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CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS - JOÃO MOHN

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FITOTERAPIA
CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS
PROF. MSc. JOÃO CARLOS MOHN NOGUEIRA
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do complexo industrial farmacêutico sufocou, nas últimas décadas, parte de um grande conhecimento, o valor terapêutico das Plantas Medicinais. No entanto, por mais que a ciência avance, continuará havendo espaço para a sábia e necessária ciência popular.
Ao longo dos tempos, muitas descobertas no campo da saúde foram feitas e aprovadas a nível popular. A Organização Mundial de Saúde constatou que recentemente houve um aumento repentino do uso de ervas medicinais, cerca de 80% da população mundial faz uso destas ervas na busca de alívio para alguma doença. O exemplo disto, são os remédios caseiros, cujas receitas e modo de usar são repassados de geração a geração com maior freqüência.
Uma das principais dificuldades na utilização de plantas medicinais é a baixa qualidade dos produtos encontrados no mercado, que na sua maioria são plantas obtidas por extrativismo, sem os cuidados necessários de colheita e secagem para garantir a qualidade e eficiência como medicamento e além de tornar estas espécies passíveis de extinção.
O objetivo maior do estudo de plantas medicinais é conscientizar as pessoas de que o uso de plantas na saúde humana é uma alternativa, dentre outras, bastante viável para a melhoria das condições de vida e saúde da população.
A AGENCIARURAL preocupada com a saúde da população e em especial a saúde da família rural, reuniu neste trabalho informações úteis e práticas sobre cultivo, beneficiamento e armazenagem de ervas medicinais mais adaptáveis ao nosso Estado, procurando melhorar a qualidade destes produtos além de preservar as espécies nativas da extinção.
“O seu fruto servirá de alimento, e a sua folha de remédio.” (Ezequiel 47:12)
“As plantas medicinais brasileiras não curam, apenas fazem milagres.” (VON MARTIUS).
I – PLANTAS MEDICINAIS
1 – Histórico
Na China a utilização e cultivo de plantas medicinais data de mais de 5.000 anos.
Na Índia o uso de plantas medicinais pela população e feito há mais de 3.000 anos.
Os egípcios utilizavam plantas medicinais e aromáticas para embalsamar suas múmias a mais de 2.000 anos.
Há relatos da utilização pelos assírios e hebreus de plantas medicinais desde 2.300 a.C.
Hipócrates (460 – 377 a.C.) o “Pai da medicina” reuniu na sua obra “Corpus Hipocratium” a síntese dos conhecimentos médicos do seu tempo, indicando para cada enfermidade o remédio vegetal e o tratamento adequado.
No começo da era cristã Dioscórides no seu tratado “De Matéria Médica”, enumerou mais de 500 drogas de origem vegetal, descrevendo o emprego terapêutico de muitas delas.
Na Idade Média o estudo de plantas medicinais estagnou por um longo tempo, ficando restrito aos mosteiros, druidas e curandeiros.
No Brasil o uso de plantas medicinais se caracterizou pela mistura dos conhecimentos dos índios, nativos da terra, negros e colonos europeus.
2 - Conceito
Considera-se Planta Medicinal aquela que administrada ao homem ou animal, por qualquer via e sob qualquer forma, exerce alguma espécie de ação farmacológica (OMS – 31ª Assembléia).
Planta Medicinal é aquela que contém um ou mais princípio ativo, conferindo-lhe atividade terapêutica.
3 – PLANTAS BIOATIVAS
Plantas Bioativas são espécies vegetais cujos princípios ativos possuem propriedades medicinais, aromáticas, condimentares, corantes, edulcorantes, nutracêuticas, biocidas e repelentes.
FIGURA 01 - Beladona (Atropa belladona)
FIGURA 02 - Capim Cidreira (Cymbopogon citratus Stapf. )
 
