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O que são algas

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O que são algas?
As algas são organismos que realizam fotossíntese, produzindo desta forma a energia para o seu metabolismo (seres autotróficos). Elas vivem em água ou ambientes com presença de muita umidade. Grande parte das algas é unicelular (formada apenas por uma célula). Existem algumas espécies de algas mais complexas, com tecidos diferenciados, porém não possuem raízes, caules ou folhas como as plantas “superiores”. Por realizarem fotossíntese, as algas foram classificadas, por muito tempo, como sendo plantas. Porém, somente as algas verdes possuem uma relação com a evolução das plantas.
Qual a importância das algas?
A começar pelo fato de algumas espécies serem responsáveis por grande parte da fotossíntese executada em nosso planeta, disponibilizando gás oxigênio. Estas, conhecidas por fitoplâncton, se apresentam, ainda, como fonte de alimento para diversos seres vivos que habitam mares e lagos. Falando em alimento, certas algas fazem parte do cardápio humano, como a kombu e a nori, esta última utilizada na preparação de sushis. Por serem ricas em iodo, sais minerais e vitaminas do complexo B, são uma excelente escolha para este fim, e previnem doenças, como o hipertireoidismo.
Doenças causadas por algas?
Os moluscos bivalves, como ostras e mexilhões, são animais filtradores, por isso podem se alimentar de algas produtoras de toxinas, ocasionando intoxicações nos seres humanos conhecida como biointoxicação por moluscos bivalves. 
A ingestão de frutos do mar contaminados pode causar diferentes sintomas, dependendo do tipo de toxina presente, de sua concentração e quantidade de produto consumido.
A intoxicação paralisante por moluscos (PSP), é causada pelas toxinas chamadas saxitoxinas (STXs), consideradas as mais poderosas toxinas marinhas. Os sintomas são neurológicos como formigamento/dormência de face, dos membros, queimação, sonolência, fala incoerente, coordenação muscular prejudicada, sensação de flutuação e paralisia respiratória. Como a toxina é muito potente, a pessoa pode vir a óbito em 2 a 25 horas após o consumo. Não há antídoto para a toxina, sendo a respiração artificial o único tratamento disponível (SOUZA et. al., 2015; SÃO PAULO 2017).
A toxina diarreica causa sintomas gastrointestinais como vômitos, náuseas, diarréia com dor abdominal, calafrios, dor de cabeça e febre. Já a toxina neurotóxica causa sintomas gastrointestinais e neurológicos. A intoxicação amnésica ocasiona desordem gastrointestinal e problemas neurológicos como perda de memória, desorientação e coma (SÃO PAULO 2017).
A intoxicação por venerupino causa um quadro hemorrágico (nasal, digestivo e cutâneo) e hepatotóxico (encefalopatia), após um período de 24 a 48 horas, com anorexia, halitose, náuseas, vômitos, dores gástricas, constipação e dores de cabeça (SOUZA et. al., 2015).
Medidas de prevenção 
A melhor forma de prevenção desses tipos de intoxicações é evitar o consumo de frutos do mar oriundos de regiões onde há concentração de algas ou da chamada "maré vermelha". Pessoas imunodeprimidas devem evitar o consumo de frutos do mar, por possuírem uma deficiência no sistema de defesa do organismo.  Além disso, as áreas de risco devem ser monitoradas e a vigilância epidemiológica deve dar suporte para a investigação de casos e identificação das causas.

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