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OSSOS E ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO GRUPO: Elis de Mello Silva Elizângela Gama Tapajós Karoline Stephanie Marães Lucas Henrique Guimarães dos Santos Nicole França Frota de Almeida Poliana Nunes de Souza Rayandra Michilles dos Santos TORNOZELO O complexo articular do tornozelo e pé constitui a porção mais distal do membro inferior, de grande importância funcional. Juntos formam a unidade funcional receptora de carga e propulsora do membro inferior FUNÇÕES: Recepção do peso do corpo, atendendo as demandas de irregulares do solo. Estabilização postural Locomoção A posição de referência do tornozelo se caracteriza no - plano sagital, -eixo longitudinal A perna forma um ângulo de 90° com o plano de apoio da planta do pé no solo. O complexo articular do tornozelo é constituído pela Tíbia e fíbula (ossos longos e fortemente unidos) Tálus Do complexo articular do tornozelo, apenas 3 articulações desempenham um importante papel na função biomecânica, são elas: tíbio-társica, subtalar e as articulações transversais do tarso. ARTICULAÇÃO TÍBIO-TÁRSICA OU TALOCRURAL ARTICULAÇÃO SUBTALAR OU TALUS-CALCÂNEO ARTICULAÇÕES TRANSVERSAIS DO TARSO ARTICULAÇÃO TÍBIO-TÁRSICA OU TALOCRURAL É considerada a “rainha” de todo o complexo articular da parte posterior do pé Recebe todo o peso do corpo e distribui para as outras regiões do pé formada pela articulação da tíbia e fíbula com o dorso do tálus. Por ser uma tróclea, sua superfície de encaixe é classificada como gínglimo ou dobradiça, sendo uniaxial e permitindo apenas movimentos no plano sagital. O eixo em torno do qual a movimentação ocorre estende-se obliquamente da face póstero-lateral do maléolo fíbular à face ântero-medial do maléolo tibial. A flexão e a extensão são os movimentos que ocorrem neste eixo. • Dorsiflexão (flexão): é o movimento do pé no qual a superfície plantar se move em direção caudal e posterior com um ângulo de 20 a 30°. • Flexão plantar (extensão): é o movimento no qual a superfície dorsal do pé move- se em direção anterior e cranial com um ângulo de 30 a 50°. ARTICULAÇÃO SUBTALAR É uma articulação plana ou de deslizamento modificada, formada pela união do tálus com o calcâneo. O tálus também se articula com o navicular, e a articulação talonavicular é envolvida nos movimentos atribuídos à articulação subtalar. Permite mobilidade em direções mais numerosas que a tíbio-társica, nos três planos do espaço (sagital, frontal, transverso) porém, com amplitude mais reduzida. • Supinação: é a rotação do pé na qual a planta do pé se move em direção medial. • Pronação: é a rotação na qual planta do pé se move em direção lateral ARTICULAÇÔES TRANSVERSAIS DO TARSO São formadas pelas articulações do tálus com o navicular (medialmente) e do calcâneo com o cuboide (lateralmente). Os movimentos combinados que se produzem são os de inversão e eversão, porém, com maior amplitude Os movimentos de Adução e Abdução são dominantes nessa articulação. • Adução: é o movimento do antepé em direção medial. • Abdução: é o movimento do antepé na direção lateral. Adução Abdução Proximalmente à articulação do tornozelo, nas porções distais da fíbula e da tíbia, encontramos uma articulação importante: a articulação tibio-fibular distal (sindesmose). É formada pela superfície áspera e convexa da face medial da extremidade distal da fíbula e uma superfície áspera e côncava da face lateral da tíbia. Essa articulação é formada pelos ligamentos tibio-fibular anterior e posterior, transverso inferior e interósseo. Ligamento Tibio-fibular Anterior – É um feixe de fibras achatado que se estende oblíqua, distal e lateralmente entre as bordas adjacentes da tíbia e da fíbula, na face anterior da sindesmose. Ligamento Tibio-fibular Posterior – Menor do que o anterior, está disposto de modo semelhante da face posterior da sindesmose. Ligamento Transverso Inferior – Situa-se anteriormente ao ligamento posterior, e é um feixe grosso e robusto de fibras amareladas, que se dirigem transversalmente do maléolo lateral para a borda posterior da face articular da tíbia. Ligamento Interósseo – Consiste de numerosos feixes fibrosos, curtos e robustos, que passam entre a superfície rugosa contínua da tíbia e da fíbula e constituem o principal laço de união dos entre os ossos. A articulação do tornozelo propriamente dita é um gínglimo (dobradiça) formada pela extremidade distal da tíbia e fíbula, ligamento transverso inferior e o tálus. Cápsula Articular – Recobre a articulação. A parte anterior da cápsula é uma camada membranosa larga e fina. A parte posterior da cápsula é muito fina e formada principalmente por fibras transversais. Os ossos são ligados pela cápsula articular e pelos seguintes ligamentos: deltoide, talofibular anterior, talofibular posterior e calcaneofibular. Os três ligamentos abaixo descritos são referidos como Ligamento Colateral Lateral. Ele sustenta o aspecto lateral do tornozelo, impedindo o movimento de inversão. Ligamento Deltoide – É um feixe triangular, robusto e achatado. Consta de dois feixes de fibras: superficial (fibras tibionaviculares, calcaneotibiais e talotibiais posteriores) e profundo (fibras talotibiais anteriores). Sua principal função é estabilizar a região medial do tornozelo e impedir o movimento de eversão. Ligamento Talofibular Posterior – Corre quase horizontalmente da depressão na parte medial e posterior do maléolo fibular para um tubérculo proeminente na face posterior do talo, imediatamente lateral ao sulco para o tendão do flexor longo do hálux. Ligamento Calcaneofibular – É um cordão estreito e arredondado que corre do ápice do maléolo fibular para um tubérculo na face lateral do calcâneo. O Ligamento Anterior e o Calcaneofibular são os mais frequentemente lesionados nas torções em inversão do tornozelo. Isso porque com o pé em flexão plantar, o tálus é mais instável no encaixe do tornozelo, e portanto mais dependente do suporte ligamentar. Patologia: Entorse de tornozelo A entorse de tornozelo é uma lesão comum que acontece na articulação do tornozelo devido á uma “pisada em falso”, assim rodando o pé para fora, podendo causar uma fratura óssea, ligamentar, fratura de tendão ou de tecidos moles. Geralmente, as entorses acontecem quando o indivíduo está caminhando, ou correndo em superfícies irregulares. É bastante comum em mulheres que usam salto alto, isso acontece devido à falta de instabilidade do tornozelo em relação ao chão, colocando a pressão do peso corporal no tornozelo. Boa parte do peso fica apoiado ao salto, que geralmente pode ser fino, podendo causar assim uma torção. Níveis de gravidade A torção do tornozelo pode ser de 3 graus diferentes: * Grau 1: estiramento ligamentar, normalmente a dor passa em menos de 5 dias; * Grau 2: lesão ligamentar parcial, a dor pode durar mais de 10 dias e a fisioterapia é indicada; * Grau 3: lesão ligamentar total, é sempre necessário fazer fisioterapia. Sintomas * Dor no tornozelo e dificuldade para caminhar ou, até mesmo, colocar o pé no chão; * Inchaço da parte lateral do pé; * A área pode ficar inchada e arroxeada, sendo comum que o roxidão surja apenas 48 horas depois da torção; * Sensibilidade ao tocar na região lateral do tornozelo e do pé; * Pode haver pequena elevação da temperatura no local afetado.