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Histologia do Sistema Respiratório resumo gartner medicina UFBA

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Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e 
pelas vias aéreas. Para cumprir sua função de fornecer 
oxigênio para o corpo e eliminar CO2 é necessário que 
ocorra 4 eventos que em conjunto compõem a 
respiração: 
• Respiração ou ventilação: movimento do ar para 
dentro e para fora dos pulmões 
• Respiração externa: troca de O2 no ar inspirado por 
CO2 no sangue 
• Transporte de gases: transferência de O2 para as 
células e captação de CO2 das células 
• Respiração interna: troca do CO2 por O2 nas 
proximidades das células 
O transporte de gases é realizado pelo sistema 
circulatório e a respiração interna ocorre nos tecidos de 
todo o corpo. O sistema respiratório é subdividido em: 
• Porção condutora: situada dentro e fora dos 
pulmões conduz o ar do ambiente para os pulmões 
• Porção respiratória: situa-se dentro dos pulmões 
apenas e realiza a troca do oxigênio por dióxido de 
carbono (respiração externa) 
 CONDUZ O AR PARA E DA PORÇÃO RESPIRATÓRIA DO SISTEMA 
Composta por (de fora para dentro dos pulmões): 
cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios primários, brônquios secundários 
(lobares), brônquios terciários (segmentares), bronquíolos 
e bronquíolos terminais. A patência (ou seja, capacidade 
de manter uma via desobstruída) das vias aéreas 
condutoras é mantida pela combinação de tecido ósseo, 
cartilagem e elementos fibrosos. O ar passa por um 
sistema ramificado de túbulos, o diâmetro de cada túbulo 
se estreita sucessivamente. No entanto o diâmetro 
transversal total aumenta a cada nível (ou seja se 
cortarmos um corpo ao meio a soma da área transversal 
é maior a medida que aumentamos as ramificações) → 
isso resulta em uma diminuição da velocidade do fluxo de 
ar a medida que se aproxima da porção respiratória (ou 
seja do pulmão). 
Cavidade Nasal 
É dividida pelo septo nasal (cartilagem e tecido ósseo) em 
metades direita e esquerda; cada metade é limitada 
lateralmente por uma parede óssea e uma asa 
cartilaginosa do nariz. A cavidade nasal se comunica com 
o meio externo pela narina (anteriormente) e com a 
nasofaringe por meio da coana. As conchas nasais (ou 
cornetos) ficam nessa parede óssea lateral e são 
semelhantes a prateleiras, temos a superior, média e 
uma inferior. PORÇÃO ANTERIOR DA CAVIDADE NASAL: 
Nas imediações das narinas é dilatada e conhecida como 
vestíbulo – esta região possui vibrissas (pelinhos rígidos) 
e é revestida por pele delgada; sua derme se ancora no 
pericôndrio de cartilagem hialina (que forma o esqueleto 
de suporte das asas do nariz) através de numerosos 
feixes de fibras colágenas, e é rica em glândulas 
sebáceas e sudoríparas. PORÇÃO POSTERIOR DA 
CAVIDADE NASAL a cavidade nasal é revestida 
majoritariamente por um epitélio respiratório 
(pseudoestratificado cilíndrico ciliado) – exceto o vestíbulo 
e a região olfatória – que nas regiões mais posteriores 
da cavidade nasal possui muitas células caliciformes. O 
tecido conjuntivo subepitelial (lâmina própria) é bem 
vascularizado, especialmente nas conchas nasais e na 
parte anterior do septo nasal → essa lâmina própria 
apresenta muitas glândulas seromucosas e componentes 
linfoides (alguns nódulos linfoides, mastócitos e 
plasmócitos). Os anticorpos produzidos pelos plasmócitos 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
(imunoglobulinas IgA, IgE e IgG) protegem a mucosa nasal 
de antígenos inalados. 
