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ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CURSO: AGRONOMIA DISCIPLINA: OLERICULTURA CULTIVO DE OLERICULAS Engenheiro Agr. M.Sc Cirio Parizotto Campos Novos, 2015 1 UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – CULTIVO DE OLERICULAS M.Sc Cirio Parizotto 2 SUMARIO 1. INTRODUÇÂO 7 1.1. DEFINIÇÃO 7 1.2. IMPORTÂNCIA DA OLERICULTURA 11 2. TIPOS DE HORTAS 15 3. CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS (Filgueiras, 2007). 15 3.1. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DAS HORTALIÇAS 15 4. FATORES AMBIENTAIS 16 4.1. TEMPERATURA 16 4.2. LUZ 16 4.3. UMIDADE 16 5. LOCALIZAÇÃO E ESCOLHA DA ÁREA 17 5.1. LOCALIZAÇÃO DE UMA HORTA 17 5.2. CARACTERÍSTICAS DO TERRENO 17 6. PRODUÇÃO DE MUDAS 17 6.1. EM SEMENTEIRAS 17 6.2. EM TORRÕES 18 6.3. SUBSTRATO 18 6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJAS 19 6.5. IRRIGAÇÃO NAS BANDEJAS 20 6.6. TRANSPLANTE 20 7. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA (ASSEXUAL) 21 8. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E CALAGEM 21 9. TRATOS CULTURAIS EM OLERÍCOLAS 23 10. CULTIVO AGROECOLÓGICO DE OLERÍCOLAS 27 10.1. HISTÓRICO 27 10.2. PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA 29 10.3. HISTÓRICO E CORRENTES DA AGRICULTURA ALTERNATIVA, SUSTENTÁVEL 30 10.4. QUALIDADE DOS ALIMENTOS AGROECOLÓGICOS 31 10.5. MANEJO AGROECOLÓGICO DO SOLO 34 10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANISMOS 34 10.7. CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS 36 10.8. ROTAÇÃO DE CULTURAS 36 10.9. ADUBAÇÃO VERDE/COBERTURA DO SOLO 37 10.10. COMPOSTAGEM 38 10.11. BIOFERTILIZANTES 40 10.12. TRATAMENTO HIDROTÉRMICO 41 11. BATATA 42 11.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 42 11.2. CULTIVARES 42 11.3. SOLO E ADUBAÇÃO 42 11.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 43 11.5. TRATOS CULTURAIS 43 11.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 44 11.7. PRAGAS E DOENÇAS 44 11.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 45 12. CULTURA DO TOMATE 49 3 12.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 49 12.2. CULTIVARES (CINCO GRUPOS) 49 12.3. SOLO E ADUBAÇÃO 51 12.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 51 12.5. TRATOS CULTURAIS 53 12.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 54 12.7. PRAGAS E DOENÇAS 54 12.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 60 13. PIMENTÃO 60 13.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 60 13.2. CULTIVARES 60 13.3. SOLO E ADUBAÇÃO 61 13.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 61 13.5. TRATOS CULTURAIS 62 13.6. PRAGAS E DOENÇAS 62 13.7. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 66 13.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 66 14. ALFACE 67 14. 1. CULTIVARES 67 14.2. ÉPOCA DE TRANSPLANTE 70 14.3. SOLO E ADUBAÇÃO 70 14.4. TRANSPLANTE 71 14.5. TRATOS CULTURAIS 71 14.6. PRAGAS E DOENÇAS 72 14.7. COLHEITA 75 15. CHICÓRIA 76 16. ALMEIRÃO 76 17. FEIJÃO-DE-VAGEM 77 17.1. NECESSIDADES CLIMÁTICAS 77 17.2. CULTIVARES DE FEIJÃO-DE-VAGEM 78 17.3. SOLO E ADUBAÇÃO 80 17.4. ÉPOCA DE PLANTIO 80 17.5. TRATOS CULTURAIS 81 17.6. PRAGAS E DOENÇAS 82 17.7. COLHEITA 84 18. ERVILHA 85 18.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 85 18.2. CULTIVARES 85 18.3. SOLO E ADUBAÇÃO 85 18.4. TRATOS CULTURAIS 86 18.5. DOENÇAS E PRAGAS 86 18.6. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 87 19. CULTURAS: REPOLHO, COUVE-FLOR E BRÓCOLO 87 19.1. NECESSIDADES CLIMÁTICAS 87 19.2. CULTIVARES 87 19.3. ÉPOCA DE PLANTIO 89 19.4. PREPARO DO SOLO, CALAGEM E ADUBAÇÃO 90 19.5. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 90 4 19.6. TRATOS CULTURAIS IMPORTANTES 90 19.7. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 91 19.8. PRAGAS E DOENÇAS DAS BRÁSSICAS 92 19.9. COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM 97 20. RÚCULA 98 20.1. PRAGAS E DOENÇAS 98 21. RABANETE 99 22. PEPINO 100 22.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 100 22.2. CULTIVARES 101 22.3. SOLO E ADUBAÇÃO 102 22.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 102 22.5. TRATOS CULTURAIS 102 22.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 102 22.7. PRAGAS E DOENÇAS DO PEPINO 103 22.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 105 23. MELANCIA 106 23.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 106 23.2. CULTIVARES 106 23.3. SOLO E ADUBAÇAO 110 23.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 110 23.5. TRATOS CULTURAIS 110 23.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 110 23.7. PRAGAS E DOENÇAS 111 23.8. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 112 24. MELÃO 112 24.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 112 24.2. CULTIVARES 112 24.3. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 114 24.4. TRATOS CULTURAIS 114 24.5. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 114 24. 6. PRAGAS E DOENÇAS 114 24.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 114 25. ABÓBORAS E MORANGAS 115 25.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 115 25.2. CULTIVARES 115 25.3. SOLO E ADUBAÇÃO 118 25.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 118 25.5. TRATOS CULTURAIS 119 25.6. PRAGAS E DOENÇAS 119 25.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 119 26. CENOURA E BETERRABA 120 26.1. NECESSIDADES CLIMÁTICAS 120 26.2. CULTIVARES 120 26.3. ÉPOCA DE PLANTIO 122 26.4. PREPARO DO SOLO, CALAGEM E ADUBAÇÃO 122 26.5. TRATOS CULTURAIS 124 26.6. ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 125 5 26.7. PRAGAS E DOENÇAS DA CENOURA E DA BETERRABA 126 26.8. COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM 129 27. BATATA SALSA/ MANDIOQUINHA-SALSA 131 27.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 131 27.2. CULTIVARES 131 27.3. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E PLANTIO 131 27.4. PRAGAS E DOENÇAS 133 27.5. COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM 135 28. CEBOLA 136 28.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 136 28.2. CULTIVARES 137 28.3. SOLO E ADUBAÇÃO 138 28.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 138 28.5. TRATOS CULTURAIS 139 28.6. PRAGAS E DOENÇAS 139 28.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 144 29. ALHO 145 29.1. CLIMA, ÉPOCA DE PLANTIO E VERNALIZAÇÃO 145 29.2. CULTIVARES 145 29.3. SOLO E ADUBAÇÃO 146 29.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 146 29.5. TRATOS CULTURAIS 147 29.6. PRAGAS E DOENÇAS 147 29.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO 149 30. PLASTICULTURA 149 30.1. CULTIVO PROTEGIDO 149 30.2. INSTALAÇÃO 149 30.3. MANEJO DOS ABRIGOS 150 30.4. TIPOS DE ABRIGOS 153 31. PLANTAS BIOATIVAS 155 6 APRESENTAÇÃO As informações contidas neste material didático sobre olericultura foram obtidas através de uma revisão bibliográfica, dando-se ênfase aos trabalhos técnicos produzidos em Santa Catarina. Tem como objetivo disponibilizar aos acadêmicos e profissionais da Agronomia informações técnicas das principais olerícolas cultivadas em SC. Os temas tratados fazem parte da ementa da disciplina Olericultura oferecida no curso de Agronomia da UNOESC/Campos Novos. Na parte geral são abordados o histórico da olericultura no Brasil, a importância econômica, social e valor alimentar, os fatores climáticos, a escolha do local, preparo e correção do solo. Na parte específica, envolve o estudo das principais espécies de valor econômico no Sul do Brasil (batata, tomate, pimentão, alface, chicória, almeirão, repolho, couve-flor, repolho, brócoli, rúcula, rabanete, feijão-vagem, ervilha, moranga, abóbora, pepino, melancia, melão, cenoura, mandioquinha-salsa, beterraba, alho e cebola), sua propagação, tratos culturais, pragas/doenças,colheita e conservação. São abordados, também, os temas plasticultura e plantas bioativas. Para facilitar a aprendizagem incluiu-se uma série de figuras ilustrativas tornando o texto mais atrativo e próximo da realidade enfrentada pelos profissionais da Agronomia em nível de campo. 7 1. INTRODUÇÂO 1.1. DEFINIÇÃO DO LATIM Oleris – hortaliça + Colere – cultivar É o ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécie de plantas, comumente conhecidas como hortaliças e que engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos. Refere à ciência aplicada ao estudo da agrotecnologia de produção de culturas oleráceas, ministrado nos cursos de agronomia (FILGUEIRA, 2007). Características das hortaliças: ciclo biológico curto; não-lenhosa; tratos culturais intensivos; cultivo em áreas menores, em relação às grandes culturas e utilização na alimentação humana, sem exigir preparo industrial. É uma atividade agronômica intensiva de alta densidade econômica, com uso contínuo do solo com vários ciclos em seqüência. ESQUEMA DIDÁTICO ADOTADO NO BRASIL E EM OUTROS PAÍSES HORTICULTURA Olericultura : hortaliças Fruticultura: fruteiras Floricultura: flores Jardinocultura: plantas ornamentais Viveiricultura: mudas em geral Cultura de plantas condimentares Cultura de plantas medicinais Cultura de cogumelos comestíveis 1.2. IMPORTÂNCIA DA OLERICULTURA • ECONÔMICA • SOCIAL • NUTRACÊUTICA 1.2.1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA • Produção mundial de olerícolas – 89 milhões de ha, com produção de 1,4 bilhões de toneladas, sendo a batata a hortaliça mais cultivada, com produção de 308 milhões de toneladas; • Em 2002, no Brasil foram cultivados 806,9 mil ha de hortaliças, com produção de 15, 7 milhões de toneladas, sendo a maior área também a batata com 153 mil ha e produção de 2,9 milhões de toneladas; • Tomate – hortaliça mais consumida no Brasil, com área de 62 mil ha e produção de 3,5 milhões de toneladas; • Cebola – segunda olerícola em volume de produção com 1,1 milhões de toneladas. • No Brasil a olericultura avançou a partir da década de 40. A participação oficial ocorreu a partir de 1948 com a criação da EMATER-MG e em 1956 a ACARESC-SC. 8 • Em 1961 foi fundada a Sociedade de Olericultura do Brasil – SOB, atualmente “Associação Brasileira de Horticultura”. Realiza congressos anuais e publica a revista técnico-científica “Horticultura Brasileira”. • Década de 70 – implantação dos CEASAS pelo governo federal. • A década de 80: criação da EMBRAPA/DF). • Na última década, acentuou-se a implantação dos sistemas de cultivo protegido e hidroponia. Figura 1. Brasil Comercio Internacional de Hortaliç as, 2000-2008. Fonte: IBGE: Importação e exportação Tabela 2. Situação do Alho no Brasil e nos Estados, 2013. 