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1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO DE PSICOLOGIA JANE AIMEE CHAVES ZWICKER – G167FE7 LIDIANA BARBOSA DA SILVA LOPES – RA G139259 ROBERTA FASSINA COSTA – RA T006BC6 SOFIA NASCIMENTO DOS SANTOS – RA G1759D3 EXPERIMENTOS DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO COM O RATO VIRTUAL SNIFFY Santana de Parnaíba 2021 2 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO DE PSICOLOGIA Jane Aimee Chaves Zwicker – G167FE7 Lidiana Barbosa Da Silva Lopes – RA G139259 Roberta Fassina Costa– RA T006BC6 Sofia Nascimento Dos Santos – RA G1759D3 EXPERIMENTOS DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO COM O RATO VIRTUAL SNIFFY Relatório final de atividades práticas apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina de Análise Experimental do Comportamento, do Instituto de Ciências Humanas, curso de graduação em Psicologia, da Universidade Paulista - Unip. Prof. Dra. Luan Flávia Barufi Santana de Parnaíba 2021 3 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). Gráfico 2. Frequência de resposta de “Farejar” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). Gráfico 3. Frequência de resposta de “Levantar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). Gráfico 4. Frequência de resposta de “Limpar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). Gráfico 5. Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. Gráfico 6. Frequência de resposta de “Farejar” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. Gráfico 7. Frequência de resposta de “Levantar-se” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. Gráfico 8. Frequência de resposta de “Limpar-se” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. Gráfico 9. Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo. Gráfico 10. Frequência de resposta de “Farejar” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo. Gráfico 11. Frequência de resposta de “Levantar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo. Gráfico 12. Frequência de resposta de “Limpar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo. Gráfico 13. Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual na presença de som (SD) e na ausência de som (Sdelta) no experimento Treino Discriminativo. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 05 1.1 Revisão Bibliográfica ...................................................................................................................... 05 1.2 Objetivo ................................................................................................................................ 07 2 MÉTODO ................................................................................................................................ 08 2.1 Sujeito ............................................................................................................................... 08 2.2 Materiais...........................................................................................................................................08 2.3 Procedimento ............................................................................................................................... 08 2.3.1 Nível Operante ............................................................................................................................. 09 2.3.2 Treino ao Comedouro................................................................................................................... 09 2.3.3 Modelagem ................................................................................................................................ 09 2.3.4 Frequência de Reforçamento Contínuo (CRF) ............................................................................ 10 2.3.5 Extinção ................................................................................................................................ 10 2.3.6 Treino Discriminativo ................................................................................................................. 11 2.3.7 Esquema de Reforçamento Razão Fixa ....................................................................................... 11 3 RESULTADOS ................. ..............................................................................................................13 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 21 ANEXO A - 1_Ficha_Nível Operante ................................................................................................ 22 ANEXO B - 2_ Ficha Treino ao Comedouro .................................................................................... 24 ANEXO C - 3_ Ficha Modelagem ...................................................................................................... 25 ANEXO D - 4_ Ficha CRF ................................................................................................................. 