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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos 1 1 DEFINIÇÕES Projeto é um empreendimento temporário ou uma sequência de atividades com começo, meio e fim programados. Tem por objetivo fornecer um produto singular (produtos físicos, serviços, conceitos ou eventos), dentro de restrições conflitantes. Outras definições: Projeto é um esforço temporário para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo (PMBoK, 2012). Guia PMBOK® contém as práticas fundamentais para gestão de projetos. Teve seu primeiro desenvolvimento em 1983, por voluntários do Project Management Institute (PMI®). Atualmente, tornou-se a referência para a profissão de gerenciamento de projetos. Projeto é um esforço no qual recursos humanos, materiais e financeiros são organizados de forma inovadora, para empreender um escopo único de trabalho, com especificação definida, dentro de restrições de custo e tempo, seguindo um ciclo de vida padrão, para atingir mudanças benéficas definidas por objetivos quantitativos e qualitativos (AMARO e CARVALHO, 2004). O desafio está em gerenciar atividades nunca tentadas no passado e que podem jamais vir a se repetir no futuro (KERZNER, 2006, p. 15). 2 DESAFIOS DOS PROJETOS Segundo Valeriano (2001, p. 92) na empresa atual e, com muito mais intensidade, na empresa do futuro, todos deverão ser capazes de gerenciar projetos ou parte deles. Segundo Candido et al. (2012, p. 14) todas as empresas que oferecerem eventos temporários para o atendimento ao cliente de forma única podem apropriar- se dos conceitos de gerenciamento de projetos, desde que estejam preparadas para uma mudança de paradigmas e cultura. Esta mudança precisa ser consolidada na cultura organizacional, bem como UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos Versão 3 2 os projetos precisam considerar os (1) ativos de processos organizacionais, (2) processos e procedimentos e (3) base de conhecimento corporativa. 3 PROJETOS NAS EMPRESAS Os projetos são possíveis depois que as empresas definiram: Negócio Missão Diretrizes Objetivos Ambiente interno Ambiente externo Metas Na sequência definem seu plano estratégico. Nesse estão definidos todos os programas relevantes para a empresa. Que por sua vez podem ser repartidos em projetos e esses em sub-projetos. Definições: • Negócio • Missão • Diretrizes • Objetivos • Ambiente interno • Ambiente externo • Metas Plano Estratégico Programa 1 Programa mPrograma 2 Projeto m.1 Projeto 1.1 Projeto 1.2 Sub-projeto 1.2.n Projeto 2.1 • Negócio • Missão • Diretrizes • Objetivos • Ambiente interno • Ambiente externo • Metas Plano Estratégico Programa 1 Programa mPrograma 2Programa 1 Programa mPrograma 2 Projeto m.1 Projeto 1.1 Projeto 1.2 Sub-projeto 1.2.n Projeto 2.1 Projeto m.1 Projeto 1.1 Projeto 1.2 Projeto 1.1 Projeto 1.2 Sub-projeto 1.2.n Projeto 2.1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos Versão 3 3 Programa: conjunto de projetos administrados de forma coordenada. Exemplos: programa de pesquisa, programa Apollo. Subprojeto: é uma parte de um projeto de grande parte. Exemplos: o projetos eletrônico, o mecânico e a programação. Sistema: conjunto complexo de atividades. Exemplos: sistema de apoio à vida dentro de um projeto de nave espacial ou sistema de propulsão de um veículo. Têm estrutura hierárquica: (1) programa, (2) projeto, (3) subprojeto e (4) sistema. Os programas, conforme a empresa, podem ser vistos como as áreas de negócios. É fundamental definir as metas para cada um dos projetos. Também cada projeto por atender a mais de uma área de negócios. Com isso gera-se sinergia de recursos. 4 EMPRESAS ORGANIZADAS POR PROJETOS No limite tudo na empresa pode ser gerenciado por projetos. • Negócio • Missão • Diretrizes • Objetivos • Ambiente interno • Ambiente externo • Metas (P1, P2, Pm ) Organização Área de Negócio X Área de Negócio Y Área de Negócio Z Projeto 4m Projeto 1A Projeto 1B Projeto 1m Projeto 2A Projeto 3A Projeto 4A Projeto 4B Projeto 3B Projeto 2B Projeto 3m Projeto 2m • Negócio • Missão • Diretrizes • Objetivos • Ambiente interno • Ambiente externo • Metas (P1, P2, Pm ) Organização Área de Negócio X Área de Negócio Y Área de Negócio ZÁrea de Negócio X Área de Negócio Y Área de Negócio Z Projeto 4m Projeto 1A Projeto 1B Projeto 1m Projeto 2A Projeto 3A Projeto 4A Projeto 4B Projeto 3B Projeto 2B Projeto 3m Projeto 2m Projeto 4m Projeto 1A Projeto 1B Projeto 1m Projeto 2A Projeto 3A Projeto 4A Projeto 4B Projeto 3B Projeto 2B Projeto 3m Projeto 2m Projeto 4m Projeto 1A Projeto 1B Projeto 1m Projeto 2A Projeto 3A Projeto 4A Projeto 4B Projeto 3B Projeto 2B Projeto 3m Projeto 2m UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos Versão 3 4 A partir do plano estratégico são definidos os objetivos (o que se deve fazer) e as estratégias (como se deve fazer). Cada estratégia é implementada por meio de uma série de projetos. Alguns projetos podem contribuir para atingir várias estratégias. Você concorda? Estratégia sem implementação (projeto) é uma vã filosofia! Projeto sem estratégia é resultado de geração espontânea! Então experimente no seu projeto integrador: ter várias estratégias e não implementar nenhuma ou ver se ele surge por geração espontânea. Será aprovado na disciplina? 5 SUCESSO DE UM PROJETO O sucesso de um projeto ocorre quando é cumprido o (1) escopo, que são as especificações técnicas e qualidade, o (2) custo estimado, o (3) prazo necessário e atende o que é esperado pelos (4) stakeholders. Escopo: a soma dos produtos, serviços e resultados a serem fornecidos na forma de projeto. Escopo do produto: as características e funções que descrevem um produto, serviço ou resultado. Escopo do projeto: o trabalho que deve ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado com as características e funções especificadas. E1 E2 E3 E4 En Plano com objetivos e estratégias O que fazer Como fazer Projeto(s) P1 P2 P3 P4 Pn X X X X X X X X X X X X Gestão por projetos Gestão de projeto E1 E2 E3 E4 En E1 E2 E3 E4 En Plano com objetivos e estratégias O que fazer Como fazer Projeto(s) P1 P2 P3 P4 Pn X X X X X X X X X X X X Gestão por projetos Gestão de projeto Plano com objetivos e estratégias O que fazer Como fazer Projeto(s) P1 P2 P3 P4 Pn X X X X X X X X X X X X P1 P2 P3 P4 Pn X X X X X X X X X X X X Gestão por projetos Gestão por projetos Gestão de projeto Gestão de projeto UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federaldo Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos Versão 3 5 6 COMPARAÇÃO ENTRE OS PROJETOS E AS OPERAÇÕES Os projetos e as operações diferem principalmente no fato de que as operações são contínuas e repetitivas, enquanto os projetos são temporários e exclusivos. A finalidade de um projeto é atingir seu objetivo e, em seguida, terminar. Por outro lado, o objetivo de uma operação contínua é manter o negócio. Os projetos são diferentes porque esses terminam quando seus objetivos específicos foram atingidos, enquanto as operações adotam um novo conjunto de objetivos e o trabalho continua. Projetos Operações Ciclo de vida bem característico. Vida contínua e estável Início e término bem definidos. Existência contínua Atividades novas e não repetitivas. Atividades conhecidas e repetitivas Previsões (custos e duração) difíceis. Previsões orçamentárias fáceis Diferentes especialistas por fase. Especialistas permanentes Dinâmico por natureza. Estável por natureza 7 PROJETOS E A SUSTENTABILIDADE É necessário distinguir o ciclo de vida do projeto do ciclo de vida do produto desenvolvido a partir do projeto. Os fatores da sustentabilidade precisam ser definidos no projeto, para que o produto implementado seja ambientalmente adequado. Contudo o projeto encerra-se, normalmente, com a produção de um protótipo. A partir desse inicia o ciclo de vida do produto, com sua produção, distribuição e uso por parte do cliente. Contudo um projeto adequado, precisa prever também o descarte e a reciclagem dos produtos. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos Versão 3 6 8 CARACTERÍSTICAS Metas e objetivos bem definidos. As metas são significativas para a organização. O empreendimento foge à rotina. Possíveis mudanças requerem alta flexibilidade. Alta integração de duas ou mais unidades funcionais. Relação intensa entre fornecedor-cliente/usuário Singularidade (não há dois iguais). Incerteza elevada. Administração específica. Atividade finita (ciclo de vida). Recursos limitados. 9 CLASSIFICAÇÃO São três variáveis a serem consideradas: Incerteza: desconhecimento a respeito do resultado de uma situação ou da forma de atingi-la. Complexidade: número de variáveis envolvidas. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Eletrônica Gestão de projetos tecnológicos Fundamentos de projetos Versão 3 7 Urgência: prazo para a realização do projeto. Urgente é tudo aquilo que você não conseguiu fazer em tempo hábil e quer que os outros façam em tempo recorde. REFERÊNCIAS Obs.: o texto dessa aula foi desenvolvido a partir dos slides elaborados pelo professor Hélio Gomes de Carvalho. AMARO, J. A; CARVALHO, H. G. de. Referencial brasileiro de competências em gerenciamento de projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2004. CANDIDO et al. Gerenciamento de projetos. Curitiba. Aymará, 2012. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2010. PMBoK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. São Paulo: Saraiva, 2012. VALERIANO, D. Gerência em projetos. São Paulo: Makron Books, 1998. Projetos monodisciplinares de pesquisa. Grande projetos multidisciplinares de P&D. Pequenos projetos de engenharia, organização de eventos. Visita do Papa, jogos olímpicos, corrida Fórmula 1. URGÊNCIA COMPLEXIDADE I N C E R T E Z A PI1 Projetos monodisciplinares de pesquisa. Grande projetos multidisciplinares de P&D. Pequenos projetos de engenharia, organização de eventos. Visita do Papa, jogos olímpicos, corrida Fórmula 1. URGÊNCIA COMPLEXIDADE I N C E R T E Z A PI1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida de projetos 1 1 FASES DO PROJETO As fases do ciclo de vida do projeto dependem da natureza do projeto. Um projeto é desenvolvido a partir de uma idéia, progredindo para um plano, que, por sua vez é executado e concluído. Cada fase do projeto é caracterizada pela entrega, ou finalização, de um determinado trabalho, que deve ser tangível e de fácil identificação, como por exemplo, um relatório confeccionado, um cronograma estabelecido ou um conjunto de atividades realizado. Ao final de cada fase é natural reavaliar os esforços de andamento e de modificações. A maioria dos ciclos de vida de projetos compartilha diversas características comuns: • As fases são sequenciais e são definidas por algum formulário de transferência de informações técnicas ou de entrega de componentes técnicos. • Os níveis de custos e de pessoal são baixos no início, atingem o valor UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 2 máximo durante as fases intermediárias e caem rapidamente conforme o projeto é finalizado. • O nível de incertezas é o mais alto e, portanto, o risco de não atingir os objetivos é maior no início do projeto. A certeza de término geralmente se torna cada vez maior conforme o projeto continua. • A capacidade das partes interessadas de influenciarem as características finais do produto do projeto e o custo final do projeto é mais alta no início e torna-se cada vez menor conforme o projeto continua. Contribui para isso o fato do o custo das mudanças e da correção de erros geralmente aumentar, conforme o projeto continua. 2 GRUPOS DE PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS Os cinco grupos de processos possuem dependências e são executados na sequência nos projetos. Eles são independentes das áreas de aplicação ou do foco do setor. Os grupos de processos individuais e os processos constituintes individuais geralmente são iterados antes do término do projeto. Os processos constituintes também podem ter interações, tanto dentro de um grupo de processos como entre UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 3 grupos de processos. A seguir será descrita uma visão geral de cada fase: • Iniciação: define e autoriza o projeto ou uma fase do projeto. • Planejamento: define e refina os objetivos e planeja a ação necessária para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto foi realizado. • Execução: integra pessoas e outros recursos para realizar o plano de gerenciamento do projeto para o projeto. • Monitoramento e controle: mede e monitora regularmente o progresso para identificar variações em relação ao plano de gerenciamento do projeto, de forma que possam ser tomadas ações corretivas quando necessário para atender aos objetivos do projeto. • Encerramento: formaliza a aceitação do produto, serviço ou resultado e conduz o projeto ou uma fase do projeto a um final ordenado. 3 ENGENHARIA SIMULTÂNEAEmbora tenha sido citado que, a transição de uma fase para a outra envolva alguma forma de transferência técnica ou entrega, não é incomum que uma fase seja iniciada antes da aprovação das entregas da fase anterior, quando os riscos envolvidos são considerados aceitáveis. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 4 Em função da redução dos ciclos de vidas dos produtos e das pressões pela competitividade, é comum o uso de engenharia simultânea. Segundo Winner et al. (1988 apud Prasad, 1996) engenharia simultânea é uma abordagem sistemática para o desenvolvimento integrado e paralelo do projeto de um produto e os processos relacionados, incluindo manufatura e suporte. Essa abordagem procura fazer com que as pessoas envolvidas no desenvolvimento considerem, desde o início, todos os elementos do ciclo de vida do produto, da concepção ao descarte, incluindo qualidade, custo, prazos e requisitos dos clientes. 4 PROJETOS NAS EMPRESAS Os projetos são possíveis depois que as empresas definiram: Negócio Missão Diretrizes Objetivos Ambiente interno Ambiente externo Metas UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 5 5 FASE DE INICIAÇÃO Uma necessidade é identificada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido. Nessa fase, a missão e o objetivo do projeto são definidos, bem como as melhores estratégias são identificadas e selecionadas. A descrição inicial do escopo e os recursos que a organização está disposta a investir passam por um refinamento adicional durante o processo de iniciação. Se o gerente de projetos ainda não tiver sido designado, ele será selecionado. As premissas e as restrições iniciais também serão documentadas. Essas informações são incluídas no termo de abertura do projeto e, quando ele é aprovado, o projeto é oficialmente autorizado. Embora a equipe de gerenciamento de projetos possa ajudar a redigir o termo de abertura do projeto, a aprovação e o financiamento são tratados fora dos limites do projeto. 5.1 GRUPOS DE PROCESSOS DE INICIAÇÃO, SEGUNDO PMBOK Desenvolver o termo de abertura do projeto Este processo trata principalmente da autorização do projeto ou, em um projeto com várias fases, de uma fase do projeto. É o processo necessário para documentação das necessidades de negócios e do novo produto, serviço ou outro resultado que deve satisfazer esses requisitos. A elaboração desse termo de abertura liga o projeto ao trabalho em andamento da organização e autoriza o projeto. O termo de abertura e a autorização do projeto são realizados fora do projeto pela organização, por um setor de gerenciamento de programas ou de portfólios. Compreende as atividades: Colher e analisar fatos; Estabelecer objetivos; Estabelecer comitês de especialistas para auxiliar; Gerar alternativas estratégicas; Escolher um curso de ação; Estabelecer as grandes etapas; Estimativas preliminares de custo e prazo. