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O QUE É NOTÍCIA? 
R- Informação a respeito de acontecimentos ou mudanças recentes. Porém, para tornar-se notícia, a informação precisa ter engajamento social (interesse público), e dessa forma, se tornará notícia. A notícia é um fato considerado, por um determinado grupo de pessoas, relevante para o conhecimento geral da sociedade. 
Por isso, merecem publicação. Como todo material informativo, a notícia merece apuração jornalística, fornecendo sempre a verdade da maneira mais imparcial possível. As notícias devem ser feitas (escritas, gravadas ou filmadas) em um curto espaço de tempo, sendo algo que deve ser levado ao público quase que de forma imediata.
Estrutura da notícia
Por ser um trabalho feito em pouco tempo, para escrever, gravar ou filmar uma notícia, é necessário estar atento a uma estrutura básica, o que guia o público entre os fatos. Cada mídia tem seu próprio tipo de estrutura, mas todas seguem basicamente um padrão comum.
É necessário ter um título, que deve passar a ideia de imediatismo da questão. Ou seja, quem ler, ouvir ou ver uma notícia deve conseguir ter ideia pelo título do conteúdo de que é um fato realmente recente. Após, é necessário abrir o texto com o que os jornalistas chamam de lide.
A palavra "lide" vem do inglês lead, que significa liderar em português. Em uma notícia, serve para que o leitor ou espectador tenha uma visão geral dos acontecimentos já no primeiro contato com o conteúdo.
A BUSCA DA NOTÍCIA
A comunicação empregada está relacionada com a língua da comunidade, considerada pela Teoria da Linguagem, um conjunto de elementos com relações determinadas. Existem 2 fatores para que um fato se transforme em notícia. 
Eles concluíram que o jornalista é um simples selecionar de informações, mas quando assume o papel de informante precisa estabelecer critérios para organizar o mundo à sua volta. É o que fazem os editores quando determinam a pauta e a ordem das matérias que vão ao ar no telejornal. Esse processo de noticiabilidade e construção de uma notícia é constantemente negociado entre os profissionais de redação - editores, produtores, pauteiros e repórteres. 
A primeira característica relacionada às escolhas feitas pelo jornalista, é a escolha de pautas que mais agradam o seu público. A segunda característica, que trata sobre os processos de produção e a organização do trabalho, é relacionada à linha editorial do veículo, ou seja, os procedimentos que também estão relacionadas com interesses mercadológicos da empresa. 
Os valores/notícia derivam de pressuposto implícitos ou de considerações relativas:
a) Às características substantivas das notícias: ao seu conteúdo 
Esses critérios articulam-se, essencialmente, nos fatores importância e interesse da notícia. O fator importância é determinado por quatro variáveis: 
Grau e nível hierárquico dos indivíduos envolvidos no acontecimento noticiável: Quanto mais famoso, influente ou poderoso o indivíduo envolvido na notícia, mais chances de ser noticiado. Essa variável é analisada em graus de hierarquia que podem ser medidos pelo poder econômico, pela riqueza ou pelo prestígio, por exemplo.
 Impacto sobre a nação e sobre o interesse nacional: Esse segundo fator é determinado pela capacidade que o acontecimento tem de influenciar ou afetar os interesses do país. Esse fator é compreendido pelo denominação de significatividade, denominada por Galtung e Ruge. Associado a esse fator está o valor-notícia proximidade, onde a vizinhança geográfica e afinidade cultural possuem maior peso na seleção da notícia.
Quantidade de pessoas que o acontecimento (de fato ou potencialmente) envolve: A importância aqui é medida pela quantidade de pessoas que estarão envolvidas no determinado acontecimento ou quanto mais pessoas famosas ou reconhecidas estiverem presentes. Um grande exemplo disso é o Oscar.
Relevância e significatividade do acontecimento quanto à evolução futura de uma determinada situação. 
b) À disponibilidade do material e aos critérios relativos ao produto informativo; 
Diz respeito à disponibilidade de materiais e às características do produto informativo.
Disponibilidade: aborda o quanto acessível o fato é para os jornalistas, o quanto é tratável na forma técnica (se demanda ou não o gasto de muitos meios para a cobertura). 
Atualidade: a notícia tem que acontecer o mais em cima possível do momento que for veiculada.
Qualidade: refere-se ao quão bem o fato é ilustrado e retratado, o cuidado em mostrar a notícia de forma dinâmica (por mais maçante que seja), o esforço em apresentar os mais variados pontos de vista possíveis e a clareza na linguagem afim do receptor assimilar facilmente a mensagem.