26 ANEXO E - 5_ Ficha Extinção ........................................................................................................... 28 ANEXO F - 6_ Ficha Treino Discriminativo .................................................................................... 30 ANEXO G - 7_ Ficha Esquema de Reforçamento - Razão Fixa ..................................................... 32 5 INTRODUÇÃO O presente relatório, com base em revisão da literatura sobre o tema e observação de sete experimentos executados em aulas práticas por via remota, traz os principais conceitos da análise do comportamento, buscando defini-los segundo a teoria de Skinner (1904-1990), e apresenta os resultados dos experimentos. Seguidor do behaviorismo, o psicólogo, inventor e filósofo norte-americano criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical com uma proposta filosófica acerca do comportamento humano, que, bem como outras ideias desse autor, será vista ao longo deste trabalho. 1.1 Revisão Bibliográfica Considerado o psicólogo mais influente do século XX, Burrhus Frederick Skinner embasou este trabalho com suas teorias. Ele acreditava que examinar os motivos inconscientes de seres humanos era inútil, pois a única coisa que vale investigar é o comportamento. Julgava absurdas as ideias de impulsos internos com Id, Ego e Superego. Skinner foi influenciado pela teoria dos reflexos condicionados de Pavlov e pelo estudo do comportamento de John B. Watson. Skinner acreditou que era possível explicar a conduta dos indivíduos como um conjunto de respostas fisiológicas condicionadas. Criou o Behaviorismo Radical, que Skinner também chamava de a filosofia da ciência do comportamento. Moreira & Medeiros (2014) apresentam alguns conceitos de Skinner, como a Análise do Comportamento, que consiste em uma abordagem psicológica com a finalidade de compreendero ser humano de acordo com sua interação com o ambiente em que vive. Dessa análise, fazem parte o condicionamento pavloviano, contingências de reforço e punição, esquemas de reforçamento, o papel do contexto, além de outras formas de interação. Skinner considerava o livre arbítrio uma ilusão e a ação humana dependente das consequências de ações anteriores. Na Análise do Comportamento, o conceito de ambiente transcende o seu significado comum, pois ambiente, nesse caso, representa o mundo físico, material, bem como ao mundo social, em que há a interação com outras pessoas, a história de vida do indivíduo e sua interação com ele mesmo. A essência dessa ideia resume-se em: as consequências que um determinado comportamento causou no passado escolheram esses comportamentos, isto é, têm influência se 6 ele continua ou não ocorrendo. Desta forma, se forem alteradas as consequências do comportamento hoje, a possibilidade de o comportamento também ser alterado, ou seja, se as consequências fossem negativas, havia grande possibilidade de a ação não ser repetida. No entanto, se fossem positivas, a probabilidade de se repetir a ação tornar-se-ia maior. A essa ação denomina-se Reforço, que pode ser tanto negativo quanto positivo, a depender do referencial do organismo. Importante ressaltar que embora a Análise do Comportamento e Behaviorismo possam parecer a mesma coisa, são diferentes. A primeira é uma abordagem psicológica; já o Behaviorismo é uma forma de filosofia da ciência do comportamento. Considerando que o behaviorismo se fundamenta em medir comportamentos, o que ocorre no condicionamento de Skinner está pormenorizadamente analisado e classificado. Assim, podem-se distinguir dois tipos de reforços na teoria de Skinner: acerca do behaviorismo e Condicionamento Operante: o Reforço Positivo, elemento que funciona como uma recompensa, em geral satisfaz alguma necessidade ou gera uma resposta agradável; e o Reforço Negativo, elemento que causa uma resposta dolorida, de descontentamento ou desconforto, o que atua como punição (GALLARDO, 2020). Com o fim de fortalecer o comportamento, Skinner fez uso do Condicionamento Operante e considerou a taxa de resposta como a medida mais assertiva na resposta. Para estudar o Condicionamento Operante, Skinner inventou a câmara de condicionamento operante, e o registrador cumulativo para medir a taxa. Não obstante, quando as mudanças no ambiente aumentam a probabilidade do comportamento que o gerou ocorrer novamente, denomina-se Contingência de Reforço. Aí há uma relação de casualidade, ou de condicional, pois se ocorre algum comportamento, nesse caso, acontece a consequência. Nessa perspectiva, pode-se manipular o comportamento de acordo com as consequências. Para tanto, é preciso fazer uso da observação do comportamento em nível operante, isto é, a reação do organismo antes de qualquer processo de manipulação (MOREIRA & MEDEIROS, 2014). Comportamento Respondente é conhecido também como reflexo incondicionado, que se refere a um comportamento natural transmitido por