9 Tabela 3.Brasil,Situação da cebola no Brasil, 2009. Tabela 4. Situação das hortaliças no Brasil, 2013. 10 Tabela 5. Situação da produção de Batata, 2001-2010. Tabela 7. Batata – Área plantada, produção e rendimento obtidos – Safra 2006/07 (*) BATATA Área plantada (ha) Produção colhida (t) Rendimento obtido (kg/ha) Principais microrregiões de SANTA CATARINA 7.379 101.454 13.749 BRASIL 143.218 3.393.957 23.698 Fonte:IBGE Elaboração: Epagri/Cepa - (*) Dados sujeitos a modificações. Tabela 8. Cebola – Área plantada, produção e rendimento obtidos – Safra 2006/07 (*) CEBOLA Área plantada (ha) Produção estimada (t) Rendimento previsto (kg/ha) Principais microrregiões de SANTA CATARINA 21.045 436.502 20.741 BRASIL 62.648 1.302.326 20.788 Fonte:IBGE Elaboração: Epagri/Cepa - (*) Dados sujeitos a modificações. 11 Tabela 9. Tomate – Área plantada, produção e rendimento – Safra 2006/07 (*) TOMATE Área plantada (ha) Produção (t) Rendimento obtido (kg/ha) Principais municípios produtores de SANTA CATARINA (Caçador, Palhoça, Águas Mornas, Santo Amaro, Anitápolis Urubici, Rancho Queimado, Bom Retiro, Lebon Regis, São Pedro de Alcântara) 2.127 118.779 - BRASIL 56.835 3.364.438 59.197 Fonte:IBGE Elaboração: Epagri/Cepa - (*) Dados sujeitos a modificações. 1.2.2. IMPORTÂNCIA SOCIAL Uso intensivo de mão-de-obra, diminuindo o desemprego e o êxodo rural; • Em SC milhares de famílias dependem dessa atividade; • Terapia ocupacional; • Educacional. 1.2.3. IMPORTÂNCIA NUTRACÊUTICA NUTRICIONAL • São ricas em vitaminas sais minerais, com bom teor de carboidratos, proteínas e fibras. • Vitaminas: A, C, B, E, K; • Sais minerais: cálcio, ferro. ALIMENTOS FUNCIONAIS • São produtos alimentares que fornecem benefícios específicos à saúde, superiores aos nutrientes tradicionais que contêm; • Composto responsável pela ação biológica contida nos alimentos. Tabela 10. Produtos Funcionais: qualidade medicinal dos alimentos Benefícios dos temperos Alcaparra Excelente para abrir o apetite, graças ao ácido cáprico que contém. Alecrim Alivia as funções hepáticas e tem propriedades anti-sépticas e estimulantes, facilita a digestão de gordura. Alfavaca Tem propriedades tônicas, anti-sépticas e digestivas Alho Desinfetante e anti-séptico poderoso, é eficaz contra vermes e prisão de ventre Alho-porró Afrodisíaco; possui propriedades digestivas Canela Estimulante, digestivo e anti-séptico Cebola Rica em vitamina C, é anti-séptica, estimulante, diurética, digestiva e purificadora do sangue 12 Cebolinha-verde Rica em vitaminas A e C Coentro É digestivo e purifica o sangue Cravo-da-Índia É estimulante, excitante, digestivo e reduz dores de dente e mau-hálito Curry Estimula a digestão e desinfeta o intestino Erva-cidreira Antiespasmódica, digestiva e calmante Erva-doce Estimula o apetite, contra cólicas do estômago e azias Gengibre É um poderoso estimulante do estômago e da atividade cerebral. Tem também propriedades anti-sépticas Gergelim Ajuda a prevenir a prisão de ventre, é rico em ácidos graxos Ômega-3 Hortelã É diurética, ótima para superar gripes e má digestão Louro Combate a prisão de ventre Manjerona Anti-séptico, estimula o apetite e facilita a digestão Noz-moscada É digestiva, atenua náuseas e vômitos, age contra a anemia e diarréia crônica Orégano Ajuda a curar tosses, enxaqueca por “nervoso” e irritação Raiz-forte É anti-séptica, laxativa e extremamente diurética. Salsa É rica em vitaminas A,B e C Sálvia É adstringente, tônica e estimulante da digestão Urucum É adstringente e rico em vitamina C Pimenta-vermelha Alivia doenças respiratórias e estimula a digestão Componentes bioativos e seus benefícios Alimentos Composto Bioativo Benefícios Acelga Kaempferol Anticoagulante, antialérgico, diurético, antiinflamatório, combate viroses Alho, alho-porró Kaempferol, alicina, allium Anticoagulante, ajuda a prevenir o câncer, protege o fígado, antialérgico, analgésico, combate viroses, diurético, antiinflamatório, antioxidante, previne o diabetes, estimula o sistema imunológico, reduzo colesterol, dissolve gorduras e combate fungos. Berinjela Licopeno, ácido linoléico, antiácinas Auxilia na prevenção do câncer, antidepressivo, analgésico, reduz o colesterol, estimula o sistema imunológico. Brócolis, repolho, couve, couve-flor Indóis, isotiocianatos Descongestionante, previne câncer, combate viroses, antiinflamatório, protege o fígado, antibiótico, combate fungos, anticoagulante, reduz o colesterol, combate a dor muscular, diminui a pressão arterial, analgésico. 13 Cacau, chocolate amargo, chocolate ao leite Epicatequina, catequina Proteção antioxidante para o LDL (mau colesterol), prevenção de doenças cardíacas, presente em maior quantidade no chocolate amargo. Chá verde Polifenóis (catequinas)Anticancerígeno Cebola Kaempferol, aliína, alicina, flavonóides Previne doenças cardiovasculares, antialérgico, antibiótico, antiinflamatório, antioxidante, dissolve gorduras. Cenoura, abóbora Kaempferol, licopeno, quercitina, betacaroteno Antialérgico, antibiótico, antiinflamatório, combate a dor muscular, anestésico, auxilia no tratamento do câncer de mama, bexiga e próstata, laxante, combate viroses, antioxidante, reduz o colesterol, vasodilatador, previne a catarata, trata a asma. Cereais integrais (Aveia) Fibra solúvel, beta- glucano Redução da taxa de colesterol e LDL, redução do risco de câncer de cólon. Ervilha Ácido gentisíco, ácido fítico, ácido salicílico Analgésico, antiinflamatório, tratamento do reumatismo, antibiótico, combate viroses, tratamento do cálculo renal, diminui a pressão arterial, reduz o colesterol. Espinafre Kaempferol, quercitina, glutationa, rutina Combate e previne a hepatite, ajuda a evitar o câncer, antioxidante, tratamento de inflamações na pele, contar dores musculares, anticoagulante, analgésico, estimula sistema imunológico. Frutas Cítricas Terpenos, limonóides, cumarinas, hesperidina Estimula a produção de enzimas anticancerígenas. Grão-de-bico, feijão, lentilha Genisteína, daidzeína Ação similar à do hormônio estrogênio, contra fungos, combate a dor muscular, antiinflamatório, antibiótico. Iogurte Bífido, Bactérias, Lactobacilos Combate o colesterol alto, auxilia na prevenção do câncer de intestino, pressão arterial. Limão, lima, laranja Limonóide Reduz o colesterol, ajuda a prevenir o câncer de cólon, mama e pulmão. Linhaça Lignanas Reduz a probabilidade de câncer induzido pelo hormônio estrogênio. Maçã Ácido benzóico, flavonóides, rutina, pectina Previne doenças cardiovasculares, antibiótico, antiinflamatório, fortalece artérias e veias, diurético, anestésico, expectorante. Morango D-catequina, ácido elágico Antiinflamatório, antioxidante ajuda a evitar o câncer, estimula o funcionamento do coração. Pêssego Licopeno, quercitina Antioxidante, anticoagulante, estimula o funcionamento da insulina, tratamento da asma. Pimenta Vermelha Capsaicina Protege o Ácido Ribonucléico (ARN) contra substancias carcinogênicas, artrite e asma. Raiz de chicória,aspargo, Oligossacarídeo Reduz constipação, colesterol, pressão arterial, toxinas intestinais. 