Martin Heidegger e a Fenomenologia do Ser

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MARTIN HEIDEGGER
“NUNCA CHEGAMOS AOS 
PENSAMENTOS. SÃO ELES 
QUE VÊM.”
MARTIN HEIDEGGER
QUEM FOI HEIDEGGE?
• Um dos filósofos mais originais e importantes do século 
XX.
• Martin Heidegger nasceu na pequena cidade de 
Messkirch em 1889.
• A princípio sentiu vocação para ser padre e ingressou 
num seminário jesuíta. 
• Estudou teologia e filosofia na Universidade de Friburgo. 
No entanto, ao ler os escritos de Calvino e Lutero, 
desiste da vida religiosa e se casa em 1917.
HEIDEGGER X NAZISMO
• Com a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, Heidegger 
se filiou ao Partido Nazista e esta é sua ação mais 
contestada. 
• Nesta mesma época ele foi nomeado reitor da 
Universidade de Friburgo onde não permitiu propaganda 
antissemita na faculdade.
• Suas obras são censuradas até 1944 e ao final da guerra, 
repudiou o nazismo.
• Nesta época, escreve seu principal trabalho “Ser e Tempo” 
onde expõe suas ideias acerca da existência do ser .Esta 
obra seria fundamental para as bases da filosofia 
existencialista.
HEIDEGGER x NAZISMO
A FENOMENOLOGIA DO HOMEM
SER / ENTE
QUEM É O HOMEM?
QUEM É O SER?
“MAS, ONDE HÁ PERIGO, CRESCE, TAMBÉM, A 
SALVAÇÃO.”
MARTIN HEIDEGGER
A FENOMENOLOGIA DO HOMEM
SER / ENTE
O HOMEM
• Para o estudioso alemão o homem é um 
“Dasein”.
• Ser-no-mundo que se encontra em 
situação, homem que está sempre aberto 
para se tornar algo novo.
• Porém, o homem é o único ente cujo qual 
podemos ter acesso ao ser, o qual 
podemos extrair o sentido do ser; ele é 
um ente que tem relação singular com 
seu ser.
O SER
• Segundo Heidegger “o ser não somente não 
pode ser definido, como também nunca se deixa 
determinar em seu sentido por outra coisa nem 
como outra coisa. O ser só pode ser determinado 
a partir do seu sentido como ele mesmo”.
• Ou seja, o ser é autônomo, independente, e 
indefinível.
• O ser nunca se manifesta direta ou 
imediatamente, mas sim como ser de um ente . 
Aquilo que faz presente o ente e que o ilumina, 
mas que também se faz presente e manifesta-se 
no ente.
• A compreensão do ser está sempre incluída em 
tudo que se apropria do ente; porém, o ser não é 
um ente.
DASEIN / SER
Verbo, de origem alemã de significado
“sein” – ser
“da” – aí. 
Desta forma, o homem é um “ser aí” que é neste mundo.
SER AUTÊNTICO
Ao entender esta proposição, o "dasein" poderá exercer 
uma existência autêntica. 
Leva a vida autêntica quem assume como própria e 
constrói um plano próprio. Autêntica é a vida de quem ver 
no futuro, as próprias possibilidades. E já que entre as 
possibilidades humanas a ultima é a morte. Vive 
autenticamente aquele que leva em consideração a morte 
como a possibilidade de deixar de existir “aqui”, cessar.
DASMAN / ENTE
Ser anônimo
Resulta da falta de base da existência humana.
SER INAUTÊNTICO
Tem uma vida a inautêntica ou banal quem se 
deixa dominar pela situação, o desejo de saber se torna 
vão, o inautêntico sabe na aquilo que a massa sabe e 
submete-se prazerosamente à lei da massa. Observa 
Heidegger, ela (a massa) o dispensa de 
responsabilidades, como a responsabilidade de tomar 
iniciativas e decisões: tudo está decidido na vida de cada 
dia.
ANGÚSTIA E MORTE
Como vamos encarar a vida, pois somos feitos para a morte?
Segundo Heidegger, os entes não morrem, apenas cessam sua 
existência porque nunca tiveram escolha.
Já os seres têm plena consciência da sua morte e por isso, 
suas possibilidades infinitas, se veem limitadas.
Isto gera uma angústia no ser humano e será este sentimento 
que determinará sua atitude frente à vida.
Heidegger propõe que aceitar nossa condição de seres finitos 
é primordial para levar uma existência autêntica.
HEIDEGGER PARA A SAÚDE MENTAL
• O pensamento de Heidegger é muito complexo e difícil, os critérios costumam distinguir 
duas fases no seu pensamento: a de Ser e Tempo, e a das Obras Posteriores, pois 
julgam um e emaranhado de contradições. E a contradição fundamental está em pensar 
que os entes, não possuindo o ser, nem a verdade do ser possam aparecer 
verdadeiramente como são; e que o ser não seja um ente, seja tal que os ilumine e faça 
aparecer ao homem, tornando a linguagem humana a sua palavra.
• A fenomenologia do Dasein - a assim chamada fenomenologia existencial, base de 
escolas e linhas de pensamento contemporâneas em psicologia, psiquiatria, 
psicoterapia e psicopatologia, ainda que ele mesmo não se definisse como 
existencialista, no sentido de não pertencer ao Existencialismo enquanto movimento. 
Além disso, observa-se a aproximação da analítica do Dasein de Heidegger com a 
clínica - psiquiátrica ou psicológica - psicoterapêutica.
Segundo Almeida (2014, p. 22):[...] a psicologia existencial pode ser definida como uma 
ciência humana que emprega o método da analise fenomenológica. Uma das principais 
particularidades da psicologia existencial em relação aos outros sistemas psicológicos 
se da pela oposição a aplicação do conceito de causalidade das ciências naturais 
aplicado as ciências humanas e especificamente à psicologia. Esse ser no mundo é o 
que vai marcar a operação de univocidade entre sujeito e objeto restaurando a unidade 
entre o homem e o mundo, mundo este marcado por três aspectos: as regiões 
fisiobiologicas, o ambiente humano e aquele no qual se acha a pessoa e seu eu, 
incluindo o corporal. A psicologia existencial que surgiu da filosofia e que desta guarda 
e mantém estreitas relações, teve grande repercussão sobre a teoria e à pratica da 
psicologia como um todo, fazendo surgir outras técnicas e pontos de vista tanto em 
campos do aconselhamento como da psicoterapia. Marca uma função de seguir as 
coisas em si mesmas na orientação de não se deixar perder no seu relacional, em seu 
contato com a experiência e ao cotidiano.
HEIDEGGER PARA A SAÚDE MENTAL
SUAS OBRAS
• O Conceito de Tempo na 
Ciência da História (1916)
• Ser e Tempo (1927)
• Que é Metafísica? (1929)
• Da Essência do Fundamento 
(1929)
• A Carta sobre o Humanismo 
(1949)
• Introdução à Metafísica 
(1953)
• Da Experiência de Pensar 
(1954)
• O Que é Isto, a Filosofia? 
(1956)
• Da Pergunta sobre o Ser (1956)
• A Caminho da Linguagem 
(1959
• Língua e Pátria (1960)
• Nietzsche (1961).