gerações e que faz parte do DNA do indivíduo. Trata-se de um reflexo que está ligado à sobrevivência. Partindo da ideia de Skinner de que todo comportamento sofre influência de seus resultados, cria-se a teoria de controle de comportamentos que considera reforços e punições como modo de estimular ou desestimular um determinado comportamento. Extinção, para Skinner (MOREIRA & MEDEIROS, 2014), ocorre quando uma 7 resposta se torna cada vez mais rara quando o reforçamento não mais ocorre. Skinner seguiu propondo o recurso à extinção como medida dos efeitos de reforço. Foi visto que, no esquema de reforço contínuo, toda resposta é seguida do reforçador. Exemplo de Reforço Contínuo é dar a partida no carro e ele funcionar; trata-se de uma resposta continuamente reforçada. No caso, porém, de as respostas não serem reforçadas quando solicitadas, ocorre o esquema de Reforço Intermitente. A definição para Treino Discriminativo é uma cadeia de comportamentos que se embase e se mantém pelo último reforço. Aprende-se a discriminar os estímulos porque se vive um processo chamado treino discriminativo, que consiste em reforçar um comportamento ou extingui-lo. Razão Fixa ocorre quando o número de respostas exigido para a apresentação de cada reforçador é sempre igual, ou seja, o organismo precisa emitir um número fixo de respostas, para obter um comportamento reforçado. O fato de o ambiente ser demasiadamente mutável dificulta encontrar exemplos de Razão Fixa. Razão Variável é comum no cotidiano, e vários comportamentos humanos estão sob o controle da Razão Variável, como pentear os cabelos, escovar os dentes e muitos outros (GALLARDO, 2020). Quanto aos experimentos que complementam este trabalho, foram realizados com base no livro Sniffy, o rato virtual de Alloway, Wilson e Graham (2006), em aulas práticas por via remota, em razão da Pandemia, calcados nas referências bibliográficas adequadas, com a intenção de identificar os pontos estudados na teoria relativos a alguns princípios da análise do comportamento. Tais experimentos constarão do item Método deste Relatório. 1.2 Objetivo A elaboração deste trabalho teve por objetivo experienciar, como forma de aprendizagem, os princípios básicos do comportamento operante proposto por Skinner a partir de experimentos realizados com o rato virtual Sniffy. 8 2. MÉTODO 2.1 Sujeito Será analisado nos experimentos como Sujeito Experimental, um Rato Virtual, (Programa de Software Sniffy versão Pro 2.0), que permite a observação e simulação de processos psicológicos e fenômenos comportamentais com características de um organismo vivo. 2.2 Materiais Foi utilizada a Caixa de Skinner, que proporcionou um ambiente no qual o rato pode ser treinado virtualmente. A Caixa de Skinner possui um compartimento especial na parede traseira contendo um bebedouro (que não será usado no experimento), um comedouro (para alimentar o rato, onde este, foi usado como reforçador para treinar o rato à pressionar a barra), uma barra de pressão que libera o alimento para o rato, um dispositivo (lâmpada) que ao ser acionado emite luz, um alto-falante para emissão do som e barras metálicas paralelas que formam o chão da caixa; também foram utilizados para a realização dos experimentos folhas de registro, lápis e caneta, cronômetro, calculadora e computador. Os experimentos foram realizados durante as aulas práticas de Análise Experimental do Comportamento ministradas virtualmente, onde a professora em ambiente de sala de aula virtual, estava como operadora do programa do Rato Virtual (Sujeito Experimental) e os alunos observando, analisando e registrando as informações nas folhas de registro. 2.3 Procedimento A proposta era submeter o sujeito a sete fases experimentais: Nível Operante (NO); Treino ao Comedouro; Modelagem; Frequência de Reforçamento Contínuo (CRF); Extinção; Treino Discriminativo e Esquema de Reforçamento Razão Fixa, obtendo assim, dados ao observar a frequência e mudança do comportamento em relação aos comportamentos observados (pressionar a barra, farejar, levantar e limpar). 9 2.3.1 Nível Operante (NO) Nesta primeira fase dos experimentos, Nível Operante (NO) foi realizada, no dia 10 de março, durante o período e ambiente de aula virtual, onde o sujeito foi observado durante 15 minutos. Os comportamentos observados e registrados minuto a minuto foram: pressão à barra, farejar, levantar e limpar-se. Ao final deste primeiro experimento, foi calculada a frequência total de cada resposta em cada minuto e construído um gráfico com desenho A-B, para cada resposta registrada. O objetivo do experimento era a obtenção de dados sobre como o sujeito se comportava antes da intervenção realizada, e assimfazer a comparação dos dados obtidos antes e após a intervenção. 