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Celula cancerosa: Nos organismos multicelulares existe uma colaborarão entre as células para a manutenção da homeostase e bem estar dos tecidos, órgãos etc..., essencial para a sobrevivência de um organismo. • As células cancerosas, porém, não se submetem a esse esquema de cooperação. São células com o DNA danificado e que, por isso, escapam dos mecanismos de controle do ciclo celular. O câncer surge de uma única célula que sofreu mutação, multiplicou-se por mitoses e suas descendentes foram acumulando outras mutações, até darem origem a uma célula cancerosa. O acúmulo de mutações por uma célula e suas descendentes é um processo lento, e isso, provavelmente, explica a maior incidência de câncer em pessoas idosas. Algumas características das células cancerosas: • A célula cancerosa prolifera muito, • perde a capacidade de aderência, • secreta enzimas que atacam a matriz extracelular, • invade os tecidos vizinhos, • penetra os vasos sangüíneos e linfáticos e se espalha pelo organismo, • estabelecendo-se e proliferando em locais distantes de sua origem, onde produz tumores secundários: as metástases. • As células malignas secretam moléculas que estimulam o crescimento dos vasos sanguíneo capilares, promovendo uma angiogênese (neoformação vascular). A transformação da célula normal em cancerosa se dá por alteração de seu DNA, com a participação de vírus, substancias químicas do ambiente ou da alimentação e agentes físicos como certos tipos de radiação. • Primeira indicação sobre a existência de substâncias cancerígenas foi observada em 1775 (Percivall Pott), quando se atribuiu à fuligem a alta incidência de câncer de pele e de pulmão nos limpadores de chaminés. Atualmente são conhecidas mais de 200 moléculas cancerígenas, a maioria constituída de hidrocarbonetos policíclicos. • A única propriedade comum a todos os agentes cancerígenos é a capacidade de causar dano ao DNA da célula. Estudo de células cancerígenas – células cultivadas e células provenientes diretamente de tumores existentes. • O câncer é formado por células com humor defeito no ciclo mitótico, o que pode ser estudado mais facilmente em células cultivadas do que nos tumores do corpo do animal. • Estes estudos são realizados a partir de células normais transformadas em cancerosas nas culturas, pela ação de moléculas cancerígenas. • Em cultura, as células normais se dividem um número limitado de vezes, (50 a 60 vezes), enquanto que as células transformadas são “imortais” e se multiplicam indefinidamente. • As células cancerosas perdem a propriedade de inibição por contato; enquanto as células normais entram na fase G0 do ciclo celular, paraformação de camada única de célula em cultivo. • As células cancerosas se multiplicam facilmente em suspensão em um meio de cultura constituído por um gel fluido, enquanto as células normais geralmente proliferam em um substrato sólido, como o fundo do frasco de cultura. Além das células transformadas nas culturas, podem-se cultivar também células cancerosas obtidas diretamente de tumores. Porém os tumores são constituídos por uma população celular muito heterogênica, enquanto as células transformadas in vitro constituem uma população mais homogênea, o que facilita o estudo de sua biologia molecular. Terminologia • Inicialmente a palavra tumor era associada a qualquer aumento de volume localizado em um órgão (inchaço), independentemente da causa. A inchação resulta de um processo inflamatório. O termo é empregado para designar a proliferação celular anormal, cuja denominação correta é neoplasia (novo crescimento). • Geralmente chama-se câncer os tumores malignos, para distingui-los dos tumores benignos. A palavra câncer vem da expressão associados aos tumores avançados os quais apresentavam uma região central e varias raízes penetrando nos órgãos e tecidos, fazendo lembrar a forma de um caranguejo. • Nos tumores benignos, as células permanecem localizadas, prejudicando apenas o órgão onde se originou o tumor e os tecidos vizinhos, que podem ser comprimidos. Tumores benignos podem ser facilmente curados por cirurgia. • O tratamento cirúrgico dos tumores malignos só é eficaz se realizado antes da formação de metástases. A quimioterapia ou radioterapia geralmente é empregada como continuação do tratamento para a exterminação de células residuais que por via permaneceram nos tecidos. Dependendo do tumor, as metástases mostram preferência por determinados tecidos • Nem todas as células que se separam do tumor e caem no sangue ou linfa conseguirão completar com sucesso sua viagem para formar metástases. A maioria delas é destruída por diversos processos, como ruptura na travessia da parede dos vasos, ataque pelas moléculas de defesa imunitária e fagocitose por macrófagos. Ao atingirem os tecidos e depois de proliferarem para formar um pequeno tumor, as metástases estimulam a formação de novos capilares sangüíneos (angiogênese) , para garantir o suprimento de nutrientes, fatores de crescimento e oxigênio e ter uma eliminação de refugos metabólicos que são levados pelo sangue para os órgãos de excreção. • Não se formam metástases nos tecidos que não oferecem condições para o estabelecimento de uma circulação sangüínea (desprovido de vascularidade), como a cartilagem e, geralmente não se formam metástases em tecidos que apresentam uma rica vascularização, como o tecido muscular estriado. • Muitos tumores originam metástases preferencialmente em certos tecidos. Como exemplo, existem cinco tipos de carcinomas – os tumores de rim, tireóide, pulmão, mama e próstata - que, quase sempre fazem metástases no tecido ósseo. O tipo celular originário influi muito nas características dos diversos tumores • Quase todos os tipos celulares do organismo podem gerar tumores, e conseqüentemente vários tipos de células cancerosas de acordo com o tipo de célula normal que o originou apresentado também vários graus de malignidade e à resposta ao tratamento. • Todavia, certas células originam tumores com mais freqüência do que outras, como por exemplo, as células que normalmente se dividem muito. Quanto mais vezes o DNA se replica, maior a possibilidade de mutações por falhas no processo de síntese da nova molécula de DNA e reparação do DNA defeituoso. • Muitos tumores são originados dos tecidos epiteliais, cujas células geralmente se renovam com freqüência. No adulto, cerca de 90% dos tumores derivam de epitélios. Além de sua renovação constante, as células epiteliais que revestem o corpo e as cavidades internas, como boca, vias respiratórias, esôfago e estomago, estão mais sujeitas à ação dos agentes cancerígenos presentes nos alimentos e no ambiente. No caso do revestimento a superfície do corpo (epiderme), um fator cancerígeno adicional é a radiação ultravioleta da luz solar, que tem atividade mutagênica e, portanto cancerígena. • As células epiteliais da epiderme contêm quantidade variável do pigmento melanina colocada como um escudo sobre o núcleo celular. Esse escudo protetor do DNA influi na incidência de câncer da epiderme, que é muito maior nas pessoas de pele clara, cujas células epidérmicas contêm pouca melanina, do que nas pessoas de pele escura, que é rica em melanina. • Tumores malignos originados de células epiteliais de revestimento são geralmente chamados de carcinomas. Os tumores originados das células epiteliais secretoras recebem o nome de adenomas, quando são benignos. Quando são malignos são chamados de adenocarcinomas. • Os tumores originados de tecido conjuntivo são raros nos adultos, sendo mais comuns em crianças e adolescentes. Quase sempre, o nome dos tumores de tecido conjuntivo se forma pela terminação –oma adicionada ao nome da célula originaria, quando são benignos, como o fibroma (originado de fibroblasto), o osteoma (originadode osteoblasto) e o condroma (originado de células da cartilagem). Os tumores malignos dos tecidos conjuntivos são chamados sarcomas. São exemplos, os osteossarcoma (originado de osteoblasto) e o condrossarcoma (originado de células da cartilagem). Características morfológicas, moleculares e funcionais da célula cancerosa • Existem muitas diferenças morfológicas, moleculares e funcionais entre uma célula cancerosa e uma célula normal. Existe uma certa dificuldade em se separar as características fenotípicas da célula cancerosa que são responsáveis por sua agressividade, em relação a sua célula de origem. • As células cancerosas apresentam: • Polimorfismo – em um mesmo tumor, as células cancerosas diferem na forma e tamanho. Em geral são mais volumosas do que as normais, muitas não aneuploides (contêm quantidade anormal de cromossomos e que não é múltiplo do numero diplóide) e, consequentemente apresenta núcleo de diversos tamanhos, com alteração da relação núcleo/citoplasma. Também podem apresentar modificações na forma e • Freqüentes multiplicações – citoplasma basófilo devido à riqueza de ribossomos. • Alterações do citoesqueleto – citoesqueleto reduzido e desorganizado, com concentração dos microtúbulos e filamentos intermediários nas proximidades do núcleo, e os filamentos de actina sob a membrana celular. A localização dos filamentos de actina indica o aumento da motilidade e da facilidade de migração que se observa nas células cancerosas. • Modificações na superfície celular – maior quantidade de proteínas transportadoras de glicose para o citoplasma. • Aparecimento de antígenos fetais – indício de desdiferenciação da célula tumoral. • Deficiência em junções funcionais – perda de adesão entre célula- célula e célula-matriz extracelular. • Ritmo de crescimento alterado – crescimento do tumor se relaciona com o grau de diferenciação. Quanto mais indiferenciada a célula