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Universidade de Brasília Instituto de Física Quarta Lista de Exercícios de Física I Questão 1 A posição ~r de uma partícula que se move no plano xy é dada por ~r = (2t3 − 5t)ˆi+ (6− 7t4)jˆ. Aqui ~r é dado em metros e t, em segundos. Calcule: (a) ~r; (b) ~v e (c) ~a quando t = 2s. Solução (a) Em t = 2s a posição ~(r) da partícula é: ~r = [2× (2)3 − 5× (2)]ˆi+ [6− 7× (2)4]jˆ ~r = [16− 10]ˆi+ [6− 112]jˆ ~r = (6ˆi− 106jˆ)m (b) A velocidade instantânea ~v é a primeira derivada de ~r em relação ao tempo: ~v = d~r dt = d dt [(2t3 − 5t)ˆi+ (6− 7t4)jˆ] ~v = (6t2 − 5)ˆi− 28t3jˆ Substituindo o valor de t = 2s: ~v = (6× 22 − 5)ˆi− 28× 23jˆ ~v = (19ˆi− 224jˆ)m/s (c) A aceleração instantânea ~a é a primeira derivada de ~v em relação ao tempo: ~a = d~v dt = d dt [(6t2 − 5)ˆi+−28t3)jˆ] ~a = 12tˆi− 84t2jˆ Substituindo o valor de t = 2s: ~a = 12× 2ˆi− 84× 22jˆ ~a = (24ˆi− 336jˆ)m/s2 Questão 2 Um projétil é disparado com velocidade de 600m/s, num ân- gulo de 60o com a horizontal. Calcule (a) o alcance horizontal, (b)a altura máxima, (c) a velocidade e a altura 30s após o disparo. Solução (a) Seja t = tA o instante em que o projétil atinje o ponto x = A. A distância OA é chamada de alcance do projétil, Fazendo y(tA) = 0, temos que: y(t) = (v0 sin θ)t− 1 2 gt2 y(tA) = (v0 sin θ)t− 1 2 gt2 = 0→ (v0 sin θ − 1 2 gt)t = 0 Da expressão acima temos duas raízes, t = 0 e t = 2v0 sin θ g , que correspondem às duas situações em que y = 0, uma no ins- tante t = t0 = 0 e a outra ao atinjir o solo no ponto x = A, t = tA = 2v0 sin θ g . Sabendo que θ = 60o e g = 9, 8m/s2, então substituindo os valores encontramos o valor de tA: 2× 600× sin 60o 9, 8 = 2× 600× √ 3 2 9, 8 ≈ 106s Para calcular o alcance usamos a expressão: x(t) = (v0 cos θ)t Agora substituimos o valor de ta em x(tA) = A, ou seja, A = (v0 cos θ)tA = 600× cos 60o × 106 = 31800m = 31, 8km (b) Da figura podemos ver que a altura máxima do projétil é no instante de tempo tm = tA2 = 53s. Assim, y(tm) = ym, ou seja, ym = (v0 sin θ)tm − 1 2 g(tm) 2 ym = 600× √ 3 2 × 53− 1 2 × 9, 8× 532 ≈ 13775, 5m (c) Temos que ~v = vx iˆ+vy jˆ. Agora vamos calcular as componentes: vx(t) = v0 cos θ vx(30s) = v0 sin 60 o = 600× 0, 5 = 300m/s vy(t) = v0 sin θ − gt vy(30s) = v0 sin 60 o − gt vy(30s) = 600× √ 3 2 − 9, 8× 30 ≈ 225, 6m/s Então temos que: v = √ v2x + v2y = √ 3002 + 225, 62 ≈ 375, 4m/s A altura y(30s) vale: y(30s) = 600× sin60o × 30− 1 2 × 9, 8× 302 y(30s) =≈ 11178m ≈ 11, 2km Questão 3 Um canhão antitanque está localizado na borda de um platô a 60m acima de uma planície, como mostra a figura abaixo. A equipe do canhão avista um tanque inimigo parado na planície a uma distância horizontal de 2, 2km do canhão. No mesmo instante a equipe do tanque avista o canhão e começa a se mo- ver em linha reta para longe deste, com aceleração de 0, 9m/s2. Se o canhão antitanque dispara um projétil com velocidade de saída igual a 240m/s, com um ângulo de elevação de 10o acima da horizontal, quanto tempo a equipe do canhão deverá esperar antes de atirar para que o projétil atinja o tanque? Solução Vamos chamar de (tp) o tempo que o projétil leva para atinjir o solo da planície e (tt) o tempo que o tanque leva para chegar ao local onde o projétil cai, que fica a uma distância horizontal (R) do canhão. O tempo de espera será t = tt − tp. Universidade de Brasília - Física 1 - Quarta Lista de Exercícios Inicialmente vamos analisar somente o movimento do projétil. Em x o projétil se