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Leishmanioses

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08/04/2019
1
1
Ministério da Educação
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Diamantina – Minas Gerais
Parasitologia Básica – FAR 125/FAR011
Leishmanioses
Profa. Helen Rodrigues Martins
“Leishmanioses ainda são algumas das doenças mais
negligenciadas do mundo, afetando os mais pobres,
principalmente nos países em desenvolvimento, 350 milhões
de pessoas são consideradas em risco de contrair
leishmanioses e cerca de 2 milhões de novos casos ocorrem
anualmente” OMS 2010.
❑ 2° lugar em importância na lista de doenças tropicais selecionadas pela OMS.
❑ Considerada um das seis endemias mais importantes no mundo (OMS).
❑ Atinge 88 países (76 em desenvolvimento).
❑ 12 milhões de infectados.
❑ 350 milhões de indivíduos em risco de infecção.
❑ 1,5milhão de novos casos (subntificação)
Leishmanioses
Leishmaniose 
Tegumentar 
Americana
Leishmanioses
Leishmaniose 
Visceral (Calazar)
Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Tegumentar Americana
Casos de LTA no Brasil
08/04/2019
2
Leishmaniose Tegumentar Americana
Casos de LTA no Brasil
Leishmaniose Tegumentar Americana
Casos de LTA no Brasil por Município
Leishmaniose Visceral
❑ 90% dos casos de Leishmaniose Visceral ocorrem em Bangladesh, Índia,
Nepal, Sudão e Brasil. (OMS, 2010).
Leishmaniose Visceral
Áreas com Transmissão de LV no Brasil
Leishmaniose Visceral
Expansão da LV no Brasil
5-10 mil novos 
casos/ano, dos quais 
10% não sobrevivem.
08/04/2019
3
Leishmaniose Visceral
1989 1995 2000
Centro de Referência e Treinamento em Leishmanioses
Expansão da LV na Região Metropolitana de Belo Horizonte
08/04/2019
4
Leishmania sp.
REINO: Protista
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUB-FILO: Mastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Kinetoplastida
SUB-ORDEM: Trypanosomatina
FAMÍLIA: Trypanosomatidae
GÊNERO: Leishmania
Lainson & Shaw (1992)
Formas Evolutivas
Amastigota: 
Vertebrado -intracelular
(cultura celular ou tecidos)
Promastigota: 
Vetor
(cultura acelular)
Expressam LPG na membrana
Hospedeiros Vertebrados
Grande variedade de Mamíferos – roedores, canídeos, edentados, 
marsupiais, procionídeos, felídeos, equídeos e primatas (homem).
Reservatórios Silvestres:
Reservatórios 
Domésticos:
Hospedeiro Invertebrado
❑ Pequenos, se reproduzem em matéria orgânica em decomposição (formas
imaturas de difícil visualização na natureza), hábito de se alimentar (vegetais,
animais e humanos) ao anoitecer e ao amanhecer.
Gêneros: Lutzomyia – Américas
Phebotomus – África, Europa e Ásia
Existem cerca de 500 espécies de 
flebotomíneos, onde 30 já foram 
encontradas infectadas por Leishmania.
Flebotomíneos
Mosquito palha, Tatuquira, Birigui, entre outros.
Hospedeiro Invertebrado
Flebotomíneos
❑ Medem 2 a 4mm de comprimento.
❑ Corpo densamente coberto de pelos finos.
❑ Pernas compridas e esbeltas.
❑ Extremidade posterior do abdome
diferenciada – Fêmea e Macho.
❑ Posição da cabeça – ângulo de 90º com o
eixo longitudinal do tórax.
❑ Quando em repouso, asas são mantidas
divergentes em posição semi-ereta.
08/04/2019
5
Hospedeiro Invertebrado
Critérios para incriminar uma espécie de 
flebotomíneo como vetor de Leishmania
1. As espécies devem picar o homem.
2. Deve estar presente na localidade em que ocorre a transmissão
e durante estação apropriada.
3. Deve encontrar infectado na natureza com o parasito que
infecta o homem.
4. Deve infectar-se em estudos de laboratório e ser capaz de
transmitir o parasito para mamífero.