cancerosa, maior sua malignidade, sendo também mais difícil identificar o tecido de origem.tamanho dos cromossomos (observados nas bandas cromossômicas). Cada tumor é um clone celular anormal que se formou por sucessivas alterações no DNA • Os genes que participam da formação de tumores são principalmente os que, nas células normais, estão envolvidos com o controle do ciclo celular, reparação do DNA danificado e apoptose. • Os principais genes que participam do aparecimento de tumores são os genes supressores de tumores e os oncogenes. • Os genes supressores codificam proteínas que matêm as células em G0 e, portanto fora do ciclo celular. • Os oncogenes são derivados dos genes normais denominados proto-oncogenes. A alteração do proto-oncogene faz aparecer o oncogene, que leva a célula a perder o controle sobre seu próprio ciclo mitótico, dividindo-se continuamente. • Talvez, um dos mais estudados genes supressores é o p53, assim denominado porque codifica uma proteína com peso molecular de 53 kD. A ausência desse gene determina a síndrome de Li-Fraumeni, cujas vítimas apresentam uma incidência muito alta de certos tipos de câncer, incluindo o câncer de mama e leucemias. • Uma vez que é capaz e provocar apoptose, o gene p53 desempenha um papel central no tratamento do câncer pela radioterapia, que ataca de preferência as células cancerosas, embora as células normais também sejam afetadas, principalmente as que renovam constantemente. Cromatina • Compreende o processo que ocorre desde a formação de uma célula até a sua própria divisão em duas células-filhas, ambas iguais entre si. • Compreende 2 grandes etapas: • 1. Intérfase • 2. Cariocinese ou mitose DURAÇÃO DOS PERÍODOS DO CICLO • Tempo médio 95% - interfase. • Tempo médio total desta fase é variável de um tipo celular para outro. • A duração varia também com as condições fisiológicas: Idade celular, disponibilidade de hormônios e de fatores de crescimento, temperatura, pressão osmótica, pressão hidrostática e pressão de oxigênio externas e ritmo circadiano . Ciclo celular: • 12 horas, em tecidos de mamíferos com crescimento rápido • 24 horas em outros tecidos mais lentos • Período G1 é o mais variável • Mitose tem duração de ± 1 hora (este tempo aumenta em células tumorais e transformadas) • Período G2 tem duração de 2 a 4 horas ( também aumenta em células tumorais) • Período S dura de 7 a 8 horas Em função das variações apresentadas quanto à proliferação, as células animais podem ser classificadas em 3 grandes categorias: 1. CÉLULAS QUE SE DIVIDEM CONTINUAMENTE • Incluem as células embrionárias, as de tecidos de renovação rápida, como epitélio que reveste o intestino delgado, folículos capilares, sistema linfático e as da medula óssea, (que formam as células do sangue). Todos estes tecidos são sensíveis a agentes de tratamentos químicos e físicos (drogas e radiações). 2. CÉLULAS QUE ORDINARIAMENTE NÃO SE DIVIDEM, mas podem entrar em divisão em resposta a estímulos. Compreende células que podem permanecer sadias por longos períodos em um estado não-proliferante, em estado de dormência ou quiescência com relação ao crescimento, ao qual se denomina G0. Estas células: • são desprovidas de fatores de crescimento (baixo metabolismo) • baixa velocidade de síntese de macromoléculas • tamanho reduzido e DNA não duplicado • Alguns tipos celulares podem disparar para a fase proliferativa, mediante estímulo: Nutrientes, hormônios de crescimento ou estímulo mecânico (lesão) • A fase de reentrada no ciclo celular = fase G1, em um momento pouco anterior ao de transição da fase G1/S, chamado de ponto de restrição (ponto R). • Células capazes de reassumir o processo de divisão: hepatócitos, fibroblastos da pele, células renais, células do músculo liso, do pâncreas, de ovário, de pulmão, células endoteliais dos vasos sangüíneos, células da glândula adrenal e células ósseas. 3. CÉLULAS TERMINALMENTE DIFERENCIADAS • Ao cessarem divisões e tornarem diferenciadas, perdem permanentemente a capacidade reprodutiva. Exemplo: neurônios e células dos tecidos musculares esquelética e cardíaca. Essas células permanecem indefinidamente no período G0. • Porém, outras células terminalmente diferenciadas, de vida curta, precisam ser continuamente substituídas no ser adulto. Exemplo: células do epitélio colunar das porções mediana e apical das vilosidades da mucosa do intestino delgado, células mais superficiais da epiderme e das células sangüíneas (eritrócitos). A substituição dessas células se dá pela proliferação de células indiferenciadas, chamadas células tronco pluripotentes (stem cells), que servem tanto de fonte de novas células tronco como de células diferenciadas de vida curta. As células tronco se incluem no primeiro grupo celular descrito. EVENTOS BIOQUÍMICOS DA INTÉRFASE Período G1 é o mais variável • Reinício da síntese de RNA e proteínas e enzimas da síntese de DNA • Evidência dos primórdios de novos centríolos • Importante controlador da decisão celular: continuar proliferando ou retirar-se do ciclo (G0). • Apresenta um ponto crítico de regulação – ponto de restrição ou ponto R. Período S marca o início da síntese de DNA • A célula duplica seu conteúdo de DNA elaborando réplicas perfeitas das moléculas de DNA próprio = Replicação. Replicação do DNA: • Semiconservativa – Durante a replicação, as duas fitas do DNA original (parentais, são copiadas, originando duas molélulas-filhas, cada qual com somente uma das fitas recém-sintetizada. Assim cada nova molécula de DNA é cópia perfeita de uma molécula preexistente. • Assíncrona – regiões específicas do material genético, ou genes individuais, começam e terminam sua duplicação em momentos definidos na fase S. A eucromatina começa a se replicar primeiro e a heterocromatina replica-se mais tarde.• Bidirecional – uma vez iniciada a replicação em cada ponto de origem, ela se propaga para os dois lados da molécula de DNA, ou seja, em ambas as direções até encontrar nos extremos das cadeias, os réplicons vizinhos. A replicação bidirecional envolve duas forquilhas de replicação, que se movem em direções opostas. • Semidescontínua – Tomando como referência o sentido do movimento da forquilha de replicação, a cópia da cadeia parental 3’ → 5’ pode ser sintetizada continuamente (cadeia líder ou cadeia contínua). A outra cadeia parental 5’ → 3’, tem que ser copiada de uma forma intermitente, descontínua, através da síntese de fragmentos, que depois de unidos, dão origem a uma cadeia denominada cadeia retardatária ou cadeia descontínua. A replicação do DNA é realizada por enzimas. • Helicase – desenrolamento da dupla hélice DNA • DNA-topoisomerase – impede o superenovelamento • Primase – RNA-polimerase especial, como iniciadores dos fragmentos da cadeia descontínua • DNA-polimerase – sintetizam nova cadeia na direção 5’ → 3’ • DNA-ligase – ligam os fragmentos completos • Os primers são segmento curtos de RNA, cuja seqüência é complementar à do DNA. Os primers que fazem parte dos pequenos fragmentos da cadeia descontínua são produzidos pela ação de uma RNA-polimerase especial denominada primase. O primer par a cadeia contínua de DNA é sintetizado pela RNA-polimerase. • DNA-ligase: unem os fragmentos da nova molécula de DNA. Período G2 – Preparativos para a próxima mitose • Antes da célula passar pelo importante ponto de transição G2/M, é criticamente fundamental que a replicação tenha sido completada e que possíveis danos ao DNA tenham sidos completamente reparados. • Ocorre a síntese de proteínas não histônicas que vão se associar aos cromossomos. • Ocorre um acúmulo de um complexo protéico citoplasmático, fator promotor de maturação (MPF = Maturation Promoting Factor), regulador geral da transição de G2 para M. • Síntese de RNA extranucleolares. Reorganização da cromatina Além do DNA, as histonas devem ser replicadas. O processo replicativo envolve a passagem do conjunto de enzimas da replicação através da molécula de DNA que se apresenta em nucleossomos. A montagem do DNA recém-duplicado em nucleossomos parece ocorrer logo atrás da forquilha de replicação, de modo que, conforme esta avança, a fibra nucleossômica vai sendo imediatamente reestruturada nas duas novas moléculas de DNA nascentes. Essa montagem é mediada por proteínas específicas que se ligam às histonas nucleossômicas e as transferem ao DNA, primeiramente ocorrendo a associação dos tetrâmeros de histonas H3 e H4, seguida da associação de dímeros de H2A e H2B. As células utilizam de mecanismos para manter a integridade do seu DNA Apesar de sua complexidade, a replicação do DNA é extremamente precisa, estimando-se que é cometido apenas um erro na replicação de 108 bases. Essa precisão é devida principalmente a uma propriedade especial da DNA-polimerase: ela é capaz de conferir (proofreading) as bases à medida que as adiciona ao novo filamento de DNA. A DNA-polimerase confere as bases e remove imediatamente uma base errada, antes que a síntese do filamento de DNA continue. No entanto, algumas bases incorretamente pareadas conseguem, ainda assim, escapar dessa correção de provas, e o DNA pode sair com defeitos dessa replicação que não apresenta fidelidade absoluta. • Por outro lado, as macromoléculas biológicas são susceptíveis a alterações químicas que surgem de erros durante a síntese, ou mesmo de exposições a fatores deletérios do ambiente. O DNA sofre a ação de agentes físicos e de muitos agentes químicos, alguns produzidos normalmente na própria célula. • Os danos causados ao DNA são particularmente graves por que o DNA constitui o material genético que contém todas as informações para a estrutura e atividades celulares. A alteração de uma célula somática é transmitida às células-filhas, podendo formar-se um clone