Análise Experimental do Comportamento em Rato Virtual

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO - SNIFFY
SÃO PAULO
MAIO/2019
RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO - SNIFFY
Relatório apresentado a disciplina de Análise do comportamento, 2º semestre de 2019, sob orientação do professor Paulo
SÃO PAULO
MAIO/2019
RESUMO
Esse estudo foi realizado em um laboratório de informática, utilizando conceitos básicos da análise do comportamento, segundo o behaviorismo radical de Skinner, onde utilizamos um rato virtual. Foram realizados experimentos que mudaram o comportamento natural do sujeito, fazendo-nos entender que todo nosso passado interfere no modo como nos comportamos hoje, e o passado de todos os organismos é diferente. Foi possível demonstrar como é possível prever e controlar comportamentos, analisar a relação entre estímulo, ambiente e resposta, através da análise do comportamento animal.
INTRODUÇÃO
A análise do comportamento é uma abordagem da Psicologia que tem como objetivo entender o ser humano a partir da sua interação com o ambiente, portanto, tem como tema central a aprendizagem, em visão global pela forma como se dá. A princípio é observada a partir de mudanças comportamentais apresentadas pelos indivíduos como resultado de vivencias passada e que gera interferências em comportamentos futuros (Catania, 1999)
Essa abordagem nos proporciona a oportunidade de observar, analisar e prever o comportamento de um sujeito experimental, com base em testes realizados em um laboratório, onde estudamos os princípios básicos da análise do comportamento, utilizando um rato albino virtual.
É uma abordagem na qual busca compreender o ser humano a partir da sua interação com ambiente como: (condicionamento pavloviano, contingências de reforço, punição, esquemas de reforçamento, o papel do contexto, entre outros tipos de interação). É importante ressaltar que o conceito de ambiente vai muito além do seu significado comum. O ambiente refere-se ao mundo físico, social, a nossa história de vida e a nossa interação com nós mesmos, tudo isso são ambientes para análise do comportamento (MOREIRA E MEDEIROS, 2007, pg. 213)
Ao analisar os conceitos criados pelos teóricos, podemos destacar quatro deles como de grande relevância em seus experimentos. São eles: condicionamento operante como uma forma de aprendizagem em que um estímulo previamente neutro passam após o emparelhamento com um estimulam incondicionado a eliciar uma resposta reflexa (Moreira e Medeiros, 2007, pg. 46).
“É importante, portanto saber como o sujeito experimental se comporta antes da intervenção para sabermos se ela alterou seu comportamento. Por esse motivo, antes de uma intervenção fazemos sempre o registro do nível operante” (Moreira&Medeiros, 2007)
Modelagem: procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento, sendo assim temos como resultado final, um novo comportamento. O reforçamento diferencial consiste em recorçar algumas respostas que obedecem a algum critério e também em não reforçar outras respostas similares, usamos a modelagem o reforço diferencial e aproximações sucessivas a fim de ensinar a um sujeito, um novo comportamento. Quanto mais próximos o reforço estiver da resposta, mais eficiente ele será. Reforçamento, eventos que ocorrem tornando uma reação mais frequente, aumentando a possibilidade desta se repetir
Extinção: há conceito de extinção que tende a diminuir a frequência do comportamento ao remover o reforço que influenciou a resposta, ou seja, o comportamento não é mais reforçado ocasionando a redução da frequência da respostas. “É a suspensão de uma consequência reforçadora anteriormente produzida por um comportamento. Tem como efeito o retorno da frequência do comportamento ao seu nível operante” (Moreira e Medeiros, 2007. Pg.62), na extinção há três características a se observar: Aumento da frequência da resposta (no caso do rato, pressionar várias vezes a barra), Topografia e respostas emocionais.
Para a prática desses experimentos, foi feito esse relatório tendo como objetivos descrever comportamentos emitidos por um rato virtual, durante as atividades de laboratório da disciplina de Psicologia Geral Experimental do curso de Psicologia.
MÉTODO
Utilizando como sujeito experimental, o rato virtual, simulando um rato albino, programa Sniffy Pro, para observação do comportamento; foi utilizado também, folha para anotação, lápis, caneta e cronômetro.
A partir das observações do programa, que simula o comportamento do organismo do rato.
PROCEDIMENTOS
Foi lembrado alguns conceitos usados por Skinner, que usamos como base para a observação e discussão sobre o experimento realizado.
Atividade 1
Abrir o programa, clicar em Experiment, Design Operant Conditionning Experiment, observar por 15 minutos o rato dentro da caixa de Skinner, foi utilizando o cronômetro do celular, para medir esse tempo e foi anotado o comportamento do rato em nível operante, antes que passasse por algum condicionamento. Esse registro serviu como base para a análise e comparação antes e depois da intervenção operante. Como sabemos, por Moreira & Medeiros: “Classifica-se como comportamento operante o comportamento eu traduz consequências e modificações no ambiente é afetado por elas”
Foi observado quantas vezes ele farejou, coçou, levantou, foi ao comedouro e pressionou a barra.
No segundo momento, foi feito o treino ao comedouro, o emparelhamento entre o som e a comida, assim toda vez que o rato escutava a sineta, fosse ao comedouro, receber a comida liberada, sendo esse definido como Condicionamento Respondente.
Assim o rato passou a ter menos respostas naturais, como coçar e farejar, aumentando a ida ao comedouro sempre que escutava a sineta.
Operante - Foi observado que após o procedimento de reforço contínuo o rato passou com mais frequência a ir até o comedouro, a levantar e até pressionar a barra algumas vezes, resultado do nível Operante, segundo Skinner (1953)
Atividade 2
Abrir o programa, clicando em Experiment, Design Operant Conditioning Experiment, Selecionar opção Continuos, Windows, Mind Windows e Operant Associations.
Nesse segundo passo, será feito o treino ao comedouro, o emparelhamento entre o som e a comida, toda vez que o rato escutar a sineta, irá ao comedouro, receberá a comida que será liberada, sendo esse definido como condicionamento Respondente.
Sempre que o rato estiver próximo, e com a cabeça voltada para o comedouro, pressionar a barra de espaço do teclado do computador, liberando uma porção de alimento. Quando o rato estiver comendo e levantar a cabeça, pressionar a barra de espaço, liberando mais comida, observe a barra de “Sound Food”, até que ela alcance a marca de 75%, após, testar o condicionamento, pressionando a barra de espaço quando o rato estiver longe do comedouro, se ele se aproximar rapidamente, saberemos que o rato foi condicionado.
Atividade 3
Abrir o programa, clicando em Experiment, Design Operant Conditioning Experiment, Selecionar opção Continuos, Windows, Mind Windows e Operant Associations.
 
