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Aspectos Epidemiológicos da Doença Cardiovascular

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Prof. Dra Ana Luiza Ferreira Donatti 
Curso de Fisioterapia 
Disciplina: FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR - SDE0098 
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA 
DOENÇA CARDIOVASCULAR 
Introdução 
Introdução 
Estuda quantitativamente a distribuição dos fenômenos de 
saúde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas 
populações humanas. 
1. Epidemiologia 
Através da observação clínica, foi possível começar a conhecer os 
determinantes dos fatores de risco de muitas patologias crônicos 
degenerativas, como a cardiopatia isquêmica. 
Com o surgimento de trabalhos de observação clínicas, randomizados e 
com grande número de amostragem, foi possível determinar com mais 
segurança alguns fatores de risco. 
Enfoque epidemiológico é a prevenção 
Introdução 
Tipos de Prevenção: 
1. Epidemiologia 
Prevenção Primária Visa evitar ou remover fatores de 
risco ou causais antes que se 
desenvolva o mecanismo 
patológico que levará á doença. 
Prevenção Secundária Corresponde á detecção precoce 
de problemas de saúde em 
indivíduos presumivelmente 
doentes, mas assintomáticos. 
Prevenção Terciária É agir em uma população já 
portadora de uma doença e com 
manifestação da doença. 
Introdução 
1. Epidemiologia 
Introdução 
1. Epidemiologia 
Exemplo na Cardiologia (Cardiopatia Isquêmica) 
Prevenção Primária – é cuidar e corrigir os fatores de risco em uma 
população não portadora de cardiopatia isquêmica; 
Prevenção Secundária – diagnosticar e tratar precocemente uma 
população que até então ignorava que era portadora de cardiopatia 
isquêmica. Por exemplo: uma população que, ao fazer um ECG, mostra 
alterações isquêmicas, sem nunca haver tido qualquer queixa 
antecedente ou evento cardiológico; 
Prevenção Terciária – identificar os coronarianos por meio de suas 
queixas, de exames ou pelo aparecimento de complicações, tratá-los 
para evitar novas complicações e de estabilizar o quadro isquêmico – 
tentar conseguir regressão do processo aterosclerótico. 
 
Introdução 
1. Epidemiologia 
Exemplo na Cardiologia (Cardiopatia Isquêmica) 
Aterosclerose 
coronariana 
Introdução 
1. Epidemiologia 
Exemplo na Cardiologia (Cardiopatia Isquêmica) 
Introdução 
2. Fatores de Risco 
Os fatores de risco podem ser agrupados em 3 classes: 
Grau I – Quando estes fatores estão presentes, aceleram o 
aparecimento de eventos cardíacos e, ao mesmo tempo, quando 
combatidos, diminuem os eventos cardíacos. 
Grau II – Possui agravantes menores que os de grau I, ou seja 
modificáveis menores. 
Grau III – São modificáveis menores, que quando presentes, 
provavelmente irão acelerar o aparecimento de eventos e, quando 
combatidos, diminuem os eventos cardíacos. 
 
Grau IV – não modificáveis. 
É qualquer situação que aumente a probabilidade de ocorrência de uma 
doença ou agravo à saúde 
Introdução 
2. Fatores de Risco 
Fatores de Risco 
Intervenções 
que abaixam o 
risco de DCV 
 
Intervenções 
que abaixam o 
risco de DCV 
 
Intervenções 
que abaixam o 
risco de DCV 
 
Intervenções 
que abaixam o 
risco de DCV 
 
I II III IV 
Modificáveis 
Maiores 
Fumo 
Dislipidemia 
Hipertensão 
Modificáveis 
menores 
Diabete melito 
Sedentarismo 
Obesidade 
Fatores 
Psicológicos 
Álcool 
 