de células modificadas. Quando as alterações do DNA ocorrem numa célula germinativa (óvulo ou espermatozóide), podem passar para as gerações futuras dos organismos atingidos, sendo seus efeitos ainda mais prejudiciais para a espécie. Agentes que podem causar alterações no DNA: Raios cósmicos, radiação solar (UV). Agentes químicos (H+), íons superóxidos. • Existe também a correção do DNA defeituoso (proofreading) realizado pela enzima DNA-polimerase III. • O reparo do DNA danificado é feito em duas fases: A primeira, específica para cada tipo de defeito, onde é realizada a identificação da alteração e a remoção da parte defeituosa da molécula. A segunda fase, o segmento removido é substituído por um segmento correto de DNA. Telômeros • O mistério dos telômeros aumentou quando a estrutura do DNA e a enzima que o sintetiza, a DNA polimerase, foram descobertas (ambas pesquisas, a propósito, também ganharam Nobel). • Por causa da forma que a DNA polimerase funciona, uma das fitas do DNA replicado não pode ser extendida até o final, gerando um DNA menor do que o original. Na época não se sabia como nossas células resolviam este problema. Foi a pesquisa dos três novos Nobel resolveu estes problemas. O prêmio Nobel de Medicina de 2009 foi dado para os pesquisadores Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak pelas suas pesquisas com os telômeros e sua enzima formadora, a telomerase. O legal deste prêmio é toda a história de como os telômeros foram descobertos, uma lição para todos os ambiciosos cientistas iniciantes que existe por aí. Envelhecimento e câncer • Ainda havia o problema do DNA se encurtar a cada rodada de replicação. A consequência deste fato é que o DNA não pode se replicar infinitamente: a cada rodada ele fica mais curto e isso pode levar a instabilidades. Agora sabemos que os telômeros impedem que sequências importantes do DNA sejam perdidas e a telomerase adiciona mais sequências de telômeros depois. O problema é que a telomerase vai perdendo sua eficiência com o tempo, levando o DNA a ser reduzido aos poucos e à instabilidade do cromossomo. Isso explica muitos processos associados ao envelhecimento. Ao mesmo tempo, células do câncer frequentemente possuem alta atividade da telomerase, o que permite a alta taxa de replicação. • A aplicação do conhecimento sobre telômeros em tecnologias contra o envelhecimento e o câncer é um foco muito utilizado pela mídia para justificar o Nobel. Mitose • A divisão celular é o período em que a célula reparte igualmente o seu conteúdo, já duplicado na intérfase, em duas células, denominadas células-filhas. • O termo mitose (do grego mitos, fio, filamento) ou cariocinese (Kario, núcleo, e kinesis, movimento) significa a divisão exata do material nuclear. A mitose é seguida pela divisão citoplasmática ou citocinese (kitos, célula). • Para facilitar o estudo, a mitose é dividida em quatro etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Prófase – (pró, primeira), caracteriza-se pela condensação gradual das fibras de cromatina, que vão progressivamente tornando-se mais curtas e espessas, até formar cromossomos. Como podem alcançar um nível de condensação 1.000 vezes superior ao da fibra cromatínica, torna-se possível visualizá-los ao microscópio óptico, e nitidamente compostos pelas cromátides. • Ocorre a desorganização dos nucléolos. • Enquanto isto, no citoplasma, centrossomos agem na formação do fuso como centros da polimerização de tubulina em microtúbulos. • Os centríolos duplicados migram para os pólos da célula. À medida que se afastam, microtúbulos são formados entre eles. Estes feixes de microtúbulos irão constituir o fuso mitótico. • Ocorre fragmentação do envoltório nuclear. As membranas nucleares se rompem em vários pontos simultaneamente, originando vesículas membranosas. Com a ruptura do envoltórionuclear, os microtúbulos do fuso têm acesso aos cromossomos, que agora apresentam cinetócoros maduros, na altura dos centrômeros. Os microtúbulos que se prendem aos cinetócoros passam a ser denominados microtúbulos cinetocóricos e, são responsáveis por direcionar os cromossomos para a região equatorial da célula. Metáfase – (meta, metade), os cromossomos atingem o estado de condensação máxima e, portanto, as cromátides se tornam realmente visíveis ao microscópio óptico. O início desta fase é definido pela complementação do alinhamento dos cromossomos na região equatorial da célula, formando a placa metafásica. • Anáfase – (Ana, movimento), ocorre a separação dos centrômeros e a migração das cromátides para os pólos opostos, que agora passam a ser chamadas de cromossomos-filhos. Durante esta fase os microtúbulos das fibras cinetocóricas se encurtam, por perda de dímeros de tubulinas nas extremidades polares e assim aproximam os cromossomos-filhos dos pólos. • Telófase – (telos, fim) inicia-se quando os cromossomos- filhos alcançam os respectivos pólos, o que caracteriza pelo total desaparecimento dos microtúbulos cinetocóricos. Ocorrem, então, a reconstituição dos núcleos e a divisão citoplasmática, levando a formação das células-filhas. A descondensação da cromatina, acompanha a reaquisição da capacidade de transcrição, a reorganização dos nucléolos e a reconstituição do envoltório nuclear são os principais eventos de reconstrução nuclear, que se processam em sentido essencialmente inverso ao ocorrido na prófase. Os novos envoltórios nucleares são estruturados em cada pólo da célula, com a ligação das vesículas de membranas fragmentadas na prófase. • Os cromossomos se descondensam, e a reorganização do nucléolo parece resultar da retomada da transcrição de moléculas precursoras dos rRNAs, a partir do DNA e, reagrupamento dos componentes imaturos do antigo nucléolo, que haviam se dispersados na prófase e agora podem ser identificados como corpos pré-nucleolares. • Citocinese –geralmente tem início na anáfase e termina ao final da telófase. Na célula animal, forma-se uma constrição, ao nível da zona equatorial da célula-mãe, que vai progredindo e termina por dividir o citoplasma, levando à separação das duas células-filhas, cada uma delas recebendo parte iguais do conteúdo citoplasmático. • Os microfilamentos de actina e miosina em forma de anel contrátil por dentro da membrana e a ela ligado, seriam os responsáveis pelo acinturamento e separação das duas células-filhas. Meiose • As células da linhagem germinativa multiplicam-se por divisões mitóticas de modo semelhantes às células somáticas. Porém quando entram nos processo da gametogênese, etapa final de seu programa de desenvolvimento, a divisão adquire aspectos especiais. Essa divisão, a meiose, consiste basicamente em duas divisões nucleares, com síntese de DNA apenas uma vez, antes da primeira divisão. As células-filhas resultantes têm a metade da de DNA que as células-mães. • Com exceção de alguns acontecimentos característicos do período inicial da meiose, os demais eventos, são muito similares aos da mitose, sejam eles citoplasmáticos, como a montagem e a desmontagem do fuso, ou nucleares, como a desorganização e a reorganização do núcleo. Para facilitar o estudo da meiose, dividimos a meiose em Meiose I e Meiose II. Cada divisão meiótica é semelhante a mitose , divididas nas fases de prófase, metáfase, anáfase e telófase. • Em continuação à duplicação do DNA, inicia-se a prófase da primeira divisão meiótica, ou prófase I, que é um período exageradamente demorado, com comparação com a prófase da mitose. • O período de prófase I é, portanto, o mais demorado de toda a meiose, que já é um processo muito mais lento do que a mitose. Essa demora é porque, durante a prófase, ocorre o evento-chave da meiose: o pareamento dos cromossomos homólogos. Esse pareamento, exclusivo da meiose, em dupla importância: a) garante a posterior disjunção dos cromossomos homólogos, de tal forma que ambos os núcleos-filhos dessa divisão recebam um membro de cada par de cromossomos; e b) permite que ocorram quebras e trocas de segmentos entre os cromossomos homólogos de origem paterna e materna, fenômeno chamado de recombinação genética, permuta ou crossing-over. Ambos os fenômenos têm grande importância para as espécies, por contribuírem com uma maior diversidade genética para o processo evolutivo. Por ser uma fase longa, a prófase I é subdividida nas seguintes fases: • Leptóteno – a cromatina se condensa gradualmente em cromossomos, mas somente filamentos finos são ainda visíveis ao microscópio óptico. Ao MO, são característicos dessa fase de maior condensação ao longo dos filamentos cromatínicos chamados de cromômeros, que ocorrem na mesma posição nos dois cromossomos de um par de homólogos. • Gradativamente, os cromossomos continuam sua condensação e iniciam um processo de aproximação e pareamento entre os homólogos, chamado sinapse, que tem sido comparado à união das suas metades quando se fecha um zíper. O início do processo sináptico tem lugar na fase denominada zigóteno, que é a segunda fase da prófase I. A sinapse ocorre ordenadamente, ponto por ponto, ou seja, cromômero por cromômero, aproximando os cromossomos homólogos, que se alinham lateralmente de uma maneira precisa, mas não se fundem, permanecendo entre eles uma distância final de cerca de 150 a 200 nm. A ME mostrou que a as sinapses cromossômicas são devidas à formação de uma estrutura complexa, que se dispõe longitudinalmente entre os dois homólogos, denominada complexo sinaptonêmico. (CS). Todos os elementos do CS são de constituição protéica, embora se detecte, nos elementos laterais, também a presença de RNA e DNA. • No paquíteno, fase durante a qual os cromossomos permanecem pareados. O conjunto constituído pelos cromossomos homólogos unidos pelo CS é chamado bivalente ou