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Plano de Aula: INTRODUÇÃO AO JORNALISMO DE DADOS - Aprofundamento JORNALISMO DE DADOS - CCA0799 Título INTRODUÇÃO AO JORNALISMO DE DADOS - Aprofundamento Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema Disponibilidade da informação de interesse público e seus aspectos legais Objetivos Geral: Ao final da aula, o aluno terá condição de: - Discorrer sobre as principais características da sociedade da informação que afetam a precisão das informações que circulam no mundo digital - Compreender a importância da transparência da informação pública para a sociedade Específicos - Conhecer os aspectos da legislação brasileira sobre a informação pública - Reconhecer a aplicação da informação pública no trabalho trabalho jornalístico Estrutura do Conteúdo O conteúdo desta aula deverá, inicialmente, traçar um breve panorama sobre a sociedade da informação e do conhecimento em aspectos que possibilitem problematizar, para os alunos, as formas tradicionais de transmissão do conhecimento e da informação de interesse público que, pouco a pouco vem perdendo o monopólio da geração e transmissão do saber. As velocidade com que que as informações atingem a sociedade e a possibilidade de geração de conteúdo em tempo real por qualquer usuário que tenha acesso ao mundo digital vem aumentando de forma vertiginosa, capaz de espantar qualquer um que tenha vivenciado as décadas de 80 e 90. Os novos recursos tecnológicos de comunicação e informação tem produzido novas percepções e construções diferentes quanto à socialização do conhecimento e da informação de interesse público historicamente acumulado. Aliado a essa nova condição está um outro aspecto fundamental para o aluno entender o Jornalismo de Dados: Trata-se do surgimento de uma diversidade imensa de fontes que geram conteúdo e/ou transmitem através dessas tecnologias disponíveis. Ou seja, a sociedade e, particularmente, os receptores/usuários tem se tornado cada vez mais exigentes, em todos os sentidos. Exigentes consigo, com os outros, com o tempo, com a qualidade, com a facilidade, dentre outras. Nesse sentido, emerge , com tudo, tornando o mundo tão exigente, ao ponto de os serviços e informações ficarem insuficientes, esgotáveis, pobres. O jornalismo precisa estar atento à essa realidade, até porque um dos valores éticos da profissão é justamente a precisão da informação. Assim, é importante destacar que eles devem verificar a autenticidade de certas versões dadas por suas fontes fontes de informação, inclusive as do mundo digital, apoiando-se em dados e diagnósticos de banco de dados com o uso de técnicas que perseguem a precisão, valor aparentemente mais cobiçado que a estética. Como foi abordado na aula anterior, o jornalismo de precisão deve usar um método científico para abordar certos temas, até porque essa ferramenta estratégica possibilitará a real apuração das informações de interesse público, diluídas em meio a tantas fontes diversas e, em certos casos, em planilhas que nada revelariam não fossem os cruzamentos de seus dados. O segundo ponto do conteúdo da aula é a apresentação do conceito de informação pública e a necessidade da transparência dessa informação, inclusive do ponto de vista legal. Por informação pública, o professor pode usar as definições da bibliografia básica. Destaca-se aqui o conceito formulado por conceito formulado por Batista (2010, p. 40), que recentemente realizou uma pesquisa com algumas acepções do termo publico para a construção de um conceito de informac¸a~o pu´blica. Para ela, a ?(...) informação publica e´ um bem público, tangível ou intangível, com forma de expressa~o gráfica, sonora e/ou iconográfica, que consiste num patrimônio cultural de uso comum da sociedade e de propriedade das entidades/instituições públicas da administração centralizada, das autarquias e das fundações publicas. A informação publica pode ser produzida pela administração pública ou, simplesmente, estar em poder dela, sem o status de sigilo para que esteja disponível ao interesse publico/coletivo da sociedade. Quando acessível a` sociedade, a informação pública tem o poder de afetar elementos do ambiente, reconfigurando a estrutura social.? Por meio dessa definição, e´ possível perceber que a dimensão publica da informação produzida pelo Estado e´ apresentada em oposição a privado e a secreto, aspectos que podem ser aprofundados na exposição do conteúdo em aula. Portanto, A informação pública não é apenas o documento impresso, mas sim qualquer outro formato em que se encontra (digital, fotografia, vídeo, etc.) em poder de órgãos e agentes estatais, bem como de empresas que lhe faça às vezes, prestando serviço público ou explorando um bem de domínio público. Cabe destacar, aqui, o abismo existente entre o interesse público e interesse do público. No primeiro caso, como destaca Eduardo Sadalla Bucci, é ?toda informação que faz parte da democracia enquanto exercício para o seu desenvolvimento, seja na cobrança de explicações dos governantes sobre políticas públicas adotadas, seja no acompanhamento de obras que irão beneficiar a sociedade em si, seja, também, até na assiduidade dos homens públicos na prestação de seus cargos?. Já o interesse do público é algo que tem caráter essencialmente privado, podendo ter caráter público. A partir desse marco, pode-se apresentar o teor da lei de acesso à informação pública, da qual o jornalista de dados se presta para realizar seu trabalho de investigação. Em vigor desde 2012, a Lei de Acesso à Informação (LAI) regulamenta o direito à informação garantido pela Constituição Federal brasileira, obrigando órgãos públicos a considerar a publicidade como regra e o sigilo como exceção. Isso estimula o controle social e a transparência, contribuindo para a utilização eficiente dos recursos públicos em todos os níveis federativos. Um dos pontos da lei é a abrangência da informação pública, a saber: ?informação pública é: informação produzida ou acumulada por órgãos e entidades públicas; informação produzida ou mantida por pessoa física ou privada decorrente de um vínculo com órgãos e entidades públicas; informação sobre atividades de órgãos e entidades, inclusive relativa à sua política, organização e serviços; informações pertinentes ao patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação e contratos administrativos; informações sobre políticas públicas, inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas.? É importante destacar para os alunos o que a LAI estabelece como meios e condições pelas quais os governos e órgãos públicos devem disponibilizar as informações. Destacar, também, a noção de transparência passiva e a definição do perfil de quem pode solicitar informações evocando a LAI. Acrescenta-se a isso, o esclarecimento de que tipo de informação pode-se solicitar e como essa solicitação deve ser feita, com destaque ao Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC), que centraliza as entradas e saídas de todos os pedidos de acesso dirigidos ao Poder Executivo Federal e ao Portal da Transparência Brasil. Aplicação Prática Teórica Leitura recomendada: Akutsu, Luiz. Socidade da Informação, Accontability e Democracia Delegativa. São Paulo: Baraúna, 2009. Disponível em: https://books.google.com.br/ Batista, C.L. Informação pública: controle, segredo e direito de acesso. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/intexto/article/viewFile/19582/18927
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