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Apostila olericultura revisada

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ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
UNOESC 
ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 
CURSO: AGRONOMIA 
 DISCIPLINA: OLERICULTURA 
 
 CULTIVO DE OLERICULAS
 Engenheiro Agr. M.Sc Cirio Parizotto
Campos Novos, 2015 
1 
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – 
CULTIVO DE OLERICULAS 
M.Sc Cirio Parizotto 
 
 
 
2 
 
SUMARIO 
1. INTRODUÇÂO 7 
1.1. DEFINIÇÃO 
 
7 
1.2. IMPORTÂNCIA DA OLERICULTURA 
 
11 
2. TIPOS DE HORTAS 
 
15 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS (Filgueiras, 2007). 15 
3.1. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DAS HORTALIÇAS 
 
15 
4. FATORES AMBIENTAIS 16 
4.1. TEMPERATURA 
 
16 
4.2. LUZ 
 
16 
4.3. UMIDADE 
 
16 
5. LOCALIZAÇÃO E ESCOLHA DA ÁREA 
 
17 
5.1. LOCALIZAÇÃO DE UMA HORTA 
 
17 
5.2. CARACTERÍSTICAS DO TERRENO 
 
17 
6. PRODUÇÃO DE MUDAS 
 
17 
6.1. EM SEMENTEIRAS 
 
17 
6.2. EM TORRÕES 
 
18 
6.3. SUBSTRATO 
 
18 
6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJAS 
 
19 
6.5. IRRIGAÇÃO NAS BANDEJAS 
 
20 
6.6. TRANSPLANTE 
 
20 
7. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA (ASSEXUAL) 
 
21 
8. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E CALAGEM 
 
21 
9. TRATOS CULTURAIS EM OLERÍCOLAS 
 
23 
10. CULTIVO AGROECOLÓGICO DE OLERÍCOLAS 
 
27 
10.1. HISTÓRICO 
 
27 
10.2. PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA 
 
29 
10.3. HISTÓRICO E CORRENTES DA AGRICULTURA ALTERNATIVA, 
SUSTENTÁVEL 
 
30 
10.4. QUALIDADE DOS ALIMENTOS AGROECOLÓGICOS 
 
31 
10.5. MANEJO AGROECOLÓGICO DO SOLO 
 
34 
10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANISMOS 
 
34 
10.7. CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS 
 
36 
10.8. ROTAÇÃO DE CULTURAS 
 
36 
10.9. ADUBAÇÃO VERDE/COBERTURA DO SOLO 
 
37 
10.10. COMPOSTAGEM 
 
38 
10.11. BIOFERTILIZANTES 
 
40 
10.12. TRATAMENTO HIDROTÉRMICO 
 
41 
11. BATATA 
 
42 
11.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
42 
11.2. CULTIVARES 
 
42 
11.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
42 
11.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
43 
11.5. TRATOS CULTURAIS 
 
43 
11.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
44 
11.7. PRAGAS E DOENÇAS 
 
44 
11.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
45 
12. CULTURA DO TOMATE 
 
49 
 
 
 
3 
 
12.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
49 
12.2. CULTIVARES (CINCO GRUPOS) 
 
49 
12.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
51 
12.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
51 
12.5. TRATOS CULTURAIS 
 
53 
12.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
54 
12.7. PRAGAS E DOENÇAS 
 
54 
12.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
60 
13. PIMENTÃO 
 
60 
13.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
60 
13.2. CULTIVARES 
 
60 
13.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
61 
13.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
61 
13.5. TRATOS CULTURAIS 
 
62 
13.6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
62 
13.7. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
66 
13.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
66 
14. ALFACE 
 
67 
14. 1. CULTIVARES 67 
14.2. ÉPOCA DE TRANSPLANTE 
 
70 
14.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
70 
14.4. TRANSPLANTE 
 
71 
14.5. TRATOS CULTURAIS 
 
71 
14.6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
72 
14.7. COLHEITA 
 
75 
15. CHICÓRIA 
 
76 
16. ALMEIRÃO 
 
76 
17. FEIJÃO-DE-VAGEM 
 
77 
17.1. NECESSIDADES CLIMÁTICAS 
 
77 
17.2. CULTIVARES DE FEIJÃO-DE-VAGEM 
 
78 
17.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
80 
17.4. ÉPOCA DE PLANTIO 
 
80 
17.5. TRATOS CULTURAIS 
 
81 
17.6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
82 
17.7. COLHEITA 
 
84 
18. ERVILHA 
 
85 
18.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
85 
18.2. CULTIVARES 
 
85 
18.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
85 
18.4. TRATOS CULTURAIS 
 
86 
18.5. DOENÇAS E PRAGAS 
 
86 
18.6. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
87 
19. CULTURAS: REPOLHO, COUVE-FLOR E BRÓCOLO 
 
87 
19.1. NECESSIDADES CLIMÁTICAS 
 
87 
19.2. CULTIVARES 
 
87 
19.3. ÉPOCA DE PLANTIO 
 
89 
19.4. PREPARO DO SOLO, CALAGEM E ADUBAÇÃO 
 
90 
19.5. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
90 
 
 
 
4 
 
19.6. TRATOS CULTURAIS IMPORTANTES 
 
90 
19.7. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
91 
19.8. PRAGAS E DOENÇAS DAS BRÁSSICAS 
 
92 
19.9. COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM 
 
97 
20. RÚCULA 
 
98 
20.1. PRAGAS E DOENÇAS 
 
98 
21. RABANETE 
 
99 
22. PEPINO 
 
100 
22.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
100 
22.2. CULTIVARES 
 
101 
22.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
102 
22.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
102 
22.5. TRATOS CULTURAIS 
 
102 
22.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
102 
22.7. PRAGAS E DOENÇAS DO PEPINO 
 
103 
22.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
105 
23. MELANCIA 
 
106 
23.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
106 
23.2. CULTIVARES 
 
106 
23.3. SOLO E ADUBAÇAO 
 
110 
23.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
110 
23.5. TRATOS CULTURAIS 
 
110 
23.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
110 
23.7. PRAGAS E DOENÇAS 
 
111 
23.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
112 
24. MELÃO 
 
112 
24.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
112 
24.2. CULTIVARES 
 
112 
24.3. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
114 
24.4. TRATOS CULTURAIS 
 
114 
24.5. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
114 
24. 6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
114 
24.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
114 
25. ABÓBORAS E MORANGAS 
 
115 
25.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
115 
25.2. CULTIVARES 
 
115 
25.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
118 
25.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
118 
25.5. TRATOS CULTURAIS 
 
119 
25.6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
119 
25.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
119 
26. CENOURA E BETERRABA 
 
120 
26.1. NECESSIDADES CLIMÁTICAS 
 
120 
26.2. CULTIVARES 
 
120 
26.3. ÉPOCA DE PLANTIO 
 
122 
26.4. PREPARO DO SOLO, CALAGEM E ADUBAÇÃO 
 
122 
26.5. TRATOS CULTURAIS 
 
124 
26.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
 
125 
 
 
 
5 
 
26.7. PRAGAS E DOENÇAS DA CENOURA E DA BETERRABA 
 
126 
26.8. COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM 
 
129 
27. BATATA SALSA/ MANDIOQUINHA-SALSA 
 
131 
27.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
131 
27.2. CULTIVARES 
 
131 
27.3. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E PLANTIO 
 
131 
27.4. PRAGAS E DOENÇAS 
 
133 
27.5. COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM 
 
135 
28. CEBOLA 
 
136 
28.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
136 
28.2. CULTIVARES 
 
137 
28.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
138 
28.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
138 
28.5. TRATOS CULTURAIS 
 
139 
28.6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
139 
28.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
144 
29. ALHO 
 
145 
29.1. CLIMA, ÉPOCA DE PLANTIO E VERNALIZAÇÃO 
 
145 
29.2. CULTIVARES 
 
145 
29.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
146 
29.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
146 
29.5. TRATOS CULTURAIS 
 
147 
29.6. PRAGAS E DOENÇAS 
 
147 
29.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 
 
149 
30. PLASTICULTURA 
 
149 
30.1. CULTIVO PROTEGIDO 
 
149 
30.2. INSTALAÇÃO 
 
149 
30.3. MANEJO DOS ABRIGOS 
 
150 
30.4. TIPOS DE ABRIGOS 
 
153 
31. PLANTAS BIOATIVAS 
 
155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
APRESENTAÇÃO 
 
As informações contidas neste material didático sobre olericultura foram obtidas através de 
uma revisão bibliográfica, dando-se ênfase aos trabalhos técnicos produzidos em Santa 
Catarina. Tem como objetivo disponibilizar aos acadêmicos e profissionais da Agronomia 
informações técnicas das principais olerícolas cultivadas em SC. Os temas tratados fazem 
parte da ementa da disciplina Olericultura oferecida no curso de Agronomia da 
UNOESC/Campos Novos. 
Na parte geral são abordados o histórico da olericultura no Brasil, a importância econômica, 
social e valor alimentar, os fatores climáticos, a escolha do local, preparo e correção do solo. 
Na parte específica, envolve o estudo das principais espécies de valor econômico no Sul do 
Brasil (batata, tomate, pimentão, alface, chicória, almeirão, repolho, couve-flor, repolho, 
brócoli, rúcula, rabanete, feijão-vagem, ervilha, moranga, abóbora, pepino, melancia, melão, 
cenoura, mandioquinha-salsa, beterraba, alho e cebola), sua propagação, tratos culturais, 
pragas/doenças,colheita e conservação. São abordados, também, os temas plasticultura e 
plantas bioativas. 
Para facilitar a aprendizagem incluiu-se uma série de figuras ilustrativas tornando o texto 
mais atrativo e próximo da realidade enfrentada pelos profissionais da Agronomia em nível 
de campo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÂO 
 
1.1. DEFINIÇÃO 
 
DO LATIM 
 
Oleris – hortaliça + Colere – cultivar 
 
É o ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécie de 
plantas, comumente conhecidas como hortaliças e que engloba culturas folhosas, raízes, 
bulbos, tubérculos e frutos diversos. Refere à ciência aplicada ao estudo da agrotecnologia 
de produção de culturas oleráceas, ministrado nos cursos de agronomia (FILGUEIRA, 
2007). 
 
Características das hortaliças: ciclo biológico curto; não-lenhosa; tratos culturais intensivos; 
cultivo em áreas menores, em relação às grandes culturas e utilização na alimentação 
humana, sem exigir preparo industrial. 
 
É uma atividade agronômica intensiva de alta densidade econômica, com uso contínuo do 
solo com vários ciclos em seqüência. 
 