14 banana, tomate, alho Salmão, Arenque, Atum, Sardinha, Linhaça Ácido Ômega-3 Reduz o colesterol, combate triglicerídeos, dissolve placas de gorduras, auxilia no tratamento e prevenção de câncer de mama e hipertensão. Soja Genisteína, daidzeína Diminui a retenção de liquido no corpo, combate cálculo renal, ajuda a evitar o câncer, vasodilatador, antibiótico, tratamento de reumatismo, ação similar à do hormônio estrogênio, combate fungos, combate o colesterol, câncer de mama e osteoporose. Tomate, melancia, goiaba Licopeno Tratamento e prevenção do câncer de bexiga, mama e próstata, reduz o colesterol e a pressão arterial, ação antioxidante. Uva e vinho D-quercitina, compostos fenólicos, flavonóides, resveratrol Anticoagulante, anticarcinogênicco, antiviral, reduz o colesterol, estimula o coração, antioxidante. FONTE: STÜRMER, 2002. • O tomate é vermelho porque possui um fitonutriente, chamado licopeno, que lhe atribui essa cor. O licopeno é responsável por benefícios ao nível do organismo, notadamente, na prevenção das doenças cardiovasculares. O licopeno impede a oxidação do mau colesterol, o LDL, que é responsável pela formação de placas de gordura no sangue e conseqüente ocorrência de enfartes do miocárdio e acidentes cardiovasculares. • Os pimentões de cores fortes possuem alto teor de bioflavonóides, pigmentos vegetais que ajudam a prevenir contra o câncer, de ácidos fenólicos que inibem a formação de nitrosaminas cancerígenas e de esterol vegetal, precursor da vitamina D, que parece proteger contra o câncer. • As alfaces e outras verduras de coloração mais intensa também contêm um alto teor de bioflavonoides, pigmentos vegetais conhecidos por trabalharem com a vitamina C e outros antioxidantes para prevenir danos às células causadoras de câncer. • A couve-flor possui quantidade apreciável de sais minerais importantes que atuam na formação dos ossos, dentes e sangue e, entre eles, estão o Cálcio, Fósforo e o Ferro. Além disso, apresenta vitaminas do Complexo B (B2 e B5) que tem por funções evitar problemas de pele, do aparelho digestivo, são essenciais ao crescimento e evitam a queda dos cabelos. Alimento protetor muito rico em vitamina A, a couve-flor é recomendada nos casos de desnutrição, debilidade geral e convalescença. As suas folhas verdes são muito eficazes no combate às anemias. • O brócoli é um vegetal muito rico em Cálcio e Ferro, minerais importantes para a formação e manutenção de ossos e dentes e à integridade do sangue; possui ainda vitamina A, indispensável à boa visão e à saúde da pele; e vitamina C, que se perde durante o cozimento usual. Pesquisas realizadas revelaram que o brócoli, assim como outros alimentos da mesma família das brassicáceas, previne várias formas de câncer, incluindo os de estômago, esôfago, pulmão, faringe, útero, pâncreas e cólon. • Os nutrientes da rúcula são semelhantes aos da mostarda. É rica em proteínas, vitaminas A e C, e sais minerais, principalmente cálcio e ferro. Também é um excelente estimulante de apetite. • O pepino (Cucumis sativus) é uma hortaliça fruto refrescante em função de seu alto teor de água (95%). Contém pequena quantidade de vitaminas A, C, B1, B2, e de sais minerais. Possui beta-caroteno, folacina, cálcio, magnésio, potássio, fósforo, selênio e é rico em zinco, auxiliando o transporte de vitamina A no organismo. O seu valor calórico é baixo, em 100g contém 12 a 14 kcal, e por isso também é indicado para pessoas que desejam perder peso. 15 • A melancia é uma das frutas mais ricas em vitaminas vendidas no Brasil: vitaminas A, C, B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B6, B12, niacina, ácido fólico e biotina. As sementes da melancia são utilizadas em algumas regiões do país no preparo de uma bebida diurética e vermífuga, denominada orchata. • A beterraba tem propriedades diuréticas, são purificadoras e reguladoras das funções digestivas, fluidificantes da bílis, estimulam o peristaltismo (tem propriedades anti- diarréicas quando ingerida cozida) e auxiliam na cicatrização das feridas. Consumidas cruas (raladas) são ideais para ajudar a combater atrasos no crescimento ou no combate às infecções. Quando consumida crua preserva suas propriedades nutricionais. A beterraba é muito rica em vitaminas e minerais. Os nutrientes se concentram mais nas folhas, mas a raiz também tem vitaminas A, B e C. Além disso, ela tem ainda cálcio, ferro e açúcar, que lhe confere o sabor adocicado, e alto teor de potássio. Ajuda no controle de pressão alta. 2. TIPOS DE HORTAS TIPOS DE EXPLORAÇÃO EM OLERICULTURA SEGUNDO FILGUEIRAS, 2007. • HORTA DOMÉSTICA, RECREATIVA OU EDUCATIVA – o objetivo é a alimentação da família ou da comunidade. Hortaliças de alta qualidade. São hortas diversificadas, em pequenas áreas próximas das residências, a clubes, a escolas, a hospitais. Importante no ensino fundamental e como terapia. • EXPLORAÇÃO DIVERSIFICADA – próximas aos centros urbanos. São pequenas áreas com espécies diversificadas (venda direta), normalmente usa mão-de-obra familiar; • EXPLORAÇÃO ESPECIALIZADA – menor nº de espécies cultivadas, uso intensivo de insumos e máquinas em grandes áreas, utiliza mão-de-obra contratada. Ex. cebola, batata, melancia, melão, cenoura. Normalmente a venda é direta com os atacadistas; • EXPLORAÇÃO P/ FINS INDUSTRIAIS – grandes áreas mecanizadas. Ex. tomate rasteiro, ervilha; • VIVEIRICULTURA – especializada na produção de mudas das mais diversas olerícolas; • PRODUÇÃO DE SEMENTES BOTÂNICAS – empresas produtoras desementes contratam e orientam agricultores para a produção de sementes. Normalmente recebem os insumos; • PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS VEGETATIVAS - espécies de propagação assexuada como a batata, batata-doce, morango e alho, livres de vírus e outros patógenos. 3. CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS (Filgueiras, 2007). • HORTALIÇAS-FRUTO: tomate, melancia, melão, morango, feijão-vagem; • HORTALIÇAS HERBÁCEAS: parte comestível acima do solo – alface, repolho, couve- flor, brócoli; • HORTALIÇAS TUBEROSAS: parte comestível dentro do solo, sendo ricas em carboidratos – raízes (cenoura, bata-doce, rabanete e mandioquinha-salsa); tubérculos (batata, cará); rizomas (inhame); bulbos (alho e cebola). 3.1. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DAS HORTALIÇAS BOTÂNICOS: divisões, classes, ordens, famílias, gêneros, espécies, variedades botânicas. • Família: reunião de gêneros semelhantes; • Gênero: agrupamento de espécies afins; • Espécie: unidade taxonômica englobando indivíduos muito similares; 16 • Variedade botânica: população com características peculiares, dentro de certas espécies oleráceas. VARIEDADE BOTÂNICA E CULTIVAR - O termo “variedade” está sendo substituído por “cultivar” (universal). CULTIVAR: • CLONE: conjunto de plantas geneticamente idênticas e originária de uma única planta- matriz, propagada assexualmente. Ex. alho, batata, couve-manteiga, morango e mandioquinha-salsa; • LINHAGEM: grupo de plantas, com aparência muito uniforme, propagadas por via sexual, cujas características são mantidas por seleção. Originariamente são obtidas por autofecundação induzida; • CULTIVAR NÃO-HÍBRIDA: grupo de plantas que apresentam pequenas diferenças genéticas, porém mantém características agronômicas comuns; • CULTIVAR HÍBRIDA: conjunto de plantas altamente uniforme, de modo geral obtida pelo cruzamento controlado entre duas linhagens compatíveis. 4. FATORES AMBIENTAIS 4.1. TEMPERATURA Fator climático que maior influência exerce sobre as oleráceas. Temperaturas abaixo do nível ótimo podem prolongar o ciclo, ou provocar o florescimento prematuro, acima do nível ótimo, podem provocar perda de qualidade. Em relação à temperatura são classificadas em três grandes grupos: • Hortaliças de clima quente – exigem temperatura elevadas diurnas e noturnas, não toleram geadas. Ex. cucurbitáceas, bata-doce; • Hortaliças de clima ameno – toleram temp. mais baixas, próximas e acima de zero grau, suportam geadas leves. Ex. tomate, batata, moranga híbrida e alface; • Hortaliças de clima frio – produzem melhor sob baixas temperaturas. Toleram geadas pesadas. Ex. alho, cebola, beterraba e couves. 4.2. LUZ • INTENSIDADE: alta maior fotossíntese e maior quantidade de matéria seca. Baixa intensidade provoca alongamento celular (estiolamento) sem elevação do teor de matéria seca = plantas frágeis e de menor produtividade; • FOTOPERÍODO: duração do período luminoso dentro de um dia de 24h. Afeta o crescimento vegetativo, floração e frutificação. Cebola e alho só formam o bulbo quando os dias atingirem um mínimo de horas luz. A formação de flores é afetada em certas cultivares de alfaces americanas e européias florescendo precocemente quando cultivadas no verão brasileiro. Já o morango somente floresce em dias curtos e tornando- se vegetativo no verão. 4.3. UMIDADE • As hortaliças são constituídas de mais de 90 % de água. Fator climático possível de ser controlado pelo olericultor. • Temperaturas altas e umidade elevada prejudicam as hortaliças, favorecendo o ataque de pragas e doenças. Temperaturas amenas e baixa umidade do ar beneficiam o desenvolvimento da maior parte das culturas. 17 5. LOCALIZAÇÃO E ESCOLHA DA ÁREA 5.1. LOCALIZAÇÃO DE UMA HORTA • Fácil acesso (boas estradas); • Dê preferência próxima à vegetação nativa (quebra-vento, inimigos naturais); • Próxima à residência; • Próxima a mananciais d’água. 5.2. CARACTERÍSTICAS DO TERRENO • DECLIVIDADE: ligeiramente inclinados ou planos, devem ser bem drenados. Inclinação ideal: até 6% de declive. • ORIENTAÇÃO: Evitar a exposição sul, se não for possível usar quebra-ventos. A área deve ser bem ensolarada; • SOLO: O ideal é o medianamente leve (areno-argiloso), permeável e de boa fertilidade. Evitar instalar uma horta em solos contaminados por fungos, bactérias e nematóides. 6. PRODUÇÃO DE MUDAS 6.1. EM SEMENTEIRAS Aquisição de sementes: • Não compre sementes a granel; • Observe a data de validade no rótulo; • Exija nota fiscal com descrição da espécie, variedade, número de lote e P.G. • Escolha variedades adaptadas e com boa aceitação de mercado; • Sanidade: as sementes podem conter na película externa fungos e bactérias e no seu interior vírus que não são controlados pelos agrotóxicos. A melhor maneira de eliminar esses agentes e melhorar a uniformidade da germinação é fazer o tratamento hidrotérmico. Após a semeadura cobrir a sementeira com: • Saco de aniagem; • Capim seco; • Tela de sombrite 50% (verão); • Cobertura com plástico transparente; • Outros materiais: uma camada de um cm com casca de arroz ou serragem (não retirar após início da germinação); • Regar de uma a duas vezes ao dia (no verão); ●Desbastar o excesso de plantas, deixando as mais vigorosas. Fig. 2. Tipos de cobertura da sementeira: sombrite (50%), casca de arroz e serragem. Fonte: SILVA & DELLA BRUNA, 2009. 