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VIDA DE WILHELM WUNDT (1832-192)

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Raissa de Moura Zanatto Mafra (N490GA9)
A VIDA DE WILHELM WUNDT
1832 – 1920
São Paulo
2019
Raissa de Moura Zanatto Mafra (N490GA9)
A VIDA DE WILHELM WUNDT
Trabalho apresentado ao curso de Psicologia, formação de psicólogo, como requisito parcial para obtenção da nota semestral.
São Paulo
2019
RESUMO
Wilhelm Wundt nasceu em 16 de Agosto de 1832 em Mannheim na Alemanha, filho de pastores Luteranos e Alemães, foi criado como filho único apesar de ter tido um irmão mais velho, mas este passou a maior parte de suas lembranças em um internato. Desenvolveu uma forte amizade com um assistente de seu pai, e conseguiu uma autorização para residir com este até completar 13 anos. Teve uma infância um pouco conturbada devido a seus históricos de solidão e amizades não comuns, seu melhor amigo era uma pessoa que possuía problemas mentais, além de suas notas na escola não serem boas e ter tido uma reprovação em seu primeiro ano de ginásio. 
A família de Wundt era formada por pessoas dotadas intelectualmente, e os parentes temiam que ele não pudesse dar continuidade a este dom da família, uma vez que o jovem não tinha uma vida sociável muito ativa e os professores o ridicularizavam devido a seu desempenho escolar.
Aos 19 anos concluiu o ginásio e decidiu iniciar seus estudos na Universidade de Tubingen, onde estudou anatomia, filosofia, medicina e química, e ao longo da sua graduação, percebeu que possuía uma maior afeição pela filosofia, e decidiu se focar neste ramo.
Em 1855 se tornou doutor na área, e conseguiu uma posição como professor de filosofia na Universidade de Heidelberg, percebeu que esta função não era muito do seu agrado e se demitiu do cargo poucos anos depois. Retornou a esta mesma universidade, mas dessa vez no cargo de professor associado, e permaneceu por mais 10 anos.
A VIDA DE WILHELM WUNDT (1832-192)
Wilhelm wundt passou seus primeiros anos em aldeias próximas a Mannheim, Alemanha, e teve uma infância marcada por uma intensa solidão. Obinha notas ruins na escola e levou a vida de filho único; seu irmão mais velho estava no internato. Seu único amigo da mesma idade era o garoto mentalmente retardado que tinha boa natureza, mas mal podia falar. O pai de Wundt era pastor e, embora ambos os pais pareçam ter sido sociáveis, as primeiras lembranças de Wundt a respeito do pai são desagradáveis. Ele se lembrava de o pai tê-lo visitado um dia na escola e de ter-lhe batido no rosto por não presta atenção no professor.
Wilhelm Wundt fundou a ciência experimental da psicologia e estabeleceu seu primeiro laboratório na Universidade de Leipzig, Alemanha. Num certo momento, a educação de Wundt esteve a cargo do assistente do seu pai, um jovem vigário por quem o menino desenvolvera uma forte afeição. Quando esse mentor foi transferido para uma cidade próxima, Wundt ficou tão deprimido que conseguiu permissão para ir viver com ele até os treze anos.
Havia uma forte tradição de erudição na família Wundt, com ancestrais de renome intelectual em praticamente todas as disciplinas. Parecia, contudo, que essa impressionante linguagem não teria continuidade com o jovem Wundt. Ele passava a maior parte do tempo em devaneios, em vez de estudar, e foi reprovado no primeiro ano do Gymnasium. Não se dava bem com os colegas e era ridicularizado pelos professores.
Aos poucos, no entanto, Wundt aprendeu a controlar os sonhos diurnos e até chegou a alcançar reativa popularidade. Jamais gostou da escola, mas mesmo assim desenvolveu seus interesses e capacidades intelectuais. Quando terminou o Liceu, aos dezenove anos, estava pronto para a universidade.