ESQUEMA DIDÁTICO ADOTADO NO BRASIL E EM OUTROS PAÍSES 
 
HORTICULTURA 
Olericultura : hortaliças 
Fruticultura: fruteiras 
Floricultura: flores 
Jardinocultura: plantas ornamentais 
Viveiricultura: mudas em geral 
Cultura de plantas condimentares 
Cultura de plantas medicinais 
Cultura de cogumelos comestíveis 
 
1.2. IMPORTÂNCIA DA OLERICULTURA 
 
• ECONÔMICA 
• SOCIAL 
• NUTRACÊUTICA 
 
1.2.1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
• Produção mundial de olerícolas – 89 milhões de ha, com produção de 1,4 bilhões de 
toneladas, sendo a batata a hortaliça mais cultivada, com produção de 308 milhões de 
toneladas; 
• Em 2002, no Brasil foram cultivados 806,9 mil ha de hortaliças, com produção de 15, 7 
milhões de toneladas, sendo a maior área também a batata com 153 mil ha e produção 
de 2,9 milhões de toneladas; 
• Tomate – hortaliça mais consumida no Brasil, com área de 62 mil ha e produção de 3,5 
milhões de toneladas; 
• Cebola – segunda olerícola em volume de produção com 1,1 milhões de toneladas. 
• No Brasil a olericultura avançou a partir da década de 40. A participação oficial ocorreu a 
partir de 1948 com a criação da EMATER-MG e em 1956 a ACARESC-SC. 
 
 
 
8 
 
• Em 1961 foi fundada a Sociedade de Olericultura do Brasil – SOB, atualmente 
“Associação Brasileira de Horticultura”. Realiza congressos anuais e publica a revista 
técnico-científica “Horticultura Brasileira”. 
• Década de 70 – implantação dos CEASAS pelo governo federal. 
• A década de 80: criação da EMBRAPA/DF). 
• Na última década, acentuou-se a implantação dos sistemas de cultivo protegido e 
hidroponia. 
 
Figura 1. Brasil Comercio Internacional de Hortaliç as, 2000-2008. 
 
 
Fonte: IBGE: Importação e exportação 
 
Tabela 2. Situação do Alho no Brasil e nos Estados, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Tabela 3.Brasil,Situação da cebola no Brasil, 2009. 
 
 
 
Tabela 4. Situação das hortaliças no Brasil, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Tabela 5. Situação da produção de Batata, 2001-2010. 
 
 
 
 
Tabela 7. Batata – Área plantada, produção e rendimento obtidos – Safra 2006/07 (*) 
 
BATATA Área plantada 
(ha) 
Produção colhida 
(t) 
Rendimento obtido 
(kg/ha) 
Principais microrregiões de SANTA 
CATARINA 
7.379 101.454 13.749 
BRASIL 143.218 3.393.957 23.698 
Fonte:IBGE Elaboração: Epagri/Cepa - (*) Dados sujeitos a modificações. 
 
Tabela 8. Cebola – Área plantada, produção e rendimento obtidos – Safra 2006/07 (*) 
 
CEBOLA 
Área plantada 
(ha) 
Produção 
estimada (t) 
Rendimento 
previsto (kg/ha) 
Principais microrregiões de SANTA 
CATARINA 
21.045 436.502 20.741 
BRASIL 62.648 1.302.326 20.788 
Fonte:IBGE Elaboração: Epagri/Cepa - (*) Dados sujeitos a modificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Tabela 9. Tomate – Área plantada, produção e rendimento – Safra 2006/07 (*) 
 
TOMATE Área plantada (ha) 
Produção 
(t) 
Rendimento 
obtido (kg/ha) 
Principais municípios produtores de SANTA CATARINA 
(Caçador, Palhoça, Águas Mornas, Santo Amaro, Anitápolis 
Urubici, Rancho Queimado, Bom Retiro, Lebon Regis, São 
Pedro de Alcântara) 
2.127 118.779 - 
BRASIL 56.835 3.364.438 59.197 
Fonte:IBGE Elaboração: Epagri/Cepa - (*) Dados sujeitos a modificações. 
 
1.2.2. IMPORTÂNCIA SOCIAL 
Uso intensivo de mão-de-obra, diminuindo o desemprego e o êxodo rural; 
• Em SC milhares de famílias dependem dessa atividade; 
• Terapia ocupacional; 
• Educacional. 
 
1.2.3. IMPORTÂNCIA NUTRACÊUTICA 
 
NUTRICIONAL 
• São ricas em vitaminas sais minerais, com bom teor de carboidratos, proteínas e 
fibras. 
• Vitaminas: A, C, B, E, K; 
• Sais minerais: cálcio, ferro. 
 
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
• São produtos alimentares que fornecem benefícios específicos à saúde, superiores 
aos nutrientes tradicionais que contêm; 
• Composto responsável pela ação biológica contida nos alimentos. 
 
Tabela 10. Produtos Funcionais: qualidade medicinal dos alimentos 
Benefícios dos temperos 
Alcaparra Excelente para abrir o apetite, graças ao ácido cáprico que contém. 
Alecrim Alivia as funções hepáticas e tem propriedades anti-sépticas e estimulantes, facilita a digestão de gordura. 
Alfavaca Tem propriedades tônicas, anti-sépticas e digestivas 
Alho Desinfetante e anti-séptico poderoso, é eficaz contra vermes e prisão de ventre 
Alho-porró Afrodisíaco; possui propriedades digestivas 
Canela Estimulante, digestivo e anti-séptico 
Cebola Rica em vitamina C, é anti-séptica, estimulante, diurética, digestiva e purificadora do sangue 
 
 
 
12 
 
Cebolinha-verde Rica em vitaminas A e C 
Coentro É digestivo e purifica o sangue 
Cravo-da-Índia É estimulante, excitante, digestivo e reduz dores de dente e mau-hálito 
Curry Estimula a digestão e desinfeta o intestino 
Erva-cidreira Antiespasmódica, digestiva e calmante 
Erva-doce Estimula o apetite, contra cólicas do estômago e azias 
Gengibre É um poderoso estimulante do estômago e da atividade cerebral. Tem também propriedades anti-sépticas 
Gergelim Ajuda a prevenir a prisão de ventre, é rico em ácidos graxos Ômega-3 
Hortelã É diurética, ótima para superar gripes e má digestão 
Louro Combate a prisão de ventre 
Manjerona Anti-séptico, estimula o apetite e facilita a digestão 
Noz-moscada É digestiva, atenua náuseas e vômitos, age contra a anemia e diarréia crônica 
Orégano Ajuda a curar tosses, enxaqueca por “nervoso” e irritação 
Raiz-forte É anti-séptica, laxativa e extremamente diurética. 
Salsa É rica em vitaminas A,B e C 
Sálvia É adstringente, tônica e estimulante da digestão 
Urucum É adstringente e rico em vitamina C 
Pimenta-vermelha Alivia doenças respiratórias e estimula a digestão 
Componentes bioativos e seus benefícios 
Alimentos Composto Bioativo Benefícios 
Acelga Kaempferol Anticoagulante, antialérgico, diurético, antiinflamatório, 
combate viroses 
Alho, alho-porró Kaempferol, alicina, allium Anticoagulante, ajuda a prevenir o câncer, protege o fígado, 
antialérgico, analgésico, combate viroses, diurético, 
antiinflamatório, antioxidante, previne o diabetes, estimula o 
sistema imunológico, reduzo colesterol, dissolve gorduras e 
combate fungos. 
Berinjela Licopeno, ácido linoléico, 
antiácinas 
Auxilia na prevenção do câncer, antidepressivo, analgésico, 
reduz o colesterol, estimula o sistema imunológico. 
Brócolis, repolho, 
couve, couve-flor 
Indóis, isotiocianatos Descongestionante, previne câncer, combate viroses, 
antiinflamatório, protege o fígado, antibiótico, combate 
fungos, anticoagulante, reduz o colesterol, combate a dor 
muscular, diminui a pressão arterial, analgésico. 
 
 
 
13 
 
Cacau, chocolate 
amargo, chocolate ao 
leite 
Epicatequina, catequina Proteção antioxidante para o LDL (mau colesterol), 
prevenção de doenças cardíacas, presente em maior 
quantidade no chocolate amargo. 
Chá verde Polifenóis (catequinas)Anticancerígeno 
Cebola Kaempferol, aliína, alicina, 
flavonóides 
Previne doenças cardiovasculares, antialérgico, antibiótico, 
antiinflamatório, antioxidante, dissolve gorduras. 
Cenoura, abóbora Kaempferol, licopeno, 
quercitina, betacaroteno 
Antialérgico, antibiótico, antiinflamatório, combate a dor 
muscular, anestésico, auxilia no tratamento do câncer de 
mama, bexiga e próstata, laxante, combate viroses, 
antioxidante, reduz o colesterol, vasodilatador, previne a 
catarata, trata a asma. 
Cereais integrais 
(Aveia) 
Fibra solúvel, beta-
glucano 
Redução da taxa de colesterol e LDL, redução do risco de 
câncer de cólon. 
Ervilha Ácido gentisíco, ácido 
fítico, ácido salicílico 
Analgésico, antiinflamatório, tratamento do reumatismo, 
antibiótico, combate viroses, tratamento do cálculo renal, 
diminui a pressão arterial, reduz o colesterol. 
Espinafre Kaempferol, quercitina, 
glutationa, rutina 
Combate e previne a hepatite, ajuda a evitar o câncer, 
antioxidante, tratamento de inflamações na pele, contar dores 
musculares, anticoagulante, analgésico, estimula sistema 
imunológico. 
Frutas Cítricas Terpenos, limonóides, 
cumarinas, hesperidina 
Estimula a produção de enzimas anticancerígenas. 
Grão-de-bico, feijão, 
lentilha 
Genisteína, daidzeína Ação similar à do hormônio estrogênio, contra fungos, 
combate a dor muscular, antiinflamatório, antibiótico. 
Iogurte Bífido, Bactérias, 
Lactobacilos 
Combate o colesterol alto, auxilia na prevenção do câncer de 
intestino, pressão arterial. 
Limão, lima, laranja Limonóide Reduz o colesterol, ajuda a prevenir o câncer de cólon, mama 
e pulmão. 
Linhaça Lignanas Reduz a probabilidade de câncer induzido pelo hormônio 
estrogênio. 
Maçã Ácido benzóico, 
flavonóides, rutina, 
pectina 
Previne doenças cardiovasculares, antibiótico, 
antiinflamatório, fortalece artérias e veias, diurético, 
anestésico, expectorante. 
Morango D-catequina, ácido elágico Antiinflamatório, antioxidante ajuda a evitar o câncer, estimula 
o funcionamento do coração. 
Pêssego Licopeno, quercitina Antioxidante, anticoagulante, estimula o funcionamento da 
insulina, tratamento da asma. 
Pimenta Vermelha Capsaicina Protege o Ácido Ribonucléico (ARN) contra substancias 
carcinogênicas, artrite e asma. 
Raiz de 
chicória,aspargo, 
Oligossacarídeo Reduz constipação, colesterol, pressão arterial, toxinas 
intestinais. 
 