Equilíbrio: tem por objetivo buscar conteúdos dos mais variados possíveis, que abarquem a maior quantidade de temas.
c) Ao público 
Este critério diz respeito à visão que o jornalista tem de seu público, mesmo que não o conheça diretamente. Se, por um lado, é dever do jornalista informar e não apenas satisfazer o público, no sentido de quanto menos se voltarem para esse, mais atenção poderão dar às notícias, por outro lado, a referência às necessidades desse público também é constante, o que se reflete nas rotinas de produção. Portanto, esse critério está ligado ainda à capacidade que uma notícia tem de chamar a atenção, chamado de 'estrutura narrativa'. Além disso, há também o aspecto da proteção, que impede a veiculação de notícias que causariam traumas e preocupações exacerbadas.
Por isso, conforme Wolf, há três classes de notícia nesse critério:
a) As notícias que permitem uma identificação por parte do espectador;
b) As notícias-de-serviço;
c) As chamadas non–burdening stories, que são notícias ligeiras e que não oprimam o espectador, "nem com demasiados pormenores, nem com histórias deprimentes ou sem interesse" 
d) À concorrência
Esse critério diz respeito a três tendências postuladas por Mauro Wolf, com base nos estudos de Herbert Gans:
Os meios de comunicação buscam se sobressair aos concorrentes, trazendo notícias "bombásticas" para chamar a atenção do público.
A concorrência pode gerar "expectativas" semelhantes entre os meios de comunicação, "(...) no sentido em que pode acontecer que uma notícia seja selecionada porque se espera que os mass media concorrentes façam o mesmo".
Os mass media tendem a selecionar os fatos noticiosos utilizando o mesmo padrão que o concorrente, visto que este modelo possui grande credibilidade.
Tipologia dos valores-notícias 
Amplitude: quanto maior o número de pessoas envolvidas maior a probabilidade de o acontecimento ser noticiado.
Frequência: quanto menor for a duração da ocorrência maior a probabilidade terá de ser relatada em notícia. Por exemplo um terremoto terá mais relevância noticiosa do que as medidas tomadas após o mesmo.
Negatividade: as más notícias vendem mais do que boas notícias. Além disso, são mais fáceis de noticiar do que boas notícias.
Caráter inesperado: um evento totalmente inesperado terá mais impacto do que um evento agendado e previsto. 
Clareza: eventos cujas implicações sejam claras vendem mais jornais do que aquelas que estão abertas a mais do que uma interpretação, ou cujo entendimento exija conhecimentos acerca dos antecedentes ou contexto desse mesmo evento.
GÊNEROS TEXTUAIS (ESPECIALIDADES DO TEXTO JORNALÍSTICO)
Uma característica importante dos textos jornalísticos é sua efemeridade, visto que favorecem o conhecimento de informações atuais com o propósito de difundir o que acontece de novo. 
A composição de um texto jornalístico é dividida em:
Pauta: escolha do tema ou assunto.
Apuração: recolha das informações, dados e verificação da veracidade dos fatos.
Redação: transformação das informações num texto.
Edição: correção e revisão dos textos.
A linguagem jornalística é em prosa e deve ser clara, simples, imparcial e objetiva de modo a expor para o emissor as informações mais relevantes sobre o tema. O jornalista possui a função de “traduzir” e transmitir asinformações para público em geral, utilizando um método de desenvolvimento textual baseado no critério básico ao responder as perguntas:
“O quê?” (acontecimento, evento, fato ocorrido);
“Quem?” (qual ou quais personagem estão envolvidos no acontecimento);
“Quando?” (horário em que ocorreu o fato);
“Onde?” (local que aconteceu o episódio);
“Como?” (modo que ocorreu o evento);
“Por quê?” (qual a causa do evento).
*Objetividade é necessário no texto jornalístico. 
Aqui, vale lembrar que o jornal é um veículo portador de diferentes gêneros textuais. Portanto, eles podem apresentar uma linguagem conotativa (figurada), na medida em que desenvolve os diversos tipos de textos:
Narrativo: (Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço. Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos. Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula).
Descritivo: (O texto descritivo é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de um objeto, pessoa, animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo, transmitir para o leitor as impressões e as qualidades de algo.
Em outras palavras, o texto descritivo capta as impressões, de forma a representar a elaboração de um retrato, como uma fotografia revelada por meio das palavras.
Para tanto, alguns aspectos são de suma importância para a elaboração desse tipo textual, desde as características físicas e/ou psicológicas do que se pretende analisar, a saber: cor, textura, altura, comprimento, peso, dimensões, função, clima, tempo, vegetação, localização, sensação, localização, dentre outros).
