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Trabalho Jornada de Trabalho - Horas extraordunárias, requisitos, limites e remunerações

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Uniftec – Centro Universitário 
Unidade Novo Hamburgo
Jornada de Trabalho
Horário de trabalho extraordinário, requisitos, 
limites e remunerações 
Disciplina: Direito do Trabalho
Alunos: Caroline Mello 
Daniela Müller
João Rohenkohl 
Professora: Daniela Fabiana Thiesen Baum
Novo Hamburgo, 16 de Abril de 2019.
Introdução	
No país atualmente existem inúmeras profissões, uma infinidade de empresas que necessitam de mão-de-obra e pessoas que prestem serviços. De um lado temos empregadores que procuram quem lhes atenda e, de outro, empregados e pessoas que buscam uma colocação no mercado de trabalho.
Nesta situação, quando ambas as partes acordam através de um contrato de trabalho, fica assim criado um vínculo entre ambas as partes. Um remunera determinada parte para prestar-lhe determinado serviço, por um tempo determinado ou indeterminado, estipulado em tal contrato de trabalho, assim então há uma jornada de trabalho.
Este documento irá falar especificamente sobre como funciona a jornada de trabalho em casos específicos, quando o empregador necessita que o empregado vá além da jornada de trabalho habitual, quando há a necessidade de cumprimento de hora extra ou hora extraordinária.
Dentro deste tema especifico ainda, iremos frisar de que forma ambas as partes devem se comportar, quais os limites para as situações de horas de trabalho extraordinário e, de que maneira são apontadas as remunerações de tais horas, levando-se em consideração o que nos diz a lei no que se refere a direito do trabalho e jornada de trabalho.
Jornada de Trabalho – Horário de trabalho extraordinário, requisitos, limites e remunerações
Sobre a Jornada de Trabalho
A jornada de trabalho é considerada, o tempo pelo qual empregado fica à disposição de seu empregador em atividades que sejam pertinentes ao seu cargo, dentro ou fora da empresa conforme acordado em contrato de trabalho e embasado pela lei e, ou acordos e convenções com os sindicatos de suas especificas categorias.
Normalmente a CLT (Consolidação de Leis Trabalhistas) dita no Art. 58:
“A duração normal, do trabalho, para empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado outro limite.”
Então normalmente a jornada de trabalho se fixa em 8 (oito) horas diárias, 44 (quarenta e quatro) horas semanais, 220 (duzentas e vinte horas) mensais.
Além de a jornada ser fixada pela CLT conforme citado no Art.58, fala-se também em jornada parcial no Art.58-A:
“Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou ainda aqueles cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.” 
	Para fins de conhecimento funções desempenhadas parcialmente devem levar em consideração remuneração proporcional a empregados que trabalhem de forma integral. 
	Existe também em lei o que especifica jornada de trabalho de ate 6 (seis) horas diárias conforme a Constituição Federal indica no Art.7° inciso XIV:
“jornada de seis horas para trabalhos em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva.”
Ainda dentro da jornada de trabalho é importante destacar situações que passaram a ser consideradas pela CLT, que antes já era visualizada na jurisprudência, porém com a reforma trabalhista passou-se a força de lei.
A jornada 12/36 (doze horas de trabalho, seguidas de descanso de trinta e seis horas) passou a ser discutida na lei 13.467/2017. A CLT então considerou no Art. 59-A:
“Em exceção ao disposto no art.59 desta Consolidação, é faculta	do as partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.”
	Acima então destacamos alguns casos onde ficam específicos horários de jornada de trabalho para diversas categorias lembrando ainda que existem casos onde convenções e acordos coletivos indicam como deve-se portar diante da jornada de trabalho, corroborando com as leis. 
O que são horas extras?
Visto acima como se comporta a forma de jornada de trabalho em alguns casos, podemos então julgar que horas extras ou horas extraordinárias são consideradas todas as horas que excedem o que especifica o contrato de trabalho e, ou excede aquilo que a lei fixa.