FIGURA 03 - Faveiro (Dimorphandra spp.) FIGURA 04 - Barbatimão - Stryphynodendron adstringens Mart.)
FIGURA 05 - Babosa (Aloe vera L)
4 – Fatores que Interferem nos Teores de Princípios Ativos nas Plantas
Os princípios ativos são compostos químicos sintetizados pelos vegetais que provocam reações conhecidas nos organismos (Tóxicos ou medicinais). Atribui-se a eles o efeito total ou parcial das ações farmacológicas das plantas medicinais.
São em metabólitos secundários, sintetizados a partir do açúcar produzido na fotossíntese através de diversas rotas biossintéticas. As funções nos vegetais não são bem conhecidas, sabe-se que participam dos processos fisiológicos de proteção ou defesa, reprodução, acumulo de reservas e crescimento da planta.
Os fatores que afetam ou interferem o metabolismo dos vegetais influenciando nos teores e na qualidade dos princípios ativos produzidos pelos vegetais são de três tipos:
Fatores Internos;
Fatores externos;
Fatores Técnicos.
4.1 – Fatores Internos
Os fatores internos são os de ordem genética, pois a produção dos constituintes químicos é ditada pela constituição genética do mesmo, porém as percentagens podem variar de planta para planta da mesma espécie quando há variabilidade genética.
Alguns botânicos defendem a classificação dos vegetais de acordo com a composição química (Quimiotaxonomia).
4.2 – Fatores Externos
São fatores ambientais (Agroclimáticos), dependendo da região ou local de plantio. O ambiente tem um papel importante no cultivo de ervas medicinais, pois estes fatores podem afetar os teores de princípios ativos presentes na planta. Por isto deve-se respeitar as características ecológicas da planta procurando cultivá-las em locais que apresentem ambiente similar ao local de ocorrência das mesmas.
4.2.1 – Temperatura
A temperatura é uma conseqüência da intensidade das radiações infravermelhas emitidas pelo Sol. 
As temperaturas altas e muito baixas influenciam o metabolismo dos vegetais como aumento da transpiração, formação da clorofila, fusão de lipídios e coagulação de proteínas plasmáticas.
Cada espécie tem a sua faixa ótima para o seu desenvolvimento, se fugirmos desta faixa podemos retardar seu desenvolvimento, provocar estrangulamento no seu metabolismo, o não florescimento, etc..
O termo-período, diferença entre as temperaturas noturnas e diurnas, também interfere no metabolismo dos vegetais, as plantas de clima temperado necessitam de um termo-período maior para o seu florescimento do que as de clima tropical. Como exemplo temos a Babosa (Aloe vera L.) que possui maior teor de aloina nos meses de verão e a Dedaleira (Digitaria spp.) que possui maior teores de glicosídeos cardiotônicos nos meses mais quentes do ano.
4.2.2 – Luminosidade
A luz desempenha papel fundamental no metabolismo dos vegetais (Fotossíntese). Quanto ao fotoperiodismo, temos plantas de dias longos, que necessitam de um período maior de iluminação para florescerem, plantas de dias curtos que são menos exigentes em luminosidade e plantas indiferentes que florescem sem a interferência da luz. Como exemplo temos a Hortelã Pimenta (Mentha piperita L.) e a Alfazema (Lavandula officinalis) que são plantas de dias longos necessitando de fotoperíodos entre 12 e 15 horas para florescerem. Normalmente as plantas tropicais são de dias curtos e as de climas temperados de dias longos.
Algumas plantas quando expostas a luz solar direta produzem mais cumarinas como é o caso do Anador (Justicia pectoralis).
Há também as plantas cuja sementes necessitam de luminosidade para germinar (Fotoblásticas positivas), como é o caso da Camomila (Chamomilla recutita), Tanchagem (Plantago major) e a Erva de St. Maria (Chenopodium ambrosioides).
Plantas de vegetação secundária ou de sub-bosque em florestas, que recebem pouca luminosidade (sombreamento) são afetadas quando cultivadas a pleno sol como o Guaco (Mikania glomerata) e Espinheira Santa (Maytenus spp.)
A luminosidade também pode ser prejudicial aos teores de princípios ativos durante a secagem, pois o excesso provoca perda por oxidação dos mesmos.
A latitude esta relacionada com a duração do dia (Fotoperíodo).
4.2.3 – Umidade
A água é um elemento essencial ao metabolismo das plantas, mas excesso ou falta pode afetar os teores de princípios ativos. Poisexistem plantas mais exigentes e menos exigentes em umidade, como exemplo temos o Alecrim (Rosmarinus oficinallis L.) e o Capim Cidreira (Cymbopogon citratus Staff,) em que a umidade do solo elevada reduz o teor de óleo essencial. A concentração de alcalóides aumenta nos vegetais com o stress hídrico.
A umidade relativa alta dificulta a secagem das ervas, quando feita à temperatura ambiente
4.2.4 – Altitude
A altitude esta relacionada com a temperatura e luminosidade, pois à medida que aumentamos a altitude ocorre uma queda na temperatura e um aumento da insolação provocando alterações no metabolismo dos vegetais e em conseqüência nos teores dos princípios ativos.
CORREA JR. et al. (1991) relata que plantas produtoras de alcalóides apresentam maiores teores em baixas altitudes e plantas produtoras de glicosídeos, gomas e mucilagens apresentam teores maiores em altitudes maiores.
4.3 - Fatores Técnicos ou Agronômicos
São os fatores relacionados com a implantação e condução da cultura, tais como época de plantio, adubação, controle de pragas e doenças, podas, colheitas, secagem e armazenamento. Todas estas operações podem influenciar nos teores e qualidade dos componentes químicos dos vegetais. 
A adubação foliar com cobre (Cu) e cobalto (Co) aumentam a síntese de pilocarpina no Jaborandi (Pilocarpus microphyllus). A adubação nitrogenada mineral provoca diferenças nas percentagens dos componentes do óleo essencial de Hortelã (Mentha spp.).
A adubação com fósforo (P) e potássio (K) aumentam o teor de cumarinas nas plantas.
Os teores de potássio (K) interferem na ação diurética das plantas e na produção de alcalóides.
O zinco esta relacionado com o teor de óleos essenciais, pois a sua deficiência provoca baixa nos teores desses óleos.
A deficiência de nitrogênio em Papoula (Papaver spp.) e Beladona (Atropa belladona) provoca o aumento dos teores de alcalóides e em Lobélia provoca redução.
A aplicação de agroquímicos (Defensivos agrícolas) em plantas medicinais além de deixar resíduos tóxicos, altera a qualidade e os teores dos princípios ativos. 
II – CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS
Para o cultivo das plantas medicinais tanto, a nível doméstico como a nível comercial, deve-se obedecer alguns critérios e recomendações que permitam obter maiores produtividades visando a produção de plantas com qualidade. Esta qualidade é expressa por um conjunto de características, tais como: cor, aroma, sabor, teor de umidade, teor de princípios ativos e ausência de fungos e insetos.
O atendimento a estas características é função de um trabalho planejado que tem início na determinação de locais de plantio que respeitem as exigências ecológicas das plantas (clima, solo, necessidade de água, sombreamento, etc.), promoção de irrigação em quantidade/qualidade necessária, utilização de tratos culturais adequados e um cuidado especial na colheita e beneficiamento do material produzido. Então o planejamento inicia com a determinação dos locais de plantio (lavoura propriamente dita), secagem, beneficiamento e armazenagem.
Dados disponíveis na literatura demonstram que os princípios ativos das plantas são alterados com o uso de agroquímicos, podendo resultar na modificação do efeito terapêutico da planta. A adubação orgânica fornece maior número de nutrientes em concentrações não extrema, evitando geralmente que ocorra modificações significativas nos teores dos constituintes químicos destes vegetais.
Como não existe ainda informações técnicas detalhadas sobre o cultivo e tratos culturais de cada espécie, principalmente de plantas do cerrado, o cultivo orgânico é uma alternativa para minimizar os efeitos na qualidade do material produzido que o cultivo tradicional poderia provocar.
1 – PLANEJAMENTO
1.1 – Hortos Domésticos
Levantar quais as doenças mais comuns na família, para determinar quais as plantas a serem cultivadas levando em conta a disponibilidade de área.
Escolher a área para implantar o horto levando em conta a disponibilidade de água, luz (Sombreamento) e esterco. 
1.2 – Hortos Comunitários
Fazer um levantamento das principais doenças presentes na comunidade, com base nesse levantamento procurar um médico com conhecimento de fitoterapia para fazer uma lista de plantas que podem servir para o tratamento destas doenças. Pelo menos três plantas para cada patologia.
Fazer um levantamento da disponibilidade de mudas das principais plantas a serem cultivadas dentro da própria comunidade e região vizinha.
As plantas não encontradas na comunidade, ver a possibilidade de obtenção fora.
Escolher a área de plantio com base nas recomendações do ítem 2 abaixo. 
Fazer um levantamento dos custos para implantação do horto, como insumos e ferramentas para plantio equipamentos e material para secagem, embalagens em geral, local para manipulação e armazenagem dos produtos, etc.
1.3 – Plantio Comercial
Fazer uma pesquisa de mercado visando obter informações sobre quem compra, o que compra (variedades), quanto paga, quantidade que compra e qual a periodicidade de entrega do produto.
Verificar a idoneidade do comprador. 
Fazer um levantamento sobre os padrões de qualidade dos produtos a serem comercializados.
Pesquisar a legislação sobre comercialização de plantas medicinais, junto aos órgãos de fiscalização como IBAMA, ANVISA, Vigilância Sanitária Estadual e Municipal.
Lembrar sempre que na comercialização de plantas medicinais deve-se sempre fazer um contrato entre o produtor e o comprador antes de iniciar o plantio, especificando a periodicidade de entrega, o padrão de qualidade do produto, a quantidade e o local de entrega do produto. 
O comércio de plantas medicinais é muito fechado e requer muito cuidado por parte do produtor em termos de qualidade do produto, lembrando sempre que se esta produzindo matéria prima para fabricação de medicamentos.
2 – Escolha do Local
Para determinação do local para instalação da lavoura a nível comercial, comunitário ou horta caseiras de plantas medicinais a área deve ter as seguintes características:
Que haja incidência de pelo menos 5 horas diárias de Sol na área;
Protegido de ventos fortes e fácil acesso;
Distantes de estradas, devido ao acúmulo nas plantas de monóxido de carbono e metais pesados (Chumbo, Cádmio, molibdênio) proveniente dos escapamentos de veículos.
Não ser próximo de fabricas e industrias devido a eventuais resíduos tóxicos. 
Não ter sido utilizado para o cultivo de olerícolas em razão da presença de resíduos de defensivos agrícolas e adubos químicos e demais plantações que se utilizam intensamente os produtos químicos.
Distantes de lavouras e hortas comerciais em que há utilização intensiva de defensivos agrícolas.
O solo deve ser de média a alta fertilidade, pH entre 6,0 e 6,5 , bom teor de matéria orgânica, textura média, boa drenagem e profundo.
Próximo a mananciais com água de boa qualidade (livre de dejetos, resíduos de defensivos agrícolas e industriais), pois estas plantas irão constituir-se em matéria-prima para medicamentos.
Utilizar técnicas conservacionistas tecnicamente indicadas para a área.
3 – propagação
3.1 - Escolha das Plantas Matrizes
- As plantas de onde serão retirados os materiais de propagação (Plantas Matrizes) devem ser plantas vigorosas, sem sintomas de doenças, ataque de insetos, identificadas botanicamente.
3.2 - Método de Propagação
Sementes
Estaquia
Rebentos
Divisão de Touceiras
Mergulhia
Enxertia
3.3 – Quebra de Dormência
Choque Térmico: colocara as sementes numa vasilha, ferver a água e colocar a água sobre as sementes por um período de 3 a 5 minutos, jogar a água quente fora e colocar água fria sobre as sementes pelo mesmo tempo e semear. É indicado para sementes com dormência tegumentar.
Refrigeração: colocar as sementes em baixa temperatura por um período de 12 a 24 horas ou colocar as sementes em água gelada pro 10 minutos. 
Escarificação: lixar o tegumento da sementecom uma lixa ou lima para que a água possa entrar no interior da semente e o embrião germinar.
Existem outros métodos de quebra de dormência com o uso de acido sulfúrico (Dormência tegumentar), ácido giberélico e acido indolacetico (dormência embrionária)
4 – Preparo do Solo
O preparo do solo deve ser feito com uma aração e duas gradagens com posterior encanteiramento, sulcamento e coveamento dependendo da cultura a ser implantada. 
Outras práticas poderão ser adotadas, dependendo do solo e da espécie a ser cultivada.
Os canteiros devem ter preferencialmente 10 m de comprimento, 1,20 de largura, 15 cm de altura e espaçados de 0,5 m. As dimensões das covas normalmente são utilizadas de 30 x 30 x 30 cm ou 40 x 40 x40 cm, sendo abertas após a aração e gradagem. 
5 – Correção do Solo
Deve ser feita com base no resultado da análise do solo para fins de fertilidade, utilizando-se calcário dolomítico se necessário. O pH do solo para a maioria das plantas medicinais está entre 5,5 e 6,5.
O calcário deve ser distribuído em toda a área, 2/3 antes da aração e 1/3 antes da primeira gradagem.
6 – Plantio
As épocas de plantio, espaçamento e forma de propagação devem estar de acordo com a cultura a ser estabelecida (Tabela 05)
A semeadura pode ser feita em canteiros ou em recipientes como sacos plásticos, tubetes ou bandejas de isopor, para posterior repicagem ou transplantio e já no local definitivo com posterior desbaste ou não, dependendo do tamanho das sementes e da espécie a ser cultivada.
Como substrato para encher os recipientes pode ser usado 1 partes de terra de subsolo ou de barranco, 1 parte de esterco curtido e 1 parte de areia. No caso de solo arenoso usar 2 partes de terra e 1 parte de esterco curtido ou optar pela compra do substrato próprio, dependendo dos custos e disponibilidade dos materiais.
7 – Adubação
7.1 – Adubação de Plantio
A adubação de plantio deve ser efetuada de acordo com o resultado da análise do solo, dando preferência a adubos orgânicos (estercos, húmus de minhoca, compostos orgânicos, etc.).
Correa et. al. (1991) recomenda colocar em solos de baixa fertilidade 5 kg/m2 de esterco bovino curtido e em solos de média a alta fertilidade colocar 3 kg/m2 do mesmo adubo.
Quando o teor de fósforo for muito baixo é aconselhável fazer uma adubação fosfatada utilizando Superfosfato Simples ou colocar 150 kg/ha (150 g/m2) de Fosfato Parcialmente acidulado.
Estercos provenientes de granjas de aves de corte, haras de cavalos de corridas, propriedades onde se utiliza Tordon em suas pastagens e medicação intensiva, devem ser evitados devido à presença de resíduos indesejáveis (hormônios, antibióticos, pesticidas, etc.). O composto orgânico a partir do lixo urbano também deve ser evitado devido à alta carga microbiana e metais pesados.
TABELA 03 – Recomendação de adubação de plantio para algumas espécies de plantas medicinais feitas pelo IAC. Campinas, 1996.
	ESPÉCIE
	NITROGÊNIO
	FÓSFORO (Resina)
mg/dm3
	POTÁSSIO
mmol/dm3
	
