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Hermenêutica 1-4

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Hermenêutica 
O que vai cair na prova: 
-Antinomias
-Interpretações c/ sentença 
=Objetivas 
-Métodos de interpretação 
-Interpretações (asserção/Razão) 
Origem do mito do Deus grego Hermes: 
“é a teoria científica da arte de interpretar”, isto é, “de determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito”
Na Grécia era voltada para a transmissão de uma mensagem, entendida muito mais como uma técnica, com a função de anunciar, esclarecer, traduzir algo que não estava claro.
Platão: Hermeneutica em segundo plano
Aristóteles: O processo de conhecimento se faz por meio de abstrações mentais daquilo que é adquirido por meio da experiência sensível. Para ele ela formava uma relação entre a linguagem e o pensamento.
Escola dos Glosadores em ROMA
Davam explicações sobre cada parágrafo dos textos clássicos, mas sem preocupar-se em relacioná-los com outras partes da obra.
Escola dos Comentadores 
Faziam uma interpretação com base filosófica, associando o Direito à Ética e buscando integrá-lo a um valor fundamental, a Justiça.
Movimento Humanista 
Mesclava métodos históricos e filosóficos para o estudo do direito e infringia criticas aos juristas medievais.
Hermenêutica Racional 
Tem como base a racionalidade iniciada pelos comentadores e junto com o humanismo e o iluminismo buscou como foco a razão como no racionalismo grego. 
 Dando origem a base essencialmente filosófica. 
Atividade em sala: 
Sobre um livro:
a) – Quem escreveu?
J. R. R. Tolkien 
b) – Qual o tempo e o lugar em que escreveu?
Durante a Segunda Guerra 
c) – Por que escreveu?
Usou de forma de se sentir mais calmo com os horrores da Guerra
d) – A quem se dirigia o escritor?
Nenhum público alvo, apenas contava uma história 
e) – O que o autor queria dizer
Explicar sobre seu mundo imaginário
Interpretação Histórica: 
A interpretação que faz uso da técnica histórica tem por fim esclarecer e interpretar a norma mediante uma verdadeira reconstrução do seu conteúdo significativo de origem no momento em que a foi criada. Podemos dizer que é uma continuação dos processos de interpretação gramatical e lógica com possibilidade de dar um conhecimento mais contundente da ciência jurídica. (o porque da norma) 
Histórica próxima - Faz menção ao momento em que a norma foi elaborada, as circunstâncias que precederam a elaboração da lei. Ex: Anteprojetos de lei etc.
Histórica remota - Pauta-se pela reconstrução do significado original da norma, ou seja, o momento em que o instituto surgiu no direito, analisando dados filosóficos, éticos, religiosos, sociológicos etc.
Interpretação Sistemática
Podemos dizer que o nosso ordenamento jurídico é composto por um complexo de normas e diplomas legais que convivem harmonicamente. Há a supremacia das normas constitucionais em relação às demais normas (infraconstitucionais). Assim, a interpretação sistemática é aquela que procura examinar a norma, não mais no seu aspecto intrínseco, ou seja, interno, mas sim, a sua relação com as demais normas do ordenamento jurídico que compõe um sistema de normas positivas. 
Função da Hermenêutica 
Interpretação
-Métodos de interpretação
-Resultados decorrentes da interpretação
-Integração do Direito
-Analogia
-Costumes
-Princípios gerais do direito
-Equidade
Interpretação Sociológica 
Podemos dizer que a interpretação sociológica é aquela interpretação na visão do homem moderno, ou seja, é aquela que decorre do aprimoramento das ciências sociais, de modo que a regra pode ser compreendida nos contextos de sua aplicação, quais sejam o das relações sociais, de modo que o intérprete terá um elemento necessário a mais para considerar quando da apreciação dos casos concretos à aplicação da norma jurídica.
Lacunas do Direito
Normativas – Ausência de normas jurídicas em relação ao fato social.
Exemplo: Não tem lei para o fato concreto.
Fáticas ou axiológicas – Existem normas jurídicas, porém são normas muito distantes da realidade, isto é, dos fatos sociais.
Exemplo: Sua aplicação se revela injusta ou insatisfatória. 