tétrade. Essa organização bivalente assegura que regiões homólogas do DNA sejam colocadas em proximidade, de tal forma que é favorecida a ocorrência de um segundo evento de grande importância: a troca de segmentos de DNA entre os cromossomos homólogos, que se denomina permuta, crossing-over ou recombinação genética. A permuta é um evento molecular que envolve troca de genes entre os cromossomos de origem paterna e materna e se dá em três etapas: 1) quebra do DNA (de uma das cadeias polinucleotídicas), no mesmo nível, nas duas cromátides homólogas, ou seja clivagem de apenas uma das cromátides-irmãs de cada cromossomos homólogos; 2) formação de uma molécula de DNA híbrida, através da reunião trocada dos filamentos simples provenientes de cada uma das cromátides homólogas envolvidas na permuta; e 3) substituição de bases impropriamente pareadas nas duas moléculas de DNA híbridas (reparo). • Na fase seguinte, chamada diplóteno, maior parte do complexo sinaptonêmico é removida do bivalente e observa- se um início de separação entre os cromossomos homólogos, que passam a ser observados individualmente. Essa separação não chega a ser completa, porque persistem vestígios ou fragmentos do complexo sinaptonêmico em certos locais denominados quiasmas, onde cromossomos homólogos permanecem ligados. Os quiasmas podem ser os locais onde, na fase de paquíteno, ocorreu troca de genes entre os cromossomos homólogos. Embora a relação entre quiasmas e troca de DNA não seja absoluta, os quiasmas são considerados a evidência citológica do crossing-over, já que eles revelam, ao microscópio óptico, onde anteriormente ocorreu um evento molecular não visível microscopicamente. A última fase da prófase I chama-se diacinese e caracteriza-se pelo aumento da repulsão entre os cromossomos homólogos . Esse afastamento leva à chamada terminalização dos quiasmas, fenômeno que consiste em um deslocamento dos quiasmaspara as extremidades dos cromossomos à medida que a separação aumenta. Durante as etapas seguintes da meiose I, a metáfase I, a anáfase I e a telófase I, cada cromossomo continua duplo, isto é com as duas cromátides. Na metáfase I, os dois cromossomos homólogos se dispõem na placa equatorial lado a lado, em função do recente término do pareamento entre eles ou devido à manutenção dos quiasmas até essa fase. Na placa equatorial dessa metáfase I, cada cromossomo do par de homólogos se dispõem com seus dois cinetócoros voltados para o mesmo pólo da célula. Essa disposição assegura a disjunção dos cromossomos homólogos. Com uma distribuição de cromossomos paternos e maternos (na maior parte das vezes, carregando segmentos trocados) para os pólos opostos. • Na anáfase I, as cromátides –irmãs de cada cromossomo migram juntas para o mesmo pólo da célula. • Na telófase I ocorre completa descondensação cromossômica e reorganização dos dois núcleos-filhos. • O estágio entre duas divisões meióticas é chamado intercinese e, nessa fase, não ocorre nova síntese de DNA. Assim, desprovida do período S, essa intercinese não se caracteriza como uma intérfase típica. As duas células na intercinese resultantes, apresentam um número haplóide de cromossomos (n) e de quantidade 2C de DNA, já que cada cromossomo ainda é duplo. Diz-se portanto, que a meiose I é uma divisão reducional. • Em seguida vem a segunda divisão meiótica, ou meiose II, que se assemelha a uma mitose normal. Esta é uma divisão equacional do material genético, onde há uma distribuição eqüitativa do conteúdo do DNA entre os núcleos-filhos. • Após uma nova etapa de prófase, onde sempre é necessária uma nova montagem do fuso, as células entram em metáfase, dispondo os cromossomos na região equatorial. Na metáfase II, diferentemente da metáfase I, são os cinetocoros das cromátides-irmãs que se orientam para os pólos opostos da célula, prendendo-se às fibras do fuso de lados contrários. Assim, na anáfase II, ocorre a disjunção das cromátides-irmãs, que migram para os pólos opostos da célula. Na telófase II, última etapa da segunda divisão meiótica, ocorre a citocinese, que dá origem a quatro células, cada uma com número haplóide de cromossomos (n) e com quantidade C de DNA. • A principal característica da meiose é ser um tipo especial de divisão celular que permite aos cromossomos homólogos, presentes na célula original, se emparelharem intimamente e efetuarem um intercâmbio de material hereditário, a permutação ou crossing-over. A troca física real de segmentos de DNA entre os cromossomos materno e paterno de um par de homólogos resulta em uma mistura dos genes parentais, o que leva, por sua vez a um significativo aumento das combinações genéticas. Com essa maior recombinação gênica, ocorre uma maior variabilidade dos tipos de gametas formados ao final de cada meiose, o que contribui com uma mais alta diversidade de organismos e favorece a maior adaptação volutiva da espécie. Em última análise, o processo de recombinação genética acelera o processo evolutivo das espécies. Embora o crossing-over aparentemente seja o único evento-chave da meiose que resulta em variabilidade genética, existe um segundo fator ainda mais importante que esse: é a segregação independente dos cromossomos homólogos, que ocorre durante a anáfase I. Em função da possibilidade de cromossomos homólogos migrarem para qualquer dos pólos da célula, independentemente de sua origem ser paterna ou materna, e pelo fato de cada um dos homólogos poder se dirigir para um pólo de forma independente dos demais cromossomos, surgem muitas possibilidades de combinações cromossômicas em cada célula-filha resultante da primeira divisão meiótica. • Não resta dúvida, portanto, que a principal conseqüência da meiose é emprestar às espécies uma grande diversidade durante o processo evolutivo. NUCLEO • A informação genética de cada célula está acumulada no DNA (ácido desoxirribonucléico) do núcleo, sob uma forma codificada. DNA→ Replicação →Transcrição (RNA) → Proteína • A informação genética pode ser duplicada (replicação) ou transcrita sob a forma de RNA, que se traduz como proteína. • O núcleo interfásico apresenta alta atividade metabólica. Possui os seguintes componentes: • Envoltório Nuclear, Cromatina, Nucleoplasma, Matriz Nuclear e Nucléolo. • O núcleo é geralmente arredondado, em localização central e geralmente acompanha a forma da célula. • Proteínas com mais de 60.000 Dáltons não atravessam o envoltório nuclear. Porém o núcleo necessita importar do citoplasma proteínas de alto peso molecular (100.000 a 200.000 áltons). Proteínas próprias do núcleo são sintetizadas no citoplasma com um “sinal nuclear específico” constituído por um segmento de 4-8 aminoácidos, ricos em aminoácidos lisina e arginina, com carga elétrica positiva. Estas proteínas atravessam o poro nuclear por mecanismo Desconhecido mas com consumo de ATP. Estes “sinais” não são removidos após a passagem das moléculas. 2 – Cromatina • O termo cromatina (croma=cor) designa, com exceção do nucléolo, toda a porção do núcleo que se colore e é visível ao MO. • A cromatina é constituída por desoxirribonucleoproteína, que se apresenta em vários graus de condensação. A disposição da cromatina no núcleo e o grau de condensação variam de um tipo celular para outro. Além disso, o mesmo tipo celular pode apresentar a cromatina com vários graus de condensação, de acordo com o estágio funcional da célula. Por exemplo, as células nervosas e espermatozóides apresentam a cromatina pouco condensada. Os plasmócitos apresentam grumos densos de cromatina e, os eritroblastos sofrem condensação gradual da cromatina durante a maturação celular. • As proteínas que se associam ao DNA para formar a cromatina são classificadas em histonas e não-histônicas. Além disso, sempre que a cromatina é isolada, encontra-se pequena quantidade de RNA associada a ela. O DNA, segundo o modelo de Watson e Crick é constituído por duas cadeias de polinucleotídeos complementares e antiparalelas, que se associam por pontes de hidrogênio, formando uma dupla hélice com diâmetro de 2 nm. • A quantidade de DNA por núcleo varia de espécie para espécie. Essa quantidade, expressa em pares de bases (pb). É chamada de valor C. Nos núcleos das células eucariontes, os valores de C variam de 107 até 1011 pb. As células somáticas, diplóides, têm em conteúdo de 2C de DNA, enquanto os gametas, que têm um conteúdo de DNA reduzido à metade, apresentam uma quantidade C de DNA. O RNA associado à cromatina representa 3% da sua composição e é constituído, basicamente, de cadeias de RNA nascentes, que ainda estavam associadas à fita molde do DNA no momento em que a cromatina foi isolada. HISTONAS • São os principais componentes protéicos da cromatina, uma vez que participam da arquitetura molecular das fibras cromatínicas. • Devido à sua íntima associação com o DNA, as histonas são proteínas bastante estáveis, não sendo renovadas constantemente, como a maioria das proteínas celulares. A quantidade em massa de histonas é, aproximadamente, igual à do DNA total do núcleo, numa razão de 1:1. • Essas proteínas têm peso molecular baixo e apresentam forte caráter básico, uma vez que são ricas nos aminoácidos básicos (carga positiva), arginina e lisina. Elas se ligam ao DNA graças à interação de seus radicais amino com os radicais fosfato do DNA. Nem todos os radicais fosfato estão neutralizados pelas histonas, o que confere à cromatina um caráter ácido (basofilia). • Nas moléculas das histonas, geralmente distinguem-se três regiões: uma região globular, devido ao enovelamento da cadeia polipeptídica, localizada entre duas regiões filamentosas.Os aminoácidos das histonas podem ser acetilados ou fosforilados, processo que Leva a umamodificação da carga elétrica da histona, alterando