Dissertativo-opinativo: (Este tipo de texto consiste na defesa de uma ideia por meio de argumentos e explicações, à medida que é dissertativo; bem como seu objetivo central reside na formação de opinião do leitor, ou seja, caracteriza-se por tentar convencer ou persuadir o interlocutor da mensagem, sendo nesse sentido argumentativo).
Injuntivo: (O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação. Ele indica o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções, editais e propagandas. Com isso, sua função é transmitir para o leitor mais do que simples informações, visa sobretudo, instruir, explicar, todavia, sem a finalidade de convencê-lo por meio de argumentos).
Expositivo: (O texto expositivo é um tipo de texto que visa a apresentação de um conceito ou de uma ideia. Muito comum esse tipo de texto ser abordado no contexto escolar e acadêmico, uma vez que inclui formas de apresentação, desde seminários, artigos acadêmicos, congressos, conferências, palestras, colóquios, entrevistas, dentre outros).
LINGUAGEM JORNALÍSTICA
A linguagem jornalística está presente nos textos do gênero jornalístico e apresenta algumas particularidades para que o conteúdo exposto alcance seus objetivos.
O gênero jornalístico tem como principal característica a integração entre o leitor e o jornal, sendo que essa modalidade requer um tipo específico de linguagem, chamada de linguagem jornalística. Esta, por sua vez, é composta por algumas especificidades que têm objetivos bem delimitados, partindo do pressuposto de que todos e todas devem compreender o conteúdo a ser transmitido. Ser bem compreendido requer perícia com as palavras, pois não é interessante para o gênero em questão ser alvo de ambiguidades e diferentes interpretações.
A linguagem jornalística deve seguir alguns preceitos. São eles:
Objetividade: a linguagem jornalística deve ser objetiva e evitar termos literários, como metáforas e linguagem conotativa. Isso acontece porque a mensagem deve ser transmitida de maneira clara, a fim de que sejam evitadas diferentes interpretações e possíveis dificuldades do leitor em compreender aquilo que está sendo dito ou lido.
Simplicidade: a linguagem jornalística deve prezar por termos aceitos no registro formal da língua, evitando vícios de linguagem e vocábulos eruditos ou obsoletos.
Imparcialidade: deve evitar expressões que denunciem a opinião de quem escreve a notícia para que o leitor possa fazer seu próprio juízo de valor sobre aquilo que está expresso no jornal.
Linguagem referencial: o foco deve ser mantido na notícia.
Empatia com o leitor: a linguagem jornalística deve projetar no leitor os sentimentos daqueles que estão envolvidos na notícia.
Linguagem narrativa: predominantemente há a ocorrência da narração, gênero associado aos verbos carregados de ação. A narração confere maior ritmo aos fatos, assim como linearidade.
Universalidade: os fatos narrados devem ser de interesse geral, evitando assuntos que sejam de pouca relevância para a sociedade.
O estilo jornalístico pode ser facilmente notado em um texto, pois alguns elementos aparecem com bastante frequência:
Frases curtas: estão associadas à objetividade do texto, lembrando que a notícia deve demandar pouco tempo de leitura, por isso a preferência por esse tipo de construção frásica.
As locuções verbais devem ser evitadas: locuções verbais não são bem-vindas, sobretudo quando podem ser substituídas por um único verbo equivalente.
Uso da ordem direta da língua: as inversões são comuns no gênero literário, portanto, devem ser evitadas na linguagem jornalística. A linguagem direta da língua, sujeito+ verbo + complementos e adjuntos adverbiais, deve ser predominante.
Uso de repetições: as repetições, quando não estão em excesso, são aliadas no processo de memorização daquilo que está sendo dito ou lido, pois permitem que as informações sejam mais bem assimiladas.
PAUTAS: ENTREGA E CORREÇÃO
A pauta é a orientação que os repórteres recebem descrevendo que tipo de reportagem será feita, com quem deverão falar, onde e como. A pauta não necessariamente é escrita e nem sempre é premeditada. Um acidente de carro, por exemplo, só vira pauta na hora em que acontece. A pauta é elaborada, nos dias de hoje, por editores e sub-editores; no passado, existia o pauteiro.
Apesar de ser detalhada e repleta de orientações editoriais, a pauta não é rígida: o repórter pode modificar abordagens, sugerir outros entrevistados e até mudar completamente a natureza da reportagem que irá produzir levando em conta os acontecimentos factuais que presenciar depois de sair da redação em busca da notícia. 
Ela é derivada de discussões que acontecem, normalmente, antes do repórter chegar na redação (reuniões de pautas, reuniões de produção ou de caixa, quando em telejornais de alcance nacional). É comparável a uma receita de bolo com abertura para o improviso.