 
Não modificáveis Idade 
Sexo 
Antecedentes 
Familiares 
Introdução 
3. Magnitude dos fatores de risco 
Magnitude de fatores de risco no Brasil 
Hiperlipemia 42% 
Tabagismo 35% 
Hipertensão 15% 
Obesidade 32% 
Diabete melito 7,6% 
Ministérios da Saúde 
Dislipidemia 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Dislipidemias: 
Os lipídios desempenham um importante papel metabólico em 
nosso organismo tendo como funções principais a formação e a 
manutenção das membranas celulares, a síntese de hormônios 
esteróides e da vitamina D, armazenamento e/ou liberação de 
energia, além de possibilitar a solubilidade dos ésteres de 
colesterol e de triglicerídeos no interior das lipoproteínas. 
Os principais lipídios para o ser humano são os ácidos graxos, o 
colesterol, os triglicerídeos e os fosfolipídeos. 
Os lipídios são transportados no plasma pelas lipoproteínas que 
são compostos principalmente de: 
-LDL (aterogênicas - Formação de lesões ateromatosas ou de ateromas 
nas paredes arteriais.); 
-HDL (efeito cardiprotetor). 
 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Dislipidemias: 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Dislipidemias: 
Nas dislipidemias, os níveis circulantes de lipídios ou das frações 
lipoproteicas estão anormais devido a fatores como genéticos, 
e/ou ambientais que alteram a produção, o catabolismo ou a 
depuração plasmática das lipoproteínas na circulação 
As dislipidemias podem ser 
classificadas de acordo com 
os níveis elevados de 
lipoproteínas no plasma. 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Dislipidemias: 
As dislipidemias podem ser primárias, secundárias a doenças 
ou ao uso de fármacos. 
As doenças mais comumente envolvidas são: hipotireoidismo, 
insuficiência renal crônica, diabete melito, obesidade, 
alcoolismo. 
Os medicamentos que mais frequentemente alteravam o 
metabolismo lipídicos são: diuréticos, anticoncepcionais, 
corticosteroides e anabolizantes. 
Na gestação, habitualmente ocorre elevação dos níveis de 
colesterol e de triglicerídeos. 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Dislipidemias: 
Manifestações Clínicas - As alterações no perfil lipídico com 
consequente promoção do processo aterosclerótico levam ao 
surgimento de manifestações clínicas da doença, dependendo 
do órgão atingido. 
Arteriosclerose, angina pectoris, infarto do miocárdio, acidente 
vascular cerebral, insuficiência vascular periférica, entre 
outros. No entanto, muitos casos de dislipidemias são 
assintomáticas e suas consequências também são sérias. Por 
esses motivos, pacientes que estão dentro da classificação da 
Associação Médica Brasileira devem se precaver e realizar 
exames de rotina. 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Dislipidemias: 
Manifestações das hipertrigliceridemias primárias. A e B: Xantomas eruptivos. C: Plasma lipêmico. 
D: Lipenia retinalis. E: Xantoma tuberoso. F: Xantoma palmar. 
Manifestações da hipercolesterolemia familiar. A: 
Xantelasma e arco corneal. B: Xantomas tendíneos. 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Dislipidemias e Aterosclerose 
Aterosclerose - Este é um processo 
multifatorial ainda não 
completamente conhecido, com 
mecanismos de resposta à injúria, 
atividade imunoinflamatória, 
lipogênica e até infecciosa. As 
conseqüências da aterosclerose 
são a obstrução de artérias 
coronárias epicárdicas, disfunção 
endotelial, alteração da 
agregabilidade plaquetária, 
trombose e espasmo. 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Dislipidemias e Aterosclerose 
A relação entre dislipidemia e aterosclerose é linear, já tendo 
sido comprovado em diversos estudos que as elevações de LDL, 
TG entre outros, são promotoras de aterosclerose. 
Colesterol 
LDL 
Lp(a) 
Estas frações lipídicas estão 
mais relacionadas 
(indiscutivelmente) implicadas 
no aumento da 
morbimortalidade por DAC 
Os triglicerídeos não parece ser aterogênico, mas é importante 
marcador, alertando da existência de outras alterações 
lipídicas, como diminuição de HDL, diabete melito. 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Dislipidemias e Aterosclerose 
Com relação com o HDL, estudos mostram uma relação inversa 
com a existência de DAC 
Quanto mais altos os níveis de HDL, menor a ocorrência de 
aterosclerose coronariana 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Dislipidemias e Aterosclerose 
High-density lipoproteins (HDL) are 
composed mainly of proteins, with only 
small amounts of cholesterol. HDLsare 
often referred to as "good cholesterol" 
because they help remove cholesterol 
from artery walls and transport it to 
the liver for elimination from the body. 
Higher HDL levels actually protect 
against coronary heart disease. 
 
Low-density lipoproteins (LDL) are 
composed mainly of cholesterol and 
have very little protein. They are often 
referred to as "bad cholesterol" 
because they are primarily responsible 
for depositing cholesterol within 
arteries. High levels of LDL are 
associated with an increased risk for 
coronary heart disease. 
 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Dislipidemias e Aterosclerose 
Além disso, é importante lembrar que a associação de 
dislipidemia com outros fatores de risco aumentam ainda mais 
a mobimortalidade relacionada a aterosclerose. 
Tabagismo 
Hipertensão 
arterial 
sistêmica Diabete 
melito 
Idade 
(> 45 anos) Níveis de 
HDL baixo 
Pós-
menopausa 
Dislipidemias e 
Aterosclerose 
+ + 
+ 
+ 
+ 
+ 
Fatores de Risco Coronariano 
3. Terapêutica 
Tem como finalidade a prevenção primária e secundária da 
doença aterosclerótica. 
Se há ausência de dois ou mais fatores de risco – menor 160mg/dl 
 
Na presença de dois fatores – abaixo de 130mg/dl 
 
Pacientes com DAC – menores que 100mg/dl; TG < 200mg/dl; HDL > 
35mg/dl 
Reeducação alimentar com exercício físicos e retirada do 
tabagismo 
Medicamentoso 
Fatores de Risco Coronariano 
4. Dieta 
A ingestão elevada de gorduras e colesterol e a elevação do 
peso corporal promovem o surgimento da aterosclerose. 
Ácidos 
graxos 
saturados 
Eleva o 
colesterol e LDL 
Vitamina A 
Beta-carotenos 
Vitamina E 
Efeito antioxidante (impede a 
oxidação do LDL) 
Fatores de Risco Coronariano 
5. Exercício 
Um programa de exercício efetivos e seguro para os pacientes 
com DAC precisa ser fundamentada na avaliação contínua e 
objetiva e suas respostas ao exercício. 
Elas precisam ser avaliadas pela medição e interpretação dos 
cinco instrumentos de monitorizarão clínica disponíveis: 
 