O principal requisito para que a hora seja considerada extraordinária é então o ultrapasse do que está especificado na lei conforme Art.58 citado anteriormente. Vale-se também o que ultrapasse os limites especificados em convenções e acordos coletivos para considerar-se então a hora como extra.
Limites 
Destacado então o que é hora extra, é importante salientar que apesar de a hora extra ser valiosa, tanto para acrescentar valor ao trabalho do empregado e auxiliar empregadores para desempenho das atividades das empresas de modo colaborar com ambas as partes, a hora extraordinária não pode, e nem deve ser aplicada de qualquer maneira seja de vontade de uma parte ou de outra.
Empregadores não devem exigir por exemplo, que empregados cumpram quantas horas julguem importantes sem verificar o que a legislação dita, e nem empregados cumpram por vontade própria quantas horas determinem importantes para acrescer seus rendimentos.
O Art. 59 da CLT cita:
“A duração diária do trabalho poderá se acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.”
	Sendo assim por lei, empregadores e empregados limitam-se por lei ao pedido de no máximo, no caso de empregadores e o efetivo cumprimento, no caso de empregado há 2 (duas) horas extraordinárias diárias, respectivamente.
. 
	Remunerações
	A remuneração da jornada de trabalho estipulada em contrato de trabalho é chamada salário e a hora normal desta é computada pelo valor do rendimento divididos pelo número de horas estipuladas em contrato, para se conhecer seu valor.
	Conforme a CLT apresenta o mais comum são jornadas de 220 (duzentas e vinte horas) mensais, mais existem categorias que apresentam carga horária menor de 120 (cento e vinte), 150 (cento e cinquenta), 180 (cento e oitenta), 200 (duzentas) horas.
Para estes casos o valor da remuneração acordada no contrato, deve ser dividida pelo número de horas estipulada no mesmo para se conhecer o valor da hora.
Hora extra 50% (cinquenta por cento)
Agora quando tratamos de horas extraordinárias devemos levar em conta o que nos diz o Art. 59, § 1 da CLT:
“A remuneração da hora extra será, pelo menos 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.”
	Então desta maneira podemos dizer que, se a remuneração de um empregado for de R$ 1.000,00 (hum mil reais) e seu contrato estipula uma carga horária de 220 (duzentas e vinte) horas mensais, logo temos o valor da hora em R$ 4,54 (quatro reais e cinquenta e quatro centavos). A hora extra deste trabalhador então é considerada aplicando a hora normal (R$4,54), o acréscimo de 50% (cinquenta por cento):
(4,54 + 50% = 6,81)
Hora extra R$ 6,81 (seis reais e oitenta e um centavos)
 	Hora extra 100% (cem por cento)
Também há conforme a súmula 146 do TST que indica o pagamento de hora extra à 100% (cem por cento) nos casos de domingos e feriados santos:
“O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal”
	Considerando assim como o exemplo anterior a remuneração de um empregado de R$ 1.000,00 (hum mil reais), aplicando-se a hora extra referindo-se a domingos e feriados conforme indica a súmula 146, temos então:
(4,54 + 100% = 9,08)
	Hora extra R$ 9,08 (nove reais e oito centavos)
	Hora extra noturna
	Quando a questão diz respeito a hora noturna o Art. 73 daCLT informa que:
“Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.” 
	A hora noturna de um empregado cuja remuneração seja R$ 1.000,00 (hum mil reais), será assim como citado anteriormente R$ 4,54 (quatro reais e cinquenta e quatro centavos), acrescidos de 20% (vinte por cento) de adicional noturno. Tem-se assim a hora noturna a R$ 5,44 (cinco reais e quarenta e quatro centavos).