sua modificação da carga letrostática da histona, alterando sua interação com o DNA e influindo na configuração da cromatina. Existem cinco tipos de histonas, classificadas de acordo com seu teor em lisina e/ou arginina: H1, H2A, H2B, H3 e H4. As histonas H2A, H2B, H3 e H4 são moléculas menores, com 102 a 135 aminoácidos. As histonas do grupo H1 possuem cerca de 220 aminoácidos (com peso molecular = 23.000 Dáltons). Além das proteínas básicas, a cromatina contém proteínas não histônicas, dentre as quais muitas proteínas acídicas. As proteínas não-histônicas do núcleo podem ser encontradas ligadas ao DNA ou dispersas no nucleoplasma. Constituem um grupo muito heterogênico e apresenta-se em grande quantidade nas células metabolicamente mais ativas como os neurônios e células glandulares. Devido à sua heterogeneidade, é difícil estudar a química das proteínas não-histônicas. Do ponto de vista funcional, é possível distinguir os seguintes grupos: • 1 – Proteínas que participam da estrutura dos cromossomos. São mais de 30 proteínas que colaboram na disposição e compactação do DNA nos cromossomos. • 2 – Proteínas relacionadas com os processos de replicação e reparo do DNA (DNA-polimerases, helicases, topoisomerase). • 3 – Proteínas que participam do processo de ativação e repressão gênica. ESTRUTURA DA CROMATINA A unidade estrutural básica da cromatina foi denominada de nucleossomo. O nucleossomo é uma partícula de forma cilíndrica achatada, com 10 nm de diâmetro e 6 nm de altura. Cada nucleossomo é constituído por 200 pares de bases (PB) de DNA associados a um octâmero de histonas e a uma molécula de Histona H1. O octâmero é formado por duas moléculas de cada uma das histonas H2A, H2B, H3 e H4. A molécula de H1 se associa externamente ao DNA que envolve o octâmero. • Quando preparados totais de núcleos submetidos à digestão por proteases são vistos ao microscópio eletrônico, as fibras cromatínicas assumem o aspecto de um colar de contas, as quais mantêm uma certa distância entre si. • Análise bioquímica desse colar de contas revelaram que a cada conta é constituída pelo octâmero das histônas H2A, H2B, H3 e H4, em torno do qual se enrola um segmento de DNA com cerca de 146 pb. • Essa estrutura foi denominada centro do nucleossomo. Conectado um centro do nucleossomo ao outro, encontra-se um segmento de DNA não associado a proteínas com 15 até 100 pb, chamado de DNA de ligação. • Dois tipos de fibras cromatínicas são encontradas no núcleo interfásico, a fibra de 10 nm de diâmetro, ou nucleofilamento, e a fibra de 30 nm ou solenóide. A fibra de 10 nm constitui o primeiro nível de compactação e é formada pela associação de nucleossomos adjacentes. • A organização dessa fibra depende da interação entre as histonas H1 de nucleossomos vizinhos. A histona H1 de um nucleossomo liga-se, através de sua extremidade amino-terminal, à extremidade carboxi-terminal da H1 do nucleossomo adjacente, em um arranjo “cabeça-cauda”. Com essa organização, o DNA de ligação não é mais observado na fibra de 10 nm. CROMATINA E EXPRESSÃO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA Em termos moleculares, um gene pode ser definido como uma seqüência de nucleotídeos do DNA que é expresso em um produto funcional, ou seja, em uma molécula de RNA ou em uma cadeia polipeptídica. O genoma das células eucariontes, no entanto, possui uma grande quantidade de seqüência de DNA que não são convertidas em produtos funcionais, ou seja, não são codificadoras. Muitas dessas seqüências não-codificadoras estão localizadas entre os genes, separando um gene do vizinho. Outras, no entanto, estão presentes nos próprios genes. Esses genes apresentam segmentos codificadores, chamados éxons, separados por segmentos não- codificadores, ou íntrons. Todo o gene é transcrito em uma longa molécula de RNA, que, depois, é reduzida de tamanho e convertida na molécula de RNA funcional. • O processamento das moléculas de RNA ocorre no núcleo e envolve o splicing que consiste na remoção e digestão dos íntrons e na posterior junção dos éxons. Assim, apenas os éxons são mantidos no RNA maduro. • O splicing é muito complexo e preciso, porque a molécula de RNA deve ser clivada em locais exatos, e os éxons devem ser colados também de maneira exata. O processo envolve enzimas tanto para a clivagem dos RNAs quanto para a ligação que formarão a molécula madura de RNA. • Transcrição do DNA em RNA O primeiro passo na expressão de um gene é sua transcrição em uma molécula de RNA. A principal enzima responsável pela transcrição é a RNA-polimerase, que cataliza a polimerização dos ribonucleosídeos trifosfatados (ATP (adenima), CTP (citosina), GTP (guanina) e UPT (uracila)) na presença dos íons Mg++ e Mn-- . Apenas uma das fitas do DNA é usada como molde; assim, a molécula de RNA transcrita é complementar à fita de DNA que lhe deu origem e idêntica à outra fita de DNA, sendo os nucleosídeos de timina substituídos pelos de uracila. Para um determinado gene, sempre a mesma fita de DNA é copiada e o crescimento da cadeia de RNA ocorre sempre no sentido 5’ - 3’. • Existem três tipos de RNA-polimerase, cada uma delas responsável pela transcrição de um tipo de RNA. A RNA-polimerase I transcreve os rRNAs nucleolares, ou seja, os rRNAs 28S, 5,8S e 18S; a RNA-polimerase II sintetiza os mRNAs, que são posteriormente traduzidos em proteínas; a RNA-polimerase III transcreve os tRNAs e rRNA 5S. • A RNA-polimerase não depende de um iniciador ou primer para iniciar a síntese. A seqüência do DNA na qual a RNA-polimerase se liga para iniciar a transcrição de um gene contém cerca de 40 pb e é chamada de promotor. Depois de se ligar ao promotor, a RNA-polimerase abre uma região da hélice para expor a seqüência de nucleotídeos que vai ser transcrita. A molécula de RNA-polimerase se move ao longo da molécula de DNA, desenrolando a dupla hélice do DNA e expondo uma outra seqüência de nucleotídeos para servir como molde. Dessa maneira, a molécula de RNA é elongada por um nucleotídeo de cada vez na direção 5’ – 3’. • O processo de elongação da cadeia continua até que a enzima encontra uma seqüência especial de nucleotídeos no DNA molde, o sinal de término, quando então a polimerase interrompe a síntese. Terminada a transcrição, a polimerase libera o DNA molde, a dupla hélice se refaz e, a recém-sintetizada molécula de RNA é liberada no nucleoplasma, onde vai ser processada. Os genes podem estar repetidos O DNA das células eucariontes pode apresentar três diferentes graus de repetição de suas seqüências nucleotídicas, caracterizando três categorias de genes: • Os genes de cópias únicas – cada seqüência de nucleotídeo só se encontra uma vez por genoma haplóide (58% do genoma de mamíferos); • Genes que se repetem em um número moderado de vezes, geralmente entre 100 e 10.000 cópias de cada um desses genes no genoma (todos os eucariontes); e, • Genes que mostram seqüências de nucleotídeos altamente redundantes, acima de 10.000 cópias de cada gene. Essas sequências são curtas, restritas a regiões específicas do genoma, apresentando densidades de flutuação distintas, sendo isoladas do restante do DNA como bandas satélites. • Estados Funcionais da Cromatina No núcleo interfásico, existem dois padrões distintos de cromatina: 1. A heterocromatina (com coloração intensa) e, 2. A eucromatina (menos corada e mais homogênea). Sabe-se atualmente que existem duas formas de eucromatina: cerca de 10% na forma de cromatina ativa, que é menos condensada, enquanto o restante, mais condensado, é eucromatina inativa. Por outro lado em um nível maior ainda de compactação, encontra-se a heterocromatina, que não é transcrita em RNA, permanecendo sempre inativa. A mesma fibra cromatínica pode apresentar regiões eucromáticas contíguas eregiões heterocromáticas. • Assim, o material genético é organizado de modo que diferentes estados de compactação sejam mantidos lado a lado, possibilitando a ocorrência de alterações cíclicas no nível de compactação da cromatina entre a interfase e a divisão, e entre as diferentes fases da vida da célula. • É na forma de cromatina ativa que o DNA se expressa na célula, pois apenas nessa forma ele pode ser transcrito nos diferentes tipos de RNA. O processo de transição ocorre somente durante a intérfase, sendo interrompido na divisão celular. Com a compactação da cromatina, na prófase, as enzimas envolvidas na transcrição não conseguem ter acesso à moléculas de DNA. A transcrição é retomada no final da telófase, quando ocorre o processo de descondensação. A heterocromatina, que está compactada durante toda a intérfase e é transcricionalmente inativa, também é duplicada mais tardiamente no período S da intérfase. As células interfásicas possuem dois tipos de heterocromatina: 1. Heterocromatina Constitutiva – que é formada por seqüências gênicas altamente repetitivas, que nunca são transcritas. Essas seqüências se localizam em regiões específicas do cromossomo, principalmente no centrômero, nos telômeros e ao redor das constrições secundárias. 