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04/04/2019 Disciplina Portal
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Exercício Pro�ssional em
Nutrição
Aula 3 - Regulamentação Pro�ssional
INTRODUÇÃO
Você sabe o que signi�ca regulamentar uma pro�ssão? Signi�ca de�nir legalmente os critérios em que o
exercício pro�ssional está baseado, �xar requisitos para que esse exercício se faça e dizer quais as
competências e habilidades que o pro�ssional deve ter para exercer uma dada pro�ssão. 
Ou seja, regulamentar é o mesmo que dar estatuto legal a uma pro�ssão: o Estado reconhece a sua existência e
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dá uma identidade jurídica e pública ao seu exercício. Ser regulamentado, em síntese, signi�ca passar a existir
de fato e de direito como pro�ssional. 
Ao longo dos anos, a pro�ssão de nutricionista foi criando identidade e autonomia, características evidentes
devido aos avanços conquistados pela categoria, principalmente com a ampliação dos campos de atuação e
especialização pro�ssional, concretizando suas diferentes habilidades e competências técnico-cientí�cas. Essa
solidi�cação só é possível pelo fato de ser uma pro�ssão regulamentada.
OBJETIVOS
Relatar sobre o surgimento do Conselho Federal de Nutricionistas e sua importância na regulamentação
pro�ssional;
Discutir os aspectos legais da atuação pro�ssional;
Enunciar os principais tópicos do Código de Ética do Nutricionista;
Relacionar as áreas de atuação do nutricionista dispostas na Lei.
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HISTÓRICO DO SISTEMA CFR/CRN
Fonte da Imagem:
A pro�ssão do Nutricionista era �scalizada por Órgãos Regionais de Medicina, através da lei n.º 5.276, de 24 de
abril de 1967, hoje substituída pela lei nº 8234, de 17 de setembro de 1991, que estabelece as atividades
privativas do nutricionista. Porém, através do resultado da mobilização de pro�ssionais, estudantes e entidades
de nutrição, o sistema CFN/CRN foi criado com a publicação da lei n.º 6.583, de 20 de outubro de 1978. 
A primeira entidade de classe criada, em 31 de agosto de 1949, foi a Associação Brasileira de Nutricionistas
(ABN). Por esse motivo, o dia do Nutricionista é comemorado nessa data. Entre suas principais conquistas,
estão a regulamentação citada anteriormente e a criação dos Conselhos Federal (CFN) e Regionais (CRN) de
Nutricionistas. 
O Conselho Federal de Nutricionistas é uma autarquia, sem �ns lucrativos, de interesse público, com poder
delegado pela União para normatizar, orientar, disciplinar e �scalizar o exercício e as atividades de nutricionistas
em todo o território nacional. É um órgão central do Sistema CFN/CRN.
ESTRUTURA BÁSICA DA CFN/ CRN
Fonte da Imagem:
Os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas possuem a seguinte estrutura básica: 
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Plenário (órgão deliberativo);
Diretoria (órgão executivo);
Presidência (órgão de coordenação e gestão);
Comissões Permanentes: Tomada de Contas, Ética, Fiscalização, Formação Pro�ssional, Comunicação e
Licitação (órgãos de orientação, disciplina, apoio e assessoramento);
Comissões especiais e transitórias e grupos de trabalho;
Câmaras Técnicas.
O Sistema CFN/CRN possui como fonte de renda a arrecadação proveniente de anuidades, taxas, multas e
emolumentos (taxa cobrada pela expedição de um documento), recolhidas por pessoas físicas (nutricionistas e
técnicos) e jurídicas (empresas e instituições). Do montante de recursos arrecadados em todos os Regionais,
20% são destinados ao CFN. Essa quantia arrecadada anualmente é o que mantém a estrutura do Sistema
funcionando.
ONDE FICA O CONSELHO FEDERAL DE NUTRIÇÃO?
O CFN tem sede no Distrito Federal e jurisdição
nacional. Porém, de forma a conseguir suprir a
demanda em todo o país, possui 10 Conselhos
Regionais de Nutricionistas, os quais atuam nos
seguintes Estados: 
 
*Estados onde estão as sedes do
CRN
Compete ao CFN
criar resoluções e
outros atos que
disciplinem a
atuação dos CRN,
dos pro�ssionais
inscritos e das
pessoas jurídicas
registradas e
cadastradas. 
 
