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REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
CAMPUS CERRO LARGO 
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
GCB171 - FUNDAMENTOS DE IMUNOLOGIA 
 
 
 
 
“REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I” 
 
PROF DANIEL JONER DAROIT 
 
 
 
Discente: Maria Luisa Neubauer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CERRO LARGO 
2019 
REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I 
 
Introdução 
Reações de hipersensibilidade são conhecidas desde 1963 quando foram 
identificadas pelos imunologistas Phillip Gell e Robin Coombs, também são conhecidas 
como reações alérgicas ou alergias. Foram divididas em quatro grupos: Tipo I, Tipo II, Tipo 
III e Tipo IV, classificadas de acordo com o tempo que cada reação precisa. Basicamente, o 
sistema de defesa do organismo reage de uma forma exacerbada a um antígeno estranho, 
muito além do que deveria, causando a alergia ou reação alérgica e em geral provocando 
mais danos que o próprio antígeno causaria. Pode ser tanto local quanto sistêmica. Devido 
ao alérgeno ser ambiental (estranho ao corpo), a pele e o trato respiratório são os órgãos 
mais frequentemente afetados. Reações alérgicas podem também afetar a vasculatura, trato 
gastrointestinal e outros órgãos viscerais. Anafilaxia é a forma mais extrema de alergia 
sistêmica, grave e de rápida progressão, podendo provocar a morte do indivíduo. 
 
 
Desenvolvimento da Hipersensibilidade do Tipo 1 
Reações de hipersensibilidade do tipo I também são conhecidas como reações 
imediatas e são vistas na anafilaxia, asma alérgica e eczema. O indivíduo deve ter sido 
sensibilizado pelo antígeno previamente para correr o risco de desenvolver uma reação 
destas. 
- Primeiro contato 
Tudo começa com a primeira exposição ao antígeno (alérgeno). Ele é processado 
pelas células apresentadoras de antígeno (APCs) e seus peptídeos são apresentados aos 
linfócitos T CD4+. Em seguida, esses linfócitos T CD4+ liberam citocinas que estimulam os 
linfócitos B a produzirem e secretarem anticorpos IgE específicos para aquele alérgeno. O 
IgE recém-produzido liga-se com alta afinidade à membrana de mastócitos e basófilos, 
sensibilizando-os. Até aqui as reações são apenas moleculares e celulares, não causando 
sintomatologia. 
- Contatos subsequentes 
Do segundo contato em diante, todas as vezes que o organismo do indivíduo entrar 
em contato com aquele alérgeno em específico terá uma reação aguda. Sendo assim, 
quando há exposição subsequente ao mesmo alérgeno ocorre reação cruzada com aqueles 
anticorpos IgE ligados aos mastócitos e basófilos. Essas células degranulam, liberando 
várias substâncias farmacologicamente ativas. Dentre essas substâncias, encontram-
se mediadores pré-formados (histamina, triptase, cininogenase, ECF-A, etc.) e mediadores 
recém-formados (prostaglandinas, leucotrienos, PAF, etc.), além de fatores quimiotáticos, 
que atraem eosinófilos e neutrófilos para o local. 
 Existem 2 subgrupos de alergias IgE - mediada. 
1- ATOPICA: é o grupo de doenças (rinite alérgica, asma, dermatite, gastroênteropatia 
alérgica) que ocorre em certas pessoas com uma tendência hereditária a desenvolver 
anticorpos IgE contra múltiplos órgãos envolvidos com antígenos ambientais. 
 