18 Figura 3. Controle de inço com papel jornal na produção de mudas de cebola EE da Epagri de Campos Novos/SC. TRANSPLANTE É a passagem das mudas da sementeira para a área definitiva. Normalmente transplantam- se as mudas com quatro a seis folhas definitivas. PODA DE RAÍZES E FOLHAS • Não é recomendável, substâncias sintetizadas nas folhas auxiliam na recuperação das raízes; • Pode retardar a colheita; • Expõe à planta a penetração de patógenos. 6.2. EM TORRÕES • Sacos de papel; • Sacos plásticos; • Copos descartáveis ou tubetes; • Bandejas de poliestireno (isopor) TIPOS DE BANDEJAS Nº de células Altura (cm) Principais culturas 288 5,00 Alface, chicória 200 6,00 Alface, brassicáceas, chicória 128 6,20 Alface, tomate, brassicáceas, pimentão, melão, pepino 128 9,00 Melancia As bandejas ficam dentro de um abrigo protegido dispostas a no mínimo 80 cm de altura para que ocorra a poda aérea das raízes (Fig. 7). 6.3. SUBSTRATO CONVENCIONAL • Vermiculita expandida (30 a 40%), materiais orgânicos (turfa, casca de pinus, carvão de casca de arroz ou composto orgânico), fertilizantes e aditivos. AGROECOLÓGICO - SUBSTRATO CASEIRO • 9 partes de terra peneirada; • 3 partes de cama de aviário curtida e peneirada; • 1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada; • 200g de fosfato natural para cada 20 litros de mistura. SUBSTRATO EE da Epagri (CN) • 50% composto orgânico; • 25% terra; • 25% cama de aviário ou húmus de minhoca. 6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJA S DESINFECÇÃO DAS BANDEJAS Logo após a retirada das mudas lavar as bandejas e aplicar água sanitária a 5% ou, preferencialmente, sulfato de cob SEMEADURA • Duas a três sementes por célula ou uma peletizada; • Profundidade – 3 a 5 mm, cobrir com o próprio substrato; • No inverno, após semeadura cobrir as bandejas com estopa ou deixá o início da germinação; • As bandejas devem permanecer em abrigos protegidos; REPICAGEM Sementes não peletizadas aproveita bandeja. Deve ser feita quando tiver uma folha definitiva. Fig 6.Produção de alface em Fig 7. Bandejas suspensas em estrados. Fig. 4. Semeadura de hortaliças com auxilio de marcador e semeador. Fonte: WWW.agrovivax.com.br/semeart+.htm 3 partes de cama de aviário curtida e peneirada; 1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada; 200g de fosfato natural para cada 20 litros de mistura. SUBSTRATO EE daEpagri (CN) gânico; 25% cama de aviário ou húmus de minhoca. 6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJA S DESINFECÇÃO DAS BANDEJAS Logo após a retirada das mudas lavar as bandejas e aplicar água sanitária a 5% ou, preferencialmente, sulfato de cobre em suspensão a 5g por litro de água. Duas a três sementes por célula ou uma peletizada; 3 a 5 mm, cobrir com o próprio substrato; No inverno, após semeadura cobrir as bandejas com estopa ou deixá As bandejas devem permanecer em abrigos protegidos; Sementes não peletizadas aproveita-se as mudas excedentes e repica bandeja. Deve ser feita quando tiver uma folha definitiva. de alface em bandeja de Isopor. Bandejas suspensas em estrados. hortaliças com auxilio de marcador e semeador. WWW.agrovivax.com.br/semeart+.htm Fig 5. Semeadura manual de hortaliças. 19 1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada; 6.4. DESINFECÇÃO, SEMEADURA E REPICAGEM NAS BANDEJA S Logo após a retirada das mudas lavar as bandejas e aplicar água sanitária a 5% ou, re em suspensão a 5g por litro de água. No inverno, após semeadura cobrir as bandejas com estopa ou deixá-las amontoadas até se as mudas excedentes e repica-se para outra . Fig 5. Semeadura manual de 6.5. IRRIGAÇÃO NAS BANDEJAS • Com regador de crivos finos ou com micro aspersores especiais; • Umedecer o substrato o suficiente sem gotejar na parte inferior da célula para evitar a perda de nutrientes; • Freqüência: depende da temp. e umidade relativa, variando de uma a três vezes ao dia. Durante a noite a parte aérea das plantas deve permanecer seca. 6.6. TRANSPLANTE • Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno); • O transplante é realizado com 4 • Um dia antes do transplante suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha (“endurecimento” das mudas), um pouco antes da retirada das mudas faça uma boa irrigação para facilitar a retirada da muda com o torrão; • Enterre apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da muda; • Após faça uma irrigação no local definitivo. 7. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA (ASSEXUAL) • Forma um novo indivíduo idêntico a planta mãe. Ex. alho, batata, batata couve-folha, mandioquinha • Vantagens: reprodução integral das características da planta matriz e reduz o ciclo da cultura; • Desvantagens: degeneração dos clones pelo acúmulo de fitopatógenos (viroses), tendo como conseqüência a perda de vig • Cultura de tecidos: usada para “limpar” os clones. Ex. batata, morango, batata e mandioquinha-salsa. 6.5. IRRIGAÇÃO NAS BANDEJAS Com regador de crivos finos ou com micro aspersores especiais; bstrato o suficiente sem gotejar na parte inferior da célula para evitar a Freqüência: depende da temp. e umidade relativa, variando de uma a três vezes ao dia. Durante a noite a parte aérea das plantas deve permanecer seca. Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno); O transplante é realizado com 4-6 folhas definitivas ou 10-15 cm (sementeiras); Um dia antes do transplante suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha (“endurecimento” das mudas), um pouco antes da retirada das mudas faça uma boa irrigação para facilitar a retirada da muda com o torrão; nterre apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da Após faça uma irrigação no local definitivo. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA (ASSEXUAL) Forma um novo indivíduo idêntico a planta mãe. Ex. alho, batata, batata folha, mandioquinha-salsa, morango; Vantagens: reprodução integral das características da planta matriz e reduz o ciclo da Desvantagens: degeneração dos clones pelo acúmulo de fitopatógenos (viroses), tendo como conseqüência a perda de vigor e do rendimento; maior custo de implantação; Cultura de tecidos: usada para “limpar” os clones. Ex. batata, morango, batata 20 bstrato o suficiente sem gotejar na parte inferior da célula para evitar a Freqüência: depende da temp. e umidade relativa, variando de uma a três vezes ao dia. Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno); 15 cm (sementeiras); Um dia antes do transplante suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha (“endurecimento” das mudas), um pouco antes da retirada das mudas faça uma boa nterre apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da Forma um novo indivíduo idêntico a planta mãe. Ex. alho, batata, batata-doce, cebolinha, Vantagens: reprodução integral das características da planta matriz e reduz o ciclo da Desvantagens: degeneração dos clones pelo acúmulo de fitopatógenos (viroses), tendo or e do rendimento; maior custo de implantação; Cultura de tecidos: usada para “limpar” os clones. Ex. batata, morango, batata-doce, alho 8. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E CALAGEM PREPARO DO SOLO • Adoção de práticas tradicionais, como plantio em curva de nível, plantio de cordões vegetais e sumidouros nas estradas; • Na condição tropical e subtropical o preparo do solo leva a mineralização da M.O. em quantidades maiores das possibilidades de reposição, o implementos aceleram esse processo; PRÁTICAS RECOMENDADAS • Plantio direto e cultivo mínimo roçadeira; • Para hortaliças de espaçamento maiores somente preparar a cova ou o sulco de f manual ou com sulcadores tracionados; • Recomenda-se fazer rotação com espécies que exigem preparo diferentes, como espécies que exigem preparo intensivo e plantio direto. Ex. alface e tomate; • Usar a aração e gradagem o mínimo possível e somente usar a de extrema necessidade; Uso do subsolador em áreas de cultivo intensivo de dois em dois anos. CALAGEM E ADUBAÇÃO • Calcário de acordo com a análise do solo (três meses antes do plantio); • Fosfato natural; • Os vegetais necessitam 14 nutrientes reconhecidos como essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, B, Zn, Mo, Cu, Mn, Fe, Cl e Ni; • A calagem não fornece Ca e Mg suficiente para as olerícolas. Quando do uso de uma fórmula química (NPK) é fundamental que tenha também esses dois elementos. PREPARO DO SOLO, ADUBAÇÃO E CALAGEM ção de práticas tradicionais, como plantio em curva de nível, plantio de cordões vegetais e sumidouros nas estradas; Na condição tropical e subtropical o preparo do solo leva a mineralização da M.O. em quantidades maiores das possibilidades de reposição, o uso de arados e outros implementos aceleram esse processo; PRÁTICAS RECOMENDADAS Plantio direto e cultivo mínimo – equipamentos: rolo-faca, rolo Para hortaliças de espaçamento maiores somente preparar a cova ou o sulco de f manual ou com sulcadores tracionados; se fazer rotação com espécies que exigem preparo diferentes, como espécies que exigem preparo intensivo e plantio direto. Ex. alface e tomate; Usar a aração e gradagem o mínimo possível e somente usar a enxada rotativa em caso de extrema necessidade; Uso do subsolador em áreas de cultivo intensivo de dois em dois anos. CALAGEM E ADUBAÇÃO Calcário de acordo com a análise do solo (três meses antes do plantio); am 14 nutrientes reconhecidos como essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, B, Zn, Mo, Cu, Mn, Fe, Cl e Ni; A calagem não fornece Ca e Mg suficiente para as olerícolas. Quando do uso de uma fórmula química (NPK) é fundamental que tenha também esses dois elementos. 