 
 
14 
 
banana, tomate, alho 
Salmão, Arenque, 
Atum, Sardinha, 
Linhaça 
Ácido Ômega-3 Reduz o colesterol, combate triglicerídeos, dissolve placas de 
gorduras, auxilia no tratamento e prevenção de câncer de 
mama e hipertensão. 
Soja Genisteína, daidzeína Diminui a retenção de liquido no corpo, combate cálculo 
renal, ajuda a evitar o câncer, vasodilatador, antibiótico, 
tratamento de reumatismo, ação similar à do hormônio 
estrogênio, combate fungos, combate o colesterol, câncer de 
mama e osteoporose. 
Tomate, melancia, 
goiaba 
Licopeno Tratamento e prevenção do câncer de bexiga, mama e 
próstata, reduz o colesterol e a pressão arterial, ação 
antioxidante. 
Uva e vinho D-quercitina, compostos 
fenólicos, flavonóides, 
resveratrol 
Anticoagulante, anticarcinogênicco, antiviral, reduz o 
colesterol, estimula o coração, antioxidante. 
FONTE: STÜRMER, 2002. 
• O tomate é vermelho porque possui um fitonutriente, chamado licopeno, que lhe atribui 
essa cor. O licopeno é responsável por benefícios ao nível do organismo, notadamente, 
na prevenção das doenças cardiovasculares. O licopeno impede a oxidação do mau 
colesterol, o LDL, que é responsável pela formação de placas de gordura no sangue e 
conseqüente ocorrência de enfartes do miocárdio e acidentes cardiovasculares. 
• Os pimentões de cores fortes possuem alto teor de bioflavonóides, pigmentos vegetais 
que ajudam a prevenir contra o câncer, de ácidos fenólicos que inibem a formação de 
nitrosaminas cancerígenas e de esterol vegetal, precursor da vitamina D, que parece 
proteger contra o câncer. 
• As alfaces e outras verduras de coloração mais intensa também contêm um alto teor de 
bioflavonoides, pigmentos vegetais conhecidos por trabalharem com a vitamina C e 
outros antioxidantes para prevenir danos às células causadoras de câncer. 
• A couve-flor possui quantidade apreciável de sais minerais importantes que atuam na 
formação dos ossos, dentes e sangue e, entre eles, estão o Cálcio, Fósforo e o Ferro. 
Além disso, apresenta vitaminas do Complexo B (B2 e B5) que tem por funções evitar 
problemas de pele, do aparelho digestivo, são essenciais ao crescimento e evitam a 
queda dos cabelos. Alimento protetor muito rico em vitamina A, a couve-flor é 
recomendada nos casos de desnutrição, debilidade geral e convalescença. As suas 
folhas verdes são muito eficazes no combate às anemias. 
• O brócoli é um vegetal muito rico em Cálcio e Ferro, minerais importantes para a 
formação e manutenção de ossos e dentes e à integridade do sangue; possui ainda 
vitamina A, indispensável à boa visão e à saúde da pele; e vitamina C, que se perde 
durante o cozimento usual. Pesquisas realizadas revelaram que o brócoli, assim como 
outros alimentos da mesma família das brassicáceas, previne várias formas de câncer, 
incluindo os de estômago, esôfago, pulmão, faringe, útero, pâncreas e cólon. 
• Os nutrientes da rúcula são semelhantes aos da mostarda. É rica em proteínas, vitaminas 
A e C, e sais minerais, principalmente cálcio e ferro. Também é um excelente estimulante 
de apetite. 
• O pepino (Cucumis sativus) é uma hortaliça fruto refrescante em função de seu alto teor 
de água (95%). Contém pequena quantidade de vitaminas A, C, B1, B2, e de sais 
minerais. Possui beta-caroteno, folacina, cálcio, magnésio, potássio, fósforo, selênio e é 
rico em zinco, auxiliando o transporte de vitamina A no organismo. O seu valor calórico é 
baixo, em 100g contém 12 a 14 kcal, e por isso também é indicado para pessoas que 
desejam perder peso. 
 
 
 
15 
 
• A melancia é uma das frutas mais ricas em vitaminas vendidas no Brasil: vitaminas A, C, 
B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B6, B12, niacina, ácido fólico e biotina. As sementes da 
melancia são utilizadas em algumas regiões do país no preparo de uma bebida diurética 
e vermífuga, denominada orchata. 
• A beterraba tem propriedades diuréticas, são purificadoras e reguladoras das funções 
digestivas, fluidificantes da bílis, estimulam o peristaltismo (tem propriedades anti-
diarréicas quando ingerida cozida) e auxiliam na cicatrização das feridas. Consumidas 
cruas (raladas) são ideais para ajudar a combater atrasos no crescimento ou no combate 
às infecções. Quando consumida crua preserva suas propriedades nutricionais. A 
beterraba é muito rica em vitaminas e minerais. Os nutrientes se concentram mais nas 
folhas, mas a raiz também tem vitaminas A, B e C. Além disso, ela tem ainda cálcio, ferro 
e açúcar, que lhe confere o sabor adocicado, e alto teor de potássio. Ajuda no controle 
de pressão alta. 
 
 
2. TIPOS DE HORTAS 
 
TIPOS DE EXPLORAÇÃO EM OLERICULTURA SEGUNDO FILGUEIRAS, 2007. 
 
• HORTA DOMÉSTICA, RECREATIVA OU EDUCATIVA – o objetivo é a alimentação da 
família ou da comunidade. Hortaliças de alta qualidade. São hortas diversificadas, em 
pequenas áreas próximas das residências, a clubes, a escolas, a hospitais. Importante no 
ensino fundamental e como terapia. 
• EXPLORAÇÃO DIVERSIFICADA – próximas aos centros urbanos. São pequenas áreas 
com espécies diversificadas (venda direta), normalmente usa mão-de-obra familiar; 
• EXPLORAÇÃO ESPECIALIZADA – menor nº de espécies cultivadas, uso intensivo de 
insumos e máquinas em grandes áreas, utiliza mão-de-obra contratada. Ex. cebola, 
batata, melancia, melão, cenoura. Normalmente a venda é direta com os atacadistas; 
• EXPLORAÇÃO P/ FINS INDUSTRIAIS – grandes áreas mecanizadas. Ex. tomate 
rasteiro, ervilha; 
• VIVEIRICULTURA – especializada na produção de mudas das mais diversas olerícolas; 
• PRODUÇÃO DE SEMENTES BOTÂNICAS – empresas produtoras desementes 
contratam e orientam agricultores para a produção de sementes. Normalmente recebem 
os insumos; 
• PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS VEGETATIVAS - espécies de propagação assexuada 
como a batata, batata-doce, morango e alho, livres de vírus e outros patógenos. 
 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS (Filgueiras, 2007). 
 
• HORTALIÇAS-FRUTO: tomate, melancia, melão, morango, feijão-vagem; 
• HORTALIÇAS HERBÁCEAS: parte comestível acima do solo – alface, repolho, couve-
flor, brócoli; 
• HORTALIÇAS TUBEROSAS: parte comestível dentro do solo, sendo ricas em 
carboidratos – raízes (cenoura, bata-doce, rabanete e mandioquinha-salsa); tubérculos 
(batata, cará); rizomas (inhame); bulbos (alho e cebola). 
 
3.1. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DAS HORTALIÇAS 
 
BOTÂNICOS: divisões, classes, ordens, famílias, gêneros, espécies, variedades botânicas. 
• Família: reunião de gêneros semelhantes; 
• Gênero: agrupamento de espécies afins; 
• Espécie: unidade taxonômica englobando indivíduos muito similares; 
 
 
 
16 
 
• Variedade botânica: população com características peculiares, dentro de certas espécies 
oleráceas. 
 
VARIEDADE BOTÂNICA E CULTIVAR - O termo “variedade” está sendo substituído por 
“cultivar” (universal). 
 
CULTIVAR: 
• CLONE: conjunto de plantas geneticamente idênticas e originária de uma única planta-
matriz, propagada assexualmente. Ex. alho, batata, couve-manteiga, morango e 
mandioquinha-salsa; 
• LINHAGEM: grupo de plantas, com aparência muito uniforme, propagadas por via sexual, 
cujas características são mantidas por seleção. Originariamente são obtidas por 
autofecundação induzida; 
• CULTIVAR NÃO-HÍBRIDA: grupo de plantas que apresentam pequenas diferenças 
genéticas, porém mantém características agronômicas comuns; 
• CULTIVAR HÍBRIDA: conjunto de plantas altamente uniforme, de modo geral obtida pelo 
cruzamento controlado entre duas linhagens compatíveis. 
 
 
 
4. FATORES AMBIENTAIS 
 
4.1. TEMPERATURA 
 
Fator climático que maior influência exerce sobre as oleráceas. 
Temperaturas abaixo do nível ótimo podem prolongar o ciclo, ou provocar o florescimento 
prematuro, acima do nível ótimo, podem provocar perda de qualidade. Em relação à 
temperatura são classificadas em três grandes grupos: 
• Hortaliças de clima quente – exigem temperatura elevadas diurnas e noturnas, não 
toleram geadas. Ex. cucurbitáceas, bata-doce; 
• Hortaliças de clima ameno – toleram temp. mais baixas, próximas e acima de zero grau, 
suportam geadas leves. Ex. tomate, batata, moranga híbrida e alface; 
• Hortaliças de clima frio – produzem melhor sob baixas temperaturas. Toleram geadas 
pesadas. Ex. alho, cebola, beterraba e couves. 
 
4.2. LUZ 
 
• INTENSIDADE: alta maior fotossíntese e maior quantidade de matéria seca. Baixa 
intensidade provoca alongamento celular (estiolamento) sem elevação do teor de matéria 
seca = plantas frágeis e de menor produtividade; 
• FOTOPERÍODO: duração do período luminoso dentro de um dia de 24h. Afeta o 
crescimento vegetativo, floração e frutificação. Cebola e alho só formam o bulbo quando 
os dias atingirem um mínimo de horas luz. A formação de flores é afetada em certas 
cultivares de alfaces americanas e européias florescendo precocemente quando 
cultivadas no verão brasileiro. Já o morango somente floresce em dias curtos e tornando-
se vegetativo no verão. 
 
4.3. UMIDADE 
 
• As hortaliças são constituídas de mais de 90 % de água. Fator climático possível de ser 
controlado pelo olericultor. 
• Temperaturas altas e umidade elevada prejudicam as hortaliças, favorecendo o ataque 
de pragas e doenças. Temperaturas amenas e baixa umidade do ar beneficiam o 
desenvolvimento da maior parte das culturas. 
 
 
 
17 
 
 
 
5. LOCALIZAÇÃO E ESCOLHA DA ÁREA 
 
5.1. LOCALIZAÇÃO DE UMA HORTA 
 
• Fácil acesso (boas estradas); 
• Dê preferência próxima à vegetação nativa (quebra-vento, inimigos naturais); 
• Próxima à residência; 
• Próxima a mananciais d’água. 
 
5.2. CARACTERÍSTICAS DO TERRENO 
 
• DECLIVIDADE: ligeiramente inclinados ou planos, devem ser bem drenados. Inclinação 
ideal: até 6% de declive. 
• ORIENTAÇÃO: Evitar a exposição sul, se não for possível usar quebra-ventos. A área 
deve ser bem ensolarada; 
• SOLO: O ideal é o medianamente leve (areno-argiloso), permeável e de boa fertilidade. 
Evitar instalar uma horta em solos contaminados por fungos, bactérias e nematóides. 
 