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 6 Desenvolver a declaração do escopo preliminar do projeto Este é o processo necessário para produzir uma definição preliminar de alto nível do projeto usando o termo de abertura do projeto junto com outras entradas para os processos de iniciação. Este processo aborda e documenta os requisitos do projeto e da entrega, os requisitos do produto, os limites do projeto, os métodos de aceitação e o controle de alto nível do escopo. 6 FASE DE PLANEJAMENTO Deve-se detalhar o que será realizado pelo projeto: (1) cronogramas; (2) interdependências entre atividades; (3) alocação dos recursos envolvidos; (4) análise de custos, entre outros. Com objetivo de executar o projeto sem dificuldades ou imprevistos. Também devem ser desenvolvidos os planos auxiliares de comunicação, qualidade, riscos, aquisições e recursos humanos. 6.1 GRUPOS DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO, SEGUNDO PMBOK Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto Este é o processo necessário para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares em um plano de gerenciamento do projeto. O plano de gerenciamento do projeto se torna a principal fonte de informações de como o projeto será planejado, executado, monitorado e controlado, e encerrado. Planejamento do escopo Este é o processo necessário para criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto que documenta como o escopo do projeto será definido, verificado e controlado e como a estrutura analítica do projeto será criada e definida. Definição do escopo Este é o processo necessário para desenvolver uma declaração do escopo detalhada do projeto como base para futuras decisões do projeto. Criar EAP (estrutura analítica de projeto) Este é o processo necessário para subdividir as principais entregas do projeto e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 7 gerenciáveis. Definição das atividades Este é o processo necessário para identificar as atividades específicas que precisam ser realizadas para produzir as várias entregas do projeto. Sequenciamento de atividades Este é o processo necessário para identificar e documentar as dependências entre as atividades do cronograma. Estimativa de recursos das atividades Este é o processo necessário para estimar o tipo e as quantidades de recursos necessários para realizar cada atividade do cronograma. Estimativa de duração da atividade Este é o processo necessário para estimar o número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades do cronograma específicas. Desenvolvimento do cronograma Este é o processo necessário para analisar os recursos necessários, restrições do cronograma, durações e sequências de atividades para criar o cronograma do projeto. Estimativa de custos Este é o processo necessário para desenvolver uma aproximação dos custos dos recursos necessários para terminar as atividades do projeto. Orçamentação Este é o processo necessário para agregar os custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos. Planejamento da qualidade Este é o processo necessário para identificar os padrões de qualidade relevantes para o projeto e determinar como satisfazê-los. Planejamento de recursos humanos Este é o processo necessário para identificar e documentar funções, responsabilidades e relações hierárquicas do projeto, além de criar o plano de gerenciamento de pessoal. Planejamento das comunicações Este é o processo necessário para determinar as necessidades de UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 8 informação e de comunicação das partes interessadas no projeto. Planejamentodo gerenciamento de riscos Este é o processo necessário para decidir como abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto. Identificação de riscos Este é o processo necessário para determinar os riscos que podem afetar o projeto e documentar suas características. Análise qualitativa de riscos Este é o processo necessário para priorizar riscos para análise ou ação adicional subsequente através de avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. Análise quantitativa de riscos Este é o processo necessário para analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. Planejamento de respostas a riscos Este é o processo necessário para desenvolver opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. Planejar compras e aquisições Este é o processo necessário para determinar o que comprar ou adquirir e quando e como fazer isso. Inclui o processo necessário para documentar os requisitos de produtos, serviços e resultados e identificar possíveis fornecedores. 7 FASE DE EXECUÇÃO É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa fase. 7.1 GRUPOS DE PROCESSOS DA EXECUÇÃO, SEGUNDO PMBOK Orientar e gerenciar a execução do projeto Este é o processo necessário para orientar as diversas interfaces técnicas e UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 9 organizacionais que existem no projeto para executar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto. As entregas são produzidas como saídas dos processos realizados conforme definido no plano de gerenciamento do projeto. Informações sobre a situação atual das entregas e sobre a quantidade de trabalho realizado são coletadas como parte da execução do projeto e como entradas para o processo de relatório de desempenho. Realizar a garantia da qualidade Este é o processo necessário para aplicar as atividades de qualidade planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto emprega todos os processos necessários para atender aos requisitos. Contratar ou mobilizar a equipe do projeto Este é o processo necessário para obter os recursos humanos necessários para terminar o projeto. Desenvolver a equipe do projeto Este é o processo necessário para melhorar as competências e a interação de membros da equipe para aprimorar o desempenho do projeto. Distribuição das informações Colocar as informações à disposição das partes interessadas no projeto no momento oportuno. Contratar ou mobilizar a equipe do projeto Obter os recursos humanos necessários para terminar o projeto. Desenvolver a equipe do projeto Este é o processo necessário para melhorar as competências e a interação de membros da equipe para aprimorar o desempenho do projeto. Distribuição das informações Colocar as informações à disposição das partes interessadas no projeto no momento oportuno. Gerenciar as expectativas das partes interessadas Comunicação e interação com as partes interessadas para atender às suas necessidades e resolver as questões à medida que ocorrerem. Realizar aquisições Obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um fornecedor e adjudicação de um contrato. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 10 8 FASE DE MONITORAMENTO E CONTROLE É a fase que acontece paralelamente ao planejamento operacional e à execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível após a detecção da anormalidade. O objetivo do controle é comparar o status atual do projeto com o status previsto pelo planejamento, tomando ações corretivas em caso de desvio. 