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CONCEITOS BASICOS ANATOMIA 1) SISTEMAS Sistema esquelético (osteologia)Æ Formado por osso e cartilagem. Responsável pela sustentação do corpo e proteção de órgãos vitais. Onde o sistema muscular atua pra produzir os movimentos. Sistema articular (artrologia)Æ Formado pela articulação e ligamento que une a parte óssea. Local onde ocorre o movimento. Sistema muscular (miologia)Æ Formado por músculos esqueléticos cuja contração move ou posiciona partes do corpo e por músculos liso e cardíaco que impulsionam, expelem ou controlam o fluxo de liquido e substancia. Î Sistema/aparelho locomotor (ortopedia): Junção dos sistemas esquelético, articular e muscular. A atuação em conjunto do sistema esquelético e articular de forma passiva e o sistema muscular de forma ativa, possibilita a locomoção do corpo. • Estruturas diretamente responsáveis pela locomoção: músculos, ossos, articulações e ligamentos. • Estruturas indiretamente responsáveis pela locomoção: encéfalo e nervos estimulando a ação, artérias e veias levando O2 e nutrientes e removendo resíduos e órgãos dos sentidos principalmente visão e equilíbrio. Sistema nervoso (neurologia)Æ Formado pelo SNC (encéfalo e medula espinhal) e SNP (nervos e gânglios, com suas terminações motoras e sensitivas). Controla e coordena as funções do sistema orgânico, gerando resposta do corpo ao ambiente. Sistema circulatório (angiologia)Æ Formado por sistemas cardiovascular e linfático. ➢ Sistema cardiovascular (cardiologia): Formado pelo coração e vasos sanguíneos que impulsionam e conduzem o sangue no corpo, levando O2, nutrientes e hormônios às células e removendo seus resíduos. ➢ Sistema linfático: Formado por vasos linfáticos que retiram o excesso de linfa do espaço intercelular, filtra esse excesso através dos linfonodos e o reconduz ate a corrente sanguínea. Sistema respiratório (pneumologia)Æ Formado pelas vias respiratórias e pulmões. Porem o diafragma e laringe também controlam o fluxo de ar através desse sistema. 2) PLANOS E EIXOS Planos do corpo: ÆSagital / antero-posterior / médio: Divide o corpo em direita e esquerda. ÆFrontal / lateral / coronal: Divide o corpo em anterior e posterior. Æ Transversal / horizontal: Divide o corpo em superior e inferior. Eixos do corpo: ÆFrontal / transversal / látero-lateral: É perpendicular ao plano sagital. ÆSagital / antero-posterior: É perpendicular ao plano frontal. ÆLongitudinal / vertical / crânio-sacral: É perpendicular ao plano transversal. 3) Termos de movimento Flexão: Diminuição do ângulo de uma articulação. Extensão: Aumento do ângulo de uma articulação. ➢ A flexão e extensão geralmente ocorre no plano sagital em torno de um eixo transversal. Rotação medial / interna: Gira a face anterior do membro para dentro. Rotação lateral / externa: Gira a face anterior do membro para fora. ➢ A rotação ocorre ao redor do eixo longitudinal. Adução: Aproxima o membro do plano mediano. Abdução: Afasta o membro do plano mediano. ➢ A adução e abdução geralmente ocorre no plano frontal em torno de um eixo sagital. Circundação: movimento circular que ocorre com a combinação dos movimentos de flexão, abdução, extensão e adução. Elevação: desloca pra cima. Depressão: desloca pra baixo. ÆPé: Inversão: Adução + Supinação (rotação medial) Eversão: Abdução + Pronação (rotação lateral) ÆMão: Pronação: Rotação medial Supinação: Rotação lateral 4) Divisão do corpo humano Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros. ÆCabeça: dividida em face e crânio. ÆTronco: divido em pescoço, tórax e abdome. ÆMembros superiores: divididos em ombro, braço, antebraço e mão. ÆMembros inferiores: divididos em quadril, coxa, perna e pé. 5) Sistema esquelético Esqueleto axialÆ Formado pelos ossos: crânio, hioide, vertebras cervicais, costelas, esterno, vertebras torácicas, vertebras lombar e sacro. Esqueleto apendicularÆ Formado pelos ossos dos membros. Ex: escapula, clavícula e quadril. 