 
6. PRODUÇÃO DE MUDAS 
 
6.1. EM SEMENTEIRAS 
 
Aquisição de sementes: 
• Não compre sementes a granel; 
• Observe a data de validade no rótulo; 
• Exija nota fiscal com descrição da espécie, variedade, número de lote e P.G. 
• Escolha variedades adaptadas e com boa aceitação de mercado; 
• Sanidade: as sementes podem conter na película externa fungos e bactérias e no 
seu interior vírus que não são controlados pelos agrotóxicos. A melhor maneira de 
eliminar esses agentes e melhorar a uniformidade da germinação é fazer o 
tratamento hidrotérmico. 
Após a semeadura cobrir a sementeira com: 
• Saco de aniagem; 
• Capim seco; 
• Tela de sombrite 50% (verão); 
• Cobertura com plástico transparente; 
• Outros materiais: uma camada de um cm com casca de arroz ou serragem (não 
retirar após início da germinação); 
• Regar de uma a duas vezes ao dia (no verão); 
 ●Desbastar o excesso de plantas, deixando as mais vigorosas. 
Fig. 2. Tipos de cobertura da sementeira: 
sombrite (50%), casca de arroz e serragem. 
Fonte: SILVA & DELLA BRUNA, 2009. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Figura 3. Controle de inço com papel jornal na produção de mudas de cebola EE da Epagri 
de Campos Novos/SC. 
 
 
 
 
TRANSPLANTE 
É a passagem das mudas da sementeira para a área definitiva. Normalmente transplantam-
se as mudas com quatro a seis folhas definitivas. 
PODA DE RAÍZES E FOLHAS 
• Não é recomendável, substâncias sintetizadas nas folhas auxiliam na recuperação das 
raízes; 
• Pode retardar a colheita; 
• Expõe à planta a penetração de patógenos. 
 
 
6.2. EM TORRÕES 
 
• Sacos de papel; 
• Sacos plásticos; 
• Copos descartáveis ou tubetes; 
• Bandejas de poliestireno (isopor) 
 
TIPOS DE BANDEJAS 
Nº de células Altura 
(cm) 
Principais culturas 
288 5,00 Alface, chicória 
200 6,00 Alface, brassicáceas, chicória 
128 6,20 Alface, tomate, brassicáceas, pimentão, melão, pepino 
128 9,00 Melancia 
 
As bandejas ficam dentro de um abrigo protegido dispostas a no mínimo 80 cm de altura 
para que ocorra a poda aérea das raízes (Fig. 7). 
 
6.3. SUBSTRATO 
CONVENCIONAL 
• Vermiculita expandida (30 a 40%), materiais orgânicos (turfa, casca de pinus, carvão de 
casca de arroz ou composto orgânico), fertilizantes e aditivos. 
 
AGROECOLÓGICO - SUBSTRATO CASEIRO 
• 9 partes de terra peneirada; 
 
 
 
 
• 3 partes de cama de aviário curtida e peneirada;
• 1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada;
• 200g de fosfato natural para cada 20 litros de mistura.
 
SUBSTRATO EE da Epagri (CN)
• 50% composto orgânico;
• 25% terra; 
• 25% cama de aviário ou húmus de minhoca.
 
6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJA S
 
DESINFECÇÃO DAS BANDEJAS
Logo após a retirada das mudas lavar as bandejas e aplicar água sanitária a 5% ou, 
preferencialmente, sulfato de cob
 
SEMEADURA 
• Duas a três sementes por célula ou uma peletizada;
• Profundidade – 3 a 5 mm, cobrir com o próprio substrato;
• No inverno, após semeadura cobrir as bandejas com estopa ou deixá
o início da germinação; 
• As bandejas devem permanecer em abrigos protegidos;
 
REPICAGEM 
Sementes não peletizadas aproveita
bandeja. Deve ser feita quando tiver uma folha definitiva.
 
 
 
 
Fig 6.Produção de alface em
Fig 7. Bandejas suspensas em estrados.
Fig. 4. Semeadura de hortaliças com 
auxilio de marcador e semeador. 
Fonte: 
WWW.agrovivax.com.br/semeart+.htm
3 partes de cama de aviário curtida e peneirada; 
1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada;
200g de fosfato natural para cada 20 litros de mistura. 
SUBSTRATO EE daEpagri (CN) 
gânico; 
25% cama de aviário ou húmus de minhoca. 
6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJA S
DESINFECÇÃO DAS BANDEJAS 
Logo após a retirada das mudas lavar as bandejas e aplicar água sanitária a 5% ou, 
preferencialmente, sulfato de cobre em suspensão a 5g por litro de água.
Duas a três sementes por célula ou uma peletizada; 
3 a 5 mm, cobrir com o próprio substrato; 
No inverno, após semeadura cobrir as bandejas com estopa ou deixá
 
As bandejas devem permanecer em abrigos protegidos; 
Sementes não peletizadas aproveita-se as mudas excedentes e repica
bandeja. Deve ser feita quando tiver uma folha definitiva. 
 
de alface em bandeja de Isopor. 
Bandejas suspensas em estrados. 
hortaliças com 
auxilio de marcador e semeador. 
WWW.agrovivax.com.br/semeart+.htm 
Fig 5. Semeadura manual de 
hortaliças. 
19 
1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada; 
6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJA S 
Logo após a retirada das mudas lavar as bandejas e aplicar água sanitária a 5% ou, 
re em suspensão a 5g por litro de água. 
No inverno, após semeadura cobrir as bandejas com estopa ou deixá-las amontoadas até 
se as mudas excedentes e repica-se para outra 
 
 
. 
Fig 5. Semeadura manual de 
 
 
 
 
6.5. IRRIGAÇÃO NAS BANDEJAS
• Com regador de crivos finos ou com micro aspersores especiais;
• Umedecer o substrato o suficiente sem gotejar na parte inferior da célula para evitar a 
perda de nutrientes; 
• Freqüência: depende da temp. e umidade relativa, variando de uma a três vezes ao dia. 
Durante a noite a parte aérea das plantas deve permanecer seca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.6. TRANSPLANTE 
 
• Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno);
• O transplante é realizado com 4
• Um dia antes do transplante suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha 
(“endurecimento” das mudas), um pouco antes da retirada das mudas faça uma boa 
irrigação para facilitar a retirada da muda com o torrão;
• Enterre apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da 
muda; 
• Após faça uma irrigação no local definitivo.
 
7. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA (ASSEXUAL)
 
• Forma um novo indivíduo idêntico a planta mãe. Ex. alho, batata, batata
couve-folha, mandioquinha
• Vantagens: reprodução integral das características da planta matriz e reduz o ciclo da 
cultura; 
• Desvantagens: degeneração dos clones pelo acúmulo de fitopatógenos (viroses), tendo 
como conseqüência a perda de vig
• Cultura de tecidos: usada para “limpar” os clones. Ex. batata, morango, batata
e mandioquinha-salsa. 
 
 
 
 
 
 
6.5. IRRIGAÇÃO NAS BANDEJAS 
Com regador de crivos finos ou com micro aspersores especiais; 
bstrato o suficiente sem gotejar na parte inferior da célula para evitar a 
Freqüência: depende da temp. e umidade relativa, variando de uma a três vezes ao dia. 
Durante a noite a parte aérea das plantas deve permanecer seca. 
 
Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno);
O transplante é realizado com 4-6 folhas definitivas ou 10-15 cm (sementeiras);
Um dia antes do transplante suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha 
(“endurecimento” das mudas), um pouco antes da retirada das mudas faça uma boa 
irrigação para facilitar a retirada da muda com o torrão; 
nterre apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da 
Após faça uma irrigação no local definitivo. 
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA (ASSEXUAL) 
Forma um novo indivíduo idêntico a planta mãe. Ex. alho, batata, batata
folha, mandioquinha-salsa, morango; 
Vantagens: reprodução integral das características da planta matriz e reduz o ciclo da 
Desvantagens: degeneração dos clones pelo acúmulo de fitopatógenos (viroses), tendo 
como conseqüência a perda de vigor e do rendimento; maior custo de implantação;
Cultura de tecidos: usada para “limpar” os clones. Ex. batata, morango, batata
 
20 
bstrato o suficiente sem gotejar na parte inferior da célula para evitar a 
Freqüência: depende da temp. e umidade relativa, variando de uma a três vezes ao dia. 
 
Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno); 
15 cm (sementeiras); 
Um dia antes do transplante suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha 
(“endurecimento” das mudas), um pouco antes da retirada das mudas faça uma boa 
nterre apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da 
Forma um novo indivíduo idêntico a planta mãe. Ex. alho, batata, batata-doce, cebolinha, 
Vantagens: reprodução integral das características da planta matriz e reduz o ciclo da 
Desvantagens: degeneração dos clones pelo acúmulo de fitopatógenos (viroses), tendo 
or e do rendimento; maior custo de implantação; 
Cultura de tecidos: usada para “limpar” os clones. Ex. batata, morango, batata-doce, alho 
 
 
 
 
8. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E CALAGEM
 
 PREPARO DO SOLO 
 
• Adoção de práticas tradicionais, como plantio em curva de nível, plantio de cordões 
vegetais e sumidouros nas estradas;
• Na condição tropical e subtropical o preparo do solo leva a mineralização da M.O. em 
quantidades maiores das possibilidades de reposição, o
implementos aceleram esse processo;
 
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Plantio direto e cultivo mínimo 
roçadeira; 
• Para hortaliças de espaçamento maiores somente preparar a cova ou o sulco de f
manual ou com sulcadores tracionados;
• Recomenda-se fazer rotação com espécies que exigem preparo diferentes, como 
espécies que exigem preparo intensivo e plantio direto. Ex. alface e tomate;
• Usar a aração e gradagem o mínimo possível e somente usar a 
de extrema necessidade;
Uso do subsolador em áreas de cultivo intensivo de dois em dois anos.
 
 
 
 
 CALAGEM E ADUBAÇÃO
 
• Calcário de acordo com a análise do solo 
 (três meses antes do plantio);
• Fosfato natural; 
• Os vegetais necessitam 14 nutrientes reconhecidos como essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, 
B, Zn, Mo, Cu, Mn, Fe, Cl e Ni;
• A calagem não fornece Ca e Mg suficiente para as olerícolas. Quando do uso de uma 
fórmula química (NPK) é fundamental que tenha também esses dois elementos.
 
 
PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E CALAGEM 
 
ção de práticas tradicionais, como plantio em curva de nível, plantio de cordões 
vegetais e sumidouros nas estradas; 
Na condição tropical e subtropical o preparo do solo leva a mineralização da M.O. em 
quantidades maiores das possibilidades de reposição, o uso de arados e outros 
implementos aceleram esse processo; 
PRÁTICAS RECOMENDADAS 
Plantio direto e cultivo mínimo – equipamentos: rolo-faca, rolo
Para hortaliças de espaçamento maiores somente preparar a cova ou o sulco de f
manual ou com sulcadores tracionados; 
se fazer rotação com espécies que exigem preparo diferentes, como 
espécies que exigem preparo intensivo e plantio direto. Ex. alface e tomate;
Usar a aração e gradagem o mínimo possível e somente usar a enxada rotativa em caso 
de extrema necessidade; 
Uso do subsolador em áreas de cultivo intensivo de dois em dois anos.
CALAGEM E ADUBAÇÃO 
Calcário de acordo com a análise do solo 
(três meses antes do plantio); 
am 14 nutrientes reconhecidos como essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, 
B, Zn, Mo, Cu, Mn, Fe, Cl e Ni; 
A calagem não fornece Ca e Mg suficiente para as olerícolas. Quando do uso de uma 
fórmula química (NPK) é fundamental que tenha também esses dois elementos.
21 
ção de práticas tradicionais, como plantio emcurva de nível, plantio de cordões 
Na condição tropical e subtropical o preparo do solo leva a mineralização da M.O. em 
uso de arados e outros 
faca, rolo-disco, triturador e 
Para hortaliças de espaçamento maiores somente preparar a cova ou o sulco de forma 
se fazer rotação com espécies que exigem preparo diferentes, como 
espécies que exigem preparo intensivo e plantio direto. Ex. alface e tomate; 
enxada rotativa em caso 
Uso do subsolador em áreas de cultivo intensivo de dois em dois anos. 
 
am 14 nutrientes reconhecidos como essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, 
A calagem não fornece Ca e Mg suficiente para as olerícolas. Quando do uso de uma 
fórmula química (NPK) é fundamental que tenha também esses dois elementos. 
 