Leishmaniose Tegumentar 
Americana
Leishmaniose Visceral
Hospedeiro Invertebrado
Hospedeiro Invertebrado
Lutzomyia longipalpis
(L chagasi)
Lutzomyia flaviscutellata
(L. amazonensis)
Lutzomyia 
whitmani
(L. braziliensis e 
L. guyanensis)
Lutzomyia 
intermedia
(L. braziliensis)
Lutzomyia wellcomei
(L. braziliensis)
Lutzomyia c. carrerai
(L. braziliensis)
Lutzomyia migonei
(L.braziliensis)
Principais espécies de flebotomíneos vetores das diferentes 
espécies do parasito transmitidos no Brasil
Leishmaniose Tegumentar Americana
No Brasil as três principais espécies são: L. (V.) braziliensis, L.(V.) guyanensis e L.(L.)
amazonensis e, mais recentemente, as espécies L. (V.) lainsoni, L. (V.) naiffi, L. (V.)
lindenberg e L. (V.) shawi foram identificadas em estados das regiões Norte e Nordeste.
Propriedades biológicas, hospedeiros, vetores e localização
geográfica distintos
1ª Classificação: características clínicas da doença e variáveis
segundo a região geográfica (L. tropica, L. donovani, L.
braziliensis).
Aprimoramento da classificação: aumento do conhecimento sobre o
parasito e da doença com introdução de novos parâmetros para a
identificação. Aparecimento de um grande número de novas
espécies. Muitos baseados na relação parasito-hospedeiro.
Lainson & Shaw (1972, 1 973): propõe a criação de
complexos considerando diferentes propriedades como a
capacidade de desenvolvimento no vetor, no hamster, em meio de
cultura, comparação do DNA.
Diferentes Espécies de Leishmania
L. braziliensis L. mexicana
Tamanho 2,4m 3 a 4m
Lesão no hamster Evolução lenta sem 
tendência a metástase, 
pobre em parasitos
Evolução rápida e 
progressiva, tendência 
metástase, rica em 
parasitos 
Crescimento em meio 
de cultura
Lento e difícil Rápido e exuberante
Complexos de Leishmania no novo Mundo
Divisão das espécies do velho mundo em dois complexos: L. tropica (LTA) e L.
donovani (LV) (Lumsden, 1974) 
08/04/2019
6
Complexo “L. mexicana”
❑ Apresentam desenvolvimento do parasito apenas nos intestinos médio e
anterior dos insetos vetores.
❑ Os amastigotas intracelulares medem 3,2 mm de comprimento.
❑ Desenvolve rapidamente uma lesão onde a grande presença de parasitos
contrasta com a ausência quase total de resposta celular.
❑ Os flagelados crescem bem em meios de cultura e em hamster.
❑ Fazem parte desse complexo pelo menos as espécies seguintes:
✓ Leishmania amazonensis
✓ Leishmania mexicana
✓ Leishmania pifanoi
Labrum Cibário Faringe
Divertículo
Proventriculo Estômago Piloto Ilium
Papila
retracgeis
RetoTubos 
Malpighi
Intestino Anterior Intestino Médio Intestino Posterior
Sistema Digestivo dos Flebotomíneos
Subgêneros de Leishmania
(Lainson & Shaw, 1979) 
Desenvolvimento no Tubo Digestivo 
de Flebotomímenos
(Lainson & Shaw, 1979) 
Hipopilaria Peripilaria Suprapilaria
LeishmaniaViannia
Leishmania sp.
Leishmania
Sub-Gênero Viannia Leishmania
brazilinesis
braziliensis
peruviana
naifi
shawi
lindembergi
Espécies
Complexos
guyanenesis
panamensis
donovani tropica major aethiopica mexicana
donovani
chagasi
infantum
tropica major aethiopica mexicana
amazonensis 
Gênero
Sub-Gênero
Espécies
Complexos
Complexo “L. braziliensis”
❑ Apresentam sempre o desenvolvimento do parasito também no intestino
posterior dos insetos vetores.
❑ Grupo de espécies americanas cujas formas amastigotas intracelulares são
relativamente pequenas (medem cerca de 2,3 mm ).
❑ A infecção apresenta evolução lenta, caracterizada pela resposta celular
marcante e um menor número de parasitos na lesão, que são simples ou
múltiplas na pele.
❑ As metástases de pele são raras e pequenas.
❑ Crescem pobremente em meios de cultura.