	
	0 - 15
	16 - 40
	> 40
	0 - 15
	16 - 40
	> 40
	Capim Cidreira
	10 kg de N/ha
	60
	30
	30
	60
	30
	30
	Funcho
	10 Kg de N/ha
	100
	60
	30
	60
	40
	30
	Gengibre**
	20 Kg de N/ha
	240
	150
	60
	120
	80
	40
	Hortelã (Menthas)
	20 Kg de N/ha
	120
	80
	40
	90
	60
	30
FONTE: Boletim Técnico nº 100. IAC.
* O Fósforo é dado em Kg de P2O5/ha.
* O Potássio é dado em Kg de K2O/ha.
** Em cada amontoa (3) incorporar 30 Kg de N/ha e 70 Kg de K2O/ha.
O composto orgânico possui nutrientes minerais tais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre que são assimilados em maior quantidade pelas raízes além de ferro, zinco, cobre, manganês, boro e outros que são absorvidos em quantidades menores e, por isto, denominados de micronutrientes. Quanto mais diversificados os materiais com os quais o composto é feito, maior será a variedade de nutrientes que poderá suprir. Os nutrientes do composto, ao contrário do que ocorre com os adubos sintéticos, são liberados lentamente, realizando a tão desejada "adubação de disponibilidade controlada". Em outras, palavras, fornecer composto às plantas é permitir que elas retirem os nutrientes de que precisam de acordo com as suas necessidades ao longo de um tempo maior do que teriam para aproveitar um adubo sintético e altamente solúvel, que é arrastado pelas águas das chuvas.
Outra importante contribuição do composto é que ele melhora a "saúde" do solo.  A matéria orgânica compostada se liga às partículas (Areia, limo e argila), formando pequenos grânulos que ajudam na retenção e drenagem da água e melhoram a aeração. Além disso, a presença de matéria orgânica no solo aumenta o número de minhocas, insetos e microorganismos desejáveis, o que reduz a incidência de doenças de plantas.
TABELA 04 – Quantidade de nutrientes, em Kg, contidos em cinco fontes de matéria orgânica.
	