6) Classificação dos ossos Ossos LongosÆ Uma das dimensões excede as demais. Dividido em epífises (extremidades), diáfise (corpo) e metáfise (entre a epífise e a diáfise). Nas crianças encontramos a linha epifisária composta pela cartilagem epifisária, que permite o crescimento ósseo no eixo longitudinal. Exemplo: Úmero e Fêmur. Ossos Chatos, Planos ou LaminaresÆ Apresentam pequena espessura e equivalência entre o comprimento e a largura. Exemplo: ossos da calota craniana. Ossos CurtosÆ Suas dimensões, em todos os sentidos, são semelhantes. Exemplo: os pequenos ossos do carpo ou do tarso. Ossos IrregularesÆ Possuem uma caracterização muito específica, não havendo relação nenhuma entre suas dimensões. Exemplo: Vértebras. Ossos planosÆ tem função protetora. Ossos sesamoidesÆ protegem os tendões contra o desgaste excessivo. 7) Acidentes ósseos Saliências articularesÆ São elevações nos ossos que se articulam com outras estruturas. São as cabeças, côndilos, capítulos e trócleas. Exemplo: cabeça do fêmur e tróclea do úmero. Saliências não articularesÆ São elevações nos ossos que não se articulam com outras estruturas. São as bordas, cristas, espinhas, linhas, apófises ou processos, tuberosidades e tubérculos. Exemplo: crista ilíaca e espinha esquiática. Depressões articularesÆ São reentrâncias nos ossos que se articulam com outras estruturas. Temos as cavidades, as fóveas, as incisuras (essas podem ser ou não articulares) e os alvéolos. Exemplo: cavidade glenoide da escápula, a fóvea costal das vértebras e os alvéolos dentários da mandíbula. Depressões não articularesÆ São reentrâncias nos ossos que se não articulam com outras estruturas. São os sulcos e as fossas. Exemplo: sulco do nervo radial do úmero, fossa intercondilar do fêmur. Forames e canaisÆ São aberturas nos ossos que permitem a passagem de qualquer estrutura anatômica. Essas aberturas podem ser formadas por um único osso ou por mais de um osso. Exemplo: forame nutrício dos ossos e canal óptico do osso esfenóide. 8) Classificação das articulações Articulação sinovialÆ Os ossos são unidos por uma capsula articular que transpõe e reveste a cavidade articular que é onde esta contido o liquido sinovial. É a articulação mais comum e é considerada uma articulação de locomoção. Î Classificação da articulação sinovial de acordo com o formato das superfícies articulares e/ou tipo de movimento que permitem: • Articulação plana: Permite o movimento de deslizamento no plano das superfícies articulares. A superfície articular oposta do osso é plana ou quase plana, com movimento limitado por sua capsula articular firme. Exemplo: articulação acromioclavicular. • Articulação gínglimo: É uniaxial, pois permite movimento no plano sagital (movimento de flexão e extensão). A capsula articular é fina e frouxa aonde ocorre o movimento, porem os ossos são unidos lateralmente por ligamentos colaterais fortes. Exemplo: articulação do cotevelo. • Articulação selar: É biaxial, pois permite movimento no plano sagital (flexão e extensão) e frontal (abdução e adução) além da circundação. A superfície articular oposta do osso é côncava, sendo reciprocamente côncava e convexa. Exemplo: articulação carpometacarpal. • Articulação elipsóidea: Permite o movimento de abdução, adução, flexão e extensão. É biaxial porem o movimento no plano sagital é maior e mais livre que no frontal. Exemplo: articulação metacarpofalangica. • Articulação esferoidal: Permite o movimento em vários eixos e planos como a flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e circundação por isso é multiaxial. É altamente móvel e a superfície esferoideade um osso move-se na cavidade do outro. Exemplo: articulação do quadril. • Articulação trocoidea: É uniaxial, pois permite o movimento de rotação em torno de um eixo central. O processo arredondado do