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BASES DA SAUDE COLETIVA

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No texto “ A PROMOÇÃO DA SAUDE NO LIMIAR DO SECULO 21”, como citado em sua sinopse, trata-se de uma concepção do processo saúde/doença, do conceito da prática sanitária, do desenvolvimento do capital humano e social e a promoção da saúde.
No primeiro momento, fala se acerca do conceito do processo saúde/ doença, na qual pode ser vista a uma aproximação negativa em é entendida como ausência de doença. Porém, pode ser pensada numa concepção positiva como sendo um produto social vinculado à qualidade de vida.
A concepção negativa de doença é coerente com o paradigma flexneriano da saúde. Este faz uma analogia do “ corpo humano como uma máquina, o biologismo, a negação de outras variáveis que não biológicas, psicossociais, o individualismo ou o centro das ações nos indivíduos, a especialização, a tecnificação da atenção a saúde. ”
Já a concepção positiva de saúde, diz que “numa sociedade determinada e em dado momento, existe um estoque de saúde socialmente produzido e em permanente mutação que, pela ação dos fatores determinantes da saúde, pode gerar acumulações ou desacumulações de saúde, que é entendido como morbidade, mortalidade e incapacidade. Uma crise de saúde por exemplo pode culminar ao desacumulo de saúde.
A pratica sanitária de sáude é vista como conceito positivo de saúde e pelo paradigma da produção social da saúde, na qual atende as necessidades da população através de uma ação integrada, sobre o que determina os estados de saúde, sobre o estado de saúde em si mesmo e sobre as consequências das desacumulações de saúde. Estando diante de uma prática holística.
A promoção de saúde deve ser construída através do desenvolvimento de capital humano, na qual consiste na implantação de um sistema de políticas sociais – de educação, de serviços de saúde, de saneamento, de alimentação e nutrição, de assistência social, de cultura, de esporte, de habitação – que capacite o cidadão a usufruir o direito à vida, a desenvolver as suas capacidades e a aproveitar as oportunidades que lhes são colocadas. Entretanto, não basta apenas desenvolver o capital humano para promover saúde, é preciso também desenvolver o segundo capital, o capital social, que consiste no desenvolvimento, na sociedade e através da promoção social, de uma capacidade para estabelecer coletivamente objetivos de médio e longo prazos, unir pessoas, grupos, instituições em torno desse objetivo e manter, ao longo do tempo, uma constância de propósitos.
É preciso também, para promover a saúde, desenvolver o capital produtivo, que consiste em um modo de promover o desenvolvimento que propicie o surgimento de comunidades mais sustentáveis, capazes de suprir suas necessidades imediatas; de estabelecer uma nova dinâmica econômica integrada, na qual sejam estimuladas a diversidade econômica; integrar as questões econômicas, sociais e ambientais e de incentivar o empreendedorismo local. Mas há uma outra dimensão da promoção da saúde, que é a equidade. A promoção da saúde visa à construção de um espaço de vida mais equitativo e isso implica esquadrinhar os territórios da vida, desvendar os grupos humanos em situação de exclusão social e dirigir políticas públicas de modo a discrimina-los positivamente.
No texto “ Promoção da saúde: um desafio para a atenção primária” conceitua a promoção de saúde como alívio do sofrimento das pessoas, e este, é muito importante para os profissionais da saúde. Essa busca do alivio do sofrimento, existem ações que são pertinentes ao serviços de saúde, porém também são ações externas a esses serviços. Ações estas que incluem moradia, educação, renda, alimentação, ecossistema estável, recursos sustentáveis, lazer, paz, trabalho com condições dignas, mobilidade. Visando a redistribuição das riquezas e a redução das desigualdades sociais. 
Na esfera dos serviços de saúde, promoção da saúde, ocorre de duas formas: ações preventivas e ações assistenciais envolvidas no ato de cuidar. Porém, Parece haver uma confusão relacionada à distinção entre a função principal e a função complementar das equipes da APS/ ESF, tanto no imaginário dos profissionais como dos gestores do SUS. A função principal das equipes da ESF é o alívio do sofrimento por meio do cuidado individual e familiar. Portanto as equipes da ESF deveriam fazer atividades de promoção e prevenção, em âmbito micro social, cujos efeitos são difusos e leves, mas que contribuem para a melhoria da “consciência sanitária” e da organização popular para reivindicações e para a participação na gestão local do SUS.

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