NUTRIENTES
Kg
	CAMA DE FRANGO
1,0 ton.
	ESTERCO BOVINO
1,0 ton.
	COMPOSTO ORGÂNICO
1,0 ton.
	ESTERCO LÍQUIDO DE BOVINOS
1.000 lt.
	ESTERCO LÍQUIDO DE SUÍNOS
1.000 lt.
	N 
	10,40
	1,92
	2,50
	0,70
	2,24
	P2O5
	16,00
	0,88
	1,80
	0,48
	2,40
	K20
	17,00
	3,40
	4,00
	1,40
	1,60
FONTE: EMATER-RS/2001
7.2 – Adubação em Cobertura
Adubações em cobertura devem ser efetuadas com adubos orgânicos tais como esterco curtido, húmus de minhoca e composto orgânico. Evitar utilizar adubos nitrogenados químicos, pois os resultados experimentais demonstram que o nitrogênio mineral pode interferir na produção e qualidade dos compostos químicos pela planta, principalmente os óleos essenciais.
De acordo com o IAC (1996) na cultura do Capim Cidreira (Cymbopogon citratus) deve-se aplicar 60 kg de N/ha aos 30 dias do plantio e a cada corte 60 kg de N/ha. Para o Funcho (Foeniculum vulgare Mill.) deve-se aplicar 50 kg de N/ha aos 20 e 60 dias do plantio.
8 – Tratos Culturais
8.1 – Capinas
A maioria das plantas medicinais são sensíveis à competição por luz, espaço físico, água e nutrientes com as erva invasoras, por outro lado, existem espécies que necessitam desta competição, por isso é aconselhável conhecer profundamente a ecologia da cultura e das plantas invasoras antes de se efetuar as capinas.
Não é aconselhável utilizar herbicidas, pois, como já foi dito podem deixar resíduos nas plantas. O ideal são capinas mecânicas e manuais.
8.2 – Controle de Pragas e Doenças
As plantas medicinais devem ser livres de resíduos de defensivos agrícolas. Daí a importância da prevenção, ou seja, propor um desenvolvimento harmônico e um ambiente o mais aproximado de seu habitat natural. Plantas saudáveis a incidência de ataque de pragas e doenças é baixa.
As principais pragas são os insetos sugadores, na maioria vetores de vírus, insetos mastigadores, que destroem a parte aérea e insetos subterrâneos que destroem as raízes. Na armazenagem temos as traças, gorgulhos e os mofos (fungos).
O controle de pragas e doenças deve ser feito com técnicas e produtos alternativos como rotação de culturas, espaçamentos adequados, pois espaçamentos menores criam micro-climas propícios para o desenvolvimento de fungos e pragas, cultivo de plantas repelentes (Catinga de mulata repelente de formigas, capuchinha repelente de nematóides, hortelã repelente de lepidópteros, formigas e ratos), atrativas ou tóxicas, calda de fumo (afídeos), água de sabão (afídeos), macerados de urtiga (lagartas),�
TABELA 05 – Época de plantio, espaçamento e forma de propagação de algumas plantas medicinais.
	ORD
	CULTURA
	PROPAGAÇÃO
	ÉPOCA DE PLANTIO
	ESPAÇ.
cm
	OBSERVAÇÕES
	01
	Acariçoba (Hydrocolylle umbellata L.)
	Rizoma
	Ano todo
	20 x 20
	Local definitivo
	02
	Açafrão (Curcuma longa L.)
	Rizoma
	Out./Nov.
	30 x 40
	Local definitivo
	03
	Alecrim (Rosmarinus oficinallis L.)
	Estacas
	Ano todo
	80 x 100 
	Mudas (Viveiro)
	04
	Alfavacão (Ocimum gratissimum L.)
	Semente/EstacasAno todo
	100 x 150 
	Mudas (Viveiro)
	05
	Alho (Allium sativum L.)
	Bulbilhos
	Mar./Abr.
	10 x 20
	Local definitivo
	06
	Arruda (Ruta graveolens L.)
	Estacas
	Ano todo
	50 x 80
	Mudas (Viveiro)
	07
	Babosa (Aloe vera L.)
	Rebentos
	Ano todo
	60 x 100
	Local definitivo
	08
	Boldo do Reino (Plectranthus barbathus Benth.)
	Estacas
	Ano todo
	80 x 120
	Mudas (Viveiro)
	09
	Canela (Cinnamomum zeylanicum Nees.)
	Sementes
	Out./Nov.
	600 x 600
	Mudas (Viveiro)
	10
	Capim Cidreira (Cymbopogon citratus Staff.)
	Divisão de touceiras
	Ano todo
	60 x 120
	Local definitivo
	11
	Carqueja (Baccharis trimera Less.)
	Estaca
	Ano todo
	60 x 100
	Mudas (Viveiro)
	12
	Erva de Andorinha (Euphorbia pilulifera)
	Sementes
	Out./Nov.
	30 x 30
	Sementeira
	13
	Erva de Bicho (Polygonum hydropiperoides Mich.)
	Sementes/Estaca
	Ano todo
	40 x 50
	Sementeira/Mudas
	14
	Erva cidreira (Lippia Alba N. E. Br.)
	Estaca
	Ano todo
	80 x 120
	Mudas (Viveiro)
	15
	Erva de Sta. Maria (Chenopodium ambrosioides L.)
	Sementes
	Ano todo
	50 x 50
	Local definitivo
	16
	Funcho (Foeniculum vulgare Mill.)
	Sementes
	Mar./Abr.
	80 x 150
	Sement./L. definitivo
	17
	Gengibre (Zingiber offininale Roscoe)
	Rizoma
	Out./Nov.
	40 x 50
	Local definitivo
	18
	Guaco (Mikania glomerata Spreng.)
	Estaca
	Ano todo
	500 x 200
	Mudas (Viveiro)
	19
	Hortelã (Mentha spp)
	Rizoma
	Ano todo
	30 x 40
	Local definitivo
	20
	Hortelã Gorda (Plectranthus amboinicus)
	Estaca
	Ano todo
	60 x 60
	Mudas (Viveiro)
	21
	Hibisco (Hibisco rosa-sinensis L.) (Flor vermelha)
	Estaca
	Ano todo
	150 x 200
	Mudas (Viveiro)
	22
	Jurubeba (Solanum paniculatum L.)
	Sementes
	Ano todo
	400 x 450
	Mudas (Viveiro)
	23
	Losna (Artemisia absinthium L.)
	Estaca
	Ano todo
	60 x 100
	Mudas (Viveiro)
	24
	Melão de São Caetano (Momordica charantia L.)
	Sementes
	Ano todo
	400 x 200
	Mudas (Viveiro)
	25
	Mentrasto (Ageratum conysoides L.)
	Sementes
	Ano todo
	30 x 50
	Sementeira
	26
	Pega – Pinto (Alternanthera ficoidea (L.) R. Br.)
	Estaca/Sementes
	Ano todo
	50 x 100
	Sementeira/Mudas
	27
	Quebra – Pedra (Phyllanthus corcovadensis)
	Sementes
	Ano todo
	40 x 50
	Sementeira
	28
	Romã (Punica granatum L.)
	Sementes/Estacas
	Out./Nov.
	400 x 500
	Mudas (Viveiro)
	29
	Sabugueiro (Sambucus nigra L.)
	Estacas
	Out./Nov.
	400 x 500
	Mudas (Viveiro)
	30 
	Tanchagem (Plantago major L.)
	Sementes
	Ano todo
	40 x 40
	Sementeira
Obs.: O plantio o ano todo só é possível com irrigação.
�
chá de camomila (fungos), inseticidas biológicos como Bacillus thuringiensis, Baculovírus e Nomuria no controle de lagartas e coleópteros, nim indiano (coleópteros, hemípteros e lagartas), cravo de defunto (Tagetes spp.) para controle de nematóides do gênero Meloidogyne, além de ter o cuidado na hora de adquirir as mudas optando por mudas sadias e de procedência idônea.
O Oídio pode ser controlado com Enxofre (S).
Na agricultura orgânica, por sua vez, trabalha-se no sentido de estabelecer o equilíbrio ecológico em todo o sistema. Parte-se da melhoria das condições do solo, que é à base da boa nutrição das plantas que, bem nutridas, não adoecerão com facilidade, podendo resistir melhor a algum ataque eventual de um organismo prejudicial. Cabe destacar o termo "eventual" porque num sistema equilibrado, não é comum a reprodução exagerada de organismos prejudiciais, visto que existem no ambiente inimigos naturais, que naturalmente irão controlar a população de pragas e doenças.Desta forma, partindo da prevenção e do ataque às causas geradoras de desequilíbrio metabólico em plantas e animais, os métodos agroecológicos de manejo de tais organismos se tornam bem sucedidos à medida que encaram uma propriedade do mesmo modo que um médico deveria olhar para uma pessoa: como um “organismo” uma individualidade única e repleta de interações dinâmicas e em constante mudança.
O Manejo Integrado de Pragas (conhecido como MIP), constitui um plano de medidas voltadas para diminuir o uso de defensivos agrícolas na produção convencional, buscando otimizar o uso desses produtos no sistema. Contudo, existe uma preocupação em se utilizar defensivos agrícolas apenas quando a população desses organismos atingir um nível de dano econômico (em que as perdas de produção gerem prejuízos econômicos significativos), diminuindo a contaminação do ambiente com tais produtos. Entretanto, cabe ressaltar que algumas das estratégias usadas no Manejo Integrado de Pragas, que visa a diminuição do uso de defensivos agrícolas nos cultivos, podem ser adotadas pelos produtores de plantas medicinais, como o uso defensivos alternativos em substituição aos químicos.
Já os métodos agroecológicos buscam aplicar o princípio da prevenção, fortalecendo o solo e as plantas através da promoção do equilíbrio ecológico em todo o ambiente. Seguindo essa lógica, o controle agroecológico de insetos, fungos, ácaros, bactérias e viroses é realizado com medidas preventivas tais como:
Plantio em épocas corretas e com variedades adaptadas ao clima e ao solo da região.	
Fazer uso da adubação orgânica.	
Rotação de culturas e adubação verde..	
Cobertura morta.	
Consorciação de culturas e manejo seletivo do mato.
Evitar erosão do solo.
Nutrição equilibrada das plantas com macronutrientes e micronutrientes.	
Amostragem da população dos organismos prejudiciais: Monitorar a presença das pragas através da contagem de ovos, largas e organismos adultos (no caso de insetos), ou da vistoria das plantas (% de dano em caso de doenças fúngicas ou bacterianas), é uma atividade obrigatória para que o produtor saiba quando agir e o faça de modo a promover o equilíbrio ecológico de todo o sistema de produção.
8.2.1 - Alelopatia
8.2.1.1 - Plantas Companheiras e Plantas Antagônicas
a - Plantas Companheiras
São plantas pertencentes a espécies ou famílias, que se ajudam e complementam mutuamente, não apenas na ocupação do espaço e utilização de água, luz e nutrientes, mas também por meio de interações bioquímicas chamadas de Efeitos Alelopáticos. Estes podem ser tanto de natureza estimuladora quanto inibidora, não somente entre plantas, mas também em relação a insetos e outros animais.
A regra geral para uma boa associação ou rotação de culturas é a de escolher sempre uma seqüência de plantas de famílias diferentes.
Em relação aos insetos prejudiciais, algumas plantas têm ação repelente ou atrativa.
Seguem alguns exemplos:
As plantas da família das solanáceas (tomate, batata, pimentão, entre outras) e as da família das compostas (Cichoriaceae), como alfaces e chicórias combinam bem entre si. Estas famílias, por sua vez, também combinam com umbelíferas (Apiaceae) como cenoura, salsa, aipo, erva-doce, batata-salsa e com Liliáceas como o alho e a cebola.
As Cucurbitaceas (abóbora, pepino, melão, melancia, chuchu) associam-se bem com as solanáceas, com plantas leguminosas (feijão, ervilha) e gramíneas (milho, trigo), conforme seu hábito de crescimento e forma de cultivo; alternado-se fileiras duplas tutoradas, por exemplo, de tomate, feijão-vagem e pepino, ou na tradicional associação de milho, feijão e abóbora.
A manjerona (Origanum manjorana) melhora o aroma de outras plantas. Já a losna (Artemísia absinthium) nas bordaduras, mantém os animais afastados da lavoura (Lagartas e lesmas), mas sua vizinhança não faz bem a nenhuma outra planta, é bom planta-la um pouco afastada.
b - Plantas Antagônicas
Algumas espécies possuem substâncias que afastam ou inibem a ação de insetos, como ocorre, por exemplo, com o piretro, presente no cravo-de-defunto e nos crisântemos. Como qualquer estratégia de manejo agroecológico, o uso de tais plantas não deve ser feito isoladamente e, sim, dentro de uma visão abrangente de promoção do equilibro ecológico em toda a propriedade agrícola. Quanto mais equilibrados estiver o solo, as plantas e os animais,menor será a necessidade de se apelar para tais estratégias, aproximando a produção orgânica da situação ideal que é a de pouco intervir porque agroecossistema já se tornou capaz de se auto-regular.
c - Atrativos ou "Plantas-Armadilhas"
Muitas plantas possuem substâncias atrativas específicas para alguns insetos, que podem ser utilizadas como plantas-armadilha para várias pragas. A simples concentração dessas pragas já as torna mais vulneráveis a parasitas e predadores, assim como mais sujeitas a doenças, permitindo também a utilização de métodos agroecológicos de manejo de pragas e doenças.	
Seguem alguns exemplos de plantas atrativas de comprovada utilidade na horticultura:
Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes spp.).
As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma de extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por "disfarce" das culturas pelo seu forte odor.é companheira do tomate e batata.
Cinamomo (Melia azedarach L., família Meliaceae)
O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos (ambos na dosagem média de 200 gramas para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados.
Observação: É uma árvore ornamental comum no sul do Brasil, de origem asiática.
Saboneteira (Sapindus saponaria L.)
Árvore nativa da América Tropical, usada como ornamental , possui nos frutos um efeito inseticida. Para se ter uma idéia de seu poder de ação, vale mencionar que seis frutos bastam para preservar 60 quilos de grãos armazenados. Os estratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água (uso imediato) ou conservados por extração acetônica e/ou alcoólica. Em ambos os casos, 200 gramas são suficientes para o volume de 20 litros de um pulverizador costal.
Quássia ou Pau-amargo (Quassia amara, família Simarubaceae)
Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida especialmente contra moscas e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Estas partes podem ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando apenas a concentração: 200 gramas de cascas ou madeira moída.
Mucuna-preta (Mucuna sp ou Stizolobium oterrium)
Plantada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação dos gorgulhos nas espigas	
Purungo ou Cabaça (Lagenaria vulgaris)
Plantado em bordadura (Em forma de cercas-vivas) ou com seus frutos cortados e espalhados na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha verde-amarela (Diabrotica speciosa).
Taiuiá (Cayaponia tayuya)
Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste no fato de que os frutos que é a parte mais útil da planta, é de cultivo mais difícil que o do Purungo.
Alho/Cebola (Allium sativum L./Allium cepa L.)
Plantas da Família Alliaceae possuem compostos Sulfóxidos que controlam bactérias e fungos.
Pimenta do Reino (Piper nigrum L.)
Possui alcalóides que controlam bactérias e fungos.
Café (Coffea arábica)
Possui o Ácido Caféico que controla bactérias, fungos e vírus.
Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)
Repele borboleta da couve e mosca da cenoura, é companheira da sálvia e nabo.
Hortelã (Mentha spp.)
Repelente de formigas, ratos, mosca branca e borboleta da couve. Pode ser plantado nas bordaduras das culturas. Companheira da couve, nabo, repolho e brócolis.
Sálvia (Salvia spp.)
Repele a mariposa da couve.
TABELA 6 – Algumas plantas e suas ações contra pragas e doenças.
	PLANTA
	AÇÃO
	Anis (Pimpinela anisum)
	Repelente de traças
	Cebola – cencém (Allium spp.)
	Ação raticida
	Coentro (Coriandrum sativum L.) 
	Controla ácaros e pulgões
	Eucalipto (Eucalyptus citriodora)
	Controla insetos de grãos armazenados.
	Gerânio
	Repelente de insetos em hortas.
FONTE: Globo Rural - 2006
Calêndula
É atrativa de insetos polinizadores e repelente de mosca branca.
Alfavaca (Ocimum gratissimum L.)
É repelente de moscas e mosquitos, mas não deve ser plantada perto da arruda
8.2.2 – Receitas de alguns Defensivos Caseiros
a – Calda de Fumo:
Colocar 20 cm de fumo de rolo picado em 1 litro de água e deixar em repouso por 24 horas, coar e diluir para 10 litros e pulverizar.
Pragas controladas: Cochonilhas, pulgões, ácaros, tripes e lagartas.
Obs.: Não aplicar em plantas da família das solanáceas, pois existe no fumo um vírus que provoca doenças nestas plantas.
Carência: 7 dias.
b – Infusão de Losna:
Preparar a infusão quente (chá) de 300 g de folhas secas de losna em 1 litro de água, coar e diluir para 10 litros de água e pulverizar.
Pragas controladas: lagartas e lesmas.
c – Macerado de Pimenta Malagueta: 
Macerar ou amassar 500 g de pimenta malagueta fresca ou 200 g seca, misturar com 100 g de cinza e colocar em 1 litro de água. Após 2 dias coar e diluir em 10 litros de água e pulverizar o solo e a planta.
Pragas controladas: lagartas, grilos, vaquinhas.
d – Macerado de Urtiga:
Macerar 500 g de f olha de urtiga fresca ou 200 g seca, misturar com 100 g de cinza e colocar em 1 litro de água. Após 2 dias coar e diluir em 10 litros de água e pulverizar o solo e a planta.
Pragas controladas: lagartas, míldio.
Obs.: Manusear este preparado com luvas e proteger os olhos.
e – Macerado de Alho:
Macerar 8 dentes de alho e colocar em 1 litro de água. Após 10 dias adicionar 100 g de cinza, coar e diluir em 10 litros de água e pulverizar.
Pragas controladas: pulgões, ácaros, cochonilhas e tripes.
f – Água de Sabão:
Misturar uma colher das de sopa de sabão caseiro ralado ou em pó em 5 litros de água. Mexer até dissolver todo o sabão e pulverizar.
Pragas controladas: pulgão, cochonilhas, ácaros.
g – Chá de Camomila:
Colocar 2 xícaras de flores de camomila em 1 litro de água fria por 24 horas, coar e colocar mais 2 litros de água e pulverizar.
Patógenos controlados: fungos.
h – Inseticida Caseiro:
Misturar 250 g de ácido bórico, ½ xícara de açúcar, ½ xícara de leite, ½ cebola média ralada e farinha de trigo até dar consistência a massa. Colocar onde os insetos passam.
Pragas controladas: baratas.	
I – Cravo de Defunto
 200 gramas de planta verde, macerados por 12 (doze) horas em álcool (aproximadamente 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para pulverização).
Cravo de defunto é um bom repelente de insetos
j – Macerado de Samambaia
Colocar 500 g de folhas frescas ou 100 g de folhas secas em 1 litro de água fria por 24 horas. Ferver por meia hora, coar e diluir para 10 litros de água e pulverizar.
Pragas controladas: ácaros, cochonilhas e pulgões.
k – Água de Cinza e Cal
Misturar em 10 litros de água 1,0 kg de cinza e 1,0 kg de cal hidratada. Misturar coar e pulverizar.