CORRELAÇÃO CLÍNICA: O sangramento nasal 
geralmente ocorre na área de Kiesselbach, região 
anteroinferior do septo nasal, que é um local de 
anastomoses arteriais; pode ser contido pressionando a 
região ou preenchendo a cavidade nasal com algodão 
Região olfatória da cavidade nasal – compreende a 
mucosa olfatória constituída pelo epitélio olfatória e a 
lâmina própria subjacente (que contém as glândulas de 
Bowman e um rico plexo vascular). A mucosa olfatória (a 
que apresenta o epitélio olfatório) recobre o teto da 
cavidade nasal, a porção superior do septo nasal e a 
concha nasal superior. A lâmina própria possui: glândulas 
de Bowman que secretam um fluido seroso, um plexo 
vascular e axônios das células olfatórias do epitélio 
olfatório. Esse epitélio contém três tipos celulares: 
: São neurônios bipolares cuja porção 
apical, ou seja, a extremidade distal do seu dendrito 
forma um bulbo, o botão olfatório, que se projeta acima 
da superfície das células de sustentação. Seu núcleo é 
esférico e fica mais próximo da lâmina basal do que do 
botão olfatório; a maioria das suas organelas está 
próxima ao núcleo. Eletromicrografias de varredura 
mostram de 6 a 8 cílios olfatórios que se estendem do 
botão olfatório até a borda livre do epitélio → NÃO SEI 
SE É IMPORTANTE POIS AINDA NÃO TIVEMOS A AULA 
Eletromicrografias de transmissão dos cílios mostram um 
padrão incomum no seu axonema (é a estrutura contrátil 
dos cílios) pois não possuem os característicos braços de 
dineínas (possuem um anel periférico com nove duplas de 
microtúbulos que circundam dois microtúbulos centrais 
simples – configuração 9+2 de BMC que ngm lembra 
mais); próximo a extremidade do cílio apenas os dois 
microtúbulos centrais estão presentes. A região basal da 
célula olfatória é seu axônio que penetra na lamina basal 
para se unir aos outros axônios; embora sejam amielínicos 
possuem uma bainha composta por células embainhantes 
(gliais) olfatórias, semelhantes às de Schwann – as fibras 
nervosas passam pela placa cribriforme do osso etmoide, 
no teto da cavidade nasal, para fazer sinapse com 
neurônios secundários do bulbo olfatório. Tempo de vida 
3 meses 
: são células colunares que em 
possuem uma borda estriada composta de microvilos na 
porção apical. Seus núcleos situam-se na porção apical e 
um pouco acima dos núcleos das células olfatórias. O 
citoplasma dessa região (apical) possui grânulos de 
secreção contendo pigmento amarelado o que confere a 
cor característica da mucosa olfatória. 
Eletromicrografias: mostra que elas formam complexos 
juncionais com os botões olfatórios das células olfatórias 
e com outras células de sustentação adjacentes. Possui 
papel no suporte físico, nutrição e isolamento elétrico 
para as cel. olfatórias. Tempo de vida 1 ano. 
: são de dois tipos horizontais e globosas. 
As HORIZONTAIS são achatadas e ficam bem próximas à 
membrana basal e as GLOBOSAS são pequenas e 
basófilas com formato piramidal. Seus núcleos situam-se 
centralmente, mas por serem curtas ocupam o pólo 
basal do epitélio. As células globosas têm capacidade 
proliferativa e podem substituir células de sustentação e 
olfatórias. As células basais HORIZONTAIS se replicam e 
substituem as células basais globosas 
 
 
 
 
 
 é composta por um tecido conjuntivo 
que varia de frouxo ao denso não modelado, ricamente 
vascularizado e que fica aderido ao periósteo subjacente. 
Contém numerosos elementos linfoides e agrupamentos 
de axônios de células olfatórias – que formam feixes de 
fibras nervosas amielinicas. As glândulas de Bowmann 
(olfatórias) também estão presentes e são 
características dessa mucosa – liberam IgA, lactoferrina, 
lisozima e proteína de ligação a odorantes (aumenta a 
habilidade de detectar odores). 
 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
 a mucosa 
nasal filtra, aquece e umidifica o ar inalado (pelo seu rico 
suprimento vascular), além de detectar odores. 