❑ Pertencem a esse complexo:
✓ Leishmania braziliensis
✓ Leishmania guyanensis
✓ Leishmania panamensis
✓ Leishmania peruviana
“L. braziliensis” e “L. amazonensis”
Na figura, comparação
entre: (A) L. braziliensis,
do complexo braziliensis e
(B) L. amazonensis, do
complexo mexicana.
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7
Ciclo BiológicoC5-9
C3b, C3bi, C3dg
Ciclo Biológico•Proteína gp63 cliva o fator do complemento C3b
para iC3b com receptores CR3 e Fribonectina
LPG:
• Interferem na inserção do MAC (C5 – C9)
• Retarda a fusão do vacúolo parasitóforo com o lisossomos;
• Protege o parasito contra os radicais livres produzidos pelo
macrófago.
• Inibem ação enzimas líticas macrocíticas
gp63
GP63
Ciclo Biológico
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8
Formas Clínicas
- Cutânea (LC) 
- Cutâneo-Difusa (LCD)
- Infecção Inaparente ou Subclínica
- Cutâneo-Mucosa (LCM) 
Espécie de Leishmania, inóculo, 
etc
Resposta imune, idade, estado 
nutricional, etc
O Paradigma Th1 X Th2
IL 12
TNF 
INF 
NK
INF  TNF 
INF 
IL 12 
DC
INF 
IL 4 IL 10
PROTEÇÃO 
Th1
NO 2
C3H MICE
TGF 
O Paradigma Th1 X Th2
SUSCEPTIBILIDADE
Th2
IL 4
IL 5
IL 10
IL 6
TGF 
IL 4
INF  BALB C MICE
Formas Clínicas
- Cutânea (LC) 
- Cutâneo-Difusa (LCD)
- Cutâneo-Mucosa (LCM) 
Escassez ou ausência de parasitos, imunidade celular
presente do tipo Th1. Níveis de anticorpos baixos.
Resposta mista com expressão simultânea de citocinas do tipo Th1 e
Th2 (Th0). Níveis de anticorpos ligeiramente aumentados.
Resposta do tipo Th2, resposta imunecelular inibida, níveis de
anticorpos mais elevados. Rico em parasitos.
Formas Clínicas Patogenia
Nódulo dérmico (histiocitoma) → infiltrado
inflamatório composto de linfócitos e
macrófagos repletos de parasitas.
Lesão úlcero-crostosa → reação 
inflamatória com necrose da epiderme e da 
membrana basal.
Úlcera Leishmaniótica Típica → perda da crosta 
com formação de uma úlcera rasa que progride, 
processo inflamatório intenso na periferia (3-4meses).
Cicatrização da lesão → após tratamento 
eficaz forma-se área cicatricial 
despigmentada com uma leve depressão na 
ela com uma fibrose na epiderme.
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9
Leishmaniose Cutânea
L. braziliensis*, L. amazonensis, L. guyanensis*, L. laisonsi, L. shawi
❑ Período de incubação variável: 2 semanas a 3 meses.
❑ Úlceras únicas ou múltiplas, restrita ao local da
inoculação ou a poucos sítios (derme e epiderme).
❑ Escassez de parasitos nas lesões crônicas.
❑ Lesão indolor de bordas elevadas cujo fundo é plano
e granuloso de aspecto avermelhado e seroso.
❑ Podem evoluir para formas verrucosas ou
framboesiformes.
L. braziliensis
L. guyanensis
Leishmaniose Cutâneo-Mucosa
L. braziliensisi*, L. guyanensis (AM)
❑ Surge dentro dos primeiros 5 anos (70%) após o
desaparecimento da lesão cutânea inicial, por provável
disseminação hematogênica, a partir do foco primário.
❑ Lesões secundárias destrutivas associadas a mucosas e
cartilagens (nariz, faringe, boca e laringe).
❑ 70% dos pacientes apresentam comprometimento da
mucosa nasal que pode se estender por todo o trato
respiratório superior.
❑ Sintoma inicial é uma coriza crônica e hiperemia (simula a
rinite alérgica), seguida de ulceração e infiltrações das
partes moles (tumefação e rugosidades na mucosa).
❑ 42% dos pacientes apresentam perfuração do septo nasal
causando mudança anatômica do órgão → “Nariz de
anta”.