osso gira dentro de uma bainha ou anel. Exemplo: articulação atlantoaxial mediana. Articulação fibrosaÆ Os ossos são unidos por tecido fibroso o que faz com que esse ossos fiquem bem próximos e essa articulação tenha mobilidade parcial (a ADM depende do comprimento das fibras). A sindesmose é um tipo dessa articulação. Articulação cartilagíneaÆ Os ossos são unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. A presença de cartilagem hialina nessas articulações é a responsável por permitir o crescimento do comprimento do osso. A presença da fibrocartilagem proporciona uma articulação ligeiramente forte, dando resistência e absorção ao choque e uma considerável flexibilidade. 9) Vascularização e inervação das articulações As articulações recebem sangue através das artérias articulares que tem origem nos vasos ao redor da articulação. Também possuem nervos articulares com terminações nervosas sensitivas na capsula articular o que contribui para a propriocepção . ➢ Lei de Hilton: Os nervos que suprem uma articulação também suprem os músculos que movem esta articulação e apele que cobre suas inserções distais. 10) Cinemática articular O movimento articular é uma combinação variável de movimentos acessórios: rolamento, deslizamento ou giro. E a variação dessa combinação depende da direção em que ocorre o movimento, da área de superfície do osso estacionário ou em movimento. Movimento osteocinemático Æ É o movimento fisiológico que ocorre em cada plano e eixo do corpo. Movimento artrocinemático Æ É o movimento que ocorre no interior da articulação, promovendo uma distensão da cápsula articular, permitindo que os movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as estruturas articulares. Estes movimentos não podem ser realizados ativamente pelo paciente, geralmente são muito utilizados para restaurar a biomecânica articular normal diminuindo a dor, alongando ou liberando com menos trauma determinadas estruturas. Tem função de: movimentar o líquido sinovial levando nutrientes para as partes avasculares da articulação / manter a extensibilidade e a força de tensão nos tecidos articulares e periarticulares / inibir a ação dos nociceptores profundos e superficiais através de estímulos dos mecanoceptores articulares. E são: ÆRolamento: Ocorre quando os pontos de contato sobre a superfície articular estão mudando constantemente. Ocorre sempre na mesma direção do balanço do osso. ÆDeslizamento: Ocorre quando um ponto sobre a superfície que se move faz contato com outros pontos da superfície oposta. É um movimento acessório. A direção varia de acordo com a forma da superfície articular. ÆGiro: Qualquer movimento no qual o osso se move mas o eixo mecânico permanece parado. ÆCompressão: Ocorre uma aproximação das superfícies ósseas articulares. ÆTração: Ocorre um afastamento das superfícies ósseas articulares. ➢ Lei do côncavo e convexo "Se um osso da convexidade move-se sobre o osso que apresenta a concavidade, a superfície convexa move-se em sentido oposto ao do segmento ósseo." (Lehmkuhl, 1997) ➢ Explicação: Quando um osso convexo move-se sobre um côncavo, ele deve primeiro realizar um movimento de rolamento anterior e deslizamento posterior. Portanto, as direções são opostas. "Se o osso com a concavidade for movido sobre o osso com a convexidade, a estrutura côncava se moverá no mesmo sentido do segmento ósseo." ➢ Explicação: Quando um osso côncavo for movido sobre um osso convexo, a estrutura côncava deve primeiro rolar anterior e deslizar anterior. Portanto, as direções dos dois movimentos são para o mesmo sentido. 