2.3.2 Treino ao Comedouro A segunda fase dos experimentos, Treino ao Comedouro, foi realizada, no dia 17 de março, durante o período e ambiente de aula virtual, com início às 09h03min e término às 09h30m, com duração de 27min 44s somando um total de 265 pelotas de alimento liberadas para o rato. Nesta fase, o som do comedouro foi usado como um estímulo discriminativo e como reforçador condicionado. Durante o experimento a operadora do programa (professora), liberava uma pelota de alimento, pareando o som com o alimento disponível no comedouro, esperando que com este estímulo o rato fosse até o comedouro toda vez que o som fosse emitido. O objetivo do experimento era fazer com que o rato se aproximasse do comedouro sempre que o som de funcionamento da pressão a barra fosse emitido. 2.3.3 Modelagem A terceira fase dos experimentos, foi realizada no dia 24 de março, durante o período e ambiente de aula virtual, com início às 09h11min, término 09h42min e duração de 31min, somando um total de 82 pelotas apresentadas ao rato. O início do experimento se deu com acionamento do comedouro, apertando a barra ‘espaço’ do teclado, esperando assim, que o rato se aproximasse e comesse a pelota de alimento. A topografia de reforçamento utilizada, foi a 10 liberação do alimento somente quando o rato estivesse de frente para o comedouro, assim que o rato associou o som com o alimento disponível no comedouro, foi iniciado o processo de modelagem, havendo a liberação das pelotas de alimento mediante o rato estar em pé em frente a barra, após algum tempo o rato já estava pressionando a barra sozinho. O objetivo deste experimento foi ensinar ao sujeito experimental, um novo comportamento: pressionar a barra para obter o alimento. 2.3.4 Frequência de Reforçamento Contínuo (CRF) A quarta fase dos experimentos, foi realizada no dia 07 de abril, durante o período e ambiente de aula virtual com início às 08h45min com término às 09h e duração de 15min. Neste experimento foi observado, durante 15 minutos, minuto a minuto, os comportamentos de: pressão a barra, farejar, levantar-se e limpar-se. No final do experimento, foi calculada a taxa total de resposta, para cada uma das respostas por minuto e construído um gráfico com desenho A-B, para cada uma das respostas registradas, ou seja, um gráfico para a resposta de “pressão a barra”, um gráfico para a resposta de “farejar”, um gráfico para a resposta de “levantar-se”, um gráfico contendo a resposta de “limpar-se” contendo as fases: Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). O objetivo deste experimento foi o de fortalecer (aumentar a frequência) o comportamento de pressionar a barra apresentando um reforçamento (alimento) para pressão a barra. 2.3.5 Extinção A quinta fase dos experimentos, foi realizada no dia 14 de abril, durante o período e ambiente de aula virtual, com início às 08h51min e término às 09h15min, com duração de 15 minutos. Neste experimento foram feitas alterações nas funções de som (reforçador secundário), que agora passa a ser desativado e pressão a barra, que não liberará mais alimento (reforçador primário) no comedouro, fazendo com que toda vez que o rato pressione a barra, esta pressão não produza mais pelotas de alimento disponível no comedouro e ele deixará de ouvir o som do alimentador como consequência de pressionar a barra. Como a pressão à barra não foi mais reforçada, o critério utilizado para a extinção foi um período de 5 minutos quando 11 o rato pressionava a barra no máximo 2 vezes. Os comportamentos observados duraram 30 minutos, minuto a minuto e foram estes: pressão a barra, farejar, levantar-se e limpar-se. No final do experimento foram calculadas as taxas de respostas, para cada uma das respostas de comportamento observadas durante o experimento e construído um gráfico com desenho A-B para cada resposta registrada, ou seja, um gráfico para a resposta de “pressão a barra”, um gráfico para a resposta de “farejar”, um gráfico para a resposta de “levantar-se”, um gráfico contendo a resposta de “limpar-se” contendo as fases: Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. 2.3.6 Treino Discriminativo A sexta fase dos experimentos, foi realizada no dia 28 de abril, durante o período e ambiente de aula virtual, com início às 08h49min com término às 09h19min, com duração de 30 minutos. Neste experimento, foi criado uma aprendizagem de discriminação simples S+ (estímulo em que a presença do som será reforçada) com um tom (frequência de 2Hrtz), e S- (estímulo em que a presença do som não será reforçada). No início deste experimento, a resposta de pressão a barra só foi reforçada mediante ao som apresentado. Durante os 30 minutos do experimento, foram registrados a cada minuto o número de vezes que o rato pressionou a barra durante o SD (presença do som, luz vermelha acesa na caixa de som da Caixa Operante) e durante Sdelta (sem som, luz vermelha apagada na caixa de som da Caixa Operante). No final do experimento, calculou-se a frequência das respostas de pressão a barra em cada minuto e foi construído um gráfico de curva de frequência, comparando as respostas em SD e Sdelta. Neste experimento, o objetivo foi ensinar o rato a pressionar a barra apenas quando houvesse som, que passa então a adquirir a função de estímulo discriminativo para a resposta de pressão à barra. 