Partículas, como a poeira, ficam presas no muco 
produzido pelas células caliciformes do epitélio e pelas 
glândulas seromucosas da lâmina própria - o fluido seroso 
produzido porelas fica entre o muco e a membrana 
plasmática apical das células epiteliais do epitélio 
respiratório. Os cílios não alcançam o muco, mas sim a 
camada de fluido seroso (meio aquoso) que desloca o muco 
que está sobre ele. O fluxo de sangue na rede vascular 
originada dos vasos arqueados (os vasos que promovem 
aquecimento do ar - ficam imediatamente abaixo do 
epitélio) é direcionado no sentido póstero-anterior, oposto 
ao fluxo de ar, em contracorrente. Mecanismo da 
rinite/resfriado: A IgE produzida por plasmócitos liga-se 
ao seu receptor na membrana de mastócitos e basófilos 
→ a ligação de um antígeno específico a IgE (já ligada a 
seu receptor) libera mediadores da inflamação pelos 
mastócitos e basófilos, que atuam na mucosa nasal 
gerando os sintomas. 
 a mucosa é protegida da desidratação 
pelo sistema de alternação de fluxo sanguíneo para os 
seios venosos da lamina própria situadas sobre as 
conchas nasais, sendo uma região similar a um tecido 
erétil – um lado se expande quando fica cheio de sangue 
diminuindo o fluxo de ar; e são reidratadas pelo plasma e 
secreções seromucosas. 
Seios paranasais os ossos etmoide, esfenoide, frontal 
e maxilar do crânio que possuem grandes espaços 
revestidos por mucoperiósteo (ou seja, mucosa aderida 
firmemente ao periósteo), que são os seios paranasais 
se comunicam com a cavidade nasal. Possui um epitélio 
respiratório e uma lâmina própria de tecido conjuntivo 
frouxo bem vascularizado, e características semelhantes 
às da cavidade nasal. 
Nasofaringe: a faringe começa nas coanas e vai até 
a abertura da laringe (a nasofaringe é a porção mais 
superior). É revestida por uma mucosa com epitélio 
respiratório, enquanto a orofaringe e a laringofaringe 
apresentam epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado. Lâmina própria: tecido conjuntivo 
vascularizado que varia do frouxo ao denso, é fundida 
com o epimísio dos músculos esqueléticos da faringe. Na 
lâmina própria da porção posterior da nasofaringe temos 
a tonsila faríngea. 
É responsável pela fonação e para prevenir a entrada 
de alimentos e fluidos no sistema respiratório. Situa-se 
entre a faringe e a traqueia, é um tubo cilíndrico e rígido 
de aproximadamente 4cm de diâmetro e comprimento. 
Sua parede é reforçada por várias cartilagens do tipo 
hialina (tireoide, cricóide e a parte inferior do par de 
cartilagem aritenoides) e do tipo elástica (epiglote, o par 
de corniculadas e cuneiforme, além da porção superior 
das aritenoides) → essas articulações são conectadas 
por ligamentos e seus movimentos controlados por m. 
esqueléticos intrínsecos e extrínsecos. A epiglote durante 
a respiração fica em posição vertical permitindo a 
entrada de ar, mas durante a deglutição ela fica 
horizontal fechando a laringe. No seu lúmen possui dois 
pares de pregas de mucosa: 
Pregas vestibulares – situadas anteriormente e são 
imóveis, sua lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo 
possui glândulas seromucosas, células adiposas e 
elementos linfoides. Pregas vocais possuem em sua borda 
livre o ligamento vocal, um reforço de tecido conjuntivo 
denso elástico, onde se fixam os músculos vocais, que 
regulam o espaço entre as cordas vocais (rima da glote) 
- durante a respiração silenciosa as pregas são 
parcialmente abduzidas (afastadas), e durante a fonação 
elas são fortemente aduzidas (unidas), quando mais 
afastadas mais grave é a intensidade do som. 
Sua mucosa é revestida por um epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado (com exceção da 
superfície superior da epiglote e das pregas vocais – 
epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado. Os 
cílios da laringe se movimentam em direção a faringe → 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
partícula chega até a boca, sendo expectorada ou 
deglutida. 
Possui três camadas a mucosa, submucosa e adventícia 
(onde se localizam os anéis cartilaginosos em forma de C 
com a extremidade aberta para trás). É um tubo com 
12cm de comprimento e 2cm de diâmetro que termina 
com a sua bifurcação para formar os brônquios 
primários. A contração do musculo traqueal diminui o 
diâmetro da luz aumentando a velocidade do fluxo de ar 
o que auxilia na retirada de partículas e muco da laringe 
através da tosse. composta por um 
epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado (epitélio 
respiratório), lâmina própria, e um feixe espesso de 
fibras elásticas separando a mucosa da submucosa. 