8.1 GRUPOS DE PROCESSOS DO MONITORAMENTO E CONTROLE, SEGUNDO PMBOK Monitorar e controlar o trabalho do projeto Acompanhamento, avaliação e regulação do progresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento do projeto. O monitoramento inclui relatórios de status, medições do progresso e previsões. Os relatórios de desempenho fornecem informações sobre o desempenho do projeto com relação a escopo, cronograma, custo, recursos, qualidade e risco, que podem ser usadas como entradas para outros processos. Realizar o controle integrado de mudanças Avaliação de todas as solicitações de mudanças, aprovação de mudanças e gerenciamento das mesmas em entregas, ativos de processos organizacionais, documentos e plano de gerenciamento do projeto. Verificar o escopo Formalização da aceitação das entregas terminadas do projeto. Controlar o escopo Monitoramento do andamento do escopo do projeto e do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo. Controlar o cronograma Monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 11 Controlar os custos Monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base dos custos. Realizar o controle da qualidade Monitoramento e registro dos resultados da execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias. Reportar o desempenho Coleta e distribuição de informações sobre o desempenho, inclusive relatórios de andamento, medições do progresso e previsões. Monitorar e controlar os riscos Implementação de planos de respostas aos riscos, acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos e avaliação do processo de risco durante todo o projeto. Administrar as aquisições Gerenciamento dos relacionamentos das aquisições e monitoramento dos desempenhos dos contratos, fazendo mudanças e correções conforme necessário. 9 FASE DE ENCERRAMENTO A execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os livros e documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos (aprendizado). 9.1 GRUPOS DE PROCESSOS DE ENCERRAMENTO, SEGUNDO PMBOK Encerrar o projeto ou a fase É o processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos de processos de gerenciamento para terminar formalmente o projeto ou a fase. Compreende as atividades: • Obter aceitação do cliente ou patrocinador; • Fazer uma revisão pós-projeto ou de final de fase; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 12 • Registrar os impactos da adequação de qualquer processo; • Documentar as lições aprendidas;• Aplicar as atualizações apropriadas aos ativos de processos organizacionais; • Arquivar todos os documentos relevantes no sistema de informações do gerenciamento de projetos (SIGP), para serem usadas como dados históricos; Encerrar as aquisições Encerrar as aquisições é o processo de finalizar cada aquisição do projeto Problema original foi RESOLVIDO?? Clientes compram benefícios, resultados, nunca esforços. Gregory Githens 10 ELABORAÇÃO DO TERMO DE ABERTURA DO PROJETO (TAP) PARA O PROJETO INTEGRADOR Cada empresa define o formato do TAP. A estrutura para esta disciplina compreende a elaboração de um sumário executivo, o qual reúne em apenas 1 página as informações necessárias para “defender” o projeto. A especificação está em detalhada no Moodle. Em uma empresa, normalmente, o TAP é apresentado para um comitê que irá ser o primeiro funil de decisão sobre a continuidade do projeto. O comitê é comum para projetos que (1) envolvem P&D para verificar se as escolhas tecnológicas estão de acordo com as estratégias da empresas ou são (2) resultado de uma venda, visto que o TAP tem a finalidade de orientar, os envolvidos subsequentes, sobre o que foi acordado com o cliente. No caso do PI, a apresentação do TAP tem objetivo de ouvir de um comitê de professores as sugestões e orientações para corrigir rumos. Em caso de interesse em conseguir apoio de algum órgão o TAP visa provar que o projeto será um sucesso. Normalmente são necessários preencher formulários específicos. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 13 10.1 ESCOPO Como primeira atividade é necessário definir o escopo, que são os produtos principais e possíveis subsidiários. Escopo: assegurar que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso. Ao definir o escopo é necessário considerar as expectativas e necessidades das partes interessadas, que podem ser conflitantes: Patrocinador Cliente (prioridade) Usuário Demais stakeholders UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 14 O escopo abrange todo o projeto. Para o cliente, compreende os resultados do projeto (o que será criado, forma, tamanho, especificações técnicas e operacionais, custos, utilidade, etc.). Para a execução, compreende as tecnologias e/ou métodos a serem utilizados, insumos internos e externos, descrição das interfaces e/ou das relações entre o projeto e o ambiente do mesmo. Para o que foi negociado, compreende o conteúdo, o que está incluído e excluído do trabalho, os limites das atividades, destas com os resultados do projeto e/ou com seu ambiente. A partir da aprovação do escopo, qualquer mudança, precisa ser aprovada por todos, visto que aumento os custos. Para a definição do escopo é importante a realização de pesquisa em fontes de informações como, por exemplo: Artigos, periódicos, livros, jornais Revistas especializadas, anais de congressos Catálogos, folders, folhetos Patentes não proprietárias Teses, dissertações, assemelhados Documentos governamentais, relatórios Patentes e normas técnicas Pesquisas em andamento Legislação, tratados Palestras, feiras Canais de distribuição, fornecedores Agências de publicidade Ex-funcionários dos concorrentes UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Ciclo de vida dos projetos Versão 3 15 Encontros profissionais Associações comerciais Grupos de discussão Congressos, seminários Visita a laboratórios/pesquisadores Clientes, estágios de curta duração Sindicatos Por fim, é necessário considerar o contexto, ou seja, o que está relacionado ao entorno do projeto e as restrições, que são as limitações das decisões e recursos disponíveis para a equipe, entre outros. REFERÊNCIAS Obs.: o texto dessa aula foi desenvolvido a partir dos slides elaborados pelo professor Hélio Gomes de Carvalho. AMARO, J. A; CARVALHO, H. G. de. Referencial brasileiro de competências em gerenciamento de projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2004. CANDIDO et al. Gerenciamento de projetos. Curitiba. Aymará, 2012. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2010. PMBoK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. São Paulo: Saraiva, 2012. VALERIANO, D. Gerência em projetos. São Paulo: Makron Books, 1998. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma 1 1 ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETOS Criar a estrutura analítica do projeto (EAP) é o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e de gerenciamento mais fácil. A EAP é uma decomposição hierárquica orientada às entregas do trabalho, a ser executado pela equipe, para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas requisitadas. Cada nível descendente da EAP representa uma definição gradualmente mais detalhada do trabalho do projeto. A EAP organiza e define o escopo total e representa o trabalho especificado na declaração do escopo do projeto aprovada. O trabalho planejado é contido dentro dos componentes de nível mais baixo da EAP, que são chamados de pacotes de trabalho. Um pacote de trabalho pode ser agendado, ter seu custo estimado, monitorado e controlado. No contexto da EAP, o trabalho se refere a produtos de trabalho ou entregas que são o resultado do esforço e não o próprio esforço. 