11) Toráx Contem os principais órgãos dos sistemas respiratório e circulatório. Cavidade torácicaÆ É dividida em 3 compartimentos: o mediastino, ocupado pelo coração e estruturas que transportam ar, sangue e alimento; e cavidades pulmonares direita e esquerda, ocupadas pelos pulmões. Caixa torácica Æ Formada através do esqueleto torácico e tem função de proteção das vísceras torácicas e alguns órgãos abdmonais, garante a mecânica da respiração e proporciona fixação pros músculos. Possui 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas, 12 vertebras torácicas e os discos intervertebrais e o esterno. Î Articulações da parede torácica • Intervertebral: movimento limitado principalmente a pequenos graus de rotação. • Costovertebral • Costocondral: articulação da costela com a cartilagem costal. Normalmente não há movimentos mas a cartilagem costal propicia flexibilidade. • Intercondral • Esternocostal • Esternoclavicular • Manubioesternal • Xifoesternal Î Músculos da parede torácica • Serrátil posterior superior e inferior: o 1º com ação de elevar as costelas e o 2º de abaixar. • Levantador da costela • Intercostais (interno, externo e intimo) • Subcostal • Transverso do tórax: abaixa levemente as costelas. ➢ Movimentos da parede torácica: Movimento tipo alavanca de bomba das costelas superiores, e movimento tipo alça de balde das costelas inferiores. O aumento da dimensão resulta em inalação (inspiração) e a diminuição causa exalação (expiração). 12) Pelve A pelve é parte do tronco posteroinferior ao abdômen e é a área de transição entre o tronco e os membros inferiores. Cíngulo do membro inferior Æ Formado pelo sacro e quadril (ílio, ísquio e púbis). Tem função de sustentação e transferência de peso; proteção e sustentação das vísceras; abrigo e fixação pras estruturas do sistema genital e urinário. Î Articulações da pelve • Sacroilíaca: Função de sustentação e transferência de peso do esqueleto axial ao apendicular e estabilidade. Tem mobilidade limitada a leves movimentos de deslizamento e rotação. • Sínfise púbica: É cartilagínea. Consiste em um disco fibrocartilagíneo e ligamentos adjacentes para unir o osso púbis no plano mediano. • Lombossacra • Sacrococcígea 13) Dorso Região do corpo onde estão fixados a cabeça, pescoço e membros. E inclui: • Pele e tecido subcutâneo • Músculos: divididos em camada superficial que esta relacionada com o posicionamento e movimento dos membros superior e em camada profunda que esta relacionada ao movimento e postura. • Coluna vertebral: Função de proteger a medula e nervos espinhais; sustentar o corpo superior ao nível da pelve; garante um eixo rígido e flexível e uma base alargada; papel importante na postura e locomoção; • Costelas • Medula espinhal e meninges • Nervos e vasos Curvaturas da coluna Æ Cifose torácica e sacral e lordose cervical e lombar. São importantes na absorção do impacto e para a flexibilidade do esqueleto axial. São mantidas sustentadas dinamicamente através do extensores do dorso e flexores do abdômen. Î Articulações da coluna vertebral • Dos corpos vertebrais • Dos arcos vertebrais • Craniovertebral: atlantoaxial (movimento de não com a cabeça) e atlantoccipital (movimento de sim com a cabeça) • Costovertebral • Sacroilíaca ➢ A coluna é semirrígida. A mobilidade da coluna é determinada pela espessura dos discos. O tipo de movimento entre as vertebras é controlado de acordo com a disposição das articulações. Î Movimentos da coluna vertebral • Flexão • Extensão • Inclinação • Rotação A região cervical e lombar são as mais moveis e consequentemente mais vulneráveis a lesões. ➢ A ADM da coluna varia de acordo com a região e individuo e decorre da compressibilidade e elasticidade dos discos. É limitada por: • Compressibilidadee elasticidade dos discos • Formato e orientação das articulações • Tensão das capsulas articulares • Resistência dos músculos e ligamentos do dorso • Fixação a caixa torácica • Volume do tecido adjacente Î Músculos do dorso • Camada superficial: esplênio. • Camada intermedia: eretores da espinha Æ iliocostal, longuíssimo do dorso e espinal. • Camada profunda: transversosespinais Æ semiespinal, multífido e rotadores curto e