Com isso, é
estabelecida uma
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unidade de
procedimentos
que caracterizam
a pro�ssão,
respeitando as
particularidades
das diversas
regiões.
A missão do CFN é de contribuir para a saúde da população, assegurando assistência nutricional e alimentar
como direitos sociais fundamentais de todos os cidadãos por meio do exercício ético, por pro�ssionais
habilitados e capacitados. 
Já os Conselhos Regionais devem cumprir e fazer cumprir as normas que regem a pro�ssão e realizar as
atividades de �scalização e orientação ético-pro�ssional em suas respectivas jurisdições.
Saiba +
Para saber mais sobre a regulamentação pro�ssional, assista ao vídeo “Nutricionistas”, da CFN. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7UinXQL0Tfo (https://www.youtube.com/watch?v=7UinXQL0Tfo)>. 
Acesso em: 18 fev. 2016.
JURAMENTO DO NUTRICIONISTA
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Fonte da Imagem:
Instituído pela Resolução CFN 126/1992 
“Prometo que, ao exercer a pro�ssão de
Nutricionista, o farei com dignidade e
competência, valendo-me da ciência da
nutrição, em benefício da saúde do
homem, sem discriminação de qualquer
natureza. Prometo, ainda, que serei �el
aos princípios da moral e da ética. Se eu
cumprir este juramento com �delidade,
possa merecer os louros que
proporcionam a pro�ssão”.
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Ao terminar de cursar uma faculdade de Nutrição, você obtém habilitação técnica para exercer a pro�ssão.
Porém, após a colação de grau, precisará ter a habilitação legal para atuar como nutricionista, que ocorre por
meio da inscrição no Conselho de sua região. 
A inscrição no CRN pode ser originária ou secundária. Chama-se inscrição originária o primeiro registro
solicitado pelo pro�ssional, na jurisdição em que o ele irá atuar. Já a inscrição secundária destina-se a habilitar o
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pro�ssional para exercer atividades em outra região que não a sua de origem. 
Essa comunicação de local de atuação é de extrema importância para que o Conselho consiga mapear a
quantidade de pro�ssionais por região do Brasil e apontar possíveis faltas de pro�ssionais em determinada
área. A inscrição originária pode ser de�nitiva ou provisória, esta última é dada ao recém-formado de forma a
supri-lo de uma documentação de atuação pro�ssional enquanto corre o processo de registro do diploma e
possui validade de 2 anos renováveis por mais 12 meses.
O EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO É CARACTERIZADO QUANDO:
Fonte da Imagem:
O bacharel em Nutrição se encontra em pleno exercício da pro�ssão sem inscrição no CRN; 
O nutricionista atua com inscrição provisória vencida, inscrição cancelada, suspensa ou cassada por penalidade
ética; 
Um leigo ou estudante de Nutrição se apresenta como nutricionista, realizando as atividades privativas da
pro�ssão; 
O estagiário não pode, em hipótese alguma, permanecer no estágio sem o acompanhamento presencial do
nutricionista; 
O nutricionista atua,mesmo que temporariamente, em CRN de outra jurisdição, sem requerer transferência ou
inscrição secundária; 
A inscrição secundária não permite ao nutricionista assumir Responsabilidade Técnica (RT); 
O pro�ssional deixa de pagar a anuidade estando em pleno gozo das atividades.
Todas essas situações são objeto da ação de �scalização, podendo gerar processos infracionais e/ou
disciplinares. Sendo que a apuração do exercício ilegal �ca a cargo da Justiça.
LEI N.º 8.234/1991
A lei n.º 8.234/1991 regulamenta a pro�ssão de Nutricionista e determina outras providências. 
Ela determina como atividade privativa do nutricionista: 
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Atribuem-se, também, as seguintes atividades aos nutricionistas, desde que relacionadas com alimentação e
nutrição humanas: 
.PDF
Leia o .PDF, clicando aqui (galeria/aula3/docs/a03_t09.pdf)
CÓDIGO DE ÉTICA X ATUAÇÃO PROFISSIONAL
.PDF
Leia o texto, Dieta Dukan: não funciona em 80% dos casos (galeria/aula3/docs/a03_t10.pdf)
No caso citado, como podemos tratar a questão da ética estabelecida pelo Código do Nutricionista? A�nal, o
que seria ética? 
Como podemos ver, o pro�ssional agiu com total falta de ética, em diversos aspectos pro�ssionais. Assim, é
importante re�etir: um nutricionista pode prescrever essa dieta segundo o Código? Como é a questão de
propaganda e marketing segundo o Código de Ética? 
A ética seria uma re�exão acerca da in�uência que o código moral estabelecido pela sociedade exerce sobre a
nossa subjetividade e de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou
não esses valores normativos e até que ponto damos o efetivo valor a eles. Essa conduta pro�ssional é
estabelecida pela regulamentação do Sistema CFN/CRN. 
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O código de ética é estabelecido pela Resolução CFN N° 334/2004, a qual foi alterada pela Resolução CFN N°
541/2014. O novo Código de Ética dos Nutricionistas foi revisto e ampliado, traduzindo o crescimento e a
diversi�cação do campo pro�ssional que a Ciência da Nutrição vem passando, de forma a suprir os anseios de
uma categoria que, com o passar do tempo, busca se �rmar com competência e lucidez.
saiba +
Leia o texto, O Código de Ética (galeria/aula3/docs/a03_t10_2.pdf)
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA
Fonte da Imagem:
A regulamentação o�cial da pro�ssão no Brasil foi dada pela lei n° 8234 de 17 de setembro de 1991. E a
Resolução n° 380/2005 do Conselho Federal de Nutricionistas de�ne as seguintes áreas de atuação
do nutricionista, estabelecendo parâmetros numéricos e atribuições em cada área: 
 