21 ção de práticas tradicionais, como plantio emcurva de nível, plantio de cordões Na condição tropical e subtropical o preparo do solo leva a mineralização da M.O. em uso de arados e outros faca, rolo-disco, triturador e Para hortaliças de espaçamento maiores somente preparar a cova ou o sulco de forma se fazer rotação com espécies que exigem preparo diferentes, como espécies que exigem preparo intensivo e plantio direto. Ex. alface e tomate; enxada rotativa em caso Uso do subsolador em áreas de cultivo intensivo de dois em dois anos. am 14 nutrientes reconhecidos como essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, A calagem não fornece Ca e Mg suficiente para as olerícolas. Quando do uso de uma fórmula química (NPK) é fundamental que tenha também esses dois elementos. ADUBAÇÃO ORGÂNICA • O esterco de aves provoca acúmulo de P e K e pode elevar o cálcio provocando o desbalanço da relação Ca: Mg. Concentrações elevadas de K decrescem a absorção de Ca e Mg; • No sistema agroecológico devemos dar atenção especial ao N atravé fixadoras; • O esterco de suínos somente poderá ser utilizado nas olerícolas como inoculante, no processo de compostagem. O mesmo pode conter diversas doenças que ataca o ser humano. • Canteiros - devem ter 15 a 20 cm de altura, de 1 a 1,2m de lar Comprimento variável. Entre canteiros 50 cm; • Adubos químicos – não devem entrar em contato com as sementes; • Adubos orgânicos – devem ser bem fermentados; • Micronutrientes – a deficiência de boro afeta as culturas de repolho, couve alho. A falta de molibdênio afeta a couve SEMEADURA DIRETA • Cucurbitáceas, fabáceas, a maioria das tuberosas como a cenoura, rabanete, rábano e beterraba. Vantagens: economia de mão patógenos. Desvantagens: maior quantidade de sementes e maior dificuldade da aplicação dos tratos culturais na fase inicial (capina e irrigação). Quando usar canteiros Espécies cultivadas em espaçamento maiores, como o repolho, pepino, abobrinha, cebola, tomate não necessitam formar os canteiros. Tipos de canteiros: - Canteiros temporários; - Canteiros fixos: tijolos, pedras, madeira, garrafa pet, telhas e bambu. Canteiros temporários Largura: 1,0 a 1,2m Altura: 15 a 20 cm Comprimento: variável Distância entre canteiros: 40 cm a 50 cm. O esterco de aves provoca acúmulo de P e K e pode elevar o cálcio provocando o desbalanço da relação Ca: Mg. Concentrações elevadas de K decrescem a absorção de No sistema agroecológico devemos dar atenção especial ao N atravé O esterco de suínos somente poderá ser utilizado nas olerícolas como inoculante, no processo de compostagem. O mesmo pode conter diversas doenças que ataca o ser devem ter 15 a 20 cm de altura, de 1 a 1,2m de lar Comprimento variável. Entre canteiros 50 cm; não devem entrar em contato com as sementes; devem ser bem fermentados; a deficiência de boro afeta as culturas de repolho, couve alho. A falta de molibdênio afeta a couve-flor. Cucurbitáceas, fabáceas, a maioria das tuberosas como a cenoura, rabanete, rábano e Vantagens: economia de mão-de-obra, redução do ciclo e menor disseminação de Desvantagens: maior quantidade de sementes e maior dificuldade da aplicação dos tratos culturais na fase inicial (capina e irrigação). Espécies cultivadas em espaçamento maiores, como o repolho, pepino, abobrinha, cebola, necessitam formar os canteiros. Canteiros fixos: tijolos, pedras, madeira, garrafa pet, telhas e bambu. ros: 40 cm a 50 cm. 22 O esterco de aves provoca acúmulo de P e K e pode elevar o cálcio provocando o desbalanço da relação Ca: Mg. Concentrações elevadas de K decrescem a absorção de No sistema agroecológico devemos dar atenção especial ao N através de plantas O esterco de suínos somente poderá ser utilizado nas olerícolas como inoculante, no processo de compostagem. O mesmo pode conter diversas doenças que ataca o ser devem ter 15 a 20 cm de altura, de 1 a 1,2m de largura (no máximo). não devem entrar em contato com as sementes; a deficiência de boro afeta as culturas de repolho, couve-flor, tomate e Cucurbitáceas, fabáceas, a maioria das tuberosas como a cenoura, rabanete, rábano e obra, redução do ciclo e menor disseminação de Desvantagens: maior quantidade de sementes e maior dificuldade da aplicação dos tratos Espécies cultivadas em espaçamento maiores, como o repolho, pepino, abobrinha, cebola, user Highlight Canteiros Fixo 9 . TRATOS CULTURAIS EM OLERÍCOLAS DEFINIÇÃO Entende-se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura expresse ao máximo sua potencialidade produtiva. PRINCIPAIS TRATOS CULTURAIS • IRRIGAÇÃO • COBERTURA MORTA • CONTROLE DE INÇOS/PLANTAS ESPONTÂNEAS • DESBASTE • ADUBAÇÃO DE COBERTURA • AMONTOA • TUTORAMENTO E AMARRIO • DESBROTA • CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS IRRIGAÇÃO • A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio; • Não utilizar água de rios contaminados (salmonelas...); SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: aspersão, gotejamento e sulcos. • SULCOS – tomate (pouco utilizado); • ASPERSÃO – beterraba, cenoura, repolho, alface; • GOTEJAMENTO – tomate, pimentão, morango, alface; • Em abrigos protegidos usar gotejamento; • FREQUÊNCIA – herbáceas diariamente, frutos e raízes de 3 em 3 dias (verão). IRRIGAÇÃO • TENSIÔMETRO: mede o teor de água útil (aproveitável pelo sistema radicular), deve ficar entre 70 a 100% (ponto de murcha a capacidade de campo • Ordem de exigência: herbáceas > hortaliças • ASPERSÃO: irrigar ao amanhecer (ausência de sol e de ventos); Desvantagens: lava agrotóxico e favorece doenças; • GOTEJAMENTO: fornece água diretamente no sistema radicular. 9 . TRATOS CULTURAIS EM OLERÍCOLAS se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura expresse ao máximo sua potencialidade produtiva. PRINCIPAIS TRATOS CULTURAIS CONTROLE DE INÇOS/PLANTAS ESPONTÂNEAS ADUBAÇÃO DE COBERTURA TUTORAMENTO E AMARRIO CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio; ar água de rios contaminados (salmonelas...); SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: aspersão, gotejamento e sulcos. tomate (pouco utilizado); beterraba, cenoura, repolho, alface; tomate, pimentão, morango, alface; idos usar gotejamento; herbáceas diariamente, frutos e raízes de 3 em 3 dias (verão). TENSIÔMETRO: mede o teor de água útil (aproveitável pelo sistema radicular), deve ficar entre 70 a 100% (ponto de murcha a capacidade de campo: 0% a 100%); Ordem de exigência: herbáceas > hortaliças-fruto > tuberosas; ASPERSÃO: irrigar ao amanhecer (ausência de sol e de ventos); Desvantagens: lava agrotóxico e favorece doenças; GOTEJAMENTO: fornece água diretamente no sistema radicular. 23 se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio; herbáceas diariamente, frutos e raízes de 3 em 3 dias (verão). TENSIÔMETRO: mede o teor de água útil (aproveitável pelo sistema radicular), deve ficar : 0% a 100%); Vantagens: maior economia de água e aumenta a eficiência da irrigação; favorece o controle de inços; economia de mão evitando escorrimento artificial e perdas de nutrientes por lixiviação; reduz o cicl culturas; aumento o rendimento e reduz a necessidade de pesticidas. Desvantagem: custo maior do equipamento e pode provocar salinização em abrigos protegidos; • A irrigação por gotejamento deve ser diária ou no máximo a cada três dias. COBERTURA MORTA • MATERIAIS: casca de arroz, palhas diversas, acículas de pinus, lona plástica; • QUANTIDADE: Camada de 5 a 10 cm; • VANTAGENS: reduz plantas espontâneas e mão temperatura no verão, fertiliza o solo, hortaliça Vantagens: maior economia de água e aumenta a eficiência da irrigação; favorece o controle de inços; economia de mão-de-obra; possibilita a fertirrigação; conserva o solo evitando escorrimento artificial e perdas denutrientes por lixiviação; reduz o cicl culturas; aumento o rendimento e reduz a necessidade de pesticidas. Desvantagem: custo maior do equipamento e pode provocar salinização em abrigos A irrigação por gotejamento deve ser diária ou no máximo a cada três dias. MATERIAIS: casca de arroz, palhas diversas, acículas de pinus, lona plástica; QUANTIDADE: Camada de 5 a 10 cm; VANTAGENS: reduz plantas espontâneas e mão-de-obra, mantém umidade, reduz temperatura no verão, fertiliza o solo, hortaliças ficam mais limpas, reduz doença ASPERSÃO SANTENO 24 Vantagens: maior economia de água e aumenta a eficiência da irrigação; favorece o obra; possibilita a fertirrigação; conserva o solo evitando escorrimento artificial e perdas de nutrientes por lixiviação; reduz o ciclo das culturas; aumento o rendimento e reduz a necessidade de pesticidas. Desvantagem: custo maior do equipamento e pode provocar salinização em abrigos A irrigação por gotejamento deve ser diária ou no máximo a cada três dias. MATERIAIS: casca de arroz, palhas diversas, acículas de pinus, lona plástica; obra, mantém umidade, reduz s ficam mais limpas, reduz doenças. CONTROLE DE INÇOS/ESPONTÂNEAS • Na fase inicial as plantas indesejáveis competem com a cultura com água, luz e nutrientes. Na fase final do ciclo não há necessidade de controle; • Culturas com espaçamento maiores mant ESPONTÂNEAS Na fase inicial as plantas indesejáveis competem com a cultura com água, luz e nutrientes. Na fase final do ciclo não há necessidade de controle; Culturas com espaçamento maiores manter livre a área de exploração de raízes. 