Formação da Pauta 
Dependendo do veículo de informação, a pauta pode ser elaborada de forma diferente [3], mas, em sua essência, constitui de cinco pontos. Uma pauta geralmente é montada seguindo os seguintes tópicos:
Histórico
O histórico é o que situa o repórter no cenário da reportagem a ser desenvolvida. Antes de abordar o assunto, esta parte da pauta trata do que o assunto é e o que foi. Se a pauta tratar de algum evento em uma determinada guerra, o histórico informa o repórter da guerra em si, de suas causas, como começou e quando, até o presente próximo. Esta informação pode ser ao repórter dada no início para orientá-lo na apuração, mas, no texto, em geral vem no fim ou em separado (num "box", se for em mídia impressa, como jornal e revista, ou "pé" da matéria, se for rádio ou TV).
Matéria
Nesta seção, o encarregado de confeccionar a PAUTA fala exatamente do que o repórter irá tratar. Se a pauta tratar de algum acontecimento em uma guerra, a matéria é o acontecimento. 
Abordagem
É o que marca a individualidade da matéria. Dois jornais podem falar sobre o mesmo assunto, só que sob abordagens diferentes. 
Fontes
Nesta seção, são sugeridas pessoas com quem o repórter poderá falar para enriquecer sua reportagem. Vão desde fontes oficiais, como prefeitos e vereadores,até fontes independentes, como advogados ou executivos, até povo-fala, onde populares são indicados a dar sua opinião sobre o assunto. É conveniente que se coloquem telefones, e-mails e outros meios de contato com as fontes, para que informações possam ser checadas mais tarde, durante a edição da matéria jornalística.
Imagens
Se tratar-se de uma pauta de telejornal, nesta seção o cinegrafista tem orientações do que mostrar e sob qual ângulo. Se tratar-se de uma pauta de jornal impresso, esta seção informa o fotógrafo sobre o que fotografar e como.
FONTE DO JORNALISMO
No jornalismo, as fontes são portadores de informação. Podem ser pessoas, falando por si ou coletivamente, ou documentos escritos ou audiovisuais, por meio dos quais os jornalistas tomam conhecimento de informações, opiniões ou dados, e, também, verificam o rigor dos dados obtidos ou aferem a veracidade dos juízos de valor que lhes foram apresentados anteriormente.
Os jornalistas raramente estão em condições de assistir a um acontecimento em primeira mão, por isso necessitam de fontes. Mesmo quando estão presentes a um acontecimento necessitam recorrer a uma fonte para se certificarem do que está a ser dito.
Existem diferentes patamares pelos quais a informação chega até um jornalista: através de rotinas, rondas telefônicas com fontes oficiais, processo informal, releases enviados por assessorias de comunicação.
Fontes não oficiais: ONGs, sindicatos, anónimos. 
As fontes oficiais são mantidas pelo Estado, por instituições ligadas ao Estado ou por empresas e organizações. No meio jornalístico, são tidas como as mais confiáveis. Lage chama a atenção para o fato de que as fontes oficiais podem falsear a realidade para preservar interesses estratégicos e políticas duvidosas, para beneficiar grupos dominantes, por corporativismo, militância, ou em função de lutas internas pelo poder. EXEMPLO DE FONTE OFICIAL: Presidente do Banco do Brasil.
Na classificação definida por Lage (2001), estão as fontes oficiosas, ou seja, aquelas que são reconhecidamente ligadas a uma entidade ou indivíduo, mas não estão autorizadas a falar em nome dela ou dele. No jornalismo, podem ser preciosas, porque evidenciam manobras escondidas pelas fontes oficiais. EXEMPLO DE FONTE OFICIOSA: agente administrativo da Companhia de Energia Elétrica do Estado faz denúncia contra administradores.
 As fontes independentes são desvinculadas de uma relação de poder ou interesse específico. 
EXEMPLO DE FONTE INDEPENDENTES: Dona de casa é parada na rua para falar sobre o aumento do pão.
As fontes primárias são aquelas em que o jornalista se baseia para colher o essencial de uma matéria. Fornecem fatos, versões, números. 
EXEMPLO DE FONTE PRIMÁRIA: Nutricionista fala sobre obesidade.
As fontes secundárias são consultadas para a preparação de uma pauta ou construção das premissas genéricas. 
EXEMPLO DE FONTE SECUNDÁRIA: Algum médico, enfermeiro, enfim, alguém que forneça as informações para informar o jornalista, mas que não necessariamente esteja com o nome na matéria como uma fonte.
Quanto às fontes testemunhais, Lage (2001) recomenda que os jornalistas considerem que há o envolvimento da emoção, que pode modificar a perspectiva. Segundo o autor, o testemunho mais confiável é o imediato. Tem-se como princípio ouvir pelo menos três testemunhos e selecionar o mínimo comum aos três relatos. 