Alimentação Coletiva
Diz respeito às atividades nas Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), nas empresas fornecedoras de
serviços de alimentação coletiva, nos restaurantes comerciais e similares, nas hotelarias marítimas, nos
serviços de buffet e de alimentos congelados, na alimentação escolar e do trabalhador. 
No exercício de suas atribuições em Alimentação Coletiva, o nutricionista planeja e organiza as atividades nos
serviços de alimentação e nutrição, como também supervisiona os procedimentos e avalia os resultados. 
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Nutrição Clínica
Abarca as atividades em clínicas, hospitais, ambulatórios, consultórios, lactários, centros de terapia nutricional,
bancos de leite humano, SPA, instituições de longa permanência para idosos e atendimento domiciliar. Em
Nutrição Clínica, o nutricionista deve prestar assistência dietética e promover educação nutricional aos
indivíduos, buscando a promoção, a manutenção e a recuperação da saúde. 
 
Saúde Coletiva
Está relacionada com as atividades em programas institucionais, de atenção básica e de vigilância sanitária. Em
Saúde Coletiva, o nutricionista presta assistência e educação nutricional em pesquisas, ações, programas e
eventos, visando prevenção de doenças e promoção da saúde. 
 
Docência
Abrange as atividades de ensino, de pesquisa, de coordenação e de extensão. Na área de Docência, o
nutricionista coordena e supervisiona os cursos de nutrição, e também deve ensinar as matérias especí�cas
desses cursos ou de outros cursos de graduação da área da saúde ou a�ns. 
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Indústria de Alimentos
Trata do desenvolvimento e da produção relacionada à alimentação e à nutrição. Nessa área, o nutricionista
deve gerenciar todos os processos de desenvolvimento de produtos alimentícios, cuidando da qualidade deles. 
 
Nutrição em Esportes
Envolve as atividades em academias, clubes esportivos e similares. O nutricionista presta assistência
especializada, educação nutricional e suplementação alimentar, quando necessária. 
 
Marketing na Área de Alimentação e Nutrição
Trata-se das atividades de marketing e publicidade cientí�ca. Compete ao nutricionista divulgar informações e
materiais técnico-cientí�cos acerca de produtos ou técnicas reconhecidas.
.PDF
Leia o texto, Outros aspectos regulatórios (galeria/aula3/docs/a03_t11.pdf)
ATIVIDADES PROPOSTAS
1. Leia, aqui (glossário), com atenção o texto do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região (CRN3). 
Tendo em vista o Código de Ética do Nutricionista como responsável por nortear a conduta do pro�ssional de
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nutrição, qual a sua posição frente à relação do nutricionista com produtos e serviços e a divulgação deles?
Resposta Correta
2. No contexto das responsabilidades pro�ssionais do nutricionista, é vedado:
A) Prescrever suplementos nutricionais.
B) Emitir atestado de comparecimento à consulta nutricional.
C) Manter sigilo sobre fatos de que tenha conhecimento no exercício de sua pro�ssão.
D) Prestar assistência em setores de emergência e urgência.
E) Realizar consultas nutricionais por meio da internet.
Justi�cativa

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