Pragas controladas: Pulgão, cochonilhas, tripés e vaquinhas.
Nutrientes presentes: Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Potássio (K), Silício (Si), Ferro (Fé), Manganès (Mn), Sódio (Na), Cobre (Cu) e Zinco (Zn).
l – Saco de Aninhagem
Umedece-lo com um pouco de leite ou cerveja e colocar no meio do horto em vários pontos. No dia seguinte colocar sal nas lesmas aderidas no saco para matá-las.
Pragas controladas: lesmas e caracóis.
m – Chá de Cebolinha
Derramar água fervendo sobre folhas fresca e picadas de cebolinha e deixar em infusão por 15 minutos. Diluir 1 litro para 2 litros de água, coar e pulverizar.
Patógenos controlados: sarna.
n – Óleo de Nim
Triturar 1 kg de sementes secas de Nim e colocar em um saco de pano. Amarrar a boca do saco e colocar de molho em uma vasilha com 2 litros d'água. 
Deixar de molho durante 12 horas e em seguida espremer e coar. Obtém-se assim uma calda rica em óleo de Nim. Deve-se adicionar 200 ml de detergente, que tem ação emulsificantee melhora a aderência da calda às folhas das plantas ou pelo dos animais. 
Colocar essa calda num pulverizador, completar o volume de 20 litros d’água e aplicar em seguida. 
o – Extrato da folha de Nim
Cortar ramos de Nim e colocar para secar à sobra até que as folhas se tornem quebradiças; 
Triturar as folhas secas numa máquina forrageira ou pisar num pilão até obter um pó; 
Pesar 500 gramas desse pó e colocar de molho em dois litros de água durante 10 a 12 horas; 
No dia seguinte, coar a calda obtida em um pano, adicionar 200 ml de um detergente neutro, colocar num pulverizador, completando o volume de 20 litros de água e aplicar
8.3 - Irrigação
A irrigação é feita no período seco do ano e de acordo com as características e demanda de cada cultura. Observar a época ou estágio de desenvolvimento da planta de maior demanda, com isso evitando implicações na produção de princípios ativos.
A irrigação feita nas horas mais quentes há pouca absorção de água e a criação de micro-clima propícia para desenvolvimento de fungos. Devemos irrigar somente na parte da manhã ou à tardinha.
O excesso de irrigação diminui os teores de óleo essencial na planta.
Na época de colheita a irrigação deve reduzida, para se evitar problemas na secagem. 
III – COLHEITA
A colheita é uma etapa de grande importância dentro do cultivo de plantas medicinais, pois, se for feita em época e de forma imprópria, todo o trabalho realizado nas etapas anteriores é posto a perder.
O planejamento da colheita começa junto com o plantio, para que não haja concentração de espécies a serem colhidas no mesmo período, provocando problemas com mão-de-obra e secagem.
1 – Época de Colheita
A colheita deve ser planejada em função da parte da planta a ser colhida (Casca, folhas, flores, frutos, sementes, parte aérea, planta toda) pois cada uma tem o seu ponto de colheita, e também é importante o planejamento de área de plantio x área de secagem ou quantidade de secadores para não se ter situações em que a cultura esta no ponto de colheita e não pode ser colhida por falta de local de secagem, ou ainda colhida e amontoada esperando a secagem com isto gerando um produto de péssima qualidade.
A colheita deve ser efetuada quando a planta estiver no estágio de maior acúmulo de princípios ativos. Existem regras genéricas para se determinar a melhor época de colheita da maioria das espécies medicinais (Tabela 04).
O fedegoso (Cássia ocidentalis L.), as folhas e flores colhidas em outubro nas condições de Brasília – DF, foram ativos sobre o Plasmodium falciparum “in vitro” o que não ocorreu com o material colhido nas mesmas plantas em maio (MATTOS,1996).
O alecrim (Rosmarinus officinallis L.) possui maior teor de óleo essencial após a floração é uma exceção à regra.
TABELA 07 – Época de colheita de acordo com o órgão da planta a ser colhido.
	PARTE DA PLANTA A SER COLHIDA
	ÉPOCA DE COLHEITA
	Folhas e Ramos
	Após a emissão dos primórdios florais
	Flor
	Após a abertura das mesmas
	Caule e Casca do Caule
	Primavera ou Outono, com tempo úmido e de plantas floridas.
	Raiz e Rizomas
	Outono e de plantas adultas
	Frutos e Sementes
	Quando atingirem o ponto de maturação fisiológica.
Plantas produtoras de alcalóides e óleos essenciais possuem maior teor no início da floração e no período da manhã, já plantas produtoras de glicídios o maior teor é após a emissão dos primórdios florais e antes da abertura das flores e no período da tarde.
A Tabela 08 mostra a época de colheita de algumas espécies medicinais mais comuns em nossa região.
2 – Métodos de colheita
2.1 – Casca:
Colher de 50% das árvores da área de uso sustentado. Tirar uma lasca com até 20% do perímetro do tronco de largura e de até 1 (um) metro de comprimento, dependendo da altura do tronco. Nas áreas de plantio a colheita pode ser feita em todas as árvores.
Retirar a lasca da casca a uma altura de 50 a 80 cm do solo, para que a chuva não jogue terra na lesão e contamine com fungos e bactérias fitopatogênicos (Fig. 01).
2.2 – Folhas:
Colher folhas de 30 a 40 % das árvores da área de uso sustentado. Da área de plantio pode-se colher da totalidade das árvores.
Colher até metade das folhas de cada planta (1/3 das folhas/planta), para que a planta tenha reservas para florescer e produzir frutos e sementes.
Colher folhas de meia idade (Não colher folhas jovens e nem folhas mais velhas).
Figura 06 – Maneira correta de retirar a casca do tronco.
Foto 07 – A arvore acima 1 ano após a colheita da casca
Figura 08 - Maneiras incorretas de coletas de casca de Barbatimão
2.3 – Flores:
Colher flores de até 20% das plantas da área de uso sustentado, para que se tenha produção de sementes para preservar a espécie. Colher 30% das flores de cada planta, para não diminuir a variabilidade genética da espécie na região. No caso de plantios comerciais colhe-se as flores de todas as árvores..
Observar as características da planta a ser colhida em termos da classificação floral (plantas monóicas, plantas dióicas, plantas com flores femininas, plantas com flores masculinas e plantas com flores hermafroditas).
2.4 – Raízes e Rizomas:
Retirar raízes de árvores em 3 (três) pontos diferentes na projeção da copa, não derrubando a árvore. No caso de plantios comerciais derruba-se a árvore e retira-se todo o sistema radicular.
Arbustos e plantas herbáceas colher até 20% das plantas da área de uso sustentado, retirando toda a planta para colher todas as raízes e rizomas.
3 – Cuidados na Colheita
Não iniciar a colheita com tempo chuvoso e após período prolongado de chuvas, esperar pelo menos 1 a 2 dias de estiagem para iniciar a colheita. As plantas medicinais devem ser colhidas no período da manhã, entre 9 e 12 horas, após a seca do orvalho.
Observar as condições sanitárias das plantas. Não colher plantas atacadas por pragas e doenças, pois há alteração na qualidade e teor dos componentes químicos da planta. Plantas com mau aspecto, não devem ser colhidas, pois prejudicam as características organolépticas,
O pessoal encarregado da colheita deve ser bem treinado e cuidadoso, para não danificar as partes colhidas.
Observar as condições de conservação e limpeza das ferramentas, utensílios e embalagens utilizados na colheita e transporte, pois ferramentas sujas e enferrujadas podem contaminar o material colhido e este vai ser utilizado como medicamento e como matéria-prima de medicamentos.
As plantas colhidas devem ser transportadas para o local de limpeza e secagem imediatamente após a colheita.
FIGURA O8 – Colheita de plantas medicinais
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TABELA 08 – Época de colheita e parte colhida de algumas plantas medicinais.
	ORD
	CULTURA
	INÍCIO DA
COLHEITA
	ÉPOCA DE COLHEITA
	PARTE COLHIDA
	01
	Acariçoba (Hydrocolylle umbellata L.)
	3 a 4 meses
	3 em 3 meses
	Folhas
	02
	Açafrão (Curcuma longa L.)
	7 a 10 meses
	Após a seca da parte aérea
	Rizomas
	03
	Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)
	1 ano
	6 em 6 meses
	Folhas (Ramos)
	04
	Alfavacão (Ocimum gratissimum L.)
	1 a 1,5 ano
	6 em 6 meses
	Folhas (Ramos)
	05
	Alho (Allium sativum L.)
	6 a 7 meses
	Após a seca da parte aérea
	Bulbos
	06
	Arruda (Ruta graveolens L.)
	5 a 6 meses
	Antes da floração
	Folhas (Ramos)
	07
	Babosa (Aloe vera L.)
	1 a 1,5 ano
	Verão
	Folhas
	08
	Boldo do Reino (Plectranthus barbathus Benth.)
	5 a 6 meses
	4 em 4 meses
	Folhas (Ramos)
	09
	Canela (Cinnamomum zeylanicum Nees.)
	4 a 5 anos
	Outono
	Casca do Caule/Folha
	10
	Capim Cidreira (Cymbopogon citratus Staff.)
	10 a 12 meses
	6 em 6 meses
	Folhas
	11
	Carqueja (Baccharis trimera Less.)
	8 a 10 meses
	6 em 6 meses
	Folhas
	12
	Erva de Andorinha (Euphorbia pilulifera)
	3 a 4 meses
	-
	Planta toda
	13
	Erva de Bicho (Polygonum hydropiperoides Mich.)
	5 a 6 meses
	5 em 5 meses
	Parte aérea
	14
	Erva cidreira (Lippia Alba N. E. Br.)
	8 a 10 meses4 em 4 meses
	Folhas (Ramos)
	15
	Erva de Sta. Maria (Chenopodium ambrosioides L.)
	3 a 4 meses
	Início da floração
	Ramos/Planta toda
	16
	Funcho (Foeniculum vulgare Mill.)
	5 a 6 meses
	Maturação dos frutos
	Frutos
	17
	Gengibre (Zingiber offininale Roscoe)
	8 a 10 meses
	Após a seca da parte aérea
	Rizoma
	18
	Guaco (Mikania glomerata Spreng.)
	1 ano
	6 em 6 meses
	Folhas (Ramos)
	19
	Hortelã (Mentha spp.)
	3 a 4 meses
	3 em 3 meses
	Parte aérea
	20
	Hortelã Gorda (Plectranthus amboinicus)
	6 meses
	6 em 6 meses
	Folhas (Ramos)
	21
	Hibisco (Hibisco rosa-sinensis L.) (Flor vermelha)
	1 ano
	Floração
	Flores
	22
	Jurubeba (Solanum paniculatum L.)
	1 ano
	- 
	Fruto, folha e raiz
	23
	Losna (Artemisia absinthium L.)
	6 a 8 meses
	4 em 4 meses
	Folhas (Ramos)
	24
	Melão de São Caetano (Momordica charantia L.)
	3 a 4 meses
	Maturação dos frutos
	Folhas e frutos
	25
	Mentrasto (Ageratum conysoides L.)
	2 a 4 meses
	Florescimento
	Planta toda
	26
	Pega – Pinto (Alternanthera ficoidea (L.) R. Br.)
	3 a 4 meses
	Florescimento
	Planta toda
	27
	Quebra – Pedra (Phyllanthus corcovadensis)
	2 a 3 meses
	-
	Planta toda
	28
	Romã (Punica granatum L.)
	3 anos
	Maturação dos frutos
	Frutos
	29
	Sabugueiro (Sambucus nigra L.)
	1 a 1,5 ano
	Floração
	Flores
	30 
	Tanchagem (Plantago major L.)
	3 a 4 meses
	Emissão dos botões florais
	Folhas
�
IV – SECAGEM
1 - Limpeza
As plantas após a colheita devem ser lavadas em água corrente antes de serem levadas para a secagem, com a finalidade de retirar poeiras, respingos de esterco e outros resíduos. Deve se feita uma seleção, retirando plantas ou partes de plantas com manchas, doentes, deformadas, rompidas, fora do padrão, atacadas por insetos e sem as características organolépticas desejadas.
Flores não devem ser lavadas, pois são bastante tenras e mofam ou fermentam devido ao excesso de umidade. Em situações extremas, onde a lavagem é necessária, realiza-se uma irrigação com muita disponibilidade de água no dia anterior.
2 - SECAGEM
O objetivo da secagem é diminuir o teor de água na planta colhida como podemos observar na Tab.09 os teores de umidade nos diversos órgãos do vegetal, de modo a evitar a ação de agentes deletéricos (fungos e bactérias) e a degradação enzimática dos princípios ativos.
A secagem ou a desidratação deve ser iniciada imediatamente após a colheita.
Na secagem devemos reduzir a umidade a níveis de 10 a 12%, pois nestes níveis a planta estará protegida da ação de fungos, bactérias e degradação enzimática (Tabela 08), mantendo o seus princípios ativos por períodos de armazenagem maiores.
O teor de umidade ideal é entre 9 e 12%.
TABELA 09 – Percentagem de água nos vegetais necessária para ação de agentes deletéricos.
	AGENTES DELETÉRICOS
	TEOR DE UMIDADE
	Bactérias
	40 a 45%
	Fungos
	15 a 20%
	Enzimas
	20 a 25%
TABELA 10 – Teor de umidade presente em cada órgão da planta fresca e na planta seca (permitido na droga).
	PARTE VEGETAL
	PLANTA FRESCA -%
	PERM. NA DROGA - %
	Casca
	50 a 55
	8 a 14
	Erva
	50 a 90
	12 a 15
	Folha
	60 a 90
	8 a 14
	Flor
	60 a 95 
	8 a 15
	Fruto
	15 a 95
	8 a 15
	Raiz
	50 a 85
	8 a 14
	Rizoma
	50 a 85
	12 a 16
	Semente
	10 a 15
	12 a 13
3 – Local de Secagem
O galpão deve ser bem ventilado, protegido de poeira e ataque de insetos, ratos, entrada de animais domésticos e proibida a entrada de pessoas estranhas ao trabalho.
A secagem pode ser realizada em estufas de ventilação forçada a ar quente (artificial) ou sobre estruturas teladas, aproveitando a ventilação natural.
4 - Temperatura
Flor e folhas devem ser secadas a uma temperatura de 30º a 35ºC, raízes e cascas de caule devem ser secadas a uma temperatura de 45º a 55ºC.
As plantas com óleo essencial a temperatura não deve ser superior a 35ºC.
4 – Observações
Secagem ao sol, somente raízes e casca de caule e no período de 8 às 10 horas da manhã.
Plantas cujo princípio ativo é óleo essencial não devem ser secadas ao sol, mas na sombra ou em estufas de ventilação forçada.
Temperaturas altas provocam a volatilização dos princípios ativos principalmente alcalóides e óleos essenciais.
Flores não devem ser colocadas em camadas grossas, acima de 5 cm de espessura, pois dificulta a ventilação entre as mesmas provocando fermentação e perda do material colhido.
A secagem lenta provoca alterações prejudiciais no material antes que o processo de secagem esteja concluído (Ação de enzimas, fungos e bactérias).
Secagem rápida endurece a camada superior ou superficial das células do vegetal impedindo a evaporação da água que está dentro do órgão (Ação enzimática), volatilização de óleos essenciais, má apresentação comercial do produto.
V – ARMAZENAGEM
1 – Local
O local onde serão armazenadas as ervas medicinais deve ser seco, arejado, escuro, protegido contra a entrada de insetos, ratos e animais domésticos. Suas paredes devem ser pintadas de branco.
2 – Embalagens
As ervas medicinais devem ser embaladas em recipientes escuros, fechados hermeticamente, podendo ser sacos plásticos, vidros escuros ou caixas de madeira revestidas de material impermeável. Hoje já existe no mercado embalagem própria para plantas medicinais.
As embalagens devem ser etiquetadas. Na etiqueta deve conter nome comum, nome cientifico, parte colhida, data da colheita, data do término da secagem, número do lote, local de plantio e nome do produtor.
O empacotamento deve ser imediatamente após a secagem.
3 – Período de Armazenagem
As plantas medicinais mantêm os teores de princípios ativos dentro dos padrões requeridos para se obter ação terapêutica, por um período de dois anos, sendo que as plantas aromáticas por um ano. Quando são transformadas em pó a sua ação medicinal reduz para 90 a 100 dias. E como todo medicamento as plantas medicinais também possuem seu prazo de validade.
4 – Cuidados
As embalagens não devem ser reutilizadas.
Nunca expurgar o local de armazenagem com plantas dentro do mesmo.
Controlar freqüentemente o material armazenado, eliminando os que apresentarem as embalagens estragadas ou violadas, mofadas, produtos deteriorados e com prazo de validade vencidos.
Plantas mofadas podem significar a presença de aflotoxina, estaquiobotriotoxina e fusariotoxina, toxinas muito comuns em mofos.
5 – OBSERVAÇÕES
As condições de secagem e colheita devem ser documentadas.
Deve ser feito o controle permanente de temperatura e umidade do local de armazenagem.
Planta fresca deve ser estocada com temperatura entre 1 e 5ºC.
Planta congelada com temperatura abaixo de – 18ºC.
FIGURA 09 – Exemplo de etiqueta para embalagem de planta medicinal.
VI – COMERCIALIZAÇÃO
A utilização de plantas medicinais é um mercado em ascensão, estima-se que seu crescimento gire entorno de 10 a 15% ao ano.
Antes de iniciar o plantio, o produtor deve pesquisar o mercado, em termos de preços, espécies demandadas, destino da produção (contratos com atacadistas, farmácias, etc.) e quantidade a ser produzida.
A qualidade do produto (teor de princípios ativos, sanidade), pontualidade na entrega e periodicidade de entrega são de grande importância para que o produtor possa se manter no mercado, que é muito exigente nestes aspectos. O comércio de ervas medicinais é bastante fechado, envolvendo grandes cifras em importações e exportações, com tendência a oligopolização. Mas com este crescimento na demanda, há uma tendência dos preços se adequarem em função da melhoria do produto que vai de encontro às maiores exigências do consumidor.
Do produtor de ervas medicinais é exigida uma dedicação especial, pois é uma atividade que necessita de constante aprendizado e cuidados com as diferentes espécies que são cultivadas, pois é uma atividade que pode dar bons lucros, além de ser bastante prazerosa.
TABELA 11– Comercialização de fitoterápicos no mundo em US$ - 2005
	PAÍS
	Milhões de US$
	União Européia
	6.000
	Europa
	500
	Ásia
	2.300
	Japão
	2.100
	EUA
	1.500
	Total
	12.400
Fonte: Vieira (2005)
As figuras 10 e 11 mostram o fluxo de comercialização de plantas medicinais na grande Goiânia, trabalho realizado em 2002 com raizeiros, bancas de comercialização no Mercado Central de Goiânia e Campinas e casas que comercializam plantas medicinais.
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FIGURA 10 – Comercialização de Plantas Medicinais em Goiânia e Arredores. Goiânia – 2002.
 Produção Regional Atacadista		 Comercialização			 Comercialização	Varejo		 
	Fluxo maior de comercialização
 