 
 
 
ADUBAÇÃO ORGÂNICA 
 
• O esterco de aves provoca acúmulo de P e K e pode elevar o cálcio provocando o 
desbalanço da relação Ca: Mg. Concentrações elevadas de K decrescem a absorção de 
Ca e Mg; 
• No sistema agroecológico devemos dar atenção especial ao N atravé
fixadoras; 
• O esterco de suínos somente poderá ser utilizado nas olerícolas como inoculante, no 
processo de compostagem. O mesmo pode conter diversas doenças que ataca o ser 
humano. 
• Canteiros - devem ter 15 a 20 cm de altura, de 1 a 1,2m de lar
Comprimento variável. Entre canteiros 50 cm;
• Adubos químicos – não devem entrar em contato com as sementes;
• Adubos orgânicos – devem ser bem fermentados;
• Micronutrientes – a deficiência de boro afeta as culturas de repolho, couve
alho. A falta de molibdênio afeta a couve
 
SEMEADURA DIRETA 
• Cucurbitáceas, fabáceas, a maioria das tuberosas como a cenoura, rabanete, rábano e 
beterraba. 
Vantagens: economia de mão
patógenos. 
Desvantagens: maior quantidade de sementes e maior dificuldade da aplicação dos tratos 
culturais na fase inicial (capina e irrigação).
Quando usar canteiros 
Espécies cultivadas em espaçamento maiores, como o repolho, pepino, abobrinha, cebola, 
tomate não necessitam formar os canteiros.
Tipos de canteiros: 
- Canteiros temporários; 
- Canteiros fixos: tijolos, pedras, madeira, garrafa pet, telhas e bambu.
 
 
Canteiros temporários 
Largura: 1,0 a 1,2m 
Altura: 15 a 20 cm 
Comprimento: variável 
Distância entre canteiros: 40 cm a 50 cm.
 
 
 
O esterco de aves provoca acúmulo de P e K e pode elevar o cálcio provocando o 
desbalanço da relação Ca: Mg. Concentrações elevadas de K decrescem a absorção de 
No sistema agroecológico devemos dar atenção especial ao N atravé
O esterco de suínos somente poderá ser utilizado nas olerícolas como inoculante, no 
processo de compostagem. O mesmo pode conter diversas doenças que ataca o ser 
devem ter 15 a 20 cm de altura, de 1 a 1,2m de lar
Comprimento variável. Entre canteiros 50 cm; 
não devem entrar em contato com as sementes;
devem ser bem fermentados; 
a deficiência de boro afeta as culturas de repolho, couve
alho. A falta de molibdênio afeta a couve-flor. 
Cucurbitáceas, fabáceas, a maioria das tuberosas como a cenoura, rabanete, rábano e 
Vantagens: economia de mão-de-obra, redução do ciclo e menor disseminação de 
Desvantagens: maior quantidade de sementes e maior dificuldade da aplicação dos tratos 
culturais na fase inicial (capina e irrigação). 
Espécies cultivadas em espaçamento maiores, como o repolho, pepino, abobrinha, cebola, 
necessitam formar os canteiros. 
Canteiros fixos: tijolos, pedras, madeira, garrafa pet, telhas e bambu. 
ros: 40 cm a 50 cm. 
22 
O esterco de aves provoca acúmulo de P e K e pode elevar o cálcio provocando o 
desbalanço da relação Ca: Mg. Concentrações elevadas de K decrescem a absorção de 
No sistema agroecológico devemos dar atenção especial ao N através de plantas 
O esterco de suínos somente poderá ser utilizado nas olerícolas como inoculante, no 
processo de compostagem. O mesmo pode conter diversas doenças que ataca o ser 
devem ter 15 a 20 cm de altura, de 1 a 1,2m de largura (no máximo). 
não devem entrar em contato com as sementes; 
a deficiência de boro afeta as culturas de repolho, couve-flor, tomate e 
Cucurbitáceas, fabáceas, a maioria das tuberosas como a cenoura, rabanete, rábano e 
obra, redução do ciclo e menor disseminação de 
Desvantagens: maior quantidade de sementes e maior dificuldade da aplicação dos tratos 
Espécies cultivadas em espaçamento maiores, como o repolho, pepino, abobrinha, cebola, 
 
 
user
Highlight
 
 
 
 
Canteiros Fixo 
 
9 . TRATOS CULTURAIS EM OLERÍCOLAS
DEFINIÇÃO 
Entende-se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura 
expresse ao máximo sua potencialidade produtiva.
PRINCIPAIS TRATOS CULTURAIS
• IRRIGAÇÃO 
• COBERTURA MORTA 
• CONTROLE DE INÇOS/PLANTAS ESPONTÂNEAS
• DESBASTE 
• ADUBAÇÃO DE COBERTURA
• AMONTOA 
• TUTORAMENTO E AMARRIO
• DESBROTA 
• CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
 
IRRIGAÇÃO 
• A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio;
• Não utilizar água de rios contaminados (salmonelas...); 
 
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: aspersão, gotejamento e sulcos.
• SULCOS – tomate (pouco utilizado);
• ASPERSÃO – beterraba, cenoura, repolho, alface;
• GOTEJAMENTO – tomate, pimentão, morango, alface;
• Em abrigos protegidos usar gotejamento; 
• FREQUÊNCIA – herbáceas diariamente, frutos e raízes de 3 em 3 dias (verão).
 
IRRIGAÇÃO 
• TENSIÔMETRO: mede o teor de água útil (aproveitável pelo sistema radicular), deve ficar 
entre 70 a 100% (ponto de murcha a capacidade de campo
• Ordem de exigência: herbáceas > hortaliças
• ASPERSÃO: irrigar ao amanhecer (ausência de sol e de ventos);
 Desvantagens: lava agrotóxico e favorece doenças;
• GOTEJAMENTO: fornece água diretamente no sistema radicular.
9 . TRATOS CULTURAIS EM OLERÍCOLAS 
se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura 
expresse ao máximo sua potencialidade produtiva. 
PRINCIPAIS TRATOS CULTURAIS 
 
CONTROLE DE INÇOS/PLANTAS ESPONTÂNEAS 
ADUBAÇÃO DE COBERTURA 
TUTORAMENTO E AMARRIO 
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS 
A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio;
ar água de rios contaminados (salmonelas...); 
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: aspersão, gotejamento e sulcos. 
tomate (pouco utilizado); 
beterraba, cenoura, repolho, alface; 
tomate, pimentão, morango, alface; 
idos usar gotejamento; 
herbáceas diariamente, frutos e raízes de 3 em 3 dias (verão).
TENSIÔMETRO: mede o teor de água útil (aproveitável pelo sistema radicular), deve ficar 
entre 70 a 100% (ponto de murcha a capacidade de campo: 0% a 100%);
Ordem de exigência: herbáceas > hortaliças-fruto > tuberosas; 
ASPERSÃO: irrigar ao amanhecer (ausência de sol e de ventos); 
Desvantagens: lava agrotóxico e favorece doenças; 
GOTEJAMENTO: fornece água diretamente no sistema radicular. 
23 
 
se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura 
A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio; 
herbáceas diariamente, frutos e raízes de 3 em 3 dias (verão). 
TENSIÔMETRO: mede o teor de água útil (aproveitável pelo sistema radicular), deve ficar 
: 0% a 100%); 
 
 
 
 
 Vantagens: maior economia de água e aumenta a eficiência da irrigação; favorece o 
controle de inços; economia de mão
evitando escorrimento artificial e perdas de nutrientes por lixiviação; reduz o cicl
culturas; aumento o rendimento e reduz a necessidade de pesticidas.
 Desvantagem: custo maior do equipamento e pode provocar salinização em abrigos 
protegidos; 
• A irrigação por gotejamento deve ser diária ou no máximo a cada três dias.
 
COBERTURA MORTA 
• MATERIAIS: casca de arroz, palhas diversas, acículas de pinus, lona plástica;
• QUANTIDADE: Camada de 5 a 10 cm;
• VANTAGENS: reduz plantas espontâneas e mão
temperatura no verão, fertiliza o solo, hortaliça
Vantagens: maior economia de água e aumenta a eficiência da irrigação; favorece o 
controle de inços; economia de mão-de-obra; possibilita a fertirrigação; conserva o solo 
evitando escorrimento artificial e perdas denutrientes por lixiviação; reduz o cicl
culturas; aumento o rendimento e reduz a necessidade de pesticidas.
Desvantagem: custo maior do equipamento e pode provocar salinização em abrigos 
A irrigação por gotejamento deve ser diária ou no máximo a cada três dias.
 
 
MATERIAIS: casca de arroz, palhas diversas, acículas de pinus, lona plástica;
QUANTIDADE: Camada de 5 a 10 cm; 
VANTAGENS: reduz plantas espontâneas e mão-de-obra, mantém umidade, reduz 
temperatura no verão, fertiliza o solo, hortaliças ficam mais limpas, reduz doença
ASPERSÃO 
SANTENO 
24 
Vantagens: maior economia de água e aumenta a eficiência da irrigação; favorece o 
obra; possibilita a fertirrigação; conserva o solo 
evitando escorrimento artificial e perdas de nutrientes por lixiviação; reduz o ciclo das 
culturas; aumento o rendimento e reduz a necessidade de pesticidas. 
Desvantagem: custo maior do equipamento e pode provocar salinização em abrigos 
A irrigação por gotejamento deve ser diária ou no máximo a cada três dias. 
MATERIAIS: casca de arroz, palhas diversas, acículas de pinus, lona plástica; 
obra, mantém umidade, reduz 
s ficam mais limpas, reduz doenças. 
 
 
 
 
 
 CONTROLE DE INÇOS/ESPONTÂNEAS
• Na fase inicial as plantas indesejáveis competem com a cultura com água, luz e 
nutrientes. Na fase final do ciclo não há necessidade de controle;
• Culturas com espaçamento maiores mant
 
ESPONTÂNEAS 
Na fase inicial as plantas indesejáveis competem com a cultura com água, luz e 
nutrientes. Na fase final do ciclo não há necessidade de controle; 
Culturas com espaçamento maiores manter livre a área de exploração de raízes.
25 
 
Na fase inicial as plantas indesejáveis competem com a cultura com água, luz e 
er livre a área de exploração de raízes. 
 
 
 
 
 
 
ADUBAÇÃO DE COBERTURA.
• No cultivo convencional usa
• No cultivo agroecológico usa
• No sistema agroecológico recomenda
fornecer os nutrientes de uma forma gradual, principalmente o N que não se acumula no 
solo. 
 
 
DESBROTA 
É a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas ou da haste de algumas espécies 
como o tomate e pimentão.
 