1.1 DECOMPOSIÇÃO DE TAREFAS Decomposição é a subdivisão das entregas do projeto em componentes menores e mais gerenciáveis, até que as entregas do trabalho estejam definidas no nível de pacotes de trabalho. O nível de pacote de trabalho é o mais baixo na EAP, é o ponto onde o custo e a duração das atividades para o trabalho podem ser estimados e gerenciados com confiança. O nível de detalhe dos pacotes de trabalho variará com o tamanho e complexidade do projeto. A decomposição do trabalho completo do projeto em pacotes de trabalho geralmente envolve as seguintes atividades: • Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacionado; • Estruturação e organização da EAP; • Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes detalhados em menor nível; • Desenvolvimento e designação de códigos de identificação aos componentes da EAP; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 2 • Verificação de que o grau de decomposição do trabalho é necessário e suficiente. A estrutura da EAP pode ser criada de várias maneiras, tais como: • Usando fases do ciclo de vida do projeto como o primeiro nível de decomposição, com o produto e entregas inseridos no segundo nível.• Usando entregas principais como o primeiro nível de decomposição, • Usando subprojetos que podem ser desenvolvidos por organizações externas à equipe do projeto, tal como um trabalho contratado. O fornecedor então desenvolve a estrutura de suporte da decomposição do trabalho contratado como parte do trabalho. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 3 A decomposição dos componentes do nível mais alto da EAP requer a subdivisão do trabalho para cada uma das entregas ou subprojetos em seus componentes fundamentais, que representam produtos, serviços ou resultados verificáveis. A EAP pode ser estruturada como uma lista sumarizada, uma estrutura analítica organizacional, um diagrama de espinha de peixe ou outro método. A verificação da precisão da decomposição requer a determinação de que os componentes do nível mais baixo da EAP sejam necessários e suficientes para a conclusão das entregas do nível mais alto correspondentes. Entregas diferentes podem ter níveis diferentes de decomposição. Para se chegar a um pacote de trabalho, o trabalho de algumas entregas precisa ser decomposto somente até o próximo nível, enquanto para outras são necessários níveis adicionais de decomposição. Conforme o trabalho é decomposto em níveis maiores de detalhe, a habilidade de planejá-lo, gerenciá-lo e controlá-lo aumenta. Contudo, uma decomposição excessiva pode resultar num esforço de gerenciamento improdutivo, uso ineficiente de recursos e na diminuição da eficiência durante a execução do trabalho. A decomposição pode não ser possível para uma entrega ou subprojeto que serão efetuados num futuro distante. A equipe de gerenciamento do projeto normalmente espera até que a entrega ou subprojeto sejam clarificados para que os detalhes da EAP possam ser desenvolvidos. Essa técnica é chamada de planejamento em ondas sucessivas. A EAP representa todo produto e trabalho do projeto, inclusive o trabalho de gerenciamento do mesmo. Todo o trabalho nos níveis mais baixos tem que escalar aos níveis mais altos para que nada seja omitido e nenhum trabalho extra seja executado. Isso é chamado da regra dos 100%. 2 SEQUENCIAMENTO DE ATIVIDADES Sequenciar as atividades é processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto. Essas são sequenciadas usando UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 4 relações lógicas. Cada atividade e marco, com exceção do primeiro e do último, são conectados a pelo menos um predecessor e um sucessor. O uso de tempo de antecipação ou de espera pode ser necessário entre as atividades para dar suporte a um cronograma de projeto realista e executável. O sequenciamento pode ser executado através do uso de software de gerenciamento de projetos ou do uso de técnicas manuais ou automatizadas. 2.1 TÉCNICA: MÉTODO DO DIAGRAMA DE PRECEDÊNCIA (MDP) O MDP é um método usado no Método do Caminho Crítico (CPM) para a construção de um diagrama de rede do cronograma do projeto e que utiliza quadrados ou retângulos, chamados nós, para representar as atividades e conectá- las com setas que indicam as relações lógicas que existem entre elas. Esta técnica é chamada também de atividade no nó (ANN), sendo o método usado pela maior parte dos pacotes de software de gerenciamento de projetos. O MDP inclui quatro tipos de dependências ou relações lógicas: • Término para início (TI). O início da atividade sucessora depende do término da atividade predecessora. • Término para término (TT). O término da atividade sucessora depende do término da atividade predecessora. • Início para início (II). O início da atividade sucessora depende do início da atividade predecessora. • Início para término (IT). O término da atividade sucessora depende do início da atividade predecessora. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 5 No MDP, término para início é o tipo mais comumente usado de relação de precedência. A relação início para término é raramente usada, mas foi incluída aqui para se ter uma lista completa dos tipos de relação MDP. 2.2 DETERMINAÇÃO DE DEPENDÊNCIA Três tipos de dependências são usadas para definir a sequência entre as atividades: • Dependências obrigatórias. As dependências obrigatórias são aquelas exigidas contratualmente ou inerentes à natureza do trabalho. A equipe do projeto define quais dependências são obrigatórias durante o processo de sequenciamento das atividades. Geralmente envolvem limitações físicas, tais como num projeto de construção onde é impossível erguer a superestrutura antes que a fundação tenha sido concluída, ou num projeto de componentes eletrônicos, onde um protótipo tem que ser construído antes de ser testado. Às vezes são chamadas também de dependências hard logic. • Dependências arbitradas. A equipe do projeto define quais dependências são arbitradas durante o processo de sequenciamento das atividades. Às vezes são chamadas de lógica preferida, lógica preferencial ou soft logic. São estabelecidas com base no conhecimento das melhores práticas numa área de aplicação específica ou em algum aspecto singular do projeto onde uma sequência específica é desejada, mesmo que haja outras sequências aceitáveis. Devem ser totalmente documentadas já que podem criar valores de folga totais arbitrários e posteriormente limitar as opções de agendamento. Quando técnicas de paralelismo são aplicadas, essas dependências devem ser revisadas e consideradas para modificação ou remoção. • Dependências externas. A equipe de gerenciamento do projeto define quais dependências são externas durante o processo de sequenciamento das atividades. Envolvem uma relação entre as atividades do projeto e as não pertencentes ao mesmo. Tais dependências normalmente não estão sob o controle da equipe do projeto. Por exemplo, a atividade de teste num projeto de software pode depender da entrega de hardware de uma fonte externa, ou audiências ambientais com o governo podem precisar ser feitas antes que a preparação do local UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 6 possa ser iniciada num projeto de construção. 3 ESTIMAR AS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES Estimar as durações da atividade é o processo de estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar as atividades específicas com os recursos estimados. A estimativa das durações das atividades utiliza informações sobre as atividades do escopo do projeto, tipos de recursos necessários, quantidades estimadas de recursos e calendários de recursos. As entradas para as estimativas de duração da atividade se originam da pessoa ou grupo na equipe do projeto que está mais familiarizado com a natureza do trabalho na atividade específica. A estimativa da duração é elaborada progressivamente e o processo considera a qualidade e a disponibilidade dos dados de entrada.Por exemplo, conforme o trabalho de engenharia e planejamento do projeto se desenvolve, dados mais detalhados e precisos se tornam disponíveis e a precisão das estimativas de duração melhora. Portanto, a estimativa da duração pode ser assumida como sendo progressivamente mais precisa e de melhor qualidade. Esse processo requer que a quantidade do esforço de trabalho necessário e que a quantidade de recursos a ser aplicada para completar a atividade sejam estimados, os quais são usados para aproximar o número de períodos de trabalho (duração da atividade) necessários para o término da atividade. Todos os dados e premissas que suportam a estimativa são documentados para cada estimativa de duração de atividade. A maior parte dos softwares de gerenciamento de projetos para elaboração de cronogramas manipulará essa situação através do uso de um calendário do projeto e calendários alternativos de recursos de trabalho-período que são normalmente identificados pelos recursos que requerem períodos de trabalho específicos. Além da lógica de sequenciamento, as atividades serão executadas de acordo com o calendário do projeto e os calendários de recurso apropriados. 