	Considerando-se que os recibos de pagamentos (holerites) por entendimento devem discriminar seus títulos separadamente, então as horas extras noturnas devem ser apontadas em recibo da seguinte maneira:
	Para o caso de horas extras noturnas a 50% (cinquenta por cento):
(hora normal + 50% + 20% = Valor da hora extra noturna a 50%)
(4,54 + 50% + 20% = 8,17)
Hora extra noturna 50% (cinquenta por cento) R$ 8,17 (oito reais e dezessete centavos).
	Para o caso de horas extras noturnas a 100% (cem por cento):
(hora normal + 100% + 20% = valor da hora extra 100%)
(4,54 + 100% + 20% = 10,90)
	Hora extra noturna 100% (cem por cento) R$ 10,90 (dez reais e noventa centavos).
_________________________________________________________________________________
Observação: considera-se para horas extraordinárias noturnas o que refere o Art. 59, § 1 da CLT e súmula 146 do TST conforme citados anteriormente. 
*É importante levar em consideração nos apontamentos de horas extraordinárias ou extras, tudo o que fica estipulado em Convenções e acordos coletivos, pois os mesmos possuem poder de lei conforme garante a Constituição Federal, desde que nenhum direito seja excluído. Os mesmos possuem poder de adaptar direitos conforme as categorias de maneira que sempre prevaleça o melhor para o trabalhador.
Para fins de conhecimento quando se trata de trabalho em regime parcial, as horas que excedam o estipulado em contrato, consideradas horas suplementares devem ser acrescidas de acréscimo conforme cita o Art. 59, §1 da CLT, levam se em consideração o que cita o Art.58-A, §3 e §4 da CLT.
	Conclusão 
	Ao observarmos um pouco sobre as questões que se referem a horas extraordinárias, e através do estudo de artigos e leis que norteiam esse tipo de questão que apesar de parecer tão complexa, faz parte do dia-a-dia de todos os trabalhadores, podemos considerar que o pagamento de horas extras pode trazer aspectos positivos e negativos para empregadores e empregados.
	Apesar das mudanças efetuadas na CLT visando um melhor entendimento para ambas as partes envolvidas em um contrato de trabalho, o pagamento de horas extras para o empregado agrega valor à sua remuneração, motiva o mesmo a desempenhar de maneira produtiva suas funções laborativas, ao passo que somente o pagamento de horas extras, permite ao empregador descontar dos rendimentos de seus empregados, faltas não justificadas. Tornando-se uma desvantagem para o empregado. 
	Vendo pela ótica de empregadores, conclui-se que o pagamento de horas extras possibilita o aumento de produção da empresa, crescimento em seus lucros e também diminui os riscos de ações trabalhistas posteriores. Assim como o frequente pagamento de horas extras dependendo da quantidade de empregados, pode gerar um impacto não tão positivo na folha de pagamento, fazendo com que a empresa tenha surpresas não desejadas.
	É importante que se tome o maior cuidado ao decidir de que forma proceder quando o assunto é hora extra, buscando sempre uma maneira benéfica e sadia para os dois lados envolvidos, sendo ambos agentes de soma profissional.
Referências Bibliográficas
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil,1988. Brasília, DF: Senado Federal. Art. 7º, inciso XIV.
Brasil. Consolidação das Leis Trabalhistas. Atualizada. Brasília, DF: Senado Federal. Art.58.
Brasil. Consolidação das Leis Trabalhistas. Atualizada. Brasília, DF: Senado Federal. Art.58-A.
Brasil. Consolidação das Leis Trabalhistas. Atualizada. Brasília, DF: Senado Federal. Art. 59.
Brasil. Consolidação das Leis Trabalhistas. Atualizada. Brasília, DF: Senado Federal. Art. 59, §1.
Brasil. Consolidação das Leis Trabalhistas. Atualizada. Brasília, DF: Senado Federal. Art. 73.
BRASIL. Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. DF: Brasília, DOU 14/07/2017. Vide medida provisória 808.
BRASIL. Súmula 146/TST, 11 de outubro de 1982. Doc. LEGJUR 103.3262.5026.8900

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