Frequência cardíaca 
Pressão arterial 
Eletrocardiograma 
Sons cardíacos e pulmonares 
Sintomas 
Fatores de Risco Coronariano 
6. Tratamento Farmacológico 
Fibratos Diminuem a síntese hepática de VLDLs 
em decorrência da diminuição da 
liberação de ácidos graxos no tecido 
adiposo. 
Ácido Nicotínico e Derivados Inibem a lipase-hormônio sensível 
intracelular do tecido adiposo, 
diminuindo a formação de VLDL (80%), 
LDL (30%), aumentam HDL (30%). 
Sequestradores de ácidos biliares Bloqueiam os ciclos entero-hepáticas 
dos ácidos biliares, diminuindo o CT e o 
LDL em até 30%. 
Probucol Mecanismo de ação é de diminuição da 
absorção de colesterol. 
Ácidos Graxos ômega 3 Diminuem a produção de VLDL e 
modificam o metabolismo de 
prostaglandina. 
Vastatinas Redução da síntese de colesterol 
(30%), VLDL (20%) e HDL (10%). 
Fumo 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Fumo: 
O que faz um fator de risco coronariano ser importante? 
Necessariamente a alta incidência desse fator e sua real ação 
deletéria sobre a função coronariana 
 
O cigarro e os similares do fumo possuem estas duas 
“qualidades”. 
Estudos norte americanos afirmam que a exposição ativa e 
passiva ao fumo contribui com cerca de 400.000 mortes 
anualmente nos EUA. 
 - 59% aneurismas da aorta; 
 - 37% aterosclerose; 
 - 29% de parada cardíaca; 
 - 15% hipertensão; 
 - 12% AVCs. 
 
Fatores de Risco Coronariano 
1. Fumo: 
Fatores de Risco Coronariano (Fumo) 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Efeitos Cardivasculares: 
Agudo – taquicardia, aumento da pressão arterial sistêmica, 
diminuição da tolerância ao exercício, vasoconstrição 
coronariana, elevação da carboexiemoglobina sanguíneo, 
aumento da tendência a formação de trombos, aumento do 
débito cardíaco. 
Crônicos – aumento da massa ventricular esquerda, aumento da 
agregação plaquetária, aumento de placas ateromatosas em todo 
o leito vascular, sendo a coronária direita e a aorta descendente 
são as mais afetadas. Alterações endoteliais, levando a 
alterações estruturais e funcionais do endotélio. Produz 
alterações importantes no perfil lipídico, com aumento dos 
triglicerídeos, VLDL e de LDL e baixa de HDL. 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Efeitos Cardivasculares: 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Efeitos Cardivasculares: 
Formação de ateroma 
Surgimento de modificações de permeabilidade 
Acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol na camada subendotelial 
Proliferação – Migração – Modificações das células musculares lisas 
Formação da capa fibrótica 
Ateroma 
Fatores de Risco Coronariano 
2. Efeitos Cardivasculares: 
Ateroma e suas Complicações 
Fissura e/ou ruptura – com formação de trombo fibrinoplaquetário 
Função prejudicada do endotélio 
Aumento na produção de 
substâncias que aumentem a 
vasoconstrição e a trombose 
Resposta trombótica e 
vasoconstrição 
Função conservada do endotélio 
Aumento na produção de 
substâncias vasodilatadoras e 
atitrombóticas 
Resposta antitrombótica e 
vasodilatadora 
Ateroma 
Fatores de Risco Coronariano 
3. Conclusão: 
Não há menor dúvida que atualmente o fumo constitui um dos 
mais importantes fatores de risco coronariano; 
 