move com velocidade constante: x = x0 + vxt R = 0 + v0 cos θtp tp = R v0 cos θ Em y o projétil se move conforme a expressão: y − y0 = vy0t+ 1 2 ayt 2 0− h = v0 sin θtp − 1 2 gt2p Substituindo os valores tp = Rv0 cos θ , h = 60m, θ = 10 o e g = 9, 8m/s2 na equação acima, encontramos duas raízes R1 ≈ 2306, 77m e R2 ≈ −296, 53m. Como R corresponde a uma co- ordenada positiva no eixo x, então R = 2306, 77m. Em seguida, substituímos este valor na expressão tp = Rv0 cos θ e encontramos tp ≈ 9, 76s. Agora vamos analisar o movimento do tanque. Em x o tanque se move com velocidade constante: x = x0 − vx0t+ 1 2 axt 2 R− d0 = 0 + 1 2 att 2 t Sendo d0 = 2, 2km e ax = at = 0, 9m/s2, então: tt = √ 2(R− d0) at ≈ 15, 4038s Portanto, o tempo de espera será: t = tt − tp = 15, 4038− 9, 76 ≈ 5, 64s Questão 4 Um menino gira uma pedra em uma circunferência localizada em um plano horizontal a 2, 0m acima do solo por meio de um fio de 1, 5m de comprimento. Suponha que o fio arrebente e a pedra seja atirada horizontalmente, atinjindo o chão a 10m de distância. Qual era a aceleração centrípeta da pedra enquanto estava em movimento circular? Solução Considere a seguinte figura: A análise do movimento na horizontal (eixo x): x = x0 + vxt d = 0 + vt t = d v A análise do movimento na vertical (eixo y): y = y0 + vy0t+ 1 2 at2 0 = h+ 0− 1 2 gt2 h = 1 2 gt2 Substituindo o valor de t = d v : h = 1 2 g d2 v2 v2 = gd2 2h A aceleração centrípeta é dada por: ac = v2 r = gd2 2rh ac = (9, 8)(10)2 2(1, 5)(2) ≈ 163, 33m/s2 Questão 5 Um avião voa horizontalmente a uma altitude de 1km com a velocidade de 200km/h. Ele deixa cair uma bomba sobre um navio que se move no mesmo sentido e com velocidade de 20km/h. (a) Calcule a distância horizontal entre o avião e o navio, no instante do lançamento, para que este seja atinjido pela bomba. (b) Resolva o mesmo problema para o caso em que o avião e o navio terem movimentos em sentidos contrários. Solução (a) Considere a figura abaixo: A bomba é deixada cair de um avião que voa a v = 200km/h = 56m/s. Portanto, a bomba é lançada horizontalmente (θ = 0o) com velocidade inicial v0x = 56m/s e v0y = 0, ou seja, v0 = 56m/s. Para atinjir o navio, a bomba deve ser lançada sobre o ponto O, que está a uma distância horizontal d do navio (Fig 5 (a)). Observe que A = d + xn, onde A é o alcance do projétil, xn é a distância percorrida pelo navio desde o instante do lançamento da bomba e d é a distância procurada. Mas, o tempo que o projétil leva para percorrer a distância x = A é obtido fazendo y(t) = 0 para t = tA, ou seja, y(t) = y0 + (v0 sin θ)t− 1 2 gt2 0 = 1000− 4, 9t2 → t = ±14, 3s Em tA = 14, 3s, A = x(tA)→ A = (v0 cos 0o)tA A = 56× 14, 3 = 800, 8m No intervalo de tempo t = tA, o navio percorreu uma distância uma distância xn dada por: xn = vntA = 5, 6× 14, 3 = 80, 1m onde vn = 20km/h = 5, 6m/s é a velocidade do navio. Portanto, temos que d = A− xn = 720, 7m (b) Agora temos o caso em que o navio se move em sentido contrário ao do avião (Fig 5(b)). Nesta figura observamos que d = A + xn. Como os valores são os mesmos, encontramos Universidade de Brasília - Física 1 - Quarta Lista de Exercícios d = 800, 8 + 80, 1 = 880, 9m Questão 6 A chuva cai verticalmente com uma velocidade constante de 8, 0m/s. (a) A que ângulo com a vertical e (b) com qual velo- cidade as gotas de chuva caem para o motorista de um carro viajando numa estrada reta a 50km/h? Solução Considere o seguinte esquema vetorial de velocidades, onde vc é a velocidade do carro