2.3.7 Esquema de Reforçamento Razão Fixa Na fase final dos experimentos, foi realizada no dia 28 de abril, durante o período e ambiente de aula virtual, com início às 10h16min com término às 10h31min, com duração de 15 minutos. Neste experimento, a execução de pressão à barra só começou a ser reforçada, 12 quando o rato pressionou a barra 5 vezes seguidas. Os comportamentos que foram observados e registrados na folha de registro durante 15 minutos, minuto a minuto, foram: pressão a barra, farejar, levantar-se e limpar-se. Ao final do experimento, foi calculada a taxa de resposta, para cada uma das respostas, por minuto e construído um gráfico com desenho A-B, para cada resposta, ou seja, um gráfico para a resposta de “pressão a barra”, um gráfico para a resposta de “farejar”, um gráfico para a resposta de “levantar-se”, um gráfico contendo a resposta de “limpar-se” contendo as fases: Reforçamento Contínuo (CRF) e Reforçamento (FR). O experimento teve como objetivo, controlar o comportamento do sujeito experimental (pressão a barra) sob o controle de esquemas de intervalo fixo (o reforçamento de pressão a barra só era liberado após a barra ser pressionada cinco vezes pelo rato). 13 3. RESULTADOS De início foi observado o sujeito, em seu nível operante, com a intenção de registrar quais comportamentos ele apresentava. O experimento durou 15 minutos e o sujeito emitia comportamentos indiscriminados, porém não pressionou a barra nenhuma vez. No treino ao comedouro foram observados, ao longo de 15 minutos, todos os comportamentos (farejar, levantar-se, limpar-se e pressão à barra), e com atenção especial às respostas de aproximação e pressão à barra. Nesta fase cada vez que o rato se aproximava da barra era liberada uma pelota de comida, totalizando 265 pelotas. A modelagem consistiu no treinamento de pressão à barra, na qual sempre que o rato estivesse de frente para o comedouro era liberada uma pelota de comida para reforço. Quando essa resposta já estava reforçada começamos a liberar a pelota mediante o rato estar em pé na frente da barra, após algum tempo o rato já estava pressionando a barra sozinho. Na prática de frequência de reforçamento contínuo, que é quando o sujeito inicia a pressão à barra sem intervenção externa, o rato obteve os seguintes comportamentos:pressionou a barra 212 vezes, farejou 38 vezes, levantou-se 19 vezes e limpou-se 33 vezes. Os gráficos de 1 a 4 mostram a quantificação dos comportamentos observados a cada minuto durante o experimento no nível operante e reforçamento contínuo. Gráfico 1 – Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). 14 Gráfico 2 – Frequência de resposta de “Farejar” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). Gráfico 3 – Frequência de resposta de “Levantar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). Gráfico 4 – Frequência de resposta de “Limpar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Reforçamento Contínuo (CRF). 15 No início da extinção foi retirado o reforço, que antes era liberado toda vez que o rato pressionava a barra, ou seja, não mais era disponibilizada a pelota de alimento quando o sujeito pressionava a barra. Como mostra o gráfico 5, no início do experimento houve um número considerável de comportamentos de pressão à barra, logo após, uma queda drástica na frequência, até que houve vários minutos sem que o sujeito apresentasse tal comportamento. Como esperado da extinção de um comportamento, que tinha uma contingência de reforço, onde todos os comportamentos eram reforçados, o sujeito aumentou consideravelmente a frequência do comportamento de imediato, foram 17 pressões no primeiro minuto e 11 no segundo, e depois o suprimiu quando verificado que não seria mais reforçado, totalizando apenas 17 comportamentos ao decorrer dos 21 minutos restantes. Quanto a recuperações espontâneas, foi observada apenas uma no vigésimo terceiro minuto, mas como o comportamento não foi reforçado não voltou a ocorrer. Os gráficos de 5 a 8 mostram à quantificação dos comportamentos observados a cada minuto durante o reforçamento contínuo em comparação com o experimento de extinção. Gráfico 5 – Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. 16 Gráfico 6 – Frequência de resposta de “Farejar” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. Gráfico 7 – Frequência de resposta de “Levantar-se” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. Gráfico 8 – Frequência de resposta de “Limpar-se” do rato virtual durante os experimentos de Reforçamento Contínuo (CRF) e Extinção. 