É consenso que pode-se fazer uma correlação quanto à 
importância de certos fatores de risco e determinadas patologias 
Doença Pulmonar 
Hipertensão Arterial 
AVC 
Dislipidemia 
Aterosclerose Coronariana 
Fatores de Risco Coronariano 
3. Conclusão: 
Se considerarmos o fumo como agente lesivo para o endotélio e 
que o endotélio se encontra em todo o organismo – ocupando um 
superfície de 10m2 - não terá dúvida de que o fumo age 
acelerando ou produzindo patologias não somente pulmonares, 
mas cerebrais e coronarianos. 
O fumo age aumentando a pressao arterial 
sistêmica, modificando o perfil lipídico e 
causando lesão endotelial coronariana. 
Fatores de Risco Coronariano 
Obesidade 
Obesidade 
1. Definição: 
Sobrepeso refere-se a um peso acima do valor normal. A 
obesidade é a presença excessiva de gordura do corpo. 
Na prática, a distinção entre sobrepeso e obesidade é feita com 
base no índice de massa corporal (IMC). 
O IMC é o modo mais prático para avaliar o grau de peso em 
excesso e é calculado a partir da altura e do peso pela seguinte 
fórmula: 
IMC: peso corporal (em Kg) / estatura (em metros), ao 
quadrado. 
Obesidade 
1. Definição: 
Há o sobrepeso quando os valores de IMC situa-se 25 e 30 
kg/m2; obesidade quando os valores estão acima de 30kg/m2. 
Ao calcular o risco cardiovascular associado com obesidade, 
também devem ser levados em conta a distribuição de gordura 
regional e condições de co-morbidade. 
Os pacientes com obesidade abdominal (também chamados de 
central, visceral, andróide, ou obesidade masculina) possui risco 
cardiovascular aumentado. A gordura abdominal pode ser 
avaliada medindo a circunferência de cintura ou a relação da 
circunferência da cintura dividida pela circunferência do quadril 
(relação cintura-quadril) 
Obesidade 
Obesidade 
1. Definição: 
A circunferência da cintura é medido com uma fita flexível 
colocado em um plano horizontal no nível da linha da cintura ou 
no local de menor diâmetro, sendo a circunferência do quadril é 
medida no plano horizontal no nível da circunferência máxima, 
inclusive a extensão das nádegas. 
Obesidade 
1. Definição: 
Obesidade 
2. Etiologia e Fisiopatologia 
A etiologia da obesidade está relacionada principalmente a um 
desequilíbrio do metabolismo energético. Em outras palavras, a ingesta 
calórica diária total tende a ser maior que o gasto energético total 
(GET), que inclui o gastoenergético basal (GEB) ou de repouso, a 
energia utilizada para realização de atividade física e a energia 
dispensada para a digestão alimentar. 
No mundo a obesidade tem como principal causa a mudança nos 
hábitos relacionada com estilo de vida ocidental: baixa necessidade de 
atividade física no trabalho associado a todo tipo de adequação que visa 
diminuir ao máximo o esforço físico das atividades mais corriqueiras 
(como atender ao telefone ou mudar o canal da televisão). Além disto, 
passa-se mais tempo dentro de casa ou onde se dispõe de atividades de 
lazer de baixíssimo nível de esforço físico. Estas atividades competem e 
consequentemente diminuem o tempo dispensado em atividades 
esportivas para o lazer. 
Obesidade 
2. Etiologia e Fisiopatologia 
O outro componente, e talvez o principal deles, é a mudança 
dos hábitos alimentares da população. Nunca houve tantas 
opções de alimentos densamente calóricos, com alto conteúdo 
de gorduras e alto índice glicêmico, que caracteristicamente são 
fáceis de comer durante o trabalho, descanso ou praticamente 
qualquer atividade da rotina diária. 
É importante ressaltar que não é necessário um grande 
desequilíbrio calórico para se obter excesso de peso. Mesmo 
um aumento mínimo da ingesta calórica média diária, da 
ordem de 5%, pode, ao longo de 1 ano, levar a um ganho 
estimado de 5 kg de tecido adiposo e a ganhos ainda maiores 
em períodos mais prolongados. 
Obesidade 
3. Avaliação do Risco de Mortalidade e Morbidade 
O risco para qualquer grau parece ser maior nos indivíduos cuja 
obesidade começou antes da idade de 40 anos, assim como os 
obesos desde infância. 
Em indivíduos entre 30 – 60 anos, aumento do peso de menos de 
5kg é classificado como risco baixo, um aumento de peso de 5 a 
10kg como risco moderado e ganho mais de 10kg como risco 
alto. 
O IMC geralmente mostra uma relação curvilínea ao risco 
associado com obesidade e permite identificação de vários níveis 
de risco. 
A maior circunferência de cintura ou o mais alto grau de gordura 
central (0,95 para homens e 0,85 ou mais para mulheres) está 
relacionado ao risco cardiovascular aumentado. 
Obesidade 
3. Avaliação do Risco de Mortalidade e Morbidade 
As comorbidades associadas a obesidade que aumentam o risco 
cardivascular incluem: 
 Hipertensão 
 Fumo 
 Dislipidemias 
 Apnéia do sono 
Obesidade 
3. Avaliação do Risco de Mortalidade e Morbidade 
Arq Bras Endocrinol Metab vol 47 nº 2 Abril 2003 
Síndrome Metabólica 
Síndrome Metabólica 
1. Introdução 
A síndrome metabólica (SM) é caracterizada pela agregação de 
vários fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DCV): 
obesidade central (OC), hipertrigliceridemia, dislipidemia (HDL 
baixo e triglicerídeos elevados) e hipertensão arterial sistêmica 
(HAS) e resistência a insulina. (Rev Bras Cardiol. 2011;24(5):308-315) 
Reaven, em 1988, introduziu o conceito de síndrome X – 
atualmente denominada síndrome metabólica – para descrever 
um conjunto de anormalidades metabólicas e hemodinâmicas, 
freqüentemente presentes no indivíduo obeso. Hoje é 
amplamente conhecido o papel da resistência à insulina (RI) 
como elo entre a obesidade de distribuição central, intolerância 
à glicose, hipertensão arterial, dislipidemia, distúrbios da 
coagulação, hiperuricemia e microalbuminúria, integrantes da 
síndrome metabólica “ampliada”. 
(Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 nº 2 Abril 2006). 
Síndrome Metabólica 
1. Introdução 
A prevalência da síndrome metabólica é estimada entre 20 a 
25% da população geral, com comportamento crescente nas 
últimas décadas. Esta prevalência é ainda maior entre homens e 
mulheres mais velhos, chegando a 42% entre indivíduos com 
idade superior a 60 anos. Indivíduos com síndrome metabólica 
apresentam risco 2 a 3 vezes maior de morbidade 
cardiovascular que indivíduos sem a síndrome. Os dados de 
prevalência mundial da síndrome metabólica são muito 
preocupantes, já que esta síndrome é preditora de diabetes e 
doenças cardiovasculares. 
(Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 nº 2 Abril 2006). 
Síndrome Metabólica 
2. Tecido Adiposo 
Nos últimos anos, o tecido adiposo deixou de ser considerado apenas 
um reservatório de energia para ser reconhecido como órgão com 
múltiplas funções e papel central na gênese da resistência a insulina. 
 
