EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

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SUMÁRIO
4INTRODUÇÃO	�
6DESENVOLVIMENTO	�
8CONCLUSÃO	�
9REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
10ANEXO I	�
11ANEXO II	�
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INTRODUÇÃO
A escola prepara as crianças para o mundo real? Essa pergunta é óbvia, pois a maioria das pessoas que se deparam com ela, dizem que “não”, “nossas crianças nunca foram e nem são preparadas para o mundo real”.
Sendo assim, é de extrema importância que os educadores tendem adaptar os conceitos teóricos matemáticos no cotidiano do seu alunado, porém como um educador pode ensinar o que não conhece? Principalmente, quando está relacionado á educação financeira.
Uma grande parte da população tem dificuldade quando o assunto é referente à administração financeira. A criança cresce observando seus pais administrando mal o dinheiro, com financiamentos, compras parceladas, empréstimos, e etc.
Sendo assim, quando esta criança torna-se um adolescente, e consegue seu primeiro emprego sem nenhum conhecimento financeiro. Ele não sabe como investi-lo, e acaba “torrando” todo o seu salário. Pode-se analisar esse raciocínio, através de um exemplo claro, dado por Robert Kiyosaki no livro “Pai rico, pai pobre”.
“Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma trajetória semelhante”. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez faça uma pós-graduação, e então faz exatamente o que estava determinado: procura um emprego ou segue uma carreira segura e tranquila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, chega um monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não tinham começado.
Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares onde vão os jovens, conhece alguém, namora e, às vezes, casa. A vida é então maravilhosa porque atualmente marido e mulher trabalham. Dois salários são uma bênção. Eles se sentem bem-sucedidos, seu futuro é brilhante, e eles decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão, tirar férias e ter filhos. 
O desejo se concretiza. A necessidade de dinheiro é imensa. O feliz casal concluiu que suas carreiras são da maior importância e começa a trabalhar cada vez mais para conseguir promoções e aumentos. A renda aumenta e vem outro filho... e a necessidade de uma casa maior. Eles trabalham ainda mais arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um emprego. Suas rendas crescem, mas a alíquota do imposto de renda, o imposto predial da
casa maior, as contribuições para a Seguridade Social e outros impostos também crescem.
Eles olham para aquele contracheque alto e se perguntam para onde todo aquele dinheiro vai. Aplicam em alguns fundos mútuos e pagam as contas do supermercado com cartão de crédito. As crianças j á têm 5 ou 6 anos e é necessário poupar não só para os aumentos das
mensalidades escolares, mas também para a velhice.
O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da Corrida dos Ratos pelo resto de seus dias. Eles trabalham para os donos da em presa, para o governo, quando pagam os impostos, e para o banco, quando pagam cartões de crédito e hipoteca.
Então eles aconselham seus filhos a estudar com afinco, obter boas
notas e conseguir um emprego ou carreira seguros. Eles não aprendem nada sobre dinheiro, a não ser com aqueles que se aproveitam de sua ingenuidade e trabalham arduamente a vida inteira. O processo se repete com a geração seguinte de trabalhadores. Esta é a Corrida dos Ratos.” (pag 11. 1998)
Após esse exemplo citado por Robert, o professor deve-se trabalhar não apenas com gráficos e cálculos de juros e porcentagem, mas sim, levar ao aluno a compreender a complexidade de saber investir e administrar seu dinheiro, sendo o primeiro emprego ou até mesmo a mesada.
Sendo assim, este trabalho irá elaborar uma sequência didática no que tange à administração financeira, podendo ser aplicada tanto nos anos finais do ensino fundamental quanto no ensino médio.
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DESENVOLVIMENTO
SEJA UM MICROEMPREENDEDOR
Conteúdo: 
Cálculos de Porcentagem, juros simples e compostos e mora;
Uso de tabelas gráficas e planilhas;
Cálculos de Média Aritmética;
Análise de Juros e Progressões.
Objetivo:
Incentivar o aluno como investir o suas finanças;
Ensinar os conceitos matemáticos ligados à educação financeira;
 Auxiliar o aluno a compreender a utilização de tabelas e planilhas.
Pré-Requisitos:
Nenhum.
Material Necessário:
Materiais Básicos utilizados em sala-de-aula (caderno, lápis, borracha, caneta, etc.)
Metodologia:
1º Passo: Na primeira aula, será discutido sobre como é importante saber empreender e administrar suas finanças. Após essa discursão, os alunos irão receber uma planilha, para analisar os gastos que normalmente os seus pais gastam mensalmente com eles. (em anexo I). Também será analisado o valor que eles recebem por mês de mesada (caso tenham) e como ele é empregado.
Nota: Essa atividade deverá ser levada para casa, para que o aluno juntamente com seus pais, possa estar refletindo sobre quais gastam são necessários e quais não são. 
Se essa atividade for aplicada no Ensino Médio, os alunos que já trabalham, poderão utilizar do seu salário para fazer esses Cálculos.
2º Passo: Após analisados todos os valores adicionados à planilha, cada aluno deverá fazer um levantamento de quais gastos serão supérfluos, e irá fazer o cálculo que permita descobrir quanto ele pode economizar retirando gastos não necessários e também calcular quanto será o valor de 15% do seu salário para economizar.
3º Passo: O aluno deverá ler o texto intitulado “Quais as melhores formas de investimento?” disponível em: https://blog.guiabolso.com.br/2015/03/31/quais-as-melhores-formas-de-investimento/. E, a partir disso, criar algo que permita que suas economias sejam investidas. Cada aluno receber uma ficha, que deve ser preenchida com o nome do seu negócio, o nicho, o quanto de capital inicial, e os passos para concretização de seu plano. (em anexo, II).
Notas: Nos anos finais do ensino fundamental, os alunos podem desenvolver negócios como, confecção e vendas de bombons, artesanatos, dentre outros.
4º Passo: O aluno deverá fazer uma estimativa de quanto ele terá de lucro mensal após a concretização de seu negócio, o quanto de venda, e quanto poderá investir mais para o crescimento. Neste momento, o aluno deverá montar a tabela, com auxílio do professor. 
Tempo necessário
4 aulas de 50 minutos.
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CONCLUSÃO
Através desta sequência didática o aluno pode compreender a importância de saber como administrar suas finanças, uma vez que, após tornar-se adulto será consciente do seu papel na sociedade. 
Se hoje, o país vive em grande recessão econômica, deve-se ao fato principal de uma sociedade que visa um consumismo capitalista exacerbado sem controle dos gastos. E como dizia Karl Marx, “As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais.”(A miséria da filosofia, 1847). Ou seja, um adulto que entende como administrar suas finanças de forma consciente e responsável. É o primeiro passo para que se possa mudar todo um meio social.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARX, Karl. A miséria da Filosofia (1847). São Paulo: Centauro. 2001 
KIYOSAKI, Robert T.; LECHTER, Sharon L. Pai rico, Pai pobre: o que os ricos ensinam a seus filhos sobre dinheiro. Tradução de Maria José C. Monteiro. 60º ed.; RJ: Elsevier, 1998.
GODOI, Alberi; SILVA, Fabiana de P.; PRESTES, Lílian C. G. A educação financeira no ensino da matemática. Curitiba. 2008. Disponível em: http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2011/08/educacao-financeira-noensino-da-matematica.pdf.
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ANEXO I
	ESCOLA:
	ALUNO:
	SÉRIE/TURMA:
	DISCIPLINA:
	TABELA DE GASTOS MENSAIS
	GASTOS NECESSÁRIOS
	VALOR
	GASTOS SUPÉRFLUOS 
	VALOR
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	O ALUNO RECEBE MESADA? SE SIM, QUANTO?
	COMO É EMPREGADO O SALÁRIO QUE REBEBE DA MESADA? 
	GASTOS
	VALOR
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	QUAIS GASTOS OS PAIS ACHAM QUE PODEM SER RETIRADO?
	VALOR
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	OBSERVAÇÕES: (neste campo, os pais ou o aluno, pode deixar alguma reflexão ou dúvida sobre a planilha)
	