Valorativas ou ontológicas – Existem normas jurídicas, porém por não apresentarem os valores entendidos como válidos positivamente.
Exemplo: A norma está desligada da realidade social, de modo que não tem aplicação prática.
Antinomia
De acordo com Norberto Bobbio (1) a antinomia decorre da incompatibilidade entre normas dentro do mesmo ordenamento jurídico. Assim, faz-se necessário identificar qual é a norma que será aplicada ao caso concreto. Logicamente, para que se trate de antinomia, ambas as normas devem ser válidas ao mesmo tempo.
Para Bobbio, identificam-se as antinomias em três situações:
1) CONTRARIEDADE: uma norma ordena a fazer algo e outra proíbe;
2) CONTRADITORIEDADE (negativa): uma norma ordena fazer e outra permite não fazer;
3) CONTRADITORIEDADE: (positiva): uma norma proíbe fazer e outra permite fazer;
Identifica a antinomia nas espécies acima é necessário
Além das situações acima descritas, para que haja antinomia é ainda necessário que:
1) as duas normas pertençam ao mesmo ordenamento
2) as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade: temporal, espacial, pessoal e material.
Superação de antinomias
HIERARQUIA – Entre duas normas em contradição, vale a norma jurídica superior; 
CRONOLOGIA – Entre duas normas em contradição na mesma hierarquia, vale a norma jurídica posterior;
ESPECIALIDADE – Entre duas normas jurídicas em conflito, em que uma é denominada geral e outra especial, vale pare efeito de aplicação a norma especial; 
PRINCIPIOLOGIA – Vale a norma que apresentar melhor equilíbrio entre os princípios jurídicos e fatos jurídicos.
Um sério problema com o qual o advogado pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas condições para que na antinomia ocorra.
Um sério problema com o qual o advogado pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas condições para que uma antinomia ocorra.
 As duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou material.
Hermenêutica é a ciência da interpretação.
Para interpretar bem, é importante que a mensagem seja clara.
Para a mensagem ser clara, o emissor deve tomar cuidado em narrar o essencial, objetivamente.
 lINDB 
Vigência da lei
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
 § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
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Segundo a prof o que vai cair na prova: 
Dissertativas:
Antinomia:
De acordo com Norberto Bobbio a antinomia decorre da incompatibilidade entre normas dentro do mesmo ordenamento jurídico. Assim, faz-se necessário identificar qual é a norma que será aplicada ao caso concreto. Logicamente, para que se trate de antinomia, ambas as normas devem ser válidas ao mesmo tempo.
Para Bobbio, identificam-se as antinomias em três situações:
1) CONTRARIEDADE: uma norma ordena a fazer algo e outra proíbe;
2) CONTRADITORIEDADE (negativa): uma norma ordena fazer e outra permite não fazer;
3) CONTRADITORIEDADE: (positiva): uma norma proíbe fazer e outra permite fazer;
Além das situações acima descritas, para que haja antinomiaé ainda necessário que:
1) as duas normas pertençam ao mesmo ordenamento
2) as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade: temporal, espacial, pessoal e material.
Superação de antinomias
HIERARQUIA – Entre duas normas em contradição, vale a norma jurídica superior;
CRONOLOGIA – Entre duas normas em contradição na mesma hierarquia, vale a norma jurídica posterior;
ESPECIALIDADE – Entre duas normas jurídicas em conflito, em que uma é denominada geral e outra especial, vale pare efeito de aplicação a norma especial;
PRINCIPIOLOGIA – Vale a norma que apresentar melhor equilíbrio entre os princípios jurídicos e fatos jurídicos.
Um sério problema com o qual o advogado pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas condições para que na antinomia ocorra.
Interpretações (com sentença a analisar)
Histórica: 
Histórica Próxima:
Momento em que a norma foi criada é usado para compreende-la 
Exemplo: muito roubo, lei contra roubo da época vigente até hoje 
Histórica remota: 
Relembrar o significado original da norma, (exemplo: em tal país, dados filosóficos, éticos e religiosos).
Interpretação Sistemática: 
Ou seja, interpretar por meio de constituição ou melhor, do ordenamento jurídico.