Atualmente, sabe-se que o adipócito recebe a influência de diversos 
sinais, como a insulina, cortisol e catecolaminas, e, em resposta, 
secreta uma grande variedade de substâncias que atuam tanto local 
como sistemicamente, participando da regulação de diversos processos 
como a função endotelial, aterogênese, sensibilidade à insulina e 
regulação do balanço energético. Algumas dessas substâncias 
secretadas essencialmente pelo tecido adiposo, como a leptina, 
adiponectina, TNF-α entre outras, apresentam papel fundamental na 
sensibilidade tecidual à insulina. 
 
Também é conhecido que o adipócito, de acordo com sua localização, 
apresenta características metabólicas diferentes, sendo que a 
adiposidade intra-abdominal é a que apresenta maior impacto sobre a 
deterioração da sensibilidade à insulina. 
(Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 nº 2 Abril 2006). 
Síndrome Metabólica 
2. Tecido Adiposo 
Síndrome Metabólica 
Síndrome Metabólica 
3. Resistência à Insulina 
VIA DE TRANSMISSÃO DO SINAL DE INSULINA - A insulina é um 
hormônio polipeptídico produzido pelas células-beta do pâncreas, cuja 
síntese é ativada pelo aumento dos níveis circulantes de glicose e 
aminoácidos após as refeições. Sua ação ocorre em vários tecidos 
periféricos, incluindo fígado, músculo esquelético e tecido adiposo. 
Seus efeitos metabólicos imediatos incluem: aumento da captação de 
glicose, principalmente em tecido muscular e adiposo, aumento da 
síntese de proteínas, ácidos graxos e glicogênio, bem como bloqueio 
da produção hepática de glicose, lipólise e proteólise, entre outros. 
 
A sinalização intracelular da insulina começa com sua ligação a um 
receptor específico de membrana, uma proteína heterotetramérica 
com atividade quinase intrínseca, composta por duas subunidades alfa 
e duas subunidades beta, denominado receptor de insulina (IR). A 
ativação do IR resulta em fosforilação em tirosina de diversos 
substratos e levando a translocação do Glut-4 para a membrana, 
permitindo a entrada de glicose por difusão facilitada. 
 
Síndrome Metabólica 
3. Resistência à Insulina 
Os Glut-4 são os principais responsáveis pela captação da glicose circulante nos 
humanos. Atividades físicas praticadas regularmente estimulam a translocação dos 
Glut-4 e promovem captação de glicose e redução da sua concentração sanguínea. 
Além disso, o sinal transmitido pela PI3q ativa a síntese de glicogênio no fígado e no 
músculo, e da lipogênese no tecido adiposo. Portanto, a via PI3q/Akt tem um 
importante papel nos efeitos metabólicos da insulina. 
Síndrome Metabólica 
3. Resistência à Insulina 
A resistência à insulina é que a captação de glicose induzida 
pela insulina é prejudicada no tecido sensível à insulina. A falha 
é um resultado de inibição da via de sinalização da insulina. 
Acredita-se que a resistência à insulina leva a hiperinsulinemia 
quando ilhotas β pancreáticas produzir uma grande quantidade 
de insulina num esforço para controlar glicose no sangue. 
 