Para ganhar a vida e estudar ciência ao mesmo tempo, Wundt resolveu ser medico, seus estudos e medicina o levaram á Universidade de Tubingen e á Universidade de Heidelberg, onde estudou anatomia, filosofia, medicina e química. (Em sua obra no campo da química, foi influenciado pelo famoso Robert Bunsen.) Gradualmente, Wundt percebeu que a prática da medicina não era do seu agrado e passou a se concentrar na filosofia.
Depois de um semestre de estudos na Universidade de Belim com o grande fisiologista Johannes Muller, Wundt retornou a Heidelberg para receber o seu doutorado em 1855. Conseguiu o cargo de docente de filosofia em Heidelberg, que ocupou em 1857 a 1864 e, em 1858, foi nomeado assistente de laboratório de Hermann Von Helmholtz. Ele achou enfadonha a tarefa de instruir novos alunos quanto o fundamento do trabalho em laboratórios, e se demitiu do cargo poucos anos depois. Em 1864, foi promovido a professor associado e permaneceu na Universidade de Heidelberg por mais dez anos.
No curso de suas pesquisas fisiológicas Heidelberg, Wundt começou a conhecer uma psicologia que fosse uma ciência experimental e independente. Ele apresentou sua proposta inicial de uma nova ciência da psicologia num livro intitulado Beitrage zur Theorie der Sinneswahrnehmung (Contribuições para a teoria da Percepção Sensorial), que foi publicado em partes em 1858 e 1862. Além de descrever seus próprios experimentos originais, que realizara num tosco laboratório construído em sua casa, ele exprimiu seus pontos de vista acerca dos métodos da nova psicologia. Em seu livro, Wundt também usou pela primeira vez o termo psicologia experimental. Ao lado de elementos de Psicofísica (1860), de Fechner, o Beitrage é com frequência considerado o marco do nascimento literário da nova ciência. 
Ao Beitrage seguiu-se em 1863 Vorlesungen uber die menschen und Thierseee (Conferências sobre as mentes dos homens e dos animais). Uma indicação da importância dessa publicação foi sua revisão quase trinta anos depois, com uma tradução para o inglês e repetidas reimpressões mesmo depois da morte de Wundt, em 1920. Nela, Wundt discutiu muitos problemas, como o tempo da reação e a psicofísica, que iriam ocupar a atenção dos psicólogos experimentais durante anos.
A partir de 1867, Wundt ofereceu em Heidelberg um curso de psicologia fisiológica, a primeira proposta formal de uma tal curso no mundo. De suas palestras surgiria um livro altamente significativo, Grundzuge der physiologische (Princípios da Psicologia Fisiológica), publicando em dias partes nos anos de 1873 e 1874. Foram publicadas seis edições em trinta e sete anos, e a ultima saiu em 1911. Sem sombra de dúvida a obra-prima de Wundt, esse livro estabeleceu firmemente a psicologia como ciência de laboratórios, com suas próprias perguntas e métodos de experimentação.
Durante muitos anos, as sucessivas edições desse livro serviam aos psicólogos experimentais como um repositório de informações e um registro do progresso da nova psicologia. Foi no prefácio e esse livro que Wundt formulou o seu objetivo de tentar “de militar um novo domínio da ciência”. O termo psicologia fisiológica incluindo no titulo pode ser enganoso. Na época, a palavra fisiológica era usada como sinônimo da palavra equivalente a experimental, e não sobre a psicologia fisiológica tal como a conhecemos hoje.
Wundt iniciou a mais longa e importante fase de sua carreira em 1875, ao aceitar o cargo de professor de filosofia da Universidade de Leipzig, onde trabalhou prodigiosamente por quarenta e cinco anos. Ele montou um laboratório em Leipzig pouco depois de chegar e, em 1881, fundou a revista Philosophische Studien (Estudos Filosóficos), o órgão oficial do novo laboratório e da nova ciência. Wundt pretendera chamar a revista de Estudos Psicológicos, mas mudou de ideia, ao que parece porque já havia uma revista com esse titulo (embora lidasse com espiritualismo e ocultismo). Em 1906, contudo, Wundt renomeou sua revista Estudos Psicológicos. Com um manual, um laboratório e uma revista acadêmica, a psicologia estava indo muito bem.