 
RESULTADOS 
Nível operante e CRF
	
No nível operante, observar que o rato passou a ir com mais frequência ao comedouro.
Durante os 15 minutos observáveis, o rato levantou 53 vezes, coçou-se 114 vezes, foi ao comedouro 25 vezes, farejou 124 vezes e pressionou a barra 8 vezes.
A taxa por minuto de levantar-se foi de 3,5, coçar 7.6, ir ao comedouro 1.6, farejar 8.2 e pressionar a barra 0.53.
 No esquema de reforçamento contínuo o rato levantou 107 vezes, coçou-se 43 vezes, foi ao comedouro 48 vezes, farejou 48 vezes e pressionou a barra 129 vezes.
A taxa por minuto de levantar-se foi de 7.13, coçar-se 2.86, ir ao comedouro 3.2, farejou 3.2, pressionar a barra 8.6
No segundo gráfico podemos verificar o processo de extinção. Observadoo rato durante 15 minutos, foi notado que ele pressionou a barra mais vezes no primeiro minuto, extinguindo esse comportamento nos minutos seguintes em comparação ao nível crf. Pressionou a barra 77 vezes, com a taxa de 5.13 por minuto. Nota-se o que no processo de extinção o rato volta ao nível operante, nesse processo de enfraquecimento de uma resposta operante (diminuição da probabilidade da ocorrência em uma determinada situação), quando ele deixa de ser reforçado.
CONCLUSÃO
Com base no que foi estudado nessa disciplina, foi eu realizado experimento com o rato do programa Sniffy, onde descrevemos e executamos procedimentos técnicos e de reflexões acerca do comportamento.
Em meio a esse experimento, foi possível identificar variáveis de comportamentos dependentes e independentes em situação natural e em relatos de experimentos, caracterizando a partir da teoria do reforço, utilizando os conceitos da ciência do comportamento.
Ao analisar os dados obtidos na observação do experimento no nível operante, onde foi importante saber para obter uma linha de base e entender como o sujeito experimental se comporta antes da intervenção para definirmos a meta que foi alcançada no experimento. Como observado no reflexo aprendido, vimos que o sujeito aprende a emitir respostas reflexas frente a estímulos. No caso do experimento com o rato, observa-se que ele aprende comportamentos mais complexos (como pressionar a barra). O estímulo comida, emparelhado ao som, observa-se que ao ouvir o som, o rato rapidamente ia ao comedouro e pressionava a barra. Já na extinção, foi observado que o rato passou a pressionar menos vezes a barra, pois já não tinha mais o estímulo comida no processo, retornando ao seu comportamento anterior aos condicionamentos. 
Comparando o condicionamento operante com o CRF, podemos perceber que há uma diminuição dos operantes exploratórios de andar, farejar... na resposta de pressão a barra, foi aumentado no crf isso devido ao reforçamento contínuo. Nisto, podemos afirmar que ao fim da pratica operante e crf, o sujeito estava sob o controle da barra como estímulo antecedente a liberação do reforço positivo.
Retornando ao nível operante no processo de extinção.
BIBLIOGRAFIA
Catania, A.C. (aprendizagem) 1992, São Paulo, Pearson 3ª edição
Moreira, M.B. & Medeiros C.A. 2007, Princípios básicos da análise do comportamento, Porto alegre, Artes Médicas
B.F. Skinner, 2003, Ciência do comportamento Humano, São Paulo, 11ª edição, Martins Fonte