em relação ao solo, vg é a velocidade das gotas de chuva em relação ao solo e vgc é a velocidade das gotas de chuva em relação ao carro: (a) Sendo vc = 50km/h = 13, 9m/s, o ângulo que a chuva faz com a vertical é: θ = tan−1 ( vc vg ) = tan−1 ( 13, 9 8 ) ≈ 60o (b) A velocidade escalar da chuva é dada por: vgc = √ v2c + v2g = √ 13, 92 + 82 ≈ 16, 03m/s Questão 7 Um trem viaja em direção sul com uma velocidade de 30m/s em relação ao solo, sob uma chuva que é soprada por um vento também dirigido para o sul. A trajetória de cada gota de chuva faz um ângulo de 22ocom a vertical, medido por um observador parado em relação à Terra. Um observador sentado no trem, entretanto, vê que os traços perfeitamente verticais das gotas de chuva na janela do trem. Determine a velocidade das gotas da chuva em relação ao solo. Solução Considere o seguinte esquema vetorial de velocidades, onde vt = 30m/s é a velocidade do trem em relação à Terra, vg é a velocidade das gotas de chuva em relação à Terra e vgt é a velocidade das gotas de chuva em relação ao trem: Temos que: ~vg = ~vt + ~vgt onde ~vt = −vt iˆ e ~vgt = −vg cos θjˆ. Então, temos que: ~vg = −vt iˆ− vg cos θjˆ Sendo vt = vg sin θ, temos que: ~vg = −vt iˆ− vt tan θ jˆ Portanto o módulo de vg será dado por: vg = √ v2t + ( vt tan θ )2 ≈ 80, 1m/s onde θ = 22o. Questão 8 Calcule a velocidade angular de um disco que gira com movi- mento uniforme de 13, 2rad em cada 6s. Em seguida, calcule o período e a frequência do movimento. Lembre-se que a frequên- cia é definida como o inverso do período ν = 1T . Solução A velocidade angular do disco é dada por: ω = ∆θ ∆t = 13, 2 6 = 2, 2rad/s O período do movimento é dado por: T = 2pi ω = 2× 3, 14 2, 2 = 2, 9s A frequência é definida como o inverso do período: ν = 1 T = 1 2, 9 = 0, 34Hz Questão 9 Um pósitron sofre um deslocamento ∆~r = 2, 0ˆi− 3, 0jˆ + 6, 0kˆ, terminando com o vetor posição ~r = 3, 0ˆi − 4, 0jˆ, em metros. Qual era o vetor posição inicial do pósitron? Solução O vetor posição inicial satisfaz: ~r − ~r0 = ∆~r assim, ~r0 = ~r −∆~r = −2, 0ˆi+6, 0jˆ−10kˆ, onde a unidade é compreendida estar em metros. Questão 10 Uma partícula se move de tal forma que sua posição (em me- tros) em função do tempo (em segundos) é ~r = iˆ + 4t2jˆ + tkˆ. Escreva expressões para sua velocidade e sua aceleração em função do tempo. Solução (a) ~v = d dt (ˆi+4t2jˆ+ tkˆ) = 8tjˆ+ kˆ em m/s. (b) ~a = d dt (8tjˆ+ kˆ) = 8jˆ em m/s2. Questão 11 Um carro é impulsionado sobre um plano xy com as compo- nentes da aceleração iguais a ax = 4, 0m/s2 e ay = −2, 0m/s2. Universidade de Brasília - Física 1 - Quarta Lista de Exercícios Sua velocidade inicial tem componentes v0x = 8, 0m/s e v0y = 12m/s. Em notação de vetores unitários, qual é a velocidade do carro quando ele alcança o maior valor da sua coordenada y? Solução Encontrando t pela equação do movimento ao longo do eixo y (com vy = 0 caracterizando y = ymax): 0 = (12m/s) + (−2, 0m/s2)t → t = 6, 0s. Aplicando a equação do movimento ao longo do eixo x determinamos vx = (8, 0m/s) + (4, 0m/s2)(6, 0s) = 32m/s. As- sim a velocidade do carro quando ele alcança o maior valor de y é (32m/s)ˆi. Questão 12 Na figura abaixo, uma pedra é projetada sobre um rochedo íngreme de altura h com uma velocidade inicial de 42, 0m/s direcionada em um ângulo de 60o acima da horizontal. A pe- dra cai em um ponto A, 5, 50s após o lançamento. Encontre (a) a altura de h do rochedo, (b) a velocidade da pedra ime- diatamente antes do impacto em A, e (c) a