EXEMPLOS DE FONTE TESTEMUNHAL: Repórter presta depoimento à polícia sobre sequestro.
 As fontes experts são, geralmente, fontes secundárias que o jornalista procura em busca de versões ou interpretações de eventos. 
EXEMPLO DE FONTE EXPERT: Um neurologista fala sobre problemas de dores de cabeça.
Segundo a perspectiva do newsmaking, um jornalista escolhe as fontes considerando a oportunidade antecipadamente revelada, a produtividade, a credibilidade, a garantia e a respeitabilidade (WOLF: 1987, 200). Do ponto de vista dos procedimentos jornalísticos, as fontes institucionais prevalecem porque são as que melhor atendem a esses fatores.
NOTÍCIA X REPORTAGEM
Uma notícia é qualquer acontecimento considerado relevante para o conhecimento do público. A reportagem é o aprofundamento da notícia, trazendo detalhes significativos para os leitores interessados em determinado assunto. Ambos os conteúdos são produzidos por um profissional jornalista.
Características de uma notícia
É definido como notícia, um texto que envolve conteúdo factual.
Ou seja, uma informação que precisa ser divulgada de imediato, e que sua validade informativa expira em um curto prazo de tempo.
Para ter certeza que o tema é uma notícia, o jornalista deve pensar se o assunto terá o mesmo grau de importância caso seja postado num prazo de tempo maior. Se for constatado que a informação deve ser consumida pelo leitor de imediato, definitivamente deverá ser elaborada uma notícia.
Dentro deste perfil, o texto jornalístico se apresenta em poucos parágrafos, com informações essenciais, descritas no lead da matéria. As perguntas ‘O que? Como? Por quê? Onde? Quando? Quem?’ serão suficientes para o leitor, e devem ser apresentadas de acordo com o grau de importância.
As causas e consequências do tema da notícia não são o objetivo da notícia.
Além dos fatos principais do assunto, é necessário apenas a inclusão de declarações breves de fontes diretas ou indiretas, que confirmação a veracidade da informação. A interpretação fica por conta do leitor.
Por isso, a notícia é praticamente o modelo textual mais utilizado em mídias de massa, como jornais, rádio e TV. Um modo simples, rápido e eficaz de se divulgar pautas quentes, que precisam chegar ao público geral rapidamente.
Parte superior do formulário
Características da reportagem
A reportagem apresenta mais informações que a notícia. Isso deve ser deixado bem claro com relação a Diferença entre Notícia e Reportagem.
Este gênero jornalístico engloba causas ou desdobramentos de uma notícia, com a liberdade de criar interpretações sobre o tema. O jornalista pode incluir mais fontes, e expandir sua pesquisa.
Para elaborar a reportagem, o profissional tem mais tempo para produzir o conteúdo, o que beneficia a possibilidade de pesquisa de campo.
Ou seja, o jornalista pode fazer a apuração presencial, no local do ocorrido, em contato direto com cenas, personagens entre outros aspectos envolvidos com o tema da reportagem. É um apanhado muito maior de informação. Quanto mais detalhado, melhor. Imagens e gráficos também podem ser usados para ilustrar a reportagem.
Diferente da notícia, o lead da reportagem não precisa responder de cara as principais informações que serão abordadas. No início da matéria, é importante destacar de forma criativa e instigante o quão interessante será o tema a ser descrito. Assim, o redator pode começar o conteúdo com o perfil de algum personagem importante, ou com a descrição do cenário principal do tema.
O objetivo é levar ao leitor, uma visão interpretativa, e detalhada a fundo. Para fazer uma reportagem são necessários mais entendimentos, detalhes, informações, dados e elaborações mais complexos. Por isso pense bem se conhece esses pontos, pois a vida do jornalista se resume a esses textos jornalísticos.
GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Géneros jornalísticos são os “modelos de apropriação e de interpretação da realidade usados pelos jornalistas”. Correspondem aos diferentes tipos de textos e abordagens que vemos nos media (notícias, crónicas, reportagens, entrevistas etc). 
Consideram-se géneros jornalísticos as notícias, entrevistas, reportagens, crónicas, editoriais e artigos (de opinião ou análise). No entanto, o género jornalístico não tem fronteiras rígidas. 
Alguns autores consideram também como géneros jornalísticos as fotorreportagens, as legendas ou até os fait divers, no sentido em que correspondem a tipos de abordagem distintos das anteriores.
Notícia
É o mais comum dos géneros jornalísticos. Diz respeito a um texto informativo, relativamente curto, escrito numa linguagemclara, directa e concisa. As notícias devem ser actuais, verídicas e despertar o interesse das pessoas. Normalmente, a sua redacção segue uma estrutura fixa (antetítulo, título, superlead, lead e texto).