longo; interespinais, intertransversários e levantadores das costelas. ➢ Principais músculos que movimentam as articulações torácicas e lombares: • Flexão Æ Ação bilateral de: reto do abdome, psoas maior e gravidade • Extensão Æ Ação bilateral de: eretor da espinha, multífido e semiespinal do tórax • Inclinação Æ Ação unilateral de: iliocostal do lombo, longuíssimo do dorso, multífido, obliquo externo e interno, quadrado lombar, romboides e serratil anterior. • Rotação Æ Ação unilateral de: rotadores, multífido, iliocostal, longuíssimo do dorso, obliquo externo em sintonia com obliquo interno oposto e esplênio. ➢ Principais músculos que movimentam as articulações cervicais • Flexão Æ Ação bilateral de: longo do pescoço, escaleno e ECOM. • Extensão Æ semiespinal do pescoço e da cabeça, iliocostal do pescoço, esplênio do pescoço e da cabeça, longuíssimo da cabeça, levantador da escapula, multifido e trapézio. • Inclinação Æ Ação unilateral de: iliocostal do pescoço, longuíssimo da cabeça e pescoço, esplênio da cabeça e pescoço, intertransversário e escalenos. • Rotação Æ Ação unilateral de: rotadores, semiespinais da cabeça e pescoço, multifido e esplênio do pescoço. ➢ Principais músculos que movimentam as articulações atlantoccipitais • Flexão Æ logo da cabeça, reto anterior da cabeça, fibras anteriores do ECOM, supra hioideos e infra hioideos. • Extensão Æ reto posterior da cabeça, obliquo superior da cabeça, esplênio da cabeça, longuíssimo da cabeça e trapézio. • Inclinação Æ ECOM, obliquo superior da cabeça, reto lateral da cabeça, longuíssimo da cabeça e esplênio da cabeça. ➢ Principais músculos que movimentam as articulações atlantoaxiais • Ipsolaterais Æ obliquo inferior da cabeça, retos posteriores da cabeça, longuíssimo da cabeça e esplênio da cabeça. • Contralaterais Æ ECOM e semiespinal da cabeça. Î Vascularização da coluna vertebral As vertebras são irrigadas por ramos periosteais e equatoriais das principais artérias cervicais e segmentares e por seu ramos espinais. As artérias que dao origem a esses ramos são: • Artérias vertebrais e cervicais ascendentes no pescoço • Artérias intercostais posteriores na região torácica • Artérias subcostais e lombares no abdome • Artérias iliolombar e sacrais lateral e mediana na pelve ➢ Ramos periosteais e equatoriais: originam-se enquanto cruzam as superfícies anterolaterais das vertebras. ➢ Ramos espinais: entram nos forames IV e se dividem. Irrigam a coluna vertebral. As veias espinais formam plexos venosos ao longo da coluna, dentro e fora do canal vertebral, que se comunicam através dos forames intervertebrais. Recebem sangue das vertebras e drenam pras veias vertebrais do pescoço e segmentares do tronco. Î Nervos da coluna vertebral A coluna é inervada por ramos meníngeos recorrentes dos nervos espinais. Alguns ramos retornam para o canal vertebral e outros permanecem fora do canal e são distribuídos para: • Periósteo • Ligamentos amarelos: laminas do arcos vertebrais adjacentes unidas por uma faixa de tecido elástico. • Anéis fibrosos • Ligamento longitudinal posterior • Dura mater espinal • Vasos sanguíneos no canal vertebral ➢ Esses 2 grupos de nervos são os responsáveis por conduzir a dor localizada no originada na coluna. ➢ A região cervical é inervada por 8 nervos. A torácica por 12. A lombar por 5. A sacral por 5. A coccígea por 1 Î Medula espinal Principal centro reflexo e vida de condução entre o corpo e encéfalo. É protegida pelas vertebras, seus ligamentos e músculos associados, pelas meninges espinais e liquido cerebroespinal. É a continuação do bulbo, a parte caudal do tronco encefálico. É alargada nas duas regiões relacionadas com a inervação dos membros. A intumescência cervical, que forma o plexo braquial e a intumescência lombossacral, que forma o plexo lombar e sacral. 