3.1 TÉCNICA: OPINIÃO ESPECIALIZADA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 7 A opinião especializada, guiada por informações históricas, pode fornecer informações sobre estimativas de duração ou durações máximas recomendadas para as atividades a partir de projetos anteriores similares. Pode também ser usada para determinar se seria recomendável combinar diferentes métodos de estimativas e como reconciliar as diferenças entre eles. 3.2 TÉCNICA: ESTIMATIVA ANÁLOGA A estimativa análoga usa parâmetros tais como duração, orçamento, tamanho, peso e complexidade de um projeto anterior similar como base para a estimativa dos mesmos parâmetros ou medidas para um projeto futuro. Quando usada para estimar durações, esta técnica conta com a duração real de projetos semelhantes anteriores como base para se estimar a duração do projeto atual. É uma abordagem que estima o valor bruto, algumas vezes ajustado para diferenças conhecidas da complexidade do projeto. É frequentemente usada para estimar a duração do projeto quando há uma quantidade limitada de informações detalhadas sobre o mesmo, por exemplo, nas suas fases iniciais. A estimativa análoga usa informações históricas e opinião especializada. Geralmente, é menos dispendiosa e consome menos tempo que outras técnicas, mas normalmente é também menos precisa. Estimativas análogas de custo podem ser aplicadas a um projeto ou segmentos do mesmo e podem ser usadas em conjunto com outros métodos. A estimativa análoga é mais confiável quando as atividades anteriores são semelhantes de fato e não apenas aparentemente, além da equipe do projeto que prepara as estimativas possuir a habilidade técnica necessária. 3.3 TÉCNICA: ESTIMATIVA PARAMÉTRICA A estimativa paramétrica utiliza uma relação estatística entre dados históricos e outras variáveis (por exemplo, metros quadrados em construção) para calcular uma estimativa para parâmetros da atividade, tais como custo, orçamento e duração. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 8 As durações das atividades podem ser determinadas quantitativamente através da multiplicação da quantidade de trabalho a ser executado pelas horas de mão-de-obra por unidade de trabalho. Por exemplo, a duração da atividade pode ser estimada no planejamento de um projeto pelo número de desenhos multiplicado pelo número de horas de mão-de-obra por desenho, ou ainda, uma instalação de cabo multiplicando-se os metros de cabo pelo número de horas de mão-de-obra por metro instalado. Por exemplo, se o recurso designado é capaz de instalar 25 metros de cabo por hora, a duração total necessária para a instalação de 1.000 metros seria de 40 horas. (1.000 metros divididos por 25 metros por hora). Esta técnica pode produzir altos níveis de precisão dependendo da sofisticação e dos dados básicos colocados no modelo. Estimativas paramétricas de tempo podem ser aplicadas a um projeto ou segmentos do mesmo, em conjunto com outros métodos de estimativa. 3.4 TÉCNICA: ESTIMATIVAS DE TRÊS PONTOS (PERT) A precisão das estimativas de duração da atividade pode ser aperfeiçoada considerando-se as incertezas das estimativas e riscos. Este conceito se originou com a Técnica de Revisão e Avaliação de Programa (Program Evaluation and Review Technique - PERT). PERT usa três estimativas para definir uma faixa aproximada para a duração de uma atividade: • Mais provável (tM). A duração da atividade, dados os prováveis recursos a serem designados, sua produtividade, expectativas realistas de disponibilidade para executar a atividade, dependências de outros participantes e interrupções. • Otimista (tO). A duração da atividade é baseada na análise do melhor cenário para a atividade. • Pessimista (tP). A duração da atividade é baseada na análise do pior cenário para a atividade. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 9 A análise PERT calcula a duração esperada da atividade (tE) usando uma média ponderada dessas três estimativas: tE =(tO + 4tM + tP)/6 Estimativas de duração baseadas nessa equação (ou até mesmo usando uma média simples dos três pontos) podem fornecer mais precisão e os três pontos esclarecem a faixa de variabilidade das estimativas de duração. 3.5 TÉCNICA: ANÁLISE DAS RESERVAS As estimativas de duração podem incluir reservas para contingências, (às vezes chamadas de reservas de tempo ou buffers) no cronograma geral do projeto para considerar as incertezas do cronograma. A reserva para contingências pode ser uma porcentagem da duração estimada da atividade, um número fixo de períodos de trabalho, ou pode ser desenvolvida através do uso de métodos de análise quantitativa. À medida que informações mais precisas sobre o projeto se tornam disponíveis, a reserva para contingências pode ser usada, reduzida ou eliminada. Contingências devem ser claramente identificadas na documentação do cronograma. • • • •Baixa Alta Pequena Longa Probabilidade relativa de ocorrência Possibilidades de duração Otimista Pessimista Distribuição Beta Mais Provável Utilizada nos cálculos CPM PERT - Média Ponderada = ( Otimista + 4 x mais provável + pessimista ) 6 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Estrutura analítica de projetos e cronograma Versão 2 10 REFERÊNCIAS Obs.: o texto dessa aula foi desenvolvido a partir dos slides elaborados pelo professor Hélio Gomes de Carvalho. AMARO, J. A; CARVALHO, H. G. de. Referencial brasileiro de competências em gerenciamento de projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2004. CANDIDO et al. Gerenciamento de projetos. Curitiba. Aymará, 2012. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2010. PMBoK. Um guia doconhecimento em gerenciamento de projetos. São Paulo: Saraiva, 2012. VALERIANO, D. Gerência em projetos. São Paulo: Makron Books, 1998. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Recursos, custos, controles, monitoração e registros 1 1 RECURSOS Mas quais recursos? Inclui, mas não se limita a recursos humanos, materiais, equipamentos, serviços e instalações. Os recursos humanos necessários precisam ser definidos, por exemplo: coordenação, pessoal técnico, pessoal de apoio, entre outros. A partir da ciência das funções necessárias, é preciso definir as qualificações necessárias e as responsabilidades. Os recursos materiais podem ser classificados em material permanente (equipamentos, por exemplo) ou de consumo (matéria prima ou solda, por exemplo). Os recursos precisam considerar também os serviços de terceiros, os aluguéis, as reformas ou estabelecimento de instalações. 