Entrevista
A entrevista só é considerada um género jornalístico autónomo quando é apresentada isoladamente ou quando é parte essencial de uma peça jornalística. Ou seja, não se consideram entrevistas as perguntas feitas pelos jornalistas para recolher informação para notícias e reportagens. As entrevistas justificam-se apenas quando o tema abordado ou o perfil do entrevistado são do interesse dos leitores. Enquanto género jornalístico, a entrevista é redigida em formato de pergunta/resposta. 
Reportagem
É considerada quase unanimemente o género nobre do jornalismo. Tal como nas notícias, o seu principal objetivo é informar, mas neste caso de forma mais exaustiva e profunda, utilizando um estilo narrativo, mais descritivo e humanizado. Uma reportagem procura contar uma história e levar os leitores a “viver os acontecimentos”. Para conseguir aproximar os leitores da realidade tratada, a reportagem usa com frequência elementos de outros géneros jornalísticos (entrevista, crónica, opinião etc.).
Crónica
Os cronistas são pessoas que escrevem com regularidade para um jornal. As crónicas contam histórias (verídicas ou não) sobre a realidade e podem versar sobre as mais diversas temáticas (crónicas policiais, sociais, desportivas, locais, de um enviado especial etc.). Em geral, as crónicas não obedecem a muitas regras: devem ser textos leves, criativos, de leitura fácil e que despertem o interesse do leitor.
Editorial
Os editoriais dão a conhecer aos leitores o posicionamento do jornal sobre um determinado assunto da atualidade e são quase sempre escritos por um elemento que faz parte da direção do jornal (ou por alguém da sua confiança). Um editorial deve ser redigido com todo o cuidado pois traduz a posição coletiva do jornal.
O LEAD 
É a primeira parte de uma notícia. Geralmente o primeiro parágrafo posto em destaque, que fornece ao leitor informação básica sobre o conteúdo. A expressão inglesa lead tem, entre outras, a tradução de “primeiro”, “guia” ou “(o que vem) à frente”. O lide é um elemento fundamental para a funcionalidade do texto jornalístico, que expressa a função das linhas iniciais de uma matéria, no intuito de atrair e conduzir o leitor aos demais parágrafos. 
De uma maneira geral, o lide deve responder a: o quê (a ação), quem (o agente), quando (o tempo), onde (o lugar), como (o modo) e por que (o motivo) se deu o acontecimento central da história. No caso de não conseguir colocar todas as informações no início, o jornalista tem a opção de colocar o restante no sublide que representa o segundo parágrafo do assunto noticiado. 
O lide, portanto, deve informar qual é o fato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre. Segundo Adelmo Genro Filho, em “O Segredo da Pirâmide”, o lide deve descrever a maior singularidade da notícia. Já o lide do texto de reportagem, ou de revista, não tem necessidade de responder imediatamente às seis perguntas. A sua principal função é oferecer uma prévia, como a descrição de uma imagem, do assunto a ser abordado.
O lide deve ser objetivo e direto, evitando a subjetividade, e pautar mais pela exatidão, linguagem clara e simples. O leitor ganha interesse pela notícia quando o lide é bem elaborado e coerente.
ENTREVISTA E SEUS TIPOS 
Entrevista é uma conversa entre duas ou mais pessoas (o/s) entrevistador(es) e o(s) entrevistado(s) onde perguntas são feitas pelo entrevistador de modo a obter informação necessária por parte do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter destas declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. 
Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes
Tipos de entrevista
Entrevista temática: o entrevistado fala acerca do assunto que domina
Entrevista testemunhal: discorre um fato que a pessoa já participou ou assistiu 
Entrevista ritual: é feita em pé, breve, meras formalidades
Entrevista em profundidade: é quando o foco está centrado na figura do personagem e na atividade que ele desenvolve
Quanto as circunstâncias 
Exclusiva: A pessoa entrevistada fala a um só jornal, seja por não ter sido localizada pelos demais, ou seja por negar os outros veículos. 
Individual: Há um entrevistador e um entrevistado. O repórter marcara um encontro com antecedência, e a partir disso, havará um dialogo onde a pessoa fornecerá elementos básicos para a publicação. Geralmente é a exclusiva. 
Dialogal: é a entrevista por excelência: marcada antes, reúne repórter e fonte em ambiente controlado, sem aparato que informe hierarquia. Tom de conversa, a partir das perguntas do repórter.