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
 
 
 
 
 
 
 
ADUBAÇÃO DE COBERTURA. 
No cultivo convencional usa-se uréia ou nitrato; 
No cultivo agroecológico usa-se o composto orgânico ou biofertilizante;
No sistema agroecológico recomenda-se o parcelamento da adubação
fornecer os nutrientes de uma forma gradual, principalmente o N que não se acumula no 
É a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas ou da haste de algumas espécies 
como o tomate e pimentão. 
PRAGAS E DOENÇAS 
 
26 
se o composto orgânico ou biofertilizante; 
se o parcelamento da adubação de cobertura para 
fornecer os nutrientes de uma forma gradual, principalmente o N que não se acumula no 
 
É a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas ou da haste de algumas espécies 
 
 
 
27 
 
10. CULTIVO AGROECOLÓGICO DE OLERÍCOLAS 
 
10.1. HISTÓRICO 
 
A Agricultura Moderna 
Espinha dorsal 
Cultivo intensivo do solo 
 Monocultura 
Irrigação 
Aplicação de fertilizantes sintéticos 
Controle químico de pragas e doenças 
Manipulação genética de plantas cultivadas 
 
Década de 60/70 - Revolução Verde 
Perda da auto-suficiência familiar 
Perda de conhecimento local 
Perda de conhecimentos históricos 
 
A ”Modernização” da agricultura brasileira aumentou a produtividade, mas provocou sérios 
danos ambientais (destruição das florestas, erosão, contaminação dos recursos naturais e 
de alimentos) e sociais (aumento de concentração de posse da terra; desemprego; êxodo 
rural). 
 
Conseqüências negativas da Revolução Verde 
• Compactação do solo; 
• Erosão; 
• Eliminação, inibição ou redução sensível da flora microbiana do solo; 
• Perda ou redução acentuada do potencial produtivo do solo; 
• Poluição alimentar, da água, do solo, devido aos agrotóxicos e adubos solúveis; 
• Surgimento de pragas e doenças; 
• Surgimento de resistência de insetos, doenças e ervas espontâneas aos agrotóxicos; 
• Mecanização inadequada; 
• Absorção desequilibrada de nutrientes, produzindo alimentos desnaturados. 
• Produção em grande escala, visando a exportação em detrimento do consumo 
interno; 
• A monocultura; 
• Importação de “insumos modernos”; 
• Encarecimento do custo de produção devido ao aumento dos insumos básicos como 
adubos, agrotóxicos, máquinas e sementes; 
• Surgimento dos grandes monopólios agroindustriais; 
Produtores, cooperativas perdem a autonomia, tornando-se dependentes das indústrias 
para a obtenção de insumos e venda de insumos e vendas das suas produções e etc. 
 
 
 
 
 
 
AGROECOLOGIA 
A Agricultura Orgânica ou Agroecológica utiliza ao máximo os recursos naturais da 
propriedade rural, diminuindo cu
solúveis industriais por esterco animal, adubos verdes, compostos, biofertilizantes. Utiliza 
técnicas de manejo cultural como plantio direto, rotação de culturas, cobertura vegetal, 
consórcio, etc. melhorando a fertilidade natural dos solos e aumentando o nível de matéria 
orgânica e a quantidade e variedade de organismos no solo. 
ALTIERI: Define Agroecologia
sentimento social acerca da agricul
sustentabilidade ecológica dos sistemas de produção.
Vantagens: 
• Maior prazer e satisfação;
• Mais independência; 
• Diminui a poluição; 
• Mais renda e emprego no meio rural;
• Mais saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Agricultura Orgânica ou Agroecológica utiliza ao máximo os recursos naturais da 
propriedade rural, diminuindo custos, substituindo insumos como agrotóxicos e fertilizantes 
solúveis industriais por esterco animal, adubos verdes, compostos, biofertilizantes. Utiliza 
técnicas de manejo cultural como plantio direto, rotação de culturas, cobertura vegetal, 
. melhorando a fertilidade natural dos solos e aumentando o nível de matéria 
orgânica e a quantidade e variedade de organismos no solo. 
Agroecologia como um movimento que incorpora idéias ambientais e de 
sentimento social acerca da agricultura, enfocando não somente a produção, mas também a 
sustentabilidade ecológica dos sistemas de produção. 
Maior prazer e satisfação; 
Mais renda e emprego no meio rural; 
28 
 
A Agricultura Orgânica ou Agroecológica utiliza ao máximo os recursos naturais da 
stos, substituindo insumos como agrotóxicos e fertilizantes 
solúveis industriais por esterco animal, adubos verdes, compostos, biofertilizantes. Utiliza 
técnicas de manejo cultural como plantio direto, rotação de culturas, cobertura vegetal, 
. melhorando a fertilidade natural dos solos e aumentando o nível de matéria 
como um movimento que incorpora idéias ambientais e de 
tura, enfocando não somente a produção, mas também a 
 
 
 
 
10.2. PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA
 
NCÍPIOS DA AGROECOLOGIA 
29 
 
 
 
 
30 
 
10.3. HISTÓRICO E CORRENTES DA AGRICULTURA ALTERNAT IVA, SUSTENTÁVEL 
 
Egípcios, Babilônia, China, Maias, Incas, Gregos/ Romanos: Registros relacionados à 
matéria orgânica, uso de cinzas, esterco, leguminosas para melhorar a fertilidade do solo, 
combate à pragas e doenças, associações favoráveis e desfavoráveis de plantas e rotação 
de culturas. 
 
Permacultura: Permanente, agricultura duradoura, sistemas agrosilvo-pastoris, adequado às 
florestas tropicais e subtropicais. Bill Mollison na Austrália, década de 70. 
 
Agricultura Ecológica ou Agroecologia: Estados Unidos, década de 70, livro Primavera 
Silenciosa de Rachel Carson (1962), América Latina (prof. Miguel Altieri). No Brasil, José 
Lutzemberg, profa. Ana Maria Primavesi, e prof. Adilson Paschoal. Coop. Colméia, Mestrado 
Agroecossistemas, Estação Experimental de Ituporanga. 
 
IFOAM 
Hoje existe uma federação internacional chamada International Federation of Organic 
Agriculture Movements of Organic Agriculture Movements, no sentido de agregar todas as 
associações e pessoas que pesquisam, ensinam e divulgam as técnicas da agricultura 
alternativa, bem como as que produzem, processam e comercializam alimentos orgânicose 
insumos naturais, envolvendo mais de 650 entidades membros em mais de 100 países. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos ciclos astronômicos na terra. 
 
Fundada em meados da década de 30, 
idealizou o EM microorganismos eficazes 
 
 
 
 
 
10.4. QUALIDADE DOS ALIMENTOS AGROECOLÓGICOS
 
Análise de minerais e metais tóxicos em maçã 
 
 
 
 
 
 
Análise de minerais e metais tóxicos em batata 
 
 
 
 Fonte: Journal Of Applied Nutrition, de 1993 
10.4. QUALIDADE DOS ALIMENTOS AGROECOLÓGICOS 
 
Análise de minerais e metais tóxicos em maçã - Produto orgânico x convencional
 
 
Análise de minerais e metais tóxicos em batata - Produto orgânico x convencional
 
Fonte: Journal Of Applied Nutrition, de 1993 - Dr. Bob Smith. 
 
 
 
 
31 
Produto orgânico x convencional 
Produto orgânico x convencional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Associação Campden de Pesquisa em Alimentos e Bebidas, Grã
Bioagricultura da Associação Italiana para a Agricultura Biológica, maio/junho de 1995. (Pesquisa feita com 
amostras ao acaso em supermercados e lojas de produtos naturais na Inglaterra.)
Nota: g=grama mg=miligrama µg
Cultivo Orgânico x Cultivo convencional
 
 
 
 
 
Produto
Maçã (vitamina C)
Tomate (vitamina C)
Tomate (vitamina A)
Cenoura (potássio)
Batata (frutose)
Batata (glicose)
Batata (ferro)
Batata (cálcio)
Batata (zinco)
 
 
Fonte: Associação Campden de Pesquisa em Alimentos e Bebidas, Grã-Bretanha (1990), citado na Revista 
Bioagricultura da Associação Italiana para a Agricultura Biológica, maio/junho de 1995. (Pesquisa feita com 
amostras ao acaso em supermercados e lojas de produtos naturais na Inglaterra.) 
Nota: g=grama mg=miligrama µg=micrograma (um milésimo de grama) 
 
 
 
Cultivo Orgânico x Cultivo convencional 
Convencional Orgânico Diferença
(por 100g) (por 100g) (%)
Maçã (vitamina C) 19,3mg 21,6mg 11,9
Tomate (vitamina C) 18,0mg 21,8mg 21,1
Tomate (vitamina A) 3,5mg 4,7mg 34,3
Cenoura (potássio) 217mg 269mg 24
0,7g 1,2g 71,4
1,2g 2,0g 66
4,7mg 5,7mg 21,3
56,4mg 64,0mg 13,5
1.350µg 1.810µg 34,1
32 
nha (1990), citado na Revista 
Bioagricultura da Associação Italiana para a Agricultura Biológica, maio/junho de 1995. (Pesquisa feita com 
 
 
 
 
 
10.5 Manejo agroecológico
 
O sistema Rizóbio – Leguminosa
 
 
Segmentos de raízes de uma gramínea, colonizados por Glomus macrocarpum. Notar 
tipo clamidosporos, micélio na rizosfera e ausência de alteração morfológica (cortesia de N.C. 
Schenck). 
 
gico do solo 
 
Leguminosa 
 
Segmentos de raízes de uma gramínea, colonizados por Glomus macrocarpum. Notar 
tipo clamidosporos, micélio na rizosfera e ausência de alteração morfológica (cortesia de N.C. 
33 
 
Segmentos de raízes de uma gramínea, colonizados por Glomus macrocarpum. Notar esporos do 
tipo clamidosporos, micélio na rizosfera e ausência de alteração morfológica (cortesia de N.C. 
 
 
 
 
Segmento de raiz colonizado por Glomus mosseae. Raiz clarificada com KOH e colorida com azul de 
trípano para destacar o tecido fúngico. N
córtex. 
 
 
10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANI SMOS
 
Doenças e pragas - por que surgem?
 
Práticas agrícolas que causam desequilíbrios: 
• Monocultura; 
• Preparo intensivo do solo;
• Cultura no limpo; 
• Cultivares de alta resposta;
• Adubação química solúvel;
• Agrotóxicos. 
 