 Fluxo menor de comercialização
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FIGURA 11 – Fluxo de Comercialização entre o Mercado Regional e São Paulo/Paraná. Goiânia - 2002.
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VII – LITERATURA CONSULTADA
ANDRADE, C. L. L.; VIEIRA, R. F.; SAMPAIO, F. C. Plantas e Saúde – Guia introdutório a fitoterapia. Brasília – DF. Governa do Distrito Federal. 1992. 88 p.
CALHEIROS, R. S. M. Hortelã In: GLOBO RURAL. Ano 10, nº 109, pág. 19. Nov./04.
CARVALHO, S. M.; FERREIRA, D. T. Santa Bárbara contra vaquinha. In: Ciência Hoje. São Paulo – SP. v.11, nº 65, p. 65-67. Ago/1990.
CLARK, R. J.; MENARY, R. C. Variations in composition of peppermint oil in relation to production areas. In: ECONOMIC BOTANIC. 35:59-69. 1981
CLARK, R. J.; MENARY, R. C. The effect of irrigation and nitrogen on the yield and composition of Peppermint Oil (Mentha piperita L.). In: AUSTRALIAN JOURNAL OF AGRICULTURAL RES. 31: 489-98. 1980.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DE SOLOS DE GOIÁS. Recomendações de Corretivos e Fertilizantes para Goiás - 5a Aproximação. Goiânia - GO. Informativo Técnico no 01. UFG/EMGOPA. 1988.101 p.
CORREA JR., Cirino; MING, Lin Chau; SCHEFFER, Marianne Christina. Cultivo de Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas. Curitiba-PR. EMATER-PR.1991.162 p.
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FUJI, T. Qualidade e abastecimento de plantas medicinais. In: I JORNADA CATARINENSE DE PLANTAS MEDICINAIS - RESUMOS. Anais. Tubarão-SC. Setembro/1998.
FURLAN, M. R. Cultivo de Plantas Medicinais. Cuiabá-MT. SEBRAE/MT. Coleção Agroindústria.1998.137 p.
HOSPITAL DE MEDICINA ALTERNATIVA, Como Utilizar Plantas Medicinais. Goiânia – GO. SUDS-GO/Pref. Municipal de Goiânia.1992.74p.
JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA, Horto Medicinal do Cerrado. Brasília – DF. 1988. 26 p.
JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA, Jardim de Cheiros – Plantas Medicinais. Brasília – DF. 1988. 36 p.
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MAIA, N. B. . HORTELÃ. Campinas - SP. IAC. Mimeografado. 1996. 3p.
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MATTOS, Jean Kleber de Abreu. Plantas medicinais – Aspectos agronômicos. Brasília – DF. Edição do autor. 1996.51 p.
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SIMÕES, Cláudia Maria Oliveira: MENTZ, Lílian Auler; Schenkel, Eloir Paulo; IRGANG, Bruno Edgar; STEHMANN, João Renato. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul.Porto Alegre: Editora da Universidade.Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.1986. 174 p.
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VIII – APÊNDICES
APÊNDICE 01 – Produtividade de algumas Plantas Medicinais utilizadas no Hospital de Medicina Alternativa – Março e Abril/94.
	ORD
	NOME COMUM 
NOME CIENTÍFICO
	PRODUTIVIDADE
 PÓ Kg/há PV t/ha
	01
	AÇAFRÃO – Curcuma longa L.
	3.040
	40,0
	02
	acariçoba – Hydrocotille umbelata L.
	1.225
	28,003
	ALHO – Allium sativum L.
	3.040
	8,00
	04
	BABOSA - Aloe vera L.
	644
	20,0
	05
	PATA DE VACA – Bauhinia variegata L.
	348
	2,0
	06
	PEGA – PINTO – Alternanthera ficoidea
	2.350
	28,0
	07
	QUEBRA – PEDRA - Phyllanthus niruri L.
	677
	4,0
APÊNDICE 02 – Plantas Medicinais Exóticas.
	ORD
	NOME COMUM
	NOME BOTÂNICO
	01
	Cipó Uva
	Arrabidaea brachypoda
	02
	Alfavacão
	Ocimum gratissimumTipo Timol
	03
	Alfavacão
	Ocimum gratissimumTipo Eugenol
	04
	Manjericão
	Ocimum basilicum
	05
	Alcanfor
	Artemísia camphorata
	06
	Alcanfor Roxo
	Mentha citrata
	07
	Hortelã de Cozinha
	Mentha x vilosa
	08
	Hortelã Pimenta
	Mentha piperita
	09
	Vick
	Mentha rotundifolia
	10
	Hortelã Japonesa
	Mentha arvensis
	11
	Poejo
	Mentha pulegium
	12
	Insulina Natural
	