Em contraste com o diabetes tipo 1 que exibe hiperglicemia e 
hipoinsulinemia, diabetes tipo 2 freqüentemente hiperglicemia 
e hiperinsulinemia. Resistência à insulina é a principal causa de 
diabetes tipo 2 e ocorre muitos anos antes de diabetes tipo 2 
começa em humanos. De várias fatores foram propostos para 
explicar os mecanismos de resistência a insulina. 
The molecular mechanism of fat-induced insulin resistance in skeletal 
muscle (A). 
©2006by American Diabetes Association 
Katsutaro Morino et al. Diabetes 2006;55:S9-S15 
No músculo esquelético, a ativação 
de PI3-quinase-AKT é um passo 
essencial para a translocação de 
GLUT4 induzida pela insulina, 
conduzindo à captação de glicose. 
Nosso grupo mostrou que a elevação 
de ácidos graxos plasmáticos tanto 
em roedores quanto em seres 
humanos aboliu a ativação do 
receptor da insulina. 
Síndrome Metabólica 
3. Resistência à Insulina 
Síndrome Metabólica 
4. Síndrome Metabólica e o Risco Cardiovascular 
A Síndrome metabólica está relacionada a uma maior risco de 
doença cardiovascular, sendo a disfunção endotelial o elo entre 
ambas. Os indivíduos com SM não diabéticos apresentam 
incidência 2,5 maior de da camada íntima-média de carótidas 
que é indicador precoce de aterosclerose subclínico. 
 
Em unidades coronarianas, o diagnóstico de SM é de maior 
importância, pois, esta patologia causa maior incidência de 
doença coronariana, além de morbimortalidade relacionada à 
isquemia. 
 
A disfunção endotelial na SM correlacion-se a diversos fatores 
como o estresse oxidativo, associados ao processo inflamatório 
crônico, perfil lipídico pró-aterogênico, maior vasoconstrição 
(menor NO), maior coagulabilidade – envolvendo o aumento da 
expressão do inibidor do ativador do plasminogênio (PAI-1), e 
por fim, a elevção dos níveis pressórios. 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
O vínculo entre estresse psicológico e aterosclerose pode ser 
atribuído ao dano do endotélio e, indiretamente, por 
agravamento dos fatores de risco tradicionais, como o fumo, a 
hipertensão e a dislipidemia. 
A relação entre as condições emocionas adversas e a 
precipitação de infarto agudo do miocárdio e de morte cardíaca 
súbita já encontra bem estabelecida – bem como a relação dos 
fatores emocionais contribuindo para o desenvolvimento 
processo de aterosclerose. 
O paciente coronariano apresenta fatores internos e externos 
geradores de estresse emocional que são fortes determinantes 
da doença. 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Doença na 
família 
Morte na 
família 
Conflitos 
conjugais 
Perda de 
emprego 
Insatisfação 
pessoal ou 
profissional 
Crise 
Coronariana 
Crises de Infarto 
e Angina 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Fatores Desencadeantes – em alguns casos não estará claro um 
fator desencadeante,mas um acúmulo de fatores estressantes, 
que ocasionam na pessoa um sentimento de insatisfação. 
Ex: O sociais podem incrementar fatores os riscos quando 
sunidos a outros fatores de predisposição. 
Nível sociocultural e escolar pouco elevados 
Situação econômica 
Religião 
Política 
Violência urbana 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Tipo de Personalidade – estudos mostraram que pessoas com 
personalidade de conduta agressiva, implicada em uma luta 
incessante e crônica por conseguir cada vez mais em menos 
tempo, mostram que aterosclerose é mais frequente, segundo 
dados angiográficos. 
 
Esse perfil de homens quando são submetidos a testes 
cognitivos e perceptivo-motoras desafiadoras, apresentam 
respostas de batimento cardíaco e pressão sanguínea mais 
acentuada que homens de outros perfis. 
 
Observou que este perfil de pessoa tem menos tempo com a 
família e com o lazer – é um perfil mais ocidental de 
recompensa – rapidez e agressividade no lucro. 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Dano endotelial associado ao estresse – A tensão psicológica 
ativa o hipotálamo – a glândula pituitária e o eixo do estresse 
(eixo hipotálamo-hipófisse-supra renal) que em modelos 
animais causou lesão endotelial – o fator inicial para o 
desenvolvimento da doença ateroesclerótica. 
Dano endotelial 
Mobilização de lipoproteínas 
Agregação plaquetária 
Liberação de fatores de crescimento 
Estimulação 
aterogênica 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Além disso, os efeitos do estresse causam aumento do tônus 
simpático que leva a alterações da hemodinâmica que contribui 
para o dano endotelial. 
Cortisol – pode representar um papel de potencializarão na 
vasoconstrição induzida por catecolaminas; 
 
A serotonina pode modular a atividade simpática; 
 
O aumento da adrenalina circulatória pode favorecer à ativação, 
agregação e ao depósito plaquetária; 
 
O estresse pode modificar a atividade dos macrófagos e a 
resposta inflamatória. 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Além disso, os efeitos do estresse causam aumento do tônus 
simpático que leva a alterações da hemodinâmica que contribui 
para o dano endotelial. 
Cortisol – pode representar um papel de potencializarão na 
vasoconstrição induzida por catecolaminas; 
 
A serotonina pode modular a atividade simpática; 
 
O aumento da adrenalina circulatória pode favorecer à ativação, 
agregação e ao depósito plaquetária; 
 
O estresse pode modificar a atividade dos macrófagos e a 
resposta inflamatória. 
Estresse 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
1. Estresse 
Intervenções – Atualmente um trabalho multiproficional é 
importante. 
Reduzir a sobrecarga de Tensão 
Redução das sequelas psicológicas da tensão 
Exercício Físico (libera endorfinas) 
Relaxamento 
Acupuntura 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
2. Depressão 
O humor depressivo é uma relação normal à frustração ou a 
perda e não deve ser confundido com depressão maior (objeto 
deste tópico) – inserida nos quadros de depressão unipolar – 
quadro mais grave com consequências significativas para saúde 
pública. 
 