máxima altura H alcançada acima do chão. Solução (a) Para y = h: h = h0 + v0 sin θ0t − 12gt2 substituindo os valores dados no problema encontramos h = 51, 8m. (b) O movimento horizontal é estável, assim vx = v0x = v0 cos θ0, mas a componente da velocidade na vertical varia. Assim, a veloci- dade de impacto é v = √ (v0 cos θ0)2 + (v0 sin θ0 − gt)2 = 27, 4m/s. (c) Com vy = 0 e y = H: H = (v0 sin θ0) 2 2g = 67, 5m. Questão 13 Uma bolsa em um raio de 200m e uma carteira em um raio de 3, 00m deslocam-se em movimento circular uniforme sobre o piso de um carrossel que gira. Elas estão sobre a mesma linha radial. Em um certo instante, a aceleração da bolsa é (2, 00m/s2)ˆi + (4, 00m/s2)jˆ. Naquele instante, qual é a acele- ração da carteira em notação de vetores unitários? Solução Desde que o período do movimento circular uniforme é T = 2pir/v, onde r é o raio e v é a velocidade, a aceleração pode ser es- crita como a = v 2 r = 1 r ( 2pir T )2 = 4pi 2r T2 . Com base nesta ex- pressão, comparamos a magnitude da aceleração da carteira e da bolsa, e encontramos sua relação entre os valores de r. Portanto acart = 1, 5abolsa. Assim i vetor aceleração da carteira é acart = 1, 5[(2, 00m/s2)ˆi+ (4, 00m/s2)jˆ] = (3, 00m/s2)ˆi+ (6, 00m/s2)jˆ. Questão 14 Um homem suspeito corre o mais rápido que ele pode ao longo de uma esteira rolante, levando 2, 5s para ir de uma extre- midade à outra. Então, um agente de segurança aparece e o homem volta correndo o mais rápido que ele pode ao seu ponto de partida, levando 10, 0s. Qual é a razão entre a velocidade do homem e a velocidade da esteira? Solução Enquanto o movimento do homem tem a mesma direção do movi- mento da esteira temos vesteira + vhomem = d/t1, quando o movi- mento é contrario (o homem voltando) temos vesteira − vhomem = −d/t2. Isolando a vesteira da primeira e substituindo na segunda en- contramos vesteira em função de d/t1 e d/t2, fazendo a mesma coisa para a vhomem e depois dividindo as duas velocidades encontramos 12, 5/7, 5 = 1, 67. Questão 15 Você deve atirar uma bola com uma velocidade escalar de 12, 0m/s em um alvo que está numa altura h = 5, 00m acima do nível do qual você lança a bola (figura abaixo). Você quer que a velocidade da bola seja horizontal no instante em que ela atinge o alvo. (a) Em que ângulo θ acima da horizontal você deve atirar a bola? (b) Qual é a distância horizontal do ponto de lançamento até o alvo? (c) Qual é o módulo da velocidade da bola no exato momento em que ela atinge o alvo? Solução Desde que v2y = v20y − 2g∆y e vy = 0 para o alvo, obtemos v0y = √ 2(9, 80)(5, 00) = 9, 90m/s. (a) Sendo v0y = v0 sin θ0, substituindo o valor de v0 e v0y encontra- mos θ0 = 55, 6o. (b) Agora, vy = v0y − gt chegamos em t = 9, 90/9, 80 = 1, 01s. Assim, ∆x = (v0 cos θ0)t = 6, 85m. (c) A velocidade do alvo tem somente a componente vx, que é igual a v0x = v0 cos θ0 = 6, 78m/s. Questão 16 Suponha que uma sonda espacial passa suportar um esforço correspondente a uma aceleração de 20g. (a) Qual o menor raio da curva que tal sonda pode efetuar quando se move com um décimo da velocidade da luz? (b) Quanto tempo ela levaria para completar uma volta de 90o a essa velocidade? Solução (a) Com v = c/10 = 3 × 107m/s e a = 20g = 196m/s2, temos r = v2/a = 4, 6× 1012m. (b) O período é dado por T = 2pir v = 9, 6 × 105s. Assim, como o tempo é 1/4, isto é, T/4 = 2, 4× 105s ou 2, 8 dias. Questão 17 No tempo t = 0, você atira uma bola a partir de um penhasco; a velocidade inicial tem módulo 15, 0m/s