Confronto: repórter assume o papel do inquisidor, despejando sobre o entrevistado acusações e contra-argumentando (às vezes com veemência), com base em algum dossiê ou conjunto acusatório. O repórter atua como um promotor em um julgamento informal. Pode se tornar um espetáculo de constrangimento. Esse efeito é notado pelo receptor (TV e rádio mais)
Ocasional: não é programada (pelo menos não combinada previamente). O resultado pode ser interessante, porque sem ter se preparado ele (preso às máximas de Grice - relevância e veracidade) pode dar respostas mais sinceras ou menos cautelosas (cuidado com alguns políticos –argumento: a entrevista foi de surpresa)
Coletiva: o entrevistado é submetido a perguntas de vários repórteres. Em geral ocorrem como parte de eventos, espetáculos ou venda de produtos (alta tecnologia). Autoridades em um centro de decisões dão coletiva periodicamente. Há um bloqueio do diálogo (não há pergunta construída a partir da resposta)
Mesa-redonda: Exemplo (jornal nacional no debate para a presidência da república, entrevistando os candidatos) 
Ping-pong: Conversas face a face, entre o jornalista e determinado entrevistado é definida como entrevista ping pong, como se chama este formato. Neste tipo de narrativa jornalística, há uma sequência de perguntas abertas, intercaladas com respostas do entrevistado em questão.
Classificação das entrevistas
Entrevistas geradoras de matéria jornalística: de rotina e caracterizadas
Rotina: A entrevista de rotina é representada pelas fontes de notícias factuais, pautas diárias que tem curto prazo de validade para divulgação. É a mais usada de todos os tipos de entrevista existentes. Ou seja, personagens que estiveram presentes na cena que está sendo noticiada. Por exemplo: Pessoas que presenciaram acidentes de trânsito, assaltos, desabamentos ou vítimas de enchentes. O depoimento dessas pessoas ilustra a matéria, e comprovam a veracidade do ocorrido.
Caracterizada: É definida como entrevista caracterizada, os textos entre aspas, incluídos em uma matéria. Isto é, a fala do entrevistado é descrita como foi dita, uma transcrição fiel do que foi falado.
Estas passagens são curtas, definidas de acordo com a sua importância, sem adaptação na transcrição.
Entrevistas quanto aos entrevistados: individual e de grupos (enquete e de pesquisa) 
Individual: A entrevista individual é marcada com antecedência, apresentando ao entrevistado o tema da pauta. A entrevista é concedida apenas a um jornalista, após o devido preparo das respostas, que foram elaboradas pelo entrevistado ou mesmo por sua assessoria.
Grupos: Também conhecida como coletiva de imprensa, a entrevista em grupo ocorre com a participação de vários jornalistas, que se revezam nasperguntas feitas a uma ou mais pessoas. Todas as respostas são aproveitadas pelo grupo de jornalistas, mas se destacam os que fazem as perguntas mais importantes e criativas sobre o tema da coletiva.
Entrevista quanto aos entrevistadores: pessoal (ou exclusiva) e coletiva (imprensa e pool) 
Pessoal (exclusiva): A entrevista pessoal (exclusiva) é concedida a um veículo, que divulgará o conteúdo em primeira mão. Isto é, uma pauta de grande interesse dos veículos de massa porque está em alta e atinge um grande número de pessoas. A credibilidade e o alcance do veículo contam muito no aceite da entrevista exclusiva, já que isso representa alto lucro financeiro e expansão da imagem do entrevistado. 
Coletiva (imprensa e pool): 
Entrevistas informativas, opinativas, ilustrativas ou biográficas
Informativas: Informar as pessoas sobre algum acontecimento social ou fazer com que o público conheça sobre as ideias e opiniões da pessoa que é entrevistada
Opinativas: A entrevista opinativa é feita com pessoas que tem autoridade para falar sobre determinado assunto, sejam profissionais consagrados, estudiosos, ou atletas com grande experiência, por exemplo. Para ceder uma entrevista opinativa, o personagem em questão deve ter conhecimento sobre o assunto em longo prazo, para comprovar sua capacidade de crítica.
Ilustrativas ou biográficas: Referente a biografia de um indivíduo. 
COMO CITAR FONTES E COMO FAZER CITAÇÕES
Vejamos algumas maneiras de fazer citações no exemplo da Caderneta de Poupança:
1 – De forma indireta: Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Mário Lobo Vieira, os saques na Poupança nunca foram tão altos no Brasil.
2 – Direta: “os saques na Poupança nunca foram tão altos no Brasil”, afirma o presidente da Caixa Econômica Federal, Mário Lobo Vieira.
3 – Mista: o presidente da Caixa Econômica Federal, Mário Lobo Vieira, afirma que “os saques na Poupança nunca foram tão altos no Brasil”.