 
 
 
Depressão Maior 
 Se caracteriza por um ou mais 
episódios depressivos, com pelo menos 
duas semanas de humor deprimido ou 
perda de interesse na maior parte de sua 
atividades, acompanhado de pelo menos 
quatro sintomas adicionais de depressão, 
sentimento de desesperança, culpa, 
alterações de apetite e sono, fadiga, 
tentativas de suicídio. Irritabilidade é 
comum em adolescentes e crianças. 
 Manifestações psicóticas podem 
também acompanhar a depressão maior, 
com o aparecimento de idéias delirantes e 
alucinantes. 
Meta 
Plantiu de alimestos para 
comercialização 
Elevação do humor para motiva o 
organismo a tal esforço 
+ 
Meta concluída 
+ 
 Em um processo rápido em direção a uma meta causaria 
elevação do humor que motivaria o organismo ao esforço 
continuado e decisões de risco. 
Meta 
Plantiu de alimestos para 
comercialização 
Elevação do humor para motiva o 
organismo a tal esforço 
- 
Meta não concluída 
+ 
 Quando os esforços para atingir a meta falha, a 
diminuição do humor motivaria a cessação dos esforços para 
poupar energia e reconsiderar as decisões. 
- 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
Fatores de 
Desenvolvimento 
(abuso ou negligência 
ma infância, perda 
precose de pais) 
Eventos negativos da 
vida 
(estresse) 
Genes 
(SERT, 5-HT1AR, MAO-A, 
CRH1R, BNDF) 
Origem Multifatorial da Depressão 
Diminuição das 
Funções 
Executivas 
Emocionalidade 
Negativa 
Alterações do 
Sono 
Diminuição do 
aprendizado e da 
memória 
Depressão 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
2. Depressão 
Pode a depressão ser qualificada como fator de risco para 
doenças cardiovasculares? 
Estudo de Ziegelstein e cols. mostraram que o estado 
depressivo na época do infarto agudo do miocárdio aumenta o 
risco de mortalidade devido a baixa aderência às 
recomendaçõesda redução dos fatores de risco coronariano. 
Estudo de Cohen e cols. estudaram 6.000 homens e mulheres 
dos quais com hipertensão e individualizaram os depressivos e 
acompanharam por 5 anos para observar o risco de doença 
arterial coronariana. Os resultados foram surpreendente, pois 
os pacientes deprimidos tinham uma probabilidade de 4 vezes 
maior de desenvolver ataque cardíaco. 
Fatores Psicossociais na Aterosclerose 
2. Depressão 
Precauções em Cardiologia – Alguns antidepressivos podem 
causar problemas como hipotensão arterial, aumento de peso e 
insônia e agitação. Em alguns casos, podem causar arritmias 
(tricíclicos). 
Depressão no Idoso – O cardiopata idoso tem particularidade 
preocupante – as apresenta de forma mascarada, pois o idoso 
mostra-se irritado, arredio e sarcástico – e ausência de humos 
depressivo. 
Importância do Exercício Físico na Prevenção 
Primária e Secundária das doenças 
Cardivasculares 
Exercício Físico 
A atividade aeróbica regular desempenha um importante papel 
na prevenção primária e secundaria das doenças 
cardiovasculares. 
As metanálises * de ensaios clínicos mostraram que o exercício 
físico supervisionado reduziu o índice de mortalidade em 
indivíduos portadores de doença arterial coronariana, sendo 
que a inatividade física é reconhecidamente um fator de risco 
para esta doença arterial coronariana. 
Metanálise é uma técnica estatística adequada para combinar resultados provenientes de diferentes estudos. Na área da 
saúde, um exemplo é a combinação do risco relativo entre dois tratamentos estimado em diferentes estudos. 
Exercício Físico 
1. Ação do Exercício 
O condicionamento físico aumenta a capacidade cardiovascular 
e melhora o consumo de oxigênio em qualquer nível de 
exercício tanto em indivíduos saudáveis e cardiopatas – além de 
promover redução da PA e níveis de catecolaminas circulantes 
no repouso e no exercício. 
Leva a um menor estresse da parede arterial e 
para redução do tempo médio de formação do 
ateroma. 
Porém... 
 
A manutenção desses efeitos somente é obtida com a regularidade do 
exercício físico 
Exercício Físico 
1. Ação do Exercício 
Em experimentos com animais de laboratório, submetidos a 
exercício físico, demonstraram um aumento das áreas da árvore 
arterial coronarianas após secções das mesmas, além disso, em 
experimentos com cães, onde se realizou o estreitamento das 
artérias coronarianas, o exercício físico demonstrou um 
aumento da circulação colateral e aumento do calibre das 
artérias coronarianas. 
Vários estudos demonstram 
que a circulação colateral 
coronariano pode ser induzido 
com exercício, entretanto, em 
humanos isso não foi 
demonstrado – mas em 
atletas de elite há um grande 
aumento das artérias tem 
sido observado. 
Exercício Físico 
2. Benefícios do Exercício 
 
 
Condicionamento Físico 
Essa melhora da condição física é 
resultado de uma melhora da utilização 
do oxigênio necessário para fornecer 
energia para o trabalho cardiovascular O 
treinamento aumento o débito cardíaco 
– demanda de O2 pelo tecido e melhora 
da hemodinâmica, hormônios, 
metabolismo e funções neurológicas e 
respiratórias. 
 