17 No Esquema de reforçamento com razão fixa, foi determinado que a cada 5 pressões à barra pelo rato, seria liberada uma pelota de comida. Com isso, podemos perceber que houve uma resposta de um aumento nas tentativas de pressão à barra pelo sujeito em uma razão de 56%, sendo que no CRF o rato pressionava a barra em uma média de 14 vezes por minuto e quando o experimento usou o esquema de reforçamento de razão fixa essa média aumentou para 22 pressões à barra por minuto. Gráfico 9 – Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Esquema de Reforçamento: Razão Fixa. Gráfico 10 – Frequência de resposta de “Farejar” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Esquema de Reforçamento: Razão Fixa. 18 Gráfico11 – Frequência de resposta de “Levantar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Esquema de Reforçamento: Razão Fixa. Gráfico 12 – Frequência de resposta de “Limpar-se” do rato virtual durante os experimentos Nível Operante (NO) e Esquema de Reforçamento: Razão Fixa. Havendo ausência ou presença de som não causou nenhum impacto no comportamento do rato, pois não gerou diferenciação em seu esforço em obter a comida. A média de pressão à barra se manteve em aproximadamente 5,5 pressões por minuto nas duas situações. Portanto não sendo alcançado o objetivo inicial do experimento em que o rato se alimentasse somente quando houvesse a presença de som. O gráfico abaixo mostra a frequência de resposta de pressão a barra do rato virtual na presença de som e na ausência de som durante o experimento de treino discriminativo: 19 Gráfico 13 – Frequência de resposta de “Pressão à Barra” do rato virtual na presença de som (SD) e na ausência de som (Sdelta) no experimento Treino Discriminativo. 20 CONCLUSÃO Conclui-se que por meio de estudos teóricos e experimentos, comprovam-se hipóteses de que o comportamento pode ser alterado de acordo com o ambiente e seus reforços. Utilizou- se de circunstâncias experimentais controladas, no caso do presente trabalho, o programa Sniffy – o rato virtual, em que, a princípio, observou-se o comportamento do rato sem interferência, porém o privando de alimento, a fim de se fazer o registro. Em seguida o ambiente passou a ser manipulado e observados os efeitos sobre as variáveis dependentes, ou seja, mudanças no comportamento do rato. Por reforçar comportamentos específicos, quando o rato se levantava sobre as patas traseiras, se aproximava da barra ou pressionava a barra, foi observado mudanças significativas em seu comportamento. No nível operante, o sujeito raramente pressionava a barra, já no esquema de reforçamento contínuo o rato passou a pressionar a barra constantemente, visto que estava sendo reforçado a cada vez que emitia o comportamento de pressão à barra: quando seu reforço foi retirado ao ato de pressão à barra, seu comportamento diminuiu de frequência até atingir a extinção. Assim, estabeleceu-se o objetivo do estudo. O behaviorismo de Skinner é a busca da raiz de qualquer assunto psicológico, isto é, a identificação das condições que tornam possível a experiencia subjetiva, o que implica especificar a relação estabelecida entre as ações do indivíduo e seu meio físico e social. É possível discernir com clareza que este estudo, possibilita melhorar tanto as práticas profissionais mais tradicionais, como a intervenção clínica, escolar, organizacional, hospitalar entre outras, como qualquer outra intervenção que se faça necessária, isto é, onde exista comportamento humano a ser explicado e modificado a fim de se obter maiores benefícios. Na teoria comportamental, todos os mecanismos de ação são precisos, se adequadamente aplicados a uma determinada realidade. A ontogenética e a filogenética do indivíduo operam e respondem em determinação às condições ambientais, logo, a mudança de padrões ambientais desencadearão comportamentos mais diversos. Coma devida intervenção, pode-se modificar qualquer tipo de resposta operante ou respondente. É de extrema importância que os estudantes de psicologia entendam todo o processo e os esquemas envolvidos na teoria experimental do comportamento para que, no futuro possam empregá-la em sua atuação profissional. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOREIRA, M. B., MEDEIROS, C. A. de. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2014. MATOS, M. Behaviorismo metodológico e behaviorismo radical. Bernard Rangé (org) Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas. Campinas: Editorial Psy, 1995. GALLARDO, Claudia Pradas. Teoria de Skinner: Behaviorismo e Condicionamento Operante. Psicologia Online. 2020. Disponível em: https://br.psicologia-online.com/teoria-de- skinner-behaviorismo-e-condicionamento-operante-226.html. Acesso em: 09 mai, 2021 https://br.psicologia-online.com/teoria-de-skinner-behaviorismo-e-condicionamento-operante-226.html https://br.psicologia-online.com/teoria-de-skinner-behaviorismo-e-condicionamento-operante-226.html22 ANEXO A 23 24 ANEXO B 25 ANEXO C 26 ANEXO D 27 28 ANEXO E 29 30 ANEXO F 31 32 ANEXO G 33
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