e está direcionada 20o abaixo da horizontal. Em t = 2, 30s, qual é o deslocamento (a) horizontal (para frente) e (b) vertical (para baixo) da bola? Solução (a) Substituindo os valores dados na equação ∆x = (v0 cos θ0)t = 32, 4m. (b) E encontramos o deslocamento na vertical: ∆y = (v0 sin θ0)t − 1 2 gt2 = −37, 7m. Questão 18 Um carro se desloca em uma pista circular plana com uma velo- cidade escalar de 12m/s. Em um certo instante, o carro possui Universidade de Brasília - Física 1 - Quarta Lista de Exercícios uma aceleração de 3m/s2 na direção leste. Quais são sua dis- tância do centro da pista circular e seu sentido se ele está se deslocando no sentido horário e no sentido anti-horário? Solução A distância até o centro é o raio e para ambos os sentidos ele é o mesmo, usando a = v2/r temos que r = 48m. Questão 19 Qual a velocidade inicial que o jogador de basquete na figura abaixo deve arremessar a bola, em um ângulo de 55o acima da horizontal, para acertar o lance livre? As distâncias horizon- tais são d1 = 1, 0p e d2 = 14ps, e as alturas são h1 = 7, 0ps e h2 = 10ps. Calcule em ft/s. Solução Usando a equação da trajetória do movimento de um projétil: y = (tan θ0)x− gx22(v0 cos θ0)2 , isolando v0 encontramos v0 = 23ft/s. Questão20 Um projétil é atirado horizontalmente de uma arma que está 45, 0m acima de um terreno plano, emergindo da arma com uma velocidade de 250m/s. Por quanto tempo o projétil per- manece no ar? Solução Se θ0 = 0 o tempo de vôo é t = √ 2h g = 3, 03s. Questão 21 Demonstre o resultado de Galileu, "As amplitudes das parábo- las descritas por projéteis disparados com a mesma velocidade, mas em ângulos de elevação acima e abaixo de 45o e eqüidis- tantes de 45o, são iguais entre si", mostrando que para um dada velocidade inicial v0, um projétil pode atingir o mesmo alcance A para dois ângulos de elevação diferente,θ = 45o + δ e θ = 45o − δ, contanto que A não ultrapasse o alcance máximo Am =V20/g.Calcule δ em função de v0 e A. Solução Usando a formula para alcance de projéteis, A= v0 2 g sin 2θ e para demonstrar o resultado enunciado por Galileu, vamos usar θ = 45o + δ e θ = 45o − δ, e verificar se realmente as expressões encontradas são iguais, para θ2 = 45o − δ, temos: A= v0 2 g sin(2(45o − δ))= v02 g sin(90o − 2δ) possuimos uma soma dentro do seno, e portanto podemos usar a relação trigonometrica sin(a − b) = sin a cos b − cos a sin b, e com cos 90 = 0 e sen90 = 1, obtemos: A= v0 2 g [sin 90 cos 2δ − cos 90 sin 2δ]= v02 g cos 2δ agora isolando o δ e aplicando cos−1 dos dois lados da igualdade, temos cos 2δ = Ag v02 δ= 1 2 cos−1( Ag v02 ) e para θ1 = 45o + δ, temos A= v0 2 g sin(2(45o + δ))= v0 2 g sin(90o + 2δ) repetindo os procedimentos anteriores, obtemos A= v0 2 g [sin 90 cos 2δ + cos 90 sin 2δ]= v0 2 g cos 2δ agora isolando o δ e aplicando cos−1 dos dois lados da igualdade, obtemos cos 2δ = Ag v02 δ= 1 2 cos−1( Ag v02 ) com isso podemos ver que ao usarmos θ1 e θ2, eles possuem o mesmo resultado, e com isso verificamos o resultado por galileu e a expressão para em função de A e v0. Questão 22 Uma canhão lança um projétil por cima de uma montanha de altura h, de forma a passar quase tangencialmente ao cume C no ponto mais lato de sua trajetória. A distância horizontal entre o canhão e o cume é R. Atrás da montanha há uma elevação de altura d (vide a figura).Determine a distância ho- rizontal A entre o ponto de lançamento O e o ponto P onde o projétil atinge o solo, em função de R, d e h. Solução Sabemos