 
Redução do Peso 
Estudos mostram que a redução do peso 
foi maior em pacientes que utilizaram a 
dieta hipocalórica e exercício físico do 
que os que somente realizaram dieta 
hipocalórica. Além da observação da 
redução da PA. 
Exercício Físico 
2. Benefícios do Exercício 
 
 
Perfil Lipídico 
O treinamento aumenta o metabolismo 
lipídico e dos carboidratos – a mudança 
mais observável é provavelmente o 
aumento dos níveis de HDL. Estudo com 
2.906 homens corredores mostrou que o 
aumento do HDL era dependente do 
número de milhas corridos. 
 
 
Influência na Doença Arterial 
Coronariana 
Choo e cols. demonstraram que o 
treinamento físico com duração de oito 
semanas em pacientes portadores de 
DAC mostraram melhora do perfil 
lipoproteico. Além disso, o exercício 
físico mudou a distribuição da gordura 
corporal em pacientes obesos, 
reduzindo o risco cardiovascular além de 
ser benéfico na resistência a insulina. 
Exercício Físico 
2. Benefícios do Exercício 
 
 
Insuficiência Cardíaca 
Indivíduos com insuficiência cardíaca 
com função ventricular reduzido 
apresentam alterações vasculares 
periféricos em decorrência de baixa 
captação de oxigênio periférico. O 
exercício de baixa e média intensidade 
melhora a hemodinâmica e adaptações 
aos músculos esqueléticos. Mas as 
melhoras das alterações ventriculares 
não se observa. 
 
 
Transplante Cardíaco 
Pacientes transplantados geralmente 
possuem baixo condicionamento, 
decorrentes do repouso prolongado. 
Estudos mostram que o exercício físico 
melhora a capacidade funcional, 
tolerância ao exercício e qualidade de 
vida. 
Exercício Físico 
2. Benefícios do Exercício 
 
 
Psicológicos 
Os exercícios de curto e longo prazo 
melhoram alguns aspectos psicológicos. 
Resultados de estudos mostraram que 
os indivíduos ativos são bem mais 
ajustados emocionalmente e melhora 
nos testes cognitivos que os 
sedentários. Pessoas ativas tem 1,5 
menos chances de desenvolver 
depressão. Pessoas ativas tem uma 
melhor resposta neuro-hormonais e 
cardiovasculares promovidas pelo 
estresse ´mental. 
Exercício Físico 
2. Benefícios do Exercício 
 
 
Tipos de Exercício 
Exercício de resistência, isolados, 
produzem modestos efeitos nos fatores 
de risco coronariano, quando 
comparados com treinamentos que 
utilizam exercício aeróbicos. Utilizados 
simultaneamente, atuam em sinergismo 
com o metabolismo dos carboidratos, 
manutenção da massa muscular e no 
metabolismo basal. 
Os exercícios de força são 
recomendados devido aos seus efeitos 
na manutenção da força muscular, 
massa muscular, densidade mineral 
óssea. 
Em idosos os exercícios de resistência 
são seguros e benéficos para a melhora 
da flexibilidade e da qualidade de vida. 
Exercício Físico 
2. Benefícios do Exercício 
Exercício Físico 
3. Aderência ao Exercício 
Apesar dos efeitos benéficos dos exercício físicos, a aderência 
ao programa de exercícios por longo prazo permanece 
problemático. 
 
Estima-se que 50% das pessoas que iniciam atividade física 
permanecem ativas depois de seis meses. 
 
A aderência ao exercício é de extrema importância,pois os 
benefícios do exercícios não se mantém após a parada do 
mesmo. 
 
É importante uma estratégia para aumento da aderência ao 
exercício físico principalmente para as classes menos educadas, 
obesos e idosos. 
Exercício Físico 
4. Conclusão 
Atividade física moderada em intensidade e frequência está 
associado com melhores condições de saúde e redução da 
morbomortalidade cardiovascular quando comparado com 
atividade física baixa reduzida ou baixo condicionamento. 
É recomendado que indivíduos saudáveis e portadores de 
outras condições clínicas mantenham uma atividade física 
moderada e regular para que possa obter benefícios do 
exercício na redução do risco da doença arterial coronariana. 
Exercício Físico 
4. Conclusão 
Além disso, estudos científicos confirmam que estratégias de 
prevenção primária e secundária da doença arterial coronariana 
resultam em redução significativa da mortalidade, bem como 
de substancial economia para os cofres públicos em gastos com 
a saúde. 
Infelizmente as medidas preventivas são frequentemente 
subutilizadas.

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