	13
	Aswagandha
	Withania sonnifera
	14
	Erva de São João
	Hypericum perforatum
	15
	Melissa
	Melissa officinalis
	16
	Arnica Européia
	Arnica Montana
	17
	Açafrão
	Curcuma longa L.
	18
	Açafrão Verdadeiro
	Crocus sativus
APÊNDICE 03 – Plantas Medicinais do Cerrado.
	ORD
	NOME COMUM
	NOME BOTÂNICO
	01
	Aroeira
	Myracrodruon urundeva
	02
	Algodãozinho do Cerrado
	Cochlospernum regium
	03
	Arnica do Cerrado
	Lychnophora ericoides
	04
	Assapeixe Branco
	Vernonia polyantes
	05
	Barbatimão
	Stryphnodendron adstringens
	06
	Baru
	Dipterix alata
	07
	Carapiá
	Dorstenia asaroides/Dorstenia cayapia
	08
	Catuaba
	Anemopaegma arvense
	09
	Copaíba
	Copaifera langsdorffi
	10
	Cumaru
	Amburana cearensis
	11
	Faveiro
	Dimorphandra molis/Dimorphandra gardneriana
	12
	Ipê Roxo
	Tabebuia impetiginoso
	13
	Ipeca
	Cephaelis ipecacuanha
	14
	Mamacadela
	Brosimum gaudichaudii
	15
	Mulungu
	Erytrina mulungu
	16
	Nó de Cachorro
	Heteopteris aphrodisiaca
	17
	Pacari
	Lafoencia pacari
	18
	Pé de Perdiz
	Croton antissifiliticum/Croton goyanensis
	19
	Sangra D’água
	Croton urucurana
	20
	Sucupira Branca
	Pterodon emarginatus
XII - ANEXOS
ANEXO 01 – Relação de Plantas Companheiras e Antagônicas.
	ORD
	CULTURAS BENEFICIADAS
	PLANTAS COMPANHEIRAS
	PLANTAS ANTAGÔNICAS
	1
	Abóbora
	1) milho, vagem, acelga, taioba, chicória, amendoim.
2) nastúrcio, abobrinha.
	Batata
	2
	Alface
	1) cenoura, rabanete, morango, pepino, alho-porró, beterraba, rúcula, abobrinha
	Salsa, girassol.
	3
	Alho – porro
	1) cenoura, tomate, salsa
2) cebola, alho.
	4
	Aspargo
	1) tomate, salsão, manjericão,
2) mal-me-quer
	Cebola, alho, gladíolo
	5
	Bardana
	1) funcho
2) cenoura
	