25 Na fase inicial as plantas indesejáveis competem com a cultura com água, luz e er livre a área de exploração de raízes. ADUBAÇÃO DE COBERTURA. • No cultivo convencional usa • No cultivo agroecológico usa • No sistema agroecológico recomenda fornecer os nutrientes de uma forma gradual, principalmente o N que não se acumula no solo. DESBROTA É a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas ou da haste de algumas espécies como o tomate e pimentão. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS ADUBAÇÃO DE COBERTURA. No cultivo convencional usa-se uréia ou nitrato; No cultivo agroecológico usa-se o composto orgânico ou biofertilizante; No sistema agroecológico recomenda-se o parcelamento da adubação fornecer os nutrientes de uma forma gradual, principalmente o N que não se acumula no É a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas ou da haste de algumas espécies como o tomate e pimentão. PRAGAS E DOENÇAS 26 se o composto orgânico ou biofertilizante; se o parcelamento da adubação de cobertura para fornecer os nutrientes de uma forma gradual, principalmente o N que não se acumula no É a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas ou da haste de algumas espécies 27 10. CULTIVO AGROECOLÓGICO DE OLERÍCOLAS 10.1. HISTÓRICO A Agricultura Moderna Espinha dorsal Cultivo intensivo do solo Monocultura Irrigação Aplicação de fertilizantes sintéticos Controle químico de pragas e doenças Manipulação genética de plantas cultivadas Década de 60/70 - Revolução Verde Perda da auto-suficiência familiar Perda de conhecimento local Perda de conhecimentos históricos A ”Modernização” da agricultura brasileira aumentou a produtividade, mas provocou sérios danos ambientais (destruição das florestas, erosão, contaminação dos recursos naturais e de alimentos) e sociais (aumento de concentração de posse da terra; desemprego; êxodo rural). Conseqüências negativas da Revolução Verde • Compactação do solo; • Erosão; • Eliminação, inibição ou redução sensível da flora microbiana do solo; • Perda ou redução acentuada do potencial produtivo do solo; • Poluição alimentar, da água, do solo, devido aos agrotóxicos e adubos solúveis; • Surgimento de pragas e doenças; • Surgimento de resistência de insetos, doenças e ervas espontâneas aos agrotóxicos; • Mecanização inadequada; • Absorção desequilibrada de nutrientes, produzindo alimentos desnaturados. • Produção em grande escala, visando a exportação em detrimento do consumo interno; • A monocultura; • Importação de “insumos modernos”; • Encarecimento do custo de produção devido ao aumento dos insumos básicos como adubos, agrotóxicos, máquinas e sementes; • Surgimento dos grandes monopólios agroindustriais; Produtores, cooperativas perdem a autonomia, tornando-se dependentes das indústrias para a obtenção de insumos e venda de insumos e vendas das suas produções e etc. AGROECOLOGIA A Agricultura Orgânica ou Agroecológica utiliza ao máximo os recursos naturais da propriedade rural, diminuindo cu solúveis industriais por esterco animal, adubos verdes, compostos, biofertilizantes. Utiliza técnicas de manejo cultural como plantio direto, rotação de culturas, cobertura vegetal, consórcio, etc. melhorando a fertilidade natural dos solos e aumentando o nível de matéria orgânica e a quantidade e variedade de organismos no solo. ALTIERI: Define Agroecologia sentimento social acerca da agricul sustentabilidade ecológica dos sistemas de produção. Vantagens: • Maior prazer e satisfação; • Mais independência; • Diminui a poluição; • Mais renda e emprego no meio rural; • Mais saúde. A Agricultura Orgânica ou Agroecológica utiliza ao máximo os recursos naturais da propriedade rural, diminuindo custos, substituindo insumos como agrotóxicos e fertilizantes solúveis industriais por esterco animal, adubos verdes, compostos, biofertilizantes. Utiliza técnicas de manejo cultural como plantio direto, rotação de culturas, cobertura vegetal, . melhorando a fertilidade natural dos solos e aumentando o nível de matéria orgânica e a quantidade e variedade de organismos no solo. Agroecologia como um movimento que incorpora idéias ambientais e de sentimento social acerca da agricultura, enfocando não somente a produção, mas também a sustentabilidade ecológica dos sistemas de produção. Maior prazer e satisfação; Mais renda e emprego no meio rural; 28 A Agricultura Orgânica ou Agroecológica utiliza ao máximo os recursos naturais da stos, substituindo insumos como agrotóxicos e fertilizantes solúveis industriais por esterco animal, adubos verdes, compostos, biofertilizantes. Utiliza técnicas de manejo cultural como plantio direto, rotação de culturas, cobertura vegetal, . melhorando a fertilidade natural dos solos e aumentando o nível de matéria como um movimento que incorpora idéias ambientais e de tura, enfocando não somente a produção, mas também a 10.2. PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA NCÍPIOS DA AGROECOLOGIA 29 30 10.3. HISTÓRICO E CORRENTES DA AGRICULTURA ALTERNAT IVA, SUSTENTÁVEL Egípcios, Babilônia, China, Maias, Incas, Gregos/ Romanos: Registros relacionados à matéria orgânica, uso de cinzas, esterco, leguminosas para melhorar a fertilidade do solo, combate à pragas e doenças, associações favoráveis e desfavoráveis de plantas e rotação de culturas. Permacultura: Permanente, agricultura duradoura, sistemas agrosilvo-pastoris, adequado às florestas tropicais e subtropicais. Bill Mollison na Austrália, década de 70. Agricultura Ecológica ou Agroecologia: Estados Unidos, década de 70, livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson (1962), América Latina (prof. Miguel Altieri). No Brasil, José Lutzemberg, profa. Ana Maria Primavesi, e prof. Adilson Paschoal. Coop. Colméia, Mestrado Agroecossistemas, Estação Experimental de Ituporanga. IFOAM Hoje existe uma federação internacional chamada International Federation of Organic Agriculture Movements of Organic Agriculture Movements, no sentido de agregar todas as associações e pessoas que pesquisam, ensinam e divulgam as técnicas da agricultura alternativa, bem como as que produzem, processam e comercializam alimentos orgânicose insumos naturais, envolvendo mais de 650 entidades membros em mais de 100 países. Influência dos ciclos astronômicos na terra. Fundada em meados da década de 30, idealizou o EM microorganismos eficazes 10.4. QUALIDADE DOS ALIMENTOS AGROECOLÓGICOS Análise de minerais e metais tóxicos em maçã Análise de minerais e metais tóxicos em batata Fonte: Journal Of Applied Nutrition, de 1993 10.4. QUALIDADE DOS ALIMENTOS AGROECOLÓGICOS Análise de minerais e metais tóxicos em maçã - Produto orgânico x convencional Análise de minerais e metais tóxicos em batata - Produto orgânico x convencional Fonte: Journal Of Applied Nutrition, de 1993 - Dr. Bob Smith. 31 Produto orgânico x convencional Produto orgânico x convencional Fonte: Associação Campden de Pesquisa em Alimentos e Bebidas, Grã Bioagricultura da Associação Italiana para a Agricultura Biológica, maio/junho de 1995. (Pesquisa feita com amostras ao acaso em supermercados e lojas de produtos naturais na Inglaterra.) Nota: g=grama mg=miligrama µg Cultivo Orgânico x Cultivo convencional Produto Maçã (vitamina C) Tomate (vitamina C) Tomate (vitamina A) Cenoura (potássio) Batata (frutose) Batata (glicose) Batata (ferro) Batata (cálcio) Batata (zinco) Fonte: Associação Campden de Pesquisa em Alimentos e Bebidas, Grã-Bretanha (1990), citado na Revista Bioagricultura da Associação Italiana para a Agricultura Biológica, maio/junho de 1995. (Pesquisa feita com amostras ao acaso em supermercados e lojas de produtos naturais na Inglaterra.) Nota: g=grama mg=miligrama µg=micrograma (um milésimo de grama) Cultivo Orgânico x Cultivo convencional Convencional Orgânico Diferença (por 100g) (por 100g) (%) Maçã (vitamina C) 19,3mg 21,6mg 11,9 Tomate (vitamina C) 18,0mg 21,8mg 21,1 Tomate (vitamina A) 3,5mg 4,7mg 34,3 Cenoura (potássio) 217mg 269mg 24 0,7g 1,2g 71,4 1,2g 2,0g 66 4,7mg 5,7mg 21,3 56,4mg 64,0mg 13,5 1.350µg 1.810µg 34,1 32 nha (1990), citado na Revista Bioagricultura da Associação Italiana para a Agricultura Biológica, maio/junho de 1995. (Pesquisa feita com 10.5 Manejo agroecológico O sistema Rizóbio – Leguminosa Segmentos de raízes de uma gramínea, colonizados por Glomus macrocarpum. Notar tipo clamidosporos, micélio na rizosfera e ausência de alteração morfológica (cortesia de N.C. Schenck). gico do solo Leguminosa Segmentos de raízes de uma gramínea, colonizados por Glomus macrocarpum. Notar tipo clamidosporos, micélio na rizosfera e ausência de alteração morfológica (cortesia de N.C. 33 Segmentos de raízes de uma gramínea, colonizados por Glomus macrocarpum. Notar esporos do tipo clamidosporos, micélio na rizosfera e ausência de alteração morfológica (cortesia de N.C. Segmento de raiz colonizado por Glomus mosseae. Raiz clarificada com KOH e colorida com azul de trípano para destacar o tecido fúngico. N córtex. 