Leishmaniose Cutâneo-Mucosa
L. braziliensisi*, L. guyanensis (AM)
❑ Comprometimento da fala, respiração e
alimentação.
❑ Apresenta com freqüência lesões múltiplas.
❑ Maior risco de ocorrer em pacientes que permitiram
a cura espontânea da lesão inicial.
❑ Acomete geralmente adultos, do sexo masculino: 15
a 20% dos casos.
Leishmaniose Cutâneo-Difusa
L. amazonensis
❑ Lesões difusas não-ulceradas por toda a pele.
❑ 40% dos pacientes infectados por L. amazonensis
desenvolvem a forma LCD.
❑ Parasitos abundantes nas lesões.
❑ Acredita-se que o crescimento incontrolável do
parasito resulte da anergia imunológica frente aos
antígenos parasitários (Th2).
❑ Prognóstico ruim com contínua progressão das
lesões pelo tegumento por toda a vida do
hospedeiro.
❑ Não responde ao tratamento convencional.
12 anos
11 anos
Diagnóstico Clínico
Fácil nas formas típicas, sobretudo se o paciente procede de
áreas endêmicas ou aí esteve.
O diagnóstico requer confirmação laboratorial da 
presença dos parasitos.
Hanseníase virchowiana.
Trauma
Úlcera-de-Baurú
Diagnóstico Laboratorial
• Microscopia direta - Examinar ao
microscópio o material de raspado, de punção
ou de biópsia da borda da lesão.
• Histopatologia
• Cultura ou Inoculação em animais -
Nos casos crônicos, quando a busca de
parasitos se torna difícil, é preferível a cultura
em meio de NNN.
Técnicas parasitológicas
Exame direto em lâmina – “imprint” 
corado pelo Giemsa ou Leishman
Indicados em casos crônicos, quando as
leishmânias já se tornaram raras nas lesões.
Entretanto, essas provas podem manter-se
positivas algum tempo depois da cura clínica.
• Intradermo-reação
• Pesquisa de anticorpos (ELISA, RIFI)
Técnicas imunológicas
Técnica molecular
• Reação em cadeia da polimerase (PCR)
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Intradermo-reação de Montenegro
Hipersensibilidade do tipo IV
Doença em Atividade?
Transmissão
Lutzomyia flaviscutellata
(L. amazonensis)
Lutzomyia 
whitmani
(L. braziliensis e 
L. guyanensis)
Lutzomyia 
intermedia
(L. braziliensis)
Lutzomyia wellcomei
(L. braziliensis)
Lutzomyia c. carrerai
(L. braziliensis)
Lutzomyia migonei
(L.braziliensis)
Padrões Epidemiológicos
No Brasil, estende-se da Mata Atlântica para oeste, sendo prevalente nos Estados 
da Bahia, de Minas Gerais, do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Já foi 
importante em SP. Predomina na Amazônia, em zonas florestais dos países vizinhos, 
na América Central e no México.
❑ Padrão Silvestre
A transmissão ocorre em área de vegetação
primária constituindo uma zoonose de
animais silvestres, que pode acometer o ser
humano quando este entra em contato com
o ambiente silvestre, onde esteja ocorrendo
enzootia.
Padrões Epidemiológicos
❑ Padrão Ocupacional ou de Lazer
Este padrão de transmissão esta associado a exploração desordenada da floresta e
derrubada de matas para construção de estradas, usinas hidrelétricas, instalação de
povoados, extração de madeira, desenvolvimento de atividades agropecuárias, de
treinamentos militares e ecoturismo
Há espécies de flebotomíneos adaptadas tanto às matas quanto às áreas próximas aos
domicílios. A infecção pode ocorrer em casa ou até mesmo quando uma criança vai para escola e
passa por um pequeno bosque.
Padrões Epidemiológicos
❑ Rural e Periurbano em Áreas de Colonização
Este padrão esta relacionado ao processo migratório, ocupação de encostas e aglomerados
em centros urbanos associados a matas secundarias ou residuais – periferias.
• O risco é aumentado quando os eqüinos e os cães aí criados tornam-se reservatórios
peridomésticos ou domésticos da Leishmania. Os flebotomíneos podem se adaptar nas
matas próximas das casas.
• Assim, a urbanização da doença está se tornando um problema cada vez mais importante.