2- ANAFILATICA: certos alérgenos (especialmente drogas, picada de insetos, látex e 
alimentos) podem induzir à resposta mediada pela IgE, causando uma generalizada 
liberação de mediadores pelos mastócitos que resulta numa anafilaxia sistêmica. 
Quando o antígeno é absorvido através da pele ou trato gastrointestinal, o início dos 
sintomas anafiláticos pode ser mais lento, como em uma alergia ao látex ou 
amendoim. Independente do tempo, o mecanismo subjacente das anafilaxias é os 
mesmo. A patologia deve-se a uma degranulação maciça seguida de uma 
disseminação da histamina liberada após a exposição ao antígeno em um indivíduo 
sensibilizado. A histamina causa contração dos músculos lisos, aumento da 
permeabilidade vascular e vasodilatação que resultam nos sinais clássicos vistos na 
anafilaxia como urticária, broncoespasmo, inchaço facial e colapso cardiovascular. O 
uso de adrenalina pode antagonizar os efeitos da histamina ao agir nos receptores 
alfa e beta, causando respectivamente vasoconstrição e bronco dilatação. A 
adrenalina também ajuda a reduzir a permeabilidade vascular. 
 
 
Testes específicos para IgE 
Teste cutâneo 
O teste cutâneo produz uma ferida pruriginosa (enduração) e quente, sendo 
máxima em 15-20 minutos. É usado mais frequentemente para diagnosticar doenças 
alérgicas do aparelho respiratório (rinite e asma) mas pode ser também usado para 
casos suspeitos de alergia alimentar ou à drogas e hipersensibilidade à picada de 
insetos. Os alérgenos usados no teste são extraídos de pólens, pós minúsculos, 
animais e fungos selecionados de acordo com a área geográfica do paciente. 
Nenhuma droga anti-alérgica pode ser usada antes do teste pois pode atrapalhar os 
resultados. Este teste é preferido sobre o in vitro, porque demonstra a presença de 
IgE nos tecidos e sua atividade biológica. É muito usado quando se quer saber se a 
pessoa está ou não alérgica à penicilina. Casa seja positivo, é altamente preditiva de 
anafilaxia à penicilina. 
Teste in vitro 
Anticorpos IgE podem ser detectados no soro por radioalergoabsorvente 
(RAST) ou pelo ELISA. É menos sensitivo para fins diagnóticos. Não é afetado por 
anti-histamínicos. É um teste mais caro que o cutâneo e o resultado é mais 
demorado. São métodos particularmente usados para detectar IgE's contra toxinas 
alérgenas específicas. 
Tratamentos 
Os 3 princípios básicos do tratamento da alergia são: 
 Terapia de fuga ou revogação 
 Drogas sintomáticas 
 Imunoterapia (trata a atopia - cura a alergia) 
 
Conclusão 
A evolução de alguma forma preservou a resposta imune mediada por 
anticorpos IgE por mastócitos, cujos principais efeitos são patológicos, é um enigma, 
mas as reações de hipersensibilidade provavelmente evoluíram para proteger-nos 
contra agentes patogênicos ou toxinas. O que se sabe é os anticorpos IgE e os 
eosinófilos são mecanismos importantes de defesa contra infecções helmínticas e 
que os mastócitos desempenham papel na imunidade inata contra algumas bactérias 
e na destruição de toxinas venenosas. 
 
 
 
Referências 
CÂMARA, Brunno. HIPERSENSIBILIDADE TIPO I – IMEDIATA OU ANAFILÁTICA. Disponível em: 
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2014/02/hipersensibilidade-tipo-i-imediata-ou.html. Acesso em 
16 de Junho de 2019 
GHAFFAR, Dr Abdul. IMUNOLOGIA – CAP XVll, REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Disponível 
em: https://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter17.htmv. Acesso em 16 de 
Junho de 2019. 
KENNEDY, Dr. Katharine; DIXIT, Dr. Tushar. IMUNOLOGIA PARA ANESTESISTAS Parte 2 – 
Reações de Hipersensibilidade. Disponível em: 
https://www.wfsahq.org/components/com_virtual_library/media/cf758847871d3782854a68fd599764d
9-328-Immunologia-para-anestesistas-Part-2---Hypersensitivity-Reactions.pdf. Acesso em 16 de 
Junho de 2019. 
MARTINS, Ricardo. Imunologia Clínica. ALERGIAS - REAÇÕES ALÉRGICAS OU DE 
HIPERSENSIBILIDADE. Disponível em: 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/alergias-reacoes-alergicas-ou-
de-hipersensibilidade/6973. Acesso em 16 de Junho de 2019.

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