2 ESTIMAR CUSTOS Estimar os custos é o processo de desenvolvimento de uma estimativa dos recursos monetários necessários para executar as atividades do projeto. As estimativas de custo são um prognóstico baseado na informação conhecida num determinado momento. Incluem a identificação e a consideração das alternativas de custo para iniciar e terminar o projeto. Compensações de custos e riscos devem ser consideradas, como fazer versus comprar, comprar versus alugar e o compartilhamento de recursos para alcançar custos otimizados para o projeto. Estimativas de custos são geralmente expressas em unidades de alguma moeda (por exemplo, dólar, euro, iene, etc.), embora em alguns casos outras unidades de medida, como horas ou dias de pessoal, sejam usadas para facilitar as comparações através da eliminação dos efeitos das flutuações das moedas. As estimativas de custos devem ser refinadas durante o curso do projeto para refletir detalhes adicionais que se tornarem disponíveis. A precisão da estimativa de um projeto aumentará conforme o mesmo progride no seu ciclo de vida. Portanto, a estimativa de custos é um processo iterativo de fase para fase. Por UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Recursos, custos, controles, monitoração e registro Versão 2 2 exemplo, um projeto na fase inicial poderia ter uma ordem de grandeza (ROM sigla do inglês) estimada na faixa de ±50%. Mais tarde, conforme mais informações são conhecidas, as estimativas podem estreitar para uma faixa de ±10%. Em algumas organizações, existem diretrizes para quando tais refinamentos podem ser feitos e o grau de exatidão esperado. Os custos são estimados para todos os recursos que serão cobrados do projeto. Isso inclui, mas não se limita a mão de obra, materiais, equipamentos, serviços e instalações, assim como categorias especiais como provisão para inflação ou custos de contingências. Uma estimativa de custo é uma avaliação quantitativa dos custos prováveis dos recursos necessários para completar a atividade. 2.1 ELABORAR O FLUXO FINANCEIRO Determinar o orçamento é o processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada. Além do orçamento global, é necessário definir os valores de aporte ao longo do tempo e os valores de desembolso ao longo do tempo, os quais estão diretamente ligados ao fluxo de caixa da empresa e vão definir o cronograma financeiro. O ideal é que a curva de custos prevista chegue a 100% ao final do projeto, nunca além disso. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Recursos, custos, controles, monitoração e registro Versão 2 3 3 CONTROLES E MONITORAÇÃO Os objetivos da monitoração são: Preservação de padrão/desempenho; Alerta para eventuais mudanças; Verificação da realização das ações; O PMBoK define os seguintes controles: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Recursos, custos, controles, monitoração e registro Versão 2 4 Além do controle recorrente no projeto, podem existem pontos de decisão de continuidade ou não desse. 4 REGISTROS São a memória técnica (arquivos, documentos, entre outros) das decisões tomadas ao longo da execução do projeto. Que irão fazer parte das bases de conhecimento de informações históricas e lições aprendidas (por exemplo, registros e documentos de projetos, todas as informações e documentação de encerramento dos projetos, informações sobre os resultados de decisões de seleção de projetos anteriores e do desempenho de projetos anteriores, assim como informações do esforço de gerenciamento de riscos). Dependendo do tipo de projeto, uma entrega formal acontece no seu término ao passar a documentação técnica e outros registros permanentes para as mãos do grupo de gerenciamento de operações. O gerenciamento de operações incorpora então o projeto entregue nas operações normais e fornece o suporte de longo prazo. Abril Maio Junho Julho Semanas Etapas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 Revisão xx xx xx 2 Aquisição xx xx xx 3 Montagem xx xx xx xx xx 4 xx xx xx ... xx xx xx xx xx xx n Defesa xx Marcos“go” “no go” Abril Maio Junho Julho Semanas Etapas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 Revisão xx xx xx 2 Aquisição xx xx xx 3 Montagem xx xx xx xx xx 4 xx xx xx ... xx xx xx xx xx xx n Defesa xx Marcos“go” “no go” UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Tecnologia em mecatrônica industrial Gestão de projetos tecnológicos Recursos, custos, controles, monitoração e registro Versão 2 5 Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados, a: • Documentos dos requisitos; • Registros de projeto (questões, premissas, entre outros.); • Registro dos riscos; • Registro das partes interessadas. REFERÊNCIAS Obs.: o texto dessa aula foi desenvolvido a partir dos slides elaborados pelo professor Hélio Gomes de Carvalho. AMARO, J. A; CARVALHO, H. G. de. Referencial brasileiro de competências em gerenciamento de projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2004. CANDIDO et al. Gerenciamento de projetos. Curitiba. Aymará, 2012. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2010. PMBoK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. São Paulo: Saraiva, 2012. VALERIANO, D. Gerência em projetos. São Paulo: Makron Books, 1998. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada 1 1 VISÃO TEMPORAL DO PROJETO Até agora se abordou o projeto considerando as fases temporais. Contudo, o PMBoK também apresenta a sugestão de considerar as diversas gestões e propõe o desafio de gerenciar todos os elementos, aspectos e processos necessários à execução do projeto! 2 GERÊNCIAS A SEREM CONSIDERADAS, SEGUNDO PMBOK Integração Escopo Tempo Custo Qualidade Recursos humanos Comunicações Riscos Aquisições Partes interessadas 2.1 GESTÃO DA INTEGRAÇÃO Iniciação Planejamento Execução Encerramento TEMPO Controle Declaração do trabalho Projeto UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 2 O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades dos grupos de processos de gerenciamento. No contexto de gerenciamento de projetos, integração inclui características de unificação, consolidação, articulação e ações integradoras que são essenciais para o término do projeto, para gerenciar com sucesso as expectativas das partes interessadas e atender aos requisitos. O gerenciamento da integração do projeto requer que sejam feitas escolhas sobre alocação de recursos, concessões entre objetivos e alternativas conflitantes e gerenciamento de dependências mútuas entre as áreas de conhecimento. Os processos de gerenciamento de projetos são geralmente introduzidos como distintos e com fronteiras comuns definidas, enquanto na prática, os mesmos sobrepõem-se e interagem de maneiras que não podem ser completamente detalhadas. É importante que se atente para os seguintes aspectos: - Verificar se todas as outras áreas têm processos de controle de mudanças específicos; - Manter os registros de desempenho; - Avaliar se as metas e os objetivos do projeto estão evidenciados em todos Partes interessadas UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 3 os outros planos do projeto; - Avaliar de maneira integrada qualquer necessidade de replanejamento; - Utilizar-se do plano de gerenciamento das comunicações para garantir que todas as informações relativas à integração estejam disponíveis para as demais áreas. 2.2 GESTÃO DO ESCOPO O gerenciamento do escopo tem como objetivo principal definir e controlar os trabalhos a serem realizados pelo projeto de modo a garantir que o produto, ou serviço, desejado, seja obtido através da menor quantidade de trabalho possível, sem abandonar nenhuma premissa estabelecida no objetivo do projeto. O escopo de um projeto é definido como o trabalho que precisa ser desenvolvido para garantir a entrega de um determinado produto dentro de suas especificações e funções. Pode ser dividido em: - Escopo funcional: conjunto de características funcionais do produto, ou serviço, a ser desenvolvido pelo projeto, tais como capacidade, mercado, filosofia, entre outros. Normalmente são direcionados ao cliente e são também denominados requisitos funcionais. - Escopo técnico: características técnicas do projeto, destacando os padrões e as especificações a serem utilizadas, normas legais a serem obedecidas, procedimentos de qualidade, entre outros. Normalmente são direcionados para a equipe do projeto e são também denominados requisitos técnicos. - Escopo de atividades: trabalho a ser realizado para prover os escopos técnicos e funcionais dos produtos ou serviços do projeto, normalmente evidenciado na Estrutura Analítica de Projeto (EAP). 