	
	
	
	
	
	
Assinatura do Aluno
Assinatura do Responsável
ANEXO II
	PLANO DE NEGÓCIOS
	RAZÃO SOCIAL:
	CNPJ:
	SÓCIO:
	ENDEREÇO:
	CAMPO DE MERCADO (NICHO):
	FALE SOBRE SEU NÉGOCIO:
	
	
	CAPITAL INICIAL:
	MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA INICIAR DA PRODUÇÃO:
	VALOR
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	TOTAL
	
	METODOLOGIA EMPREGADA PARA CONCRATIZAÇÃO:
	
	
	
	
	
	
	
	DIA PREVISTO PARA INAUGURAÇÃO: __/___/_____
	FORMAS DE DIVULGAÇÃO:
	VALOR:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	OBSERVAÇÕES:
	
	
	
	
	
	
	
ASSINATURA DO ALUNO
Sistema de Ensino Presencial Conectado
lICENCIATURA EM MATEMÁTICA
CAMILA LORRANE REIS LOCATELLI
RICARDO RIBEIRO DE SOUZA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Trabalho Interdisciplinar Grupo
Belo Horizonte
2016
CAMILA LORRANE REIS LOCATELLI
RICARDO RIBEIRO DE SOUZA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Trabalho Interdisciplinar Grupo
Trabalho de Licenciatura em Matemática apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Cálculo Numérico, Análise Matemática e Educação Financeira.
Professores: Alessandra Negrini Dallas Barba, Debora C. B. Kirnev, Diego Fogaça Carvalho, Paula C. de Oliveira Klefens.
Belo Horizonte
2016