Padrões Epidemiológicos de 
Transmissão
❑ Leishmania braziliensis
Mais ampla distribuição com clara variação nos padrões de transmissão:
• Pará (serra dos Carajás): vetor L. welcomei, homem adentra a mata. Vetor não
domiciliado e não foi identificado reservatório animal.
• Demais localidades disseminação ligada a destruição das florestas primárias e invasão
dos vetores do peridomicílio:
- Rio de Janeiro: presença do Lutyzomia intemedia presente em áreas de encostas;
- Vale do Rio Doce (MG): áreas de floresta secundária na zona rural. Acometendo principalmente adultos que
expõe a infecção durante o trabelho no campo ou entrar na mata para apanhar lenha ou no peridomícilo onde
há plantanação de bananas.
- Neste casos os reservatórios passam a ser cães, cavalos,roedores.
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Leishmania (Viannia) guyanensis
No Brasil aparentemente está limitado à Região Norte (Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e 
Pará), estendendo-se para Guianas. É encontrado principalmente em florestas de terra firme 
– áreas que não se alagam no período de chuvas. 
L. umbratilis
L. anduzei
L. whitmani
L. ovallesi
Choloepus didatylus
Tamandua tetradactylus
Marsupialia
RodentiaVariação em Manaus
Padrões Epidemiológicos de 
Transmissão
❑ Leishmania amazonensis
Transmissão sobretudo na base da florsets com veltr L. flavisutellata e L. olmeca nociva.
Hábito noturno e habitam as árvores em altura de 1m
Reservatórios terresteres ou semiterrestres: pequenos roedores principalemnte.
Rara no homem devido asos hábitos do insetos: atinge principalmente pescadores e
caçadores que pentram na floresta.
Registro de adaptação a flrestas secundárias baixas (capoeiras),
onde geralmente há presença de roedores, com registros de
infecção nas proximidades de Manaus.
Medidas de Controle
❑ Padrão Silvestre
❑ Padrão Ocupacional ou de Lazer
✓ CONSTRUÇÃO DE CASAS longe das matas ou desmatar o terreno em torno dos povoados.
✓ TELAGEM DE PORTAS E JANELAS; impedir a entrada dos flebotomíneos, exige telas com
trama muito fina (e, em geral, muito quentes, por dificultarem a ventilação).
❑ Rural e Periurbano em Áreas de Colonização
✓ BORRRIFAÇÃO: aplicação de inseticidas nas zonas domiciliares e peridomiciliares.
✓ ELIMINAÇÃO DE RESERVATÓRIOS: os animais domésticos infectados, fontes importantes 
de parasitos, devem ser eliminados.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DOS INFECTADOS
Dependem das Características Epidemiológicas da área em Questão
Leishmaniose
Visceral
Leishmania infantum chagasi
Lutzomya longipalpis
Leishmaniose Visceral
❑ Causada por flagelados do complexo “L. donovani:
❑ Leishmania (L.) donovani e no Velho Mundo (antroponose). Índia,
Bangladesh, Nepal e leste da África.
❑ Leishmania (L.) infantum ao agente do Calazar nas Américas e no velho
Mundo, com duas subespécies (zoonose): América, região do mediterrâneo,
Europa, África e China.
❑ Grave, alta letalidade com aspectos epidemiológicos e clínicos diversos
❑ 60.000 mortes por ano, ocorrendo em 79 países
❑ Fatores associados ao desenvolvimento da doença: pobreza, uso de drogas
imunossupressoras e co-infecção com HIV
Leishmaniose Visceral
❑ Os flagelados do complexo L. donovani
estão adaptados para viver a 37oC, o que
lhes permite infectar as vísceras e
estruturas profundas.
Sob a forma de amastigotas, os
parasitos crescem sobretudo nas
células de Kupffer do fígado e nas do
sistema fagocítico mononuclear do
baço, da medula óssea e dos
linfonodos.
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12
❑ Picada de Fêmeas de Flebotomíneos Infectadas (99%)
✓ Lutzomyia longipalpis
❑ Transfusão sanguínea
✓ Sete casos descritos
❑ Uso de drogas injetáveis
✓ HIV positivos
❑ Transmissão congênita
Mecanismos de Transmissão Formas Clínicas da LV
As formas clínicas da Leishmaniose Visceral refletem o equilíbrio entre a multiplicação 
dos parasitas nas células do sistema fagocítico mononuclear, a resposta imune do 
indivíduo e as alterações degenerativas resultantes desse processo.
