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Método de Schelkunoff Nome: João Pinto da Fonseca Neto Matricula: 371892 Professor: Antenor Disciplina: Antenas NOVEMBRO DE 2018 2 Sumário Introdução.....................................................................3 Método de Schelkunoff.................................................4 Bibliografia...................................................................9 3 Introdução Em um problema de análise, uma antena escolhida(modelo) e é analisada por suas características de radiação como diretividade, impedância, polarização de eficiência, diagramas, etc. Na prática, nos é necessário projetar um sistema de antenas que seguem algumas determinadas características de radiação. Um exemplo que acontece muito é projetarmos um diagrama com uma certa distribuição, largura de feixe estreita e pequenos lóbulos laterais, lóbulos menores em decadência e assim por diante. Outro exemplo muito requisitado é projetar o diagrama de tal modo que os campos distantes em certas direções são nulos. O método de síntese é encontrar as configurações da antena, suas distribuições de excitação e dimensões geométricas. Além de satisfazer as restrições do sistema, o diagrama do sistema projetado deve ser exato ou aproximado. Síntese, na definição mais ampla da palavra se refere a síntese de diagramas de antenas, mas também é usada de maneira intercambiada com o design. Em geral, a síntese de um diagrama de uma antena requer 2 passos. O primeiro requer um modelo analítico aproximado que seja escolhido para representar o diagrama desejado, aproximadamente ou exatamente. O segundo passo é combinar o modelo analítico com o modelo físico da antena. Dessa forma, o diagrama de síntese de uma antena pode ser classificado de 3 formas: uma categoria requer que o diagrama exiba uma distribuição desejada em toda região visível. Os métodos da transformada de Fourier e Woodward-Lawson são usados. A segunda categoria inclui técnicas que produzem padrões com feixes estreitos e pequenos lobos laterais. Usamos o método binomial e o método de Dolph-Tschebyscheff (Tchebyscheff ou Chebyshev). Já o ultimo método requer que os diagramas produzam valores nulos nas direções de interesse. O método de Schelkunoff é usado para resolver esse tipo de abordagem e nesse método que vamos nos aprofundar. 4 Método polinomial de Schelkunoff Esse método tem características favoráveis para síntese de matrizes cujo os diagramas possuem nulos nas direções de interesse. Esse método requer algumas informações para concluir o design, ou seja, é pré-requisito estão conhecer o número de nulos e suas localizações. Em mãos desses valores, o número de elementos e seus coeficientes de excitação são derivados. Começamos agora a formulação analítica das técnicas usadas. O fator da matriz (AF) para uma matriz de N elementos igualmente espaçados, com defasagem progressiva de excitação e amplitude não uniforme é apresentado na figura 1 e representado pela expressão abaixo: Onde 𝑎𝑛 considera a não uniformidade da amplitude da excitação de cada elemento. 𝛽 é a defasagem progressiva e d o espaçamento entre os elementos. Tomando a expressão abaixo: Substituindo na expressão de AF, ficamos com a seguinte expressão: Podemos ver facilmente que essa expressão é um polinômio de grau N-1. Se o grau do polinômio é N-1, então ele possui N-1 raízes que pode ser expresso da seguinte maneira, com 𝑍1, 𝑍2, 𝑍3 … 𝑍𝑁−1 suas raizes: 5 Há a possibilidade dessas raízes serem complexas, logo expressamos a mesma expressão em modulo: Figura 1 Relembrando as propriedades do numero complexo z, podemos reescrever ele da seguinte forma: Observando as expressões acima, fica evidente que o modulo de z é sempre unitário, não importa os valores de d, 𝜃, 𝛽. Por outro lado, esses parâmetros influencia a fase de z. A figura 2 mostra o valor de z, em amplitude e fase, para 𝛽 = 0 e variando 𝜃 de 0 a 𝜋 rad. Na figura 2(a) vemos o valor de z para todos os ângulos 𝜃 fisicamente realizáveis. Desse modo, nenhum valor de z fora dessa região visível 6 (RV) é realizável. A parte do circulo que resta é chamada de região invisível pois nenhum valor de z fora da região visível é realizável. Quando observamos a figura 2(b-d), percebemos que a região visível aumenta com o aumento do espaçamento entre os elementos d. Assim, fica claro pela figura que precisa se de um espaçamento de no mínimo 𝜆 2⁄ para percorrer o circulo completo. Além disso, fica evidente que qualquer valor acima dele leva a valores múltiplos de z. Figura 2 Fazendo 𝛽 = 𝜋 4⁄ , observamos, na figura 3, que o tamanho das regiões visíveis e invisíveis não foram alterados. Apenas sua posição 7 foi alterada no circulo para um ângulo 𝛽 = 𝜋 4⁄ . Dessa maneira, concluímos que o comprimento total da região visível é controlado pelo espaçamento entre os elementos d e sua localização no círculo unitário é controlado pela defasagem de excitação dos elementos. Figura 3 Voltando a falar da expressão abaixo, em posse dos valores de z obtidos anteriormente, podemos usar ela de forma proveitosa na análise e na síntese de conjuntos. 8 |AF| é proporcional ao produto das distancias entre z e 𝑍1, 𝑍2, 𝑍3 … 𝑍𝑁−1. Esse modulo do fator do conjunto tem uma interpretação geométrica. Além disso a soma dos valores de fase de z e cada um dos seus zeros do polinômio da a fase de AF. A medida que 𝜃 varia, z também varia. Salta aos olhos que esse z variando passa por todas as raízes 𝑍𝑁 presentes na região visível do circulo unitário. Quando ele passa exatamente por uma raiz, a distancia z e um 𝑍𝑁 específico é nulo, fazendo |AF| = 0. Somente os zeros contidos no circulo unitário e na região visível conta para a construção do diagrama. De forma análoga, se nenhum zero existir na região visível, então AF não terá nulos para qualquer valor de 𝜃. O último caso, quando há um zero dentro do círculo unitário porem fora da região visível, podemos mudar a fase 𝛽 de excitação para incluir o zero na região visível. A figura 4 mostra esses fatos: Figura 4 9 Bibliografia C. A. Balanis, Antenna Theory: Analysis and Design- third edition, 2005. Constantine A. Balanis, Teoria de Antenas: Análise e síntese, volume 1, terceira edição, 2009.