2. Heterocromatina Facultativa é parte da heterocromatina que, em um mesmo organismo, se apresenta condensada em algumas células e descondensada em outras. Pode conter seqüências gênicas em cópias únicas ou medianamente repetitivas, passíveis de transcrição, mas que são inativadas. Exemplo: cromossomo X das fêmeas de mamíferos, que é inativado ainda durante a vida ultra-uterina. O cromossomo X heterocromático é observado, no interior do núcleo, como uma partícula esférica que se cora fortemente denominada cromatina sexual. A heterocromatina facultativa poderá ser observada em aula prática, durante a observação das células do epitélio bucal. Na lâmina, a heterocromatina aparece como uma partícula ligada ao envoltório nucelar. A presença ou não da cromatina sexual permite o diagnóstico citológico do sexo. Fotomicrografia de distensão de sangue humano. Na mulher a heterocromatina sexual, ou corpúsculo de Barr (seta), pode ser identificada como um pequeno apêndice nuclear em forma de raquete no núcleo segmentado dos neutrófilos (leucócito granulócito). Corresponde a um dos cromossomos X do par sexual na mulher em sua forma inativa, enquanto o outro cromossomo do par está compondo a eucromatina, e sua transcrição confere o fenótipo feminino. (Giemsa, humano) Fotomicrografia de células epiteliais pavimentosas descamadas da mucosa oral de uma mulher. A heterocromatina sexual, ou corpúsculo de Barr (seta), nas células da mucosa oral , é encontrada aderida à carioteca. 3. Nucleoplasma e, 4. Matriz Nuclear • O Nucleoplasma é constituído por uma solução aquosa de proteínas, RNAs, nucleosídeos e íons, onde estão mergulhados os nucléolos e a cromatina. A maioria das proteínas presentes no nucleoplasma são enzimas envolvidas coma transcrição e com a duplicação do DNA, como as DNA-polimerases, RNA-polimerases, topoisomerases, helicases, entre outras. • A Matriz Nuclear é uma estrutura fibrilar que forma uma endoesqueleto nuclear, que mantém a forma e a estrutura do núcleo celular. Durante e intérfase, a cromatina encontra-se localizada regiões determinadas no núcleo. Algumas evidências sugerem que a matriz nuclear tem por função ancorar as alças cromatínicas, as enzimas envolvidas na replicação e transcrição do DNA e as proteínas envolvidas no transporte do RNA. 5. Nucléolo • Os nucléolos são estruturas nucleares esféricas e não envolvidos por membrana. Eles são facilmente vistos ao microscópio óptico. Seu tamanho pode variar de 1 até 7 μm. As células que sintetizam proteínas ativamente, ou por secretarem proteínas, ou por se reproduzirem freqüentemente, têm nucléolos maiores que outros tipos celulares. Por esse motivo, as células indiferenciadas dos embriões ou de tecidos que crescem rapidamente como certos tumores malignos - apresentam geralmente nucléolos bem evidentes. Apesar de existirem núcleos com dois ou mais nucléolos geralmente o nucléolo é único. • Os nucléolos são estruturas densas contendo em torno de 60% de matéria seca, principalmente proteína e RNA ribossômico, pequena quantidade de DNA (correspondente à cromatina que contém os genes codificadores dos RNAs ribossômicos), proteínas e RNAs que participam da transcrição e das modificações pós-transcricionais dos RNAs, bem como proteínas estruturais do nucléolo. • Ao microscópio eletrônico, três componentes distintos são vistos no nucléolo: a) o centro fibrilar, constituído por fibrilas finas (4-8 nm Ø) e, componente fibrilar denso, contendo fibrilas muito finas (3-5 nm Ø), e; b) o componente granular, constituído por grânulos (10-15nm Ø). • Esses componentes representam, os locais de transição e processamento do RNA ribossômico e de montagem das subunidades ribossômicas Biogênese dos Ribossomos • Os genes que codificam o rRNA estão localizados em porções de fibras cromatínicas que, após sua compactação, irão constituir as constrições secundárias de cromossomos específicos. Essas regiões foram denominadas regiões organizadoras do nucléolo ou NORs (Nucleolar Organizing Region). O número e a localização das NORs variam de espécie para espécie. • A montagem das subunidades ribossômicas envolve a complexação das moléculas dos rRNAs 18S, 28S, 5.8S e 5S com proteínas. • Os genes que codificam as proteínas ribossômicas são transcritos fora do nucléolo pela RNA-polimerase II. Essas proteínas são sintetizadas no citoplasma e importadas para o núcleo. Aproximadamente 49 tipos diferentes de proteínas serão adicionados aos rRNAs 28S, 5,8S e 5S para constituir a subunidade maior e, em torno de 33 tipos se associarão ao rRNA 18S para formar a subunidade menor. • Mais da metade das proteínas ribossômicas associam-se ao pré-rRNA no momento de sua transcrição. As proteínas restantes, bem como o rRNA 5S, são incorporadas nas pré-subunidades ribossômicas à medida que ocorrem as clivagens. A subunidade ribossômica menor, que contém apenas a molécula do rRNA 18S, torna-se madura mais rapidamente que a subunidade maior, que contém os demais rRNAs. Os estágios finais da maturação do ribossomo envolvem a exportação das subunidades ribossômicas de 40S e 60S para o citoplasma. • Diversas proteínas nucleolares parecem estar envolvidas na importação das proteínas ribossômicas para o núcleo, bem como na exportação das subunidades ribossômicas para o citoplasma. Cromossomo • Os cromossomos são resultantes da condensação da cromatina que ocorre durante a divisão mitótica ou durante a meiose. O grau de condensação é máximo na metáfase, razão pela qual os estudos da estrutura cromossômica utilizam cromossomos metafásicos. • A duplicação do DNA é condição determinante para que a célula entre em divisão. Em conseqüência, o cromossomo metafásico é composto por duas moléculas-filhas de DNA, cada qual presente em uma das duas cromátides que constituem o cromossomo. Cada cromátide é resultante da compactação da fibra de 30 nm que, segundo o organismo, apresenta diâmetro entre 0,25 e 2 μm e comprimento de0,25 s 30 μm. • A estrutura dos cromossomos metafásicos foi demonstrada experimentalmente. Quando tratados com substâncias polianiônicas (heparina ou sulfato de dextrana), que competem com o DNA pela ligação com as histonas, estas foram removidas. • A estrutura resultante manteve a morfologia original do cromossomo, em um esqueleto protéico central, denominado esqueleto metafásico. Circundando essa estrutura protéica, encontrava-se um halo formado por muitas alças de DNA não associado a histonas, que se ligavam em pontos adjacentes do esqueleto. Duas proteínas com alto peso molecular foram isoladasdo esqueleto: uma com 170 Kda e outra com 135 Kda. • Esse experimento sugere que o cromossomo metafásico é formado por um esqueleto central de proteínas não histônicas, ao qual se associa a fibra cromatínica. O modo de associação no entanto, não está completamente esclarecido. • As duas cromátides de um cromossomo são unidas através de uma região acinturada, denominada constrição primária ou centrômero. Nessa região, a cromatina está bastante condensada e as seqüências de DNA são altamente repetitivas. Em geral, cada cromossomo possui apenas um centrômero e a posição deste permite a classificação morfológica dos cromossomos em: • Metacêntricos – apresentam centrômero central, dividindo o cromossomo em dois braços com tamanhos iguais. • Submetacêntricos – o centrômero divide o cromossomo em dois braços de tamanhos desiguais. • Acrocêntricos – apresentam centrômero na posição subterminal, deslocado para uma das extremidades. • Telocêntricos – apresentam o centrômero terminal. Lateralmente ao centrômero, cada cromátide apresenta uma estrutura protéica associada denominada cinetócoro, que, na maioria dos organismos apresenta- se em forma de disco, com 0,3 μm de diâmetro e 0,1 μm de espessura. Em cortes ultrafinos, o cinetócoro aparece constituído por três discos empilhados. O disco mais interno está em contato com o centrômero, enquanto no mais externo se ligam os microtúbulos que compõem o fuso de divisão. Os cinetócoros dirigem a migração dos cromossomos durante a divisão celular. • Além da constrição primária ou centrômero, certos cromossomos apresentam estreitamento que aparecem sempre no mesmo lugar, as chamadas constrições secundárias, muito utilizadas na caracterização dos cromossomos. A região organizadora do nucléolo está presente na constrição secundária de alguns cromossomos. • Nas extremidades do cromossomo metafásico são encontradas sequências especiais de DNA, que constituem os telômeros, que impedem a adesão dos cromossomos entre si, mantendo assim sua estabilidade. • Uma outra forma de caracterização dos cromossomos é feita por técnicas de especiais de tratamento e coloração, que levam ao aparecimento de um padrão definido de segmentos ou bandas diferencialmente coradas ao longo do cromossomo. As bandas podem evidenciar diferenças na distribuição de componentes da cromatina, ou ainda, na composição química da cromatina que ocorrem ao longo do cromossomo. Cariótipo • Toda espécie animal e vegetal tem um complemento cromossômico característico ao qual se denomina Cariótipo. O cariótipo é o conjunto de características constantes dos cromossomos da espécie, quanto ao número, tamanho e morfologia. • Células submetidas a um tratamento de colchicina, impede a polimerização dos microtúbulos do fuso mitótico durante a divisão. Assim, a divisão é interrompida quando a compactação dos cromossomos é máxima. Na representação do cariótipo, denominada ideograma, os cromossomos são ordenados em pares, sendo um par de origem materna e outro de origem paterna. Cada cromossomo de um par é homólogo ao outro, ou seja, apresentam o mesmo tamanho, a mesma morfologia e mesma seqüência gênica. A montagem do cariótipo é realizada pareando os cromossomos homólogos, começando com os maiores até os cromossomos menores, e dividindo-os em grupos A, B, C, D, E, F e G. • O número de cromossomos de uma espécie é constante e é mantido durante os ciclos de divisão pelos quais a célula passa. Apenas na meiose, quando se formam os gametas, ocorre a redução à metade no número de cromossomos da célula. Em conseqüência, os gametas são haplóides, isto é, apresentam n cromossomos. As células somáticas são diplóides, ou seja, possuem 2ncromossomos. CARIÓTIPO HUMANO Citogenética Humana - As técnicas refinadas no estudo dos cromossomos, permitiram a pesquisa detalhada do cariótipo humano. O estudo do cariótipo humano iniciou-se em 1956, quando Tjio e Levan estudaram