10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANI SMOS Doenças e pragas - por que surgem? Práticas agrícolas que causam desequilíbrios: • Monocultura; • Preparo intensivo do solo; • Cultura no limpo; • Cultivares de alta resposta; • Adubação química solúvel; • Agrotóxicos. Teoria da Trofobiose Através da Teoria da Trofobiose aprendemos que todo ser vivo sobrevive se houver alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte da planta só um inseto, ácaro, nematóide ou microorganismos (fungos, bactérias, vírus), quando tiver na sua seiva, o alimento que eles precisam, principalmente aminoácidos. O tratamento inadequado de uma planta, especialmente com substâncias de alta solubilidade (adubos químicos), conduz a uma elevação excessiva de aminoácidos livres na seiva, tornando-a susceptível ao ataque. Os agrotóxicos inibem as enzimas que formam as proteínas, elevando os aminoácidos na seiva. Portanto, um vegetal saudável, equi PLANTAS REPELENTES Segmento de raiz colonizado por Glomus mosseae. Raiz clarificada com KOH e colorida com azul de trípano para destacar o tecido fúngico. Notar o ponto de penetração da hifa e seu espalhamento no 10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANI SMOS por que surgem? Práticas agrícolas que causam desequilíbrios: Preparo intensivo do solo; Cultivares de alta resposta; Adubação química solúvel; Através da Teoria da Trofobiose aprendemos que todo ser vivo sobrevive se houver alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte da planta só um inseto, ácaro, nematóide ou microorganismos (fungos, bactérias, vírus), quando tiver na sua seiva, o alimento que eles precisam, principalmente aminoácidos. O tratamento inadequado de uma planta, especialmente com substâncias de alta olubilidade (adubos químicos), conduz a uma elevação excessiva de aminoácidos livres na a susceptível ao ataque. Os agrotóxicos inibem as enzimas que formam as proteínas, elevando os aminoácidos na seiva. Portanto, um vegetal saudável, equilibrado, dificilmente será atacado por insetos e doenças. 34 Segmento de raiz colonizado por Glomus mosseae. Raiz clarificada com KOH e colorida com azul de otar o ponto de penetração da hifa e seu espalhamento no 10.6. MANEJO AGROECOLÓGICO DE INSETOS E MICROORGANI SMOS Através da Teoria da Trofobiose aprendemos que todo ser vivo sobrevive se houver alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte da planta só será atacada por um inseto, ácaro, nematóide ou microorganismos (fungos, bactérias, vírus), quando tiver na O tratamento inadequado de uma planta, especialmente com substâncias de alta olubilidade (adubos químicos), conduz a uma elevação excessiva de aminoácidos livres na a susceptível ao ataque. Os agrotóxicos inibem as enzimas que formam as librado, dificilmente será atacado por insetos e doenças. PLANTAS ATRATIVAS: Tayuya, Mostarda, Porongo, Couve inimigos naturais. RESISTÊNCIA DAS CULTIVARES INIMIGOS NATURAIS - Trichoplusia ni LANTAS ATRATIVAS: Tayuya, Mostarda, Porongo, Couve-chinesa/ Flores para atrair RESISTÊNCIA DAS CULTIVARES Trichoplusia ni sendo destruída pelo Bacillus thuringiensis Rhodolia joaninha 35 chinesa/ Flores para atrair Bacillus thuringiensis joaninha 36 Os crisopídeos podem atingir populações elevadas nas lavouras de cereais de inverno. O adulto não se alimenta de insetos, porém são as larvas eficazes agentes de controle biológico, atuando como predadores de importantes pragas, como pulgões e lagartas. 10.7. CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS É o cultivo simultâneo de duas ou mais culturas na mesma área. OBJETIVOS DA CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS • Maior aproveitamento da área • Maior produção física por área • Redução de riscos e estabilidade de produção • Redução erosão – melhor cobertura solo • Melhor aproveitamento água / luz / nutrientes • Diversificação da dieta alimentar e da renda • Diminuição de pragas / plantas espontâneas / doenças 10.8. ROTAÇÃO DE CULTURAS • INDISPENSÁVEL EM QUALQUER SISTEMA DE CULTIVO • OBRIGATÓRIA NA AGROECOLOGIA OBJETIVOS DA ROTAÇÃO DE CULTURAS • Diminuir incidência de doenças / pragas / plantas espontâneas • Manter / melhorar fertilidade do solo • Aumentareficiência do controle a erosão • Aumentar produtividade e estabilizar a produção Tesourinha (Dorus user Highlight • Viabilizar sistema Plantio Direto • Melhorar utilização de máquinas e mão de obra • Diversificar a renda FAMÍLIA BOTÂNICA Aliaceae: cebola, alho, alho poró Brassicaceae: repolho, couve Chenopodiaceae: beterraba, espinafre, acelga Rosaceae: morango Fabaceae: ervilha, feijão-de Apiaceae: cenoura, mandioquinha Solanaceae: batata, tomate, pimentão, berinjela Cucurbitaceae: abobrinha, pepino, melancia, melão, abóbora Asteraceae: alface, chicória, almeirão 10.9. ADUBAÇÃO VERDE/COBERTURA DO SOLO COQUETÉIS Viabilizar sistema Plantio Direto Melhorar utilização de máquinas e mão de obra Aliaceae: cebola, alho, alho poró Brassicaceae: repolho, couve-flor, brócoli, rúcula, rabanete Chenopodiaceae: beterraba, espinafre, acelga de-vagem Apiaceae: cenoura, mandioquinha-salsa, salsa olanaceae: batata, tomate, pimentão, berinjela Cucurbitaceae: abobrinha, pepino, melancia, melão, abóbora Asteraceae: alface, chicória, almeirão 10.9. ADUBAÇÃO VERDE/COBERTURA DO SOLO 37 10.10. COMPOSTAGEM Definição: É um processo controlado de fermentação de resíduos orgânico de origem vegetal e animal para ser usado como fertilizante. Origem: Povos antigos, principalmente os chineses e indianos. Foi aperfeiço Agr. Sir. Albert Howard, na Índia, em 1933. TIPOS DE COMPOSTEIRA: • De madeira, bambú • De tijolos • Em pilhas (volumes maiores) Preparo do Composto - Em pilha - Materiais usados: estercos, palhada, restos de culturas, resíduos indust tortas, polpas, cozinha, etc). - Tamanho das partículas: 2 a 5 cm. Fatores que interferem no processo de fermentação: - Relação C/N - 25 a 30/1; - Organismos; - Aeração; - Umidade; - Temperatura; - Escolha do local. Curva padrão da variação de temperatura do resíduo durante o processo de compostagem. Temperaturas prolongadas de 65ºC a 75ºC reduzem a atividade benéfica dos microrganismos e aumenta a possibilidade de perda de nitrogênio por volatilização de amônia. Isto Definição: É um processo controlado de fermentação de resíduos orgânico de origem vegetal e animal para ser usado como fertilizante. Povos antigos, principalmente os chineses e indianos. Foi aperfeiço Agr. Sir. Albert Howard, na Índia, em 1933. TIPOS DE COMPOSTEIRA: Em pilhas (volumes maiores) Em pilha Materiais usados: estercos, palhada, restos de culturas, resíduos indust tortas, polpas, cozinha, etc). Tamanho das partículas: 2 a 5 cm. Fatores que interferem no processo de fermentação: ação de temperatura do resíduo durante o processo de compostagem. Temperaturas prolongadas de 65ºC a 75ºC reduzem a atividade benéfica dos microrganismos e aumenta a possibilidade de perda de nitrogênio por volatilização de amônia. Isto ocorre com mais freqüência quando a 38 Definição: É um processo controlado de fermentação de resíduos orgânico de origem Povos antigos, principalmente os chineses e indianos. Foi aperfeiçoado pelo Eng. Materiais usados: estercos, palhada, restos de culturas, resíduos industriais (matadouro, ação de temperatura do resíduo durante o processo de compostagem. Temperaturas prolongadas de 65ºC a 75ºC reduzem a atividade benéfica dos microrganismos e aumenta a ocorre com mais freqüência quando a matéria-prima possui reação alcalina e baixa relação C/N, caso típico da compostagem de esterco de galinha que tem C/N abaixo de 10/1. Montagem da pilha: - Tamanho; - Distribuição dos materiais; - Enriquecimento; - Estercos - 100 a 150 kg/m3; - Fosfato natural 2%; - Cinzas 1%; Revolvimento: - 1º após 15 dias; - 2º 15 dias após o 1º; - 3º 30 dias após o 2º. Maturação: 90 a 120 dias. Armazenagem: Protegido do sol, chuva, ventos. Quantidade a aplicar (t/ha): Montagem da pilha de composto Observações: • Ocorrência de moscas é sinal de putrefação; • Ter um local permanente para a compostagem; • Molhar sem escorrer; • Compostagem com muito esterco, plantas novas ou leguminosas fazem a subir acima de 65º C; • Composto deve ser usado na superfície, sulcos ou covas. Não incorporá cm; • Volume final da pilha de composto é de aproximadamente 1/3 do volume inicial. Um m³ de composto pesa em média 500 kg. prima possui reação alcalina e baixa relação C/N, caso típico da compostagem de esterco de galinha Distribuição dos materiais; 100 a 150 kg/m3; Armazenagem: Protegido do sol, chuva, ventos. Quantidade a aplicar (t/ha): Baixa: 10-15; Média: 20-30; Alta: 40-50 Montagem da pilha de composto Ocorrência de moscas é sinal de putrefação; Ter um local permanente para a compostagem; Compostagem com muito esterco, plantas novas ou leguminosas fazem a Composto deve ser usado na superfície, sulcos ou covas. Não incorporá Volume final da pilha de composto é de aproximadamente 1/3 do volume inicial. Um m³ de composto pesa em média 500 kg. 39 prima possui reação alcalina e baixa relação C/N, caso típico da compostagem de esterco de galinha Compostagem com muito esterco, plantas novas ou leguminosas fazem a temperatura Composto deve ser usado na superfície, sulcos ou covas. Não incorporá-lo mais que 15 Volume final da pilha de composto é de aproximadamente 1/3 do volume inicial. Um m³ 40 10.11. BIOFERTILIZANTES • São produtos que possuem diversos componentes minerais misturados a materiais orgânicos como os estercos, leites e melaços; • A fermentação que ocorre, provoca mudanças nos produtos usados, tornando-os facilmente disponíveis para a planta. Provoca também o surgimento de vitaminas e hormônios importantes para o equilíbrio das plantas. URÉIA NATURAL • 40 kg de esterco fresco • 3 a 4 litros de leite fresco ou colostro • 10 a 15 litros de caldo de cana ou melaço • 200 l de água • 4 kg de fosfato natural • Modo de preparar: colocar todos os ingredientes num galão ou caixa d’água, misturar bem, deixar durante 15 dias mexendo uma vez ao dia; • Modo de usar: depois de pronto, misturar 1 l de adubo a cada 3 l de água, então regar a planta e o