membros superiores ou inferiores. É também 
chamada de ECTROCÍRIA, que determina a falta da mão, pela origem congênita e não acidental. 
Não se deve confundir amputação com ectrocíria ou hemimelia.
Sob o ponto de vista propriamente datiloscópico, o que interessa é o registro das anomalias 
constantes dos grupos do 1º ao 6º, conquanto os demais não deixam de ter um apreço sinalético de 
grande importância como meios identificáveis. Mas o nosso ponto de vista é puramente 
datiloscópico.
Qualquer que seja a anomalia, deve a ficha conter a impressão respectiva, completa.
Finalmente, ainda como anomalias das mãos, encontramos as anquiloses das articulações, que 
classificam-se em:
1 - ANQUILOSE PARCIAL _ Quando o membro ou órgão ainda tem movimento, sem contudo 
poder voltar à sua posição normal;
2 - ANQUILOSE ANGULAR _ Quando a articulação está dobrada, impossibilitando de readquirir a 
sua posição primitiva;
3 - ANQUILOSE TOTAL_ Quando a articulação se acha soldada de tal modo, que o membro ou 
órgão está impossibilitado de movimento.
Abreviaturas das Anomalias das Mãos
HIPERDACTÍLIA............................................................
MEGALODACTÍLIA......................................................
MACRODACTÍLIA.........................................................
CAMPODACTÍLIA.........................................................
HIPOFALANGE..............................................................
HEXADACTÍLIA............................................................
OCTADACTÍLIA.............................................................
ÉCTROCÍRIA...................................................................
A............................................................ HIPODATÍLIA.................................................................
 BRAQUIDACTÍLIA.........................................................
MICRODACTÍLIA..........................................................
HIPERFALANGE............................................................
SINDACTÍLIA.................................................................
HEPTADACTÍLIA..........................................................
HEMIMELIA...................................................................
H P R D
M E G A
M A C R
C A M P
H P O F
H E X D
O C T D
E C T R
H P O D
B R Q D
M I C R
H P R F
S I N D
H E P T
H E M I
HIPERDATÍLIA ou HEXADATÍLIA
HIPODATÍLIA ou TRIDATÍLIA ( o 2º dedo, 
rudimentar com única falange ; o 5º metacárpio 
normal, articulando-se com o auricular de duas 
falangetas).
SINDATÍLIA COM CLJINODATÍLIA E 
HIPOFALANGIA
DIDATÍLIA ou HIPODATÍLIA
Mão em pinça de lagosta ou em chave inglesa.
Apenas 02 (dois) metacarpianos correspondem 
ao índice e auricular, este com falangeta sem 
unha.
MICRODATÍLIA,, HIPOFALANGIA e 
CAMPODATÍLLA
AGENÉSIA TOTAL DOS DEDOS
Mão esquerda . Em vez de dedos, apenas 
diminutas protuberâncias com remates de 
metacárpios.
HEXADATÍLIA, POLIDATÍLIA ou 
SIDÍGITOS
POLEGAR EM PINÇA DE LAGOSTA
SINDATÍLIA, BRAQUIDATÍLIA e
CAMPODATÍLIA
OCTODATÍLIA
SINDATÍLIA e BRAQUIDATÍLIA
HEPTADATÍLIA - POLIDATÍLIA
7º dedo, apenas uma nesga; 5º dedo muito 
curto largo intervalo; 6º e 7º no bordo cubital, 
pequenos, unidos pela base, ligados por prega 
dorsal.
Algumas Enfermidades
GOTA
A gôta é uma enfermidade causada pela 
incapacidade de certos organismos de destruir ou 
eliminar de maneira normal o ácido úrico.
MÃO AFETADA DE ARTRITE 
REUMATÓIDE
Nos dedos

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