Teoria da Trofobiose 
Através da Teoria da Trofobiose aprendemos que todo ser vivo sobrevive se houver 
alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte da planta só
um inseto, ácaro, nematóide ou microorganismos (fungos, bactérias, vírus), quando tiver na 
sua seiva, o alimento que eles precisam, principalmente aminoácidos.
O tratamento inadequado de uma planta, especialmente com substâncias de alta 
solubilidade (adubos químicos), conduz a uma elevação excessiva de aminoácidos livres na 
seiva, tornando-a susceptível ao ataque. Os agrotóxicos inibem as enzimas que formam as 
proteínas, elevando os aminoácidos na seiva.
Portanto, um vegetal saudável, equi
 
PLANTAS REPELENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segmento de raiz colonizado por Glomus mosseae. Raiz clarificada com KOH e colorida com azul de 
trípano para destacar o tecido fúngico. Notar o ponto de penetração da hifa e seu espalhamento no 
10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANI SMOS
por que surgem? 
Práticas agrícolas que causam desequilíbrios: 
Preparo intensivo do solo; 
Cultivares de alta resposta; 
Adubação química solúvel; 
Através da Teoria da Trofobiose aprendemos que todo ser vivo sobrevive se houver 
alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte da planta só
um inseto, ácaro, nematóide ou microorganismos (fungos, bactérias, vírus), quando tiver na 
sua seiva, o alimento que eles precisam, principalmente aminoácidos. 
O tratamento inadequado de uma planta, especialmente com substâncias de alta 
olubilidade (adubos químicos), conduz a uma elevação excessiva de aminoácidos livres na 
a susceptível ao ataque. Os agrotóxicos inibem as enzimas que formam as 
proteínas, elevando os aminoácidos na seiva. 
Portanto, um vegetal saudável, equilibrado, dificilmente será atacado por insetos e doenças.
 
34 
Segmento de raiz colonizado por Glomus mosseae. Raiz clarificada com KOH e colorida com azul de 
otar o ponto de penetração da hifa e seu espalhamento no 
10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANI SMOS 
Através da Teoria da Trofobiose aprendemos que todo ser vivo sobrevive se houver 
alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte da planta só será atacada por 
um inseto, ácaro, nematóide ou microorganismos (fungos, bactérias, vírus), quando tiver na 
 
O tratamento inadequado de uma planta, especialmente com substâncias de alta 
olubilidade (adubos químicos), conduz a uma elevação excessiva de aminoácidos livres na 
a susceptível ao ataque. Os agrotóxicos inibem as enzimas que formam as 
librado, dificilmente será atacado por insetos e doenças. 
 
 
 
 
PLANTAS ATRATIVAS: Tayuya, Mostarda, Porongo, Couve
inimigos naturais. 
 
 RESISTÊNCIA DAS CULTIVARES
 
 
 
 INIMIGOS NATURAIS - Trichoplusia ni
 
 
 
 
 
 
 
LANTAS ATRATIVAS: Tayuya, Mostarda, Porongo, Couve-chinesa/ Flores para atrair 
 
RESISTÊNCIA DAS CULTIVARES 
 
Trichoplusia ni sendo destruída pelo Bacillus thuringiensis
 
Rhodolia joaninha 
35 
chinesa/ Flores para atrair 
 
 
Bacillus thuringiensis 
joaninha 
 
 
 
36 
 
Os crisopídeos podem atingir populações elevadas nas lavouras de cereais de inverno. O 
adulto não se alimenta de insetos, porém são as larvas eficazes agentes de controle 
biológico, atuando como predadores de importantes pragas, como pulgões e lagartas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.7. CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS 
 
É o cultivo simultâneo de duas ou mais culturas na mesma área. 
 
OBJETIVOS DA CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS 
• Maior aproveitamento da área 
• Maior produção física por área 
• Redução de riscos e estabilidade de produção 
• Redução erosão – melhor cobertura solo 
• Melhor aproveitamento água / luz / nutrientes 
• Diversificação da dieta alimentar e da renda 
• Diminuição de pragas / plantas espontâneas / doenças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.8. ROTAÇÃO DE CULTURAS 
 
• INDISPENSÁVEL EM QUALQUER SISTEMA DE CULTIVO 
• OBRIGATÓRIA NA AGROECOLOGIA 
 
OBJETIVOS DA ROTAÇÃO DE CULTURAS 
• Diminuir incidência de doenças / pragas / plantas espontâneas 
• Manter / melhorar fertilidade do solo 
• Aumentareficiência do controle a erosão 
• Aumentar produtividade e estabilizar a produção 
Tesourinha 
(Dorus 
user
Highlight
 
 
 
 
• Viabilizar sistema Plantio Direto
• Melhorar utilização de máquinas e mão de obra
• Diversificar a renda 
 
FAMÍLIA BOTÂNICA 
Aliaceae: cebola, alho, alho poró 
Brassicaceae: repolho, couve
Chenopodiaceae: beterraba, espinafre, acelga
Rosaceae: morango 
Fabaceae: ervilha, feijão-de
Apiaceae: cenoura, mandioquinha
Solanaceae: batata, tomate, pimentão, berinjela
Cucurbitaceae: abobrinha, pepino, melancia, melão, abóbora
Asteraceae: alface, chicória, almeirão
 
 
10.9. ADUBAÇÃO VERDE/COBERTURA DO SOLO
 
COQUETÉIS 
 
Viabilizar sistema Plantio Direto 
Melhorar utilização de máquinas e mão de obra 
Aliaceae: cebola, alho, alho poró 
Brassicaceae: repolho, couve-flor, brócoli, rúcula, rabanete 
Chenopodiaceae: beterraba, espinafre, acelga 
de-vagem 
Apiaceae: cenoura, mandioquinha-salsa, salsa 
olanaceae: batata, tomate, pimentão, berinjela 
Cucurbitaceae: abobrinha, pepino, melancia, melão, abóbora 
Asteraceae: alface, chicória, almeirão 
10.9. ADUBAÇÃO VERDE/COBERTURA DO SOLO 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
10.10. COMPOSTAGEM 
 
Definição: É um processo controlado de fermentação de resíduos orgânico de origem 
vegetal e animal para ser usado como fertilizante.
Origem: Povos antigos, principalmente os chineses e indianos. Foi aperfeiço
Agr. Sir. Albert Howard, na Índia, em 1933.
 
TIPOS DE COMPOSTEIRA:
• De madeira, bambú 
• De tijolos 
• Em pilhas (volumes maiores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preparo do Composto - Em pilha 
- Materiais usados: estercos, palhada, restos de culturas, resíduos indust
tortas, polpas, cozinha, etc).
- Tamanho das partículas: 2 a 5 cm.
 
Fatores que interferem no processo de fermentação:
- Relação C/N - 25 a 30/1; 
- Organismos; 
- Aeração; 
- Umidade; 
- Temperatura; 
- Escolha do local. 
 
Curva padrão da variação de temperatura do resíduo durante o processo de compostagem.
 
 
Temperaturas prolongadas de 65ºC a 75ºC reduzem a atividade benéfica dos microrganismos e aumenta a 
possibilidade de perda de nitrogênio por volatilização de amônia. Isto
Definição: É um processo controlado de fermentação de resíduos orgânico de origem 
vegetal e animal para ser usado como fertilizante. 
Povos antigos, principalmente os chineses e indianos. Foi aperfeiço
Agr. Sir. Albert Howard, na Índia, em 1933. 
TIPOS DE COMPOSTEIRA: 
Em pilhas (volumes maiores) 
Em pilha 
Materiais usados: estercos, palhada, restos de culturas, resíduos indust
tortas, polpas, cozinha, etc). 
Tamanho das partículas: 2 a 5 cm. 
Fatores que interferem no processo de fermentação: 
 
ação de temperatura do resíduo durante o processo de compostagem.
Temperaturas prolongadas de 65ºC a 75ºC reduzem a atividade benéfica dos microrganismos e aumenta a 
possibilidade de perda de nitrogênio por volatilização de amônia. Isto ocorre com mais freqüência quando a 
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Definição: É um processo controlado de fermentação de resíduos orgânico de origem 
Povos antigos, principalmente os chineses e indianos. Foi aperfeiçoado pelo Eng. 
Materiais usados: estercos, palhada, restos de culturas, resíduos industriais (matadouro, 
ação de temperatura do resíduo durante o processo de compostagem. 
 
Temperaturas prolongadas de 65ºC a 75ºC reduzem a atividade benéfica dos microrganismos e aumenta a 
ocorre com mais freqüência quando a 
 
 
 
 
matéria-prima possui reação alcalina e baixa relação C/N, caso típico da compostagem de esterco de galinha 
que tem C/N abaixo de 10/1. 
 
Montagem da pilha: 
- Tamanho; 
- Distribuição dos materiais;
- Enriquecimento; 
- Estercos - 100 a 150 kg/m3;
- Fosfato natural 2%; 
- Cinzas 1%; 
 
Revolvimento: 
- 1º após 15 dias; 
- 2º 15 dias após o 1º; 
- 3º 30 dias após o 2º. 
 
Maturação: 90 a 120 dias. 
Armazenagem: Protegido do sol, chuva, ventos. 
Quantidade a aplicar (t/ha):
 
Montagem da pilha de composto
Observações: 
• Ocorrência de moscas é sinal de putrefação;
• Ter um local permanente para a compostagem;
• Molhar sem escorrer; 
• Compostagem com muito esterco, plantas novas ou leguminosas fazem a
subir acima de 65º C; 
• Composto deve ser usado na superfície, sulcos ou covas. Não incorporá
cm; 
• Volume final da pilha de composto é de aproximadamente 1/3 do volume inicial. Um m³ 
de composto pesa em média 500 kg.
 
 
 
 
 
 
prima possui reação alcalina e baixa relação C/N, caso típico da compostagem de esterco de galinha 
Distribuição dos materiais; 
100 a 150 kg/m3; 
 
Armazenagem: Protegido do sol, chuva, ventos. 
Quantidade a aplicar (t/ha): Baixa: 10-15; Média: 20-30; Alta: 40-50 
Montagem da pilha de composto 
 
Ocorrência de moscas é sinal de putrefação; 
Ter um local permanente para a compostagem; 
Compostagem com muito esterco, plantas novas ou leguminosas fazem a
Composto deve ser usado na superfície, sulcos ou covas. Não incorporá
Volume final da pilha de composto é de aproximadamente 1/3 do volume inicial. Um m³ 
de composto pesa em média 500 kg. 
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prima possui reação alcalina e baixa relação C/N, caso típico da compostagem de esterco de galinha 
Compostagem com muito esterco, plantas novas ou leguminosas fazem a temperatura 
Composto deve ser usado na superfície, sulcos ou covas. Não incorporá-lo mais que 15 
Volume final da pilha de composto é de aproximadamente 1/3 do volume inicial. Um m³ 
 
 
 
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10.11. BIOFERTILIZANTES 
 
• São produtos que possuem diversos componentes minerais misturados a materiais 
orgânicos como os estercos, leites e melaços; 
• A fermentação que ocorre, provoca mudanças nos produtos usados, tornando-os 
facilmente disponíveis para a planta. Provoca também o surgimento de vitaminas e 
hormônios importantes para o equilíbrio das plantas. 
 
URÉIA NATURAL 
• 40 kg de esterco fresco 
• 3 a 4 litros de leite fresco ou colostro 
• 10 a 15 litros de caldo de cana ou melaço 
• 200 l de água 
• 4 kg de fosfato natural 
 
• Modo de preparar: colocar todos os ingredientes num galão ou caixa d’água, misturar 
bem, deixar durante 15 dias mexendo uma vez ao dia; 
• Modo de usar: depois de pronto, misturar 1 l de adubo a cada 3 l de água, então regar a 
planta e o solo. 
 