❑ Assintomática ou Inaparente
❑ Subclínico ou Oligossintomático
❑ Leishmaniose Visceral Aguda
❑ Leishmaniose Visceral Crônica ou Clássica
Formas menos graves tendem a desenvolver um padrão de resposta Th0. Já as 
mais graves Th2 com expansão policlonal de LB.
Formas Clínicas da LV Patogenia da LV
Inoculação dos Parasitos

Resposta inicial do organismo: processo inflamatório local com 
produção de pápula ou não

Cura ou Disseminação da infecção

Hipergamaglobulinemia de IgG

Distúrbio do sistema imunológico

Os macrófagos, em lugar de protegerem o organismo do hospedeiro, 
passam a servir de meio de cultura para as leishmânias e em 
decorrência da elevação da carga antigênica há indução de tolerância 
imunológica com hiperplasia e hipertrofia das células do SFM.
Patogenia da LV
❑ A esplenomegalia, a hepatoesplenomegalia e as alterações da medula
óssea são devidas à hiperplasia e hipertrofia do SFM, que vão
comprimindo e substituindo as estruturas normais.
❑ Anemia, leucopenia e plaquetopenia são os resultados desse processo.
❑ No fígado as alterações resultam em comprometimento funcional
levando a desproteinemia → edema nos membros inferiores.
Espectros Clínicos da LV
FORMAS de APRESENTAÇÃO:
❑ Assintomática;
❑ Aguda, grave, rapidamente evolutiva: baço pouco aumentado;
❑ Evolução lenta e caráter insidioso: esplenomegalias mais exuberantes, 
comprometimento grave do estado geral.
Todo paciente com Hepato
e/ou esplenomegalia febril 
pode ter leishmaniose 
visceral.
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Espectro Clínico da LV
Infecção (assintomático) 
Doença:
– Período inicial 
– Período de estado
– Período final
Quadro Clínico da LV
Quadro Clínico da LV Quadro Clínico da LV
Quadro Clínico da LV
Aparecimento de complicações, com febre contínua e comprometimento 
mais intenso do estado geral. 
• Desnutrição (cabelos quebradiços, cílios alongados e pele seca)
• Edema dos membros inferiores que pode evoluir para anasarca.
• Hemorragias (epistaxe, gengivorragia e petéquias),
• Icterícia e ascite. 
• óbito geralmente determinado por infecções bacterianas e/ou 
sangramentos .
Doença: período FINAL 
Diagnóstico da LV
Área de procedência: endêmica para LV?
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Diagnóstico da LV
❑ A pesquisa de parasitos é o método básico para fazer o diagnóstico.
❑ As leishmanias podem ser encontradas em aspirado de medula óssea, do
baço ou de linfonodos, sendo a punção esternal (ou a punção da crista ilíaca,
em crianças) as preferidas.
❑ Fazer um esfregaço em lâmina adequada, fixá-lo e corá-lo. Examinar ao
microscópio.
❑ Os métodos sorológicos (ELISA, a imunoeletroforese ou a imunofluorescência
indireta, servem para inquéritos ou para quando não forem encontrados os
parasitos.
❑ A intrademorreação não tem aplicação nos
casos sintomáticos establecidos.
Esfregaço medula óssea
Epidemiologia da LV no Brasil
❑ Raposas (Lycalopex vetulus) → principal
reservatório silvestre primitivo
❑ Cães → reservatórios domésticos
✓ Outros reservatórios já descritos no meio
urbano → gatos, gambá, rato doméstico.
❑ Intenso parasitismo cutâneo
❑ Fácil isolamento de parasitos no sangue
❑ Ótimas fontes de infecção para flebotomíneos,
o que mantém o ciclo da doença no ambiente
domiciliar e silvestre.
Epidemiologia da LV no Brasil
❑ Inicialmenteencontrada
sobretudo nas zonas rurais,
onde as casas ficam situadas
próximo das matas.
❑ As Lutzomyia longipalpis que aí
se criam são as transmissoras
da infecção.
Urbanização !!!!!!!!