Sua fama em expansão e seu laboratório atraíram para Leipzig um grande número de alunos desejosos de trabalhar com Wundt. Entre eles havia muitos que mais tarde dariam uma valiosa contribuição á psicologia, incluindo vários americanos, a maioriados quais voltou para os Estados Unidos e fundou laboratórios próprios. Através desses discípulos, o laboratório de Leipzig exerceu uma imensa influência sobre o desenvolvimento da psicologia moderna, servindo de modelo para os muitos laboratórios novos que estavam sendo desenvolvidos. Além dos instalados nos Estados Unidos, também foram montados laboratórios na Itália, na Rússia e no Japão por estudantes desses países que tinham ido a Leipzig estudar com Wundt. O russo foi a língua para a qual mais livros de Wundt foram traduzidos, e a fama de Wundt na Rússia levou os psicólogos de Moscou a construir uma duplicata do seu laboratório em 1912. Outra réplica foi construída por alunos japoneses da Universidade de Tóquio em 1920, ano da morte de Wundt; mas esses laboratórios foram queimados durante manifestações estudantis nos anos de 60 (Blumenthal, 1985). Os alunos que ocorreram a Leipzig estavam unidos em termos de perspectiva e propósito – ao menos no inicio – e formaram a primeira escola de pensamento no âmbito da psicologia.
Em sua vida pessoal, Wundt era calmo e modesto, e seus dias seguiam um padrão cuidadosamente controlado. (Em 1970, os diários da senhora Wundt foram descobertos, revelando muito material novo acerca da vida pessoal de Wundt; esse é outro exemplo de dados históricos recém-descobertos.) Pela manhã, Wundt trabalhava num livro ou artigo, lia testes de alunos e editava sua revista. Á tarde ia a exames ou visitava laboratórios. Cattell recordou que essas visitas se limitavam a cinco ou dez minutos. Ao que parece, apesar de sua grandefé na pesquisa experimental, “pessoalmente, ele não era de trabalhar em laboratório” (Cattell 1928, p.545). Depois disso, Wundt dava uma caminhada enquanto pensava em sua palestra da tarde, que costumava fazer ás quatro horas. Muitas de suas noites eram dedicadas á música, á política e, ao menos em sua juventude, á preocupação com os direitos dos estudantes e dos trabalhadores. A família de Wundt tinha uma boa renda, contava com criados e costumava receber.
Consolidados os liberatórios e revista e com uma imensa quantidade de pesquisas sobcontribuições (BEITRAGE) em 1862, a criação e uma psicologia social. Perto do final do século, ele voltou a esse projeto, que culminou nos dez volumes de sua volkerpsychologie (psicologia cultural), publicada entre 1900 e 190; o título é com frequência traduzido de modo impreciso como (psicologia dos povos).
A psicologia cultural tinha que ver com a investigação dos vários estágios do desenvolvimento mental, manifestos da linguagem, na arte, nos mitos, nos costumes sociais na lei e na mora. As implicações dessa obra para a psicologia têm um significado maior do que o seu conteúdo; ela dividiu para servir a nova ciência na psicologia em duas partes a experimental e a sócia. As funções mentais mais simples, como a sensação e a percepção, podem e tem de ser estudadas, acreditava Wundt, pela pesquisa em laboratório. Mas, segundo ele, a experimentação cientifica é impossível quando se trata dos estudos dos processos superiores como a aprendizagem e a memória, por que eles são condicionados por hábitos linguísticos e outros aspectos do treinamento cultural. Para Wundt, os processos superiores de pensamento só podiam ser estudados efetivamente mediante as abordagens não-experimentais da sociologia, da antropologia e da psicologia social. A afirmação de que as forças sócias desempenham um dos importantes papéis no desenvolvimento dos processos mentais superiores e importante, mas a conclusão de Wundt de que esses processos não podem ser estudados experimentalmente foi refutado pouco tempo depois de ele tê-la expresso, como veremos adiante neste capitulo.
Wundt dedicou dez anos ao desenvolvimento da sua psicologia cultural, tendo-a considerado uma parte essencial a psicologia. Mas ela teve pouco impacto sobre a psicologia americana. Uma pesquisa cobrindo noventa anos de artigo publicados na America Journal of Psychology demonstrou que, dentre todas as citações as publicações de Wundt, menos de 4% referiam-se a psicologia cultural. Em contrapartida, seus princípios de psicologia fisiológica respondiam por mais e 61% das referencias (Brozek. 1980).