Epitélio respiratório é um epitélio pseudoestratificado 
cilíndrico ciliado composto por seis tipos celulares, sendo 
90% delas caliciformes, cilíndricas ciliadas e basais. Fica 
separado da lâmina própria por uma espessa membrana 
basal. Todas as células estão em contato com a 
membrana basal, mas nem todas chegam ao lúmen. 
• : quase 30% do total das 
células do epitélio respiratório, produzem 
mucinogênio (que ao se hidratar vira mucina). 
Possuem um pedículo estreito na região basal, e uma 
teca (porção apical), alargada, contendo grânulos de 
secreção. O núcleo e a maioria das organelas ficam 
no pedículo; esta região é rica em REG, complexo de 
Golgi bem desenvolvido, muitas mitocôndrias e 
ribossomos. A membrana apical tem poucos e curtos 
microvilos. 
• : aproximadamente 
30% do total de células, são delgadas e altas com 
núcleos basais, possuem cílios e microvilos na 
membrana apical → logo abaixo deles há muitas 
mitocôndrias e um complexo de Golgi. O resto do 
citoplasma tem algum REG e poucos ribossomos. 
Estas células movimentam o muco e o material 
aderido a ele para a nasofaringe – eliminação 
• são curtas e constituem quase 30% 
da população de células. Ficam próximas a membrana 
basal e suas superfícies apicais não alcançam o 
lúmen. São relativamente indiferenciadas e 
consideradas células tronco que substituem as 
células caliciformes, cilíndricas ciliadas e em escova. 
• (mucosas de pequenos grânulos) 
aproximadamente 3% da população; são estreitas 
cilíndricas e com altos microvilos, sua função é 
desconhecida (mas associada a terminações 
nervosas) 
• Cerca de 3% também, são células 
colunares com microvilos na superfície apical e 
grânulos no citoplasma apical, contendo uma 
secreção serosa elétron-densa. 
• SNED (células de pequenos grânulos) 
aproximadamente de 3 a 4% do total; muitas 
possuem prolongamentos que se estendem até o 
lúmen (pode estar relacionada a monitorar níveis de 
O2 e CO2). São associadas com terminações 
nervosas sensoriais livres (formando os corpúsculos 
neuroepiteliais pulmonares). Possui numerosos 
grânulos em seu citoplasma basal, contendo agentes 
como Ach, ATP, aminas etc. → podendo liberar em 
situações de hipóxia aliviando as condições. 
Lâmina Própria É composta por tecido conjuntivo 
fibroelástico frouxo e uma densa camada de fibras 
elásticas, que forma uma lâmina elástica que separa a 
lâmina própria da submucosa. 
Submucosa composta por um tecido conjuntivo denso 
fibroelástico, os ductos das glândulas mucosas e 
submucosas passam pela lâmina elástica e lâmina própria 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
para se abrir na superfície epitelial. Possui rico 
suprimento sanguíneo e linfático. 
Adventícia composta por tecido conjuntivo frouxo 
fibroelástico, e a característica mais importante é a 
presença dos anéis cartilaginosos com tecido conjuntivo 
fibroso interposto. É responsável por ancorar a traqueia 
à o esôfago e aos tecidos conjuntivos do pescoço 
 o epitélio respiratório de pessoas 
expostas cronicamente a irritantes, como fumaça epó 
de carvão, sofre alterações reversíveis chamadas de 
metaplasia com um aumento de células caliciformes em 
relação a células ciliadas → isso gera uma camada de 
muco mais espessa para remover as partículas, no 
entanto, como há diminuição dos cílios ocorre retardo da 
eliminação = congestão; 
 Árvore bronquial inicia na bifurcação da traqueia. É 
formada por vias aéreas localizadas fora dos pulmões 
(brônquios primários, brônquios extrapulmonares) e 
dentro (bronquial intrapulmonares – secundários e 
terciários, bronquíolos propriamente ditos, terminais e 
respiratórios). À medida que as vias diminuem 
progressivamente de tamanho há uma diminuição na 
quantidade de cartilagem, no número de glândulas e de 
células caliciformes, na altura das células epiteliais e um 
aumento na quantidade de musculo liso e de componentes 
do sistema elástico. 