	6
	Batata
	1) tomate, milho, repolho, rábano, favas, ervilha, cereja, 
2) alho, berinjela (isca), urtiga, raiz forte, cravo de defunto
3) caruru
	Abóbora, pepino, girassol, tomate, maçã, framboesa, abobrinha.
	7
	Berinjela
	1)feijão, vagem
	
	8
	Beterraba
	1)couve, rábano, alface, nabo, vagem.
2) cebola
	Vagem
	9
	Café
	1) seringueira, 
	Kiri
	10
	Cebola
	1) beterraba, couve, morango, camomila, tomate, segurelha, alface
2) caruru
	Ervilha, feijão
	11
	Cebolinha
	1) cenoura
	Ervilha, feijão
	12
	Cenoura
	1) ervilha, alface, manjerona, feijão, rabanete, tomate, cebola, bardana, alho-porró, sálvia, alecrim
	Endro
	13
	Couve
	1) cebola, batata, salsão, beterraba, camomila, hortelã, endro
2) artemísia, sálvia, alecrim, menta, tomilho, losna
	Framboesa, tomate, vagem
	14
	Couve- chinesa
	1) vagem
	
	15
	Couve-flor
	1) salsão
	
	16
	Ervilha
	1) cenoura, pepino, rabanete, milho, nabo, feijão, abóbora, couve-rábano, milho-doce
	Cebola, gladíolo, batata, alho
	17
	Espinafre
	1) morango, feijão, beterraba, couve-flor
	18
	Feijão
	1) milho, batata, cenoura, pepino, couve-flor, repolho, couve, petúnia, ervas aromáticas
2) alecrim, Segurelha, nabo
	Alho-porró, funcho, alho, cebola, salsão, gladíolo
	19
	Feijões arbustivos
	1) girassol, batata, pepino, milho, salsão
2)segurelha
	Cebola, alho, tomate, funcho, beterraba, couve-rábano, girassol
	20
	Frutíferas
	1) Tanjais, nastúrcio
	
	21
	Girassol
	1) pepino, feijão
	Batata
	22
	Laranjeiras
	1) seringueira, goiabeira
	
	23
	Maxixe
	1) quiabo, milho
	
	24
	Milho
	1) batata, nabo, ervilha, feijão, pepino, trigo, abóbora, melão, melancia, rúcula, rabanete, quiabo, maxixe, mostarda, feijão de porco, serralha, moranga.
2) girassol
3) beldroega, caruru
	Gladíolo
	25
	Mostarda
	1) milho
	
	26
	Morango
	1) espinafre, alface, tomate, feijão-branco, borragem
	Repolho, funcho, couve
	ORD
	CULTURAS BENEFICIADAS
	PLANTAS COMPANHEIRAS
	PLANTAS ANTAGÔNICAS
	27
	Nabo
	1) ervilha, milho.
2) alecrim, hortelã
	Tomate
	28
	Pepino
	1) girassol, feijão, milho, ervilha, alface
2) rabanete
	Batata, ervas aromáticas, sálvia
	29
	Quiabo
	1) milho
	
	30
	Rabanete
	1) ervilha, pepino, agrião, cenoura, espinafre, vagem, chicória, cerefólio, milho
	Acelga
	31
	Repolho, brócolis
	1) ervas aromáticas, batata, salsão, beterraba, alface
2) nastúrcio, hortelã, estragão, cebola, cebolinha
	Morango, tomate, vagem, manjerona
	32
	Rúcula
	1) chicória, vagem, couve-rábano, milho, alface
	Salsa
	33
	Salsa
	1) tomate, aspargo
	Alface, rúcula
	34
	Salsão
	1) alho-porró, tomate, couve-flor, repolho, feijão arbustivo, couve
	35
	Serralha
	1) tomate, cebola, milho
	
	36
	Taioba
	1) abóbora
	
	37
	Sorgo
	
	Gergelim, trigo
	38
	Tomate
	1) cebola, cebolinha, salsa, cenoura, calêndula, serralha, erva cidreira.
2) malmequer, urtiga, menta, nastúrcio, manjericão, cravo de defunto, borragem
	Couve-rábano, batata, feijão, funcho, repolho, pepino, 
	39
	Vagem
	1) milho, Segurelha, abóbora, rúcula, chicória, acelga
2) rabanete
	Cebola, beterraba, girassol, couve-rábano.
1) - Favorece o crescimento e acentua o sabor.
2) - Repele pragas.
3) - Ajuda a recompor o solo.
ANEXO 02 - Microorganismos utilizados no controle biológico de pragas.
	AGENTE BIOLÓGICO
	PRAGA CONTROLADA
	MODO DE APLICAÇÃO
	Metarhizum anisophiae
	- Cigarrinha da folha de cana-de-açúcar
- Broca dos citrus
- Lagartas
	Fungo é pulverizado sobre o corpo do inseto.
	Beauveria bassiana
	- Moleque da bananeira
- Coleópteros
	Colocar o fungo como isca em forma de pasta.
	Insectorum sporothrix
	Percevejos
	Pulverizar sobre o corpo do inseto.
	Baculovirus anticarsia
	- Lagarta da soja
	Pulverizar sobre o corpo do inseto.
	Baculovirus spodoptera
	- Lagarta do cartucho do milho.
	Pulverizar sobre o corpo do inseto.
	Vírus Granulose
	- Mandarová da mandioca
	Pulverizar sobre o corpo do inseto.
	Deladendus siridicola
(Nematóide)
	- Vespa da Madeira
	Injetado em forma de gelatina esteriliza a vespa.
	Bacillus thuringiensis
(Bactéria)
	- Lagartas desfolhadoras
	Pulverizar sobre o corpo do inseto.
 Sem laudo
 Com laudo
AGENCIARURAL
Horto Medicinal - CENTRAR
NOME COMUM: Carqueja LOTE: 01/2000
NOME CIENTÍFICO: Baccharis trimera Less.
PARTE DA PLANTA: Folha ( pedaços)
PRODUTOR: João Carlos Mohn Nogueira
PROP.: Centrar MUNICÍPIO: Goiânia - GO
DATA: COLHEITA: 23/05/00 FINAL SECAGEM: 29/05/00
VALIDADE: 29/05/2002
Consumidor
final
Farmácias
de
Manipulação
Atacadistas
de
Goiânia
Produtores
Rurais
Extratores
Bancas/
Ambulante
(Raízeiros)
Atacadistas/
Distribuidores 
de São Paulo 
e Paraná
Exterior ou
outros Estados 
0,50 a 0,8 0 m
Ate 1, 0 m
ATACADISTAS
SÃO PAULO
PARANÁ
PRODUTORES
EXTRATIVISTAS
FARMÁCIAS
_1282727838.bin

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