Por que uma obra de tal alcance, tão amplamente reconhecida na Alemanha, foi virtualmente ignorado nos Estados Unidos? Uma possibilidade é que Titchener, que levou sua versão da psicologia wundtiana para a America, a tenha considerado sem importância por ela não ser coerente com sua própria psicologia estrutural.
A produtividade de Wundt continuou sem pausa até a sua morte, em 1920. O historiador E.G. Boring(1950) observou que Wundt escreveu 53.735 paginas entre 1853 e 1920, uma produção de 2,2 páginas por dia.
 O SISTEMA DE PSICOLOGIA DE WUNDT.
A psicologia Wundt recorreu aos métodos experimentais das ciências naturais, particularmente as técnicas usadas pelas fisiologias. Wundt adaptou esses métodos científicos de investigação aos objetivos de novas psicologias e passou a estudar o seu objetivo na mesma maneira como os cientistas físicos estudavam os seu. Assim, o espírito da época no campo da fisiologia e da filosofia ajudou a moldar tanto o objetivo de estudo da nova psicologia como os seus métodos de investigação.
O objetivo de estudo da psicologia de Wundt era, em uma palavra, a consciência. Num sentindo amplo, o impacto do empirismo e do associacionismo do século XIX refletiu-se, ao menos em parte, no sistema de Wundt. Sua concepção da consciência fui eu ele incluiu muitas partes ou características distintas e pode ser estudada pelo método da analise ou redução. Wundt não concordava com a tese de que os elementos da consciência são entidades estáticas, átomo da mente, passivamente ligados por algum processo mecânico de associação.
 
 A NATUREZA DA EXPERIÊNCIA CONSCIENTE
A experiência mediata nos oferece informações ou conhecimento sobre coisas que não são os elementos da experiência em si. Essa é a maneira usual pela qual a empregamos para adquirir conhecimento do nosso mundo. Por exemplo, quando olham os uma maça e dizemos: “A fruta é vermelha”, essa afirmação implica que o nosso interesse primordial é a fruta, e não o fato de passarmos pela experiência do vermelho. A experiência imediata de olhar para a fruta, contudo, não está no objeto em si, mas na experiência de uma coisa vermelha. Para Wundt, são as experiências básicas (como a experiência do vermelho) que formam os estados de consciência ou os elementos mentais que a experiência imediata. Porém antes de haver consciência, preciso passar pela sensação. E quando eu tomo consciência do que estou sentindo eu passo à percepção. Perceber é a consciência do que sinto. A sensação é a mesma, mas a percepção é diferente. Tudo mente então organiza ou sintetiza. A consciência é a que eu faço, por mais similar que seja, é uma experiência única. Acordar, escovar os dentes, andar, tomar banho, ate mesmo ver.
 
 O METÓDO DE ESTUDO: INTROSPECÇÃO
 A introspecção é o ato em que a pessoa analisa seus estados mentais, tomando consciência deles. Crenças, imagens mentais, emoções, memórias (visuais, auditivas, tácteis, olfativas) e pensamentos são conteúdos mentais que são passíveis de introspecção. Em outras palavras a introspecção é a autoanálise da mente a fim de inspecionar e relatar pensamentos e/ou sentimentos pessoais.
"Ciência da experiência consciente", assim descreveu sobre sua nova psicologia. Para ele o método de observação devia utilizar a introspecção para que se obtenha um melhor resultado, porque "somente o indivíduo que passa pela experiência é capaz de observá-la" (Schultz, 2016, p. 72). Tal método era chamado de Percepção Interna por Wundt.
Em seu laboratório, na Unversity of Leipzig, Wundt determinou condições para que fossem feitas as percepções internas (introspecção):
Os observadores deviam ser capazes de determinar o momentoquando o processo seria introduzido.
Os observadores deviam estar em estado de alerta.
Deve haver condições adequadas para variar as situações experimentais quanto a manipulação controlada do estímulo.