Brônquios primários (extrapulmonares): 
Tem estrutura idêntica à da traqueia só que 
com um diâmetro menor e paredes mais 
delgadas. Cada um penetra na raiz do pulmão 
com as artérias pulmonares, veias e vasos 
linfáticos. O brônquio direito é mais verticalizado 
que o esquerdo; o direito origina 3 ramificações 
para os 3 lobos, o esquerdo se bifurca 
enviando ramificações para os 2 lobos. 
Brônquios secundários e terciários 
(intrapulmonares): Cada brônquio secundário 
supre um lobo e os terciários suprem os 
segmentos broncopulmonares. Os brônquios 
intrapulmonares são semelhantes aos primários, 
com algumas diferenças – os anéis 
cartilaginosos são substituídos por placas 
irregulares de cartilagem hialina que envolvem 
completamente seu lúmen, sendo totalmente 
arredondadas. Cada brônquio secundário se 
arboriza e supre um segmento broncopulmonar 
– cada pulmão tem 10 segmentos separados um 
do outro por tecido conjuntivo → vão diminuindo 
de diâmetro até originar bronquíolos. 
Bronquíolos: não possuem cartilagem em 
suas paredes, tem menos de 1mm de diâmetro 
e apresentam células de Clara no seu epitélio. 
Cada bronquíolo supre um LÓBULO pulmonar. O 
revestimento epitelial varia do epitélio simples 
cilíndrico ciliado, com ocasionais células 
caliciformes nos bronquíolos maiores, ao epitélio 
simples cúbico (com muitas células ciliadas), com 
ocasionais células de Clara sem células 
caliciformes nos bronquíolos menores. As células 
de Clara são cilíndricas e possuem o ápice em 
forma de cúpula, com 
curtos microvilos abaulados; 
no seu citoplasma apical 
possui muitos grânulos de 
secreção contendo 
glicoproteínas produzidas 
pelo seu REG abundante; 
funções: proteção do 
epitélio bronquiolar com sua 
secreção, degradar toxinas 
inaladas através de 
enzimas da família citocromo P-450 no REL, e 
alguns pesquisadores ainda sugerem que elas 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
produzem um material semelhante ao 
surfactante; além disso regeneram o epitélio 
bronquiolar. 
A LÂMINA PRÓPRIA dos bronquíolos NÃO tem 
glândulas; é circundada por uma trama helicoidal 
frouxa de musculo liso. Suas paredes e 
ramificações NÃO tem cartilagem. Fibras 
elásticas saem do tecido conjuntivo fibroelástico 
que circunda a musculatura lisa bronquial, e se 
conectam a fibras elásticas de outros ramos da 
árvore bronquial. 
: o sistema nervoso 
parassimpático controla o musculo liso dos 
bronquíolos. Normalmente o musculo liso se 
contrai no FINAL da expiração e relaxa durante 
a inspiração, em pacientes com ASMA o musculo 
pode prolongar a contração durante a 
expiração, dificultando a saída de ar dos seus 
pulmões – esteroides e B2-agonistas relaxam o 
musculo liso bronquiolar e aliviam as crises. 
 
Bronquíolos Terminais: representam a menor e a 
mais distal região da porção condutora do sistema 
respiratório. Possui diâmetro menor que 0,5 mm e são o 
término da porção condutora. Conduzem ar para os 
ácinos pulmonares, subdivisões do lóbulo pulmonar. O 
EPITÉLIO é composto por células de Clara e células 
cuboides, algumas com cílios. LÂMINA PRÓPRIA delgada 
camada de tecido conjuntivo fibroelástico circundada por 
duas camadas de células musculares lisas. Se ramificam e 
originam os bronquíolos respiratórios. 
É composta por bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares, sacos alveolares e alvéolos. 
BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS 
Correspondem a primeira região do sistema respiratório 
onde a troca gasosa pode ocorrer, e tem uma estrutura 
parecida com os bronquíolos terminais, mas suas paredes 
são interrompidas pelos ALVÉOLOS, bolsas de parede 
delgada, onde as trocas podem ocorrer. À medida que 
ocorre a ramificação desses bronquíolos respiratórios o 
lúmen diminui e o número de alvéolos aumenta. Cada um 
deles termina em um ducto alveolar. 
DUCTOS ALVEOLARES, ÁTRIOS E SACOS 
São supridos por uma rica rede capilar. Os DUCTOS 
ALVEOLARES não têm parede própria, são arranjos 
lineares de alvéolos → os ductos se ramificam e 
terminam em uma evaginação em fundo cego composta 
por dois ou mais grupos de alvéolos, em que cada um 
desses pequenos grupos é conhecido como SACO 
ALVEOLAR → e esses se abrem no ÁTRIO. 
Os SEPTOS INTERALVEOLARES são delicadas estruturas 
de tecido conjuntivo entre os alvéolos que reforçam o 
ducto alveolar estabilizando-o. A abertura de cada alvéolo 
para o ducto alveolar é controlada por uma célula de 
musculo liso (“botão”) envolta por fibras de colágeno tipo 
III (fibras reticulares) formando um esfíncter. A 
expiração não forçada depende das redes de fibras 
elásticas formadas entre os ductos e sacos alveolares 
1 BRONQUÍOLO SM m. liso A alvéolo E epitélio L lúmen 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
com as fibras de outras estruturas intrapulmonares 
(também relacionadas com a manutenção da patência). 
 
 
ALVÉOLOS 
São pequenas evaginações em forma de sacos aéreos 
compostos por delgados pneumócitos Tipo 1 e grandes 
pneumócitos Tipo 2; estão localizados nos bronquíolos 
respiratórios, ductos alveolares e sacos alveolares. 
Representam a unidade funcional e estrutural primaria 
do sist. Respiratório pois permitem a troca de CO2 por 
O2 entre o ar contido nos seus espaços e o sangue nos 
capilares. Conferem ao pulmão sua consistência 
esponjosa (aprox. 300 milhões). As vezes ficam tão 
próximos um dos outros que eliminam o tecido conjuntivo 
intersticial entre si – podendo haver comunicação entre 
os dois através de um Poro Alveolar (poro de Kohn) 
equilibrando a pressão de ar dentro dos segmentos. A 
região entre os alvéolos adjacentes é o SEPTO 
INTERALVEOLAR, que é ocupado por um leito capilar 
extenso composto por capilares contínuos, supridos pela 
artéria pulmonar e drenado pelas veias pulmonares – o 
tec. conjuntivo desse septo é rico em fibras elásticas e 
de colágeno tipo III (reticulares). 
Como os alvéolos e capilares são formados por células 
epiteliais eles repousam sobre uma proeminente lâmina 
basal; a abertura dos alvéolos nos sacos alveolares (ao 
contrário do que ocorre nos bronquíolos respiratórios e 
ductos alveolares) são desprovidas de músculo liso → 
seus orifícios são circundados por fibras elásticas e 
reticulares. As paredes são compostas por pneumócitos 
do tipo I e do tipo II. 
Pneumócitos Tipo 1 aproximadamente 95% da 
superfície alveolar é revestida por um epitélio SIMPLES 
PAVIMENTOSO cujas células são os pneumócitos tipo I 
(células alveolares tipo 1 ou células alveolares 
pavimentosas). Seu citoplasma é extremamente delgado, 
a região do núcleo é maislarga e contém grande parte 
das organelas (poucas mitocôndrias, pouco REG e um Golgi 
pouco desenvolvido). Eles formam junções oclusivas uns 
com os outros prevenindo o escape do fluido extracelular 
para dentro do lúmen. A face adluminal destas células é 
coberta por uma lâmina basal bem desenvolvida que se 
estende até próximo da borda dos poros alveolares → 
a borda de cada poro alveolar é formada pela junção das 
membranas plasmáticas de dois pneumócitos tipo 1 de 
alvéolos distintos. A superfície luminal dos pneumócitos do 
Tipo 1 é coberta por surfactante. 