Interpretação Teológica 
Busca a finalidade para a qual a norma foi criada, buscando a interpretação que atenda a obtenção do bem comum, respeitando-se os valores sociais a que se destina a norma. 
Interpretação sociológica
Interpretação vista do homem moderno, sendo um aprimoramento das ciências sociais de modo que a regra pode ser melhor compreendida e aplicada a norma jurídica.
Espécies de Interpretação 
Declarativa - esclarece o significado das expressões verbais da norma, afirma o conteúdo da lei com outras palavras; interpretação literal padrão;
Restritiva - reduz o alcance das palavras da lei, colocando limites para a sua aplicação; normas que restringem direitos devem ser assim interpretadas;
Extensiva - amplia o alcance do texto legal, dando-lhe maior abrangência, quando o texto da lei é imperfeito (ex: textos de redação complexa);
Analógica - espécie de interpretação extensiva, quando o texto é lacunoso (ex: aplicação da lei penal aos ilícitos virtuais); Integradora - aplica o direito subsidiário e a equidade para solucionar casos não previstos na legislação.
Objetivas
Métodos de interpretação
2) Interpretações:
Asserção é o valor de um enunciado com algum atributo, positivo ou negativo, cuja validade o locutor assume totalmente, e que está em oposição a outros valores, como a interrogação, a ordem, o pedido, a dúvida, a exclamação etc.; declaração
Razão é o argumento ou o motivo.
 
Antinomias
É uma contradição real ou aparente entre leis, ou entre disposições de uma mesma lei, o que dificulta sua interpretação. 
Tipos de interpretação 
Autêntica: divide-se em 
Doutrinária: É a realizada pelos doutrinadores, juristas, conferencistas, profissionais do Direito; ○ pode vir a tornar-se jurisprudencial, se for adotada nas decisões dos tribunais; ○ nos dias atuais, passou a fazer parte do Ordenamento, junto com a lei e a jurisprudência;
E gramatical ou literal: 
a. concentra-se nas palavras da lei, buscando o seu significado mais profundo. Origina-se dos estudos bíblicos e dos glosadores medievais, era a única na época clássica; atualmente, adota-se como ponto de partida para a análise dos conteúdos das normas;
LÓGICA
Procura a coerência e o espírito da norma, em vista da sua aplicação social; Atividade complementar do estudo linguístico do texto.
HISTÓRICA
Examina os preparativos da lei e as discussões havidas na sua origem; nos debates que antecederam a aprovação da lei estão as suas reais motivações; estudar a evolução histórica dos institutos jurídicos, desde suas origens romanas; compreender os fatos sociais emergentes e relevantes que inspiraram os legisladores;
SISTEMÁTICA
Procura compreender o significado das palavras na perspectiva do texto inteiro da lei; procura compreender a lei na perspectiva do ordenamento jurídico inteiro; identificar a natureza do texto legislativo e enquadrá-lo no modelo teórico apropriado:
Conceito, fundamento da hermenêutica ( Exemplos)
Origem do mito do Deus grego Hermes: 
“é a teoria científica da arte de interpretar”, isto é, “de determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito”
Na Grécia era voltada para a transmissão de uma mensagem, entendida muito mais como uma técnica, com a função de anunciar, esclarecer, traduzir algo que não estava claro.
Platão: Hermeneutica em segundo plano
Aristóteles: Para ele ela formava uma relação entre a linguagem e o pensamento.
Escola dos Glosadores em ROMA
Davam explicações sobre cada parágrafo dos textos clássicos, mas sem preocupar-se em relacioná-los com outras partes da obra.
Escola dos Comentadores 
Faziam uma interpretação com base filosófica, associando o Direito à Ética e buscando integrá-lo a um valor fundamental, a Justiça.
Movimento Humanista 
Mesclava métodos históricos e filosóficos para o estudo do direito e infringia criticas aos juristas medievais.
Hermenêutica Racional 
Tem como base a racionalidade iniciada pelos comentadores e junto com o humanismo e o iluminismo buscou como foco a razão como no racionalismo grego.
Conceito, fundação da hermenêutica.

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