solo. CALDA SUPER MAGRO Ingredientes necessários para a região Meio Oeste Catarinense: • 30 l de esterco fresco de gado; • 5,5l de leite • 5,5l de melaço; • 800g de sulfato de zinco; • 800g de sulfato de magnésio; • 120g de sulfato de manganês; • 100g de sulfato de cobre; • 800g de cloreto de cálcio; • 600g bórax solubor; • 40g de molibdato de sódio; • 20g de sulfato de cobalto. Modo de preparar • Inicialmente misturar bem o esterco com 100 l d’água, 1 litro de leite e 1 litro de melaço num tambor de 200 l. Deixa-se fermentar por 3 dias. A partir daí a cada 7 dias dissolve- se um dos micronutrientes em água morna, espera-se esfriar, junta-se 0,5l de leite e 0,5l de melaço e mistura-se com o esterco que está fermentando. A adição deve seguir a seqüência apresentada. Após adicionados todos os ingredientes, completa-se o volume d’água até 180l, tampa-se e se deixa fermentar por mais 30 dias no verão ou 45 dias no inverno. • É importante que a Calda Super Magro seja utilizada somente após a completa fermentação, o que se observa quando não houver mais formação de bolhas na superfície d’água. • A Calda Super Magro atua como adubo foliar e como defensivo contra pragas e doenças. E vem sendo utilizada com sucesso para as culturas de uva, maçã, pêssego, tomate, batata, e hortaliças em geral. • A diluição recomendada é de 2 l de calda para 100l d’água para fruteiras e hortaliças, com exceção do tomate que deve ser de 4l em 100l d’água. Para o pomar e hortaliças de folha e raiz, deve-se pulverizar a cada 10 a 15 dias. Para o tomate e outras hortaliças de frutos, pulveriza-se semanalmente. • Estas recomendações podem edevem ser alteradas de acordo com as observações dos efeitos da aplicação sobre cada cultura em cada região. 41 10.12. TRATAMENTO HIDROTÉRMICO É o uso de água quente para eliminar microorganismos maléficos das sementes.As sementes devem ser: • Novas • Secas • Vigorosas • Intactas • Não peletizadas • Com bom poder germinativo. Material necessário • Garrafa térmica 1l • Pedrinha (peso) • Termômetro graduado ate 100ºC • Pano tipo tule • Água quente • Sementes de hortaliças Passos para fazer o tratamento hidrotérmico: • Colocar as sementes, com uma pedrinha, em um pano ralo, para fazer uma boneca bem frouxa, e que possa passar pela boca de uma garrafa térmica comum. • Aquecer a água em chaleira até 60º C • Despejar a água quente em uma garrafa térmica de 1litro, preenchendo ¾ do seu volume total • Deixar a garrafa térmica aberta. Acompanhar a diminuição da temperatura da água até 1ºC acima da temperatura recomendada para a semente ser tratada • Passar a boneca rapidamente em álcool • Mergulhar a boneca dentro da garrafa térmica e fechá-la • Aguardar o tempo recomendado para o tipo de semente que está sendo tratada • Durante este tempo, movimentar de vez em quando a garrafa • Passado o tempo, abrir a garrafa, retirar a boneca e esfriar as sementes em água em temperatura ambiente. • Espalhar as sementes sobre jornal, à sombra, para enxugá-las • Semear após o enxugamento Hidrotermoterapia para diversas espécies de hortaliças. Espécie Temperatura da água (ºC) Tempo (minutos) Couve-de-bruxelas 50 25 Espinafre 50 25 Pimentão 50 25 Repolho 50 25 Tomate 50 25 Brócoli 50 20 Cenoura 50 20 Couve-flor 50 20 Couve-galega 50 20 Nabo 50 20 Pepino 50 20 Rábano 50 20 Repolho chinês 50 20 Mostarda 50 15 42 Rabanete 50 15 Alface 45 30 Salsão 45 30 CULTURAS DE OLERÍCULAS CONTROLE QUÍMICO DE PRAGAS E DOENÇAS WWW.AGRICULTURA.GOV.BR SERVIÇOS - AGROTÓXICOS – SISTEMA AGROFIT – PRAGAS – INSETOS E DOENÇA – CULTURA – PRODUTOS INDICADOS 11. BATATA • Família: Solanaceae • Nome científico: Solanum tuberosum ssp. Tuberosum; • Centro de origem: Lago Titicaca, fronteira entre Bolívia e Peru; • Foi levada para a Espanha em 1570; 11.1. CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO • Temp. elevadas é um fator limitante, ideal é temp. amenas durante o dia e a noite mais baixas (diferença de 10 C); • Plantio das águas (regiões altas) – setembro a novembro (55% da área); • Plantio da seca (altitudes medianas) – fevereiro a abril (32% da área); • Plantio de inverno (áreas livres de geadas) – maio a julho (13% da área) 11.2. CULTIVARES Variedades Ágata, Russet Desirée, Bonotte, Jeresey Royal, Spunta, Rosalinda, Blue Swede,Vitelotte. • A maioria das cultivares são européias com sérios problemas fitossanitários; • Agata, Russet Agria, Desirée, Bonotte,Jeresey Royal, Spunta, Rosalinda, Blue Swede, Vitelotte, Asterix (rosada), Baraka, Bintje (preferida pelo consumidor), Cupido, Marabel, Markies e Monalisa; • Para a indústria de batata-frita cultivares Panda, Atlantic, Chipie • Cultivares Brasileiras (no sul) – Araucária, Baronesa (rosada), Catucha, Cota, Contenda, Cristal e BRS Eliza; • Agric. Agroecológica – Araucária, Cristal, Epagri 361 Catucha e Epagri SCS 365 Cota (estas, resistentes à requeima e pinta preta). 11.3. SOLO E ADUBAÇÃO • Adapta-se melhor em solos de textura média, leves, arejados e bem drenados. Solos argilosos, pouco arejados, má drenagem não favorecem o desenvolvimento das plantas; • Calagem/adubação: com análise do solo consultar manual de adubação e de calagem; • A batata se adapta bem a acidez moderada – pH 5,0 a 6,0. Não elevar o pH acima de 6,0, para não favorecer a murcha-bacteriana e a sarna-comum; • Preparo do solo – uma aração e duas gradagens; • Sulcos – 12 cm de profundidade; • Doses elevadas de N, P, K, pode ocorrer redução no teor de matéria seca nos tubérculos; aplicações excessivas de N podem induzir o embonecamento dos tubérculos, tb um excesso de nutrientes pode originar coração-oco; 43 • N – 30 a 50% no plantio e o restante, em cobertura, por ocasião da amontoa, aos 25-35 dias do plantio; • Micronutrientes: 15 a 20 kg/ha de bórax (solos arenosos e/ou com menos de 2,5% de M.O.); • Sistema agroecológico - 30 t/ha de composto orgânico ou 15 t/ha de cama de frango (2/3 na base e 1/3 na amontoa). 11.4. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA • Espaçamento - 80 cm x 35 cm; • Quantidade se sementes – 50 a 70 caixas de 30 kg/ha (40 a 60 g/tubérculo); • Promover a brotação dos tubérculos através da luz indireta ou usando-se ácido giberélico, 5 a 15 ppm, durante 10-15 minutos; • Utilizar batata-semente com brotos de 1 cm de comprimento; • Após plantio cobrem-se os sulcos com 10 cm de solo; PESO E TAMANHO DA BATATA-SEMENTE: • Produtor de batata-consumo - mais vantajoso o uso de tubérculos com 40-60g (menor custo), proporciona menor número de hastes e de tubérculos por área mas, são de tamanho médio ou graúdo (mais apreciados pelos consumidores); • Produtor de bata-semente – mais vantajoso o uso de tubérculos de maior tamanho, pois resulta em maior n. de hastes por área e uma grande quantidade de tubérculos menores, o que interessa ao agricultor. 11.5. TRATOS CULTURAIS • AMONTOA: prática imprescindível estimula a tuberização, previne o esverdeamento e protege os tubérculos contra fitopatógenos e insetos (larva-arame e alfinete). Também melhora a eficiência da ad. de cobertura. A amontoa é realizada quando as hastes atingirem 25-30 cm, aos 25-35 dias após plantio. O camalhão deve ter de 25-30 cm de altura. • IRRIGAÇÃO: plantios de primavera e verão pode ser dispensada, mas, se houver deficiência hídrica prolongada pode provocar anomalias como: embonecamento, rachadura, chocolate e coração-oco. • CAPINA: capinas manuais ou mecânicas com cultivadores são efetuadas entre as fileiras. Após a amontoa a cultura cerra suas fileiras. Outra prática é o uso de herbicida em pré- emergência logo após o plantio user Highlight 11.6. ANOMALI AS FISIOLÓGICAS • ESVERDEAMENTO: exposição a luz natural ou artificial, mesmo indireta formando clorofila e uma substância tóxica, a solanina. Fazer boa amontoa e armazenar a batata consumo na semi-obscuridade, já a b. semente deve ser exposta a luz indiret provocar a brotação. A suscetibilidade genética é decisiva para a manifestação dessa anomalia; • EMBONECAMENTO: crescimento secundário tornando o tubérculo sem valor. Variações acentuadas nos teores de água no solo, com períodos de deficiência seguido excesso hídrico e, também, excesso de N; • CHOCOLATE: interior dos tubérculos apresenta manchas de coloração ferruginosa. É favorecida por temp. elevadas no solo na formação dos tubérculos e por oscilação hídrica; • CORAÇÃO-OCO: ocorre em solos de alta fe quando do uso de irrigações pesadas, continuamente. Reduzir o espaçamento entre fileiras e controlar as adubações; • ESFOLAMENTO: tubérculos apresentam pelícola esfolada devido colheita prematura. Somente realizar a colheita 7 a 15 dias após a secagem completa da parte aérea (pelícola resistente). 11.7. PRAGAS E DOENÇAS • Pulgões (Myzus persicae e Macrosyphum euphorbiae); • Bicho-alfinete (larva de Diabrotica speciosa); • Bicho-arame (larva de Conoderus scalaris); • Burrinho-da-batata (Epicauta atomaria); • Ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus) • Cochonilha branca (Pseudococcus maritimus); AS FISIOLÓGICAS ESVERDEAMENTO: exposição a luz natural ou artificial, mesmo indireta formando clorofila e uma substância tóxica, a solanina. Fazer boa amontoa e armazenar a batata obscuridade, já a b. semente deve ser exposta a luz indiret provocar a brotação. A suscetibilidade genética é decisiva para a manifestação dessa EMBONECAMENTO: crescimento secundário tornando o tubérculo sem valor. Variações acentuadas nos teores de água no solo, com períodos de deficiência seguido
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