fibroblastos de embriões humanos normais e Demonstraram que o número diplóide é 46 (isto é, 44 autosomos + XY no homem ou, 44 + XX na mulher). Três anos mais tarde, Lejeune e seus colaboradores descobriram a presença de um cromossomo extra em indivíduos portadores da síndrome de Down. Para o estudo do cariótipo humano, são empregados cultivos de fibroblastos, medula óssea, pele e sangue periférico, combinados com a ação da colchicina, para bloquear a mitose em metáfase e soluções hipotônicas para separar em seguida os cromossomos. Também foi introduzido o estudo dos cromossomos em cultivo de células provenientes do líquido amniótico. Esta técnica é muito útil para se conhecer o cariótipo do feto para detectar anomalias. Com isto, o estudo do cariótipo humano tornou-se importante para detecção e diagnóstico de doenças ou anomalias. O número diplóide normal de cromossomos de um ser humano é 46, 22 pares de autossomos 2 cromossomos sexuais. Os 22 pares de autosomos do cariótipo humano normal são numerados em ordem de comprimento decrescente e classificados de acordo com a posição do centrômero. Desta forma, os cromossomos podem ser: • Metacêntricos: 1, 3, 19 e 20. • Submetacêntricos: 2, grupos B, C e E. • Acrocêntricos: grupos D e G • O cromossomo X pertence ao grupo C • O cromossomo Y pertence ao grupo G. Engenharia Genética • A Engenharia Genética ou Tecnologia do DNA recombinante tem possibilitado o seqüênciamento de genes específicos. • Desenvolvimento de técnicas permitiram a manipulação do DNA e revolucionou a biologia molecular. • As técnicas permitem o isolamento e caracterização de genes específicos que são inseridos em vetores(plasmídeos de bactérias) e transferidos para células procariontes, nas quais, além da produção das seqüências de DNA am alto número, o produto final (proteínas) pode ser produzido em escala industrial – o que se convencionou chamar de clonagem gênica. CELULAS PROCARIONTES Bactérias – são células procariontes, constituindo os menores seres vivos e os mais simples do ponto de vista estrutural. Essa limitação quanto ao tamanho se deve a inexistência de compartimentos intracelulares separados por unidade de membrana, portanto os metabólitos ficam dispersos no citoplasma. • Na célula eucarionte – existe um elaborado sistema de compartimentos funcionais, facilitando o fluxo e a concentração de metabólitos intracelular. • Embora as bactérias tenham uma simplicidade estrutural, elas são seres complexos e diversificados do ponto de vista bioquímico e metabólico, o que permite sua adaptação aos habitats mais variados. As bactérias assumem formas bem variadas: • Esféricas = cocos • Alongadas = bacilos • Forma helicoidal, em geral móveis = espirilos Freqüentemente as bactérias se apresentam em grupos: • Cocos em pares = diplococos • Em fileiras = estreptococos • Como cacho de uvas = estafilococos Apesar de sua diversidade e complexidade metabólica, a estrutura da bactérias é simples • As bactérias apresentam envolvendo o seu citoplasma (de dentro para fora): • Uma membrana plasmática = apresentando a mesma estrutura trilaminar das células eucariontes, com moléculas receptoras, proteínas de relacionadas ao transporte transmembrana e, as moléculas da cadeia respiratória análoga a existente na membrana interna das mitocôndrias. • Uma parede bacteriana – espessa e rígida • Pode ocorrer uma terceira camada, chamada cápsula que é viscosa e, em algumas espécies é espessa. • Além do citoplasma, encontra-se uma região correspondente ao núcleo chamada nucleóide, além de grânulos diversos. • Freqüentemente partem da superfície bacteriana prolongamentos, filamentosos de dois tipos: os flagelos (movimentação) e as fímbrias (transferência unidirecional de DNA entre células bacterianas). • Mesossomo – dobras da membrana plasmática - aumentaa quantidade de membrana plasmática, aumenta o número de moléculas que participam de processos funcionais importantes (e.g. respiração), participam da formação de septos da parede durante a divisão da bactéria. • As bactérias contêm um ou mais nucleóides que se apresentam como massas arredondadas. O nucleóide é formado por um filamento circular de DNA, localizado próximo ou ligado à membrana plasmática. Esse DNA é um filamento circular, constituído por duas cadeias dispostas em hélice, mede cerca de 1 mm de comprimento e é muito dobrado (molécula supercoiled) para poder caber dentro da bactéria. • Embora esse DNA seja denominado cromossomo bacteriano – é muito diferente dos cromossomos das células eucariontes (que são estruturas muito mais elaboradas e constituídas de DNA e diversas proteínas). • Numa mesma espécie bacteriana, o número de cópias do DNA cromossômico por célula é variável porém geralmente diversas cópias estão presentes. • Como as bactérias não se dividem por mitose, seus cromossomos não apresentam condensação cíclica observada nos cromossomos das células eucariontes. • Além do DNA do nucleóide, as bactérias podem apresentar outros filamentos circulares de DNA, extracromossômicos, muito menores do que os cromossomos que também veiculam informação genética denominados plasmídeos. • Os plasmídeos são moléculas circulares de DNA em dupla hélice, que se multiplicam independentemente dos cromossomos. Esses elementos possuem genes para a própria replicação e genes que influenciam favoravelmente as bactérias hospedeira. Todavia não são essenciais para a vida da bactéria. Os plasmídeos geralmente ocorrem em cópias múltiplas, o que aumenta muito a eficiência dos genes neles contidos. Um plasmídeo capaz de se integrar no cromossomo da bactéria recebe o nome de epissomo. • Os plasmídeos apresentam características que os tornam muito úteis aos estudos de biologia molecular, sendo muito utilizados nas técnicas de DNA recombinante (engenharia genética) para transferir genes entre organismos diferentes. Ao lado dos genes virais e dos transposons, os plasmídeos podem ser considerados genes dotados de mobilidade. • Tanto nas células procariontes como nas eucariontes, pode haver transferência de genes para locais diferentes da mesma célula pelos transposons, que são segmentos de DNA dotado da capacidade de se transferirem entre plasmídeos e cromossomos. Os transposons aumentam as variações genética entre bactérias, facilitando muito a transferência de resistência a antibióticos. • Todas as bactérias, exceto os micoplasmas, apresentam uma parede rígida responsável pela forma da célula e que a protege contra a ruptura e contra a penetração de vírus (bacteriófagos). Pelo transporte ativo de moléculas e íons, a maioria das bactérias mantêm a pressão osmótica muito mais elevada de que a pressão osmótica de certos ambientes onde elas vivem na natureza. A parede impede que essas bactérias se rompam, possibilitando sua sobrevivência e multiplicação em meio hipotônico. Apesar de ser rígida e resistente, a parede é permeável, o que facilita a nutrição da célula e a saída de moléculas diversas nela produzida. A parede contém moléculas antigênicas (capazes de provocar uma resposta imunitária e reagir com os respectivos anticorpos) que podem ser utilizadas para a identificação das bactérias. Devido às propriedades de suas paredes, as bactérias são divididas em dois grandes grupos: as Gram-positivias e as Gram- negativas. Esta classificação depende do comportamento das bactérias durante a coloração de Gram. As bactérias que após aplicação da coloração de Gram: • apresentam coloração roxo = Gram –positivas • que não retêm a cor roxa = Gram-negativas para facilitar a visualização ao microscópio, estas são coradas com um corante vermelho, asafranina ou fucsina, que não altera a cor roxa das bactérias Gram-positivias. • De acordo com as suas estruturas das paredes celulares as bactérias podem ser coradas ou não pela técnica de coloração pelo corante de Gram (médico dinamarquês que idealizou esta técnica). A parede celular dos microrganismos gram-positivos (coloração azul) é uma estrutura relativamente simples, com espessura de 15 a 50 nm. Ela é composta de 50% de peptídeoglicanos, 40% a 45% de polímeros ácidos (o que resulta na superfície da célula ser polarizada e ter carga negativa) e 5% a 10% de proteínas e polissacarídeos. • A parede celular dos microrganismos gram-negativos (coloração vermelha) é muito mais complexa. Sendo constituída de 1. Espaço periplasmático contendo enzimas; 2. camada de peptídeoglicanos; 3. membrana externa que consiste em uma dupla camada lipídica; 4. Polissacarídeos complexos que formam componentes importantes da superfície externa. Estes diferem entre as cepas de bactérias e são os principais determinantes antigênicos. A dificuldade em penetrar nesta camada externa complexa é a razão pela qual alguns antibióticos são menos ativos contra as bactérias gram-negativas (Ex. na Pseudomonas aeruginosa). A parede das células Gram-positivas é simples sendo formada apenas por uma espessa camada de peptidoglicanas, situada entre a membrana plasmática e a cápsula, que fica mais externamente. As peptidoglicanas são compostos típicos das paredes bacterianas constituídos por cadeias peptídicas ligadas a uma cadeia de hidratos de carbono. São responsáveis pela rigidez e resistência da parede das bactérias. A parede das células Gram-positivas geralmente possui moléculas de ácidos teicóicos que nunca estão presentes nas células Gram- negativas. A parede das células Gram-negativas é muito complexa sendo formada pelas seguintes camadas (de dentro para fora): uma camada de peptidoglicanas, mais delgada do que a das bactérias Gram-positivas; uma camada de lipoproteínas; a membrana externa, de estrutura trilaminar; a camada de lipopolissacarídeos (LPS). • A membrana externa é uma estrutura peculiar. Embora localizada