Mudou o panorama 
epidemiológico
Epidemiologia da LV no Brasil
1989 1995 2000
Centro de Referência e Treinamento em Leishmanioses
Expansão da LV na Região Metropolitana de Belo Horizonte
Epidemiologia da LV no Brasil
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Epidemiologia da LV no Brasil Controle da LV
Em seguida, planejar todas as operações de 
controle e proceder a sua efetivação:
❑ Tratamento dos casos humanos
❑ Notificação dos casos humanos e animais
❑ Limpeza de quintais e terrenos baldios
(manejo ambiental)
❑ Receber técnicos para coleta de amostras
dos cães
❑ Borrifação de locais com casos positivos
❑ Atividade de educação e divulgação
❑ Controle de animais vadios: redução da
população errante e das fontes de infecção
❑ Identificar e eliminar cães com sorologia
positiva: coleiras impregnadas, citronela,
vacina, tratamento (???)
Problemática Cão e a LV Canina
C
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Sacrifício dos cães
Filtro biológico?
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ão
❑ Perda de pelo(alopecia)
❑ Emagrecimento
❑ Prostração
❑ Crescimento exagerado das unhas
É preciso imunizar a população canina
de uma região onde a doença é
endêmica. Dificuldade de tempo e
curto período de tempo.
Vacina?
Problemática Cão e a LV Canina
OligossintomáticosAssintomáticos Sintomáticos
Eutanásia de Cães Infectados
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Retira o foco do vetor?
Tratamento dos Cães Infectados
• Atualmente autorizada pelo MS, desde que
não utilizados os fármacos empregados no
tratamento humano;
• Requer comprovação e custo é por conta do
proprietário.
Efetivamente em eliminar o 
parasitismo ou doença clínica?
08/04/2019
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Tratamento da Leihsmaniose
Sempre que possível, a confirmação parasitológica da doença deve preceder o 
tratamento. Porém, quando o diagnóstico sorológico ou parasitológico não estiver 
disponível ou na demora da sua liberação, o tratamento deve ser iniciado. 
Tratamento da LTA
Antimoniato de N-metil glucamina é o fármaco de primeira escolha para 
o tratamento.
Em caso de restrição de uso optar pelo desoxicolato de anfotericina B :
pacientes com idade acima dos 50 anos, portadores de cardiopatias,
nefropatias, hepatopatias, hipersensibilidade aos componentes da
medicação, e deve-se evitar o uso concomitante de medicamentos que
prolongam o intervalo QTc
Tratamento da LV
Indicações para utilização da anfotericina B lipossomal:
• idade menor que 1 ano; 
• idade maior que 50 anos;
• escore de gravidade: clínico >4 ou clínico-laboratorial >6;
• insuficiência renal, hepática ou cardíaca;
• intervalo QT corrigido maior que 450ms;
• uso concomitante de medicamentos que alteram o intervalo QT;
• hipersensibilidade ao antimonial pentavalente ou a outros
medicamentos utilizados para o tratamento da LV;
• infecção pelo HIV ou comorbidades que comprometem a imunidade;
• uso de medicação imunossupressora;
• falha terapêutica ao antimonial pentavalente ou a outros
medicamentos utilizados para o tratamento da LV;
• gestantes
Tratamento da LV
❑ Quase todos os pacientes apresentam reações colaterais com tais
medicamentos, como cefaléia, artralgias, mialgias e, em alguns casos,
depressão da medula óssea; exceto no tratamento com a azitromicina.
❑ Não há método seguro para o controle de cura, que exige repetidos testes
diagnósticos (PCR, imunofluorescência, etc).
❑ As lesões mucosas podem surgir tempos depois da “cura” dos processos
cutâneos.
❑ Em alguns casos, aparentemente curados, podem ocorrer recidivas.
❑ A maior parte dos compostos são de administração parenteral.
❑ Custo elevado de novas formulações.
Tratamento
IMUNOTERAPIA
• Alternativa terapêutica em casos resistentes aos antimoniais ou em casos
de contra-indicações como cardiopatas, nefropatas, idosos.
❑ Vacina Leishman: 95% de proteção por via SC
❑ Combinação de vacina com BCG: baixa eficácia
❑ Associação da vacina ao Glucantinme: 100% de cura com redução do
tempo de tratamento.

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