2.3 GESTÃO DO TEMPO O principal objetivo dessa área é garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo estabelecido. Se um projeto atrasa, na maioria das vezes ele irá consumir um capital que UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 4 ele não tinha previsto, comprometendo também, o seu custo, podendo até mesmo causar sérias consequências mercadológicas para o produto, ou serviço. É importante que se atente para os seguintes aspectos: - Nenhum cronograma é perfeito, mas isso não impede que o projeto faça sempre a melhor estimativa possível; - O cronograma do projeto determina, em parte, o seu orçamento; - O nível de detalhamento dos cronogramas é uma função do tamanho do projeto; - Sempre deve se estimar o tempo baseado no melhor e no pior cenário; - Gerenciamento de projetos não é somente gerenciamento de tempo. 2.4 GESTÃO DOS CUSTOS O gerenciamento de custos tem como objetivo garantir que o capital disponível será suficiente para obter todos os recursos para se realizarem os trabalhos do projeto. Maiores causas de falhas: - Interpretação errada do trabalho a ser realizado; - Omissão na definição do escopo do trabalho; - Cronograma pobremente definido ou excessivamente otimista; - Fracasso na avaliação de riscos; - Estrutura analítica do projeto (EAP) mal definida; - Parâmetros de qualidade mal estabelecidos; - Fracasso na estimativa dos custos indiretos e administrativos do projeto 2.5 GESTÃO DA QUALIDADE O gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da organização executora que determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, de modo que o projeto satisfaça às necessidades para as quais foi empreendido. O sistema de gerenciamento da qualidade é implementado por meio de políticas e procedimentos com atividades de melhoria contínua de processos realizados durante todo o projeto. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 5 Para garantir a qualidade do PRODUTO são necessários padrões, especificações, expectativas Para garantir a qualidade do PROJETO são necessários planejamento, execução e controle 2.6 GESTÃO DE PESSOAS Tem como objetivo o melhor aproveitamento dos indivíduos envolvidos no projeto. As pessoas são o elo central dos projetos e seu recurso mais importante. Eles definem as metas, os planos, organizam o trabalho, produzem os resultados, direcionam, coordenam e controlam as atividades do projeto, utilizando suas habilidades técnicas e sociais. Todos os resultados do projeto podem ser vistos como fruto das relações humanas e das habilidades interpessoais dos envolvidos, uma vez que a satisfação pessoal e a qualidade de vida estão se tornando um dos fatores-chave da motivação de qualquer profissional. 2.7 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO Um efetivo processo de comunicação é necessário para garantir que todas as informações desejadas cheguem às pessoas corretas no tempo certo e de uma maneira economicamente viável. É importante que sejam avaliadas as barreiras no processo de comunicação, devido à percepção individual de cada um, bem como sua personalidade, atitudes, emoções, etc. É importante que se atente para os seguintes aspectos: - A decisão sobre o que comunicar, para quem e como deve ser incorporada a todas as fases do planejamento; - Nas situações de crise, a comunicação tem que ser ágil; - As pessoas não têm de concordar para cooperar com uma decisão, mas têm de compreender como e por que ela foi tomada. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 6 2.8 GESTÃO DE RISCOS O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos deum projeto. Os objetivos do gerenciamento dos riscos são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto. Ao se identificar um risco são possíveis as seguintes ações: aceitar, evitar, transferir, diminuir ou atenuar o risco. 2.9 GESTÃO DAS AQUISIÇÕES O gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos necessários para comprar ou adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto. A organização pode ser tanto o comprador como o vendedor dos produtos, serviços ou resultados de um projeto. O gerenciamento das aquisições do projeto abrange os processos de gerenciamento de contratos e controle de mudanças que são necessários para desenvolver e administrar contratos ou pedidos de compra emitidos por membros autorizados da equipe do projeto. O gerenciamento das aquisições do projeto também abrange a administração de todos os contratos emitidos por uma organização externa (o comprador) que está adquirindo o projeto da organização executora (o fornecedor) e a administração das obrigações contratuais atribuídas à equipe do projeto pelo contrato. 2.9 GESTÃO DAS PARTES INTERESSADAS As partes interessadas (também chamados pelo termo inglês, stakeholders) são os indivíduos e as organizações ativamente envolvidos no projeto, ou seja, quem interessa no seu projeto. O projeto irá atender necessidades das partes interessadas e elas são responsáveis por atender o objetivo do projeto. Podem ser positivamente ou negativamente afetados com a execução do projeto e irão UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 7 influenciar o projeto e/ou seu resultado. São exemplos de partes interessadas: - Cliente: o projeto irá atender sua(s) necessidade(s); - Patrocinador: quem está financiando o projeto; - Gerente de projeto: quem faz a gestão do projeto e orquestra todas as partes interessadas de modo a alcançar os objetivos do projeto; - Equipe do projeto: todos responsáveis por atividades no projeto, precisam estar motivados e alinhados com os objetivos do projeto; - Também: a organização, os fornecedores, população afetada, o governo, entre outros. Gerenciar as partes interessadas é o processo de comunicação e interação com estas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à medida que ocorrerem. As expectativas dos stakeholders devem ser constantemente gerenciadas, pois: - As expectativas mudam ao longo do projeto; - O envolvimento do usuário e o suporte da alta administração são apontados como os principais fatores de sucesso de um projeto; - Atender as expectativas implica em uma maior aceitação; - Agir em relação as preocupações implica em menores problemas; - Agilizar as resoluções das questões implica em menor desgaste. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 8 3 VISÃO TEMPORAL X VISÃO DAS DIVERSAS GESTÕES UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Gestão de projetos tecnológicos Gestão integrada Versão 3 9 REFERÊNCIAS Obs.: o texto dessa aula foi desenvolvido a partir dos slides elaborados pelo professor Hélio Gomes de Carvalho. AMARO, J. A; CARVALHO, H. G. de. Referencial brasileiro de competências em gerenciamento de projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2004. CANDIDO et al. Gerenciamento de projetos. Curitiba. Aymará, 2012. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2010. PMBoK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. São Paulo: Saraiva, 2012. SOTILLE, Mauro. Grupo de processos e áreas do conhecimento. Disponível em: < http://www.pmtech.com.br/artigos/Processos_PMBOK5_PMTech.pdf>. Acesso em: 10/12/2013. VALERIANO, D. Gerência em projetos. São Paulo: Makron Books, 1998.
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