na parte externa da parede, possui estruturas semelhantes às membranas celulares em geral. A membrana externa tem a arquitetura de um mosaico fluido, mas os fosfolipídios de seu folheto externo são substituídos por abundantes moléculas de lipopolissacarídeos (LPS), que chegam a constituir uma verdadeira camada, formando uma forte barreira em volta da célula. Entre outras funções, os LPSs age como um protetor como, por exemplo, nas bactérias entéricas que resistem às enzimas hidrolíticas e aos sais biliares do tubo digestivo. A membrana externa das bactérias Gram-negativas contém moléculas protéicas, denominadas porinas, que formam canais por onde penetram diversas substâncias, como aminoácidos e hidratos de carbono. Como a camada de LPS é impermeável, praticamente todas as moléculas que penetram na parede, para atingirem a membrana plasmática, o fazem pelos canais de porinas. • A cápsula, presente em muitas bactérias tanto Gram- positivas como Gram-negativas, é uma camada de espessura e constituição molecular variada e de consistência mucosa. Costuma conter antígenos potentes, conferindo à bactéria propriedades imunológicas muito definidas. Apesar de a presença da cápsula não estar sempre relacionada à capacidade da bactéria em agredir o hospedeiro, essa estrutura confere às bactérias patogênicas certa resistência à fagocitose e ao ataque de outros elementos de defesa do organismo explicando assim, em parte, sua atividade patogênica. • A hidrólise da parede bacteriana ou o bloqueio de sua síntese podem gerar os protoplastos ou os esferoplastos. • Os protoplastos são derivados de bactérias Gram-positivas e os esferoplastos das bactérias Gram-negativas. A diferença entre eles é que os protoplastos são totalmente desprovidos de constituinte da parede e, por isso, osmoticamente são mais frágeis do que os esferoplastos, que retêm algummaterial da membrana externa da parede bacteriana. • As células sem parede e que são capazes de proliferar nos cultivos ou nos hospedeiros recebem o nome de formas L. Algumas destas formas L podem voltar a sintetizar paredes, revertendo à sua forma normal. Outras perdem definitivamente a capacidade de voltar a fabricar novas paredes. • Certas bactérias produzem formas L espontaneamente, muitas vezes causando doenças crônicas e de tratamento difícil porque as formas L são mais resistentes a muitos antibióticos. • Sendo desprovido de organelas membranosas, o citoplasma das células bacterianas é formado essencialmente de ribossomos que se prendem em moléculas de RNA mensageiro formando os polirribossomos. • As bactérias podem acumular material de reserva em grânulos osmoticamente inertes, não envolvidos por membrana. Na falta de nitrogênio, quando não podem sintetizar proteínas nem ácidos nucléicos, as bactérias acumulam o carbono excedente sob a forma de polímeros do acido hicroxibutírico ou de polímeros de glicose, como o amido e o glicogênio. Esses grânulos são usados como fonte de carbono para a síntese de proteínas e ácidos nucléicos, quando as células obtêm nitrogênio suficiente. São muito freqüentes os grânulos de metafosfato polimerizado, que foram denominados grânulos de volutina, antes de sua caracterização química. • Os prolongamentos observados na superfície das bactérias são de dois tipos – os flagelos e as fímbrias. Os flagelos são órgãos de locomoção filamentosas, medindo geralmente de 3 a 12 μm de comprimento e 12 a 30 nm de diâmetro. Na base do flagelo existe uma dilatação responsável pela rotação do flagelo que se encontra imersa na parede da membrana plasmática da célula bacteriana. O flagelo é um polímero da proteína flagelina característica de cada espécie de bactéria. Os monômeros de flagelina se organizam em 11 protofilamentos para constituir o flagelo. Dados sugerem que a movimentação dos flagelos é alimentada por uma energia de um fluxo de prótons e, os flagelo podem girar em um sentido e depois girar em outro sentido alternando a direção da movimentação. • As fímbrias são filamentos rígidos de natureza protéica. Existem duas classes de fimbrias: as fímbrias comuns, que podem promover a aderência das bactérias às células eucariontes agredidas (tendo capacidade patogênica) e as fímbrias sexuais, mais longas que são esponsáveis pela fixação das bactérias durante o processo de conjugação. Neste processo há passagem unidirecional de DNA da célulabacteriana doadora para a célula receptora, através de comunicações que se formam entre os citoplasmas das duas células. As fímbrias sexuais estão presentes apenas nas bactérias doadoras, enquanto as células receptoras possuem, na superfície, macromoléculas que facilitam a fixação das fímbrias. O metabolismo bacteriano é muito diversificado • Possivelmente não existe grupo de ser vivo que tenha metabolismo mais diversificado do que as bactérias. Bactérias diferentes podem utilizar como fonte de carbono e de energia os nutrientes mais diversos e muitas vivem melhor em temperaturas extremas. • Algumas bactérias vivem em baixas temperaturas, enquanto outras estão adaptadas a temperaturas incompatíveis com a vida da maioria das células. É o caso das bactérias termofílicas, como a espécie Thermus aquaticus que prolifera em temperatura acima de 70°C. A enzima polimerase dessa bactéria é empregada na técnica PCR (Polimerase Chain Reaction), utilizada na caracterização do DNA para fins de pesquisa, na identificação de pessoas e em medicina forense. • Outras bactérias vivem em habitas muito frios, como a Polaromonas vacuolata, que prolifera melhor na temperatura de 4°C mas se multiplicando bem em temperaturas acima de 12°C, enquanto as bactérias mais comuns e mais estudadas proliferam nas temperaturas de 37 a 39°C. A capacidade de utilizar numerosos nutrientes como fonte de carbono e de energia e a resistência à temperaturas muito diversificadas explicam a distribuição universal das bactérias, que são encontra das nos ambientes mais variados, como nos diferentes tipos de solo, na água salgada dos mares, na água doce dos rios e lagos, bem como no intestino e sobre a pele dos animais. Praticamente não existem nichos ecológicos desprovidos de bactérias. Elas têm sido encontradas nas águas geladas dos pólos e nas fontes naturais de água quente. • As bactérias quimiorganotróficas (bactérias que se alimentam de compostos orgânicos) mais exigentes só proliferam nos meios de cultura que contêm hidratos de carbono, aminoácidos e certas vitaminas. Essas bactérias obtêm a energia necessária par a sua vida através da oxidação de hidratos de carbono, gorduras e proteínas. Algumas porém, retiram energia da decomposição anaeróbia (fermentação) dos hidratos de carbono, e outras espécies só crescem na ausência de oxigênio(bactérias anaeróbias). • Costuma-se chamar de anaeróbias facultativas às bactérias que podem viver tanto em meio aeróbio como anaeróbio. As bactérias quimiorganotróficas aeróbias têm metabolismo muito parecido com o da maioria das células animais (eucariontes). Os hidratos de carbono são muito utilizados por essas bactérias como fonte de energia. • A capacidade de metabolizar determinados tipos de açúcares, aliada à morfologia e afinidade das bactérias pelos corantes, é critério usado para identificação e classificação desses microrganismos. Os componentes dos flagelos, cápsula e parede são antígenos que fornecem bases para a análise imunológica e identificação das bactérias. • O estudo do DNA bacteriano e a descoberta do seqüenciamento dos nucleotídeos permitiu a identificação e classificação de numerosas espécies de bactérias. Isto levou os pesquisadores a admitir que existem ainda muito outras espécies a serem descobertas, principalmente no solo. AC! • Vários tipos de bactérias contêm como componentes de sua estrutura, ou liberam para o meio de cultura, substâncias tóxicas que recebem o nome de endotoxinas e exotoxinas bacterianas. Essas toxinas são, em parte, responsáveis pelos danos causados pelas bactérias aos organismos por elas atacados. • Duas exotoxinas mais potentes que se conhecem são produzidas pelo Clostridium tetani e Clostridium botulinum, causadores de tétano e do botulismo, respectivamente. A toxina botulínica é tão potente que apenas uma quantidade mínima de 0.001-0.002mg basta para causar a morte de um ser humano. • Outro exemplo de exotoxina é secretada pelo Vibrio cholerae. Essa bactéria, sendo introduzida no organismo pela água ou pelos alimentos, se multiplica e se fixa nas microvilosidades das células intestinais, produzindo uma exotoxina constituída de duas subunidades. A subunidade A se prende à membrana celular,e a subunidade B penetra na célula, onde causa aumento na atividade da adenilato ciclase, enzima que cataliza a síntese de AMP cíclico. Essa molécula, por sua vez, estimula a extrusão de íons e a saída passiva de água. Tem lugar, estão, uma extensa secreção de eletrólitos para a luz intestinal, com perda de bicarbonato e diminuição na absorção de sódio e cloreto. Ocorre diarréia acentuada, que pode levar à morte por desidratação, acidose e desequilíbrio eletrolítico do meio interno do organismo. • Os processos metabólicos das bactérias são semelhantes, porém não iguais, aos das células eucariontes. As pequenas diferenças permitem, na clínica, o uso de substâncias que bloqueiam efetivamente certas vias metabólicas típicas das bactérias, sem prejudicar, ou prejudicando pouco, o organismo do doente. Para Resistirem aos Ambientes adversos, as Bactérias Formam Esporos • Algumas espécies de bactérias reagem a situações adversas do meio ambiente formando estruturas resistentes chamadas esporos, os quais suportam condições críticas de temperaturas e falta de água, que normalmente, levaria
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