que a projeção do movimento no eixo horizontal é retilínio uniforme, de modo que R = V0 cos θt1. Mas como t1 = V0 sin θg , temos que: R = V 20 sin θ cos θ g Analisamos apenas a subida. Sabendo que a componente vertical da velocidade no ponto de máximo é nula: t1 = tmx = V0 sin θ/g. Além disso, V 2y = V 20y − 2gh, de modo que g = (V0 sin θ) 2 2h . Substituindo na expressão de t1, t1 = 2h V0 sin θ Analisando apenas a queda, temos: V 2y = 0+2g(h−d), mas também temos que Vy = 0+gt2. Dessas duas relações obtemos t2 = √ 2(h−d) g Temos que: Universidade de Brasília - Física 1 - Quarta Lista de Exercícios A = R+ V0 cos θt2 A = R+ V0 cos θ √ 2(h−d) g Mas usando que g = V 2 0 sin 2 θ 2h : A = R+ V 20 cos θ sin θ g √ 1− d h Lembrando que R = V 2 0 sin θ cos θ g A = R(1 + √ 1− d h ) Questão 23 A distância entre duas cidades, A e B, é l. Uma avião faz uma viagem de ida e volta entre A e B, voando em linha reta, com velocidade V em relação ao ar. (a)Calcule o tempo total de vôo, se o vento sopra com velocidade constante v, numa direção que forma um ângulo θ com a direção AB. Este tempo detende do sentido em que o vento sopra? (b) Mostre que a viagem de ida só é possível se v < V , e calcule a razão entre o tempo de vôo quando o vento sopra na direção AB e o tempo quando sopra na direção perpendicular; (c) Mostre que, qualquer que seja a direção, o vento sempre prolonga a duração da viagem de ida e volta. Solução (a) Estabelecemos o nosso sistema de coordenadas de modo que o eixo x esteja na direção AB, com sentido positivo na direção para a qual o avião voa. Nomeamos o ângulo entre V e o eixo x de β, para a viagem de ida, e β′, para a volta e notando que, para que o avião não saia do percurso, os ângulos β e β′ devem ser opostos ao ângulo θ, que adotaremos como negativo. Dessa forma, e notando que, com nossa inversão do eixo x na volta mas mantendo v cons- tante, podemos descrever as velocidades através das (lembrando que sin(−θ) = − sin(θ) seguintes coordenadas: >Para a ida:−→ V = V cosβiˆ+ V sinβjˆ−→v = v cos θiˆ− v sin θjˆ V sinβ = −v sin θ sinβ = − v V sin θ >Para a volta:−→ V = V cosβ′ iˆ+ V sinβ′jˆ−→v = −v cos θiˆ− v sin θjˆ V sinβ′ = −v sin θ sinβ′ = − v V sin θ >Logo podemos concluir que β = β′. Usando que cos2 β+sin2 β = 1 e a fórmula encontrada para sinβ chegamos a: cosβ = √ 1− v2 V 2 sin2 θ >O tempo total da viagem será dado por: t = l Vi + l Vv Onde: Vi = V cosβ + v cos θ e Vv = V cosβ − v cos θ Note que, se o sentido no qual o vento sopra fosse invertido, as rela- ções Vi e Vv apenas seriam trocadas entre si, de modo que o tempo total permaneceria o mesmo. Substituindo as relações para as velocidades de ida e volta na expres- são do tempo e usando a fórmula encontrada para cosβ e a relação cos2 θ = 1− sin2 θ, segue que: t = 2lV cos β V 2−v2 Dividindo o numerador e o denominador por V 2, segue que: t = 2l V √ 1− v2 V 2 sin2 θ (1− v2 V 2 ) (b)Usando que, quando o vento sopra na direção AB θ = 0 e quando sopra na direção perpendicular θ = pi/2, simplesmente calculando a o tempo com vento paralelo dividido pelo tempo com vento ortogo- nal, chegamos a: t‖ t⊥ = (1− v2 V 2 )−1/2 Observando que o tempo deve ser real, temos que v < V (c)Note que, para v 6= o, 0 < (1 − v2 V 2 ) < 1 mas ainda temos que√ 1− v2 V 2 sin2 θ << (1− v2 V 2 ), de modo que 2l V < 2l V √ 1− v2 V 2 sin2 θ (1− v2 V 2 ) Onde 2l V é o tempo pra v = 0. Universidade de Brasília - Física 1 - Quarta Lista de Exercícios
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