14) Membro inferior Função de sustentação do peso do corpo, locomoção e manutenção do equilíbrio. Possui 6 regiões principais: • Região glútea: inclui as nádegas e região do quadril. • Região da coxa: Inclui o fêmur. • Região do joelho: Inclui os côndilos do fêmur e tíbia, cabeça da fíbula e patela. • Região crural: inclui a maior parte da tíbia e fíbula. É a perna. • O tarso: Inclui os maléolos. • O pé: Inclui o tarso, metatarso e falanges. Î Ossos do membro inferior Osso do quadril Æ formado pela união dos ossos ílio (maior parte do osso do quadril), ísquio e púbis, que juntos formam o cíngulo do membro inferior. Cada um desses ossos é necessário para receber metade do peso da parte superior do corpo na posição de pé, e todo o resto na marcha. O acetábulo é formado devido a constituição dos ossos primários do quadril, é a face do quadril que se articula com a cabeça do fêmur e é mais largo nas mulheres. Fêmur Æ transmite o peso do quadril pra tíbia quando a pessoa esta em pé. O ângulo de inclinação do fêmur é menor nas mulheres devido ao acetábulo ser mais largo e da maior obliquidade do corpo do fêmur, o que permite maior mobilidade do fêmur na articulação com o quadril porque a cabeça e o colo do fêmur ficam mais perpendiculares ao acetábulo. Apesar de ser vantajoso para a marcha, aumenta a tensão no colo do fêmur (o que explica esse tipo de fratura antes de uma queda em pessoas idosas, com osteoporose). Tíbia e fíbula Æ a tíbia é um osso que sustenta todo o peso acima dela, enquanto a fíbula é uma área suplementar pra fixação muscular e para a formação do tornozelo, em conjunto com a tíbia e tálus, formando assim a articulação talocrural. A pronação permanente destes 2 ossos auxiliam na estabilidade articular e locomoção. Ossos do pé Æ são 7 ossos do tarso, 5 ossos do metatarso e 14 falanges. Juntos formam uma unidade funcional, que permite a distribuição de peso sobre uma larga plataforma afim de manter o equilíbrio, permitir adaptação e ajuste as variações do terreno, absorver o choque e transferência de peso do calcanhar a parte anterior do pé, proporcionando a marcha. ➢ Ossos do tarso: • Tálus: único osso que se articula com os ossos da perna. Dividido em corpo, colo e cabeça. É o único osso sem sustentação muscular ou tendínea. A maior parte da superfície é coberta por cartilagem. • Calcâneo: maior e mais forte osso do pé. Transmite a maior parte do peso do corpo do tálus para o solo. • Cuboide: • Navicular: • 3 cuneiformes: medial, intermédio e lateral Î Nervos cutâneos do membro inferior • Subcostal • Ilio-hipogástrico • Ílioinguinal • Genitofemural • Nervo cutâneo femoral lateral • Ramos cutâneos anteriores • Ramo cutâneo do nervo obturatório • Nervo cutâneo femoral posterior • Nervo safeno • Nervo fibular superficial • Nervo fibular profundo • Nervo sural • Nervo plantar medial • Nervo plantar lateral • Nervos calcâneos • Nervos clunios superiores • Nervos clúnios mediais • Nervos clunios inferiores ➢ Nervos cutâneos femorais são os principais enervadores da coxa. Os nervos safeno, sural e fibular são resposaveis pela inervação da perna e dorso do pé. Os nervos tibial, sural e plantares medial e lateral inervam a planta do pé. Î Ciclo da marcha Consiste em um ciclo de apoio e balanço. A fase de apoio ocupa cerca de 60% da fase e começacom o toque do calcâneo no solo e a fase de balanço ocupa cerca de 40% da fase e começa depois da propulsão, quando os dedos saem do solo. Fase da marcha Principal objetivo mecânico Músculos ativos FASE DE APOIO Contato inicial Tocar o solo com o calcâneo Tibial anterior, glúteo máximo, flexor curto dos dedos e tendão tibial anterior Resposta a carga Aceitar o peso Quadríceps, tríceps sural, glúteo médio e mínimo e tensor da fascia lata, flexor curto dos dedos e tendões tibial posterior e flexores longos dos dedos Médio apoio Estabilizar a pelve Quadríceps, tríceps sural, glúteo médio e mínimo, tensor da fáscia lata, flexor curto dos dedos e tendões tibial anterior e flexores