Pneumócitos Tipo 2 embora sejam mais numerosos 
que os do tipo 1 ocupam apenas 5% da superfície 
alveolar. Essas células cuboides ficam dispersas entre as 
do tipo 1 e formam junções oclusivas com elas. Sua 
superfície apical em forma de cúpula se projeta pra 
dentro do lúmen alveolar → geralmente estão localizados 
onde os alvéolos são separados uns dos outros por 
septos (por isso também são chamados de células 
septais) e sua superfície adluminal (basal) é coberta por 
uma lâmina basal. Possuem curtos microvilos, núcleo 
centralizado, abundante REG, golgi bem desenvolvido e 
mitocôndrias 
 AS CARACTERÍSTICAS + MARCANTES presença de 
corpos lamelares, que são revestidos por surfactante 
que é o seu produto de secreção – composto por dois 
fosfolipídios a dipalmitoil fosfatidilcolina e o 
fofatidilglicerol, lipídios neutros e 4 proteínas exclusivas 
(apoproteinas surfactantes SP-A SP-B SP-C SP-D) – sai 
do Golgi e é transportado por vesículas chamados corpos 
compostos, precursores dos corpos lamelares. 
 crianças prematuras que ainda não 
produziram surfactante, ou foi insuficiente, podem sofrer da 
síndrome da angústia respiratória do recém-nascido – pois seus 
alvéolos não conseguem permanecer abertos; o surfactante 
sintético é utilizado pois age reduzindo a tensão superficial alveolar, 
 
Gabriella Estrela MED UFBA 255 HISTOLOGIA IV 
e os glicocorticoides estimulam a produção de surfactante pelos 
pneumócitos do tipo II 
O surfactante é liberado por exocitose e forma uma 
rede conhecida como mielina tubular que se separa nas 
porções lipídica e protéica. – Prevenindo a atelectasia que 
é o colapso dos alvéolos – é produzido constantemente 
e é fagocitado e reciclado pelos pneumócitos tipo II e as 
vezes por macrófagos alveolares. Os PT2 além disso tudo 
sofrem mitose e regeneram a si mesmos e aos 
pneumócitos tipo 1. 
Macrófagos alveolares (células de poeira) fagocitam 
partículas suspensas no lúmen dos alvéolos e nos septos. 
Monócitos que ganham acesso ao interstício pulmonar 
tornam-se células de poeira e ficam no lúmen alveolar, 
mantendo um ambiente estéril nos pulmões. 
 macrófagos alveolares de pacientes 
com congestão pulmonar e insuficiência cardíaca 
congestiva contém hemácias fagocitadas – sendo 
chamados de CÉLULAS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. O 
enfisema é uma doença normalmente associada às 
sequelas de exposição prolongada à fumaça do cigarro 
(maconhismo tbm – Prof. George rs) e outros inibidores 
da proteína alfa1-antitripsina → essa proteína protege 
o pulmão contra a destruição das fibras elásticas pela 
elastase sintetizada pelas células de poeira – em alguns 
pacientes a elasticidade reduz e grandes sacos alveolares 
dilatados e preenchidos com fluido diminuem a capacidade 
de troca gasosa. 
Septo interalveolar é revestido pelo epitélio alveolar 
em seus dois lados. Pode ser muito estreito contendo 
apenas um capilar contínuo e sua lâmina basal; ou ser 
mais espesso contendo elementos do tecido conjuntivo 
(fibras reticulares e elásticas), macrófagos, fibroblastos, 
mastócitos e elementos linfoides. 
 BARREIRA HEMATO-AÉREA É a região mais delgada do 
septo que é atravessada por o2 e co2 do lúmen do alvéolo 
para o lúmen do vaso sanguíneo, quanto mais estreita é 
a barreira mais eficiente ela é para as trocas. É formada 
por: surfactante e pneumócitos tipo 1; lâminas basais dos 
pneumócitos tipo 1 e das células endoteliais dos capilares 
fundidos; células endoteliais dos capilares contínuos (NÃO 
TEM PNEUMOCITO TIPO 2) 
TROCAS GASOSAS 
Nos pulmões o O2 é trocado por Co2 trazido pelo sangue; 
nos tecidos o Co2 é trocado pelo O2 do sangue. 
Vou esperar a aula de Alexandre para saber se 
precisamos dessa parte

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