A equipe deveria garantir condições adequadas para que a observação pudesse ser repetido quantas vezes fossem necessárias.
Visando deixar os indivíduos rápidos na observação experiente e alertas quanto à experiência consciente a ser observada, Wundt submeteu seus alunos a um treinamento persistente e repetitivo, somente assim estariam aptos a realizar mecanicamente as observações necessárias. Nas teorias, as pessoas que foram treinadas por Wundt não precisariam de uma pausa para pensar tão pouco para refletir sobre o processo (evitando que a pessoa teve alguma interpretação pessoal) e seriam capazes de, automaticamente, descrever a experiência consciente quase de forma imediata e automaticamente.
"Wundt praticamente não aceitava o tipo de introspecção qualitativa em que as pessoas simplesmente descreviam suas experiências íntimas" (Schultz, 2016, p.73). A descrição que ele buscava estava relacionada aos julgamentos consciente que a pessoa tnha sobre o tamanho, duração e intensidade de vários estímulos físicos, ou seja, "o tipo de análise quantitativa da psico pesquisa psicofísica" (Schultz, 2016).
Um historiador desenvolveu uma ardua pesquisa que envolvia todos os estudos de Wundt buscando dados quantitativos e qualitativos. Ele descobriu que "praticamente em quase todos os 180 estudos experimentais publicados entre 1883 e 1903, nos vinte volumes do Philosophische Studien, só foram encontrados quatro que usam dados instropectivos qualitativos" (Danziger, 1980, p. 248). Isso ressalta a importância que Wundt dava para os dados quantitativos descritos no paragrafo anterior.
 
 Elementos da experiência consciente
 Como já sabemos, Wundt definiu o objeto de estudo e a metodologia para a nova ciência da psicologia, mas faltava ainda traçar as metas, e ele o fez:
Análise dos processos conscientes, utilizando seus elementos básicos.
Descobrir como eram organizados e sintetizados esses elementos.
Determinar as leis da conexão que regiam a organização dos elementos.
Com as metas traçadas, podemos desviar nossa atenção para os elementos da Experiência Consciente. 
Sensações: Sempre que um órgão do sentido é estimulado e os impulsos resultantes a origem o cérebro. A sensação é classificada pela intensidade, duração e modalidade sensorial. Para Wundt, a sensação era uma das duas formas mais básica de experiências.
Sentimento: Para Wundt, o sentimento é outra forma básica da experiência porém ele é complemento subjetivo da sensação, "embora não se origine diretamente de um órgão do sentido" (Schultz, 2016). As sensações são acompanhadas de qualidades de sentimento; quando se dominam para formar um estado mais complexo, resultam na qualidade do sentimento.
Com base nisso, Wundt propôs a teoria tridimensional do sentimento: que é a explicação de Wundt para os estados do sentimento, que se baseiam em três dimensões. Tais dimensões são as de prazer/desprazer, tensão/relaxamento e excitação/depressão.
 A percepção: A ORGANIZAÇÃO DOS ELEMENTOS DA EXPERIÊNCIA CONSCIENTE.
Processo pelo qual elementos mentais são organizados, novas propriedades são criadas através da mistura ou combinação desses elementos.
Para Wundt, a apercepção consiste em um processo ativo. Nossa consciência não atua apenas sobre sensações e sentimentos básicos que experimentamos. Ele "reconheceu que, ao olharmos para os objetos do mundo real, nossa percepção é dotada de unidade ou de totalidade" (Schultz, 2016, p. 74). Desse modo, Wundt não acreditava no processo de associação mecânca e passiva.
 
 Críticas a Wundt:
Quando a introspecção é realizada por vários observadores, como saber qual é a correta?
Se tratando de uma auto-observação, a introspecção é uma experiência particular.
A introspecção modifica a experiência psíquica, pois se só descrevemos a vivência depois dela ser vivida, quando a vamos descrever já os sentimentos e as emoções foram também vividas, nunca ficando uma descrição completa e precisa.
 Quanto a auto-observação, ele reconhecia que era passivel de um aprimoramento posterior já que se tratava de uma experiência particular. E isso é muito importante dentro das obras de Wundt.

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