CALDA SUPER MAGRO 
Ingredientes necessários para a região Meio Oeste Catarinense: 
• 30 l de esterco fresco de gado; 
• 5,5l de leite 
• 5,5l de melaço; 
• 800g de sulfato de zinco; 
• 800g de sulfato de magnésio; 
• 120g de sulfato de manganês; 
• 100g de sulfato de cobre; 
• 800g de cloreto de cálcio; 
• 600g bórax solubor; 
• 40g de molibdato de sódio; 
• 20g de sulfato de cobalto. 
Modo de preparar 
• Inicialmente misturar bem o esterco com 100 l d’água, 1 litro de leite e 1 litro de melaço 
num tambor de 200 l. Deixa-se fermentar por 3 dias. A partir daí a cada 7 dias dissolve-
se um dos micronutrientes em água morna, espera-se esfriar, junta-se 0,5l de leite e 
0,5l de melaço e mistura-se com o esterco que está fermentando. A adição deve seguir 
a seqüência apresentada. Após adicionados todos os ingredientes, completa-se o 
volume d’água até 180l, tampa-se e se deixa fermentar por mais 30 dias no verão ou 45 
dias no inverno. 
• É importante que a Calda Super Magro seja utilizada somente após a completa 
fermentação, o que se observa quando não houver mais formação de bolhas na 
superfície d’água. 
• A Calda Super Magro atua como adubo foliar e como defensivo contra pragas e 
doenças. E vem sendo utilizada com sucesso para as culturas de uva, maçã, pêssego, 
tomate, batata, e hortaliças em geral. 
• A diluição recomendada é de 2 l de calda para 100l d’água para fruteiras e hortaliças, 
com exceção do tomate que deve ser de 4l em 100l d’água. Para o pomar e hortaliças 
de folha e raiz, deve-se pulverizar a cada 10 a 15 dias. Para o tomate e outras 
hortaliças de frutos, pulveriza-se semanalmente. 
• Estas recomendações podem edevem ser alteradas de acordo com as observações 
dos efeitos da aplicação sobre cada cultura em cada região. 
 
 
 
 
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10.12. TRATAMENTO HIDROTÉRMICO 
É o uso de água quente para eliminar microorganismos maléficos das sementes.As 
sementes devem ser: 
• Novas 
• Secas 
• Vigorosas 
• Intactas 
• Não peletizadas 
• Com bom poder germinativo. 
 
Material necessário 
• Garrafa térmica 1l 
• Pedrinha (peso) 
• Termômetro graduado ate 100ºC 
• Pano tipo tule 
• Água quente 
• Sementes de hortaliças 
 
Passos para fazer o tratamento hidrotérmico: 
• Colocar as sementes, com uma pedrinha, em um pano ralo, para fazer uma boneca bem 
frouxa, e que possa passar pela boca de uma garrafa térmica comum. 
• Aquecer a água em chaleira até 60º C 
• Despejar a água quente em uma garrafa térmica de 1litro, preenchendo ¾ do seu volume 
total 
• Deixar a garrafa térmica aberta. Acompanhar a diminuição da temperatura da água até 
1ºC acima da temperatura recomendada para a semente ser tratada 
• Passar a boneca rapidamente em álcool 
• Mergulhar a boneca dentro da garrafa térmica e fechá-la 
• Aguardar o tempo recomendado para o tipo de semente que está sendo tratada 
• Durante este tempo, movimentar de vez em quando a garrafa 
• Passado o tempo, abrir a garrafa, retirar a boneca e esfriar as sementes em água em 
temperatura ambiente. 
• Espalhar as sementes sobre jornal, à sombra, para enxugá-las 
• Semear após o enxugamento 
 
Hidrotermoterapia para diversas espécies de hortaliças. 
Espécie Temperatura da água (ºC) Tempo (minutos) 
Couve-de-bruxelas 50 25 
Espinafre 50 25 
Pimentão 50 25 
Repolho 50 25 
Tomate 50 25 
Brócoli 50 20 
Cenoura 50 20 
Couve-flor 50 20 
Couve-galega 50 20 
Nabo 50 20 
Pepino 50 20 
Rábano 50 20 
Repolho chinês 50 20 
Mostarda 50 15 
 
 
 
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Rabanete 50 15 
Alface 45 30 
Salsão 45 30 
 
CULTURAS DE OLERÍCULAS 
CONTROLE QUÍMICO DE PRAGAS E DOENÇAS 
WWW.AGRICULTURA.GOV.BR 
SERVIÇOS - AGROTÓXICOS – SISTEMA AGROFIT – PRAGAS – INSETOS E DOENÇA – 
CULTURA – PRODUTOS INDICADOS 
 
 
11. BATATA 
 
 
• Família: Solanaceae 
• Nome científico: Solanum tuberosum ssp. Tuberosum; 
• Centro de origem: Lago Titicaca, fronteira entre Bolívia e Peru; 
• Foi levada para a Espanha em 1570; 
 
11.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 
 
• Temp. elevadas é um fator limitante, ideal é temp. amenas durante o dia e a noite mais 
baixas (diferença de 10 C); 
• Plantio das águas (regiões altas) – setembro a novembro (55% da área); 
• Plantio da seca (altitudes medianas) – fevereiro a abril (32% da área); 
• Plantio de inverno (áreas livres de geadas) – maio a julho (13% da área) 
 
11.2. CULTIVARES 
Variedades Ágata, Russet Desirée, Bonotte, Jeresey Royal, Spunta, Rosalinda, Blue 
Swede,Vitelotte. 
• A maioria das cultivares são européias com sérios problemas fitossanitários; 
• Agata, Russet Agria, Desirée, Bonotte,Jeresey Royal, Spunta, Rosalinda, Blue Swede, 
Vitelotte, Asterix (rosada), Baraka, Bintje (preferida pelo consumidor), Cupido, Marabel, 
Markies e Monalisa; 
• Para a indústria de batata-frita cultivares Panda, Atlantic, Chipie 
• Cultivares Brasileiras (no sul) – Araucária, Baronesa (rosada), Catucha, Cota, Contenda, 
Cristal e BRS Eliza; 
• Agric. Agroecológica – Araucária, Cristal, Epagri 361 Catucha e Epagri SCS 365 Cota 
(estas, resistentes à requeima e pinta preta). 
 
11.3. SOLO E ADUBAÇÃO 
 
• Adapta-se melhor em solos de textura média, leves, arejados e bem drenados. Solos 
argilosos, pouco arejados, má drenagem não favorecem o desenvolvimento das plantas; 
• Calagem/adubação: com análise do solo consultar manual de adubação e de calagem; 
• A batata se adapta bem a acidez moderada – pH 5,0 a 6,0. Não elevar o pH acima de 
6,0, para não favorecer a murcha-bacteriana e a sarna-comum; 
• Preparo do solo – uma aração e duas gradagens; 
• Sulcos – 12 cm de profundidade; 
• Doses elevadas de N, P, K, pode ocorrer redução no teor de matéria seca nos tubérculos; 
aplicações excessivas de N podem induzir o embonecamento dos tubérculos, tb um 
excesso de nutrientes pode originar coração-oco; 
 
 
 
43 
 
• N – 30 a 50% no plantio e o restante, em cobertura, por ocasião da amontoa, aos 25-35 
dias do plantio; 
• Micronutrientes: 15 a 20 kg/ha de bórax (solos arenosos e/ou com menos de 2,5% de 
M.O.); 
• Sistema agroecológico - 30 t/ha de composto orgânico ou 15 t/ha de cama de frango (2/3 
na base e 1/3 na amontoa). 
 
11.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 
 
• Espaçamento - 80 cm x 35 cm; 
• Quantidade se sementes – 50 a 70 caixas de 30 kg/ha (40 a 60 g/tubérculo); 
• Promover a brotação dos tubérculos através da luz indireta ou usando-se ácido 
giberélico, 5 a 15 ppm, durante 10-15 minutos; 
• Utilizar batata-semente com brotos de 1 cm de comprimento; 
• Após plantio cobrem-se os sulcos com 10 cm de solo; 
PESO E TAMANHO DA BATATA-SEMENTE: 
• Produtor de batata-consumo - mais vantajoso o uso de tubérculos com 40-60g (menor 
custo), proporciona menor número de hastes e de tubérculos por área mas, são de 
tamanho médio ou graúdo (mais apreciados pelos consumidores); 
• Produtor de bata-semente – mais vantajoso o uso de tubérculos de maior tamanho, pois 
resulta em maior n. de hastes por área e uma grande quantidade de tubérculos menores, 
o que interessa ao agricultor. 
 
11.5. TRATOS CULTURAIS 
 
• AMONTOA: prática imprescindível estimula a tuberização, previne o esverdeamento e 
protege os tubérculos contra fitopatógenos e insetos (larva-arame e alfinete). Também 
melhora a eficiência da ad. de cobertura. A amontoa é realizada quando as hastes 
atingirem 25-30 cm, aos 25-35 dias após plantio. O camalhão deve ter de 25-30 cm de 
altura. 
 
• IRRIGAÇÃO: plantios de primavera e verão pode ser dispensada, mas, se houver 
deficiência hídrica prolongada pode provocar anomalias como: embonecamento, 
rachadura, chocolate e coração-oco. 
 
• CAPINA: capinas manuais ou mecânicas com cultivadores são efetuadas entre as fileiras. 
Após a amontoa a cultura cerra suas fileiras. Outra prática é o uso de herbicida em pré-
emergência logo após o plantio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
user
Highlight
 
 
 
 
11.6. ANOMALI AS FISIOLÓGICAS
 
• ESVERDEAMENTO: exposição a luz natural ou artificial, mesmo indireta formando 
clorofila e uma substância tóxica, a solanina. Fazer boa amontoa e armazenar a batata
consumo na semi-obscuridade, já a b. semente deve ser exposta a luz indiret
provocar a brotação. A suscetibilidade genética é decisiva para a manifestação dessa 
anomalia; 
• EMBONECAMENTO: crescimento secundário tornando o tubérculo sem valor. Variações 
acentuadas nos teores de água no solo, com períodos de deficiência seguido
excesso hídrico e, também, excesso de N;
• CHOCOLATE: interior dos tubérculos apresenta manchas de coloração ferruginosa. É 
favorecida por temp. elevadas no solo na formação dos tubérculos e por oscilação 
hídrica; 
• CORAÇÃO-OCO: ocorre em solos de alta fe
quando do uso de irrigações pesadas, continuamente. Reduzir o espaçamento entre 
fileiras e controlar as adubações;
• ESFOLAMENTO: tubérculos apresentam pelícola esfolada devido colheita prematura. 
Somente realizar a colheita 7 a 15 dias após a secagem completa da parte aérea 
(pelícola resistente). 
 
11.7. PRAGAS E DOENÇAS
• Pulgões (Myzus persicae e Macrosyphum euphorbiae);
• Bicho-alfinete (larva de Diabrotica speciosa);
• Bicho-arame (larva de Conoderus scalaris); 
• Burrinho-da-batata (Epicauta atomaria);
• Ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus)
• Cochonilha branca (Pseudococcus maritimus);
AS FISIOLÓGICAS 
ESVERDEAMENTO: exposição a luz natural ou artificial, mesmo indireta formando 
clorofila e uma substância tóxica, a solanina. Fazer boa amontoa e armazenar a batata
obscuridade, já a b. semente deve ser exposta a luz indiret
provocar a brotação. A suscetibilidade genética é decisiva para a manifestação dessa 
EMBONECAMENTO: crescimento secundário tornando o tubérculo sem valor. Variações 
acentuadas nos teores de água no solo, com períodos de deficiência seguido

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