4 – Com aspas e destaque do repórter – “os saques na Poupança nunca foram tão altos no Brasil”, afirma o presidente da Caixa Econômica Federal, Mário Lobo Vieira. Ele destaca que a entidade deverá tomar medidas para reverter o resultado negativo, como aumentar a remuneração para atrair novos poupadores. Atualmente a Poupança rende 0,5% ao mês mais a variação da TR.
“A Caderneta de Poupança é muito importante para o desenvolvimento do país, pois é o principal mecanismo de fomento do Governo Federal para a aquisição da casa própria”, acrescenta a autoridade.
Observe: nesse quarto item temos informações acrescentadas pelo repórter: “A Poupança rende 0,5% ao mês mais a variação da TR”.
Além do uso de outra ‘aspas’ ao final: “A Caderneta de Poupança é muito importante para o desenvolvimento do país, pois é o principal mecanismo de fomento do Governo Federal para a aquisição da casa própria”.
Portanto: durante a entrevista, o repórter precisa usar algumas frases entre aspas, e outras precisam ser interpretadas e/ou explicadas pelo autor do texto.
Procure, ainda, não usar citações aspeadas muito longas. Evite ultrapassar três linhas. Os manuais também recomendam que o uso da citação direta, abrindo matérias, devem ser reservadas para casos de impacto. Por exemplo, quando um ministro fala mal de integrantes do governo do qual faz parte. Sendo assim, leve sempre um gravador para as entrevistas (em caso de ping-pong, é prudente dois). Dificilmente você será capaz de lembrar (ou anotar) ipsis litteris (nas mesmas palavras).
Para não empobrecer o texto, evite repetir verbos ao final de cada citação. O ideal é observar qual o mais adequado para cada frase. 
Ou seja, se a fonte fala de algo do passado, ele está ‘relembrando‘ (não ‘destacando’, ou ‘retificando’). Se a intenção é consertar, ele ‘retifica’, não ‘destaca’.
Eis algumas opções para não ficar apenas no ‘disse’: afirma, declara, esclarece, alerta, destaca, relembra, ratifica, retifica, observa, acrescenta, pondera, ameniza, justifica, concorda, sentencia, etc.
TÍTULO, SUBTÍTULO, LEGENDA, OLHO E INTERTÍTULO
Os textos jornalísticos se revestem de algumas partes constituintes, tais como: título, subtítulo, legenda, olho e intertítulo.
Título – O título deve resumir, de forma atrativa, a notícia, em especial no jornalismo hard news (veículos que cobrem os acontecimentos do dia, o factual). 
Subtítulo – Literalmente, atesta-se que se trata de um elemento que reforça a intenção prestada no título, ou seja, um elemento que aparece para somar, para acrescentar algo a mais às informações anteriormente reveladas
 Legenda – Não são raras as vezes em que nos deparamos com gráficos, tabelas, fotografias, desenhos. Tais elementos cumprem uma função especial: caracterizar, descrever os aspectos impressos na ilustração e conferir apoio à própria matéria jornalística, informando acerca dos fatos noticiados. Dessa forma, encontram-se demarcados na legenda, sendo que tal parte se caracteriza como uma frase curta, concisa e objetiva.
Olho – O olho é uma parte interessante da matéria (pode ser um trecho do texto do jornalista ou uma frase de um dos entrevistados), que é destacada na diagramação, também com o sentido de levar o leitor para o texto. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de olho.
Intertítulo – É uma palavra, expressão ou composição de poucas palavras que aparece entre dois parágrafos do texto (em especial em textos longos). Tem a função de sinalizar ao leitor que a matéria mudará levemente o rumo do assunto que está sendo abordado. Serve para organizar e arejar a leitura, além de ser mais uma das “iscas” para fisgar o leitor, para que ele tenha vontade de prosseguir no texto.
REDAÇÃO E EDIÇÃO DO JORNAL
Os gêneros jornalísticos requerem uma linguagem e uma técnica redacional específica, que é umas das primeiras matérias ensinadas nas Faculdades de Jornalismo e que nos acompanhará ao longo da vida profissional.
O lead ou lide é o "guia" do texto, a estruturação por ordem de importância dos fatos narrados que responde as seis perguntas básicas do jornalismo: o que, quem, quando, como, onde e por quê. A consagrada fórmula da pirâmide invertida foi introduzida no Brasil nos anos 50 pelo jornal Diário Carioca com um texto de Joaquim Manoel sob o pseudônimo de Dalton Jobin, na coluna “Cartas a um foca”. Como forma de homogeneizar a escrita dos textos publicados, os jornais lançaram seus Manuais de Redação que estabelecem regras a serem observadas pelos jornalistas ao redigirem seus matérias.

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