longos dos dedos Apoio terminal Acelerar a massa, estabilizar a pelve Tríceps sural, glúteo médio e mínimo, tensor da fascia lata, adutor do halux e tendões tibial posterior e flexores longos dos dedos Pré balanço Desacelerar a coxa e preparar pro balanço Flexor longo do hálux e dos dedos, adutor do halux, iliopsoas, reto femoral e tendão tibial posterior e flexores longos dos dedos Fase da marcha Principal objetivo mecânico Músculos ativos FASE DE BALANÇO Balanço inicial Acelerar a coxa e elevar o pé Iliopsoas, reto femoral e tibial anterior Balanço médio Elevar o pé Tibial anterior Balanço terminal Posicionar o pé, estemder o joelho pra posicionar o pé (e controlar a passada) e preparar pra contato Glúteo máximo, bíceps femoral, semitendineo, semimembranaceo, tibial anterior e quadríceps Î Músculos da região da coxa ➢ Músculos flexores do quadril • Pectíneo • Iliopsoas • Psoas maior e menor • Ilíaco • Sartório ➢ Músculos extensores do joelho • Quadríceps • Reto femoral • Vasto lateral, medial e intermédio ➢ Músculos extensores do quadril e flexores do joelho • Semitendineo • Semimembranáceo • Bíceps femoral ➢ Músculos adutores da coxa • Adutor longo, curto e magno • Grácil • Obturador externo ➢ Músculos abdutores e rotadores externos • Glúteo máximo, médio e mínimo • Tensor da fáscia lata • Piriforme • Obturador interno • Gêmeo superior e inferior • Quadrado femoral Î Vascularização da coxa • Artéria femoral • Artéria femoral profunda • Artéria circunflexa femoral medial e lateral • Artéria obturatória • Artéria glútea superior e inferior • Pudenda interna • Perfurante Î Nervos das regiões glútea e femoral posterior Essas regiões estão situadas sobre o forame isquiático maior, local onde os derivados do plexo sacral saem da pelve. Por isso, a região glútea, inclui um numero desproporcional de nervos de todos os tamanhos, motores e sensitivos. • Clunio superior, médio e inferior • Isquiático • Cutaneo femoral posterior • Glúteo superior e inferior • Nervo pro musculo quadrado femoral • Pudendo • Nervo pro musculo obturador interno Î Músculos da região da perna ➢ Músculos do compartimento anterior e lateral • Tibial anterior • Extensor longo dos dedos • Extensor longo do hálux • Fibular terceiro • Fibular longo • Fibular curto O compartimento lateral da perna contem os eversores primários. A eversão é usada pra sustentar a parte medial do pé, resistindo a uma inversão forçada e evitando lesão. ➢ Músculos do compartimento posterior • Gastrocnemio • Sóleo • Plantar • Poplíteo • Flexor longo do halux • Flexor longo dos dedos • Tibial posterior Î Nervos da perna • Safeno • Sural • Tibial • Fibular comum e profundo: uma lesão nesses nervos causa o pé em gota • Fibular superficial Î Artérias da perna • Poplítea • Tibial anterior • Dorsal do pé • Tibial posterior • Fibular OBS: a fossa poplítea é o compartimento onde todas as estruturas neurovasculares entre a coxa e a perna passam. Î Pé Dividido em 3 partes anatômicas e funcionais: Retropé: composto pelo talus e calcâneo Mediopé: composto pelo navicular, cuboide e cuneiformes Antepé: composto pelos metatarsos e falanges Î Articulações do membro inferior Incluem as articulações do cíngulo do membro inferior: articulações lombossacrais, sacroilíacas e sínfise púbica. E articulações do quadril, joelho, tibiofibulares, talocrural e do pé. 1) Articulação do quadril Æ conexão do membro inferior com o cíngulo do membro inferior. É considerada sinovial esferoidea mutiaxial forte e estável. Essa estabilidade é resultado da força mecânica da própria articulação, devido: a cavidade profunda do acetábulo, o que permite extenso contato entre as superfícies articulares; sua forte capsula articular; e sua musculatura adjacente. Seus principais movimentos são Æ flexão e extensão, numa grande amplitude, e rotação medial e lateral com abdução.
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